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GESTAO AMBIENTAL: INSTRUMENTOS E PRATICAS. Maria Augusta Almeida Burstyn enfiiens necessrins 2 umn atinglo efetiva sobre problemas mental, principalmente de forma preventvae antecipativa Potato, acreditamos erextremamenteoporuna a publicasso desta obra, considerando a excassez de trabalho sobre 0 assnto © 1 necessidade de potencialznr as iniativas de registrar 0 conheciento dest e dos demas instrunanios de gestio do meio ambiente, speramos, ssn, que, através deste vo, aprofundem seas dscussées acerca da Avalagio Ambiental, abrindo camino para ‘seu aperfegoaiento para a reitura da Politea Ambiental no Brasil. NILDELAGO PINHEIRO Presidente do IBAMA, INTRODUCAO, DPRIMEIRA PARTE. |ABORDAGEM ECONOMICA DA QUESTAO ‘AMBIENTAL FUNDAMENTOS TEORICOS DDIRETRIZES PARA A GESTAO RACIONAL DO ‘MEO AMBIENTE POLITICA AMBIENTAL E CRESCIMENTO ECONOMICO SEGUNDA PARTE. INSTRUMENTOS DE AJUDA AO PROCESO DECISORIO ‘APRESENTACAO AANALISE CUSTO-BENEFICIO ‘TERCERA PARTE ANALISE DAS EXPERIENCIAS INTERNACIONAIS. EM AVALIACAO DE IMPACTO AMBIENTAL [NOTA INTRODUTORIA [NDIRETRIZ DA CEE 'NAVALIACAO DE IMPACTO AMBIENTAL NOS BUA Base Lepat ‘Campo de Abrangénca CConteide «Forma 13 13 15 28 37 37 40 42 5 45, 48 45 63 63 65 4 4 m2 ‘A Enguete Pie (public ini) Modificactes no Sistema Britico "Relates da Dietrs da CEE AAVALIAGAO DE IMPACTO AMBIENTAL ‘NO QUEBEC Base Legal Balango (QUARTA PARTE. CCONSIDERAGOES FINAIS. BIBLIOGRAFIA 92 94 100 100 102 102 104 105 108 uz 113 116 122 122 133 136 136 138 143 155 165 INTRODUGAO (© presente estudo foi elborado coma inabdade de fornecer subsiios para debate brasileiro sobrea definigaoeimplementacao de instrumentos de avalacSo e gest ambiental or se trata de uma questio de abordagem relatvamente recente no Brasil - 2 Polisca Nacional do Meio Ambiente fot ‘stabolecidaem 1981 eregulamentada em 1983-muitosaspectos ‘ainda carecem de maior amadurecmento,E 0 caso, por exempl, a avalacio de impacto ambiental e das instrumentos economicos necessrios para que of custs efativos da poco seam arcados pelos sous responsive. Problemdtca similar ocorreu,e anda ocorre, com os paises ‘mais desenvolvidos ques lanaram anteriormentenaestrateglade estabelecer mecanismos de politas pleas capazes de enfrentar a dif responsabiidade social de reguamentar as aides portaoras de riseos de degradaco do meio ambiente. NNesse sentido, este trabalho esté orgenizado em quatto srandes unidades: Na primeira dele & feta uma abordagem econdmica da «questaoambiental, que parted consderariodeelementostebices essenciais &compreensio desta problemitica, para chegar @ uma andlse de algumas diretries essenciais a uma gestao raconal do ‘meio ambiente (apereigoamento dos mitodos de aida 8 decs8o, andlse integrada dos problemas amblentals, ago preventva, velorizacto da participacto publica ¢ utlzagso de instrumentos ‘econbmicosem complemento aos regulamentare). Constatambém festa unidae a abordagem de efi da politica ambiental sobre alguns aspectos do crescimento econérmice, [Na segunda, sio estudados dois instrumentos de ajuda a0 processo decisbrio: a anilse eustobenefiio e a avallando de impacto ambiental/AIA,procedimentos quevem sendoamplamente tilzados em vros pases. A abordagem enfoca, essencialmente, 2 natureza, a abrangénda @ as diferentes etapas, resatando vantagense desvantagens destes métodos. ‘A terceira unidade anaisa, em detalhe, a expernca de ‘quatro palsesno campoda wvalagdo de impacto ambiental: Estados Unidos, Franca, Gré-Bretanha e Canad (Quebed) Teno em sta _almportancia do processo de unica europeia ea consaquente tentativa de evtardistorebes na economia dos diferentes paises como resitado da adocio de potticas ambientais diferencias, & analsada também a Diretriz da Comunidade Economica Europa (CEE) rlativa a esta questo. As andses dos procedimentos dos diferentes paises conterplam os sguintes aspectos: base legal _brangendia,conttdo, tapas, mecanismesde controle informacio ‘ participagto da populagao,belangoe tendencias. ‘Finalmente, a quara unidade sintotiza os prncpais portos ‘consderados relevantes para 0 debate brasileiro no tocante 20 _apereigoamento de algus insirumentos de poltica ambiental PRIMEIRA PARTE. 