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CESI

La science des matériaux


Séance 1
C. Mathieu
christian.mathieu@univ-artois.fr
Université d’Artois

1
Plan

Introduction
Rappels structure de la matière
défauts dans les matériaux et propriétés
Diagramme binaire solide liquide

I -Les différentes classes de matériaux


- les matériaux métalliques
- les matériaux semi-conducteurs
- les céramiques
- les polymères
- les matériaux composites
II - Critères de choix d ’un matériaux et caractérisation
III - Quelques exemples de matériaux récents « high-tech »
- boîtes de bière et aube de turbine…
- un alliage étonnant : l’INVAR
- la métallurgie des poudres
- les supraconducteurs
- les nanomatériaux
- les polymères conducteurs
- les vitres « intelligentes » 2
La science des matériaux ?
- nouvelle discipline dans l ’enseignement…
- la plus ancienne science de l ’humanité...
-2.400.000 : silex
-5.000 : poterie
En pleine évolution... -3000 : bronze
-1500 : fer….
- nouveaux alliages
- céramiques haute technologie
- matériaux composites
- nouveaux textiles Évolution dans les performances
et dans les utilisations
- nouveaux bétons...
- carton (lait, jus de fruits..)
Verre : - plastique (PVC) (huile, eau..)
- métal (bière, soda..)

Verre électrochrome
Bibliographie :
M.F. Ashby, D.R.H. Jones - Matériaux
tome 1 - propriétés et applications
tome 2 - microstructure et mise en œuvre
Dunod - 1991
3
Perception de la science des matériaux…

souvent celle du XIXème siècle…

science clef
du XXIème siècle !

4
environ la moitié des matériaux utilisés aujourd’hui n’existait pas il y a 20 ans
La science des matériaux fait appel à de nombreuses sciences ou techniques…

chimie
corrosion
Physique
thermodynamique
du solide
Mécanique quantique
magnétisme
cristallographie Simulation numérique
Science des et modélisation
matériaux Ab-initio
dynamique moléculaire
Monte Carlo
Statistique Eléments finis…

Fiabilité...

mécanique Techniques
d ’analyse
Mécanique
de la rupture Microscopie électronique
microanalyse
Plasticité, élasticité.. SIMS
Dynamique des analyse de surface etc...
dislocations

Une bonne connaissance des matériaux et de leurs caractéristiques peut avoir une importance capitale
5
28 Janvier 1986 - 11h38 – lancement de Challenger
73 secondes après la mise à feu…
Explosion de la navette

L’origine :
défaillance d’un joint
polymère d’étanchéité
d’un des boosters à
poudre

La cause :
durant la nuit la température est descendue jusqu’à
-13°C au niveau des boosters.
Au moment du lancement, elle n’était encore que de
-2°C au niveau des joints… et donc inférieure à la
température de transition du polymère…
d’où une perte de sa résilience et de sa souplesse…

Malgré l’avis des techniciens de Morton Thiokol,


fabriquant des joints, d’attendre que la température
soit supérieure à +12°C, la NASA ordonne le départ !

bilan pour un simple joint de quelques $ : 7 morts, des millions de $ et un arrêt de 3 ans…
6
Les semi-conducteurs
Les matériaux Si, Ge, AsGa, InP...
métalliques
Les céramiques
Aciers
- céramiques
alliages d ’Al, de Ti, de Ni
- verres
de Zn, de Zr etc….
- poteries
- ciments et bétons
- roches...
Les différentes
classes bio-matériaux
de matériaux

Les matériaux
composites Les polymères
- naturels
céramique-polymère
- artificiels
céramique-métal
Nanomatériaux ? - synthétiques
céramique-céramique
thermoplastiques
est-ce vraiment fullerènes thermodurcissables
une classe ? nanotubes élastomères
nanostructures…
7
Petite histoire des matériaux...

