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28/10/2010

TOSTES & COIMBRA ADVOGADOS TOSTES & COIMBRA ADVOGADOS

Sumário

• Aula 01 – Introdução à Arbitragem


Arbitragem
Lucila de oliveira carvalho • Aula 02 – A Arbitragem no Brasil

CEAJUFE – Centro de Estudos Jurídicos


• Aula 03 – Tópicos Especiais
Pós-graduação em Direito Processual Civil Aplicado
Módulo IV – Atualidades e Reforma do Processo Civil

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Aula 01 – Visão geral Aula 02 – Aspectos Legais


• História da Arbitragem
• Objeto da Arbitragem
• Arbitragem como Método Alternativo de
Resolução de Conflitos
• Convenção de Arbitragem
• O Árbitro
• Vantagens da Arbitragem
• O Procedimento Arbitral
• Tipos de Arbitragem
• A Sentença Arbitral
• Normas que Regem a Arbitragem
• O Tribunal Arbitral e o Judiciário
• Princípios Gerais da Arbitragem

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Custos Custos (cont.)


1. International Chamber of Commerce - 2. American Arbitration Association - AAA
ICC
Custo Médio do Árbitro Valor demandado (US$*) Custos Administração** (R$) Custo Médio do Árbitro (R$)
Valor demandado (US$*) Custos Administração (R$)
(R$)

1.000.000,00 36.915,50 66.942,60 1.000.000,00 19.579,50 -

10.000.000,00 97.775,50 192.582,80 10.000.000,00 24.282,00 -

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Custos (cont.) Custos (cont.)


3. London Court of International Arbitration - 4. Câmara de Mediação e Arbitragem de
LCIA São Paulo – CIESP

Valor demandado (£*) Custos Administração (R$) Custo do Árbitro (R$) Valor demandado (R$*) Custos Administração (R$) Custo do Árbitro (R$)

643.375,89 78.684,80 (100 horas) 107.200,00 (100 horas) 1.710.000,00 34.200,00 45.000,00 (100 horas)
6.434.006,22 93.049,60 (200 horas) 214.400,00 (200 horas) 17.100.000,00 120.000,00 90.000,00 (200 horas)

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Custos (cont.) Custos (cont.)


5. Câmara de Comércio Brasil Canadá – 6. Câmara de Arbitragem Empresarial –
CCBC CAMARB

Custos Administração
Valor demandado (R$*) Custos Administração (R$) Custo Médio do Árbitro (R$) Valor demandado (R$*) Custo Mín. Árbitro (R$) Custo Máx. Árbitro (R$)
(R$)

1.710.000,00 24.000,00 45.000,00 (100 horas) 1.710.000,00 12.000,00 25.000,00 35.000,00


17.100.000,00 50.000,00 80.000,00 -
17.100.000,00 24.000,00 90.000,00 (200 horas)

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Custos (cont.) Aula 03 – Tópicos Especiais


7. Câmara Mineira de Mediação e Arbitragem
– CAMINAS • Arbitragem e Administração Pública

Valor demandado (R$*) Custos Administração (R$) Custo Árbitro (R$) • Pluralidade de partes na Arbitragem
1.710.000,00 9.000,00 20.000,00
17.100.000,00 145.000,00 158.000,00 • Arbitragem Internacional

• Responsabilidade civil do árbitro

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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
• CF/88: alteração na forma de atuação • Questionamentos:
do Estado na economia
– Arbitrabilidade subjetiva
– Privatizações
– Concessões – Arbitrabilidade objetiva
– Parcerias público-privadas
– Sigilo v. publicidade

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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
• Arbitrabilidade subjetiva: – Princípio da legalidade:

