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Fonte http://www.sdoftalmologia.com.br/cirurgia_retina.

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DESCOLAMENTO DA RETINA
Anatomia:
A retina é uma fina camada de tecido nervoso que forra o olho por dentro. Se você comparar seu olho a uma
câmara fotográfica a retina seria o filme e nela se formam as imagens que são enviadas ao cérebro. Na retina a luz
é transformada em estímulo elétrico para ser enviada ao cérebro. A mácula é a região central da retina, onde se
concentra a visão de detalhes e cores. Muitas coisas podem perturbar essa delicada arquitetura.

Mecanismo e Causas:
Furos e rasgões da retina são o que causam o seu descolamento. Cerca de 8% das pessoas têm pequenos furos
ou defeitos na retina, apenas uma em cada quinze mil pessoas vai ter descolamento da retina. Olhos com mais de
4 graus de miopia tendem a ser mais longos, a retina tem de se esticar para forrá-los. Pode tornar-se fina demais
na sua periferia e rasgar-se, por isso o descolamento da retina é mais comum em míopes.

Pessoas que já descolaram a retina de um olho têm maiores chances de ter descolamento da retina no seu outro
olho. Essas características são passadas geneticamente. Filhos e irmãos de quem teve descolamento da retina
devem ser examinados.

Algumas doenças como a diabete e as inflamações oculares, e em especial os traumatismos (boladas, socos, etc..)
também são causas de descolamento da retina.

Um processo natural do amadurecimento costuma preceder o descolamento da retina: O descolamento posterior


do vítreo. A retina é elevada e descolada pelo líquido que preenche o olho. Nas crianças a parte posterior do olho é
preenchida por uma gelatina firme (humor vítreo) que ocupa toda a cavidade ocular. Com o passar dos anos ocorre
liquefação dessa gelatina, chamamos esse fenômeno natural de descolamento posterior do vítreo.
Têm mais chance de ter descolamento da retina:
- Míopes com mais de 6 graus
- Parentes próximos de quem teve descolamento da retina
- Quem já teve descolamento em um dos olhos
* Pessoas com maior risco de ter descolamento precisam ser examinadas pelo menos duas vezes por ano

Sintomas:
Os sintomas do descolamento do vítreo são pontos flutuantes no seu campo visual (moscas volantes), esta é uma
queixa muito comum e em geral não tem gravidade, mesmo assim a pessoa deve ser cuidadosamente examinada.

A diminuição da visão e manchas que vão crescendo e borrando s imagens, são os sintomas mais comuns do
descolamento da retina. Procure auxílio de um oftalmologista imediatamente. Quando feita em menos de uma
semana a cirurgia cura mais de 90% dos casos!

Cirurgia:

- Laser:
Nos casos muito iniciais podemos realizar apenas o bloqueio periférico pelo Laser. O Laser funciona como uma
solda orgânica. Ele provoca queimaduras na retina e nos tecido adjacentes que quando cicatrizam se aderem uns
aos outros.

- Pneumo-retinopexia:
Os descolamentos em fase inicial podem ser tratados injetando-se uma bolha de gás que expulsa o líquido sub-
retiniano e reaplica a retina. O tratamento é complementado com aplicações de Laser ou tratamento com o crio
cautério.
- Retinopexia (Cirurgia Convencional)
A técnica mais comum de operar o descolamento da retina é chamada de retinopexia com introflexão escleral.
Fixamos ao redor do olho, sob os músculos, uma estrutura de apoio (chamada cientificamente de órtese), feita de
silicone sólido (se assemelha a um pneu) para calçar a retina e criamos uma forte adesão usando o crio cautério.

- Vitrectomia
As cirurgias de vitrectomia estão reservadas para os casos mais difíceis.
Fazemos três pequenas incisões no olho para trabalhar dentro do olho com micro-instrumentos.

Quando realizamos a vitrectomia podemos precisar da ajuda de um líquido pesado para expulsar o líquido sub-
retiniano, o perfluoroctano.
Às vezes é necessário preencher o olho com óleo de silicone ou gazes de longa permanência (SF6 ou C3F8) para
manter a retina colada.

O gás intra-ocular - e também o óleo de silicone - tendem a flutuar dentro do olho. Usamos essa característica física
dos elementos para empurrar a retina para o seu lugar. Após a cirurgia o médico indicará qual a melhor posição de
cabeça para obtermos o maior contato das bolhas de gás, ou óleo, com os defeitos da retina.

Os gazes são absorvidos naturalmente. O óleo de silicone poderá exigir a sua remoção cirúrgica.

