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HIDRÁULICA

Prof. Ezequiel de Souza Costa Júnior

1 Introdução

1.1 Histórico:
Existem apenas três métodos conhecidos de transmissão de potência na esfera comercial: (1) a
mecânica, (2) a elétrica e (3) a fluídica.
Naturalmente, a transmissão mecânica é a mais velha delas, por conseguinte, a mais conhecida.
Começou com o “ilustre desconhecido” inventor da roda e utiliza hoje de muitos outros artifícios
mais apurados como engrenagens, cames, correias, molas, polias e outros.
A elétrica, que usa geradores, motores elétricos, condutores e uma gama muito grande de outros
componentes, é um desenvolvimento dos tempos modernos. É o melhor meio de se transmitir
energia a grandes distâncias.
A força fluida tem sua origem, por incrível que pareça, a milhares de anos antes de Cristo. O
marco inicial, de que se tem conhecimento, foi o uso da potência fluida em uma roda d’água, que
emprega a energia potencial da água armazenada a uma certa altura, para a geração de energia.
Os romanos por sua vez, tinham um sistema de armazenamento de água e transmissão, através de
canais ou dutos para as casas de banho ou fontes ornamentais.
O uso do fluido sob pressão, como meio de transmissão de potência, já é mais recente, sendo que
o seu desenvolvimento ocorreu, mais precisamente, após a primeira grande guerra.
A grande vantagem da utilização da energia hidráulica consiste na facilidade de controle da
velocidade e inversão, praticamente instantânea, do movimento. Além disso os sistemas são auto
lubrificados e compactos se comparados com as demais formas de transmissão de energia.
As desvantagens dos sistemas é que se comparados com a eletricidade, por exemplo, os sistemas
têm um rendimento baixo, de modo geral em torno de 65%, principalmente devido a perdas de
cargas e vazamentos internos nos componentes. A construção dos elementos necessita de
tecnologia de precisão encarecendo os custos de produção.

2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS

2.1 FLUIDO
Fluido é qualquer substância capaz de deformar-se continuamente e assumir a forma do
recipiente que a contém. Como o presente trabalho trata apenas de circuitos hidráulicos, o fluido
que nos interessa é o óleo hidráulico. O fluido pode ser líquido ou gasoso.

2.2 FORÇA E PRESSÃO

Pode-se definir força, como qualquer causa capaz de realizar trabalho. Por exemplo, se se quer
movimentar um corpo qualquer, deve-se aplicar uma força sobre ele. O mesmo ocorre quando se
quer pará-lo.
Por outro lado, o conceito mais amplo de pressão pode ser entendido como a resistência
oferecida pelo recipiente ao escoamento de um fluido. Disso decorre duas situações, as

1
observações estática e dinâmica. Nas observações estáticas diz-se que “em um fluido confinado
sobre áreas iguais atuam forças iguais”(princípio de Pascal), nas observações dinâmicas a pressão
corresponde à energia necessária para vencer as resistência de escoamento decorrentes do atrito e
choque dentro das tubulações.
A aplicação mais simples do princípio de Pascal consiste em ao aplicar uma força “F” sobre uma
superfície “A”, defini-se como pressão “P” , a razão entre a força “F” e a superfície “A”. Por
exemplo, se se tem uma dada pressão igual a 300000N/m2 (300kPa) distribuída em uma
superfície de 1m2, diz-se que em cada quadrado de
lado igual a 1m da superfície considerada, está
atuando uma força de 300000N (300kN) e pode-se
dizer, ainda, que se tem 300kN de força atuando
sobre o corpo.
No caso da FIG.1, sobre o êmbolo de 1m2 de área
atua a força de 300kN, resultando numa força de
900kN sobre o êmbolo de área de 3m2. Portanto,
com o aumento da área nota-se a multiplicação da
força aplicada pela razão de acréscimo da área,
considerando o equilíbrio, ou seja, sistema ideal
FIGURA 1 Prensa de Joseph Bramah
O resumo matemático do princípio de Pascal é:
F
P= ou F = P.A
A
ou ainda
F
A=
P
onde: P = pressão
F = força
A = área