h o m o s a p i e n s - s a p i e n s
h o m o h a b i l i s
( c r o - m a g n o n )
h o m o e r e c nt u e s a n d e r t a l i e n s
p i e r r e p o t e r i e
p i e r r e p o l i e a g e d u f e r
b i f a c e é c l a t s o u t i l l a g é e l e v a g eD a n u b e
E u r o p e A n g l e t e r r e
f e u c u l t u r e c e n t r a l e
l a n g a g e p a l é o
l i t h i q u en é o l i t h i q u e ( - 3 0 0 )
( - 7 0 0 G) a u l e
s u p é r i e u r ( - 5 0 0 )
p a l é o l i t h i q u e i n fp é a r li ée ou lr i t h i q u e
m o y e n m é s o l i t h i q u e

l 'a g e d e s m E éu t r a o u p x e
- 8 0 . 0 0 0 - 3 5 . 0 0 0 - 8 . 0 0 0 - 4 . 0 0 -0 1 . 8 0 0

- 1 . 0 0 0 . 0 0 0 - 1 0 0 . 0 0 0 - 1 0 . 0 0 0 - 1 . 0 0 0 0

b r o n z e ( C u / S n )
( U r , - 3 . 5 0 0 ) M o y e n O

A u , C ub i j o u x ( A u ) - 8 0 0 - 5 0 0
( I r a k ) ( E g y p t e ) I n d eC h i n e
- 1 . 7 0 0 , - 1 . 5 0 0
F e r
( H i t t i t e s )

8
H i s t o i r e d e s m a t é r i a u x
2 0 1 0
- 1 0 0 0 -0 5 0 0 0 0 1 0 0 10 5 0 01 8 0 0 1 9 0 0 1 9 4 0 1 9 6 01 9 8 10 9 9 20 0 0 0 2 0 2 0
O r C u i v r e
b r o n z e m é t a u x a m o r p h e s
f e r f o n t e a l l i a g e s A l - L i
m é t a u x
a u s t é n o - f e r r i t i q u e s
b o i s a c i e r
n o u v e a u x s u p e r a l l i
p e a u x a c i e r a l l i é
f i b r e s p o l y m è r e s
é l a s t o m è r e s a l l i a g e s l é g e r s

s u p e r a l l i a g e s
c o l l e s

c o m p o s i t e s c a o u t c h o u c
a l l i a g e s d e T i , Z r . . .
t o r c h i sp a p i e r p o l y m è r e s
h a u t e
t e m p é r a t u r e
p i e r r e
s i l e x h a u t e
r é s i s t a cn oc em
p o s i t e s
p o t e r i e c é r a m i q u e s
b a k e l i t e p o l y e s t e r s
v e r r e
c i m e n t n y l o n c o m p o s i t e
m a t r i c e
P E e p o x y m é t a lli q u e
r é
c é r a m i q u e sf r a c t a i r e s P M Ma cA r y l i q u e s
k e v l a r
v e r r e s
c i m e n t P C P SP P
p o r t l a n d c é r a m i q u e s
p y r o h a u t e t e c h n o l o g i e
c e r m e c té s r a m i q su ie a s l o n , P S Z . . .

- 1 0 0 0 -0 5 0 0 0 0 1 0 0 10 5 0 01 8 0 0 1 9 0 0 1 9 4 0 1 9 6 01 9 8 10 9 9 20 0 0 0 2 0 2 0
2 0 1 0
M i c h a e l F 9. A s h b
M R S B u l l e t i n - J u
Matériaux et éléments chimiques : origine et teneur

C o m p o s i t i o n d e l a c r o û

g r a i n e c e n t r a l e ( s o l i d e )
n o y a u ( F e - 5 à 7 % N i )
e n v e l o p p e e x t e r n e ( l i q u i d e )

m a n t e a u ( s i l i c o - a l u m i n a t e s ) 2 9 0 0 k m

c r o û t e ( 5 0 k m K) 2 , 4 6 %
M g 2 , 2 4 %

1 0 0 20 0 0 30 0 0 40 0 0 50 0 0 06 0 0 0 k m N a 2 , 4 6 %
C a 3 , 4 7 %
F e 4 , 5 %

A l 7 , 8 5 % O 4 7 , 3 4 %

m é t é o r i t e s : c o m p o s i t i
- c h o n d r i t e s ( m a n t e a u ) s i l i c a t e s S a i v 2 e 7c , 73 4 à % 7 % F e l a c r o û t e t
- s i d é r i t e s ( 5 % ) 9 2 % F e - 7 % N i ( n o y a u ) ( e n m a s s e
- l i t h o s i d é r i t e s ( 2 % ) 5 0 % F e - N i - 5 0 % s i l i c a t e s 10
Échelles de temps et d’espace en physique

