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Proponente
Érica de Moraes Santos Wong, Paloma Madanêlo
Rede Desenvolvimento, Ensino e Sociedade (Redes) de Carvalho e Raquel Ribeiro de Azevedo
Consultoria estatística
Ana Bittencourt, Flávia Mattar e Jamile Chequer
Ismênia Blavatsky de Magalhães, Marco Antonio de produção
Souza Aguiar e Mauricio Teixeira l. Vasconcellos Geni Macedo
Assessoria estatística
fotos
Leonardo Mello e Marcia Tibau Moreira Mariana Santarelli, Marcus Vinni, Rozi Billo
Supervisoras regionais (etapa qualitativa)
Revisão
Luciene Dias Figueiredo, Maria Teresa Gomes de Laura Figueira
Oliveira Ribas, Schirley Andréia Henzel Mochi,
Teresa Cristina Wanderley Correa de Araújo e Revisão final
Thatiana Fávaro Ana Bittencourt, Laura Figueira e Mariana Santarelli
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
R336
Repercussões do Programa Bolsa Família na segurança alimentar e nutricional : relatório síntese / IBASE. -
Rio de Janeiro : IBASE, 2008.
Resultados da pesquisa desenvolvida pelo IBASE, a partir de fevereiro de 2006
ISBN 978-85-89447-19-5
1. Programa Bolsa Família (Brasil). 2. Programas de sustentação de renda - Brasil. 3. Assistência alimentar - Brasil. I.
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas.
Apresentação 6
Capítulo 1 – Metodologia 8
1.1 – Etapa qualitativa 9
1.2 – Etapa quantitativa 10
12 .
2
IBASE instituto brasileiro de análises sociais e econômicas
Pobreza, políticas públicas
e segurança alimentar
Tal enfoque ampliado de SAN articula a dimensão alimentar (da produção, comer-
cialização e consumo) à nutricional (do uso do alimento pelo organismo e sua relação
com a saúde), numa ótica integrada que abarca a forma como o alimento é produzido,
comercializado e consumido, e seus impactos políticos, econômicos, sociais, ambientais,
culturais e nas condições de vida e saúde. Portanto, compreender o perfil de pobreza e de
segurança alimentar e nutricional dessas famílias, bem como as modificações provenien-
tes da ampliação de acesso aos alimentos e aos demais bens públicos é uma tarefa que
exige a abordagem de múltiplas dimensões, tratadas no presente estudo: a dimensão do
acesso, do consumo, da produção, do direito, das condições de vida e saúde.
16 .
3
IBASE instituto brasileiro de análises sociais e econômicas
Quem são os(as)
beneficiados(as)
Os dados apresentados são oriundos de perguntas direcionadas aos (às) 5 mil titulares
entrevistados, sendo parte delas relacionadas a toda a família. Essas últimas se referem a
23.420 membros das famílias. A distribuição das famílias beneficiadas pelo Programa Bol-
sa Família nas grandes regiões corresponde ao universo de titulares no Brasil, conforme o
cadastro de março de 2007, que serviu como base para a construção do plano amostral.
Titulares %
Centro-Oeste 598.141 5,4%
Nordeste 5.520.361 49,9%
Norte 1.047.142 9,5%
Sudeste 2.881.831 26,0%
Sul 1.021.703 9,2%
Total Brasil 11.069.178 100%
Fonte: Senarc/MDF, março de 2007.
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1
Todos os gráficos e
Urbano Rural tabelas a seguir
possuem a
Fonte:1 Pesquisa Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar e Nutricional, Ibase, 2007. mesma fonte.
6,4%
93,6%
Homens
Mulheres
O fato de a maioria dos(as) participantes da pesquisa ser mulher revela que as per-
cepções expressas no relatório trazem preponderantemente o ponto de vista feminino.
A questão de gênero será abordada mais profundamente no capítulo 6.
A cor da pele, no processo de coleta de dados, foi auto-referida. Optou-se, como
vem sendo feito em diversas pesquisas no Brasil, por agregar as categorias preta e
parda. Foi observada a predominância de titulares pretos(as) e pardos(as) em todas as
regiões do país, com exceção da Região Sul, que apresenta o perfil oposto. O maior
percentual de titulares que se autodeclararam pretos(as) reside no Sudeste, enquanto
na Região Norte encontra-se o maior número de pardos(as) e indígenas.
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
A maior parte dos(as) titulares do PBF no país sabe ler e escrever (81,3%), sendo
que o Nordeste concentra maior número de analfabetos (26%) e daqueles sem nenhu-
ma escolaridade.
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Dentre os(as) titulares que trabalham, apenas 16% têm carteira assinada. O ín-
dice dos(as) que possuem vínculo empregatício é maior nas regiões Sul (23,3%),
Centro-Oeste (21,8%) e Sudeste (20,4%) e menor nas regiões Nordeste (11,7%) e
Norte (11,1%). Quanto os(às) que não trabalharam no mês anterior à pesquisa, 68%
estão desempregados(as) há mais de um ano e apenas 23% buscaram trabalho na-
quele mês.
Nos grupos focais, a informalidade, os déficits de escolaridade e as condições
precárias de trabalho foram aspectos ressaltados pelas famílias. Nas áreas urbanas
e nos municípios de grande porte, destaca-se a dificuldade de acesso ao emprego
formal, que parece ser maior para as pessoas que não tiveram acesso à educação ou
têm mais de 35 anos, características comuns aos(às) titulares do programa. No grupo
do Rio de Janeiro, formado por moradores(as) de favela, houve relatos de experiências
de discriminação no acesso ao emprego relacionadas ao lugar de moradia e à cor. Em
São Sebastião do Alto, no interior do estado do Rio, foram citadas como dificuldades
a falta de oportunidades para conseguir trabalho remunerado e a baixa remuneração
pelo trabalho exercido pelos membros da família, principalmente na atividade agrícola,
insuficiente para cobrir até mesmo os gastos com alimentação.