A FIG. 2 representa um macaco hidráulico fundamental, onde F é a força que o operador faz e G
e a força multiplicada pelo macaco.
Na óleo-hidráulica diz-se que existe pressão em
determinada parte do circuito hidráulico, quando existe
resistência ao fluxo de óleo gerado pela bomba. A bomba
nunca gera pressão, gera somente vazão de óleo. As
resistências encontradas pelo óleo na sua trajetória são as
responsáveis pela geração da pressão.
Como exercício calcule a força “F” do operador do macaco
hidráulico para elevar uma carga “G” de 20kN, considere
as distâncias apresentadas em centímetros e o sistema ideal,
sem atrito.
FIGURA 2 Macaco hidráulico fundamental
Manômetro de BOURDON

2
O tubo de Bourdon consiste de uma escala calibrada em unidades de pressão e de um ponteiro
ligado, através de um mecanismo, a um
tubo oval, em forma de “C”. Esse tubo é
ligado à pressão a ser avaliada.

Observando a FIG. 3 Nota-se que com o


aumento da pressão no sistema, o tubo de
Bourdon tende a endireitar-se devido às
diferenças nas áreas entre os diâmetros
interno e externo do tubo. Esta ação de
endireitamento provoca o movimento do
ponteiro, proporcional ao movimento do
tubo, que registra o valor da pressão no
mostrador. Esses instrumentos são de
boa precisão com valores de erro
variando entre 0,1 e 3% da escala total.
FIGURA 3 Manômetro de Bourdon
A pressão é, normalmente, expressa por kgf/cm2, PSI (pounds square inches - libras por
polegadas quadradas), bars ou atmosferas. Porém de acordo com o sistema internacional de
medidas, a pressão deve ser expressa em N/m2 que corresponde a Pa. (Pascal) e seu múltiplos. O
QUAD. 1 apresenta valores de conversão das unidades de pressão mais usuais.

QUADRO 1
FATORES DE CONVERSÃO DE UNIDADES DE PRESSÃO
1 atm 1,0333kgf/cm2 1kgf/cm2 0,9677atm
1atm 1,0134bar 1kgf/cm2 0,9807bar
2
1 atm 2
14,697psi(lbf/pol ) 1kgf/cm 14,223 psi(lbf/pol2)
2
1atm 760mmHg 1kgf/cm 736mmHg
1bar 0,9867atm 1psi 0,0680atm
1bar 1,0196kgf/cm2 1psi 0,0703kgf/cm2
1bar 14,503 1psi 0,0689bar
psi(lbf/pol2)
1bar 759mmHg 1psi 51,719mmHg
1MPa 10,2kgf/cm2 1MPa 10bar
1Mpa 145,04 1MPa 7501,2mmHg
psi(lbf/pol2)

2.3 VAZÃO VOLUMÉTRICA

A vazão de um fluido pode ser determinada de duas formas distintas. Como ela é dada por 1/min
(litros por minuto) ou g.p.m. (galões por minuto) ou no sistema internacional em m 3/seg., etc.,
pode-se determiná-la pela razão do volume escoado do fluido por unidade de tempo ou ainda
pelo produto da velocidade do fluido versos a área da secção transversal na qual o mesmo está
escoando.

V
Q= Q = v .A
t
3
Onde:
Q = vazão
A = área
v = velocidade
V= volume
t = tempo
Para efeito de dimensionamento de tubulações considera-se como velocidades econômicas de
escoamento de fluxo os seguintes valores: sucção de 0,5m/s a 1,5m/s, para pressão até 10MPa
2m/s a 12m/s, e para pressão de 10,0MPa a 31,5Mpa. 3m/s a 12m/s e para retorno de 2m/s a
4m/s.(REXROTH, 1985)

2.4 POTÊNCIA HIDRÁULICA E POTÊNCIA DE ACIONAMENTO


A potência de um circuito hidráulico normalmente é concebida a partir do atuador para o motor
de acionamento e para cálculos rápidos considera-se o rendimento total do sistema em torno de
65%. Daí a potência hidráulica pode ser definida a partir da seguinte expressão:

ph = F × V
Onde;
Ph = Potência hidráulica (Watt)
F = Força desenvolvida considerando uma segurança de ± 10% na carga (Newton)
V = Velocidade de movimentação da carga (m/s)

