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forma clara e completa os factos que a motivam e insere a que se refere a alínea c) do n.o 1 do artigo 3.o do
os elementos relativos à sua identificação. presente diploma, são aprovados por portaria conjunta
dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das
Artigo 5.o finanças e da defesa do consumidor, a emitir no prazo
de 90 dias a contar da data da publicação do presente
Envio da folha de reclamação diploma.
1 — Após o preenchimento da folha de reclamação, Artigo 8.o
o fornecedor do bem, o prestador de serviços ou o fun-
Aquisição de novo livro de reclamações
cionário do estabelecimento tem a obrigação de destacar
do livro de reclamações o original, que, no prazo de 1 — O encerramento, perda ou extravio do livro de
cinco dias úteis, deve remeter à entidade de controlo reclamações obriga o fornecedor de bens ou o prestador
de mercado competente ou à entidade reguladora do de serviços a adquirir um novo livro.
sector. 2 — A perda ou extravio do livro de reclamações
2 — Após o preenchimento da folha de reclamação, obriga o fornecedor de bens ou o prestador de serviços
o fornecedor do bem, o prestador de serviços ou o fun- a comunicar imediatamente esse facto à entidade regu-
cionário do estabelecimento tem ainda a obrigação de ladora ou, na falta desta, à entidade de controlo de
entregar o duplicado da reclamação ao utente, conser- mercado sectorialmente competente junto da qual
vando em seu poder o triplicado, que faz parte integrante adquiriu o livro.
do livro de reclamações e dele não pode ser retirado. 3 — A perda ou extravio do livro de reclamações
3 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio- obriga ainda o fornecedor de bens ou prestador de ser-
res, o utente pode também remeter o duplicado da folha viços, durante o período de tempo em que não disponha
de reclamação à entidade de controlo de mercado com- do livro, a informar o utente sobre a entidade à qual
petente ou à entidade reguladora do sector de acordo deve recorrer para apresentar a reclamação.
com as instruções constantes da mesma.
4 — Para efeitos do número anterior, o letreiro a que
se refere a alínea c) do n.o 1 do artigo 3.o deve conter CAPÍTULO IV
ainda, em caracteres facilmente legíveis pelo utente, a
Das contra-ordenações
identificação completa e a morada da entidade junto
da qual o utente deve apresentar a reclamação.
Artigo 9.o
Contra-ordenações
Artigo 6.o
Procedimento da entidade reguladora e da entidade 1 — Constituem contra-ordenações puníveis com a
de controlo de mercado competente aplicação das seguintes coimas:
1 — Para efeitos de aplicação do presente diploma, a) De E 250 a E 3500 e de E 3500 a E 30 000,
cabe à entidade de controlo de mercado competente consoante o infractor seja pessoa singular ou
ou à entidade reguladora, nos termos do artigo 11.o: pessoa colectiva, a violação do disposto nas alí-
neas a) e b) do n.o 1 do artigo 3.o, nos n.os 1,
a) Receber as folhas de reclamação que lhe sejam 2 e 4 do artigo 5.o e no artigo 8.o;
enviadas; b) De E 250 a E 2500 e de E 500 a E 5000, con-
b) Instaurar o procedimento adequado se os factos soante o infractor seja pessoa singular ou pessoa
resultantes da reclamação indiciarem a prática colectiva, a violação do disposto nas alíneas c)
de contra-ordenação prevista em norma espe- e d) do n.o 1 do artigo 3.o
cífica aplicável.
2 — A tentativa e a negligência são puníveis.
2 — Fora dos casos a que se refere a alínea b) do 3 — Em caso de violação do disposto na alínea b)
número anterior, a entidade de controlo de mercado do n.o 1 do artigo 3.o, acrescida da ocorrência da situação
competente ou a entidade reguladora deve notificar o prevista no n.o 4 do mesmo artigo, o montante da coima
fornecedor de bens ou o prestador de serviços para que, a aplicar não pode ser inferior a metade do montante
no prazo de 10 dias úteis, apresente as alegações que máximo da coima prevista.
entenda por convenientes. 4 — A violação do disposto nas alíneas a) e b) do
3 — A entidade de controlo de mercado competente n.o 1 do artigo 3.o dá lugar, para além da aplicação
ou a entidade reguladora pode, em função do conteúdo da respectiva coima, à publicidade da condenação por
da reclamação formulada pelo utente e das alegações contra-ordenação num jornal de expansão local ou
apresentadas pelo fornecedor de bens ou prestador nacional, a expensas do infractor.