O grau de participação do(a) titular do programa em algum tipo de associação,
partido, movimento social ou entidade de classe é muito baixo: apenas 7,4% integram
alguma associação comunitária ou no bairro; 4,2% atuam em sindicatos, federações ou
associações de classe; 1,9%, em movimentos sociais; 1,1%, em conselhos de controle
social; e 0,7%, em partidos políticos.
A Região Sudeste destaca-se pela maior participação em associações comunitá-
rias ou de bairro (9,7%); as regiões Norte e Nordeste, pela participação em sindicatos,
federações ou associações de classe (5,0% e 5,8%, respectivamente); a Região Norte,
pela participação em movimentos sociais (4,2%); a Região Sul, pela participação em
instâncias de controle social (2,7%); e a Região Centro-Oeste, pelos baixos índices de
participação em todas as modalidades.
9,1% 2,8%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
A pesquisa mostrou que 46,1% das famílias tiveram renda mensal, no mês an-
terior à pesquisa, inferior a R$ 380 (valor correspondente ao salário mínimo durante a
coleta de dados). O Nordeste é a região com renda mais baixa, enquanto o Sudeste
e o Centro-Oeste concentram as famílias com renda superior a dois salários mínimos.
A renda mensal média das famílias é de R$ 431,54 mensais; no Nordeste, é de R$
373,40. Todos esses dados referem-se aos rendimentos totais das famílias, incluindo
os valores transferidos pelo Programa Bolsa Família e demais benefícios sociais.
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Quase todos os domicílios estão ligados à rede elétrica (96,9%). O percentual é menos
expressivo nas regiões Norte e Nordeste. A maior parte das famílias beneficiadas tem
acesso à água canalizada para, pelo menos, um cômodo do domicilio (85,1%). Na área
rural, esse percentual cai para 56,2%, enquanto na área urbana é de 93,2%. O acesso
também é menor nas regiões Norte (77,5%) e Nordeste (78,5%). O projeto de constru-
ção de cisternas na região do semi-árido foi destacado pelos(as) participantes dos grupos
focais nessa localidade como importante iniciativa de ampliação do acesso à água.
Em todo o país, 76,1% têm acesso à rede geral de distribuição de água, 17% a
retiram de poços ou nascentes e o restante, de outras formas. Sudeste, Sul e Centro-
Oeste são as regiões com maior acesso à rede geral (em torno de 85% das famílias),
enquanto a Região Norte é a que mais usa poços ou nascentes (34,6%).
Apenas 41,8% dos(as) titulares do programa indicam o consumo de água filtrada e
38,5% dos(as) beneficiados(as) relataram não tratar a água para consumo de nenhuma
forma. Do total de famílias, 87,8% consideraram que seus domicílios são suficiente-
mente abastecidos de água. Na área rural, foram 77,4%, e na urbana, 90,7%. As regi-
ões Norte e Nordeste são aquelas que mais sofrem com a insuficiência de água, con-
forme manifestaram os(as) beneficiados(as): 19,5% e 15,6%, respectivamente.Menos
da metade dos domicílios dos(as) beneficiados(as) no país tem acesso à rede coletora
de esgoto ou chuva.
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
A pesquisa apontou que 54,8% das famílias estavam em situação de insegurança ali-
mentar grave ou moderada, o que significa que passaram por restrições na quantidade
de alimentos ou por situações de fome nos três meses anteriores à pesquisa. Esse
resultado foi obtido a partir da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), mé-
todo desenvolvido nos Estados Unidos e adaptado para o Brasil pela Universidade de
Campinas, cuja base é um questionário de 15 perguntas fechadas, com respostas do
tipo sim ou não, referentes aos três últimos meses.
Há três categorias de insegurança alimentar (IA): grave – fome entre pessoas adul-
tas ou crianças; moderada – restrição na quantidade de alimentos; e leve – receio de
passar por alguma forma de IA em futuro próximo. As pessoas enquadradas nessa
última categoria manifestam preocupação, muitas vezes, por conta de experiências já
vivenciadas dessa privação. Já as famílias em situação de insegurança alimentar grave,
passaram, de fato, por situações nas quais não tiveram o que comer por falta de dinhei-
ro, nos três meses anteriores à pesquisa.
16,9% 28,3%
20,7%
SAN
IA Leve
34,1%
IA Moderada
IA Grave
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
NENHUMA
ESCOLARIDADE / 16,8 21,7 33,5 28,0
PRÉ-ESCOLAR
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
A gravidade da IA também foi mais expressiva para os(as) titulares(as) que não tiveram
trabalho remunerado no mês anterior à pesquisa. Dentre os que tiveram trabalho remunera-
do, são mais vulneráveis aqueles que não têm vínculo empregatício (carteira assinada).
É APOSENTADO /
25,2 18,5 39,9 16,2
PENSIONISTA
NUNCA
18,9 27,1 33,1 20,7
TRABALHOU
TEVE TRABALHO
18,1 29,7 33,8 18,4
REMUNERADO
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Figura 17 – Relação entre o grau de insegurança alimentar e o acesso do(a) titular a trabalho formal
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
30 .
4
IBASE instituto brasileiro de análises sociais e econômicas
A alimentação das famílias
A aquisição no mercado foi considerada pelos(as) titulares das famílias uma das prin-
cipais formas de obtenção de alimentos, seguida pela alimentação na escola e pela
ajuda de parentes e amigos. Vale destacar o baixo alcance dos programas públicos de
assistência alimentar.
Regiões
Total
Formas de acesso Centro -
Brasil Nordeste Norte Sudeste Sul
Oeste
Compra de alimentos
96,3% 97,0% 95,5% 93,7% 98,5% 96,6%
no mercado
Alimentação na escola 33,4% 44,3% 25,4% 24,2% 48,3% 37,2%
Ajuda de parentes
19,8% 17,3% 21,0% 15,7% 22,9% 10,2%
e amigos
Produção de alimentos
16,6% 7,0% 21,3% 16,5% 10,6% 13,5%
para autoconsumo
Doação de alimentos 9,7% 7,5% 6,2% 1,8% 19,9% 9,6%
Caça, pesca e/ou
8,5% 5,6% 10,1% 20,4% 3,8% 2,1%
extrativismo
Programas públicos de
4,7% 8,4% 2,2% 1,5% 8,5% 8,7%
assistência alimentar
A ajuda de parentes e amigos aparece com maior destaque nas regiões Sudes-
te e Nordeste.