11
Rappel sur la structure de la matière à l’état condensé

12
échelle
macroscopique
(>mm)
exemple des matériaux métalliques

noyau
électrons
(26)

Fer : structure polycristalline

100 µm
monocristal de Fer
échelle (maille cubique centré)
atome de fer
mésoscopique
(10 – 100µm) échelle 10 Å (1 nm)
microscopique 1 Å (0,1 nm)
échelle nanoscopique
(0,1 – 10 µm) 13
ou atomique (<10nm)
0 vide

<10 eV } 3d électrons
de valence
4s
structure
53,9 eV M-N
électronique } 3p
54,0 eV

énergie
92,9 eV 3s

atome
707,5 eV
720,8 eV } 2p L
électrons
1 Å (10-10 m) 846,3 eV 2s
de coeur
noyau 1s K
7113 eV

1 µm (micro) : 10-6 m 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6


1 nm (nano) :10-9 m
1 pm (pico) : 10-12 m structure électronique du Fe
1 fm (femto) : 10-15 m
1 F (Fermi)=1 fm
1 am (atto) : 10-18 m
noyau Fe :
- 56 nucléons (A)
- 26 protons (Z)
- 30 neutrons
10 fm (10-15 m)

14
15
16
17
18
Electronégativité

19
En résumé

20
Structure électronique et liaison chimique

Atome isolé

0 v i d e

< 1 0 e V }3 d matériau
4 s (ensemble lié d’atomes)
5 3 , 9 e V
M - N
5 4 , 0 e V } 3 p
liaison chimique
é n e r g ie

9 2 , 9 e V 3 s

7 0 7 , 5 e V
7 2 0 , 8 e V }2 p L

8 4 6 , 3 e V 2 s
liaisons fortes
7 1 1 3 e V 1 s K
liaisons faibles
Structure électronique d’un atome isolé métallique
électrostatique
(atome de fer, 26 électrons)
ionique
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 hydrogène

structure quantifiée : distribution par orbitales covalente Van der Waals


électroniques selon le principe d ’exclusion
de Pauli (2 électrons au maximum par orbitale)
21
22
Liaison covalente

23
Liaison ionique

24
Liaison métallique

25
Liaisons faibles

26
27
Dans les matériaux cristallins, les orbitales liées aux électrons de valence se subdivisent
et forment des bandes de niveaux (bande de valence et bandes de conduction)

1) Dans un métal, la bande de conduction est en partie remplie, ce qui permet aux électrons de
se déplacer facilement sur des niveaux libres inoccupés

2) Dans un isolant, la bande de valence et pleine, la bande de conduction vide


mais ces 2 bandes sont séparées par une large bande interdite (5 à 10 eV)

3) Dans un semi-conducteur, la structure de bande est celle d’un isolant,


mais la largeur de la bande interdite est beaucoup plus étroite (0,5 à 2 eV)

La présence d’impuretés facilitent le transfert des électrons de la bande de


valence vers la bande de conduction

é n e r g i e s
é l e c t r o n i q u e s

0
Φ
E F

E g E E F
F
E F

s e m i - c o n d s u e c m t e i -u c r o n d u c t e u r
c o n d u c t e u r i s o l a n t
i n t r i n s è q u de o p é , t y p e n
28
Architecture atomique

Ordre à courte distance

29
Architecture atomique

Ensemble d’atomes: ordre et désordre


L ’architecture atomique, c’est la disposition 
des atomes dans l’espace et les relations 
géométriques qui en découlent.

En ce sens, les gaz représentent le


désordre complet puisque la
position d’un atome par rapport à
un autre est tout à fait arbitraire. En
mouvement continuel.

