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Biologia
DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS - PARTE III
Reino Metazoa
Introdução ............................................................... 3
Critérios de Classificação dos Metazoários ........... 3
Estudo dos Filos
1 - Filo Porifera ou Spongiaria
(Poríferos ou Espongiários) .............................6
2 - Filo Celenterata ou Cnidaria
(Celenterados ou Cnidários) ............................8
3 - Filo Platyhelminthes (Platelmintos) ................ 11
4 - Filo Asquelminthes ou Nemathelminthes
(Asquelmintos ou Nematelmintos) .................18
5 - Filo Mollusca (Moluscos) ...............................22
6 - Filo Annelida (Anelídeos) ...............................25
Origem da Vida
Introdução .............................................................44
1 - Abiogênese e Biogênese ................................44
2 - Hipóteses sobre a Origem da Vida ................45
3 - As Idéias de Oparin ........................................46
4 - Experimento de Miller .....................................47
5 - Experimento de Fox ........................................47
6 - Evolução dos Sistemas Energéticos
dos Seres Vivos ..............................................47
M3
RICARDO LUIZ PRATA PONTES
2 cor preto
Biologia
Evolução
Introdução ......................................................................... 48
1 - Teorias Evolucionistas ................................................ 48
2 - Evidências da Evolução ............................................. 50
3 - Especiação ................................................................ 51
4 - Genética de Populações ............................................ 53
Ecologia
Introdução ......................................................................... 54
1 - Níveis de Organização estudados em Ecologia ......... 54
2 - Conceitos Básicos ..................................................... 55
3 - Cadeia Alimentar........................................................ 56
4 - Pirâmides Ecológicas ................................................ 57
5 - Teia Alimentar ............................................................. 58
6 - Sucessão Ecológica................................................... 58
7 - Ciclos Biogeoquímicos ............................................... 59
8 - Relações Ecológicas ..................................................63
9 - Poluição ......................................................................69
Fisiologia Humana
Introdução .........................................................................70
I - Sistema Circulatório ...................................................70
II - Sistema Respiratório ..................................................72
III - Sistema Excretor ........................................................75
IV - Sistema Digestivo .......................................................77
V - Sistema Nervoso ........................................................79
VI - Sistema Endócrino .....................................................81
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DIVERSIDADE DOS
SERES VIVOS - PARTE III
REINO METAZOA
INTRODUÇÃO
O Reino Metazoa compreende organismos pluricelulares, eucariontes e heterótrofos. A maioria de seus
representantes apresentam tecidos diferenciados que se especializam no desempenho de funções. O
reino Metazoa é dividido nos seguintes filos: Poríferos, Celenterados, Platelmintos, Asquelmintos, Moluscos,
Anelídeos, Artrópodos, Equinodermas, Hemicordados e Cordados. Os diversos filos existentes no reino
Metazoa são agrupados de acordo com determinadas características que passamos a estudar agora e que
denominamos Critérios de Classificação.
1- Simetria
É a divisão imaginária do corpo de um animal em metades opostas que devem ser simétricas uma à outra.
Quando divididos por qualquer plano que passe pela boca apresentarão metades simétricas. Como exemplos,
temos os celenterados e os equinodermas adultos.
ORAL
boca
no
pla al
i
r d
a
ABORAL
1.3 - Assimetria
2 - Segmentação ou Metamerização
Consiste na repetição de partes do corpo ao longo de sua extensão. Os segmentos que se repetem são
denominados metâmeros e podem ou não ser iguais.
Biologia - M3 3
4 cor preto
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3- Esqueleto
É uma estrutura de sustentação e proteção presente em um grande número de animais. Pode ser externo ou interno.
B
A
ectoderma
mesoderma
endoderma
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5 cor preto
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5 - Presença de Celoma
O celoma verdadeiro é uma cavidade totalmente revestida por mesoderma. Trata-se da futura cavidade geral
do corpo onde estarão contidos os órgãos internos. Os animais triblásticos podem ou não apresentar celoma.
Quanto à presença do celoma, os animais podem ser classificados em:
5.1 - Acelomados
Não apresentam celoma. A cavidade corpórea é preenchida por tecido de origem mesodérmica. Os platelmintos
são animais acelomados.
5.2 - Pseudocelomados
Apresentam um “falso celoma”. Este é delimitado parcialmente por mesoderma e endoderma. Os Asquelmintos
são animais pseudocelomados.
ECTODERMA ECTODERMA
MESODERMA
MESODERMA
CELOMA
ENDODERMA
MESODERMA PSEUDOCELOMA
ECTODERMA
ENDODERMA ENDODERMA
a) Formação Esquizocélica
O mesoderma é formado a partir de células endodérmicas que revestem o arquêntero. Ocorre multiplicação
dessas células que posteriormente se organizam formando uma membrana que delimita o celoma. O celoma
assim formado é denominado esquizoceloma e os animais que o possuem são chamados esquizocelomados.
São esquizocelomados os moluscos, anelídeos e artrópodos.
b) Formação Enterocélica
Biologia - M3 5
6 cor preto
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6- Destino do Blastóporo
O blastóporo é uma abertura formada na fase de gástrula que comunica o arquêntero com o exterior. O
blastóporo pode originar boca ou ânus. Conforme sua evolução, os animais podem ser:
6.1 - Protostômios
São aqueles em que o blastóporo origina a boca. São Protostômios os Celenterados, Platelmintos, Asquelmintos,
Moluscos, Anelídeos e Artrópodos.
6.2- Deuterostômios
São aqueles em que o blastóporo origina o ânus. São Deuterostômios os Equinodermas, Hemicordados e
Cordados.
Micrômeros
Arquêntero
Blastocele
Blastóporo
Macrômeros
Gastrulação com formação do arquêntero e do blastóporo
Apresentam o corpo perfurado por poros que permitem a entrada de água no corpo.
São os únicos metazoários que não possuem tecidos diferenciados, apresentando grande simplicidade na
organização corporal. São animais diblásticos, e assim não podem formar celoma. São, em sua maioria,
assimétricos, podendo apresentar simetria radial em alguns representantes. São assegmentados e seguiram
uma linha evolutiva diferente de todos os outros filos, sendo, por isso, caracterizados como parazoários.
Todos os poríferos são aquáticos, sendo a grande maioria marinhos, vivendo fixos a um substrato (animais
sésseis). As poucas espécies de água doce pertencem à família Spongillidae.
Uma esponja simples assemelha-se a um vaso, fixado ao substrato pela região inferior. O corpo é perfurado
por poros que permitem a entrada de água no corpo juntamente com nutrientes e oxigênio. A cavidade interna
é denominada átrio ou espongiocele e na extremidade superior do corpo localiza-se uma abertura maior
denominada ósculo, por onde ocorre a eliminação de água, restos digestivos e gás carbônico.
6 Biologia - M3
7 cor preto
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d) Amebócitos
São células que se movimentam
espícula através de pseudópodos localizadas
na camada gelatinosa (mesogléia)
que fica entre as camadas externa e
interna. São células indiferenciadas,
podendo originar qualquer outro tipo
celular. Realizam digestão intracelular
complementar, transportam os
amebócito
produtos da digestão para outras
células, formam gametas, gêmulas
(formas de resistência) e espículas
(estruturas de sustentação).
Observação: Na mesogléia encontramos em algumas esponjas, além
dos amebócitos, estruturas esqueléticas calcárias ou
silicosas denominadas espículas. Em outras esponjas
encontramos uma rede de fibras de espongina
(proteína que fornece sustentação).
Espículas Espículas Espongina
calcárias silicosas
a) Assexuada Gema
Tipos:
Regeneração - Pedaços de esponjas que contenham amebócitos podem crescer
e reconstituir uma esponja de tamanho normal para a espécie.
Brotamento ou Gemação ou Gemiparidade - São formadas expansões
superficiais denominadas brotos ou gemas que crescem e formam novas
esponjas. Estas podem se desgarrar da esponja mãe, apresentando vida isolada, Formação da gema
ou crescer unidas a ela formando colônias.
Gêmula, em corte
Biologia - M3 7
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As esponjas não apresentam tecidos diferenciados e, portanto, não formam sistemas ou aparelhos. A digestão
é exclusivamente intracelular no interior dos coanócitos e amebócitos. A circulação, a respiração e a excreção
são feitas por simples difusão.
A - Corpo de um pólipo
5
B - Corpo de uma medusa
7 1 e 6 - tentáculos
8
2 e 7 - epiderme
1
3 e 8 - gastroderme
2 4 e 9 - cavidade gastrovascular
4
10 5 e 10 - boca
3 6
Os celenterados são diblásticos,
B protostômios assegmentados e
A
radialmente simétricos.
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Cifomedusa
Cifopólipo Estrobilização
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10 Biologia - M3
11 cor preto
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a) Assexuada
Regeneração em planárias
Pedogênese - é o desenvolvimento de um óvulo não fecundado na fase larval, ou seja, uma partenogênese na
fase larval. Observamos a ocorrência de pedogênese nos ciclos de vida do Schistosoma mansoni e da
Fasciola hepatica.
b) Sexuada
Sistema Digestivo
Os platelmintos apresentam tubo digestivo incompleto, com exceção dos cestódeos, que não possuem tubo
digestivo, absorvendo através da pele os nutrientes resultantes da digestão do hospedeiro (todos os cestódeos
são parasitas). A digestão é intracelular e extracelular.
Sistema Circulatório
Não há. O transporte de substâncias ocorre por difusão (circulação por difusão).
Sistema Respiratório
Não há. As trocas gasosas ocorrem através da pele, por difusão. É muito comum falarmos em respiração
cutânea ou tegumentar.
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Sistema Excretor
Sistema Nervoso
Biologia - M3 13
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ESQUISTOSSOMOSE
(Barriga d’água) TENÍASE CISTICERCOSE
Esquistossomose
Ciclo Evolutivo
Os vermes adultos permanecem acasalados no (Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea ou
interior das veias mesentéricas, hepáticas e da parede Biomphalaria tenagophila). Nas vísceras do caramujo,
intestinal. Aí, após a fecundação, as fêmeas fazem a o miracídio transforma-se em esporocisto que, por
postura dos ovos em vasos bem próximos à luz intesti- pedogênese, forma milhares de cercárias. As cercárias
nal. Cada ovo tem grande espinho lateral que provoca possuem o corpo oval, com duas ventosas e uma longa
ulceração na mucosa intestinal, com sangramento e cauda muscular bifurcada, com a qual podem se
inflamação. locomover na água depois de deixar o caramujo
Com as fezes da pessoa parasitada, esses ovos (hospedeiro intermediário). As cercárias permanecem
atingem o meio ambiente, podendo chegar à água doce vivas e com poder de infestação até mais ou menos
(lagoas, tanques, reservatórios, charcos). Aí, cada sessenta horas depois de terem saído do caramujo.
ovo origina uma larva ciliada, o miracídio, que se Podem, nesse período, penetrar na pele humana,
locomove ativamente e pode penetrar no corpo de um causando uma forte irritação local com coceira (dermatite
caramujo planorbídeo do gênero Biomphalaria cercariana).
14 Biologia - M3
15 cor preto
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Durante a penetração, as cercárias, perdem a ovos são vistos nas fezes cerca de quarenta dias após
cauda e tornam-se mais afiladas, transformando-se em a contaminação do homem (hospedeiro definitivo).
esquistossômulos. Estes caem na circulação san- A esquistossomose mansônica tem uma fase
güínea e são enviados a todo o organismo, mas apenas aguda inicial, com mal-estar, cansaço, problemas
os que alcançam o sistema porta são capazes de evoluir. gastrointestinais e dor de cabeça. Segue-se um período
Nessa localização, os esquistossômulos se alimentam intestinal, com graves distúrbios digestivos, fezes com
e se desenvolvem, transformando-se em machos e muco e sangue e cólicas. Na fase crônica ocorre grande
fêmeas trinta dias após a penetração das cercárias na inflamação do fígado e baço, além da típica ascite ou
pele. Daí, migram acasalados para o plexo barriga d’água, que deixa o ventre muito volumoso e é
hemorroidário, onde farão oviposição. Os primeiros uma característica marcante dessa verminose.
II
CERCÁRIA
7
2- MIRACÍDIO
3- ESPOROCISTO
III
4
6
ESPOROCISTO
COM CERCÁRIAS
5
Biologia - M3 15
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Esquistossomose
MESENTÉRIO
CIRCULAÇÃO INTESTINO
HOMEM
SAEM COM AS
VEIAS FEZES
POSTURA DE
OVOS
ÁGUA
CERCÁRIA
MIRACÍDIO
ESPOROCISTO ESPOROCISTO
CARAMUJO
Teníase
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poro
genital
ovário
B vagina glândula da
casca
glândula
ventosas vitelínica
A
Ventosa
colo
Ciclo Evolutivo
Taenia saginata
Apresenta ciclo semelhante, tendo o boi como hospedeiro intermediário.
A teníase determinada tanto por Taenia solium quanto por Taenia saginata provoca indisposição abdominal,
diarréia e vômitos.
Cisticercose
A partir do momento em que o homem ingere ovos verme adulto no intestino, liberando ovos embrionados.
de Taenia solium contaminando a água ou alimentos, Os ovos eclodem e liberam os embriões hexacantos
ele adquire a cisticercose. Pode ocorrer também a auto- que caem no sangue. Os embriões atingem os tecidos
infestação quando há ruptura de proglotes grávidos do humanos, onde se desenvolvem, formando os cisticercos.
Biologia - M3 17
18 cor preto
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Os cisticercos instalam-se nos tecidos humanos e o alteração da função das válvulas cardíacas e diminuição
quadro clínico pode ser agravado quando a larva da capacidade bombeadora.
cisticerco aloja-se no cérebro, olhos e coração. É importante salientar que, na cisticercose, o
No cérebro, pode determinar cefaléia, desmaios, homem funciona como hospedeiro intermediário, uma
dificuldade locomotora e até loucura. Nos olhos, a larva vez que os cisticercos estarão alojados em seu
pode atingir o humor vítreo e mesmo a retina, causando organismo.
cegueira parcial ou total. No coração, pode ocorrer
São vermes que apresentam o corpo cilíndrico e alongado. São animais triblásticos, protostômios assegmentados,
bilateralmente simétricos e enterozoários.
A maioria dos asquelmintos são parasitas pertencentes à classe Nematoda, existindo algumas espécies de
vida livre pertecentes à classe Nematomorpha.
O habitat é muito variado, assim como as dimensões dos animais. Não apresentam cílios em nenhum tecido
e seus espermatozóides deslocam-se por pseudópodos.
a) Assexuada
Tipo:
Partenogênese - Consiste no desenvolvimento de um óvulo não fecundado que ocorre com o Strongyloides
stercoralis.
b) Sexuada
Todos os asquelmintos são dióicos e apresentam dimorfismo sexual. A fêmea é mais alongada e mais fina que
o macho. A fecundação é interna e o desenvolvimento é indireto.
Sistema Digestivo
São os primeiros animais a apresentar tubo digestivo completo que termina em ânus. A digestão é intracelular
e extracelular.
Sistema Circulatório
Não há. O transporte de substâncias ocorre por difusão principalmente através do líquido pseudocelomático
(circulação por difusão).
Sistema Respiratório
Não há. As trocas gasosas ocorrem através da pele, por difusão. É muito comum faIarmos em respiração
cutânea ou tegumentar.
18 Biologia - M3
19 cor preto
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Sistema Excretor
Poro excretor Canal comum
Apresenta dois longos canais laterais lembrando a Canal anterior
letra H. Por isso, podem ser chamados de canais
em H ou canais excretores laterais. Esses canais
percorrem longitudinalmente a cavidade Núcleo
pseudocelomática recolhendo os resíduos tóxicos do Canal posterior
metabolismo. Um poro excretor se encarrega de
eliminar os excretas.
Sistema Nervoso
O sistema reprodutor apresenta gônadas e todos os asquelmintos são dióicos, com notável dimorfismo sexual.
Biologia - M3 19
20 cor preto
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Ascaridíase
Ciclo Evolutivo
Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem. A ascaridíase se caracteriza por distúrbios
digestivos como vômitos, cólicas e obstrução intestinal. Pode haver também crises convulsivas, emagrecimento e
complicações pulmonares.
Os ovos do Ascaris saem com as fezes humanas e permanecem no ambiente por muito tempo (até anos)
como ovos embrionados que, ao serem ingeridos, liberam microscópicas larvas no intestino do novo hospedeiro.
Aí as larvas (rabditóides) perfuram a mucosa, caem na circulação e atingem, em seqüência, o coração e os
pulmões. Perfuram os alvéolos, sobem pelos brônquios e traquéia e chegam à faringe, de onde são deglutidas com
a saliva. Voltam assim ao tubo digestivo, transformando-se rapidamente em vermes adultos.
O ciclo reprodutor se completa em apenas um hospedeiro, falando-se então em parasita monoxeno.
As larvas provocam problemas pulmonares, como bronquites e infecções; irritação das mucosas faríngea,
traqueal e nasal, com tosse seca e coceira na garganta. Muitas vezes o sono é perturbado.
AL
1
OR
VIA
8
OR
OP
OVO DEGLUTIDO
ÇÃ
TA
ES
ADULTA
INF
6
7
ÃO
LM POSTURA
PU DE OVOS
LARVA
9 RABDITÓIDE
O 5
AD
FÍG 2
LIBERAÇÃO DE LARVAS
NO INTESTINO
3
10
C
4 OVO
FECUNDADO
OVO COM
LARVA
11
VERMES ADULTOS
INTESTINAIS
B
OVO FÉRTIL
20 Biologia - M3
21 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Enterobiose ou Oxiurose
Ciclo Evolutivo
Os vermes adultos habitam a porção terminal do água e alimentos e a ingestão desses ovos embrionados
intestino grosso e as fêmeas fecundadas, em movimentos contamina o homem. Os ovos eclodem e, no intestino,
contínuos nas bordas do ânus, provocam intenso prurido, originam larvas rabditóides que evoluem para vermes
nervosismo e insônia (em alguns casos). adultos.
As fêmeas fecundadas realizam a postura dos ovos É muito comum a auto-infecção que consiste na
no intestino grosso. Os ovos são liberados nas fezes e ingestão de ovos embrionados expelidos pelo próprio
mesmo no intervalo entre as defecações. Pode ocorrer a indivíduo. É muito comum em crianças que, ao coçar a região
contaminação das roupas íntimas, roupas de cama, mãos, anal, contaminam as mãos, podendo levá-las à boca.
Biologia - M3 21
22 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
São metazoários que apresentam o corpo mole comumente envolvido por uma concha calcária e constituído de
três partes: cabeça, massa visceral e pé. A cabeça possui, em geral, tentáculos, boca e olhos A massa
visceral, formada pelos órgãos internos, é recoberta por uma dobra da pele denominada manto ou pálio, que
secreta a concha. O pé, geralmente musculoso, é muito contrátil e apresenta muitas células glandulares.
Os moluscos exploram os mais diversos ambientes. Há espécies em terra úmida, como os caracóis e as
lesmas e outras na água doce e no mar. Há espécies de alguns milímetros, enquanto certas lulas gigantes,
que vivem nas grandes profundidades, podem ter mais de dez metros.
A maioria dos moluscos apresentam um exoesqueleto representado pela concha calcária. No entanto, polvos
e lesmas são desprovidos de concha e as lulas apresentam uma concha interna denominada pena ou siba.
São animais triblásticos; esquizocelomados, protostômios, assegmentados, bilateralmente simétricos,
enterozoários e de vida livre.
A maioria dos moluscos são dióicos e algumas espécies são monóicas insuficientes. A reprodução é sexuada,
com fecundação externa, desenvolvimento indireto e formação de larvas denominadas véliger, gloquídio e
trocófora, com exceção de alguns cefalópodos e das formas terrestres, que apresentam fecundação interna e
desenvolvimento direto.
Gancho
concha
Valva
ânus
Músculo
adutor
pé boca
A B C
Sistema Digestivo
Apresentam tubo digestivo completo e a digestão é intracelular e Olho
extracelular. A maioria dos moluscos apresenta no interior da boca
uma estrutura denominada rádula, que funciona como um aparelho Tentáculos
ralador e triturador de alimento. Essa estrutura nada mais é que uma
placa raladora denteada que reduz o alimento a frações menores,
Rádula
facilitando a ação das enzimas digestivas.
Mandíbula
Boca
Cabeça de Caramujo em corte. Pé
Observe a rádula.