*
Pergunta aberta, com opção de até três respostas.
As atividades de caça, pesca e/ou extrativismo na Região Norte são quase qua-
tro vezes maiores que a média nacional.
Ebia
Formas de acesso
San IA leve IA moderada IA grave
Compra de alimentos no mercado 17,2 28,6 34,2 20,0
Alimentação na escola 13,5 29,7 32,7 24,1
Ajuda de parentes e amigos 5,6 21,2 41,3 31,9
Produção de alimentos p/ autoconsumo 15,5 28,2 37,3 19,0
Doação de alimentos 9,0 31,3 32,4 27,3
Caça, pesca e/ou extrativismo 10,6 22,3 42,0 25,1
Programas públicos de assistência alimentar 14,9 31,7 32,8 20,6
Tabela 4 – Tipos de estabelecimento para a compra de alimentos por área, renda per capita
e as formas de pagamento correspondentes
à vista 64,6%
Supermercados e mercados
67,9% 68,6% 65,1% 59,1%% 71,5%
de médio porte
a prazo* 35,3%
*
São consideradas compras a prazo aquelas realizadas por cartões de crédito, sistema de cadernetas e fiado.
10,8%
Variedade de 17,2%
produtos 0,8%
8,7%
2,5%
Possibilidade 1,5%
de comprar
fiado 21,1%
11,5%
19,4%
Proximidade 8,9%
de casa 46,0%
12,4%
13,7%
Melhor 8,4%
qualidade 1,87%
3,2%
48,9%
58,1%
Melhor preço
24,6%
57,8%
4,6%
5,9%
Única opção
5,7%
6,1%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Alimentação na escola
Do total de participantes da pesquisa, 33,4% citam a alimentação escolar como uma
das principais formas de garantirem a alimentação para seus componentes. Essa
forma de acesso é especialmente relevante em áreas urbanas e nas regiões Centro-
Oeste e Sudeste. Dentre os membros das famílias beneficiadas que freqüentavam
escola no mês anterior à pesquisa, 83,4% estão matriculados em escolas que ofere-
cem merenda gratuita.
Figura 19 – Acesso à alimentação escolar gratuita por integrantes das famílias matriculados
em escola por grandes regiões
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Figura 20 – Famílias que plantam alimentos ou criam animais por grande regiões
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Sim Não
Como era de se esperar, esse tipo de atividade predomina em áreas rurais, onde
57,7% das famílias plantam ou criam animais. Nas áreas urbanas, apenas 10,5% o fa-
zem. Em todo o país, essas atividades são majoritariamente desenvolvidas visando a
subsistência. As regiões Sudeste e Centro-Oeste são aquelas onde as famílias menos
se dedicam à comercialização.
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
A falta de acesso à terra é apontada por 31,3% das famílias como a principal dificul-
dade enfrentada para a agricultura e/ou a criação de animais, resultado semelhante ao de
famílias que dizem não enfrentar dificuldades (29,5%). Outros problemas citados foram a
escassez de água, com 25,9% das respostas, e o alto custo dos insumos (25,1%).
Dentre as famílias que plantam ou criam animais, a maioria é proprietária da terra
em que trabalha. O maior percentual está na Região Norte, e o menor, no Sudeste.
Quanto ao tamanho das propriedades, 61,5% têm até 2 hectares. No Sudeste, 75,9%
das famílias enquadram-se nesse perfil, enquanto no Norte elas somam 46%.
Figura 22 – Relação com a terra das famílias que plantam alimentos e/ou criam animais por
grandes regiões
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
NÃO -
6,9 29,1 42,3 21,5
PROPRIETÁRIOS
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Figura 25 – Famílias que praticam caça, pesca e/ou extrativismo por grandes regiões
SUL 96,6
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Sim Não
Origem
Tipo Percentual
Governamental Não-governamental
Cesta básica 12,1% 21,5% 78,5%
Refeições prontas 3,5% 11,7% 88,3%
Leite 12,7% 73,7% 26,3%
Alimentos de hortas
1,6% 13,8% 86,2%
comunitárias
Alimentos de cozinhas comunitárias 0,1% – –
Outros 1,5%
Aproveitaram sobras
4,1%
de alimentos
Deixaram de
15,6%
comprar alimentos
Prestaram pequenos
serviços em troca de 10,0%
alimentos
Ajuda de amigos
72,7%
e parentes
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Perfil de consumo
Diferentes relatos dos grupos focais indicam que as famílias priorizam a compra e o
consumo de alimentos considerados básicos e de baixo preço. A melhor relação cus-
to-benefício que pauta as escolhas define-se, principalmente, a partir da capacidade
da alimentação em suprir as necessidades essenciais que envolvem a saciedade e a
possibilidade de provisão de energia. Nesse sentido, os alimentos prioritariamente es-
colhidos para a compra são: arroz, feijão, batata, óleo, macarrão, farinha de mandioca,
farinha de milho, angu, café, pão, sal e açúcar. Eles se enquadram na categoria do que
é considerado “alimento essencial”, manifestada em expressões como “o principal”, “o
grosso”, “o que se come todo dia”.
Embora considerem saudáveis frutas, verduras e legumes, ao mesmo tempo,
vêem esses alimentos como não-essenciais. Muitas vezes classificados como alimen-
tos de luxo, figuram como itens a serem eliminados das compras de alimentos na
escassez de dinheiro.
A carne foi denominada como “comida nobre” ou comida de “rico”, evidencian-
do seu status social e a dificuldade de acesso. Ela é categorizada como um tipo de
“mistura”, alimento que se acrescenta à “comida”: o feijão ou o arroz com feijão.
Também são “misturas”: a salada, o frango, os ovos, a salsicha, entre outros. Quan-
do não se tem a “mistura”, come-se a “comida” pura. Alguns alimentos substitutivos
foram citados nos grupos focais. A carne, por exemplo, é comumente substituída
pela salsicha ou sardinha, e o pão, pelo aipim ou cuscuz. O leite e o ovo são também
valorizados, mas consumidos em menor quantidade e freqüência, por causa do custo
mais elevado.