Considerando as grandezas envolvidas num circuito


hidráulico a expressão para cálculo da potência
hidráulica é:

Ph = P × Q

Onde:
Ph= Potência hidráulica (Watt)
P = pressão de trabalho do circuito (N/m 2 =
Pa)
Q = Vazão volumétrica (m3/s)

A potência de acionamento do motor considerando o


rendimento do circuito pode ser calculado a partir da
seguinte expressão:

FIGURA 4 Elevação de carga


Ph
Pac =
η
Onde o denominador da relação é o rendimento total do circuito

4
2.5 UNIDADE DE POTÊNCIA HIDRÁULICA

O QUAD. 2 apresenta os componentes básicos de uma unidade de potência hidráulica


representada na FIG. 5.

QUADRO 2
COMPONENTES DE UMA UNIDADE DE POTÊNCIA HIDRÁULICA
1. Motor elétrico 2. Entrada de energia elétrica
3. Capacitor 4. Chave liga/desliga
5. Saída de pressão 6. Válvula de segurança
7. Manômetro 8. Retorno para o tanque
9. Visor de nível 10. Conexão para o tanque
11. Reservatório 12. Dreno
13. Flange de acoplamento 14. Bomba de deslocamento positivo
15. Tubulação de sucção 16. Filtro de retorno

FIGURA 5 Unidade de potência hidráulica

2.6 TRANSMISSÃO DE ENERGIA HIDRÁULICA

A óleo-hidráulica pode ser definida como um meio de transmitir energia, através de um líquido
confinado sob pressão. O componente de entrada de um circuito hidráulico denomina-se bomba,
e o de saída, atuador.

5
A maior parte das bombas incorporam vários elementos de bombeamento tais como pistãos,
palhetas, parafusos ou engrenagens,. Os atuadores, podem ser do tipo linear (cilindro), ou
rotativo, no caso de motores hidráulicos.
O circuito hidráulico não é uma fonte de energia. A fonte de energia é o acionador, tal como, o
motor que gira a bomba. O leitor poderia perguntar então, porque não esquecer a hidráulica e
ligar a parte mecânica diretamente ao acionador principal? A resposta está na versatilidade de um
circuito hidráulico, o qual oferece algumas vantagens sobre outros meios de transmissão de
energia.

3 COMPONENTES HIDRÁULICOS

3.1 BOMBAS
A bomba é provavelmente o componente mais importante e menos compreendido no circuito
hidráulico. Sua função é a de converter a energia mecânica em energia hidráulica, empurrando o
fluido hidráulico no circuito. As bombas são feitas em vários tamanhos e formas, mecânicas e
manuais com diversos mecanismos de bombeamento e para diversas aplicações. Todas as
bombas, entretanto, são classificadas em uma de duas categorias básicas: Turbobombas (bombas
centrífugas ou deslocamento dinâmico) ou bombas volumétricas (deslocamento positivo).

3.1.1 TIPOS DE BOMBAS PARA APLICAÇÃO ÓLEO HIDRÁULICA

3.1.1.1 Tipos de bombas de deslocamento positivo de vazão constante

a- manuais
b- engrenagens
c- parafusos
d- palhetas

r a d ia is
e- pistões
a x ia is

3.1.1.2 Tipos de bombas de deslocamento positivo de vazão variável

a- manuais
b- palhetas

6
 ra d ia is
c- pistões
a x ia is

3.2 VÁLVULAS

3.2.1 VÁLVULAS LIMITADORAS DE PRESSÃO, DE ALÍVIO OU DE SEGURANÇA

FIGURA 6 Válvula limitadora de pressão

A pressão máxima do circuito hidráulico pode se controlada com o uso de uma válvula
limitadora de pressão normalmente fechada. (FIG. 6) Com a via primária da válvula conectada à
pressão do sistema, e a via secundária conectada ao tanque, o carretel no corpo da válvula é
acionado por um nível predeterminado de pressão, e neste ponto as vias primária e secundária são
conectadas, e o fluxo é desviado para o tanque.
QUADRO 3
COMPONENTES DA VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO

7
1. Cone de vedação 2. Sede da válvula
3. Mola 4. Botão de ajuste
5. Encaixe do parafuso 6. Porca de trava

3.2.2 VÁLVULAS DE RETENÇÃO

FIGURA 7 Válvula de retenção

As válvulas de retenção (FIG.7) são aparentemente pequenas quando comparadas aos outros
componentes hidráulicos, mas elas são componentes que servem à funções importantes e muito
variadas.
Uma válvula de retenção consiste basicamente de corpo da válvula , vias de entrada e saída e de
um assento móvel que é preso por uma mola de pressão

QUADRO 4
COMPONENTES DA VÁLVULA RETENÇÃO
1. Corpo da válvula 2. Esfera de vedação
3. Mola A- Engate macho
B- Engate rápido (femea)

3.2.3 VÁLVULAS DE CONTROLE DE FLUXO


A função da válvula controladora de fluxo (FIG. 8) é a de reduzir a vazão em uma linha do
circuito. Ela desempenha a sua função por ser uma restrição maior que a normal do sistema. Para
vencer a restrição é necessário uma pressão maior provocando o desvio do fluxo para outra parte
do circuito, ou promovendo a abertura da válvula limitadora de pressão deslocando o fluxo para

8
o reservatório. São utilizadas quando se deseja controlar a velocidade em determinados
atuadores.

FIGURA 8 Válvula controladora de fluxo

QUADRO 5
COMPONENTES DA VÁLVULA CONTROLADORA DE FLUXO
1. Corpo da válvula 2. Botão de ajuste
3. Válvula estranguladora 4. Sede da válvula
5. Esfera de vedação 6. Mola
A- União macho B- Engate rápido(femea)

3.2.4 VÁLVULAS DIRECIONAIS

3.2.4.1 Considerações Iniciais


Em sua grande maioria, os circuitos hidráulicos necessitam de meios para se controlar a direção e
o sentido do fluxo de fluido. Através desse controle, pode-se obter movimentos desejados dos

9
atuadores (cilindros, motores e osciladores hidráulicos, etc.), de tal forma que, seja possível se
efetuar o trabalho exigido.
O processo mais utilizado para se controlar a direção e sentido do fluxo de fluido em um circuito,
é a utilização de válvulas de controle direcional, comumente denominadas apenas de válvulas
direcionais. Esses tipos de válvulas podem ser de múltiplas vias que, com o movimento rápido de
um só elemento, controla a direção ou sentido de um ou mais fluxos diversos de fluido que vão
ter à válvula.

3.2.4.2 IDENTIFICAÇÃO DE UMA VÁLVULA DE CONTROLE DIRECIONAL


Para identificação da simbologia das válvulas direcionais (ISO – ABNT)deve-se considerar:
- Número de posições
- Número de vias
- Posição normal
- Tipo de Acionamento
Os quadrados (FIG. 9) unidos representam o número de posições ou manobras distintas que uma
válvula pode assumir. Deve-se saber que uma válvula direcional possui no mínimo dois
quadrados, ou seja realiza pelo menos duas manobras.
O número de vias corresponde ao número de conexões úteis que uma válvula pode possuir,
podem ser vias de passagem ou vias de bloqueio ou a combinação de ambas.
A posição normal de uma válvula de controle direcional é a posição em que se encontram os
elementos internos quando a mesma não foi acionada, geralmente é mantida por força de uma
mola.