22 Biologia - M3
23 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Sistema Circulatório
Os moluscos apresentam um sistema circulatório aberto ou lacunar, com exceção dos cefalópodos. No sistema
circulatório aberto observamos que, do coração, saem artérias que terminam em lacunas ou hemoceles onde
o sangue se mistura aos líquidos intercelulares, entrando em contato direto com os tecidos. Esse sangue leva
alimento e oxigênio às células, recolhendo os restos metabólicos e gás carbônico produzidos.
vaso sangüíneo
SANGUE
LACUNA
SANGÜÍNEA
brânquias
lacunas dos lacunas dos
tecidos rim tecidos
Sistema Respiratório
Na maioria dos moluscos, a respiração é branquial, mas alguns podem respirar através da pele e outros através
de “pulmões”. Na verdade, os moluscos não apresentam verdadeiros pulmões e o que se observa é que, nas
formas terrestres, a cavidade do manto é muito vascularizada e funciona como um verdadeiro pulmão. A
cavidade do manto é o espaço existente entre o manto e a massa visceral. Dentre os moluscos “pulmonados”,
destacam-se os caramujos Biomphalaria e Lymnaea, hospedeiros intermediários do
Schistosoma mansoni e da Fasciola hepatica, respectivamente.
Sistema Excretor
Os moluscos excretam através de vários nefrídios agrupados, formando os chamados rins nefridiais. Cada
nefrídio é constituído de:
a) Nefróstoma - funil ciliado que recolhe os excretas do líquido celomático.
b) Nefroducto - canal envolvido por uma rede de capilares sangüíneos que conduz os excretas até o
nefridióporo.
c) Nefridióporo (poro excretor) - abertura ventral localizada na superfície do corpo por onde ocorre a eliminação
dos excretas.
sangue que chega
vaso sangüíneo
nefridióporo capilares
sangüíneos
vesícula
sangue que
sai
nefróstoma
túbulos do nefrídio
ciliado
Nefrídio de um Anelídeo
Observe a rede de capilares sangüíneos que envolvem o nefroduto. À medida em que o líquido contendo os
excretas percorre o nefroduto, ocorrem trocas entre esse líquido e o plasma sangüíneo que circula nos capilares
que envolvem o nefroduto, aumentando, assim, a concentração do líquido a ser excretado.
Biologia - M3 23
24 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Sistema Nervoso
O sistema nervoso é do tipo ganglionar ventral com vários pares de gânglios de onde partem nervos para todo
o organismo. Nos cefalópodos, os olhos atingem alto grau de funcionalidade.
Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor apresenta gônadas. A maioria dos moluscos são dióicos, sendo os gastrópodos monóicos
insuficientes.
PELECÍPODOS
(bivaldos ou GASTRÓPODOS CEFALÓPODOS
lamelibrânquios)
pé
A utilização dos moluscos é variada e muito antiga. Os moluscos servem principalmente como iscas para
predadores e como alimento. Como fonte de alimento destacam-se os mexilhões, ostras, polvos e lulas.
As pérolas naturais fornecem jóias de adorno cujo valor estimulou a criação de viveiros de ostras para a
produção de pérolas artificiais.
A diversidade e beleza das conchas despertou e desperta a curiosidade de muitos colecionadores, o que
possibilitou uma maior divulgação desses animais. Muitos botões de madrepérola para roupas foram feitos
com conchas. Atualmente, as conchas são pulverizadas e servem como fonte de cálcio para aves domésticas
e como adubo para vegetais.
24 Biologia - M3
25 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
A substância escura expelida como meio de defesa pelas lulas foi usada como tinta nankin para desenhos.
Há também moluscos que são prejudiciais ao homem como os hospedeiros intermediários de vermes parasitas
(caramujos Biomphalaria e Lymnaea) ou os caramujos que destróem plantações.
Observações
a) A Neopilina galatheae é um molusco primitivo que vive no fundo do mar e é estudada na classe
Monoplacophora. Os primeiros exemplares dessa espécie foram coletados no litoral da Costa Rica em 1952.
Esse molusco vive em grandes profundidades e, assim, pouco se conhece de sua biologia.
b) Os polvos e lulas são dotados de uma glândula produtora de tinta escura, que pode ser esguichada, turvando
a água e prejudicando a visão e o olfato de eventuais predadores.
a) Assexuada
Tipo:
Esquizogênese - Ocorre entre os Poliquetas e consiste na
fragmentação do corpo em pequenos segmentos na região posterior.
Esses segmentos se diferenciam em novos indivíduos.
Esquizogênese em Poliqueta
b) Sexuada
Algumas espécies são monóicas insuficientes e outras são dióicas. O fenômeno da dicogamia justifica a
fecundação cruzada realizada pelos indivíduos monóicos.
A fecundação é interna e o desenvolvimento é direto, exceto nos poliquetas, que apresentam desenvolvimento
indireto com presença de larva denominada Trocófora.
Larva Trocófora
Biologia - M3 25
26 cor preto
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Sistema Digestivo
Os anelídeos apresentam tubo digestivo completo que termina em ânus. A faringe desses animais apresenta
uma dilatação que recebe o nome de moela. A moela apresenta as paredes muito musculosas e suas contrações
trituram o alimento facilitando a ação das enzimas intestinais. O intestino desses animais é dotado de duas
expansões laterais, os cecos intestinais, e uma prega longitudinal, o tiflossole. Ambos aumentam a superfície
de absorção dos produtos da digestão.
moela com paredes dobra interna do
faringe musculosas intestino (tiflossole)
ânus
boca
Sistema Circulatório
O sistema circulatório é fechado, já que os vasos sangüíneos apresentam total continuidade no interior dos
tecidos. O sangue é vermelho em função da hemoglobina encontrada no plasma. Esse pigmento realiza o
transporte de gases respiratórios pelo corpo do animal. Nas minhocas há quatro ou cinco pares de vasos com
capacidade contrátil, que são, portanto, corações.
SANGUE
VASO ESÔFAGO PAPO
BOCA FARINGE SUB-INTESTINAL MOELA
Circulação em Minhoca
TECIDO
Sistema Circulatório Fechado
Sistema Respiratório
A maioria dos anelídeos não apresenta sistema respiratório e a troca
de gases ocorre diretamente através da pele, que é muito vascularizada
(respiração cutânea). Nos poliquetas, o sistema respiratório é formado
por brânquias que se ramificam na região anterior do corpo.
Sistema Excretor
O sistema excretor é constituído por nefrídios, havendo um par por
segmento.
Brânquias
Sistema Nervoso
Tubo
É do tipo ganglionar ventral com dois gânglios cerebróides e um cordão
nervoso duplo de onde partem nervos para todo o corpo.
GÂNGLIOS CEREBRÓIDES ESÔFAGO
Poliqueta Tubícola com Brânquias
Sistema Reprodutor
CONECTIVO PERIESOFÁGICO GÂNGLIOS VENTRAIS O sistema reprodutor apresenta gônadas. Algumas espécies
Sistema Nervoso de uma Minhoca são monóicas insuficientes e outras dióicas.
26 Biologia - M3
27 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
CLITELO
TENTÁCULOS
Minhoca (Oligoqueta)
Ventosas
PARAPÓDIOS
COM CERDAS
Sanguessuga (Hirudíneo)
Nereis (Poliqueta)
Biologia - M3 27
28 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
O filo Arthropoda inclui animais que se caracterizam por apresentar patas articuladas. Constitui o mais vasto grupo zoo-
lógico, abrigando mais de 800.000 espécies vivendo no mar, na água doce, na água salobra, no solo e no meio aéreo.
O corpo dos artrópodos é revestido por um exoesqueleto quitinoso secretado pela própria epiderme. A
quitina é um polissacarídeo nitrogenado que apresenta importante função estrutural, constituindo também a
parede celular dos fungos. A presença desse exoesqueleto limita o crescimento dos artrópodos, fazendo com
que esses animais sofram mudas periódicas ou ecdises. A muda consiste na eliminação do esqueleto velho
e duro denominado exúvia e formação de outro novo, mole e maior. No TAMANHO
início, o novo exoesqueleto permite que o animal cresça. Enquanto ele
O
não endurece, o artrópodo fica relativamente desprotegido, procurando
OD
b
ÓP
refúgio em locais mais seguros. D
TR
AR
São animais triblásticos, esquizocelomados, protostômios, B
O
a
bilateralmente simétricos, enterozoários e segmentados. Os metâmeros
NÃ
que constituem o corpo são diferentes uns dos outros, de modo que C
esses animais apresentam segmentação heterônoma. A
Sistema Excretor
É representado por túbulos de Malpighi na maioria das espécies. Alguns representantes excretam por glândulas
coxais e, outros, por glândulas verdes ou antenais. Esses tipos de sistema excretor serão estudados na
classificação dos artrópodos.
Sistema Nervoso
É do tipo ganglionar ventral. A fusão de vários gânglios na cabeça ou no cefalotórax forma uma massa
cerebróide, da qual partem dois cordões nervosos com um gânglio para cada segmento. Desses gânglios
saem vários nervos periféricos para todas as partes do corpo. As estruturas sensoriais localizam-se nas
antenas, pêlos, olhos, órgãos auditivos e estatocisto (órgão de equilíbrio).
Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor apresenta gônadas. A maioria dos artrópodos são dióicos existindo alguns crustáceos
monóicos insuficientes. A fecundação é geralmente interna e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto,
nesse caso com uma ou mais fases larvais. Em algumas espécies, é comum a partenogênese e a poliembrionia.
28 Biologia - M3
29 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Os artrópodos são estudados em cinco classes: Insecta, Crustacea, Arachnida, Diplopoda e Chilopoda.
Crustacea Insecta
(camarão) (gafanhoto) Arachnida
(aranha)
Diplopoda (piolho-de-cobra)
Chilopoda (centopéia)
NÚMERO DE 3 pares 5 pares ou mais 4 pares 2 pares por segmento 1 par por segmento
PATAS (Hexápodos) (Decápodos) (Octópodos)
Ausentes (Ápteros)
NÚMERO DE 1 par (Dípteros) Ausentes Ausentes Ausentes Ausentes
ASAS 2 pares (Ápteros) (Ápteros) (Ápteros) (Ápteros)
(Tetrápteros)
EXCREÇÃO Túbulos de Glândulas verdes ou Túbulos de Malpighi Túbulos de Malpighi Túbulos de Malpighi
Malpighi antenais Glândulas coxais
Biologia - M3 29
30 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
8.2 - Reprodução
Os equinodermas são animais dióicos sem dimorfismo sexual. A reprodução pode ser assexuada e sexuada.
Assexuada - Tipo: Regeneração
É muito acentuada entre as estrelas-do-mar.
Sexuada - Tipo: Fecundação.
A fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto, existindo vários tipos de larvas que sempre apresentam
simetria bilateral. As principais larvas são bipinária, braquiolária, auriculária e doliolária.
Sistema Digestivo
O tubo digestivo é completo, com exceção dos ofiuróides (serpentes do mar) que não apresentam ânus
quando adultos. Em torno da boca são observadas as pedicelárias, que capturam o alimento. Nos ouriços-do-
mar observa-se uma estrutura no interior da boca formada por cinco dentes caIcários que trituram o alimento.
Essa estrutura é denominada lanterna de Aristóteles. Os ouriços-do-mar raspam algas das rochas, enquanto
as estrelas-do-mar são carnívoras e se alimentam muitas vezes de ostras vivas, atacadas pela abertura das
valvas da concha. A digestão é intracelular e extracelular.
Sistema Ambulacrário
Também denominado sistema hidrovascular ou sistema vascular aquífero, relaciona-se com a locomoção,
fixação, excreção e respiração do animal. Esse sistema é dotado de uma placa calcária porosa denominada
Placa Madrepórica ou Madreporito localizada na superfície externa do corpo. É também constituído por
canais (circular e radiais), ampolas com músculos e pequenos pés ambulacrários. Todo o conjunto oco
contém internamente água do mar, que penetra no sistema através da placa madrepórica.
Através dos canais, a água atinge os pés ambulacrários, que são dotados de paredes musculares e ampolas
que acumulam líquido.
As variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina
com o deslocamento do animal.
Os pés ambulacrários são dotados de ventosas nas extremidades relacionadas à fixação do animal.
30 Biologia - M3
31 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Sistema Circulatório
Placa madrepórica
Canal pétreo
Não há um sistema circulatório típico, mas um
conjunto de canais e lacunas, o Sistema Hemal, de
disposição radial e não bem delimitado da cavidade
celomática. Alguns autores falam em sistema
circulatório aberto bem reduzido. Não há coração
nem sangue.
Ampolas Canal circular
Sistema Respiratório
Sistema Nervoso
Pé ambulacrário É muito reduzido. Não há verdadeiros gânglios, e
sim um anel nervoso ao redor da região bucal de
Músculos longitudinais onde saem nervos radiais.
Observação:
Deuterostômios Protostômios
Acredita-se que os equinodermas tenham sua origem
filogenética na regressão de um tipo de animal mais ados
Cord
Hemicordados
evoluído e ativo, pois suas larvas apresentam simetria Moluscos Artrópodes
Diblásticos
Poríferos
(Parazoários)
Ancestrais
Biologia - M3 31
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Tecnologia ITAPECURSOS
10.2 - Origem
A hipótese mais provável a respeito da origem dos Cordados é que eles vieram da mesma linha evolutiva da
qual derivaram os hemicordados. Admite-se que larvas bipinárias de equinodermas asteróides originaram por
pedogênese (*) larvas tornárias de hemicordados. Larvas de hemicordados, por sua vez, originaram larvas
de urocordados que evoluíram para cefalocordados adultos.
* (Pedogênese consiste no desenvolvimento de um óvulo sem fecundação na fase larval).
32 Biologia - M3
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10.3 - Classificação
GRUPO SUB-FILO SUPERCLASSE CLASSE
ACRANIA Urochordata ou
– –
(Protocordados) Tunicata
Cephalochordata – –
Agnatha
– Ostracodermi
(sem mandíbula) Cyclostomata
CRANIATA
(Vertebrados) Placodermi
Chondrichthyes
Pisces
Gnathostomata Osteichthyes
(com mandíbula)
Amphibia
Reptilia
Tetrapoda Avis
Mammalia
Observações:
1) Os Ostracodermi foram os primeiros animais vertebrados e viveram há cerca de 380 milhões de anos. As
evidências indicam que esses animais habitaram a água doce, desaparecendo, mais tarde, em conseqüência
do hábito parasita dos ciclóstomos.
2) Os Placodermi foram os primeiros peixes e viveram há cerca de 350 milhões de anos. As evidências
indicam que esses peixes habitaram tanto as águas doces como os mares, já apresentando mandíbulas
verdadeiras e nadadeiras pares.
Biologia - M3 33
34 cor preto
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O anfioxo apresenta respiração branquial e as correntes de água são mantidas por batimento de cílios na
faringe. São, portanto, animais filtradores.
tubo neural
notocorda
atrióporo
Anfioxo, em corte longitudinal
10.3.2 - Grupo Craniata
CICLÓSTOMOS
São animais de corpo alongado possuidores de uma boca circular sem mandíbula , com dentes e ventosa
sugadora de sangue. Não possuem mandíbula e são considerados parasitas. Estão representados pelas
lampreias e peixes-bruxa (feiticeiras).
Possuem esqueleto cartilaginoso, respiração branquial, coração bicavitário e hemácias nucleadas. A circulação
é simples, já que pelo coração só passa sangue venoso, e completa, já que não ocorre mistura entre sangue
venoso e arterial.
Na maioria das espécies, os rins são mesonéfricos. O sistema nervoso apresenta 10 pares de nervos cranianos.
Abaixo da epiderme formam-se duas estruturas que se comunicam com o meio externo, denominadas linhas
laterais. Tais estruturas estão em contato com neurorreceptores que permitem ao animal perceber as mínimas
variações de correnteza e pressão na água.
São pecilotérmicos, dióicos e apresentam fecundação externa, o que os caracteriza como animais ovulíparos.
O desenvolvimento é indireto, já que existe uma fase larval e o único anexo embrionário formado é o saco
vitelínico. Vivem no mar, mas na época da reprodução atingem os rios.
34 Biologia - M3
35 cor preto
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PEIXES
São vertebrados aquáticos pecilotérmicos,
possuidores de coração bicavitário, hemácias nadadeira
nucleadas e respiração branquial. A circulação é
simples e completa.
nadadeira
Os rins são mesonéfricos e o sistema nervoso fendas branquiais
apresenta 10 pares de nervos cranianos. Já
apresentam mandíbula, possuindo assim uma boca
articulada. Possuem linha lateral com função senso-
rial. São dióicos e o único anexo embrionário formado tentáculos
é o saco vitelínico.
O grupo de peixes é considerado uma superclasse, boca
constituída por duas classe: Condrictes e Osteictes. fendas branquiais
Lampreia Peixe Bruxa (feiticeira)
A - Condrictes (Peixes cartilaginosos)
Apresentam esqueleto cartilaginoso e pele revestida por escamas placóides de origem epidérmica. A boca é
ventral e a nadadeira caudal é do tipo heterocerca com o ramo dorsal mais desenvolvido. As fendas branquiais
comunicam-se diretamente com a superfície do corpo, já que não existe uma estrutura protetora denominada
opérculo, presente nos peixes ósseos. O principal excreta
eliminado por esses animais é a uréia.
No intestino desses animais está presente uma prega denominada
válvula espiral que aumenta a superfície de absorção dos
produtos da digestão. O tubo digestivo termina em cloaca e a
fecundação é interna. São animais dióicos e a maioria das espécies
são ovovivíparas, isto é, fecundação e desenvolvimento são (VISTA DE CIMA)
internos, sem a presença da placenta. A nutrição do embrião ocorre
através das reservas de vitelo do próprio ovo. Dentículo
Epiderme
(EM CORTE)
Escama placóide
VÁLVULA ESPIRAL
Biologia - M3 35
36 cor preto
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dentículos
HOMOCERCA
DIFICERCA
ciclóide
ctenóide
Os Crossopterígios (grego - krossos = franja / pterix = nadadeira) são osteictes “pulmonados” importantes
evolutivamente por representarem a fonte dos tetrápodos terrestres, originando os Labirintodontes (primeiros
anfíbios). A única espécie de crossopterígio vivente é encontrada nas costas da África do Sul adaptada à
vida marinha (Latimeria chalumnae).
Diversidade
dos osteictes
36 Biologia - M3
37 cor preto
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ANFÍBIOS
Também denominados batráquios, são vertebrados pecilotérmicos que iniciaram a conquista do ambiente
terrestre. Não conquistaram definitivamente esse ambiente porque não possuem adaptações suficientes que
lhes permitam sobreviver sem a água. Sua pele deve estar sempre úmida e vascularizada para favorecer a
respiração cutânea e seus ovos sem casca não apresentam proteção e ressecam com facilidade, daí a
necessidade do ambiente aquático. A adaptação à vida terrestre é produto de várias modificações em relação
aos peixes. Surgiram patas que substituíram as nadadeiras, pulmões no lugar de brânquias e narinas que se
comunicam com a cavidade bucal favorecendo a respiração aérea.
A pele é úmida devido a inúmeras glândulas mucosas existentes. O esqueleto é ósseo e o tubo digestivo
termina em cloaca. O coração é bicavitário nas larvas (girinos) que apresentam respiração branquial. Os
adultos possuem coração tricavitário com respiração pulmonar e cutânea. As hemácias são nucleadas e a
circulação nos adultos é dupla, já que pelo coração passam dois tipos de sangue (venoso e arterial) e
incompleta, já que ocorre mistura entre esses dois tipos de sangue. Essa mistura ocorre no único ventrículo
presente no coração.
Os rins são mesonéfricos e a uréia é o principal produto nitrogenado excretado. O encéfalo apresenta 10
pares de nervos cranianos e o crânio se articula com a coluna vertebral por meio de dois côndilos occipitais.
São animais dióicos, sendo que a maioria das espécies são ovulíparas (fecundação externa) com
desenvolvimento indireto. O único anexo embrionário formado é o saco vitelino. Em algumas salamandras,
ocorre fecundação na fase larval formando novas larvas, processo esse denominado neotenia.
Os anfíbios são classificados em três ordens:
RÃ COBRA-CEGA TRITÃO
Biologia - M3 37
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Os sapos são considerados animais venenosos, mas não são peçonhentos. Isso é justificado pela presença
de duas glândulas de veneno denominadas glândulas paratóides, que só liberam o veneno se pressionadas.
Assim, o animal não possui capacidade de inocular o veneno em suas vítimas.
Sapo
Glândula paratóide
GIRINOS
JOVEM
ADULTO
OVOS
Metamorfose de um anuro
38 Biologia - M3
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RÉPTEIS
Lacertílio
Crocodiliano
Tuatara
Diversidade
dos répteis Ofídio Quelônio
OS OFÍDIOS
Esse grupo deve ser estudado separadamente por incluir espécies peçonhentas, ou seja, animais que produzem
e inoculam veneno em suas vítimas.
