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DREN T4 2010
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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (conclusão) Dezembro/2010
Para escolher os Relatórios que iria analisar usei um critério subjectivo – usar relatórios das escolas onde estive recentemente, embora não
fazendo parte da equipa da Biblioteca (Alfena), usar o relatório de uma escola que não conheço, mas que sei que tem uma Biblioteca bastante dinâmica
(Braga) e o relatório do agrupamento onde estou neste momento (Trofa), sendo que a avaliação aconteceu no ano passado e eu estava a exercer em 2
bibliotecas do 1º ciclo. Tinha também a esperança de provar que quanto mais recente for a avaliação, mais probabilidades haverá de ser dada maior
relevância ao trabalho desenvolvido pelas bibliotecas.
Escola Secundária de Alfena/ Valongo Agrupamento de Escolas André Soares - Agrupamento de Escolas da Trofa
Braga
Ano lectivo 2007/2008 Ano lectivo 2009/2010
Ano lectivo 2007/2008
Numa breve análise a estes resultados poderemos dizer que a escola melhor classificada seria a André Soares, em Braga, em seguida teríamos a escola
Secundária de Alfena e finalmente em terceiro lugar o Agrupamento da Trofa. Naturalmente não vou fazer juízos de valor sobre estas avaliações.
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2.4 Abrangência do “A BE evidencia grande dinamismo, tanto no O Agrupamento assegura a diversidade temática
currículo e desenvolvimento das actividades do PNL como no das actividades através “das múltiplas actividades
valorização dos desencadear de outras iniciativas, nomeadamente do Plano de Acção das BE do agrupamento (com a
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saberes e da narrativa aberta e leitura da nossa terra.” respectiva publicação trimestral do Boletim
aprendizagem Informativo Aconteceu. … as crianças são
incentivadas a participar em blogues criados pela
escola… a aderir a concursos, como por exemplo
um logótipo para a biblioteca, bem como a
apresentar peças teatrais e encenações a outros
grupos e turmas.“
3.3 Gestão de 3.3 “A Biblioteca, apesar da sua curta existência, “O agrupamento possui cinco bibliotecas
recursos materiais mostra ser um pólo educativo agradável, bem integradas na RBE, garantindo a circulação de
e financeiros organizado e com um dinamismo assinalável” obras, no âmbito do PNL, por todas as escolas
(através do trabalho articulado dos três
“A ESA está mobilizada para aproveitar as bibliotecários do Agrupamento).”
candidaturas a vários programas, incluindo a RBE”
3.4 Participação 3.4 “a abertura da BE aos pais” “Estes (os pais) estão envolvidos nas actividades
dos pais e outros das bibliotecas e do Plano Nacional de Leitura..”
elementos da
comunidade
educativa
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4.4 Parcerias, A ESA aderiu várias parcerias entre elas a RBE e o Destaca-se a parceria com a Biblioteca Lúcio
protocolos e PNL Craveiro da Silva e com a Rede de Bibliotecas
projectos escolares
A primeira observação que não posso deixar de fazer resulta da observação do quadro (1ª tarefa desta sessão) onde cruzámos os campos de análise da
IGE com os domínio/subdomínio e indicadores do Modelo e a sua comparação com este – as possibilidades de análise eram imensas e os resultados
concretos nos relatórios finais não as reflectem de forma alguma. As referências são residuais, ignorando o contributo das BE no desempenho global da
escola/agrupamento (pelo menos em 2/3 da minha amostra).
Com efeito, no relatório na ES de Alfena (2007/08) a Professora bibliotecária, que já na época exercia o cargo a tempo inteiro, foi ouvida pela equipa da
IGE, em dois painéis. O resultado fica-se por escassas e breves referências, em quatro aspectos: apoios, gestão de recursos, abertura aos pais e os
protocolos com a RBE e PNL.
No relatório do Agrupamento de Escolas André Soares (2007/08) surgem apenas 3 referências à BE, embora em áreas que considero porventura mais
nucleares em relação à aprendizagem dos alunos – abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem (2.4) e a formação (2.2). A
terceira referência é na área das parcerias, onde surge a parceria com a RBE e a Biblioteca Municipal, que, não sendo obviamente menos importante, é
mais comum. Desconheço se existia à época a figura de coordenadora da BE a tempo inteiro e se foi ouvida por algum painel da IGE.
Finalmente temos o relatório do Agrupamento de Escolas da Trofa (2009/10) que creio que poderá ser considerado, no que à Biblioteca Escolar diz
respeito, muito positivo, tanto no número de referências, como na qualidade das mesmas e nos campos de análise abrangidos.
De salientar que a BE surge logo referida no campo Resultados e Valorização e impacto das aprendizagens. Surge também na abrangência do currículo e
valorização dos saberes, na gestão dos recursos, na participação dos pais e na abertura à inovação. Na verdade, as referências à BE surgem em quase
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todas as 11 páginas do relatório, excepto na página das Considerações Finais, onde não surge, como poderia ser de esperar, nos pontos fortes do
Agrupamento.
Devo acrescentar que esta avaliação decorreu no ano lectivo anterior, numa fase em que existiam 3 professores bibliotecários no Agrupamento (um
deles, o coordenador foi ouvido num dos painéis) e os outros dois foram ouvidos informalmente nas próprias BE, aquando da visita dos Inspectores às
restantes unidades de gestão, que por coincidência eram as que tinham biblioteca.
Considero que as referências que existem às BE que existem neste relatório – por exemplo os prémios para os melhores leitores, os boletins
informativos, a promoção da leitura, a circulação de obras do PNL pelas escolas, as elevadas taxas de requisição para leitura domiciliária e o
envolvimento dos pais, nomeadamente no 1º ciclo, na semana da leitura e na colaboração para pequenas peças de teatro – serão neste momento
actividades comuns à maior parte das bibliotecas escolares. Creio, pois, que a diferença reside na atenção/relevância que a equipa da IGE lhe atribua
ou na forma como a Direcção e os PB conseguem chamar a atenção da IGE para a importância do papel e do contributo da BE nos resultados da
escola/agrupamento.
Concluindo, creio poder dizer que se confirma aqui a hipótese levantada inicialmente: as BE, fruto certamente também, da generalização do cargo de
PB, têm neste momento mais visibilidade nas escolas e isso tem de ter impacto nas avaliações externas.
Muito caminho haverá ainda a percorrer – falta haver nos tópicos para a apresentação da escola que a IGE fornece inicialmente às escolas um ou vários
campos onde se pede informação sobre a actividade e o contributo das BE nos vários aspectos de análise. É importante também que os resultados da
auto-avaliação das BE sejam incluídos no processo de avaliação interna da própria escola e que se generalize a presença do PB num dos painéis da
avaliação externa, por exemplo no painel dos coordenadores.
Bibliografia:
http://www.ige.min-edu.pt/content_01.asp?BtreeID=03/01&treeID=03/01/03&auxID=&newsID=663#content
http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/file.php/142/ME_IGE_-_Quadro_de_Referencia_para_a_avaliacao_externa_das_escolas_agrupamentos_24-11.pdf
Olívia Queiroz