FIGURA 9 Simbologia de válvulas direcionais


As numerações de vias e comandos são indicadas por números ou letras:

- vias para utilização (saídas): A - B - C - D ou 2 - 4 - 6 - 8

- linhas de alimentação (entrada): P ou 1

- Tanque, escapes (exaustão): R - S - T ou 3 - 5 - 7

10
- linha de comando (pilotagem): Z - Y - X ou 12 - 14 - 16

3.2.4.3 TIPOS DE VÁLVULAS DIRECIONAIS

FIGURA 10 Válvula direcional principal 4/2vias acionada por alavanca e retorno por mola
QUADRO 6
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/2 VIAS
1. Carretel 2. Mola
3. Mola 4. Sede
5. Alavanca P – Via de pressão
A – Via de utilização B – Via de utilização
T – Via de retorno

QUADRO 7
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/3 VIAS, CENTRO ABERTO
1. Carretel 2. Sede
3. Mola 4. Mola
5. Alavanca 6. Mecanismo de encosto
P – Via de pressão A – Via de utilização

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B – Via de Utilização T – Via de retorno

FIGURA 11 Válvula de controle direcional 4/3 vias, centro aberto, alavanca e centrada por
mola

12
FIGURA 12 Válvula de controle direcional 4/3 vias, centro fechado, acionada por alavanca
e centrada por mola

QUADRO 8
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/3 VIAS, CENTRO FECHADO
1. Carretel 2. Sede
3. Mola 4. Mola
5. Alavanca 6. Mecanismo de encosto
P – Via de pressão A – Via de utilização
B – Via de Utilização T – Via de retorno

13
3.3 ATUADORES HIDRÁULICOS

3.3.1 Atuadores lineares

FIGURA 13 Atuador linear ou cilindro hidráulico


Por se tratar de um atuador, a função básica de um cilindro hidráulico é transformar força,
potência ou energia hidráulica em força, potência ou energia mecânica.
O cilindro hidráulico é composto de diversas partes. A FIG. 13 define bem os diferentes
elementos que, unidos, compõe esse equipamento.
QUADRO 9
COMPONENTES DO ATUADOR LINEAR
1. Êmbolo 2. Vedação do êmbolo
3. Haste 4. Guia da haste
5. Vedação da haste 6. Anel raspador
7. Flange dianteiro 8. Conexão
9. Cilindro 10. Câmara da haste
11. Câmara do êmbolo 12. Conexão

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3.3.2 ATUADORES ROTATIVOS
A energia hidráulica fornecida para um motor hidráulico é convertida em mecânica sob a forma
de torque e rotação.

FIGURA 14 Atuador rotativo ou motor hidráulico

QUADRO 10
COMPONENTES DO ATUADOR ROTATIVO
1. Sede com dutos de ligação 2. Engrenagem interna fixa
3. Engrenagem externa 4. União universal
5. Eixo de saída
Construtivamente, o motor assemelha-se a uma bomba, excetuando-se, evidentemente, a
aplicação que é inversa uma da outra. Existem casos, inclusive, em que o equipamento pode
trabalhar ora como bomba, ora como motor hidráulico.

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4 EXERCÍCIOS PRÁTICOS

4.1 Montagem e análise do circuito hidráulico fundamental

1 a Experiência: Circuito hidráulico fundamental

FIGURA 1 – Esquema de montagem


1. Componentes exigidos:
I. Unidade de energia hidráulica
II. Válvula de alívio ou de segurança
III. Válvula de controle direcional de 3 posições, 4 vias, centro aberto,
acionada pôr alavanca e centrada pôr mola.
IV. Atuador linear de dupla ação com dispositivo de carga.
V. Três manômetros.

2. Procedimento de execução;
2.1. Selecionar os componentes, localizados abaixo das bancadas e mangueiras necessárias à
prática.
2.2. Instalar o circuito, conforme FIG. 1.
2.3. Solicitar a conferência da montagem pôr parte do professor antes do acionamento da
unidade de energia hidráulica.
2.4. Ajuste da válvula de alívio
2.4.1. Certifique que a unidade de energia hidráulica esteja desligada
2.4.2. Desconecte a mangueira da válvula direcional principal na conecção P
2.4.3. Ligue a unidade de energia hidráulica
2.4.4. Regule a válvula de alívio para 2,76Mpa (400 psi), levantando e girando o
dispositivo de ajuste da mesma, até que se atinja a leitura da pressão desejada no
manômetro 1.