• A permissão geral do art. 1º da Lei n. 9.307/96 “[O] administrador público está, em toda a sua
(“pessoas capazes de contratar”) abrange o atividade funcional, sujeito aos
Estado? mandamentos da lei e às exigências do bem
comum, e deles não se pode afastar ou
desviar, sob pena de praticar ato inválido e
• É preciso lei especial que autorize expressa e
expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e
especificamente a Administração a arbitrar?
criminal, conforme o caso.”
(Hely Lopes Meirelles)
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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
“[A] chamada ‘Lei de Arbitragem’, 9.307/96,
“[A] existência de lei específica dispondo sobre
afirmou em seu primeiro artigo que ‘as pessoas
a eleição da arbitragem em contratos
capazes de contratar’ poderiam valer-se da
administrativos não é necessária, pois a ela se
arbitragem para dirimir litígios referentes a ‘direitos
aplica a Lei n. 9307, de 1996, estatuto arbitral
patrimoniais disponíveis’. A amplitude da
brasileiro que não distingue entre pessoas
expressão ‘pessoas capazes de contratar’
jurídicas, as de direito público ou as de direito
admitiria tacitamente a inclusão de órgãos e
privado”.
entidades da Administração Pública”.
(Selma Ferreira Lemes)
(Carlos Pinto Coelho Motta)
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Pública Pública
• Tribunal de Contas da União: • STF:

“[A] aplicação aqui da cláusula de compromisso


– Caso Minas v. Werneck (Apelação Cível n.
arbitral encontra um óbice intransponível, qual
3021-MG), j. 1917;
seja a ausência de autorização legal. (...) A lei n.
9307/96, que dispõe de modo geral sobre a
arbitragem, não supre a necessária autorização – Caso Lage (Recurso Extraordinário n.
legal específica para que possa ser adotado o 56.851, DOU 24.09.1969)
juízo arbitral nos contratos firmados pela CBEE.”

(TC 005.250 2002-2, j. 14.03.2006, DOU 17/03/2006) 19 20

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Pública Pública
• STJ:
O STJ entendeu “válidos e eficazes os contratos • Arbitrabilidade objetiva:
firmados pelas sociedades de economia mista
exploradoras de atividade econômica de – Atos de gestão v. atos de império
produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços (CF, art. 173, parág. 1º)
que estipulem cláusula compromissória – Interesse primário v. interesse secundário
submetendo à arbitragem eventuais litígios
decorrentes do ajuste”.
(REsp 612.439-RS, j. 25.10.2005, DJU 14.09.2005)
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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
“A indisponibilidade dos interesses sob tutela estatal “Quando o Estado atua fora de sua condição de
não significa a indisponibilidade dos direitos de que a entidade pública e política da comunidade nacional,
Administração Pública é titular. Aliás, se prevalecer o e pratica ato de natureza privada, situado na ordem
entendimento contrário à arbitragem, a privada e franqueado aos particulares (...), o Estado
Administração Pública sequer poderia participar de equipara-se ao particular, pois a relação ajustada
contratos administrativos. Nem se lhe poderia rege-se não pelo direito público, mas sim pelo
reconhecer autonomia para produzir qualquer privado. Não há contrato administrativo, mas há o de
manifestação de disposição sobre bens e direitos. natureza comercial. O Estado poderia ser substituído
Veja-se que uma contratação importa a transferência por um particular no pólo passivo ou ativo da relação
de bens ou direitos da órbita da Administração para a ajustada e nada se alteraria. Daí ser admissível a
esfera de terceiros.” cláusula arbitral, salvo se o Estado fosse incapaz
(Marçal Justen Filho) também de contratar.”
23 24
(José Carlos de Magalhães)

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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
• TCU: • STJ:
“O fundamento da referida determinação pauta-se
pela necessidade de observância, pelo poder “[P]ode-se afirmar que, quando os contratos celebrados
público, da indisponibilidade da relação jurídica pela empresa estatal versem sobre atividade
contratual de natureza pública. Portanto, tornam-se econômica em sentido estrito – isto é, serviços
nulas cláusulas editalícias e contratuais que públicos de natureza industrial ou atividade
estabeleçam procedimentos de arbitragem para econômica de produção ou comercialização de
solução de controvérsias, em contratos e demais bens, suscetíveis de produzir renda e lucro –, os direitos
ajustes públicos, por se tratarem de direitos e as obrigações deles decorrentes serão
patrimoniais indisponíveis, em violação ao disposto na transacionáveis, disponíveis e, portanto, sujeitos à
Lei n. 9.307/96, diploma legal que instituiu a utilização arbitragem.”
da mediação e arbitragem no nosso país.”
(TC 008.402/2005-4, j. 05.07.2006. DOU 10.07.2006) 25
(REsp n. 612.439-RS, j. 25.10.2005, DJU 14.09.2005) 26