COBRAS PEÇONHENTAS COBRAS NÃO-PEÇONHENTAS
- Cabeça triangular e bem destacada do corpo. - Cabeça quase cilíndrica e mal destacada do corpo.
- Cabeça recoberta por pequenas escamas. - Cabeça recoberta por placas córneas grandes.
- Olhos com pupila vertical. - Olhos com pupila circular.
- Com fosseta loreal (fosseta lacrimal) que - Sem fosseta loreal (fosseta lacrimal).
apresenta função termosensorial.
- Cauda curta com afilamento brusco. - Cauda longa com afilamento progressivo.
- Lentas, de hábitos noturnos. - Rápidas, de hábitos diurnos.
- Quando molestadas, armam o bote. - Quando molestadas, fogem.
- Ovovivíparas. - Ovíparas.
- cascavel, coral, urutu, jararaca, surucucu - jibóia, sucuri.
Biologia - M3 39
40 cor preto
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fosseta
loreal Pupila circular
Pupila vertical Cauda curta
Cauda longa
AVES
São vertebrados homeotérmicos de esqueleto ósseo e corpo coberto de penas que exercem função protetora,
isolante térmico e são importantes para o vôo. O tubo digestivo inicia-se com um bico córneo com formato
variado e adaptado aos mais diferentes tipos de alimentação. O bico se comunica com a faringe e essa com
o esôfago, que sofre uma dilatação denominada papo, onde o alimento é armazenado e amolecido.
O estômago apresenta duas partes: proventrículo com função de realizar a digestão química e a moela que
realiza a digestão mecânica. O tubo digestivo continua com o intestino, que termina em cloaca.
O coração é tetracavitário e a artéria aorta está voltada para o lado direito. As hemácias são nucleadas como
nos demais vertebrados estudados até aqui. A circulação é dupla, já que pelo coração passam dois tipos de
sangue (venoso e arterial) e completa já que não ocorre mistura entre esses dois tipos de sangue.
A respiração é pulmonar e os pulmões emitem sacos aéreos, que são expansões membranosas que ocupam
espaços entre as vísceras e no interior dos ossos pneumáticos (ocos e leves). Como esses sacos se
enchem de ar, diminuem o peso específico do animal, representando uma adaptação ao vôo. Na base da
traquéia encontra-se o órgão fonador das aves denominado siringe. Os rins são metanéfricos, sendo o ácido
úrico o principal produto nitrogenado excretado. O encéfalo apresenta 12 pares de nervos cranianos e o
crânio se articula com a coluna vertebral por meio de um côndilo occipital.
40 Biologia - M3
41 cor preto
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Na base da cauda, a maioria das aves apresenta a glândula uropigeana, que produz uma substância oleosa
que impermeabiliza e lubrifica as penas. A pele é delicada, seca e sem glândulas, com exceção da uropigeana.
São animais dióicos que realizam fecundação interna e desenvolvimento externo, sendo, assim, ovíparos.
Apresentam cuidados especiais com a prole e os anexos embrionários são os mesmos dos répteis, ou seja,
saco vitelínico, âmnion, córion e alantóide.
ADAPTAÇÃO AO VÔO
• Ossos pneumáticos
• Asas
• Sacos aéreos
• Visão desenvolvida
• Ausência de bexiga urinária
• Cerebelo desenvolvido, responsável pelo equilíbrio do corpo.
• Osso esterno com quilha, onde ocorre a implantação da musculatura do vôo.
Traquéia
pulmões Siringe
sacos
aéreos pequenos grandes
peitorais peitorais
quilha do
esterno
osso pneumático
língua faringe
esôfago
MAMÍFEROS
Assim como as aves, são vertebrados homeotérmicos descendentes dos répteis. Apresentam glândulas
mamárias, justificando o nome da classe. Além dessas glândulas, possuem glândulas sudoríparas e sebáceas.
O corpo é coberto de pêlos e a epiderme da pele é queratinizada.
O tubo digestivo inicia-se com a boca e termina em ânus (na maioria das espécies). O coração é tetracavitário
e a artéria aorta está voltada para o lado esquerdo. As hemácias são anucleadas, com exceção dos camelídeos
que as apresentam nucleadas A circulação é dupla e completa. A respiração é pulmonar, com pulmões alveolares,
músculo diafragma e cordas vocais na laringe. Os rins são metanéfricos, sendo a uréia o principal produto
nitrogenado excretado. O encéfalo apresenta 12 pares de nervos cranianos e o crânio se articula com a coluna
vertebral por meio de dois côndilos occipitais.
São animais dióicos e apresentam fecundação interna. A maioria dos mamíferos são vivíparos, isto é,
fecundação e desenvolvimento são internos, com presença da placenta, importante na nutrição do feto. Os
anexos embrionários presentes são saco vitelínico, âmnion, córion, alantóide e placenta. Algumas espécies
são ovíparas e não apresentam a placenta, como ornitorrinco e équidna.
Biologia - M3 41
42 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
1. Insetívoros - são animais de pequeno porte, muito 7. Roedores - Possuem 2 dentes incisivos superiores
primitivos. Exemplo: Toupeira com crescimento contínuo. É a ordem mais numerosa
2. Quirópteros - são os únicos mamíferos voadores dos mamíferos. Exemplos: capivara, rato,
com os membros anteriores transformados em asas. camundongo, paca, cutia, preá, castor, esquilo.
Podem ser insetívoros, frugívoros ou hematófagos. 8. Lagomorfos - Possuem 4 dentes incisivos superiores
Exemplo: Morcego desenvolvidos. Exemplos: coelho e lebre.
3. Cetáceos - São aquáticos de grande porte. Os 9. Desdentados - Não possuem dentes ou possuem
membros anteriores se transformaram em dentes sem esmalte. Exemplos: tatu, tamanduá e
nadadeiras e os posteriores estão ausentes. preguiça.
Exemplos: baleia, cachalote, golfinho e boto. 10. Perissodáctilos - Possuem número ímpar de dedos
4. Sirênios - São aquáticos. Os membros anteriores e com casco. Exemplos: cavalo, zebra, anta e
posteriores estão adaptados para a natação. rinoceronte.
Exemplo: Peixe-boi. 11. Artiodáctilos - possuem número par de dedos com
5. Carnívoros - Apresentam os dentes caninos bem casco. Exemplos: boi, girafa, camelo, veado, bode,
desenvolvidos e dentes carnaciais (molares porco, hipopótamo, carneiro e javali.
modificados). 12. Primatas - Apresentam cérebro desenvolvido,
Exemplos: cão, gato, leão, onça, urso, tigre, hiena, cinco dedos nas mãos e pés e dedo polegar muitas
raposa, lobo, ariranha, foca, leão-marinho e elefante vezes oponível. Os olhos são geralmente dirigidos
marinho. para a frente. Exemplos: macaco e homem.
6. Proboscídeos - Possuem tromba formada pelo lábio
superior fundido às narinas. Exemplo: elefantes.
intestino Âmnio
Âmnion
Córion Cavidade
amniótica Córion
Alantóide
Saco
vitelino
Vitelo
Vilosidades
42 Biologia - M3
43 cor preto
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Ventrículo
Ciclóstomos Átrio
e peixes Cone arterial
Seio venoso
Veia Aorta
pulmonar
ANFÍBIOS
Artéria
pulmonar Veia cava
Aorta
AVES E
MAMÍFEROS
Veia cava
Pulmões Corpo
Coração
Biologia - M3 43
44 cor preto
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ORIGEM DA VIDA
INTRODUÇÃO
Desde a antigüidade, o homem se preocupa em desvendar a forma como surgiu a vida em nosso planeta.
Diversas teorias se apresentaram na tentativa de explicar a origem dos seres vivos. Segundo o fixismo, a
vida teria surgido por ato divino, enquanto a abiogênese ou geração espontânea afirma que os seres vivos
podiam originar-se da matéria bruta de forma espontânea. Atualmente, acredita-se que processos físicos e
químicos atuando nas condições da Terra primitiva permitiram a formação de sistemas químicos capazes de
se reproduzir, constituindo, a partir daí, os primeiros seres vivos.
1- ABIOGÊNESE E BIOGÊNESE
O grande divulgador da abiogênese ou geração espontânea foi Aristóteles, há mais de 2.000 anos. Segundo
a abiogênese, o lixo gerava moscas à medida em que se observava a presença de larvas desses insetos no
lixo em decomposição.
No século XVII, o médico belga Van Helmont elaborou uma receita para obter ratos por geração espontânea
a partir do trigo. Segundo ele, grãos de trigo colocados em uma camisa suja de suor abandonada em um
local pouco iluminado originariam ratos em três semanas.
Segundo a geração espontânea, a matéria bruta deveria apresentar um “princípio ativo”, isto é, uma força
capaz de levar à formação da vida. Na receita de Van Helmont, o “princípio ativo” estaria presente no suor
humano.
tampa
Frascos fechados onde as moscas
não têm acesso ao material orgânico:
ausência de larvas
matéria orgânica em
putrefação mosca
Experimento de Redi
Os resultados dos experimentos de Redi fortaleceram a biogênese, isto é, a teoria que admite a origem de
um ser vivo somente a partir de outro ser vivo.
44 Biologia - M3
45 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
No século XVIII, o biólogo inglês John Needham dos tubos, Spallanzani constatou, mesmo depois de
colocou sucos nutritivos, como caldo de galinha e vários dias, que os sucos nutritivos não
sucos vegetais, em tubos de ensaio que foram apresentavam nenhuma forma de vida,
aquecidos e, a seguir, fechados para impedir a descartando, assim, a idéia da abiogênese. Segundo
entrada do ar. Alguns dias depois, Needham constatou Spallanzani, Needham não aqueceu suficientemente
que os sucos nutritivos continham microorganismos, os tubos, permitindo a sobrevivência de alguns
fazendo vir novamente à tona a idéia da abiogênese. microorganismos que se reproduziram assim que
os sucos nutritivos esfriaram.
Alguns anos mais tarde, o padre italiano Lázzaro
Spallanzani refez as experiências de Needham. No No entanto, Needham criticou Spallanzani afirmando
entanto, Spallanzani ferveu os sucos nutritivos que a fervura teria destruído o princípio ativo, isto é,
contidos em tubos de ensaio, que foram a força capaz de gerar vida. A teoria da abiogênese
posteriormente fechados. Analisando o conteúdo ainda não havia sido derrubada.
vapor
pescoço de
cisne
Líquido
nutritivo
3
2
1
o líquido permanece estéril
Esquema do experimento de Pasteur sobre geração espontânea. Um líquido nutritivo (água, levedura de cerveja, suco
de beterraba) é colocado em um balão de pescoço longo (1). O pescoço do balão é estirado, após aquecimento, para
formar um tubo fino e curvo, tipo “pescoço de cisne” (2). O líquido é fervido; esta operação mata todos os microorganismos
presentes no Iíquido (3). Ao resfriar-se, o tubo aspira ar. A poeira contendo os micróbios é retirada do ar pelas gotas de
água na extremidade do tubo. O balão permanece estéril durante muito tempo (4). Se o pescoço do tubo é quebrado,
o líquido nutritivo é rapidamente invadido por germes (5). (Segundo Amabis e Martho).
Biologia - M3 45
46 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
reações químicas de síntese de alimentos são muito complexas, exigindo dos organismos em questão um
equipamento enzimático sofisticado, contrariando a teoria da evolução. Segundo a teoria evolucionista, as
primeiras formas de vida teriam sido extremamente simples e, ao longo do tempo, originaram a grande
diversidade de organismos presentes no nosso planeta.
3- AS IDÉIAS DE OPARIN
As idéias propostas por Oparin baseiam-se, principalmente, na composição da atmosfera primitiva nas
prováveis condições existentes.
Altas temperaturas, descargas elétricas constantes e radiação ultravioleta teriam agido sobre as
substâncias existentes na atmosfera primitiva (CH4, NH3, H2O e H2) quebrando algumas ligações químicas
e permitindo novas combinações atômicas. Dessa forma, substâncias orgânicas, como aminoácidos, foram
formadas na atmosfera primitiva. Esses aminoácidos foram arrastados pelas chuvas para a crosta terrestre,
formando proteínas que foram levadas para os oceanos primitivos. Na água, ocorreu a formação de
COACERVADOS, isto é, aglomerados de proteínas envolvidos por uma película limitante. Nos oceanos
primitivos, os coacervados reagiam com outras substâncias, formando substâncias ainda mais complexas
que constituíam uma verdadeira sopa nutritiva. A complexidade molecular dos coacervados foi aumentando
até que surgiu a capacidade de duplicação. Com isso, o primeiro ser vivo teria sido originado.
ATMOSFERA PRIMITIVA
- ALTAS TEMPERATURAS
Condições especiais - DESCARGAS ELÉTRICAS CONSTANTES
- RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
→
AMINOÁCIDOS
→
46 Biologia - M3
47 cor preto
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4- EXPERIMENTO DE MILLER
Em 1954, o cientista norte-americano Stanley Miller testou em laboratório a viabilidade da hipótese de Oparin.
Miller construiu um aparelho onde reuniu metano, amônia, vapor d’água e hidrogênio, fazendo circular
tais substâncias. A mistura foi aquecida e submetida a descargas elétricas simulando as condições presentes
na atmosfera primitiva. Ao final do experimento, a água analisada continha alguns aminoácidos e outras
substâncias orgânicas. Assim, percebemos que o experimento de Miller reforçou as idéias de Oparin.
fios elétricos
2 3
descarga elétrica
gases da atmosfera
primitiva: metano, amônia,
hidrogênio e vapor de água
tubo em U
Miller introduziu, em seu aparelho, metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. O vapor de água era produzido pela
fervura da água do balão (1). Pelo aquecimento, os gases são forçados a circular no sentido das setas (atmosfera
primitiva) (2). A mistura passa no interior de um grande balão onde ocorrem descargas elétricas de cerca de 60.000
volts. Estas descargas simulam os raios. O vapor de água é, em seguida, resfriado e condensado (4). Isto simula a
condensação do vapor de água nas camadas superiores da atmosfera e as chuvas. Os compostos formados neste
sistema depositam-se na parte do tubo em forma de U (5), que simula os mares primitivos. (Segundo Amabis e Martho).
5- EXPERIMENTO DE FOX
Em 1957, o cientista norte-americano Sidney Fox aqueceu uma mistura de aminoácidos e observou a formação
de moléculas muito semelhantes a proteínas, reforçando as idéias propostas por Oparin. Os aminoácidos
trazidos pelas chuvas ao entrarem em contato com as rochas ainda quentes da superfície terrestre teriam
formado moléculas de proteínas que foram arrastadas aos oceanos primitivos pelas chuvas.
Biologia - M3 47
48 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
EVOLUÇÃO
INTRODUÇÃO
Até o século XVIII, havia a consolidação da idéia que todos os seres vivos presentes no planeta Terra foram
produto de criação divina e que as espécies não passavam por nenhum processo de transformação. Essa
teoria que afirma que as espécies são fixas e imutáveis recebe o nome de Fixismo.
A partir do século XVIII, uma nova idéia foi lançada, afirmando que as espécies se transformavam gradualmente
ao longo do tempo e originavam novas espécies. Essa teoria que afirma que as espécies são mutáveis
recebe o nome de transformismo e é a base da evolução. A teoria da evolução afirma que a linha evolutiva
se desenvolve no sentido de tornar as espécies cada vez mais adaptadas ao ambiente em que vivem.
1- TEORIAS EVOLUCIONISTAS
À medida em que a idéia da evolução ganhava novos adeptos, surgiam teorias para explicar os mecanismos
através dos quais ela ocorria. As principais teorias evolucionistas são:
1.1- Lamarquismo
O biólogo francês Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) foi o primeiro cientista a propor uma teoria sistemática
para a evolução. Segundo Lamarck, as modificações ambientais desencadeariam em uma espécie a
necessidade de se modificar de modo a promover a sua adaptação às novas condições ambientais. A
adaptação pode ser definida como sendo o conjunto de características de uma espécie que contribuem para
a sua sobrevivência e reprodução em determinado ambiente. O conceito de adaptação está intimamente
relacionado ao tipo de ambiente que determinada espécie explora.
Para Lamarck, a evolução estaria baseada em duas leis fundamentais:
• LEI DO USO E DESUSO - órgãos muito usados iriam hipertrofiar, enquanto órgãos pouco usados iriam
atrofiar.
• LEI DA TRANSMISSÃO DOS CARACTERES ADQUIRIDOS - As características adquiridas pelo uso ou
perdidas pelo desuso seriam transmitidas aos descendentes.
A teoria de Lamarck não é mais aceita atualmente por dois motivos: somente os órgãos de natureza muscular
podem sofrer hipertrofia ou atrofia como resposta ao uso e desuso freqüentes e as características adquiridas
pelo uso ou perdidas pelo desuso não podem ser transmitidas aos descendentes. Somente uma modificação
nos gens presentes nos gametas poderá ser transmitida às gerações seguintes.
Segundo Lamarck, a girafa atual, com pescoço comprido, seria resultado do esforço de um ancestral da
girafa que apresentava pescoço curto para alcançar as folhas no alto das árvores. O hábito de esticar o
pescoço (lei do uso e desuso) teria levado ao aumento de tamanho dessa parte do corpo. Com isso, a
característica adquirida foi sendo transmitida de geração em geração (lei da transmissão dos caracteres
adquiridos) resultando nas girafas atuais, de pescoço comprido.
Apesar de não explicar corretamente o mecanismo evolutivo, o Lamarckismo foi de grande importância para
a teoria da evolução por ter chamado a atenção para a adaptação como um processo necessário para o
sucesso evolutivo de uma espécie no ambiente em que vive.
1.2- Darwinismo
O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da teoria
moderna da evolução. Segundo Darwin, os indivíduos mais bem adaptados ao meio ambiente apresentam
maiores chances de sobrevivência, deixando maior número de descendentes. A própria natureza seleciona
os indivíduos mais bem adaptados ao meio, enquanto os menos adaptados tendem a morrer e com o tempo
levar à extinção da espécie. Essa teoria descrita acima é chamada seleção natural e é a base do Darwinismo.
Aos 22 anos, Darwin realizou uma viagem de cinco anos a bordo do navio inglês H.M.S. Beagle em direção
à América do Sul e posteriormente Nova Zelândia e Austrália. Darwin percebeu uma grande variabilidade de
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espécies que apresentavam graus diferentes de adaptação ao meio. Percebeu, assim, que os indivíduos
com mais oportunidades de sobrevivência apresentavam características mais apropriadas para enfrentar as
condições ambientais.
Quando, em 1838, Darwin leu o ensaio de Thomas Malthus sobre populações, percebeu com mais clareza a
idéia da seleção natural. Segundo Malthus, as populações humanas tendem a crescer em progressão
geométrica, enquanto a produção de alimentos tende a crescer em progressão aritmética. Isso geraria uma
competição e, a partir dela, a seleção natural dos mais aptos.
As principais idéias do Darwinismo são:
• Há inúmeras variações entre indivíduos de mesma espécie tanto na morfologia quanto na fisiologia.
• O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
• Na luta pela vida, os indivíduos com variações favoráveis às condições do ambiente onde vivem
apresentam maiores chances de sobrevivência, já que a seleção natural é atuante.
• Através da seleção natural, as espécies serão representadas por indivíduos cada vez mais bem adaptados.
Segundo Darwin, no passado, os ancestrais das girafas atuais apresentavam pescoços com tamanhos
variáveis. A competição pelo alimento disponível favoreceu os indivíduos de pescoço comprido, que
alcançariam as folhas no alto das árvores. Assim, a seleção natural permitiu que os indivíduos de pescoço
comprido fossem selecionados em detrimento daqueles de pescoço curto, que foram morrendo até a extinção.
Fica fácil perceber que a ação do meio ambiente é diferente para Lamarck e Darwin. Segundo Lamarck, o
meio é o causador das variações, já que características novas são adquiridas por imposição do meio.
Segundo Darwin, o meio apenas seleciona as características adaptativas mais importantes.
Darwin não conseguiu explicar a origem das variações, já que somente a genética, surgida no século XX,
contém subsídios para esclarecer as causas da variabilidade.
1.3- Neodarwinismo
Também denominado Teoria sintética da evolução, foi proposto no século XX por vários pesquisadores
utilizando como base o Darwinismo, que foi acrescido dos conceitos modernos sobre variabilidade (mutação
e recombinação gênica) e genética de populações.
O Neodarwinismo não corrige o Darwinismo e sim amplia suas idéias à medida em que explica as causas
das variações nos seres vivos que não foram explicadas por Darwin.