Prognóstico
Com as modernas técnicas de cirurgia conseguimos reaplicar a retina em quase 90% dos casos.
Às vezes são necessárias várias cirurgias. Os primeiros 40 dias são cruciais. Siga rigorosamente a orientação do
seu médico. O repouso e manutenção das posições de cabeça indicada fazem parte do tratamento. Mesmo com o
pronto tratamento e retorno da retina a sua posição, costuma haver perda, ao menos parcial, da visão do olho
afetado. O pronto atendimento favorece a melhor recuperação.

Anestesia
Anestesia é local. o paciente é levemente sedado, para que fique tranqüilo e colabore durante o procedimento.

Complicações:
Mesmo com todos os cuidados e preparativos, tanto antes como durante a cirurgia, são possíveis ocorrências
inesperadas. Elas podem ser imediatas ou tardias, que serão manipuladas pelo cirurgião e sua equipe com a
melhor diligência, mas não podem ser ignoradas, e as citamos a seguir:

• Hematomas – podem ser: retro-ocular (atrás do olho) das pálpebras ou da conjuntiva (mucosa que recobre o
olho). Embora não costumem ter gravidade podem comprometer a aparência do olho nos primeiros dias.

• Hemorragia sub-retiniana – Caso ocorram sob a região central da retina (sub-maculares) podem limitar a visão
enquanto são absorvidas.

• Deslocamento (luxação) da lente intra-ocular (em pacientes previamente operdados de catarata)– a LIO precisará
ser re-posicionada no centro cirúrgico

• Edema da retina (edema macular cistóide) – podem ocorrer no pós operatório imediato ou até 30 dias apos a
cirurgia. Será necessários exames para o seu diagnóstico e tratamento com colírios e comprimidos.

• Edema da córnea (ceratopatia bolhosa) – a córnea depende de uma camada de células chamada endotélio para
sua transparência. Durante a cirurgia usamos visco-elásticos de alta qualidade para proteção da córnea. Mesmo
com os devidos cuidados algumas córneas poderão perder de maneira definitiva a sua transparência, exigindo o
uso crônico de colírios e em último caso o transplante de córnea.

• Descolamento da coróide – a coróide é um tecido vascular que dá sustentação a retina, em quadros inflamatórios
oculares ele pode encher-se de plasma. O tratamento é com colírios e comprimidos. Poderá exigir drenagem
cirúrgica em raras ocasiões.

• Hemorragia supra-coroideana (hemorragia expulsiva) – é muito rara, é mais freqüente em pacientes que associam
hipertensão arterial, hipertensão ocular, idade avançadas e alterações do ritmo cardíaco. É ainda mais rara na faco-
emulsificação, quando comparada com outras técnicas.
• Infecção (endoftalmite) – é rara, mas temível. Exigirá o uso de antibióticos na forma de colírios e comprimidos.
Algumas vezes será necessário uso de medicação injetável. Alguns pacientes exigirão nova cirurgia para remoção
do material infectado.

As ocorrências listadas acima, mesmo resolvidas com sucesso, podem causar algum grau de restrição visual e até
mesmo a perda da visão.

Tire suas dúvida sobre o procedimento antes da realização da cirurgia. Qualquer dúvida no pós operatório deve ser
levada ao seu médico.

Fonte: http://www.cbv.med.br/home/txt_leigos.asp?cod=12

Descolamento de Retina
A retina é uma membrana delicada que reveste a parte posterior do olho, sendo responsável pela captação e envio de
imagens ao cérebro. É mantida em seu local por um mecanismo próprio de adesão, auxiliado pelo corpo vítreo. Em
alguns casos, a contração do vítreo, que é característica do processo de envelhecimento, pode tracionar a retina. Essa
tração pode causar uma ruptura retiniana e seu conseqüente descolamento. Nesta fase o paciente pode notar “moscas
volantes” ou fl ashes luminosos. Além do envelhecimento, a alta miopia, os fatores genéticos, o trauma ocular, as
cirurgias intra-oculares e a prematuridade, são algumas das condições que predispõem ao descolamento de retina.
Quando o descolamento de retina já está presente, o paciente observa uma “sombra” no campo de visão.

O tratamento do Descolamento de Retina

Existem diversos métodos cirúrgicos para o tratamento do descolamento de retina, mas, independentemente da
técnica, o objetivo principal é obter um fechamento das rupturas retinianas, levando à reconstrução da área atingida.
Uma cicatriz é produzida intencionalmente para facilitar a aderência entre as partes lesionadas.