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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
• Sigilo v. publicidade “[T]anto os interesses públicos devem ser respeitados
e, portanto, a decisão arbitral receber a divulgação
– Art. 37, caput, CF/88: pertinente quando determinado por lei, mas também
os interesses do concessionário deverão ser
“Art. 37. A administração pública direta e indireta preservados, no sentido de manter a adequada
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, privacidade nas audiências, bem como quanto aos
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá documentos comerciais e estratégicos das empresas
aos princípios de legalidade, impessoalidade, que instruírem o processo arbitral, salvo,
evidentemente, disposição em contrário das partes ou
moralidade, publicidade e eficiência e, também,
determinação legal.”
ao seguinte ...”
(Selma Ferreira Lemes)
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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
• Legislação esparsa: • Legislação esparsa:

•Lei n. 9.478, de 06 de agosto de 1997 Lei n. 10.233, de 05 de junho de 2001,


(política energética nacional): “[O contrato (concessão de transporte aquaviário e
de concessão terá como cláusula essencial] terrestre): “[O contrato de concessão terá
as regras sobre solução de controvérsias, como cláusula essencial] regras sobre
relacionadas com o contrato e sua solução de controvérsias relacionadas com
execução, inclusive a conciliação e a o contrato e sua execução, inclusive
arbitragem internacional” (art. 43, inc. X). conciliação e arbitragem.” (art. 35, inc. XIV)
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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
• Legislação esparsa: • Legislação esparsa:

Lei n. 10.848, de 15 de março de 2004, Lei n. 11.079, de 30 de dezembro de 2004,


(comercialização de energia elétrica): (PPP): art. 11 autoriza que os conflitos
previu a arbitragem como o método de resultantes dos contratos sejam
resolução de disputas entre agentes que solucionados por meio de arbitragem, a ser
sejam membros da Câmara de Comércio realizada no Brasil e em língua portuguesa.
de Energia Elétrica.

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Arbitragem e Administração Arbitragem e Administração


Pública Pública
• Legislação esparsa: •Legislação esparsa:
Lei n. 11.196, de 11 de novembro de 2005: Lei n. 11.909, de 04 de março de 2009 (gás
alterou a Lei de Concessões (n. 8.987, de 13 de natural): previu como cláusula essencial do
fevereiro de 1995), nela inserindo um dispositivo contrato de concessão “as regras sobre
segundo o qual os contratos públicos de solução de controvérsias relacionadas com o
concessão podem dispor sobre a utilização de contrato e sua execução, inclusive a
mecanismos para resolução de disputas conciliação e a arbitragem” (art. 21, inc. XI).
resultantes ou relacionadas com o contrato,
“inclusive arbitragem, a ser realizada no Brasil e
em língua portuguesa, nos termos da Lei n.
9.307, de 23 de setembro de 1996”. 33 34

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Arbitragem e Administração Pluralidade de Partes na


Pública Arbitragem

• Parecer AGU/AG-12/2010: É possível a arbitragem com mais de


Conflitos envolvendo apenas a Administração uma parte?
Pública devem ser submetidos à conciliação e
arbitragem via as Câmaras de Conciliação e
Arbitragem da Advocacia-Geral da União - Terceiros podem atuar na arbitragem?
CCAF, nos termos da Portaria AGU n.
1.281/2007.
Como e em que situações?
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Pluralidade de Partes Pluralidade de Partes na


Arbitragem
• Pluralidade de partes
• Litisconsórcio
– Litisconsórcio – inicial/ulterior

– Intervenção de terceiros – passivo/ativo

– comum/unitário

– facultativo/necessário
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Pluralidade de Partes na Pluralidade de Partes na


