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Cenas XI e XII

A acção decorre:
na noite de Sexta-Feira, dia 04/08/1599;

na parte baixa do palácio de D. João onde se situa esperança a Capela da Senhora da


Piedade da Igreja de São Paulo dos Domínicos d’Almada, desprovida de elementos
decorativos que simboliza o abandono dos bens deste mundo, mas onde está uma
cruz que identifica a presença da morte e a esperança.

Pontos chave:

Depois de Manuel de Sousa e D. Madalena se professarem, Maria entra em cena


desvairada, e morre de vergonha por ser filha do pecado.
D. João de Portugal numa tentativa de remediar a situação e proporcionar paz a
Madalena, ordena Telmo que os salve, mas Maria ouve-o e é aí que ela morre.

Manuel de Sousa Coutinho: Apesar de ser racionalista, os sentimentos dominam


a razão quando este se preocupa com a doença da filha.

Madalena de Vilhena: Os seus pressentimentos de desventura e tragédia no amor


que não a deixavam ser feliz concretizaram-se com aparecimento de D. João.

Características Românticas das cenas XI e XII


Morte de Maria;

A religiosidade;

A confirmação das crenças de Maria.

Frases Importantes:
“… nunca to disse, mas sabia-o”

“Essa é a filha do crime e do pecado”


“Misericórdia, meu Deus!”

“… salva-os, salva-os, que ainda podes…”

“…que morro de vergonha…”

“Deus aflige neste mundo àqueles que ama. A coroa da glória não se dá senão no
céu.”

Questões do Manual
As cenas XI e XII formam um conjunto – o desfecho do conflito – que se soluciona
de forma irreversível com a morte de Maria e a tomada de hábito de Manuel de Sousa
e Madalena.

2.1. Poderemos afirmar que Maria se transforma aqui na personagem principal?


Porquê?

R: Maria é a representação do pecado, filha do casamento ilegítimo de D.


Madalena com D. Manuel, logo “filha do crime e do pecado”, que toma destaque no
desenlace da peça pois a fatalidade atinge-a, morre de vergonha apesar de ser uma
vitima inocente.

3. O discurso de Maria é um discurso violento no tom, nos gestos e nas ideias.

3.1. Contra quem e contra quê dirige a sua revolta?

R: A revolta de Maria, justificada pela entrada dos seus pais em ordens religiosas
e que a leva a proferir um discurso violento no tom, nos gestos e nas ideias dirige-se a
aos presentes na cena e indirectamente a Deus, e a sua revolta é contra a entrada dos
pais em ordens religiosas e pelo facto de ser filha do pecado.

3.2. Embora já as “conhecesse”, o leitor/espectador ouve, agora, de boca da


própria Maria, as razões que lhe tiravam o sono.
3.2.1. Identifica-as.

R: As razões que tiravam o sono a Maria eram as profecias que esta tinha que
indicavam o que aconteceu no desfecho da peça: o aparecimento de D. João de
Portugal que a tornava filha ilegítima, do pecado, e o facto de D. Madalena e D.
Manuel professarem.

3.3 Evidencia, nesta longa fala de Maria, os recurso expressivos que dão conta
do “estado de completa alienação” da personagem.

R: “Mate-me, mate-me se quer…”

“Pai dá cá um pano da tua mortalha…”

“Essa é a filha do crime e do pecado”

“Mente agora para salvar a honra da tua filha…”

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