A cirurgia

O tratamento cirúrgico se inicia com


um completo exame oftalmológico
que se segue por uma seqüência de
procedimentos pós-operatórios. A
internação se dá, normalmente, no
dia da operação e exceto em casos
especiais, o paciente não deve se
alimentar e nem tomar água no
mesmo dia. Geralmente, a cirurgia é
feita com anestesia local e no fi m do
processo, o paciente retorna ao seu
quarto com um curativo sobre o olho
operado.

Procedimentos e cuidados pós-


cirúrgicos

O paciente geralmente recebe alta


no mesmo dia ou no dia seguinte.
Dores moderadas são habituais e a
visão no olho operado retorna
lentamente, dias ou semanas após a
cirurgia.
Caso seja necessário o uso de gás ou
óleo de silicone intra-ocular, o paciente apresentará comprometimento da visão, durante o período em que os mesmos
permanecerem dentro do olho. Quando o gás é utilizado, viagens aéreas não são recomendadas por um período de dez
a vinte dias. O uso da medicação prescrita deve ser mantido de acordo com as indicações médicas. Recomendações
referentes a posições, atividades físicas e consultas de retorno também podem ser dadas pelo profissional.

FONTE: http://www.iobh.com.br/pg.php?cntID=76

DESCOLAMENTO DE RETINA/DEGENERAÇÕES PERIFÉRICAS DE RETINA

Ampliar Fonte

O descolamento de retina é doença complexa e ocorre quando ela se afasta de sua posição normal, separando - se do local ao qual normalmente se encontra aderida. Ela fica elevada,
sofrendo grandes alterações estruturais e a parte descolada passa a não enxergar. O descolamento geralmente se inicia na periferia da retina e vai aumentando progressivamente até chegar
à mácula, quando ocorre uma piora significativa da visão.

As degenerações periféricas de retina associadas ao trauma atuam como os principais fatores de risco para a ocorrência do descolamento de retina. Essas degenerações são áreas muito
finas, propícias, portanto, à ocorrência de rasgões (buracos) na retina. É muito grande a associação entre degenerações periféricas, descolamento de retina e miopia. Aproximadamente 40 -
55% de todos os pacientes com descolamento de retina são míopes. Outro fator importante é a história de trauma (pancadas) nos olhos e na face, e é responsável por cerca de 10 - 20% dos
casos de descolamento. Por isso, ao diagnosticar a presença de degenerações com risco de provocar descolamento de retina, o retinólogo indica a realização preventiva de fotocoagulação a
laser.

O tratamento do descolamento de retina requer a realização de cirurgia. Existem várias técnicas e a escolha vai depender das características e extensão do descolamento e da experiência do
cirurgião.
Descolamento de retina parcial (com roturas evidentes)
e descolamento de retina total

Exames

Confira os exames que o IOBH realiza para o diagnóstico e tratamento do Descolamento de Retina

• Acuidade visual

• Acuidade Visual a Laser

• Mapeamento de Retina

• Tomografia de Coerência Óptica (OCT)

• Campimetria Manual

• Ultra-Sonografia

Procedimentos

• Fotocoagulação a Laser

• Retinopexia

• Vitrectomia

Retinopexia

A retinopexia é um tipo de cirurgia realizada em pacientes portadores de descolamento de retina. Feita a drenagem do líquido coletado entre a retina descolada e a retina aplicada, coloca - se
um implante de silicone (calço) justaposto ao olho, sobre a esclera, o que proporcionará a aproximação entre as partes da retina. É uma cirurgia muito segura com ótimos resultados.(Foto 1)

Desenhos esquemáticos dos tipos de implantes (calços)


usados na Retinopexia e como é realizada a sua colocação no olho

Vitrectomia

As cirurgias de retina são passaram por grande desenvolvimento nos últimos anos. Houve uma extraordinária evolução tecnológica que possibilitou uma melhora importante nos resultados e
possibilidade de tratamento de doenças para as quais, até recentemente, não dispúnhamos de recursos.
A vitrectomia é uma cirurgia refinada e requer aparelhagem especial para possibilitar a colocação de instrumentos muito sofisticados e delicados dentro do olho, dentre esses
microinstrumentos estão a fibra óptica, o vitreófago, pinças, tesouras, fibras de laser e espátulas. Vem sendo utilizada no tratamento de várias doenças, entre elas o descolamento de retina
simples e complicado, membranas epiretinianas, buraco macular e a hemorragia do vítreo. (Foto 2)

Vitrectomia para remoção de hemorragia vítrea.


Sistema de iluminação (fibra óptica) e Corte (Vitreófago) durante a cirurgia

Técnicas de realização de laser durante a cirurgia de vitrectomia

Técnicas de remoção de membranas tracionais na retina

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