As mutações e a recombinação gênica são as principais causas da variabilidade genética presente nos
seres vivos. A seleção natural apenas direciona o processo evolutivo, mantendo as variações favoráveis ou
adaptativas a determinado meio. Enquanto as mutações e a recombinação gênica aumentam a variabilidade
genética, a seleção natural diminui, já que os indivíduos menos adaptados tendem a morrer e, com o tempo,
permitir a extinção da espécie.
Mutações Recombinação
Gênica
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2- EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO
A teoria da evolução apresenta grande credibilidade pelo fato de estar apoiada nas seguintes evidências:
fósseis, órgãos vestigiais, homologias e embriologia comparada.
2.1- Fósseis
Representa qualquer indício da presença de vida em tempos remotos na Terra. A Paleontologia (do grego:
palaios = antigo; onto = ser) é a ciência que estuda os fósseis, sendo de extrema importância para o
conhecimento de indícios de parentesco de seres extintos com as espécies atuais.
2.3- Homologias
A homologia representa a semelhança entre estruturas de diferentes organismos devida unicamente a uma
mesma origem embrionária.
As estruturas homólogas apresentam a mesma origem embrionária, podendo exercer ou não a mesma
função. O braço do homem e a pata do cavalo são estruturas homólogas, já que apresentam a mesma
origem embrionária. Observe que, nesse caso, as funções das estruturas são diferentes. A asa da ave e a
asa de morcego também são homólogas, só que apresentam a mesma função.
A presença de homologias em organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral
comum. Denominamos irradiação adaptativa a evolução em vários sentidos a partir de um ancestral comum.
As adaptações presentes nos indivíduos estão intimamente relacionadas ao ambiente em que vivem e as
espécies originadas conservam vestígios de sua ancestralidade. Percebe-se, pois, que as homologias
constituem indicadores de parentesco evolutivo.
Chimpanzé
Morcego Preguiça
Antílope
Veado
Esquilo
Ancestral
Lobo
Urso
Toupeira
Castor
Baleia
Foca
Leão-marinho Marmota
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Golfinho Tubarão
(mamífero) (peixe)
Assim, temos:
3- ESPECIAÇÃO
É o processo de formação de novas espécies a partir ambiente em que vivem. Com o passar do tempo, o
de uma população ancestral. pool gênico (conjunto de gens) vai se modificando
e estabelecendo certas divergências genéticas en-
Para entendimento desse processo, imaginemos
tre as espécies A e B, que passam a formar raças
que dois grupos de indivíduos de uma mesma
ou subespécies.
população estabeleçam-se, por migração, em
regiões diferentes, perdendo o contato com a Nesse estágio, se indivíduos da raça A forem
população original. Com isso, formam-se duas colocados em contato com indivíduos da raça B,
populações diferentes que chamaremos de A e B, ainda serão capazes de realizar cruzamento e
já que, embora pertençam à mesma espécie, originar descendentes férteis, o que reforça a idéia
ocupam ambientes diferentes. de que os indivíduos das raças A e B pertencem à
mesma espécie.
Uma vez que os ambientes ocupados pelas duas
populações são diferentes, podemos supor que ao Se o isolamento geográfico entre as raças A e B
longo do tempo ocorram mutações diferenciais e persistir, as divergências genéticas tornam-se cada
que a seleção natural se processe de maneira a vez maiores até ocorrer uma incompatibilidade
ajustar cada população ao ambiente em que vive. reprodutiva entre as raças. Nesse caso, esta-
Assim, as populações serão submetidas a pressões belece-se o isolamento reprodutivo, formando
de seleção diferentes fixando, em cada grupo, espécies diferentes.
gens favoráveis ou adaptativos em função do
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Ocorrido o isolamento reprodutivo, mesmo que as entre elas. Enquanto populações simpátricas vivem
populações voltem a ser simpátricas (que vivem na mesma região, as populações alopátricas
na mesma região) não mais ocorrerá troca de gens vivem em regiões diferentes.
mutações raças e
e seleção subespécies
espécies
novas
população
inicial
mutações
e seleção raças ou
subespécies
Mecanismo da Especiação
Mecanismo da Especiação
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4- GENÉTICA DE POPULAÇÕES
É o estudo matemático da freqüência dos gens e genótipos presentes em uma população e dos fatores
evolutivos que modificam essas freqüências.
FREQÜÊNCIA GÊNICA
É a freqüência de cada gen formador de um par de alelos. Pode ser calculada com a seguinte fórmula:
p+q=1 onde:
FREQÜÊNCIA GENOTÍPICA
p2 + 2pq + q2 = 1 onde:
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ECOLOGIA
INTRODUÇÃO
A palavra ecologia é derivada do grego (OIKOS = casa, ambiente e LOGOS = estudo, ciência) e pode ser
entendida como sendo o estudo do ambiente. Esse termo foi utilizado pela primeira vez em 1870 por ERNST
HAECKEL, um naturalista alemão, para tratar das relações dos organismos entre si e com o ambiente onde
vivem.
A interferência humana sobre o ambiente tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, provocando
sérios desequilíbrios ecológicos. Em função disso, torna-se importante racionalizar a ação do homem sobre
o ambiente especialmente no que se refere à utilização dos recursos naturais de modo a não provocar
alterações ambientais drásticas que possam comprometer a vida no planeta.
O Ecossistema
O Indivíduo
A População
A Comunidade
Unidades ecológicas
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2- CONCEITOS BÁSICOS
HABITAT - É o local onde determinado indivíduo vive. Assim, o habitat de determinada espécie de morcego
é o interior das cavernas, enquanto certa espécie de peixe tem como habitat as águas próximas às margens,
entre a vegetação.
NICHO ECOLÓGICO - É o papel que determinado indivíduo desempenha no ambiente. Na idéia de nicho
ecológico estão incluídas informações como o tipo de alimentação, as relações com outras espécies e as
modificações que causa no ambiente. Em um mesmo ecossistema, duas espécies diferentes podem apresentar
o mesmo habitat e o mesmo nicho ecológico. No entanto, nunca terão por muito tempo o mesmo nicho
ecológico, já que a competição leva ao desaparecimento de uma delas (princípio da exclusão competitiva de
Gause).
ECÓTONE - Região de transição entre dois ecossistemas Iimítrofes. O ecótone deve abrigar representantes
das duas comunidades vizinhas, constituindo uma área onde a diversidade de espécies é relativamente
grande, bem como a taxa de competição entre elas.
Ecossistema Ecossistema
A B
Ecótone
Floresta
Ecótone
Campo
Ecótone
PRODUTORES - Também denominados autótrofos, são seres capazes de produzir o seu próprio alimento a
partir de substâncias inorgânicas. Conforme a fonte de energia utilizada na produção do próprio alimento, os
produtores são classificados em:
• Fotossintetizantes - Utilizam a energia luminosa. Nos ecossistemas aquáticos, os principais
fotossintetizantes são as algas que integram o fitoplâncton (organismos clorofilados flutuantes). Nos
ecossistemas terrestres, os fotossintetizantes são os vegetais classificados no reino Metaphyta.
• Quimiossintetizantes - Utilizam a energia liberada em reações de oxidação de substâncias inorgânicas.
Os organismos quimiossintetizantes são representados por algumas bactérias.
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CONSUMIDORES - Também denominados heterótrofos são seres incapazes de produzir o seu próprio
alimento. Os consumidores primários são herbívoros já que se utilizam dos produtores como fonte alimentar.
Os consumidores secundários, terciários, quaternários. etc. são carnívoros. Os consumidores secundários
alimentam-se dos consumidores primários, os terciários alimentam-se dos secundários e assim por diante.
DECOMPOSITORES - Também denominados saprófitas ou saprófagos ou sapróvoros, representam um
tipo especial de consumidores que realizam a decomposição da matéria orgânica, transformando-a em
compostos inorgânicos. Alguns produtos da decomposição são utilizados por eles próprios como alimento,
além de ocorrer liberação de minerais e outras substâncias que serão novamente utilizadas pelos produtores.
Assim, percebemos que a ação dos decompositores é imprescindível para a reciclagem da matéria. Os
agentes decompositores são representados por bactérias e fungos.
3- CADEIA ALIMENTAR
É o fluxo de matéria e energia através dos vários componentes de um ecossistema. Pode ser também
entendida como sendo a seqüência linear de seres vivos em que um serve de alimento para o outro. Cada
componente de uma cadeia alimentar, representando um grupo de seres vivos é denominado nível trófico.
Na representação linear de uma cadeia alimentar, a ponta da seta indica o nível trófico que obtém alimento.
Assim, temos:
D E C O M P O S I T O R
Os produtores constituem a base das cadeias alimentares. A energia contida no alimento elaborado pelos
produtores é transferida aos consumidores primários e destes aos consumidores secundários, terciários,
etc. Após a morte, produtores e consumidores de todos os níveis sofrem a ação dos decompositores, permitindo
a reciclagem da matéria à medida em que devolvem ao ambiente substâncias inorgânicas que são absorvidas
pelos vegetais. Para que uma cadeia alimentar seja considerada completa devem estar presentes produtores,
consumidores e decompositores. É comum os decompositores não serem representados em certas cadeias
alimentares por se achar implícita a sua atuação.
Observe dois exemplos de cadeias alimentares.
Observe que as duas cadeias alimentares representadas são incompletas, uma vez que os decompositores
não foram representados.
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4- PIRÂMIDES ECOLÓGICAS
São formas de expressar graficamente a estrutura dos níveis tróficos de uma cadeia alimentar. Existem três
tipos de pirâmides: de energia, de biomassa e de números. Cada nível trófico é representado por um retângulo
cujo comprimento é proporcional à quantidade de energia, biomassa ou número de indivíduos.
gaviões
cobras
sapos
insetos
gramíneas
Pirâmide de energia
Na pirâmide de energia, ocorre a representação da quantidade de energia acumulada em cada nível trófico da
cadeia alimentar, estando o vértice da pirâmide voltado para cima, já que o fluxo de energia na cadeia alimentar
é decrescente.
homem
peixes grandes
peixes pequenos
microcrustáceos
algas
Pirâmide de biomassa
cobras carrapatos
ratos boi
capim capim
Pirâmides de números
Na pirâmide de números, ocorre a representação do número de indivíduos presentes em cada nível trófico da
cadeia alimentar.
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5- TEIA ALIMENTAR
Em um ecossistema, as relações alimentares entre os organismos não são tão simples como aparentam ser
na análise de uma cadeia alimentar. Várias cadeias alimentares que se relacionam formam uma teia alimentar.
Assim, temos que TEIA ALIMENTAR é o conjunto de cadeias alimentares de um ecossistema.
Ave da
margem
Rã
Larva
Algas de
microscópicas inseto
Peixe
herbívoro Peixe
carnívoro
Microcrustáceos
Cágado
Caramujo
Sedimentos
DECOMPOSITORES
Teia alimentar
6- SUCESSÃO ECOLÓGICA
É um processo lento no qual comunidades se substituem numa seqüência ordenada até o estabelecimento
de uma comunidade final e estável, em perfeito equilíbrio com o meio, denominada COMUNIDADE CLÍMAX.
As espécies que se instalam primeiro em uma área despovoada colonizando o ambiente são denominadas
espécies pioneiras. São representadas por indivíduos que apresentam grande tolerância em condições
ambientais adversas e, assim, capazes de se desenvolver em locais onde muitas outras espécies não
sobreviveriam. As espécies pioneiras são representadas principalmente por liquens e cianofíceas, que
transformam o ambiente criando melhores condições para o surgimento de outras espécies. Alguns autores
também consideram os musgos como pioneiros.
Como exemplo clássico de sucessão ecológica, tomaremos o que ocorre em uma rocha nua.
SUCESSÃO EM UMA ROCHA NUA
A superfície de uma rocha nua constitui um ambiente muito desfavorável, uma vez que a água que cai
sobre ela escorre ou evapora-se com facilidade. As espécies pioneiras que ocupam a rocha nua são os liquens
que, através da liberação de ácidos orgânicos, permitem a abertura de fendas no material rochoso e contribuem
para a formação de uma pequena camada de solo. Nessas fendas ocorre acúmulo de água, favorecendo o
desenvolvimento de outras espécies tais como musgos e gramíneas. Com o passar do tempo, a diversidade de
espécies vegetais aumenta, favorecendo o estabelecimento de inúmeras espécies animais.
Nas comunidades pioneiras, a diversidade de espécies é pequena, já que as condições ambientais
desfavoráveis impedem o estabelecimento de outras espécies. Ao longo da sucessão, o aumento da biomassa
propicia o surgimento de novos nichos ecológicos, acompanhado de um aumento da diversidade de espécies
que é máxima no clímax.
“A sucessão num ecossistema pode ser descrita como uma evolução em direção a uma grande diversidade, e,
conseqüentemente, a um número de nichos ecológicos muito maior. No estágio clímax, é atingida uma estabilidade
bem alta (homeostase), capaz de pronta resposta a um ambiente físico em flutuação.”
(CÉSAR E SEZAR, BIOLOGIA. VOL. 3. SÃO PAULO, ÁTICA)
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7- CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Os ciclos biogeoquímicos ou ciclos da matéria constituem movimentos cíclicos de elementos e substâncias do
“mundo vivo” para o “mundo físico” e vice-versa. Estudaremos os ciclos da água, carbono, nitrogênio e cálcio.
Evaporação Chuvas
Transpiração Respiração e
Transpiração
Chuvas
Evaporação
Ciclo da água
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CO2 atmosférico
Fotossíntese
Respiração
< Matéria Orgânica Vegetal
M
Nutrição
o
Respiração
< Matéria Orgânica Animal r
t
Morte
e
Decomposição
Combustão
Combustíveis fósseis
Ciclo do carbono
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elevar a temperatura média global até cerca de 5°C. As sido alvo de inúmeras críticas por parte de alguns
modificações climáticas advindas desse processo, cientistas. Muitos supõem que a umidade evaporada
entretanto, são ainda discutíveis. Há, por exemplo, das regiões tropicais, e levada pela ação de ventos,
quem acredite que o efeito estufa poderá desencadear poderá se concentrar nas zonas polares, aumentando
um degelo parcial das calotas polares, provocando uma o acúmulo de neve nessas regiões. Esse fato poderia
elevação do nível dos mares, com a conseqüente detonar o início de uma nova era glacial; os defensores
invasão de parte dos continentes pelas águas. Esse dessa hipótese estimam que indícios da instalação de
fato acarretaria inundações generalizadas, erosão uma nova era glacial no planeta já poderiam ser
litorânea, colapso das estruturas costeiras e elevação perceptíveis no início do próximo milênio, quando climas
dos lençóis freáticos, entre outros desequilíbrios. Comotemperados já poderiam ser substituídos por climas
o efeito estufa deverá atingir a Terra de forma subpolares, o que, entre outras conseqüências,
diferenciada, o regime de chuvas poderá ser fortemente provocaria a redução da produtividade agrícola nessas
alterado em diversas regiões, ocasionando, por regiões. Nessa visão polêmica há, porém, um consenso
exemplo, verões mais secos e mais prolongados em geral: com esquentamento ou glaciação, os mais
zonas de latitudes médias. diversos ecossistemas da Terra deverão ser duramente
A hipótese do esquentamento planetário tem atingidos.
PAULINO, WILSON ROBERTO. ECOLOGIA ATUAL. SÃO PAULO, ÁTICA.
A FIXAÇÃO DO NITROGÊNIO
A fixação do nitrogênio consiste na transformação do N2 atmosférico em sais nitrogenados que são absorvidos
pelas raízes das plantas. Tal processo pode ocorrer por indução de fenômenos ionizantes, como raios cósmicos
e relâmpagos, que fornecem a energia necessária à reação. No entanto, a biofixação representa a mais
importante forma de fixação do nitrogênio. A biofixação é realizada por bactérias e cianofíceas que vivem no
solo associadas às raízes de plantas da família das leguminosas (feijão, soja, ervilha, alfafa, etc.).
Nas raízes das plantas leguminosas merecem destaque as bactérias do gênero Rhizobium que se agrupam
formando nódulos de bactérias fixadoras. Essas bactérias captam o N2 e o transformam em amônia (NH3),
que é incorporada diretamente aos tecidos do vegetal. Em contrapartida, o vegetal fornece alimento para as
bactérias, o que caracteriza uma relação de benefícios mútuos denominada mutualismo.
Algumas bactérias e algumas cianofíceas fixadoras possuem vida livre no solo, formando amônia que será
oxidada em nitrito (NO2-) e, posteriormente, em nitrato (NO3-) por ação de outras bactérias denominadas
bactérias nitrificantes.
O ciclo do nitrogênio pode ser dividido em duas etapas: nitrificação e
desnitrificação.
NITRIFICAÇÃO
A decomposição da matéria orgânica e a ação das bactérias fixadoras no
solo promovem a formação de amônia. A amônia formada no solo pode ser
absorvida pelos vegetais ou aproveitada por bactérias do genêro
Nitrosomonas.
Essas bactérias oxidam amônia em nitrito, que é liberado para o meio
ambiente. Os nitritos liberados são oxidados em nitratos por bactérias do
gênero Nitrobacter.
A nitrificação consiste na oxidação da amônia em nitrito e deste em nitrato
por ação das bactérias nitrificantes (Nitrosomonas e Nitrobacter).
As bactérias nitrificantes são autótrofas quimiossintetizantes, já que utilizam
a energia liberada nas reações de oxidação para a produção do próprio
Raiz de leguminosa com nódulos de
alimento. bactérias fixadoras de nitrogênio.
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Nitrosomonas
Amônia + O2 Nitrito
Energia
Nitrobacter
Nitrito + O2 Nitrato
Energia
O nitrato formado pode ser absorvido pelas plantas e o nitrogênio nele presente é utilizado na síntese das
proteínas e ácidos nucléicos. Ao longo das cadeias alimentares, essas substâncias são transferidas aos animais.
DESNITRIFICAÇÃO
É a devolução do nitrogênio para a atmosfera por ação de certas bactérias que liberam nitrogênio gasoso a
partir de amônia, nitrito ou nitrato. Tais bactérias são denominadas desnitrificantes, como as Pseudomonas.
Na ausência de oxigênio, essas bactérias utilizam compostos nitrogenados como aceptores de elétrons,
oxidando seus compostos orgânicos. Percebe-se, pois, que a desnitrificação é basicamerte um processo de
respiração anaeróbia. Observe:
Glicose + (NO3-) CO2 + H2O + N2 + Energia
Se houver disponibilidade de oxigênio, as bactérias desnitrificantes podem utilizar esse gás para sua respiração.
Assim, percebemos que a desnitrificação não ocorre em larga escala em condições aeróbias.
→
N2
(Nitrogênio atmosférico) Transferência do nitrogênio incorporado às
proteínas da planta ao longo da cadeia alimentar.
Planta
Rato Cobra
Biofixação: transformação do N2
atmosférico em amônia (NH 3).
Esse processo é feito por
bactérias, cianobactérias ou por
fungos, que podem estar:
MORTE EXCREÇÃO
Livres no solo ou na Associadas a raízes de
água. Neste caso, a plantas. Neste caso, a
amônia pode seguir amônia é diretamente Através do processo da
dois caminhos: aproveitada pela planta. decomposição, as substâncias
nitrogenadas são
transformadas em amônia por
ação dos fungos e bactérias
O nitrito é transformado em nitrato decompositoras.
A amônia é transformada por bactérias quimiossintetizantes:
em nitrito por bactérias as Nitrobacter.
quimiossintetizantes: as A amônia é transformada
Nitrito Nitrato
Nitrosomonas: em nitrogênio por
O nitrato é assimilado pelas plantas.
NH3 nitrito bactérias desnitrificantes.
NH3 N2
Ciclo do nitrogênio
62 Biologia - M3
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8- RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Na natureza, os seres vivos não vivem isoladamente. Entre eles existem relações mais ou menos íntimas que
atuam no sentido de estabelecer uma certa regulação da densidade populacional, contribuindo para a manutenção
do equilíbrio na comunidade. Essas relações são classificadas em dois grandes tipos: harmônicas e
desarmônicas.
Nas relações harmônicas não há prejuízo para nenhum dos seres envolvidos enquanto nas relações
desarmônicas pelo menos um dos seres envolvidos é prejudicado.
Quando uma relação ecológica é estabelecida entre seres pertencentes à mesma espécie, devemos
classificá-la como intra-específica. Ao contrário, a relação estabelecida entre seres pertencentes a espécies
diferentes deve ser classificada como inter-específica.
O termo simbiose deve ser utilizado para designar qualquer tipo de interação entre seres vivos seja ele
harmônico ou desarmônico.