À l’opposé, les solides cristallins


démontrent un ordre parfait
puisque la position d’un atome par
rapport à un autre est bien définie.
Les gaz
* Les atomes ne sont pas en contact et occupent tout 
l’espace disponible (compressible)
* Expansible (occupe tout le volume proposé)
* PV = nRT
* Les atomes sont toujours en mouvement (aucun ordre)
Liquide ou solide
*amorphe
Atomes sont en contact (incompressible)
* Ordre à courte distance 
* Arrangement irrégulier   
(au hasard) dans l’espace
* Conséquence ⇒ isotropie
- les propriétés des corps isotropes sont les mêmes
quelque soit la direction selon laquelle on les mesure.
* Liquide
* Les groupe d’atomes sont toujours en mouvement
* Viscosité du liquide dépend, entre autre, de la taille et 
de la forme des groupe d’atomes 
Solide cristallin

* Symétrie
* Ordre à longue distance
* Arrangement régulier 
dans l’espace
* Conséquence ⇒ anisotropie
* Etat cristallin
* Quand on refroidit un liquide, le mouvement des atomes 
est suffisant pour que chacun se positionne dans le 
système cristallin.  En devenant cristallin, la plupart des 
liquides diminue de volume (compacité optimale) 
Exception : la glace
* Toutefois, si on refroidit rapidement (trempe), on « fige » 
les atomes en place...
L’état amorphe
* Les matériaux amorphes présentent des propriétés 
différentes des matériaux cristallins.
* Ils peuvent être plus réactifs :
- structure instable (figée à des conditions de 
température + élevée)
- structure plus « ouverte » laissant passer les 
éléments étrangers
Etat cristallin

Notions de cristallographie
Systèmes et réseaux cristallins

* Maille primitive
nœuds supplémentaires

7 systèmes cristallins au centre des bases (BC)

+ au centre des faces (FC)

au centre de la maille (C)

= 14 réseaux de Bravais
Réseaux de Bravais
Métaux : cas étudiés

cubique à faces centrées (c.f.c.)

cubique centré (c.c.)

hexagonal compact (h.c.)
Repérage des directions et des plans

* Indexation des directions
- [u v w] : entiers sans
dénominateur
commun
- vecteur r=ua+vb+wc

* Nœud (x; y ;z)

Représenter dans le système cubique les


rangées [100]; [110] et [111] et les plans
(100); (110) et (111)
* Indexation des plans
- Indices de Miller (h,k,l)
inverses des intersections du plan
avec les trois axes du cristal, en
fonction des longueurs a, b et c.
- détermination des indices :
1- déterminer les points
d’intersection (l’origine des 3
axes ne doit pas être dans le
plan)
2- prendre les inverses
3- réduire les 3 fractions au plus
petit commun dénominateur
4- prendre les numérateurs

- famille de plans : (hkl)


Densité des nœuds et compacité

* Densité de noeuds
(a) exemple de calcul sur une rangée : maille c.f.c.
direction [100]
 1
2 ⋅ 
 2
= 1a
a
d= a
z

z
[100] [100] y

a x
* Densité de noeuds
(b) exemple de calcul sur une surface : maille c.f.c.
plan (100)

 1 
 4 ⋅ + 1
 4 
d= 2 =2
a a2 z a

z a

(100)
y x
(100)
* Compacité
- volume des atomes p/r au volume de la maille
- exemple : Cu (c.f.c.)

Calculer la compacité dans le cas du cuivre

a
45
Solide ionique

46
Solution solide

47
Site interstitiel

48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
Les propriétés
chimiques
des matériaux

Propriétés des matériaux


A - Miscibilité totale
B - Miscibilité partielle
C - Diagrammes complexes
Définitions
* Les matériaux utilisés sont rarement des corps purs
- ex.: alliages, acier, etc.
* Composant  - corps chimiquement pur (Tf définie)
- ex.: élément simple (Fe, Cu, Al, C, etc.) composés de
proportions fixes (NaCl. Al2O3, etc.)

* Phase - régions homogènes d’un corps caractérisée par


une structure et un arrangement atomique identique
- ex.: H2O à 0°C; H2O + huile

* Constituant - phases mélangées mais non confondues


- ex.: l’eutectique

70
* Diagramme d’équilibre - sert à représenter les domaines de
stabilité des phases en fonction de plusieurs variables :
>>> la température
>>> la composition (% massique)
>>> la pression obtenue par des changements lents

Diagramme de phase typique pour un seul composant

Permet de représenter les domaines de stabilité des phases et les conditions


d’équilibre entre plusieurs phases 71
Pour ce qui est des phases liquides et solides, la pression n’a que
peu d’influence et peut être négligée, ce qui permet d’étudier
sous un diagramme 2D l’effet de la température et de la
composition.