Arbitragem Arbitragem
• Litisconsórcio “[S]endo imprescindível a presença na arbitragem de
um terceiro que não firmou o compromisso ou que
– Em regra, só é possível se todos eram parte não celebrou o contrato em que se insere a cláusula
na mesma convenção de arbitragem ou compromissória, já se sabe que o processo arbitral
não pode prosseguir, devendo ser providenciado o
se houver consenso de todas as partes. envolvimento do terceiro, sob pena de o árbitro ter
que extinguir o processo arbitral sem julgar o mérito.
• Princípio da relatividade dos contratos (...) Se o terceiro não for signatário do compromisso
• Princípio da autonomia da vontade (não se arbitral, nada e ninguém poderá obrigá-lo a
pode forçar uma parte a arbitrar com outrem, participar do processo arbitral”
se não houve vontade nesse sentido) (Carlos Alberto Carmona)
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Pluralidade de Partes na Pluralidade de Partes na


Arbitragem Arbitragem
• Intervenção de terceiros • Intervenção de terceiros
– Assistência;
– Em regra, só é possível se todos eram parte
– Amicus curiae; na mesma convenção de arbitragem ou
– Oposição; se houver consenso de todas as partes.
– Chamamento ao processo;
– Nomeação à autoria; • Princípio da relatividade dos contratos
• Princípio da autonomia da vontade (não se
– Denunciação da lide; pode forçar uma parte a arbitrar com outrem,
se não houve vontade nesse sentido)
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Pluralidade de Partes na
Arbitragem Arbitragem Internacional
• Teoria da extensão da cláusula arbitral Qual o critério adotado para qualificar
uma arbitragem como internacional?
– Contratos conexos
• Necessidade de decisão unificada
• Manifestação implícita de vontade O que diferencia uma arbitragem
– Grupo de empresas (ICC n. 4131 “Dow Chemical”) nacional de uma internacional?
• Mesmo grupo econômico (“mesma vontade”);
• Participação do terceiro na formação/execução
do contrato principal;
A lei trata diferentemente uma
arbitragem nacional de uma
43 internacional? 44

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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional


– Receio da parcialidade do Poder Judiciário • Tratamento legal
nacional;
– Formalidades do processo judicial; – Unificado
– Falta de preparo do judiciário para lidar com
questões internacionais;
– Separação entre arbitragens nacionais e
– Envolve diferentes tradições culturais, internacionais
econômicas, sociais, jurídicas, etc.
– Envolve grandes quantias

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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional


• Critérios para definição de “internacional” • Critérios para definição de “internacional”
– Critério objetivo – Critério subjetivo
• Foco no objeto da disputa • Foco nos sujeitos da disputa
• Contrato principal envolve qualquer elemento • Partes têm nacionalidade/domicílio/residência/
internacional (local de cumprimento, origem dos sede em países diversos
bens, moeda de pagamento, etc.) • Adotado pela Suíça
• Conceito de elemento de conexão
• Adotado pela França
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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional


• Critérios para definição de “internacional”
• Critérios para definição de “internacional”
– Critério misto (“Model Law”)
– Critério territorial
• Partes têm sede/domicílio/residência em países
diversos; ou • Local da sede da arbitragem
• Sede da arbitragem é em país diverso da • Adotado pelo Brasil, Espanha e pela Convenção
sede/domicílio/residência das partes; ou de Nova Iorque.
• Objeto da disputa ou a execução do contrato têm
substancial conexão com outro país além daquele
onde as partes têm sede/domicílio/residência; ou
• Acordo das partes. 49 50

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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional


• Normas aplicáveis à arbitragem • Normas aplicáveis à arbitragem
internacional internacional

– Convenção de arbitragem – Regulamento de arbitragem


– Contrato – Lei processual aplicável:
– Lei material aplicável • Lei escolhida na convenção de arbitragem
• Regras de direito internacional privado • Lei do local da sede da arbitragem
• Lei escolhida pelas partes • Lei do local de execução da sentença arbitral
• Convenção de Nova Iorque
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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional


• UNCITRAL – United Nations Commission on • UNCITRAL Model Law on International
International Trade Law Commercial Arbitration

– Criada em 1966 – Criada em 1985 e aditada em 2006


– Modernização e harmonização de leis e – Não é uma “lei-modelo”, mas um “modelo de
regras de comércio internacional lei”
– Harmonizar as leis nacionais de arbitragem
(http://www.uncitral.org) – A Lei n. 9.307/1996 baseou-se na Model Law
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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional


• New York Convention on the Recognition
• UNCITRAL Arbitration Rules and Enforcement of Foreign Arbitral
Awards
– Criadas na déc. 70, revisadas em 2010
– Criada em 1958
– Regulamento de arbitragem
– Convenção Internacional
– Originalmente desenvolvidas para
– Homologação e execução de sentenças
arbitragens “ad hoc”, mas hoje usadas por arbitrais extrangeiras
muitas instituições (e.g. AAA, LCIA)
– Ratificada pelo Brasil em 2002 (Dec. n. 4.311/2002)
– Ratificada por 145 países (até out/2010)
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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional


• New York Convention – Método de solução de controvérsias
preferido de 73% das empresas
– Redigida pela ICC em conjunto com a ONU
(Conselho Econômico e Social - ECOSOC) – Em 2006, 62% das empresas insistiam na
“[T]oday and for the past 30 years, the [NYC] is the inclusão de cláusula arbitral em seus
cornerstone of international commercial arbitration contratos
(...). [I]t is now generally accepted that agreements
– Em 2010, constatou-se que 81% das empresas
to arbitrate and arbitration awards will be enforced
possuem a política interna de adotar, em
by the courts of most countries which are party to
the [NYC].” seus contratos internacionais, a arbitragem
em lugar do Poder Judiciário local
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Arbitragem Internacional
Arbitragem Internacional
– 86% das empresas estão satisfeitas com
arbitragens internacionais

– 76% das sentenças arbitrais são cumpridas


voluntariamente

– Em 81% dos casos é desnecessária a


intervenção do Poder Judiciário

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Arbitragem Internacional Arbitragem Internacional

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Responsabilidade Civil do
Arbitragem Internacional
Árbitro
• Willem C Vis International Commercial • “Error in judicando”
Arbitration Moot “[O] árbitro tem como obrigação fundamental
– Competição anual de arbitragem e proferir o laudo no prazo estipulado pelas partes
comércio internacional (...). Mas não existe a obrigação de produzir um
laudo de ótima qualidade, concludente, lógico. Se
– Incentivar o estudo da arbitragem e do o laudo é editado, ainda que não atinja a
comércio internacional qualidade esperada, terá o árbitro cumprido sua
– Tribunal Arbitral Simulado missão (...). Assim, eventuais errores in judicando
não comportarão responsabilização dos árbitros.
(http://www.cisg.law.pace.edu/vis.html) Terão as partes, em tal caso, escolhido mal os
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julgadores (...).”
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(Carlos Alberto Carmona)

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Responsabilidade Civil do Conclusões


Árbitro • A Administração pode firmar
• “Error in procedendo” convenção de arbitragem, desde que
“Se os árbitros não respondem civilmente pela má em matéria de interesse secundário,
qualidade do laudo (ou mesmo pelo equívoco na em atos de gestão.
decisão, muitas vezes, de ordem altamente
subjetiva), o mesmo não se pode dizer quanto
aos erros que vierem a ser cometidos em matéria • O procedimento arbitral poderá
procedimental e que acarretem a anulação do tornar-se mais rígido quando dele
laudo (...) Insisto, porém, num ponto: a participar a Administração
responsabilidade do árbitro (...) deve ficar sempre
adstrita às hipóteses de dolo ou de culpa grave.”
65 66
(Carlos Alberto Carmona)

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Conclusões Conclusões
• É possível que haja litisconsórcio e • A arbitragem internacional possui
intervenção de terceiros na traços próprios que a diferenciam da
arbitragem, desde que haja consenso arbitragem nacional.
das partes envolvidas.
• No Brasil, a diferença legal entre a
• O consenso pode ser inferido nos arbitragem internacional e a nacional
casos de grupo de empresas e rede é a necessidade de homologação da
de contratos. sentença estrangeira

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Conclusões
• O árbitro pode ser responsabilizado
civilmente em caso de prejuízos
causados às partes por dolo ou culpa TOSTES & COIMBRA ADVOGADOS
grave em erros de procedimento;
www.tc.adv.br

• O árbitro não pode ser


responsabilizado por erros de
julgamento.

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