Ainda que o preço dos alimentos se apresente como principal barreira de acesso
para uma alimentação mais diversificada, as escolhas alimentares não são condicio-
nadas apenas por decisões baseadas numa racionalidade econômica ou em torno da
saúde. Portanto, os dilemas que são postos para as famílias são vários, considerando:
a ampla disponibilidade de produtos concentrados em energia e de baixo valor nutri-
cional a preços relativamente acessíveis, a ampla disseminação de propagandas em
torno desses alimentos, os valores simbólicos da alimentação que estão em pauta e
seus efeitos, particularmente com relação ao público infantil, o reforço a determinadas
demandas de consumo que decorrem desse processo e os conflitos que se impõem
para pais e mães diante das demandas das crianças. Todos esses aspectos devem ser
considerados no âmbito das políticas públicas destinadas à promoção de uma alimen-
tação suficiente, saudável e adequada.
44 .
5
IBASE instituto brasileiro de análises sociais e econômicas
Repercussões do
Programa Bolsa Família
sobre a alimentação
Segundo os(as) titulares do PBF, a alimentação é seu principal gasto com os recursos
obtidos. As famílias beneficiadas gastam, em média, R$ 200 mensais com alimentos.
Não há grandes variações regionais, a não ser na Região Nordeste, onde esse tipo de
gasto cai para R$ 150. A despesa com alimentação representa, em média, 55,7% da
renda familiar total. Quanto mais pobre é a família, maior é o gasto com alimentação.
São justamente as famílias em insegurança alimentar grave as que comprometem a
maior parte de seu orçamento com alimentação (70%). A tabela abaixo mostra as prin-
cipais formas de utilização dos recursos provenientes do Programa Bolsa Família.
Total
Tipos de gasto Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Brasil
Alimentação 87,0% 80,7% 91,3% 80,7% 87,4% 72,8%
Material escolar 45,6% 60,6% 39,9% 63,5% 45,3% 49,8%
Vestuário 37,1% 36,9% 35,2% 46,2% 34,5% 45,8%
Remédios 22,1% 17,2% 25,9% 20,1% 20,1% 12,0%
Gás 9,8% 8,4% 10,6% 6,4% 10,7% 7,4%
Luz 5,9% 4,6% 7,0% 3,2% 5,2% 5,7%
Tratamento médico 1,8% 1,3% 1,6% 2,7% 1,7% 2,2%
Água 1,1% 0,6% 1,4% 0,1% 0,7% 1,6%
Transporte 0,9% 1,4% 1,1% 1,5% 0,3% 0,9%
Outras despesas com
0,9% 0,3% 0,9% 1,4% 0,8% 0,6%
educação
Aluguel 0,8% 0,3% 0,9% 0,7% 0,6% 0,7%
Outros 0,5% 0,4% 0,4% 0,6% 0,6% 0,7%
Outras despesas domés-
0,2% 0,0% 0,3% 0,1% 0,2% 0,2%
ticas
Outras despesas com
0,1% 0,2% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0%
saúde
Como pode ser observado, as famílias beneficiadas pelo programa encontram-se ainda,
em sua maioria, em situação de insegurança alimentar. Porém, há de se reconhecer os
avanços proporcionados pelo programa no que diz respeito à capacidade das famílias
de garantirem uma alimentação suficiente e adequada.
De acordo com o levantamento realizado, as principais mudanças ocorridas na
alimentação com o incremento da renda proporcionado pelo PBF são o aumento da
quantidade de alimentos consumidos, da variedade e da compra de produtos que as
crianças gostam.
Refeições no fim de
38,7 58,1
semana
Compra de
alimentos que as 62,8 33,7
crianças gostam
Nº de refeições fora
15,0 8,4 74,9
de casa
Nº de refeições
40,7 56,6
em casa
Variedade de
69,8 27,9
alimentos
Quantidade de
alimentos que já 73,7 25,1
consumia
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Regiões Áreas
Alteração na Total
alimentação Brasil Centro-
Nordeste Norte Sudeste Sul Urbana Rural
Oeste
Quantidade de alimentos
Aumentou 73,8 72,7 79,7 72,7 66,8 63,0 71,9 80,5
Diminuiu 1,2 0,4 0,5 0,6 1,9 3,3 1,2 0,8
Não se modificou 25,0 26,9 19,8 26,6 31,2 31,2 26,8 18,6
Variedade dos alimentos
Aumentou 69,8 73,2 72,2 69,9 66,1 65,8 67,3 79,3
Diminuiu 2,1 0,6 2,4 0,8 2,4 2,5 2,1 2,5
Não se modificou 27,9 26,2 25,4 29,2 31,3 31,7 30,6 18,2
Nº de refeições em casa
Aumentou 40,7 41,1 42,9 46,6 35,4 37,9 39,2 46,1
Diminuiu 2,6 2,6 2,2 2,1 2,6 5,7 2,7 2,2
Não se modificou 56,6 56,3 54,9 51,3 61,9 56,4 58,1 51,6
Nº de refeições fora de casa
Aumentou 15,2 16,6 16,6 19,9 10,3 16,8 14,9 16,3
Diminuiu 8,5 6,9 7,7 14,3 7,1 11,6 8,3 9,2
Não se modificou 76,2 78,0 75,6 65,7 82,5 71,6 76,7 74,4
Compra de alimentos do gosto das crianças
Aumentou 63,5 62,6 66,6 61,0 59,4 61,1 62,0 68,9
Diminuiu 2,4 1,9 2,4 1,9 2,7 3,8 2,6 2,0
Não se modificou 34,1 35,4 31,1 37,0 37,8 35,1 34,5 29,1
Refeições no fi m de semana
Aumentou 38,7 34,1 40,9 39,1 33,0 45,5 37,8 42,1
Diminuiu 3,0 4,8 2,5 2,9 3,3 4,2 3,0 3,0
Não se modificou 58,3 61,0 56,6 57,9 63,6 50,2 59,2 54,9
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Há certa variação desses índices de acordo com a faixa de renda per capita das
famílias. As principais mudanças ocorrem para as famílias mais pobres.