- Colônia
• Intra-específica
- Sociedade
1 - HARMÔNICAS - Mutualismo
RELAÇÕES • Inter-específica - Protocooperação
- Comensalismo
ECOLÓGICAS
ENTRE OS - Canibalismo
• Intra-específica
- Competição
SERES VIVOS
2 - DESARMÔNICAS - Parasitismo
- Predatismo
• Inter-específica
- Competição
- Amensalismo
Biologia - M3 63
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SOCIEDADE
Relação intra-específica na qual os indivíduos não se mantêm unidos fisicamente e sempre apresentam uma
nítida divisão de trabalho (divisão de castas). Como exemplos podemos citar as abelhas, formigas, cupins,
vespas e marimbondos.
A sociedade das abelhas apresenta três castas: rainha, operárias e zangão. A rainha é encarregada da
reprodução juntamente com o zangão, enquanto as operárias são estéreis e sua função é realizar todos os
trabalhos da colméia. Nota-se um nítido polimorfismo (muitas formas) entre as abelhas.
MUTUALISMO
Relação inter-específica na qual as duas espécies envolvidas são beneficiadas. No mutualismo há uma
profunda relação de dependência entre as espécies envolvidas, chegando alguns autores a afirmar que a
associação é obrigatória.
Os exemplos mais conhecidos de mutualismo são os liquens, ruminantes e microrganismos, cupins e
protozoários, bacteriorrizas e micorrizas.
• Liquens - São constituídos pela associação entre algas e fungos. As algas realizam fotossíntese cedendo
ao fungo parte do alimento produzido, enquanto o fungo, além de proteger a alga com suas hifas, fornece a
ela água e sais minerais que são retirados do ambiente.
células de algas
hifas do fungo
64 Biologia - M3
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• Ruminantes e Microorganismos - No
estômago dos ruminantes estão presentes flagelos
inúmeros microorganismos que digerem a
celulose presente nos vegetais ingeridos. Em núcleo
contrapartida, esses microorganismos recebem
alimento.
• Cupins e protozoários - No intestino dos cupins
estão presentes protozoários hipermastiginos que
digerem a celulose presente na madeira ingerida. partícula
Em contrapartida, esses protozoários recebem de madeira
alimento.
• Bacteriorrizas - Representam a associação de bactérias com raízes de plantas leguminosas. Tais bactérias
fixam o nitrogênio transformando-o em sais nitrogenados que são, em parte, cedidos à raiz. As plantas, por
sua vez, fornecem a essas bactérias heterótrofas o alimento necessário à sobrevivência.
• Micorrizas - Representam a associação de fungos com raízes de certas plantas. As hifas do fungo envolvem
a raiz conferindo a elas um aspecto de feltro e favorecendo a absorção de água e sais minerais do solo. As
plantas, por sua vez, fornecem a esses fungos o alimento necessário à sobrevivência.
PROTOCOOPERAÇÃO
Biologia - M3 65
66 cor preto
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COMENSALISMO
Relação inter-específica na qual apenas uma das espécies é beneficiada sem que haja prejuízo para a outra
espécie associada. São conhecidos três tipos de comensalismo: propriamente dito, forésia e inquilinismo.
• COMENSALISMO PROPRIAMENTE DITO - Envolve restos de alimento. Como exemplos podemos citar a
relação que ocorre entre a Entamoeba coli e o homem. Esse protozoário está presente no intestino humano
alimentando-se de restos digestivos sendo, portanto, beneficiado. Em condições normais esse protozoário
comensal não causa qualquer prejuízo ao organismo humano.
• FORÉSIA - Envolve transporte. Como exemplo podemos citar a relação que ocorre entre a rêmora e o
tubarão. A rêmora é um peixe que apresenta uma ventosa fixadora no alto da cabeça. Através dela, fixa-se
à região ventral do tubarão sendo transportada por ele. A rêmora se beneficia pelo transporte e, para o
tubarão, a associação é indiferente.
Tubarão
Rêmora
• INQUILINISMO - Envolve abrigo ou suporte. Como exemplo podemos citar a relação que ocorre entre o peixe
Fierasfer (peixe agulha) e o pepino-do-mar. Quando perseguido por algum inimigo, o peixe Fierasfer penetra
no ânus do pepino-do-mar, onde se refugia. Outro exemplo importante está na relação estabelecida entre
orquídeas e um vegetal utilizado como suporte. As orquídeas não são plantas parasitas, já que não prejudicam
o vegetal suporte. Orquídeas e bromélias são plantas epífitas, que se apóiam em outros vegetais sem contudo
parasitá-los. Por esse motivo, o inquilinismo observado entre vegetais é denominado EPIFITISMO.
r
asfe
xe Fier
Pei
Pepino do Mar
66 Biologia - M3
67 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
PREDATISMO
Biologia - M3 67
68 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
CANIBALlSMO
Relação intra-específica na qual um organismo se utiliza de outro como fonte de alimento, provocando sua
morte. O canibalismo pode ser diferenciado do predatismo por ser estabelecido entre seres pertencentes à
mesma espécie. O canibalismo ocorre entre algumas aranhas e entre alguns insetos.
COMPETIÇÃO
Relação inter-específica ou intra-específica caracterizada por uma disputa pelos mesmos fatores, quando não
existem em quantidades suficientes para todos. A competição é um fator regulador do crescimento das populações,
constituindo, juntamente com o parasitismo, predatismo e canibalismo, um mecanismo da resistência ambiental.
A sobreposição de nichos ecológicos leva a uma competição entre os organismos envolvidos, ocorrendo, a
partir daí, a permanência do indivíduo melhor adaptado ou a diminuição da amplitude do nicho ecológico da
espécie menos adaptada.
Os principais fatores geradores da competição são alimento, espaço e disputa de parceiro para a reprodução.
Convém ressaltar que, em alguns casos, a competição por alimento pode resultar em predatismo ou canibalismo.
sobreposição de
nichos ecológicos (competição)
Espécie Espécie
A B
II III
A
Número de indivíduos
X
B Até o ponto X, duas espécies A e B que ocupam o
Tempo
mesmo nicho ecológico coexistem. A partir daí, a
competição fará com que a espécie A seja selecionada.
AMENSALISMO
Também denominado antibiose, é uma relação inter-específica na qual indivíduos de uma população liberam
substâncias químicas que impedem o crescimento ou a reprodução de outras populações, podendo provocar
a morte de muitos organismos. O amensalismo é observado no fenômeno conhecido por maré vermelha.
Através desse fenômeno, em certas condições, ocorre proliferação excessiva de algas pirrófitas que liberam
na água quantidades significativas de toxinas que provocam a morte de indivíduos pertencentes a várias
populações marinhas. Um outro exemplo de amensalismo pode ser observado com o fungo Penicillium que
produz e libera a penicilina, antibiótico que impede o desenvolvimento de certas bactérias sensíveis a essa
substância.
68 Biologia - M3
69 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
9- POLUIÇÃO
A poluição corresponde às alterações das propriedades do ar, da água e do solo em conseqüência do
lançamento de resíduos sólidos, líquidos e gasosos nesses ambientes Essas alterações são suficientemente
grandes para prejudicar a vida nesses ambientes.
POLUIÇÃO DO AR
É caracterizada pela alteração do equilíbrio O2→ CO2 decorrente da adição constante de gases resultantes
de reações químicas diversas a nível industrial.
Os principais poluentes atmosféricos são:
• CO2 - Liberado em reações de combustão; o acúmulo desse gás pode elevar a temperatura da superfície
terrestre, gerando o efeito estufa.
• CO - Liberado a partir da combustão incompleta do petróleo e do carvão, apresenta grande afinidade
com a hemoglobina do sangue, inativando-a e comprometendo o transporte de oxigênio.
• NO2 - Liberado a partir de motores a combustão, aviões, fornos e incineradores, constituem um dos
componentes dos “SMOGS FOTOQUÍMICOS”, substâncias formadas a partir da ação da luz solar
sobre componentes derivados dos escapamentos de veículos de motor a explosão. Na espécie humana,
o NO2 provoca alterações respiratórias e, nos vegetais, atua como inibidor da fotossíntese.
• Óxidos de Enxofre - Liberados a partir da combustão dos derivados do petróleo, pode causar bronquites
e lesões pulmonares. As folhas dos vegetais tornam-se amareladas e tendem a morrer.
POLUIÇÃO DA ÁGUA
Corresponde ao lançamento de excessivas quantidades de esgotos, detergentes e despejos de fábricas na
água. Ao se adicionar excesso de matéria orgânica à água, os raios luminosos não penetram adequadamente
e os microorganismos decompositores se desenvolvem→ exageradamente, consumindo o oxigênio dissolvido
na água. Esse enriquecimento exagerado da água em nutrientes é denominado eutrofização. A diminuição
da quantidade de oxigênio dissolvido na água é um dos principais indicadores de poluição.
POLUIÇÃO DO SOLO
Corresponde ao lançamento no solo de substâncias decorrentes da decomposição do lixo, além de inseticidas
e herbicidas em excesso. O inseticida DDT é responsável pela destruição de várias espécies de organismos
e, com o seu uso, ocorre a seleção de espécies resistentes prejudiciais à vida humana. Tais substâncias
apresentam efeito duradouro e são transmitidas ao longo das cadeias alimentares, provocando lesões e
mortes em vários indivíduos, o que altera o equilíbrio ecológico.
Biologia - M3 69
70 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
FISIOLOGIA HUMANA
INTRODUÇÃO
Os diversos sistemas que integram o organismo humano são constituídos por órgãos especializados no
desempenho de funções. A fisiologia representa o estudo do funcionamento de cada sistema e das relações
existentes entre eles.
A integração entre os diversos sistemas possibilita a ocorrência da homeostase, isto é, a manutenção de um
meio interno constante estabelecendo um equilíbrio dinâmico entre as funções do organismo.
I - SISTEMA CIRCULATÓRIO
1- ANATOMIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
É constituído por um conjunto de vasos associados a uma bomba propulsora de sangue.
Através do sistema circulatório, ocorre a distribuição de substâncias úteis, como nutrientes, oxigênio, hormônios
e anticorpos e o recolhimento dos produtos do metabolismo celular.
Os vasos sangüíneos são classificados em três tipos: artérias, veias e capilares.
• Artérias - São vasos que conduzem o sangue do
coração para as diversas partes do organismo.
vasos capilares
Apresentam paredes musculares espessas e muito arteríolas
elásticas. artérias
veias
• Veias - São vasos que conduzem o sangue para o
coração. Apresentam paredes musculares finas
pouco elásticas além de válvulas internas que
impedem o refluxo de sangue. artéria principal
AE
on
70 Biologia - M3
71 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
2- FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO
Para melhor compreensão da fisiologia da circulação, deve-se lembrar que o sangue arterial é rico em oxigênio,
enquanto o sangue venoso é rico em gás carbônico.
O sangue arterial é bombeado para os tecidos pelo ventrículo esquerdo, sendo conduzido através da artéria
aorta. As ramificações da artéria aorta vão se tornando cada vez menores e mais finas, formando os capilares.
A nível dos capilares ocorre a troca gasosa (O2 - CO2) que oxigena os tecidos, passando o sangue a ser
venoso, já que este recolhe o gás carbônico liberado nos tecidos. O sangue venoso é recolhido pelas vênulas
e chega ao coração, por onde penetra pelas veias cava superior e inferior presentes no átrio direito.
Esta circulação que leva sangue arterial aos tecidos e recolhe sangue venoso é denominada grande circulação
ou circulação sistêmica.
O sangue venoso atravessa a válvula tricúspide do coração e atinge o ventrículo direito, de onde é bombeado
para os pulmões e, logo após, conduzido através da artéria pulmonar. Nos capilares pulmonares, ocorre a
hematose, ou seja, o sangue capta o oxigênio e libera o gás carbônico. O sangue arterial retorna ao coração,
por onde penetra pelas veias pulmonares presentes no átrio esquerdo. Esta circulação que leva sangue
venoso aos pulmões e recolhe sangue arterial é denominada pequena circulação ou circulação pulmonar.
O sangue arterial atravessa a válvula bicúspide ou mitral do coração e atinge o ventrículo esquerdo, de onde
é bombeado para os tecidos, reiniciando o processo circulatório.
Assim, temos:
GRANDE CIRCULAÇÃO
VE Tecidos AD
(Circulação Sistêmica)
PEQUENA CIRCULAÇÃO
VD Pulmões AE
(Circulação Pulmonar)
Cabeça
Aorta Pulmão
Pulmão
Localização do
Átrio esquerdo
nódulo sino-atrial
Átrio direito Ventrículo
Ventrículo esquerdo
direito
Fígado
Intestino
Rins
Extremidades
inferiores
Circulação Humana
Biologia - M3 71
72 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
3- CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
Parte do líquido que extravasa dos capilares sangüíneos é reabsorvido por vasos denominados capilares linfáticos,
que se reúnem formando vasos de maior calibre que desembocam nas veias. Esse Iíquido reabsorvido é
denominado linfa, apresentando importante papel na remoção de impurezas do sangue e no mecanismo de
defesa, conduzindo anticorpos. Antes de retornar às veias, a maior parte da linfa coletada passa por uma série
de estruturas denominadas linfonodos ou gânglios linfáticos. Essas estruturas são responsáveis pela filtração
da linfa através de células que fagocitam corpos estranhos ao organismo, como bactérias. Caso as bactérias
sejam patogênicas, podem ocorrer nos linfonodos manifestações inflamatórias denominadas ínguas.
II - SISTEMA RESPIRATÓRIO
1- ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
As vias respiratórias humanas são responsáveis pela condução do ar, permitindo a obtenção de oxigênio do
ambiente para o metabolismo aeróbio e a eliminação de gás carbônico. As vias respiratórias são:
• Fossas Nasais - São duas cavidades que se • Brônquios - São dois canais originados através de
comunicam com o meio externo através das narinas. uma bifurcação da traquéia. Apresentam-se
As fossas nasais contêm pêlos curtos capazes de constituídos de anéis cartilaginosos, como a
reter impurezas presentes no ar inspirado. traquéia. Penetram nos pulmões onde se ramificam
Apresenta-se também muito vascularizada, originando os bronquíolos.
permitindo o aquecimento do ar. • Bronquíolos - São canais que apresentam
• Faringe - É um canal comum aos sistemas dimensões microscópicas responsáveis pela
respiratório e digestivo, permitindo a passagem de condução do ar até os alvéolos pulmonares.
ar em direção à laringe e de alimento em direção ao • Alvéolos Pulmonares - São sacos membranosos
esôfago. de paredes muito finas que se encontram envolvidos
• Laringe - É um conduto cartilaginoso com um orifício por uma rede de capilares sangüíneos denominados
denominado glote, que a comunica com a faringe. capilares alveolares. Os alvéolos e os capilares
Sobre a glote encontra-se uma membrana alveolares são revestidos por um tecido epitelial
cartilaginosa denominada epiglote que, no ato da simples pavimentoso que, devido à sua reduzida
deglutição, fecha a glote impedindo que o alimento espessura, facilita a troca gasosa ou hematose.
desça pelas vias respiratórias. Através desse processo, o oxigênio difunde-se para
• Traquéia - É um canal formado de anéis cartilaginosos o interior do capilar, sendo recolhido pelo sangue
responsável pela condução do ar até os brônquios. enquanto o gás carbônico difunde-se do capilar para
a cavidade alveolar.
bronquíolo
faringe
fossas
nasais
laringe
brônquio
traquéia
alvéolos
pulmão
72 Biologia - M3
73 cor preto
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Ar
Alvéolo
CO2 O2
Sangue
arterial
Sangue Venoso
Capilar
Hematose
2- MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
Os movimentos respiratórios são de dois tipos: inspiração e expiração. Em ambos é fundamental a participação
do músculo diafragma (separa o tórax do abdome) e dos músculos intercostais externos (localizados
entre as costelas).
• Movimento de Inspiração - Consiste na entrada de ar nos pulmões. A caixa torácica se expande
verticalmente mediante a contração do diafragma e horizontalmente mediante a contração dos músculos
intercostais externos. Percebe-se que, com a inspiração, o tórax amplia-se, diminuindo a pressão
interna. Para a efetivação do movimento de inspiração, a pressão atmosférica deve ser maior que a
pressão interna.
• Movimento de Expiração - Consiste na saída de ar dos pulmões. A caixa torácica sofre uma diminuição
de volume mediante o relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais externos. Percebe-se
que, com a expiração, o tórax sofre uma retração, aumentando a pressão interna. Para a efetivação do
movimento de expiração, a pressão interna deve ser maior que a pressão atmosférica.
músculos músculos
intercostais O2 intercostais
CO2
contraídos relaxados
tórax tórax
diafragma diafragma
contraído relaxado
Inspiração Expiração
Movimentos Respiratórios
A variação da concentração de CO2 no sangue é o principal fator responsável pelo ritmo respiratório. O
aumento da concentração de CO2 no sangue estimula uma região do sistema nervoso central denominada
bulbo que contém o centro respiratório. Do bulbo são enviados impulsos nervosos para os músculos
respiratórios, controlando, dessa forma, o ritmo dos movimentos.
Biologia - M3 73
74 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Pulmões
Hb + O2 HbO2 (oxihemoglobina)
Tecidos
Tecidos
Hb + CO2 HbCO2 (carbohemoglobina)
Pulmões
A maior parte do gás carbônico apresenta o seu transporte sob a forma de íons Bicarbonato. O gás carbônico
reage com a água formando o ácido carbônico que sofre dissociação, formando os íons H+ e HCO3- . Nos
capilares alveolares ocorre a reação inversa e o gás carbônico é liberado, difundindo-se para os alvéolos. A
enzima anidrase carbônica produzida pelas hemácias catalisa essas reações.
Tecidos Tecidos
–
CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3
Pulmões Pulmões
Hb + CO HbCO (carboxihemoglobina)
74 Biologia - M3
75 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Túbulo proximal
Arteríola eferente
(em corte)
Glomérulo Túbulo distal
Arteríola aferente
Cápsula de Bowman
(em corte)
Vênula
Ramo
descendente
Alça de
Henle Tubo coletor
Ramo ascendente
Estrutura do Néfron
Biologia - M3 75
76 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
3- FISIOLOGIA RENAL
A fisiologia renal explica como ocorre o processo de formação de urina nos néfrons. Esse processo pode ser
dividido em duas etapas: filtração e reabsorção.
• Filtração Glomerular - Consiste no extravasamento de parte do plasma sangüíneo dos capilares
glomerulares para a cápsula de Bowman. O líquido recolhido pela cápsula de Bowman denomina-se filtrado
glomerular. Evidentemente, a maior parte do filtrado deve retornar ao sangue em função da grande quantidade
de substâncias aproveitáveis presentes nesse líquido. O filtrado glomerular não contém células sangüíneas
nem proteínas, já que estas, devido ao alto peso molecular, não são filtradas. O filtrado apresenta em sua
constituição água, sais minerais, carboidratos, aminoácidos, vitaminas, ácido úrico, uréia e outras substâncias.
Da cápsula de Bowman, o filtrado alcança o túbulo contorcido proximal, onde se inicia a reabsorção renal,
isto é, o retorno das substâncias aproveitáveis ao sangue.
arteríola eferente
arteríola
aferente
glomérulo de Malpighi
cápsula de Bowman
setas indicando
o sentido de fluxo
da filtração
Filtração Glomerular
• Reabsorção Tubular - Consiste no retorno das substâncias aproveitáveis ao sangue. No túbulo contorcido
proximal ocorre por transporte ativo a reabsorção de sódio, fazendo com que o líquido tubular fique
hipotônico em relação ao plasma dos capilares que envolvem essa região. Na porção descendente da alça
de Henle ocorre a reabsorção passiva da água, enquanto na sua porção ascendente ocorre reabsorção
ativa de sódio. Na porção ascendente não há reabsorção passiva de água, já que as células dessa região
são impermeáveis à água. O líquido tubular pouco concentrado atinge o túbulo contorcido distal, havendo
reabsorção passiva de água.
Além da reabsorção ativa de sódio há, ao longo dos túbulos renais, a reabsorção ativa de aminoácidos e
glicose.
No túbulo contorcido distal ocorre a secreção ativa ou excreção ativa do plasma para o interior do túbulo.
Através desse processo é eliminado o íon H+ que torna a urina ácida, auxiliando também na manutenção do
pH do sangue. Alguns antibióticos como a penicilina podem também atingir o túbulo contorcido distal por
secreção ativa.
Ao final do túbulo contorcido distal a urina já está totalmente formada, podendo ocorrer a nível do túbulo
coletor reabsorção passiva da água.
Assim podemos dizer que a formação da urina ocorre através da filtração, reabsorção passiva, reabsorção
ativa e secreção ativa.