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2.4.5. Desligue a unidade de energia hidráulica.
2.4.6. Reconecte a mangueira da válvula direcional principal na conecção P.
2.5. Com a bomba ligada, mude a posição da válvula direcional principal para que haja a
expansão do atuador linear. Durante a expansão do atuador regule o dispositivo de carga
de modo que o manômetro 1 registre a pressão de 1,74MPa (250 psi). Registre no quadro
as leituras dos manômetros 2 e 3, durante a expansão do atuador.
2.6. Quando o atuador estiver totalmente expandido e a válvula direcional principal segura
(atuada); registre no quadro as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3.
2.7. Mude a posição da válvula de controle direcional para retrair o atuador e durante a
retração registre as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3.
2.8. Quando o atuador estiver retraído e a válvula direcional principal segura(atuada); registre
no quadro as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3.
2.9. Responda o questionário em grupo e chame o professor para uma avaliação oral sobre os
fatos ocorridos durante a experiência.
2.10. Desfaça o circuito, limpe o óleo da bancada e dos componentes, bem como, recoloque-os
nos devidos lugares.

QUADRO 1
LEITURAS OBTIDAS NOS MANÔMETROS
PRESSÃO MPa (PSI)
Man 01 Man 02 Man 03
Pistão em expansão
Pistão expandido
Pistão em retração
Pistão retraído

QUESTIONÁRIO

1 Esboce o circuito utilizando símbolos padronizados e indique com setas de cores diferentes o
caminho do fluido para cada posição da válvula direcional principal.

2 Há diferença nas leituras de pressão entre os manômetros 2 e 3, durante o movimento de


avanço ou de retração? Porque?

3 Durante a retração do pistão a pressão evidenciada pelo manômetro 2 é maior que a exigida
para a expansão. Porque?

4 Explique as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3, quando o acionamento da válvula


direcional principal for mantido seguro, com o pistão completamente expandido e
completamente retraído

4.2 Montagem e analise do circuito de avaliação da perda de carga

2 a Experiência: Estudo da perda de carga

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CIRCUITO 1 CIRCUITO 2
FIGURA 1 – Esquema de montagem

3. Componentes exigidos:
VI. Unidade de energia hidráulica

VII. Válvula de alívio ou de segurança

VIII. Dois manômetros

IX. Três dispositivos de ligação.

4. Procedimento de execução;
4.1. Selecionar os componentes, localizados abaixo das bancadas e as mangueiras
necessárias.

4.2. Instalar o circuito 1, conforme FIG. 1.

4.3. Solicitar a conferência da montagem pôr parte do professor antes do acionamento da


unidade de energia hidráulica.

4.4. Ajuste da válvula de alívio para 2,07MPa (300 PSI).

4.5. Registre as leituras de pressão do manômetro 2 e, para cada posição (A); (B) e (C), do
manômetro 3.

4.6. Efetue as modificações na montagem conforme circuito 2 da FIG. 1.

4.7. Registre as leituras de pressão do manômetro 2 e, para cada posição (A); (B) e (C), do
manômetro 3.

4.8. Após a argüição do professor, desfaça a montagem, limpe o óleo derramado e recoloque
os componentes nos respectivos lugares.

QUADRO 1
LEITURAS OBTIDAS NOS MANÔMETROS
CIRCUITO 1 CIRCUITO 2

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PRESSÃO MPa (PSI) PRESSÃO MPa (PSI)
Manômetro 3 Manômetro 3
Man 2 Man 2
A B C A B C

QUESTIONÁRIO

1 Esboce o circuito 1 utilizando símbolos padronizados.

2 O que causou a variação de pressão observada no circuito 1?

3 Explique a variação de pressão observada no manômetro 2 e 3 do circuito 1.

4 Cite quatro métodos que poderiam ser utilizados para reduzir a queda de pressão observada
no circuito 1?

5 Pronuncie a lei básica que representa as leituras de pressão observadas no circuito 2.

CIRCUITO 1a CIRCUITO 1b

4.3 Montagem e analise do circuito de força e pressão induzida

3 a Experiência: Pressão e Força

CIRCUITO 2
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FIGURA 1 – Esquema de montagem

1. Componentes exigidos:
I. Unidade de energia hidráulica
II. Válvula de alívio ou de segurança
III. Válvula de controle direcional de 3 posições, 4 vias, centro aberto,
acionada pôr alavanca e centrada pôr mola.
IV. Atuador linear de dupla ação com dispositivo de carga (Ø do êmbolo
28,58mm e Ø da haste = 15,88mm).
V. Três manômetros.