Diagramme d’un système binaire
72
A. Miscibilité totale
Système binaire
Miscibilité = formation d’un mélange parfaitement homogène. Donc
une miscibilité totale à l’état solide signifie que, lorsque le système est
solidifié, il ne reste qu’une seule phase en présence.
À une température donnée, la composition des phases en équilibre est
donnée par les intersections de l’isotherme avec le liquidus et le
solidus. Donc à θ i, pour un alliage ayant une composition C0, la
phase solide a une composition CS tandis que la phase liquide a une
composition CL

L’intervalle de 
solidification est donné 
par
θ L - θ S  73
* Solidification d’un corps pur - elle s’effectue à température
constante
ex.: Cu → 1083°C Ni → 1453°C

Température
L
L+S
S

Temps

* Solidification d’un mélange - elle s’effectue sur un


intervalle de température
ex.: Mélange 50% Cu 50% Ni → entre 1320°C et 1230°C
Température
L
L+S
S
74
Temps
Suivant la loi de la conservation de la masse et la règle des bras
de levier (valide pour les domaines biphasés des diagrammes
binaires), il est possible de calculer les proportions relatives de
chacune des phases.
- analogie avec une balance
ftot  = fL + fS = 1
Température

L + S
? Liquide

lS lL
T
Solide
fS fL   (proportion
de liquide)
CS C0 CL Composition

75
Pour garder l’équilibre,

∑ F = 0 → fL + fS = 1

∑ M = 0 → fL lL =  fS lS

ou, lS = CO - CS 
lL = CL - CO 
Nous obtenons donc par substitution:
C L −CO
Fraction solide fS =
C L −CS
CO −CS
Fraction liquide fL =
C L −CS
76
Exemple - alliage 40% Cu - 60% Ni à 1300°C

CS CO CL

CL − CO 53 − 40
fS = = = 0,72
CL − CS 53 − 35
f L = 1 − f S = 0,28
77
Donc, en résumé, le diagramme d’équilibre donne une 
représentation graphique du domaine de stabilité des phases.
Dans un domaine biphasé, il donne...
(a) les phases en présence (L, S)
(b) la composition de chacune des phases en équilibre à une
température donnée
(c) la proportion des phases en présence dans le cas d’un alliage de
composition C0

78
Règle générale, pour que deux composants soient
entièrement miscibles à l’état solide, quatre conditions
doivent être remplies:
(a) différences de diamètres atomiques inférieures à 15%
(b) mêmes structures cristallines
(c) valences égales
(d) électronégativités semblables

79
B. Miscibilité partielle
Si les règles de miscibilité ne sont pas entièrement satisfaites, on aura
une miscibilité partielle ou encore la formation de composés
intermédiaires. Transformations eutectiques
Diagramme plomb - étain
- à l’état liquide → miscibilité complète
- à l’état solide, solubilité maximale à 183°C
→ Sn dans Pb : 18% Sn → Pb dans Sn : 2,5% Pb

80
Point eutectique (E)
à ce point, trois phases sont en équilibre à 183°C; degré de liberté
nul → 1 phase liquide (62% Sn)
→ 2 phases solides : α (18% Sn) β (97,5% Sn)

Point eutectique

81
Solidification d’alliages de différentes compositions (a) composition
eutectique C = CE = 62% Sn

à 183°C
L ↔α+β
α  : noir
β  : blanc

CE = 62% Sn
constituant eutectique : solide biphasé,
agrégat des phasesα  et β  
de composition moyenne CE
Eutectique (CE = 62 % Sn) Hypoeutectique (18 % Sn < C < 62 % Sn)
Hypereutectique (62 % Sn < C < 97,5)
82
(b) composition hors eutectique
si C < CE : hypoeutectique
si C > CE : hypereutectique
ex.: alliage hypoeutectique 30% Sn

microstructure
225°C

L
α 1

184°C

α
α
20°C

α Ε  : noir
C = 30% Sn β Ε  : blanc
α 1 83
(b) composition hors eutectique (suite)

Résumé et microstructure

84
(c) composition d’un alliage monophasé
ex.: Sn < 18%
microstructure
300°C
entre 130°C et 400°C, miscibilité complète  L