Nos indivíduos portadores de diabetes mellitus ocorre presença de glicose na urina (glicosúria), já que o
excesso de glicose no sangue não é totalmente reabsorvido.
76 Biologia - M3
77 cor preto
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IV - SISTEMA DIGESTIVO
1- ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO
O sistema digestivo é responsável pela quebra de
macromoléculas em moléculas menores que podem
ser absorvidas pelas células. A esse processo
damos o nome de digestão. O tubo digestivo
humano é constituído dos seguintes órgãos: boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso e ânus. O tubo digestivo apresenta faringe
as seguintes glândulas anexas: glândulas salivares,
boca
fígado e pâncreas.
A boca é a porção inicial do tubo digestivo, sendo o
órgão sede da mastigação e da insalivação. Os
dentes aí presentes aumentam a superfície de
contato do alimento, facilitando a ação das enzimas esôfago
digestivas. A boca conduz o alimento até a faringe fígado
e daí para o esôfago. Entre o esôfago e o estômago
encontra-se uma válvula denominada cárdia, que vesícula
estômago
biliar
impede o refluxo do conteúdo gástrico. O estômago
apresenta continuidade com o intestino delgado.
Entre esses dois órgãos encontra-se uma válvula
denominada piloro, que impede o refluxo do pâncreas
conteúdo presente no intestino delgado. O intestino duodeno
intestino
delgado apresenta três porções: duodeno, jejuno e delgado
íleo. Na conexão do intestino delgado com o intestino (jejuno e
grosso encontra-se a válvula ileocecal, que impede íleo)
o refluxo do conteúdo presente no intestino grosso.
O intestino grosso apresenta seis porções: ceco,
colo ascendente, colo transverso e colo descendente,
sigmóide e reto. O reto desemboca no ânus, que
representa a porção final do tubo digestivo. intestino
grosso
As glândulas salivares apresentam conexão com a
cavidade bucal, lançando aí a saliva, enquanto o apêndice
cecal ânus
fígado e o pâncreas estão conectados ao duodeno,
onde lançam, respectivamente, a bile e o suco
pancreático. A bile produzida no fígado é inicialmente
armazenada na vesícula biliar antes de ser lançada Tubo Digestivo Humano
no duodeno.
Biologia - M3 77
78 cor preto
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2- FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
DIGESTÃO NA BOCA
Em contato com a cavidade bucal encontramos três pares de glândulas
salivares: parótidas, submaxilares e sublinguais. Essas glândulas produzem a
saliva que é lançada na boca. Na saliva encontramos a enzima amilase salivar
ou ptialina, que inicia a digestão do amido quebrando-o em moléculas de
maltoses. A boca apresenta pH aproximadamente 7, determinado pela saliva.
Esse valor representa o pH ideal para a ação da amilase salivar.
parótidas
Após a deglutição, iniciam-se os movimentos peristálticos ou peristaltismo, sublinguais submaxilares
que são contrações da musculatura lisa do esôfago, estômago e intestinos
impulsionando o alimento ao longo do tubo digestivo. Localização das
Glândulas Salivares
DIGESTÃO NO ESTÔMAGO
O estômago é um órgão amplo armazenador de alimento. Em suas paredes ocorre a produção de suco
gástrico constituído de ácido clorídrico (HCl) e enzimas. O ácido clorídrico determina o pH aproximadamente
2 do estômago, que é indispensável para a ação enzimática nesse órgão. A principal enzima estomacal é a
pepsina, que é lançada na cavidade gástrica em sua forma inativa denominada pepsinogênio. Em presença
de HCl, o pepsinogênio é ativado em pepsina. O papel biológico da pepsina é iniciar a digestão das proteínas
quebrando-as em polipeptídios ou frações peptídicas.
No estômago ocorre a quimificação que representa o processo de formação do quimo. O quimo pode ser
entendido como sendo uma massa pastosa constituída pela mistura do alimento com o suco gástrico.
DIGESTÃO NO INTESTINO DELGADO fígado esôfago
Em contato com o duodeno (primeira porção do
intestino delgado) encontra-se o fígado, que produz
a bile, e o pâncreas, que produz o suco pancreático. estômago
78 Biologia - M3
79 cor preto
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V - SISTEMA NERVOSO
1- DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso e o sistema endócrino são considerados sistemas de integração, já que controlam o
funcionamento dos demais sistemas.
Anatomicamente, o sistema nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso
Periférico (SNP).
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2- ARCO REFLEXO
O arco reflexo representa a unidade anatomofuncional do sistema nervoso. Os componentes de um arco
reflexo são:
1. Receptor na pele, nas mucosas ou nos tendões.
2. Nervo sensitivo ou aferente que conduz o impulso nervoso até o sistema nervoso central.
3. Centro de integração que traduz a informação sensitiva e envia um impulso motor para o órgão que
deve responder ao estímulo.
4. Nervo motor ou eferente que conduz o impulso nervoso até um órgão efetuador.
5. Órgão efetuador, que é a estrutura (músculo ou glândula) que reage ao estímulo.
NERVO
1 RAQUIDIANO
2
3
4
MEDULA EM CORTE RAIZ MOTORA
TRANSVERSAL (VENTRAL)
5
Arco Reflexo
Na maior parte dos arcos reflexos ocorre a participação de um ou mais neurônios de associação que estabelecem
a conexão entre o neurônio sensitivo e o neurônio motor.
A maioria dos reflexos apresentam a medula como sede, sendo que o impulso nervoso também é conduzido
pela medula até o cérebro onde, ao ser interpretado, confere ao indivíduo a consciência do fato ou a sensação
de dor.
Glândulas salivares:
secreção viscosa e
O sistema nervoso autônomo (S.N.A.) controla as pouco abundante
Bexiga:
O sistema nervoso autônomo simpático apresenta relaxamento muscular
e contração do
fibras nervosas que, quando estimuladas, liberam esfíncter da uretra
adrenalina como mediador químico. Observe na Pressão sangüínea aumenta
figura ao lado as principais ações controladas pelo Músculos eretores dos
pêlos: ereção dos pêlos
sistema nervoso autônomo simpático. Vasos sangüíneos
periféricos:
e também
Em situações de emergência, ocorrem ações vasoconstrição
Glândulas lacrimais;
desencadeadas pelo sistema nervoso autônomo secreção escassa
simpático. Atividade mental aumenta
Metabolismo basal aumenta
80 Biologia - M3
81 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Glândulas salivares:
secreção fluida e
abundante
Freqüência cardíaca
diminui
Pressão sangüínea diminui
Músculos eretores dos pêlos:
Brônquios diminuem ausência de inervações;
portanto, não há
ação sobre o músculo
e também Vasos sangüíneos
Peristaltismo aumenta
periféricos: nenhuma ação
Glândulas lacrimais;
secreção abundante
Nenhuma ação de
glicogenólise no fígado Atividade mental diminui
Metabolismo basal diminui
Bexiga:
contração muscular
e relaxamento do
esfíncter da uretra
4- TERMINAÇÕES NERVOSAS
As terminações nervosas são divididas em dois tipos: livres e encapsuladas. As terminações nervosas livres
são responsáveis pela percepção da dor, enquanto as terminações nervosas encapsuladas formam corpúsculos
com atividades sensoriais específicas. Os corpúsculos formados estão presentes na pele e nas mucosas e
são classificados em:
• Corpúsculos de KRAUSE - receptores de frio
• Corpúsculos de RUFFINI - receptores de calor
• Corpúsculos de MEISSNER - receptores de tato
• Corpúsculos de VATER-PACINI - receptores de pressão
VI - SISTEMA ENDÓCRINO
1- DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é constituído por uma série de estruturas denominadas glândulas endócrinas. Estas
estruturas produzem hormônios que são compostos orgânicos lançados no sangue, capazes de estimular ou
inibir a atividade de determinados órgãos denominados órgãos-alvo. Cada órgão-alvo apresenta receptores
químicos específicos para determinado hormônio.
Juntamente com o sistema nervoso, o sistema endócrino é um sistema de integração, contribuindo para a
manutenção da homeostase.
As principais glândulas endócrinas humanas são: hipófise, tireóide, paratireóides, supra-renais, testículos e
ovários. O pâncreas apresenta uma parte endócrina e uma parte exócrina, razão pela qual é considerado
uma glândula anfícrina ou mista.
Biologia - M3 81
82 cor preto
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TIREÓIDE E HIPÓFISE
PARATIREÓIDES
SUPRA-RENAL PÂNCREAS
(GLÂNDULA MISTA)
TESTÍCULOS OVÁRIO
2- REGULAÇÃO HORMONAL
A regulação da produção e liberação de hormônios ocorre através de um mecanismo conhecido como feedback
ou retroalimentação. Através desse mecanismo, o aumento ou diminuição de determinada função provoca
uma alteração no organismo, desencadeando uma correção funcional e contribuindo, assim, para a manutenção
da homeostase.
Na regulação hormonal ocorre feedback negativo, ou seja, a alteração funcional ocorre em um sentido e a
reação para a correção ocorre em sentido contrário. Observe um exemplo de feedback negativo: a hipófise
produz o hormônio tireotrófico que estimula a produção do hormônio tiroxina pela tireóide. À medida em
que o nível de tiroxina aumenta no sangue, a hipófise vai sendo inibida e a produção do hormônio tireotrófico
se reduz, fato que provoca a inibição da atividade da tireóide. À medida em que o nível de tiroxina diminui no
sangue, a hipófise vai sendo estimulada e a produção do hormônio tireotrófico aumenta, provocando um
estímulo à função tireoideana.
INIBE ALTAS
TAXAS
HORMÔNIO
HIPÓFISE TIREÓIDE TIROXINA
TIREOTRÓFICO
BAIXAS
TAXAS
ESTIMULA
Qualquer variação de dosagem hormonal no sangue pode levar a alterações funcionais diversas denominadas
disfunções. Taxas hormonais acima do normal são hiperfunções, enquanto taxas abaixo do normal são
hipofunções.
82 Biologia - M3
83 cor preto
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3.1) HIPÓFISE
Também denominada pituitária, localiza-se na base do cérebro em uma cavidade do osso esfenóide
denominada sela túrcica. A hipófise controla o funcionamento de outras glândulas e apresenta-se dividida
em três partes: adenohipófise, parte intermediária e neurohipófise.
ADENOHIPÓFISE
É o lobo anterior da hipófise capaz de produzir uma série de hormônios. A atividade secretora da adenohipófise
é controlada por substâncias produzidas pelo hipotálamo denominadas hormônios liberadores. Os hormônios
produzidos pela adenohipófise são:
• Hormônio Somatotrófico (STH)
Também denominado hormônio do crescimento, estimula o desenvolvimento do indivíduo. A produção
excessiva desse hormônio na infância acarreta o gigantismo, enquanto a produção insuficiente leva ao
nanismo. No indivíduo adulto, a produção excessiva do hormônio somatotrófico provoca a acromegalia,
caracterizada pelo crescimento exagerado das extremidades do corpo (mãos, pés, nariz, mandíbula e queixo).
• Hormônio Tireotrófico (TSH)
Controla o funcionamento da tireóide.
• Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH)
Controla o funcionamento do córtex (parte mais externa) das adrenais (supra-renais).
• Hormônios Gonadotróficos
Controlam o funcionamento das gônadas (testículos e ovários). Os hormônios gonadotróficos são: hormônio
folículo estimulante, hormônio luteinizante e hormônio luteotrófico.
- Hormônio Folículo Estimulante (FSH) - No homem, estimula a espermatogênese nos túbulos
seminíferos, enquanto na mulher estimula o amadurecimento dos folículos ovarianos.
- Hormônio Luteinizante (LH) - No homem, esse hormônio é também chamado hormônio estimulante
das células intersticiais (ICSH), já que estimula estas células a produzir testosterona, o hormônio
sexual masculino. Na mulher, o hormônio luteinizante é responsável pela ovulação e pela formação do
corpo lúteo, estrutura que secreta altas taxas de progesterona e pequena quantidade de estrógeno.
Progesterona e estrógeno são os hormônios sexuais femininos.
- Hormônio Luteotrófico (LTH) - Também denominado prolactina ou hormônio lactogênico, estimula a
manutenção do corpo lúteo durante as primeiras semanas de gravidez, além de estimular a produção
de leite pelas glândulas mamárias.
PARTE INTERMEDIÁRIA
Na espécie humana, essa parte apresenta função pouco importante. A parte intermediária produz um hormônio
denominado intermedina, que atua sobre os melanóforos estimuIando a dispersão dos grânulos de melanina,
modificando a cor da pele de peixes, anfíbios e répteis.
Hipotálamo
NEUROHIPÓFISE
É o lobo posterior da hipófise, que não produz hormônios. A neurohipófise
armazena dois hormônios produzidos no hipotálamo, estrutura vizinha da
hipófise. Os hormônios hipotalâmicos armazenados na neurohipófise são: Adenohipófise Neurohipófise
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3.2) TIREÓIDE
Localiza-se sobre os primeiros anéis da traquéia, na porção anterior do pescoço. Produz os seguintes
hormônios:
• Triiodotironina (T3) e Tetraiodotironina (T4 ou Tiroxina)
São hormônios que estimulam o metabolismo geral do organismo. O hipertireoidismo acarreta a exoftalmia,
que se caracteriza pela projeção dos olhos para fora das órbitas. Além da exoftalmia, o hipertireoidismo
promove perda de peso, taquicardia, nervosismo, insônia, hipertermia, aumento da pressão arterial, etc. O
hipotireoidismo acarreta na criança o cretinismo e no adulto o mixedema. O cretinismo é caracterizado por
alterações no desenvolvimento físico, mental e sexual, enquanto o mixedema manifesta-se através de
infiltração de tecido mucoso embaixo da pele que, em decorrência disso, engrossa. Além do mixedema, o
hipotireoidismo promove no adulto ganho de peso, bradicardia, apatia, sonolência, hipotermia, diminuição da
pressão arterial, etc.
A carência de iodo na alimentação impede a produção de T3 e T4, determinando uma intensa produção de
TSH pela adenohipófise. Com isso, a tireóide cresce exageradamente surgindo o bócio (papo).
• Calcitonina
Estimula a retirada de íons cálcio (Ca++) do sangue e a sua deposição nos ossos e dentes. Por diminuir a
taxa de cálcio no sangue (CALCEMIA), a calcitonina apresenta ação hipocalcemiante.
laringe
tireóide
traquéia
paratireóides
Tireóide e Paratireóides
3.3) PARATIREÓIDES
São dois pares de pequenas glândulas que se encontram aderidas à tireóide. As paratireóides não sofrem
estimulação hipofisária e secretam o paratormônio, que estimula a ação dos osteoclastos, células que absorvem
fragmentos de tecido ósseo, lançando íons cálcio (Ca++) no sangue. Por aumentar a taxa de cálcio no
sangue (calcemia), o paratormônio apresenta ação hipercalcemiante.
O hiperparatireoidismo acarreta a hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue), levando à formação de
cálculos renais e biliares. Com a diminuição da taxa de cálcio nos ossos, pode ocorrer um quadro de fragilidade
óssea denominado osteoporose.
O hipoparatireoidismo acarreta a hipocalcemia (pequena quantidade de cálcio no sangue), levando a um
quadro de contrações musculares involuntárias denominado tetania que pode acarretar a morte por parada
cardiorespiratória.
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3.4) SUPRA-RENAIS
Também denominadas adrenais, são duas glândulas localizadas sobre os rins. Cada supra-renal tem duas
partes distintas: córtex e medula.
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3.6) OVÁRIOS
Localizados na parte inferior da cavidade abdominal, produzem estrógeno e progesterona, os hormônios
sexuais femininos.
O estrógeno ou estradiol é produzido pelo folículo ovariano e pelo corpo lúteo. Estimula a reconstituição do
endométrio após a menstruação, estimula o alargamento dos quadris e o desenvolvimento da genitália externa
feminina. Além disso, o estrógeno é responsável pelo aparecimento da libido.
A progesterona é produzida pelo corpo lúteo e, em caso de gravidez, pela placenta. Prepara o organismo
para a gravidez, aumentando a atividade secretora das glândulas mamárias e das células que revestem a
parede uterina. Além disso, a progesterona apresenta ação anti-abortiva, já que inibe as contrações do
miométrio.
ADENO-HIPÓFISE
FSH FSH
LH LTH
EPITÉLIO
GERMINATIVO
OVÁRIO
FOLÍCULOS
JOVENS FOLÍCULO
MADURO CORPO LÚTEO
CORPO MENSTRUAL
LÚTEO (ATROFIADO)
ESTRÓGENOS PROGESTERONA
EXPULSÃO
TAXA DE
ESTRÓGENOS
SA
NG ENDO
UE MÉ
E S TR
EC IO
RE
ÇÕ
O ES
ÚTER
OVULAÇÃO
CICLO MENSTRUAL
86 Biologia - M3
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3.7) PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula anfícrina ou mista, já que apresenta uma parte endócrina e uma parte exócrina. A
parte exócrina é mais desenvolvida, sendo responsável pela produção do suco pancreático.
Dispersas na parte exócrina do pâncreas, observam-se pequenas ilhas de células que constituem a parte
endócrina denominada ILHOTAS DE LANGERHANS.
As ilhotas de Langerhans produzem dois hormônios: insulina e glucagon. Esses hormônios controlam a taxa
de glicose no sangue que, em condições normais, situa-se entre 70 e 110 mg/100 ml de sangue.
• Insulina
Produzida pelas células b das ilhotas de Langerhans, esse hormônio estimula a captação de glicose pelas
células hepáticas e musculares e a polimerização de moléculas de glicose, formando glicogênio. Em outras
palavras, a insulina diminui a taxa de glicose no sangue (GLICEMIA) apresentando, assim, ação
hipoglicemiante.
O hiperinsulinismo é caracterizado pelo excesso de insulina no sangue circulante. Com isso, ocorre uma
diminuição da taxa de glicose no sangue (hipoglicemia), levando à sensação de fraqueza muscular, fadiga,
sonolência e sensação de fome. Esses sintomas podem ser explicados por momentos de excitação e de
depressão generalizadas do sistema nervoso central causados pelo abaixamento da concentração de glicose
no sangue.
O hipoinsulinismo é caracterizado pela produção insuficiente de insulina, diminuindo sua quantidade no sangue
circulante. Com isso, ocorre um aumento da taxa de glicose no sangue (hiperglicemia), condição essa
denominada diabetes mellitus. Nessa patologia, pode-se detectar glicose na urina (glicosúria), já que a
capacidade de reabsorção de glicose nos rins é ultrapassada. A presença de glicose nos túbulos renais leva
a uma retenção de água que é eliminada pelo organismo, acarretando um aumento no volume de urina
(poliúria) e uma tendência à desidratação. A incapacidade celular de utilização da glicose provoca sensação
de fraqueza muscular e fome.
• Glucagon
Produzida pelas células a das ilhotas de Langerhans, esse hormônio estimula a hidrólise do glicogênio
hepático formando moléculas de glicose que são lançadas no sangue. Em outras palavras, o glucagon
aumenta a taxa de glicose no sangue (GLICEMIA) apresentando, assim, ação hiperglicemiante. Quando a
taxa de glicose do sangue diminui, o pâncreas libera o glucagon para aumentar a glicemia.
pâncreas
pâncreas
duodeno
insulina
glucagon
Localização do Pâncreas
glicogênio
glicose
sangüínea
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a) 3 2 5 1 4 b) 5 3 2 1 4 c) 5 2 3 1 4 d) 3 5 2 4 1 e) 3 5 2 1 4
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4) (FCMMG) ...”As Fisálias arrastavam, a favor das correntes, intermináveis filamentos carregados de minúsculos
arpões venenosos cuja ação, renovada sobre o homem já atingido, pode acarretar a morte
sob o efeito da anafilaxia”...
(A FANTÁSTICA BARREIRA DE CORAL, BERNARD GORSKY, P.43 )
Sabendo-se que as Fisálias são hidrozoários coloniais popularmente conhecidas como caravelas, podemos
afirmar que o autor, ao citar os “arpões venenosos”, referia-se aos:
a) Solenócitos b) Estatocistos c) Tricocistos d) Cnidoblastos e) Pedicelários
7) (FUVEST-SP) Existem animais que não possuem órgão ou sistema especializado em realizar trocas gasosas.
Na respiração, a absorção do oxigênio e a eliminação do gás carbônico ocorrem por difusão, através da
superfície epidérmica. É o caso da:
a) planária b) ostra c) drosófila d) barata e) aranha
8) (CESGRANRIO) Se as fezes não fossem lançadas no chão ou nos rios, a incidência de algumas doenças
diminuiria. Assinale a opção que indica duas dessas doenças.
a) ancilostomose e doença de Chagas. d) esquistossomose e ancilostomose.
b) febre amarela e doença de Chagas. e) malária e doença de Chagas.
c) malária e esquistossomose.
