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01.

O LIRICO: A palavra lírico vem do latim, que significa lira; instrumento musical
usado para acompanhar as canções dos poetas da Grécia antiga. Na poesia lírica
predominam-se os sentimentos e as emoções. O poeta lírico está preocupado com o
próprio "eu", por isso não se interessa muito pelo mundo exterior. O gênero lírico é a
expressão do sentimento pessoal. O poeta lírico é o indivíduo isolado que se interessa
somente pelos estados da alma. Uma característica principal do lírico é a ambigüidade
do conteúdo expresso e da linguagem nele utilizada, resultante do fato de o poeta
realizar uma auto-contemplação, na qual o eu flagela a si mesmo, na tentativa de
expor ao mundo suas dores individuais. A poesia lírica arrima-se naturalmente à
música.

O ÉPICO: o gênero épico tem como característica predominante a narração. Em


lugar da confissão de sentimentos amorosos individualistas, o poeta épico interessa-se
no mundo lá fora, o mundo mais objetivo, concreto. Ele fala sobre a exaltação no mais
alto estilo poético, por exemplo, de um acontecimento heróico, de uma revolução
social, de um empreendimento bem sucedido (fundação de uma cidade, descoberta de
um continente). As paixões não são as do poeta, mas as dos heróis.

03.

O barroco se desenvolve após o processo de Reformas Religiosas, ocorrido no


século XVI, a Igreja Católica havia perdido muito espaço e poder. Mesmo assim, os
católicos continuavam influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na
Europa. A arte barroca surge nesse contexto e expressa todo o contraste deste
período: a espiritualidade e teocentrismo da Idade Média com o racionalismo e
antropocentrismo do Renascimento.

A literatura barroca é fruto do conflito entre razão e fé característico de sua


época. Os textos são marcados por muito pessimismo, onde a vida terrena é vista
como triste e cheia de sofrimento, enquanto que a vida celestial é luminosa e
tranqüila. O homem busca captar todo o sentido da miséria humana, ressaltando seus
aspectos dolorosos e cruéis. Há muita intensidade na expressão das emoções fortes
como o amor, o desejo e a dor. A linguagem é complicada e rebuscada,
excessivamente trabalhada, através de expressões eruditas, com o uso freqüente da
ordem inversa e de figuras de linguagem.
04.

A teoria da literatura é o conjunto de princípios gerais e sistemáticos que visam


à compreensão e explicação técnica da literatura. Preocupa-se com uma reflexão sobre
o ser da literatura e analisa os aspectos que fazem um determinado texto ser literário,
ou seja, volta-se para o modo de funcionamento do discurso enquanto arte da palavra.
Se ocupa em identificar os elementos próprios da literatura, em lidar com a estrutura
que organiza as obras em suas particularidades de gênero.

A teoria literária não trabalha apenas os aspectos formais intrínsecos de uma


obra; também se preocupa com as relações que a literatura estabelece com outros
ramos do conhecimento e, para tanto, lança mão de várias ciências como a Lingüística,
a Semiologia, a Sociologia, a História, a Psicanálise, entre outros.

Literatura pode ser definida como a arte de criar e recriar textos, de compor ou
estudar escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; o conjunto de
produções literárias de um país ou de uma época; a carreira das letras. Em latim,
literatura significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de
escrever e ler bem, e se relaciona com as artes da gramática, da retórica e da poética.
01.

O lexema LITERATURA pode assumir vários significados, dependendo do


contexto situacional no qual estiver inserido. Esse caráter polissêmico do lexema se dá
devido às mudanças socioculturais que vêm acontecendo no decorrer da História. Por
exemplo, levando em conta sua derivação – do radical littera, que significa letra – o
lexema representa o saber relativo à arte de escrever e ler, gramática, instrução,
erudição. Já num contexto religioso, o termo refere-se a textos seculares e pagãos,
distinguindo-se do termo escritura, usado para se referir a textos bíblicos. Podemos
também falar sobre “literatura nacional”, nesse caso referindo-nos ao conjunto de
produção literária de um determinado país.

02.

03.

Roman Jakobson vai mencionar a literatura como a expressão da função


estética da linguagem

04.

Uma das objeções é que todas as obras literárias não possuem exatamente
traços ou padrões em comum que possam classificá-las como sendo uma obra de
literatura, sendo o único denominador comum que elas apresentam o uso da
linguagem. Outra objeção diz respeito ao fato de que são os leitores que fazem a
literatura, e não os autores das obras. Ou seja, não se pode atribuir a ela uma
qualidade objetiva, pois uma obra literária só existe através do ato cognitivo do seu
leitor. Para Eagleton, "a definição de literatura fica dependendo da maneira pela qual
alguém resolve ler, e não da natureza daquilo que é lido" (EAGLETON, cit., p. 12).

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