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
G12 – Açúcares
G11 – Raízes
G10 –Industrializados
G9 – Óleos
G8 – Carnes
G7 – Feijões
G6 – Vegetais
G5 – Frutas
G4 – Ovos
G3 – Leite
G2 – Biscoitos
G1 – Arroz e Cereais
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Figura 34 – Sexo do(a) principal responsável Figura 35 – Sexo de quem tem a maior renda
pelo domicílio no domicílio
44,2% 52,1%
19,4% 7,0%
36,4% 40,9%
Masculino Masculino
Feminino Feminino
Ambos Ambos
Figura 36 – Opinião do(a) titular sobre titula- Figura 37 – Observação do(a) titular sobre
ridade preferencial do programa razões pelas quais o PBF deve ficar no nome
da mulher
3,2% 0,9%
9,4%
9,9% 1,2%
6,5%
17,1%
87,5% 64,4%
Se sente mais
respeitada por seu 27,4 62,9 4,0 5,6
companheiro
Se sente mais
independente 48,8 50,0
financeiramente
Passou a comprar
34,1 65,1
fiado ou a crédito
Aumento do poder
de decisão com 39,2 59,5
relação ao dinheiro
Aumento da pressão
dos filhos para 28,1 70,7
comprar produtos
Conflitos familiares
com relação ao uso 3,6 95,4
do dinheiro
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Participar de curso
9,8 88,6
de alfabetização
Freqüentar curso
12,5 86,0
de educação
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
As mulheres da Região Sul são as que mais sentiram que o PBF ajudou a ter
acesso ao ensino formal (22,0%), seguidas pelas mulheres da Região Norte (19,9%).
Já nas regiões Centro-Oeste (13,6%), Sudeste (12,3%) e Nordeste (9,6%) estão as que
menos apontaram tal acesso.
Também o Sul (17,3%) e o Norte (16,3%) formam as regiões onde se encontram
as maiores proporções de mulheres que informaram ter o PBF facilitado o acesso a
cursos de alfabetização de jovens e adultos ou de educação de jovens e adultos. Nas
regiões Centro-Oeste (11,1%), Sudeste (8,5%) e Nordeste (7,7%), o acesso, ainda que
facilitado, foi em proporções menores.
Se é no Nordeste que se encontra o maior percentual de mulheres com menor
escolaridade, a ausência de políticas educacionais foi amplamente percebida (89,2% e
91,0%, respectivamente, para cada uma das possibilidades). A região também é o local
onde as políticas públicas têm tido maior dificuldade para acessar a clientela de mu-
lheres numa faixa etária bastante sobrecarregada pelo trabalho doméstico, seja como
principal atividade, seja como dupla jornada.
As mulheres apresentaram percepções em maior concordância sobre a repercus-
são do PBF no âmbito da saúde, o que ocorre provavelmente pelo acompanhamento
das condicionalidades.
Ter mais
informações sobre
25,9 73,1
assuntos como pla-
nejamento familiar
Participar de
grupos de promoção 21,7 76,9
à saude
Aumentar a
freqüência aos 42,2 57,2
serviços de saúde
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Começar a partici-
par de associação
5,2 94,1
ou cooperativa de
trabalho
Conseguir crédito
para investir em seu 5,3 93,8
negócio
Iniciar ou passar a
investir mais em seu 6,5 92,7
negócio
Participar de cursos
7,6 91,7
profissionalizantes
Participar de pro-
gramas de geração 15,5 83,3
de renda
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
NS 0,1%
Outros 0,9%
Programa do Ministério do
0,3%
Desenvolvimento Social
Prefeitura 0,3%
Na igreja 0,4%
No posto de
saúde/hospital 7,1%
Na escola 23,2%
Na Secretaria ou Núcleo
9,5%
de Assistência Social
Jornal 0,4%
Rádio 5,6%
TV 21,4%
NS 22,4%
Outros 1,2%
NS 19,0%
Outros 1,0%
Compra apenas alimentos
com o dinheiro do 1,4%
benefício
Recadastramento
0,9%
periódico
Participar de ações de
educação alimentar 10,3%
Acompanhar a saúde
e o estado nutricional 39,6%
dos(as) filhos(as)
Matricular e acompanhar
freqüência escolar dos(as) 74,2%
filhos(as)
Figura 45 – Opinião dos(as) titulares sobre desligamento das famílias que não cumprem
com condicionalidades por grandes regiões
9,2%
26,9%
63,9%
Sim
Não
NS/NR
10,3%
89,7%
Sim
Não
68,4%
31,6%
Sim
Não
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
68 .
8
IBASE instituto brasileiro de análises sociais e econômicas
Percepções dos(as)
titulares sobre o programa
(...) acho que se a pessoa tiver condições de tirar R$ 10,00 daquele dinheiro todo
mês pra comprar um ventilador pra filha dela, eu acho que ela pode fazer isso.
Eu não acho certo ela não poder ter um ventilador, nem uma panela de pressão
dentro de casa. Eu não acho que não é digno ela comprar um tênis pra o filho.
Se ela tem condições de organizar esse dinheiro e comprar um tênis pro filho
dela, eu acho que ela está mais do que certa. A gente não precisa chorar miséria,
mostrar que a gente é morta de fome, não. Porque a dignidade a gente tem que
continuar tendo (Grupo Focal, Rio de Janeiro – RJ).
Outro aspecto que se destaca nas falas dos diferentes grupos focais com relação
à concepção de pobreza é que ela varia entre dois extremos, distinguindo quem visualiza
Eu acho que tinha logo é que aposentar todo mundo, essas pessoas mais caren-
tes, né? (Grupo Focal, Soure – PA).