9) (UFMG) Evitar a contaminação de alimentos, construir fossas e usar calçados são medidas profiláticas que
afetarão a incidência de todas as doenças abaixo relacionadas, EXCETO a:
a) Malária. d) Amebíase.
b) Esquistossomose. e) Ancilostomíase.
c) Teníase.
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10) (UFMG) Joaquim e Pedro fizeram exames de sangue. No sangue de Joaquim detectou-se Plasmodium
falciparum e, no de Pedro, Wuchereria bancrofti. Joaquim e Pedro provavelmente foram picados,
respectivamente, por:
a) Culex e Anopheles d) Anopheles e Culex
b) Aedes e Lutzomyia e) Anopheles e Lutzomyia
c) Lutzomyia e Culex
11) (UFMG) As figuras abaixo foram extraídas da bula de um medicamento e representam procedimentos que
podem ser adotados na prevenção de algumas doenças.
Beber somente água Lavar cuidadosamente Comer apenas Andar sempre com os
filtrada ou fervida. as frutas e verduras e carne bem pés calçados.
cozinhar bem os passada.
alimentos.
Assinale, a alternativa que contém uma verminose que NÃO pode ser evitada por qualquer dos procedimentos
apresentados nas figuras.
a) Ancilostomíase b) Esquistossomose c) Filariose d) Teníase
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Todas as afirmativas referentes aos indivíduos das seqüências 1, 2 e 3 estão corretas, EXCETO:
a) Apresentam respiração traqueal e sistema nervoso ventral.
b) Pertencem ao mesmo filo e à mesma classe.
c) Possuem circulação fechada e excreção por células flama.
d) São ametábolos, hemimetábolos, holometábolos, respectivarnente.
e) São dióicos e apresentam exoesqueleto quitinoso.
16) (UFMG) Com relação aos mecanismos de excreção desenvolvidos durante a evolução dos seres vivos,
todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) As traquéias dos insetos eliminam produtos nitrogenados.
b) O sistema excretor funciona de modo a manter constante a composição do sangue.
c) Os protonefrídios são os órgãos de excreção das planárias.
d) Os protozoários e os poríferos realizam a excreção por difusão.
e) Os rins, assim como os pulmões e a pele, participam da excreção no homem.
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4 b) 2 - respiratória.
cecos
gástricos c) 3 - excretora.
ovário
d) 4 - digestiva.
e) 5 - nervosa.
3
reto
20) (UFMG) Alunos de uma escola de Belo Horizonte realizaram uma coleta de seres vivos nas águas do
Córrego da Ressaca. Ao fazerem o relatório, citaram a ocorrência de alguns grupos de organismos.
Todas as alternativas apresentam classificações possíveis, EXCETO:
a) Algas e crustáceos.
b) Bactérias e fungos.
c) Equinodermas e poliquetas.
d) Insetos e anelídeos.
e) Moluscos e platelmintos.
21) (UFMG) Os Equinodermas, além de apresentarem maior semelhança bioquímica com os Cordados do
que qualquer outro grupo de invertebrados, são tidos como seus prováveis ancestrais por terem em
comum, pelo menos com alguns deles, os caracteres seguintes, EXCETO:
a) Larvas semelhantes.
b) Celoma enterocélico.
c) Deuterostomia.
d) Esqueleto interno mesodérmico.
e) Sistema nervoso dorsal.
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22) (UFMG) Os vertebrados marinhos, que apresentam corpo vermiforme sem nadadeiras pares, boca em forma
de funil que realiza movimentos de sucção na alimentação, esqueleto cartilaginoso e coração com duas
cavidades, pertencem ao grupo dos:
a) Agnatha. b) Chondrichthyes. c) Osteichthyes. d) Amphibia. e) Reptilia.
23) (UFMG) A linha lateral é uma estrutura importante para orientação em determinados grupos de vertebrados.
Os animais portadores da linha lateral são, também, pecilotérmicos e as suas fossas nasais não participam
do processo de respiração.
Tais vertebrados pertencem ao grupo:
a) das aves. b) dos cetáceos. c) dos crocodilianos. d) dos ofídios. e) dos peixes.
25) (UFMG) A sobrevivência de uma espécie deve-se em grande parte às respostas adaptativas adequadas.
Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que diferencia animais marinhos daqueles de água doce.
a) A velocidade de locomoção no meio. c) O modo de nutrição.
b) A concentração de sais no corpo. d) A capacidade reprodutiva.
Coração Coração
A B
a) Em A, no coração, circula sangue arterial e venoso em suas cavidades.
b) Em A, a circulação é simples e completa e, em B, é dupla, podendo ser incompleta e completa.
c) Em B, no coração, entra apenas sangue arterial e sai venoso ou arterial.
d) O esquema A pode conter representantes com quatro anexos embrionários.
e) O esquema A representa apenas circulação de invertebrados e o esquema B, vertebrados.
27) (UFMG) Todas as aquisições evolutivas citadas referem-se aos primeiros vertebrados que conquistaram
definitivamente o ambiente terrestre, EXCETO:
a) ovo com casca.
b) homeotermia.
c) respiração pulmonar.
d) desenvolvimento do âmnio.
e) fecundação interna.
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28) (UFMG) Analise o quadro comparativo entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas representadas
abaixo. Todas as alternativas estão corretas quanto a diferenciação dos dois tipos de serpentes, EXCETO:
29) (UFMG) As aves não possuem glândulas sudoríparas e mantêm a temperatura do corpo constante.
A estratégia adaptativa utilizada por esses animais, quando a temperatura ambiente está muito alta, é o
aumento de:
a) perda de água na expiração. c) quantidade de gás carbônico no sangue.
b) metabolismo de carboidratos. d) consumo de oxigênio.
30) (UFMG) Todas as afirmativas sobre os mamíferos citados estão corretas, EXCETO:
a) Os cangurus e gambás têm em comum o fato de seu desenvolvimento fetal terminar fora do útero, no
marsúpio.
b) Os mamíferos marinhos como as baleias e golfinhos, e os de água doce, como o boto, têm respiração
branquial.
c) Os mamíferos monotremos se reproduzem através de ovos.
d) Os micos e outros macacos são exemplos de primatas que ocorrem no Brasil.
e) Os morcegos são em sua maioria, insetívoros ou frugívoros, sendo úteis na polinização de certas
plantas.
31) (UFMG) Durante uma conversa entre dois estudantes, um afirmou que certos animais não possuem
umbigo. Exemplificando, o estudante poderia ter citado:
a) a baleia. b) a foca. c) o gambá. d) o morcego. e) o peixe-boi.
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32) (FCMMG) A classificação dos animais em prototérios, metatéros e eutérios tem como referência a presença
ou não de:
a) Âmnion d) Saco vitelínico
b) Alantóide e) Todos os anexos embrionários acima.
c) Placenta
33) (FCMMG)
UM PEIXE-BOI FORA D’ÁGUA
TRATAMENTO PÔS “CHICA” QUATRO MESES A SECO
RECIFE - Pode um peixe viver fora d’água durante mais de quatro meses? O peixe-boi Chica, um
exemplar da espécie Trithethus manutus, com mais de 280 quilos e 28 anos de idade, desde os dois
criado em cativeiro, mostrou que pode, desde que receba atenção e carinho.
Chica mora em um tanque na Praça do Derby, no centro do Recife. Em fevereiro, numa sessão de
limpeza de seu corpo, o peixe se assustou e se feriu no dorso.
O que parecia um ferimento comum acabou se transformado num processo infeccioso, que pôs em
risco a vida do animal. A Prefeitura do Recife então, desenvolveu um programa de atendimento ao
peixe que durou quatro meses e exigiu do animal que se aclimatasse fora d’água.
Na quinta-feira, funcionários do Município limparam o tanque de Chica e o encheram com água.
Depois de analisar o ferimento, os veterinários concluíram que o peixe já pode nadar como antes.
A veterinária Rosana Espínola acredita que dentro de um mês Chica estará completamente curado e
readaptado à vida em cativeiro. Para alertar a população sobre os cuidados que deve ter com o animal,
ela está explicando, em folhetos, todo o processo de medicação de Chica.
(GLOBO - 22/06/91)
Pelo texto podemos concluir:
a) O que foi afirmado é um absurdo, pois peixes não vivem fora d’água.
b) O animal citado, na realidade, não é um peixe e sim um mamífero.
c) A sobrevivência deveu-se ao fato de ser um peixe pulmonado, do tipo da Pirambóia.
d) O animal foi submetido a uma hipotermia para reduzir seu metabolismo e conseqüentemente
a sua sobrevivência.
e) A atenção dispensada ao animal constituiu-se em molhar sua brânquia periodicamente.
34) (FCC) Considere o seguinte gráfico que representa o consumo de oxigênio de dois animais I e II, em
diferentes temperaturas.
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1
2
4 5
Todas as alternativas significam aquisições evolutivas de uma classe em relação à outra, EXCETO:
a) O ovo com casca de 2 em relação a 4 .
b) A viviparidade de 5 em relação a 1 .
c) O alantóide de 2 em relação a 4 .
d) A homeotermia de 1 em relação a 2 .
e) A independência do “habitat” aquático de 4 em relação a 3 .
A característica que permite incluí-lo na classe dos mamíferos e excluí-lo das demais é:
a) presença de pêlos.
b) homeotermia.
c) viviparidade.
d) coração tetracavitário.
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Questões Discursivas
4
2 3
1
7
6
5
10 12
9
11
a) Arthropoda:
b) Mollusca:
c) Cnidaria (Coelenterata):
d) Chordata:
2- INDIQUE, pelo número, dois representantes de animais que apresentam sistema excretor com:
a) Túbulos de Malpighi:
b) Rim:
3- CITE três características que permitem distinguir a serpente representada de uma não peçonhenta.
a)
b)
c)
4- CITE a vantagem da presença de bolsa de tinta para a espécie do animal representada na figura 11.
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ovo
Ciclo evolutivo da Taenia solium
1. Para que esse ciclo fique correto, deverá ser eliminada uma das setas com a linha tracejada.
CITE o número da seta que está errada.
2. Com base no ciclo evolutivo da Taenia solium, RESPONDA:
a) QUAL é o seu hospedeiro definitivo?
b) EM QUE órgão se localiza a Taenia adulta?
3. Considerando os sistemas digestivo, circulatório, respiratório e reprodutor, INDIQUE o que estaria presente
na Taenia adulta
4. CITE urna medida de saneamento que atue diretamente na incidência da cisticercose suína.
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3- CITE dois mecanismos evolutivos que permitiram a adaptação dos animais do grupo C fora da água.
a)
b)
5- NOMEIE o grupo que mais se aproxima desta curva de sobrevivência e JUSTIFIQUE sua resposta.
a) Grupo:
b) Justificativa:
2) (PUC-MG) De acordo com a teoria da origem da vida, elaborada por Oparin, são condições essenciais
para que a vida tenha surgido na Terra, EXCETO:
a) Radiações ultravioleta em abundância. d) Espessa camada de ozônio.
b) Existência de grande quantidade de descargas elétricas. e) Temperatura elevada.
c) Atmosfera com constituição química bem diferente da atual.
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1 2
3 4
5) (CESGRANRIO) Em 1953, com um aparelho bem engenhoso, o pesquisador Stanley Miller acrescentou
um elemento a mais para a compreensão da origem da vida. Reproduzindo as condições ambientais
primitivas no seu aparelho, conseguiu obter aminoácidos sem a participação de seres vivos, tendo usado
para isso apenas:
a) ADN, ATP, acetil-coenzima A e metano
b) ADN, ATP, oxigênio, luz e calor
c) água, nitrogênio, carbono e faíscas elétricas
d) metano, água, NH3, H2 e descargas elétricas
e) água, glicose, amônia e radiação luminosa
Água fervendo
100 Biologia - M3
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Questão Aberta
1) (UFMG) O esquema abaixo representa uma hipótese sobre as etapas sucessivas da origem e da evolução
da vida.
Para os Organismos Para os protistas
F vírus atuais fotossintetizantes modernos e organismos
pluricelulares modernos
B Agregado molecular
1- CITE três compostos e uma condição física presentes na atmosfera primitiva, indispensáveis ao aparecimento
da etapa A.
Compostos Condição física
Biologia - M3 101
102 cor preto
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Marque a alternativa que atribui a cada afirmação a respectiva idéia ou teoria evolutiva.
a) 1, 2, 1, 2 b) 1, 1, 2, 1 c) 1, 2, 1, 1 d) 2, 2, 1, 2 e) 1, 1, 2, 2
5) (UFRS) Contaminações ambientais com material radioativo, como aconteceu em Chernobyl (Ucrânia), em
1986, são perigosas para os seres vivos porque:
a) provocam mutações. d) aceleram muito o metabolismo da síntese protéica.
b) causam diminuição da oxigenação das células. e) estimulam muito o crescimento celular.
c) impedem o envelhecimento celular.
6) (PUC-MG) Dos fatores abaixo, o único que adiciona material genético novo à espécie é:
a) seleção natural. d) mutação.
b) recombinação genética. e) deriva genética.
c) migração.
102 Biologia - M3
103 cor preto
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7) (FCMMG)
Informações Congeladas
As geleiras, muitas vezes, são portadoras de dados importantes sobre o passado. A água que as
forma permanece nelas milhares de anos, podendo manter aprisionados importantes elementos pré-
históricos, principalmente animais.
Recentemente foi descoberto na Sibéria (Norte da URSS) um pequeno animal pré-histórico congelado,
muito parecido com um elefante. Reunindo informações, como as que o estudo desse “elefantinho”
pode oferecer, chegamos cada vez mais perto de conhecer como realmente era o ambiente da Terra
no passado; peças a mais para o estudo da evolução dos seres vivos.
Estes organismos preservados por meios diversos constituem verdadeiros testemunhos do passado e são
denominados de:
a) Paleontolíticos. d) Fósseis.
b) Elos Perdidos. e) Mamutes.
c) Ictiólitos.
8) (PUC-PR) A mão humana e a pata anterior do cavalo, do ponto de vista embriológico e funcional, são
estruturas anatômicas:
a) filogeneticamente distintas.
b) homoplásticas.
c) convergentes.
d) análogas.
e) homólogas.
9) (UFMG) Há alguns anos têm aparecido muitos exemplos de resistência natural em organismos, respondendo
ao uso de inseticidas e outras drogas. Assim, por exemplo, o emprego do DDT contra moscas domésticas
foi muito bem sucedido apenas quando este inseticida foi empregado pela primeira vez. Em relação à
resistência ao DDT, todos os fatos abaixo são prováveis, EXCETO:
a) Os membros de uma população selvagem de moscas podem ser diferentes entre si, em relação à
sensibilidade ao DDT.
b) Mesmo num ambiente sem DDT, moscas resistentes a este inseticida são mais adaptadas que as
sensíveis.
c) As moscas resistentes ao DDT devem transmitir esta capacidade a seus descendentes.
d) Com aplicação constante de DDT, as moscas sensíveis têm pouca possibilidade de sobrevivência.
e) Uma população que sofreu muitas aplicações de DDT dever ser formada principalmente por moscas
resistentes a este inseticida.
10) (OSEC-SP) Os três vertebrados marinhos abaixo, embora distanciados evolutivamente, assemelham-se
muito quanto à forma geral de seus corpos, devido ao fato de terem sido submetidos a pressões de
seleção semelhantes:
c) barreira ecológica.
d) oscilação genética.
e) recombinação genética.
mamífero
Biologia - M3 103
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11) (UFBA) A figura abaixo ilustra os efeitos da disseminação de um antigo grupo animal na busca de novos
ambientes.
12) (PUC-SP) Sabendo-se que a freqüência do daltonismo nos homens em uma população em equilíbrio de
Hardy-Weinberg é de 80%, a freqüência esperada de mulheres daltônicas nessa população será de:
a) 0,64%
b) 6,4%
c) 16%
d) 64%
e) 84,64%
13) (UFMG) Numa população em equilíbrio, a freqüência de indivíduos Rh negativos é de 16%. A probabilidade
de ocorrência de indivíduos heterozigotos nessa população é de:
a) 84%
b) 60%
c) 48%
d) 36%
e) 24%
14) (UFMG) Os mecanismos de isolamento reprodutivo podem ser classificados em pré-zigóticos e pós-
zigóticos.
104 Biologia - M3
105 cor preto
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Questões Abertas
Família Pongidae
Gênero Pongo: Gênero Pan: Rumo aos atuais
orangotango gorila chimpanzé hominídeos
Ramapithecus
Dryoppithecus
Proconsul
(primeiros macacos antropóides)
III - Na linha evolutiva do Ramapithecus, encontramos todos os ancestrais do homem atual. Embora esses
ancestrais sejam designados de modos diferentes por diversos autores, considere as seguintes
designações:
1 Pithecanthropus, o Homo erectus
2 Homem de Neandertal, o Homo sapiens neanderthalensis
3 Australopithecus
4 Homem de Cro-magnon, o Homo sapiens sapiens
Escreva os números dos indivíduos citados, em ordem evolutiva, nos círculos:
→ → →
IV- CITE uma aquisição evolutiva adquirida pelos ancestrais humanos citados no item III, que os aproxima do
homem e os diferencia dos macacos quanto a:
- coluna vertebral:
- membros superiores:
- membros inferiores:
- crânio:
V- CITE um exemplo de como a espécie humana tem conseguido “burlar” a seleção natural:
Biologia - M3 105
106 cor preto
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2) (UFMG) Uma das hipóteses sobre a origem dos tentilhões atuais, existentes nas ilhas Galápagos, supõe
que eles descendem de um único tipo de tentilhão ancestral, que emigrou do continente para as ilhas em
épocas passadas.
O esquema abaixo representa a evolução desses pássaros.
A B
Pica-Pau Tentilhões
Árvores Solo
Tentilhão do solo
que se alimenta de
sementes
ANCESTRAL
I - CITE o nome do processo que levou ao aparecimento de todas as espécies atuais, a partir de um ancestral
comum.
II - CITE o processo que originou as variações notadas na forma e tamanho dos bicos, em diferentes
ambientes e ajustados a diferentes tipos de alimentos.
III - CITE dois mecanismos que poderiam impedir as espécies A e B de se tornarem uma única espécie.
106 Biologia - M3
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nº de indivíduos
a) d)
5 10 15 20 anos
nº de indivíduos
b) habitats.
c) indivíduos / espécie. c)
d) nichos.
h
e) populações.
Biologia - M3 107
108 cor preto
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7) (PUC-MG) Coelhos e onças que vivem num mesmo local com hábitos alimentares diferentes apresentam:
a) nichos ecológicos diferentes.
b) habitats diferentes.
c) níveis tróficos iguais.
d) mesma equivalência ecológica.
e) mesmo ecótone.
10) (PUC-MG) Fazendo um trabalho de ecologia, um aluno representou, em uma pirâmide de números, o que
ocorria com a transferência de matéria e energia em um ecossistema, obtendo o seguinte resultado:
Consultando algumas bibliografias, ele procurou melhorar o resultado de suas observações, representado-
as através de uma pirâmide de energia. O gráfico que ele obteve está CORRETAMENTE representado em:
a) b) c) d) e)
11) (UFMG)
108 Biologia - M3
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12) (UFMG) Este gráfico representa o número de indivíduos por espécie versus o número de espécies em
quatro áreas (I, II, III e IV) do mesmo tamanho, num ecossistema de cerrado.
Nº de indivíduos/espécie
80 Com base nos dados, todas as alternativas são
70 corretas, EXCETO:
60
a) a área I apresenta maior número de indivíduos.
50
40 b) a área II pode estar em processo de sucessão.
30 c) a área III pode possuir espécies com risco de
20 extinção.
10
d) a área IV apresenta maior biodiversidade.
3 15 30 Nº de espécies 50
Biologia - M3 109
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16) (UFMG) Muitas plantas, tais como Orquídeas, Bromélias e Imbés vivem agarradas aos galhos e troncos de
outras, das quais nada sugam, vivendo exclusivamente da fotossíntese que realizam e aproveitando as
melhores condições de luz e umidade aí existentes.
A denominação para essas plantas seria:
a) comensais. b) epífitas. c) hemiparasitas. d) parasitas. e) saprófitas.
17) (UFMG) Muitas plantas que possuem nectários florais são bravamente defendidas por formigas que vivem
nos seus galhos, alimentando-se do néctar. Essas formigas impedem, por exemplo, que cupins subam nas
árvores e se alimentem das folhas.