2. Procedimento de execução;
2.1. Selecionar os componentes, localizados abaixo das bancadas e as mangueiras
necessárias.
2.2. Instalar o circuito 1a, conforme FIG. 1.
2.3. Solicitar a conferência da montagem pôr parte do professor antes do acionamento da
unidade de energia hidráulica.
2.4. Ajuste da válvula de alívio 1,38MPa (200 PSI)
2.5. Registre as leituras de pressão do manômetro 3 para os ajustes da válvula de alívio
respectivamente para 1,38MPa (200 PSI), 1,74MPa (250 PSI), 2,07MPa (300 PSI),

20
2,41MPa (350 PSI), 2,76MPa (400 PSI). (Antes de iniciar as leituras certifique-se que o
atuador linear esteja retraído)
2.6. Instale o circuito 1b, conforme FIG. 1.
2.7. Registre as leituras de pressão do manômetro 3 para os ajustes da válvula de alívio
respectivamente para 1,38MPa (200 PSI), 1,74MPa (250 PSI), 2,07MPa (300 PSI),
2,41MPa (350 PSI), 2,76MPa (400 PSI). (Antes de iniciar as leituras certifique-se que o
atuador linear esteja estendido)
2.8. Instale o circuito 2, conforme FIG. 1, e ajuste a válvula de alívio piloto para 2,07MPa
(300 PSI).
2.9. Afrouxe o dispositivo de carga localizado na haste do atuador linear.
2.10. Estenda o atuador linear e anote as pressões dos manômetros 2 e 3.
2.11. Retraia o atuador linear e anote as pressões dos manômetros 2 e 3.
2.12. Aumente gradativamente a carga do dispositivo de carga e registre as leituras dos
manômetros 2 e 3 quando o atuador expandir mas não retrair mais.

QUADRO 1
LEITURAS OBTIDAS NOS MANÔMETROS
PRESSÃO MPa (PSI)
PRESSÃO MPa (PSI)
CIRCUITO 1a CIRCUITO 1b
MAN. 2 MAN. 3 MAN. 2 MAN. 3 DESCRIÇÃO MAN. 2 MAN. 3
(200) (200) Atuador expandido
(250) (250) sem carga
(300) (300) Atuador retraído
(350) (350) sem carga
(400) (400)

Pressão do manômetro 3 durante a última expansão =


Pressão do manômetro 2 quando o cilindro não puder retrair mais =

QUESTIONÁRIO

1 Esboce o circuito 2 utilizando símbolos padronizados.

2 Pôr que a pressão registrada no manômetro 3 é mais alta do que a pressão registrada no
manômetro 2 do circuito 1a ?

3 No circuito 1b a pressão registrada no manômetro 3 é mais baixa que a pressão registrada no


manômetro 2, Pôr que?

4 Com base no conceito de força [ F = P x A ], determine a expressão que explica as leituras de


pressão obtidas nos circuitos 1a e 1 b.

5 Explique porque no último movimento no circuito 2 o atuador avança e não retrai mais?

6 Plote num gráfico P2 X P3 as leituras obtidas nos manômetros 2 e 3 dos circuitos 1a. e 1b,
respectivamente, e explique o que representa o coeficiente angular das curvas obtidas.

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5 BIBLIOGRAFIA
PARKER HANNIFIN CO., Tecnologia hidráulica industria, Centro Didático de Automação
Parker Hannifin – Divisão Schrader Bellows
REXROTH, Treinamento hidráulico – curso thr, Rexroth Hidráulica Ltda, 1985
PALMIERI, A.C., Manual de hidráulica básica, Albarus,
DRAPINSK, J., Hidráulica e pneumática industrial e móvel, São Paulo, SP, MacGraw Hill do
Brasil, 1977, 287p.

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