Pra mim, não devia existir Bolsa Família, não devia existir Cheque Cidadão, não
devia existir Ticket de negócio de mês; deveria existir trabalho pra todo mundo
trabalhar e ganhar o seu dinheiro honestamente, sem depender de político e
nem de ninguém. Meu modo de pensar é esse. Mas como eles não fazem o
país ter desenvolvimento pra ter trabalho pra gente, então eles têm obriga-
ção de nos dar. Eu acho assim. Porque às vezes a gente se sente humilhado
de chegar em certos lugares, as pessoas olharem pra você porque você está
dependendo de certo benefício. Mas ninguém passa o que a gente passa. Pô,
mas essa mulher é tão nova pra estar pegando o Cheque Cidadão ou o Bolsa
Família, mas ninguém sabe o que a gente passa. (Grupo Focal, São João de
Meriti – RJ).
2,5
ATÉ AS CRIANÇAS COMPLETAREM A MAIORIDADE
3,4
27,3
PARA SEMPRE
16,6
27,3
ATÉ QUANDO NECESSITARMOS
27,4
6,1
ATÉ QUE OS CHEFES SE ESTABILIZEM NO EMPREGO
8,3
10,0
ENQUANTO OS(AS)FILHOS(AS) ESTIVEREM NA ESCOLA
13,3
Rural Urbano
Há exemplos ricos nos relatos dos grupos focais de como a existência de uma fonte
estável e regular de renda para as famílias pobres pode significar mais possibilidades de
planejamento dos gastos e, conseqüentemente, maior segurança em relação à capaci-
dade de garantir a alimentação da família. A certeza do acesso mensal ao recurso traz a
segurança, principalmente para aquelas famílias que não contam com uma renda regular,
de que ao menos a base da alimentação, como o arroz e o feijão, estarão garantidos.
Faça chuva ou faça sol, o dinheiro está lá. Eu pego faz uns cinco anos, nunca fal-
tou nem um dia, nem atrasou, nem adiantou. É um dinheiro que eu sempre pude
contar no dia certo. (Grupo Focal, Campo Grande – MS).
O Bolsa Família é visto como uma iniciativa que “ajuda, mas não resolve”, seja porque
o recurso é insuficiente para atender às necessidades básicas da família ou por uma avalia-
ção de que outras ações governamentais, principalmente no sentido de geração de trabalho
e renda, seriam necessárias para reverter a situação de pobreza. Ainda assim, o programa
é percebido como uma assistência necessária e indispensável frente à falta de condições
dos(as) responsáveis pelos domicílios para garantir uma vida digna a suas famílias.
As falas nos grupos focais mostram que há desde pessoas que vêem o programa
como uma caridade do governo até aquelas que têm uma concepção do programa mais
próxima do direito, que deve ser garantido pelo Estado. Porém, a idéia do direito e da
ajuda nem sempre aparecem como conceitos contraditórios.
Figura 51 – Conhecimento dos(as) titulares sobre famílias que precisam do PBF, fizeram
cadastro e nunca receberam o benefício, por grandes regiões
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Sim Não
Contratar pessoas que têm menos estudo, né? Tem muitas pessoas com vonta-
de de trabalhar, mas não têm segundo grau, não têm experiência, têm vontade,
né? Mas eles não vão te pagar, né? Falta a chance da pessoa que não tem o
segundo grau completo ou, então, a partir dos 35 anos. Se falar que tem filho, daí
piora, que nem eu, que tenho um paizinho que é deficiente mental, eles não dão
serviço. Se eu contar que tenho um pai assim, nem de diarista eu pego serviço
(Grupo Focal, Piraquara – PR).
74 .
9
IBASE instituto brasileiro de análises sociais e econômicas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
E RECOMENDAÇÕES
REALIZAÇÃO
REPERCUSSÕES
DO PROGRAMA
BOLSA FAMÍLIA
NA SEGURANÇA
ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
DAS FAMÍLIAS
BENEFICIADAS
DOCUMENTO SÍNTESE – JUNHO 2008
REALIZAÇÃO
FINANCIADO POR
Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança
Alimentar e Nutricional das Famílias Beneficiadas
Assistentes de pesquisa
Consultoria temática
Delaine Martins Costa Érica de Moraes Santos Wong
Jacy Corrêa Curado Paloma Madanêlo de Carvalho
Luciene Burlandy Raquel Ribeiro de Azevedo
Rosana Magalhães
Transcrição (etapa qualitativa)
Rosana Salles da Costa
Greice Regina Bolgar dos Santos
Consultoria estatística
Lenivaldo Cavalcante da Silva
Ismênia Blavatsky de Magalhães Vanda Costa Seixas
Marco Antonio de Souza Aguiar
Coleta e processamento de dados
Mauricio Teixeira l. Vasconcellos
Vox Populi
Assessoria estatística
Revisão técnica
Leonardo Mello
Mariana Santarelli
Marcia Tibau Moreira
Acompanhamento editorial
Supervisoras regionais (etapa qualitativa)
Jamile Chequer
Luciene Dias Figueiredo
Maria Teresa Gomes de Oliveira Ribas
Revisão
Schirley Andréia Henzel Mochi
Flávia Leiroz
Teresa Cristina Wanderley Correa de
Araújo Diagramação
Thatiana Fávaro Dotzdesign
Ibase
Av. Rio Branco, nº 124, 8º andar - Centro - Rio de Janeiro - CEP 20040-916
Telefone: (21) 2178-9400
<www.ibase.br>
Sumário
Apresentação e metodologia 4
METODOLOGIA
Foram entrevistados (com questionários de perguntas fechadas) 5 mil titulares do cartão Bol-
sa Família, em 229 municípios brasileiros do Nordeste, Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul.
As entrevistas foram realizadas em setembro e outubro de 2007. Os entrevistados foram es-
colhidos por amostragem a partir do cadastro do Programa Bolsa Família (PBF). A coleta e o
processamento de dados na fase quantitativa foi feita pelo instituto Vox Populi. Os resultados
foram ponderados estatisticamente, de modo a adequá-los à realidade do cadastro do PBF
(11 milhões 69 mil 178 famílias, em março de 2007). A pesquisa contou, também, com uma
fase qualitativa, que ouviu 170 titulares em 15 grupos focais, entre junho e julho de 2006,
gestores municipais do programa e membros de instâncias de controle social em 15 cidades
de cinco estados (MS, PR, PA, PE, RJ). As fases quantitativa e qualitativa complementam-se,
compondo o relatório final do trabalho.