As relações ecológicas estabelecidas por árvore-formigas e formigas-cupins podem ser denominadas,
respectivamente,
a) comensalismo e mutualismo.
b) competição e inquilinismo.
c) inquilinismo e comensalismo.
d) parasitismo e predatismo.
e) protocooperação e competição.
18) (FCMMG) Em animais herbívoros e ruminantes, a obtenção de glicose dos alimentos se torna mais viável
desde que:
a) Haja bastante água no tubo digestivo para amolecer o alimento antes da digestão propriamente dita.
b) Bactérias e protozoários que vivem em seus estômagos produzam enzimas para a digestão de celulose.
c) O peristaltismo dos diversos compartimentos gástricos triturem corretamente os componentes do bolo
alimentar.
d) A saliva durante a ruminação contenha abundante amilase.
e) Os ácidos graxos sejam convenientemente lisados ao nível intestinal.
19) (UFMG) Observe os gráficos referentes às curvas de crescimento populacional de duas espécies. O
gráfico I representa o crescimento populacional dessas espécies criadas isoladamente. O gráfico II
representa o crescimento populacional dessas espécies, reunidas numa mesma cultura.
20) (UFMG) Todas as alternativas expressam fenômenos relacionados com a reposição do oxigênio na atmosfera,
EXCETO:
a) A alta produtividade de comunidades em fase inicial de sucessão autotrófica.
b) A fotólise de vapor d’água por radiação ultravioleta.
c) A oxidação do ferro nas rochas por intemperismo oxidativo.
d) As atividades fisiológicas dos organismos do fitoplâncton.
e) A transformação da camada de ozônio (O3) em oxigênio (O2).
110 Biologia - M3
111 cor preto
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21) (UFMG) São mecanismos de desequilíbrio ecológico provocados por insumos químicos de uso agrícola,
EXCETO:
a) Selecionar pragas resistentes aos inseticidas.
b) Atingir inimigos naturais e competidores das pragas.
c) Persistir no ambiente com efeito toxicológico.
d) Diminuir o controle normalmente realizado pelos agentes biológicos.
e) Ter efeito cumulativo, concentrando-se nos primeiros níveis tróficos.
24) (FCC) Nos rios onde se lança grande quantidade de esgoto, muitas vezes os peixes morrem porque:
a) há excesso de nutrientes orgânicos.
b) o suprimento de oxigênio decresce.
c) o fitoplâncton prolifera.
d) os decompositores competem com os seres aeróbios.
e) os consumidores comem os peixes.
25) (UFV-MG) Num lago poluído por produtos clorados (DDT, por exemplo) o grupo da cadeia trófica que
deverá apresentar maior concentração do produto é o dos:
a) peixes plantófagos.
b) peixes carnívoros.
c) aves piscívoras.
d) fitoplâncton.
e) zooplâncton.
26) (UFMG) O impacto ambiental resultante do turismo praticado em áreas protegidas cria situações cujas
conseqüências são desastrosas para a natureza e, por isso mesmo, devem ser controladas, a fim de se
evitar um mal maior.
Todas as alternativas apresentam situações desse tipo e suas conseqüências, EXCETO:
a) Pesca com vara ® Extinção de espécies de peixes.
b) Circulação de carros ® Compactação do solo e ruídos estressantes para os animais.
c) Introdução de animais exóticos ® Competição com espécies nativas.
d) Coleção de animais, plantas e rochas ® Danificação de atrativos naturais.
Biologia - M3 111
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27) (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatos que podem decorrer da poluição do ar, EXCETO:
a) Alteração do ciclo biogeoquímico.
b) Alteração das condições de habitat.
c) Incidência maior de doenças do aparelho respiratório.
d) Inversão da pirâmide de energia.
e) Redução da diversidade biológica.
28) (UFMG) O “selo verde” é uma qualificação atribuída a produtos industriais considerados não-nocivos ao
ambiente. Um dos testes que poderiam ser utilizados para verificar os possíveis impactos de um produto
no ambiente consiste em colocá-lo num aquário previamente equilibrado e medir, durante 10 dias
consecutivos, o teor de oxigênio dissolvido na água.
Os resultados obtidos na realização de um teste como esse estão representados no gráfico.
112 Biologia - M3
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Questões Abertas
Bactérias
DECOMPOSIÇÃO
1- EXPLIQUE as relações ecológicas que se estabelecem entre os seres vivos e que favorecem a obtenção de
nitrogênio.
a) Na fase 1 b) Entre os seres a e b
3- Áreas de monocultura como as de plantação de cana-de-açúcar têm provocado grande desgaste do solo.
Para solucionar esse problema, os técnicos sugerem a adubação verde.
CONCEITUE adubação verde e EXPLIQUE de que forma ela contribui para a melhoria do solo.
a) Conceito:
b) Explicação:
4- EXPLIQUE um fenômeno que poderá ocorrer num ambiente aquático quando houver excesso de nitrato.
Biologia - M3 113
114 cor preto
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2) (UFMG) A abelha, Apis mellifera, vive em colméias. Entre estes insetos ocorre polimorfismo, ocasionando
três castas em uma única colméia: rainha, operária e zangão.
1 - Que tipo de relação ecológica entre seres vivos, a colméia exemplifica?
2 - Dê exemplos de dois outros animais que também possuem o mesmo tipo de relação ecológica apresentado
pelas abelhas.
Operária
Zangão
4- Qual é o fator que determina a diferenciação entre 6- Em que estrutura a rainha armazena os
operárias e rainhas? espermatozóides recebidos durante o vôo nupcial?
3) (UFMG) Abaixo estão representados um esquema das regiões marinhas e um quadro com alguns seres
vivos que podem ser encontrados na região 2 .
B
1
A
D Microorganismos
2 Saprofíticos
C
E F
114 Biologia - M3
115 cor preto
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IV - CITE uma característica morfológica dos seres vivos na região 4 que possua valor adaptativo para a vida
nessa região.
Com base nesse esquema e em seus conhecimentos sobre o assunto, pode-se afirmar que
a) a estrutura 3 é característica de animais de circulação fechada.
b) a estrutura 6 representa uma artéria e, junto com 7 , participa da grande circulação.
c) a função de 2 é realizada pela bexiga natatória do tubarão.
d) o órgão 1 é típico de répteis.
e) o teor de O2 em 4 é maior do que em 5 .
2) (PUC-MG) São feitas abaixo algumas afirmações sobre o sistema circulatório humano. Marque a alternativa
que contém a afirmativa CORRETA:
a) As artérias só conduzem sangue arterial.
b) A aorta emerge a partir da aurícula esquerda do coração.
c) Algumas veias conduzem sangue arterial.
d) O ventrículo esquerdo do coração é que recebe a veia cava.
e) A parede das artérias é mais fina que a parede das veias.
3) (FCMMG) O sangue pode ser modificado em sua constituição, à medida que atravessa os órgãos. Leva
nutrientes, coleta catabólitos, transporta sais, vitaminas, hormônios, de tal modo que, ao sair de um órgão,
apresenta substâncias típicas, originadas no mesmo.
A menor modificação nessa constituição observar-se-ia no sangue que sai do(a):
a) Rim b) Pulmão c) Coração d) Jejuno e) Hipófise
Biologia - M3 115
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4) (UFMG) A proibição do fumo em bares e restaurantes, adotada em São Paulo em 1995, com o intuito de
proteger o não-fumante (fumante passivo), gerou grande polêmica, inclusive jurídica.
Todas as alternativas contêm argumentações sobre as ações da fumaça do tabaco que são comprovadamente
aceitas, EXCETO:
a) causa problemas respiratórios, principalmente em crianças.
b) contém monóxido de carbono, que bloqueia a função de certas células sangüíneas.
c) contém nicotina que libera a adrenalina que despigmenta a pele.
d) tem ação cancerígena tanto para o fumante ativo quanto para o passivo.
5) (UFMG) Quando se analisam os efeitos nocivos do cigarro no organismo, geralmente são levados em conta
apenas os malefícios que ele causa sobre um determinado sistema orgânico X. No entanto, as atuais
campanhas de esclarecimento público, bem como o aconselhamento de médicos a seus pacientes, têm
salientado que tais prejuízos são mais freqüentes, numerosos e graves em outro sistema orgânico Y.
Os sistemas X e Y são, respectivamente:
a) Digestivo e nervoso.
b) Cardiovascular e digestivo.
c) Respiratório e cardiovascular.
d) Digestivo e respiratório.
e) Respiratório e nervoso.
Ar
6) (UFMG)
O esquema representa a hematose nos alvéolos, Alvéolo
fenômeno que ocorre em seres vivos. Nesse
esquema, as letras X e Y representam,
respectivamente:
a) água e água.
b) gás carbônico e gás carbônico.
c) oxigênio e oxigênio. Sangue
Sangue Arterial
d) gás carbônico e oxigênio. Venoso
e) água e gás carbônico.
Capilar
7) (FCMMG) A maior parte do bióxido de carbono no sangue é transportada pelo plasma sob a forma de:
a) Carbohemoglobina d) Monóxido de carbono
b) Íons bicarbonato e) Carbohidratos
c) Moléculas dissolvidas de dióxido de carbono
116 Biologia - M3
117 cor preto
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9) (UFMG) Para viver em grandes alturas, o organismo tem que se adaptar a pressões atmosféricas menores,
com menos oxigênio disponível.
Todas as adaptações a essa escassez de oxigênio citadas são corretas, EXCETO:
a) aumento do tamanho dos pulmões.
b) aumento da pressão arterial.
c) aumento do número de hemácias no sangue.
d) aumento do número de batimentos cardíacos.
e) aumento da freqüência respiratória.
10) (PUC-MG) No organismo humano, o principal local onde a amônia é convertida em uréia é no:
a) intestino b) pâncreas c) fígado d) bexiga e) rim
11) (UFMG) Sabe-se que os trabalhadores expostos a calor intenso, como no caso dos altos fornos siderúrgicos,
são aconselhados a ingerir, periodicamente, pastilhas de sal durante o período de trabalho. Essa conduta
visa, predominantemente,
a) aumentar a retenção de água no plasma.
b) bloquear a ação dos rins.
c) diminuir a osmolaridade do sangue.
d) inibir as glândulas sudoríparas.
e) manter constante a pressão sangüínea.
14) (UFMG) Um indivíduo fez uma refeição da qual constavam, basicamente, três substâncias: A, B e C.
Durante a digestão ocorreram os seguintes fatos:
- na cavidade bucal, iniciou-se a digestão de B;
- ao chegar ao estômago, iniciou-se a digestão de C, e a digestão de B foi interrompida;
- no duodeno, ocorreu digestão de A, B e C.
A partir desses dados, é correto afirmar que A, B e C são, respectivamente,
a) lípide, proteína, carboidrato. d) carboidrato, lípide, proteína.
b) proteína, carboidrato, lípide. e) proteína, lípide, carboidrato.
c) lípide, carboidrato, proteína.
Biologia - M3 117
118 cor preto
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16) (OSEC-SP) O esquema a seguir apresenta um conjunto de órgãos, numerados, do aparelho digestivo. As
funções de absorção de água e produção de bile são realizadas, respectivamente, por:
I
II a) VeI
III b) IV e I
c) II e III
d) III e I
IV
e) I e II
V
118 Biologia - M3
119 cor preto
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19) (FUVEST-SP) Em acidentes, em que há suspeita de comprometimento da coluna vertebral, a vítima deve
ser cuidadosamente transportada ao hospital, em posição deitada e, de preferência, imobilizada. Este
procedimento visa preservar a integridade da coluna, pois em seu interior passa:
a) o ramo descendente da aorta, cuja lesão pode ocasionar hemorragias.
b) a medula óssea, cuja lesão pode levar à leucemia.
c) a medula espinhal, cuja lesão pode levar à paralisia.
d) o conjunto de nervos cranianos, cuja lesão pode levar à paralisia.
e) a medula óssea, cuja lesão pode levar à paralisia.
21) (PUC-SP) O esquema abaixo representa, de maneira simplificada, as inter-relações do sistema nervoso.
Resposta Resposta
(músculos voluntários) (músculos involuntários)
a) hipófise.
b) pâncreas.
c) paratireóide.
d) supra-renal.
e) timo.
Biologia - M3 119
120 cor preto
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23) (UFMG) A parte glandular da hipófise comanda diversas outras glândulas do organismo. Todas as glândulas
citadas são controladas diretamente pela hipófise, EXCETO:
a) ovário. b) pâncreas. c) supra-renal. d) testículo. e) tireóide.
24) (FCMMG) A determinação do Metabolismo Basal de um indivíduo pode ser de grande auxílio no diagnóstico
de alguns distúrbios endócrinos. O metabolismo basal refere-se ao consumo mínimo de energia gasta,
quando o organismo está em repouso e pelo menos há 12 horas depois de uma refeição leve. Sabendo-se
que há hormônios ligados à ativação do metabolismo, o estudo do metabolismo basal seria, então, útil ao
esclarecimento dos distúrbios da glândula
a) Pineal b) Salivar c) Pâncreas d) Supra-renal e) Tireóide
25) (UFMG) A glândula responsável pela produção da substância que desencadeou o conjunto de reações
apresentadas pelo indivíduo ao fugir do cachorro denomina-se:
a) hipófise.
b) pâncreas.
c) paratireóide.
d) supra-renal.
e) tireóide.
26) (UFMG) O tecido ósseo armazena 99% do cálcio do organismo e este não é um depósito estático: há um
intercâmbio constante entre o cálcio circulante e o dos ossos, regulando, assim, a taxa de cálcio do
plasma sangüíneo (calcemia). Dentre os fatores que interferem nesta regulação está a ação do(s)
hormônio(s) que atua(m) incentivando a reabsorção óssea, com maior mobilização do cálcio.
Que alternativa indica esse(s) hormônio(s) e a(s) glândula(s) que o(s) produz(em)?
a) hormônio de crescimento → hipófise. d) calcitonina → tireóide.
b) hormônios sexuais → gônadas. e) paratormônio → paratireóides.
c) oxitocina → hipófise.
27) (PUC-MG) Após assustar-se com um touro bravo solto no quintal da fazenda, Chico Bento ficou branco,
correu como nunca e só parou, ofegante, no alto de uma jabuticabeira. Todos os seguintes fenômenos
fisiológicos devem ter ocorrido com Chico Bento no curso dessa aventura, EXCETO:
a) Aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco.
b) Aumento no consumo de ATP.
c) Alcalinização do sangue.
d) Aumento na produção de CO2.
e) Aumento na captação e no transporte de oxigênio.
28) (UFMG) O esquema abaixo representa o principal mecanismo de regulação de glicose no sangue.
120 Biologia - M3
121 cor preto
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29) (CESGRANRIO) A regulação da glicemia, taxa de glicose no sangue, ocorre principalmente graças à ação
conjunta de dois hormônios, a insulina e o glucagon. Com relação a esse controle hormonal, assinale a
alternativa correta:
a) a elevação da taxa de glicose circulante estimula a hipófise, que libera imediatamente insulina na circulação.
b) o glucagon é considerado um hormônio hiperglicemiante, enquanto a insulina é hipoglicemiante.
c) a insulina é sintetizada no pâncreas, enquanto o glucagon é sintetizado pela tireóide sob estímulo
hipofisário.
d) a insulina promove, após sua liberação, o aumento de glicose circulante, enquanto o glucagon realiza
efeito contrário.
e) o estímulo para a liberação de insulina pelo pâncreas é a queda na taxa de glicose circulante.
30) (UFMG) Esta tabela contém os valores de alguns hormônios, dosados no sangue de uma mulher, e os
intervalos de valores considerados normais, expressos em unidades internacionais.
Pulmão
Coração
Ventrículo A Intestino
Fígado
Órgãos internos
Rim
Membros inferiores
Biologia - M3 121
122 cor preto
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3- Uma molécula de glicose, absorvida no intestino, chega aos rins através da circulação.
CITE, na seqüência correta, todos os órgãos, nomeados no esquema, que essa molécula deverá percorrer
para chegar ao seu destino.
Intestino →
2) (UFMG) Esta figura refere-se a sistemas orgânicos humanos. Nela, alguns órgãos, vasos e outras estruturas
foram indicadas por números. As setas indicam a direção do fluxo de sangue nos vasos.
Ascaris lumbricoides 2
1
Amastigota 6
Adulto, larvas e ovos 3, 4 e 7
Wuchereria bancrofti Adulto
122 Biologia - M3
123 cor preto
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3) (UFMG)
Complete as lacunas.
Biologia - M3 123
124 cor preto
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4) (UFMG) Recente pesquisa realizada pelo “Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas”
constatou que o álcool é a droga mais consumida pelos jovens da cidade de São Paulo. O esquema abaixo
indica alguns dos efeitos dessa droga sobre o organismo humano.
(cegueira noturna)
4 (demência, alterações
5 de personalidade,
depressão e ansiedade)
(degeneração celular,
(inflamação) taquicardia e pressão alta)
3 6
7 (inflamação)
(degeneração e
morte celular) 2
(comprometimento da
movimentação do quimo)
1
3 - “A pele e o estômago de indivíduos com alcoolismo crônico podem apresentar processo inflamatório com
infiltração de leucócitos”.
a) CITE o trajeto percorrido por leucócitos desde sua origem até a formação do processo inflamatório.
4 - A ingestão de mais de uma dose de álcool (aproximadamente, uma lata de cerveja de 340 ml ou uma taça
de vinho de 140 ml) provoca diminuição nos reflexos.
Com base na figura e em seus conhecimentos, CITE:
a) o número do órgão envolvido:
b) o nome da célula responsável por essa função:
c) a principal característica funcional dessa célula:
124 Biologia - M3
125 cor preto
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Questões Abertas
1) 1 - a) 1 ou 2 ou 5 ou 7 3- Reprodutor
b) 6 ou 11 4- Construção de redes de esgoto
c) 10
d) 3 ou 4 ou 8 ou 9 ou 12 3) 1- Anfíbios - Mamíferos - Répteis - Aves - Peixes
2 - a) 1, 2 e 7 2- a) A b) C - D c) A - B - C
b) 3, 4, 8, 9 e 12 3- a) Fecundação interna
3 - a) Formato da cabeça. b) Ovo com casca
b) Formato da pupila. 4- a) Notocorda
c) Afilamento da cauda. b) Tubo nervoso dorsal
4 - Usada como mecanismo de defesa. 5- a) Mamíferos
2) 1- 3 b) Nesse grupo, o percentual de sobrevivência
2- a) Homem. b) Intestino Delgado. dos filhotes é alto e a mortalidade é mais
acentuada após a fase reprodutiva.
Origem da Vida
Questões Objetivas
1) e 2) d 3) c 4) a 5) d 6) c
Questão Aberta
Evolução
Questões Objetivas
Biologia - M3 125
126 cor preto
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Questões Abertas
1) I - Mamíferos
Primatas
II - Gorila. O homem e o gorila tiveram um ancestral comum mais próximo que é o Dryoppithecus.
III - 3 - 1 - 2 - 4
IV - mudança de curvatura para posição mais ereta.
redução do comprimento
aumento do comprimento
aumento do volume
V - desenvolvimento da medicina preventiva.
2) I - Irradiação adaptativa.
II - Mutação
III - Isolamento geográfico e isolamento reprodutivo
Isolamento reprodutivo é a incompatibilidade reprodutiva entre as raças formadas a partir do isolamento
geográfico.
Ecologia
Questões Objetivas
Questões Abertas
1) 1 - a) Mutualismo b) Predatismo
2 - a) Nitrificação b) Desnitrificação
3 - a) Utilização de folhas e talos de leguminosas como adubo orgânico.
b) Essas plantas são ricas em produtos orgânicos nitrogenados.
4 - Crescimento exagerado das populações de algas.
2) 1 - Sociedade
2 - Formigas e cupins
3-
Classificação de acordo Função na
Casta
com a ploidia colméia
Rainha 2N Reprodução
Operária 2N Serviços gerais
Zangão N Reprodução
126 Biologia - M3
127 cor preto
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Fisiologia Humana
Questões Objetivas
Questões Abertas
1) 1 - Trocas gasosas
Fornecimento de nutrientes às células
2 - Ventrículo esquerdo (B)
3 - Fígado ® coração ® pulmão ® coração ® rim
4 - Ver no desenho.
5 - Retenção dos ovos no fígado e outros órgãos provocando
fibrose.
2) 1 -
PARASITAS FASE OU FORMA LOCAL
2 - a) 3 e 7 b) 5 c) 2 d) 8
3 - a) Produção de bile.
b) Produção de fibrinogênio.
4 - a) calciferol b) somatotrófico c) cálcio d) calcitonina
5 - Nervoso Circulatório
Respiratório Linfático
Biologia - M3 127
128 cor
Anotações