13 ABORDAGEM ECONOMICA DA QUESTAO AMBIENTAL FUNDAMENTOS TEORICOS Desde 9 inicio da revolugdo industrial, 2 implantagio de tWenieas de produgso e um modo de consumo predatrios ver provocando un grande jmpacto das atvidades bumanas sobre 0 meio ambiente, dando origer a problemas ericas de poligao. Enlretanto, alé'a metade deste século, a degradagio dos recursos ambientas Se apresentava como um problema de carer setorial ‘io interlerinda como un ator liitante-sela na rea econdmica cu de decisio politica do processo de deserwolvmenta dos pases ‘que aleangaram um elewero grau de industializagio. ‘© modelo de crescimento adotado apis a sequrila guerra mundial revelou'se rapidamente (pela sia amplitude © pela ‘complexiieagSo extrema dos seus melas), como um agente de quebra do equllbrio ecolégico, o que acareeta, em termos scontmicos um desequlbrio da locagio de recursos, em terms seclas, da distbulgao do bemrestar! ‘Observas, nests itimas décadas, um grande crescimento das atvidades de predugo e consumo e, conseqlentemente, un sande aumento de langamentos de residuos nos dversos mios Feceptores atmosfere, gues supertciose subtrraneas e sols), ‘ua capacidede de assmiagio ¢ fia, mio leven em conta a8 smudancas cimatcas a longa prazo ‘AutlizacSo deur patio tecolbgicaque pateda pessuposto a inesgotabiidade dos recursos ambentas, bem como a grande iversticagio e mobihdade dos poluentes,s8o tombs aspectos 4 importantes a seem consileredos neste procesto sisemStico © mmacigo dedegradacto ambiental eque contriouem parao crescente Fendmeno de exassez dos recursce ambient, ‘Adetenorago,bemcomoouso exces dosbens amblentals nasties de produghoe consume (ransformando-os em bens ‘arose objeto de conflto), se deve prineipalmente ao fato de que, [Av slgunsonosstré,etescram consderadoxbens ves! sponte fem quantidade limitada e de apropriagio” gratuita ‘Censequentemente, 0s pregos normalmente no conseerem a ‘mortiacio do entoaie dos recursos amblentas{captl que no 52 repro ano se em ceras condlgbes), no relletindo, potanto, rem a escasier, nem a rardade do mesmo. ‘As econcmias capialstas regidas por principios liberals tendem a reiear as “forcas de mercado” como mecarismo ‘automitico de regulacio do emprego dos diferentes fatores produvos no processo de prox. Nese sentido, obem-estarde lima sociedad se daria pelo somatono da busca ce maximizac30 ‘ano das satisfagoes Induiduas de cada cidado, como dos heros decade empress. Estasitinasproduzitam segundoaracionaiiade de que 0 produto marginal - ou sea, cada unidade aticional produzda-deveterum custo igual ou menor que o prego obtido no mercado. Ora dado queo meio ambiente éum patrimoniocoetvo, fa consieracSo de sews custos teva ser negigenciaia naquela thsca de stsfagies individuals maximlzdas, que nao ineorporamt vardvel ambiental como custo de produgao. ConseqUentemente, ‘la prodor repassa ma parte de seus aistos a sociedade, ‘evidericando, assim, as itacbes da angio reguaora das frgas ‘demereadoquando se considers avarivelambientalnosmacanismos se alocago de recursos “Tememos como exemplo a uiizagto de um determinado curso 'dgua enguanto meio receptor delanamentos poluentes: ‘media qu os produtores ov as comuniadeslancam seusefhentes| ‘2m préva depuragio, economizam 0 cso do tratamento, que & 6 ‘eteralzado sobaformade custo soca, traut pladterioragho correspondentedocursodsqun. A degradagaocia qualdaed'Squn ImpSe aos outros suaros toda uma striedecusts sob a forma de perdlas econdmicas ou pera de amenidades ‘A poligio &, poranto, consderada um efeito extemo negativ (ou deseconomia external,na medidaqueosdancs que ela provoea. no sto ditetamente considerados pelo mercado, onsiuindo-semumeasto socal nao compensado, ousea,imposto 2 soctedade, ‘A prica de exteralizagSo da pollgSo sob a forma de custo social expica, em gran parte, «no realagao de esforgos pelos pokidores, no sentido de ss implemertar um programa de Sespoliglo, a nBo realzacSo de pesquisa de procesos industrials menos poluentes, ou ainda a no recuperagdo de subproditos. ‘Acxistncia de tai isorgbesexige que os padres pubicos limplementem medias para minimizar a poligdo, evtardo uma ‘levagio decustossocaiseimpadivoaineidéncadedeseconomias ‘exlemas, Ness sentido, & fundamental que se consiere a varivel ambiental enquanto elemento assocado a estrutura de custos de Produgio e, asim, soja considerada como bem econdmico, Iutamente com otdros fates (rabalho, capital, matéria prima tel A intemalzagio dos efettos externos asvclados 20 melo ambiente representa uminstnientelcazdecoregaodasdstorgoes ‘ns eatnturas de cto, permitindo um genio de elcbta na esto dos recursos amblentas, lem de se de estilo & geragao de tecnologias menos polentes, DIRETRIZES PARA A GESTAO RACIONAL DO MEIO AMBIENTE. (© crescimento econtmico ¢ a politica de preservagao do meio ambiente constituem dois objelivos compativeis e interdependent qu se reforgam mutuamente. De acordo com as

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