α
200°C
limite de solubilité de Sn dans Pb

20°C

C = 10% Sn β

à la température ambiante :solide biphasé,
phaseα  (phase principale)
phase β  précipitée
85
Exemple: alliage Ag-Cu

86
87
C. Diagrammes complexes
Phases intermédiaires
Diagramme plomb – bismuth
- phase intermédiaire β - point péritectique : transformation
d’une phase solide et d’une phase liquide en une nouvelle phase
solide unique (L+α →β )

Point  péritectique

Point eutectique

88
Diagramme cuivre - magnésium
- phases intermédiaires β et γ
- 3 diagrammes distincts, chacun présentant
une transformation eutectique

89
Diagramme fer-carbone

Aciers et fontes Phases  
%C < 2% → aciers δ : ferrite (c.c.) 
%C > 2% → fontes γ : austénite
(c.f.c.) α : ferrite
(c.c.) Fe3C :
cémentite

eutectique

eutectoïde

90
Ferrite (phase α ) - solution solide de C (max 0,02%)
dans le fer de structure cubique centrée 

Austénite (phase γ ) - solution solide de C (max


2,1%) dans le fer de structure cubique à faces centrée

Cémentite  - carbure de fer Fe3C (max 6,68% C)


Perlite  - mélange «eutectoïde» de lamelles de ferrite et
de cémentite créé par la décomposition de l’austénite
(0,8% C)

Transformations allotropiques δ →γ → α
Transformations eutectiques L →γ + Fe3C
Transformations péritectique L + δ →γ
Transformations eutectoïde γ → α + Fe3C 91
Propriétés mécaniques des matériaux

• Contrainte
• Déformation
• Loi de hooke

92
Endommagement et rupture des matériaux

Définition des type de contraintes appliquées :

t r a c t i o n - c o m p r e s s i o n

c i s a i l l e m e n t

f l e x i o n p l a n e

sollicitations f l e x i o n r o t a t i v e
simples

t o r s i o n autres caractéristiques :
- ténacité (résistance au déchirement)
- résilience (résistance au choc)

93
Loi de Hooke déplacement de
c o n t a i n t e Domaine plastique :
dislocations dans
σ ε = σ /E
déformation irréversible
le réseau cristallin

module d’élasticité
E (module de Young)
d é b u t d e l a s t r i c t i o n

r u p t u r e
r é s i s t a n c e à
l i m i t e d 'é l a s t i c i t é l a t r a c t i o n
c o n v e n t i o n n e l l e m R
0 ,2 R
l i m i t e
d 'é l a s t i c i t é
0 R

d é f o r m a t i o n
d e 0 , 2 %
d é f o r m a t i o n
Domaine élastique :
ε
déformation réversible
d é f o r m a t i o n p l a s t i q u e a p r è s r u p t u r

définition des principales


caractéristiques mécaniques
déplacement réduit des atomes
autour de leur site cristallographique

94
m o d u l e r é s i s t a n c e à
Echelles des valeurs d e Y o u GPa
n g l a r u p t uMPa
r e
(module de Young
résistance à la rupture)
pour divers matériaux 1 0 0 0d i a m a n t 4
1 0
A l 2 O 3
F efi on no tx e
1 0 0
A Au l 3 i n o x
1 0 f o n t e
b é t o n
b o i s ( / / ) b é t o n
1 0
A lA uF e
1 0 0 n y l o n
n y l o n
1 b o i s ( )

1 0
0 , 1
c a o u t c h o u c
c a o u t c h o u c b o i s

1 0
-2 1
p o l y m è r e s
P V C

1 -03 0 , 1
p o l y m è r e s
e x p a n s é s
d i a m Sa in C t
1 0 -4 0 A l 2 O 3
P V C
95
Origine de la déformation plastique et du durcissement

La déformation plastique est due à la création et au déplacement de défauts cristallographiques :


les dislocations…

dislocation « vis »

dislocation « coin »

Sous l’action d’une contrainte, le cristal se déforme ; tant que la


contrainte reste en dessous d’un certain niveau, cette déformation
reste réversible (déformation élastique), les liaisons atomiques
restant intactes…
Au delà d’une certaine valeur (limite élastique), des liaisons se rompent
localement et une dislocation apparaît.
Le défaut se propage ensuite dans le cristal jusqu’à l’émergence, laissant
une déformation permanente (déformation plastique).

