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We ratiesens GABINETE DA MINISTRA DESPACHO Uma escola piblica baseada na ptomocio da educagio para todos, com qualidade, orientada para a promogio da dignidade da pessoa humana, a igualdade de direitos ¢ a equidade social € um instrumento central na construgio de uma sociedade livre, justa, solidaria ¢ democritica. Como salienta a Estratégia de Lisboa ¢ 0 Quadro de Referéncia Estratégica Nacional, ela é ainda uma condigio basica de coesio social ¢ nacional, de ctescimento e de modernizagio tecnolégica do pais no ambito da transicio para a economia do conhecimento e a sociedade de informacio, \ Tal linha de orientacio encontra-se expressa nos objectivos consagtados no Programa do Govero, importando, por isso, ctiar condigdes que permitam garantir a universalizacio da educacio basica de qualidade ¢ promover 0 sucesso educativo de todos 0s alunos e, muito Particularmente, das criangas ¢ dos jovens que hoje se encontram em situacdes de risco de exclusio social e escolar. Os contextos sociais em que as escolas se inserem podem constituir-se como factores potenciadores de risco de insucesso no sistema educativo normal, verificando-se que em tettitérios social ¢ economicamente carenciadas 0 sucesso educativo é muitas vezes ainda mais reduzido do que a nivel nacional. Tal fenémeno é particularmente visivel em zonas das Areas Metropolitanas de Lisboa e Porto, sendo a violéncia, a indisciplina, 0 abandono e © insucesso escolar alguns exemplos da forma como essas problematicas se manifesta, Na sequéncia das medidas que vém sendo adoptadas no sentido da introdugio de mecanismos de apoio as populacdes mais carenciadas e como resposta as necessidades ¢ a8 expectativas dos alunos, tal como a Escola a Tempo Intei e a aposta na diversifcasio de ofertas educativas e Jormativas, jstifica-se retomar 0 programa dos Territ6tios Educativos de Intervencio Priorititia, aprovado pelo Despacho n° 147-B/ME/96 de 1 de Agosto, adaptando as suas linhas orientadoras ao actual contexto sécio-educativo. Neste sentido, é cctiado um segundo programa de teritrializario de politcas educativas de intervencio proritiria que Metin GAOINETEDA KENESTEA ah ME ratiesens permita a apropriagio, por parte de comunidades educativas _particularmente desfavorecidas, de instrumentos ¢ recursos que Ihes possibilitem congregar os esforcos tendentes & ctiacdo nas escolas de condigdes geradoras de sucesso escolar ¢ educative dos alunos. A ctiagao deste Programa assenta numa clara afitmacio de uma dupla funcio da escola, por uum lado como entidade directamente responsivel pela promocio do sucesso educative que constitui uma condi¢io basica para a equidade social e, por outro lado, como instituicio central do proceso de desenvolvimento comunititio. Qualquer das funcdes, em particular no caso das escolas localizadas em meios desfavorecidos, apenas se concretiza convenientemente por via do estabelecimento de relagdes de parcetia com outras entidades Pfesentes nas comunidades territoriais. Essas parcerias concorrem para a existéncia de uma efectiva articulagio de espacos Fecursos educativos, 20 mesmo tempo que potenciam o papel educativo ¢ formative da escola nos processos de desenvolvimento comunitirio. ‘Tal desenvolvimento no apenas melhora a qualidade de vida e a capacidade de tesolugio auténoma dos problemas por 1 global, para a parte das comunidades, como permite a participagio na vida colectiva a ni qual a escola fornece os instrumentos de base. AA construgio de projectos com vista 4 optimizacio dos meios humanos ¢ materiais disponiveis em cada territ6tio educativo favorece uma dinamica integrada da intervencio educativa, com consequente rentabilizacio de recursos, em funcio de um projecto de tettit6rio educativo, substituindo a dispersio das intervengdes de cada uma das entidades ¢ agentes da comunidade por uma visio comum dos problemas ¢ dos objectivos e pela cooperacio na sua coneretizacio, © programa a desenvolver a partir do ano lectivo 2006/2007, deveri matetializar-se na apresentacio e desenvolvimento de projectos plurianuais dos tertitétios educativos de intervencio priorititia, visando, sem prejuizo da autonomia das escolas que os integram, a consecugio dos seguintes objectivos centrais: ~ A melhoria do ambiente educativo e da qualidade das aprendizagens dos alunos, traduzida no sucesso escolar; GABINETE DA MINISTRA Bie nates ~ A etiaclo de condigdes que favorecam a transicio da escola para a vida activa; ~ A progressiva coordenacio das actividades educativas ¢ formativas desenvolvidas pelas escolas de reas geogrificas problemiticas com as comunidades — incluindo 0 tecido institucional piblico, empresas e a sociedade civil ~ em que se integram. Neste contexto, a flexibilidade organizacional preconizada para as escolas que irio integrar a experiéncia dos territories educativos de intervencio prioritiria converge com os objectivos de realizacio pessoal e comunitiria de cada individuo plasmado no artigo 39° da Lei de Bases do Sistema Educativo. Nestes termos: Tendo ainda presentes os principios consignados nos artigos 3° ¢ 4° do tegime jusidico de autonomia, administragio ¢ gestio dos estabelecimentos de educacio pré-escolar ¢ dos ensinos bésico ¢ secundario, aptovado pelo Decteto-Lei n® 115-A/98, de 4 de Maio, com as alterasées introduzidas pela Lei n° 24/99, de 22 de Abril; determina-se 0 seguinte: 1. O presente despacho define normas orientadoras para a constituicio de tertitérios educativos de intervencio prioritiria, bem como as regras de claboragio dos contratos-programa a outorgar entre os estabelecimentos de educacio ou de ensino ¢ © Ministério da Educagio para a promogio € apoio a0 desenvolvimento de projectos educativos que, neste contexto, visem a melhoria da qualidade educativa, a promogao do sucesso escolar, bem como a integracio comunititia. Para efeitos do disposto no presente despacho, podem integrar os tettitérios educativos de intervencao priorititia, adiante designados por TEIP, as escolas ou os agrupamentos de escolas, localizados nas areas metropolitanas de Lisboa e Posto, com elevado mimero de alunos em risco de exclusio social e escolar. 3. As escolas do agrupamento ou da escola no agrupada integrantes de um TEIP promovem a elaboragio de projectos educativos que envolvam um conjunto diversificado de medidas ¢ accdes de intervencio na escola e na comunidade, prioritatiamente orientadas para a reinsercio escolar do aluno.

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