1
Documentos mais completos estão disponíveis no site do Ibase <www.ibase.br>
78% das famílias residem em área urbana enquanto 22% em áreas rurais. A maior con-
centração de famílias rurais beneficiadas pelo PBF está na Região Nordeste (50%).
81% dos titulares sabem ler e escrever, sendo que 56% estudaram até o ensino fun-
damental.
As famílias beneficiadas pelo PBF gastam, em média, R$ 200 mensais com alimenta-
ção, o que representa 56% da renda familiar total.
Quanto mais pobre a família maior a proporção da renda gasta com alimentação.
De acordo com titulares, após recebimento do benefício do PBF, aumentou consumo de:
1. Açúcares – 78% (dos(as) titulares disseram que passaram a comprar mais deste grupo
alimentar);
2. Arroz e cereais – 76%;
3. Leite – 68%;
4. Biscoitos – 63%;
5. Industrializados – 62%;
6. Carnes – 61%;
7. Feijões – 59%;
8. Óleos – 55%;
9. Frutas – 55%;
10. Ovos – 46%;
11. Raízes – 43%;
12. Vegetais – 40%.
Sul – o consumo de verduras e legumes foi o que menos se modificou quando com-
parado aos demais grupos de alimentos.
Conclusões
No geral, a dieta das famílias mostra que alimentos de maior densidade calórica e me-
nor valor nutritivo prevalecem na decisão de consumo. O comportamento desfavorável
do padrão alimentar contribui para o aumento da prevalência de excesso de peso e da
obesidade, como também de doenças, certos tipos de câncer e outras enfermidades
crônicas associadas a dietas com alta densidade energética.
Famílias que não tinham alimentação básica suprida – programa possibilitou que pas-
sassem a comprar mais alimentos considerados básicos, como feijão e arroz.
1
A pesquisa foi realizada antes da elevação de preços destes produtos, verificada principalmente a partir
de 2008.
16,9% – SAN
20,7% – IA
Grave
28,3% – IA Leve
34,1% – IA
Moderada
Fonte: Pesquisa Repercussões do Programa Bolsa Famílias na Segurança Alimentar e Nutricional das Famílias
Beneficiadas, 2007.
Compra de alimentos que as crianças gostam aumentou mais entre famílias em situ-
ação de IA moderada (65,2%) e grave (59,5%) do que entre aquelas em SAN (49,8%).
Conclusões
Mesmo com a percepção de aumento na quantidade e na variedade dos alimentos, a partir
do recebimento do benefício do PBF, a situação de IA é alta. Do ponto de vista das políticas
públicas, o programa é importante para melhorar as condições de vida das famílias, embora,
por si só, não garanta índices satisfatórios de segurança alimentar, questão associada a um
quadro de pobreza mais amplo. É necessário manter e aprofundar o programa, associando-o
a outras políticas públicas capazes de atacar problemas como a falta de saneamento básico
e de acesso ao mercado formal de trabalho – fatores que guardam correlação com a insegu-
rança alimentar. Oferta de alimentos mais baratos, ampliação da alimentação escolar para o
ensino médio, entre outras, são também políticas governamentais que poderiam contribuir
para uma melhora dos índices (no item 11 deste resumo).
famílias rurais;
Conclusões
Grupos focais mostraram que famílias que residem em localidades de mais difícil aces-
so, como favelas e pequenos povoados, tendem a pagar mais caro pelos produtos
2. Alimentação escolar
Mais relevante para famílias que vivem em áreas urbanas e nas regiões Sudeste e
Centro-Oeste.
83,4% dos(as) beneficiados(as) pelo PBF que freqüentam escola ou creche recebem
merenda gratuita (aqui, o dado abrange não apenas os titulares do cartão, mas a família
como um todo).
Dentre as que recebem, 71,4% comem a merenda todos os dias. Os grupos focais
mostraram que a merenda nem sempre é suficiente ou do gosto dos(as) escolares.
32,9% dos(as) titulares declaram que a alimentação da família piora durante as férias
escolares.
Conclusões
As famílias que identificam a ajuda de parentes e amigos como uma das principais for-
mas de acessar a alimentação são aquelas que se encontram nas formas mais graves
de insegurança alimentar.
20,8% das famílias beneficiadas pelo PBF plantam algum tipo de alimento ou criam
animais para a alimentação, sendo que 78,3% destas o fazem exclusivamente para o
auto-sustento.
Das famílias beneficiadas que plantam algum tipo de alimento ou criam animais para
alimentação, 95,5% não recebem nenhum tipo de assistência técnica; 83,1% não
acessaram nenhum tipo de crédito agrícola nos últimos três anos; e apenas 13,5%
acessaram o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Conclusões
A maior parte dos beneficiados que produzem alimentos o fazem principalmente para
o autoconsumo. É muito baixo o investimento em ações que possam valorizar, pro-
mover e apoiar a produção de alimentos especificamente para este segmento mais
vulnerável da agricultura familiar.
Mais relevante para famílias que vivem em áreas rurais e na Região Norte.
10,1% das famílias beneficiadas pelo PBF praticam caça, pesca e/ou extrativismo (a
maioria para auto-sustento). Na Região Norte, o percentual sobe para 23,4%.
Relatos dos grupos focais demonstram que estas práticas vêm diminuindo cada vez
mais, dado o acelerado processo de degradação ambiental, que causa fortes impactos
na oferta de alimentos encontrados na natureza.
28,5 % das famílias beneficiadas pelo PBF receberam, pelo menos, um tipo de doação
ou foram beneficiadas por um programa público de assistência alimentar no mês ante-
rior à pesquisa. Na Região Sudeste, o percentual chega a 40,0%.
12,70% do total das famílias pesquisadas receberam leite (maior parte de governos).
12,1% do total das famílias pesquisadas receberam cesta básica (maior parte de orga-
nizações não- governamentais).
Conclusões
Apesar de seu potencial para contribuir com a SAN das famílias, ainda é baixo o alcance
das diversas políticas governamentais de assistência alimentar hoje existentes.
36,8% das famílias já tiveram diagnosticada entres seus membros anemia; 31,4% hiper-
tensão; 16,0% desnutrição infantil; 8,4 % deficiência de vitamina A; e 7,4% obesidade.