96
Il est en effet plus simple de créer une petite déformation et de la propager
que de déplacer l’ensemble des atomes simultanément..
(Cf déplacement de la chenille ou d’un tapis)…

Tout obstacle qui s’oppose au déplacement de la dislocation


entraîne une augmentation de la limite élastique, il y a
« durcissement »…
Ce durcissement pouvant conduire à la rupture s’il devient trop
important

97
Pour un matériau donné, la limite élastique dépend de la facilité avec laquelle les dislocations
peuvent se déplacer ou au contraire être bloquées…
des atomes en substitution ou en insertion, des précipités, des inclusions, d’autres dislocations…
sont autant d’obstacles au déplacement d’une dislocation

limite
élastique
10000
(MPa)

acier (C<0,5%) durci (martensite)

acier (C<0,5%)

1000

fer pur polycristallin et écroui

acier doux (C<0,02%) à grains fins

acier doux (C<0,02%)


100

10 fer pur monocristallin (aucun défaut)


98
sollicitations simples

quelques types de ruptures simples dans les métaux

rupture par clivage


(rupture selon certains plans cristallographiques)
métaux, minéraux

rupture fragile
(rupture au niveau des joints de grains)

rupture ductile
(rupture au niveau d’inclusions)

c a v i t é s

i n c l u s i o n s
c u p u l e s

99
sollicitations complexes
concerne tous les types de matériaux…
fatigue

Sollicitations répétées sous contrainte faible


(inférieure à la contrainte de rupture)
- Amorçage local possible d’une fissure
( surintensité de contrainte)
- propagation de la fissure à chaque application de la contrainte
- consolidation du matériau à chaque arrêt
propagation - reprise de la propagation avec décalage (« stries »)
rupture lente - rupture rapide dès que la surface restant ne permet plus de
résister…
amorce

100
exemple de rupture de fatigue

fuselage d’un Boeing 737 (1988)

des ruptures similaires eurent lieu sur les


premiers jet (Comet), les fissures de fatigue
ayant pris naissance au niveau des hublots

rupture d’une roue d’engrenage


lors d’un essai de survitesse
(fatigue en flexion rotative)

101
spectre de rayons X
rupture d’une aube de turbine en acier moulé

la fissure a pris naissance au niveau d’une inclusion d’oxyde (silico-aluminate) appartenant au moule
ayant servi à la fabrication de l’aube.

cette particule a fragilisé la pièce, une fissure est apparue, s’est propagée puis lorsque la section de
l’aube est devenue insuffisante pour supporter la contrainte la rupture s’est produite… 102
fluage

- contrainte faible et constante


- température élevée (>500°C) rupture par fluage
- durée importante (ans)

corrosion sous contrainte

- une contrainte appliquée ou interne simultanément


- un milieu corrosif particulier fissuration

contraintes
fissures

éprouvette en « selle de cheval »


(tube en alliage de Ni) pour l’étude tube de générateur de vapeur
de la corrosion sous contrainte fissuré en service par CSC dans
- contraintes internes résiduelles sa partie coudée (contrainte)
- milieu : eau 103
Cas des aciers ferritiques (aciers courants) : la fragilisation par le froid…
résilience
(résistance aux chocs)
Après une utilisation prolongée
à haute température, la température
de transition augmente plus ou moins.

Un retour à la température ambiante


sous tension peut provoquer une
rupture brutale !

De même, un séjour dans des conditions


de froid intense peut provoquer une
rupture.

exemple : un Liberty-Ship dans le port


de Mourmansk en 1943

température

domaine fragile
domaine ductile
Un maintien prolongé à haute température
température peut provoquer pour certaines nuances
de transition d’aciers ferritiques une augmentation
ductile-fragile progressive de la température de transition
104
- variation de la résilience, de la température de transition ductile-fragile

essais de résilience (essais Charpy)

105
rupture d’une barge aux USA
durant un hiver violent
rupture d’un câble de soutien du pont de Sully-sur-Loire
durant l’hiver 85, ayant entraîné la chute du pont

106

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