de serviços, tomar as medidas que entenda adequadas,
de acordo com as atribuições que lhe estão conferidas
por lei. Artigo 10.o
Sanções acessórias
CAPÍTULO III
1 — Quando a gravidade da infracção o justifique
Da edição e venda do livro de reclamações podem ainda ser aplicadas as seguintes sanções aces-
sórias, nos termos do regime geral das contra-orde-
Artigo 7.o
nações:
Modelo de livro de reclamações
a) Encerramento temporário das instalações ou
O modelo do livro de reclamações e as regras relativas estabelecimentos;
à sua edição e venda, bem como o modelo de letreiro b) Interdição do exercício da actividade;
N.o 178 — 15 de Setembro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5583
2 — As sanções referidas no número anterior têm A formulação de reclamação nos termos previstos no
duração máxima de dois anos contados a partir da data presente diploma não exclui a possibilidade de o con-
da decisão condenatória definitiva. sumidor apresentar reclamações por quaisquer outros
meios e não limita o exercício de quaisquer direitos
legal ou constitucionalmente consagrados.
Artigo 11.o
Fiscalização e instrução dos processos por contra-ordenação Artigo 14.o
1 — A fiscalização e a instrução dos processos de con- Avaliação da execução do diploma
tra-ordenação previstos no artigo anterior compete: No final do 3.o ano a contar da data da entrada em
a) À Inspecção-Geral das Actividades Económi- vigor do presente diploma, o Instituto do Consumidor
cas, quando praticadas em estabelecimentos de elabora um relatório de avaliação sobre a aplicação e
venda ao público e de prestação de serviços execução do mesmo, devendo remetê-lo ao membro do
mencionados nas subalíneas i), ii), iii), iv), v), Governo que tutela a defesa do consumidor.
vi) e ix) da alínea a) do anexo I;
b) Ao Instituto do Desporto de Portugal, quando Artigo 15.o
praticadas em estabelecimentos mencionados
Uniformização de regime e revogação
na subalínea vii) da alínea a) do anexo I;
c) À Inspecção-Geral das Actividades Culturais, 1 — O regime previsto no presente diploma aplica-se
quando praticadas em estabelecimentos men- igualmente aos fornecedores de bens, prestadores de
cionados na subalínea viii) da alínea a) do serviços e estabelecimentos constantes no anexo II a este
anexo I; diploma, que dele faz parte integrante, sendo revogadas
d) Ao Instituto Nacional da Farmácia e do Medi- quaisquer outras normas que contrariem o disposto
camento, quando praticadas em estabelecimen- neste decreto-lei.
tos mencionados na subalínea x) da alínea a) 2 — A fiscalização, a instrução dos processos e a apli-
do anexo I; cação das coimas e sanções acessórias previstas no pre-
e) Às respectivas entidades reguladoras, quando sente diploma aos fornecedores de bens, prestadores
praticadas em estabelecimentos dos prestadores de serviços e estabelecimentos constantes do anexo II
de serviços mencionados na alínea b) do anexo I; cabem às entidades que, nos termos da legislação espe-
f) Aos respectivos centros distritais da segurança cífica existente que estabelece a obrigatoriedade do livro
social, quando praticadas em estabelecimentos de reclamações, são competentes para o efeito.
mencionados na alínea c) do anexo I; 3 — O disposto no presente artigo não prejudica a
g) Ao Instituto de Seguros de Portugal, quando manutenção do livro de reclamações do modelo que,
praticadas em estabelecimentos mencionados à data da entrada em vigor deste diploma, estiver a
na alínea d) do anexo I; ser utilizado até ao respectivo encerramento.
h) Ao Banco de Portugal, quando praticadas nos
estabelecimentos previstos na alínea e) do
anexo I; CAPÍTULO VI
i) Ao Ministério da Educação, quando praticadas
em estabelecimentos previstos na alínea f) do Entrada em vigor
anexo I.
Artigo 16.o
2 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com- Entrada em vigor
pete às entidades que, nos termos da lei, são respon-
O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro
sáveis pela respectiva aplicação.
de 2006.
3 — A receita das coimas reverte em 60 % para o
Estado e em 40 % para a entidade que instrui o processo Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29
contra-ordenacional. de Julho de 2005. — José Sócrates Carvalho Pinto de
Sousa — Fernando Teixeira dos Santos — Manuel Pedro
Cunha da Silva Pereira — José Manuel Vieira Conde
CAPÍTULO V Rodrigues — António José de Castro Guerra — José Antó-
nio Fonseca Vieira da Silva — Francisco Ventura
Da informação estatística, da uniformização do regime Ramos — Maria de Lurdes Reis Rodrigues — Mário
e da avaliação do diploma Vieira de Carvalho.