70,3% têm o gás de botijão como principal energia para cozinhar enquanto 24% se
utilizam, principalmente, da lenha e do carvão.
Conclusões
Falta de acesso a bens públicos básicos, como esgoto, interferem diretamente nas taxas
de IA. Saúde e acesso a bens públicos são facetas de uma situação de pobreza que apenas
o fator renda não é capaz de superar. Neste sentido, outras políticas sociais são neces-
sárias (dados no item 11 deste resumo).
Dentre os(as) que não trabalharam no mês anterior à pesquisa, 68% estão desempre-
gados(as) há mais de um ano e apenas 23% buscaram trabalho neste mesmo mês.
46% dos domicílios tiveram renda mensal total (incluindo o PBF e demais benefí-
cios), no mês anterior à pesquisa, inferior a R$ 380 (valor correspondente ao salário
mínimo durante a coleta de dados). As famílias de mais baixa renda estão na Região
Nordeste.
À questão “Você deixou de fazer algum tipo de trabalho depois que passou a receber
o benefício do Bolsa Família?”, 99,5% responderam que não; parcela estatisticamente
insignificante dos(as) titulares do cartão Bolsa Família dizem que deixaram de exercer
algum trabalho remunerado por causa do benefício.
1% de outras respostas;
Na soma dos resultados (excluindo-se “Para sempre”/ “Outras respostas” e “Não sei”), ob-
serva-se que a maioria dos titulares (73%) têm a noção do programa como algo temporário.
Conclusões
O recebimento do benefício não faz com que as pessoas deixem de procurar trabalho.
Grupos focais apontaram que há abandono de trabalho quando este é de extrema preca-
riedade, o que incluiu, nos relatos, situações de trabalho análogo à escravidão. O fato de
os titulares serem, em sua maioria, mulheres pode explicar o baixo índice dos que tiveram
trabalho remunerado no mês anterior à pesquisa (apenas 44%), já que parte das mulheres
se dedica exclusivamente à gestão da casa.
Nos grupos focais em áreas urbanas, foram citados problemas relacionados à regulari-
dade e à qualidade da água.
87,5% dos titulares do PBF acham que a titularidade deve ficar no nome da mulher – a
maioria das pessoas entrevistadas são mulheres.
64% dizem que é porque elas “conhecem melhor as necessidades da família”, opção
seguida por “tendem a gastar com alimentação e com os filhos”(17, 1%).
Existe um “consenso” tanto por parte dos beneficiados como de gestores em relação
à titularidade preferencial às mulheres.
Mudou muito porque quando só ele recebia... Ele não é desses maridos de dizer:
Toma, compra roupa pra tu, toma esse dinheiro, ele não é disso, só se eu forçar
muito, ou então quando eu tô muito precisada, mas pra ele chegar, receber um
dinheiro dele assim e dizer: toma (...) vai comprar de roupa pra tu, é difícil.
(Depoimento de beneficiária do PBF em grupo focal em Catende – PE)
Conclusões
O PBF traz visíveis resultados na vida das mulheres, como o aumento de sua indepen-
dência financeira, maior influência no planejamento dos gastos, e no próprio respeito que
passam a infundir no âmbito familiar e na comunidade. Porém, ainda é muito baixo o in-
vestimento em políticas complementares capazes de garantir melhores condições para a
inserção das mulheres no mercado de trabalho.
25% dos(as) titulares ficaram sabendo do programa “por intermédio de amigos e pa-
rentes”; 23% na escola e 21% pela TV.
Entrevistas com gestores(as) (responsáveis pela gestão local do PBF nos municípios)
mostraram que nem sempre eles estão preparados para dar informações, principal-
mente com relação a inclusões e exclusões e alterações no valor do benefício.
A maioria dos(as) titulares do PBF (64%) acha certo que “as famílias que não cumprem
com as condicionalidades sejam excluídas do programa”.
3. Controle social
A maioria (68%) não sabe como fazer denúncias de irregularidades enquanto 90% não
conhecem em seu município “algum conselho ou forma de participação da comunida-
de no programa”.
Persiste grande fragilidade nessa atribuição por parte das instâncias que recebem a res-
ponsabilidade do controle social. Geralmente, são conselhos de assistência social que
já se consideram sobrecarregados com outras funções. No entanto, mecanismos de
controle com base na rede pública de fiscalização do PBF vêm sendo aprimorados.
De acordo com titulares, o tempo gasto para buscar o dinheiro do PBF no mês anterior à
pesquisa foi:
Na área rural, o gasto de tempo é maior: 28,8% dos beneficiados afirmaram que gastaram
mais de 4 horas para buscar o dinheiro do PBF.
De acordo com titulares, o valor gasto para buscar o dinheiro do PBF no mês anterior à
pesquisa foi:
nada – 63%;
até R$ 2 – 5%;
mais de R$ 5 – 10%.
Na área rural, o gasto é maior do que nas áreas urbanas: 61,5% afirmaram gastar mais de
R$ 2 para buscar o dinheiro do PBF.
FINANCIADO POR
ANEXO1REPERCUSSÕES DO
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
NA SEGURANÇA ALIMENTAR
E NUTRICIONAL DAS FAMÍLIAS
BENEFICIADAS
Roteiro Grupo Focal
Introdução
Informar que está sendo gravado – “Queria dizer que é muito importante
para nós a participação de vocês nesta pesquisa. Eu gostaria que todas
participassem. Só queria pedir para não falarem ao mesmo tempo, para que
possamos ouvir o que cada uma tem a dizer”.
“Nós estamos gravando a reunião para não precisarmos ficar anotando tudo
o que vocês disserem, senão fica muito demorado e chato. Assim, posso
ouvir depois, com calma, o que cada uma de vocês falou. Vocês podem dar
a opinião que quiserem. Nós assumimos o compromisso que vocês não
correm nenhum risco de perder o Bolsa Família pelo que disserem. Nós
somos de uma organização não-governamental que não tem nenhum vín-
Obs: Fazer “cabaninhas” com papel A4, anotar o nome de cada convidada,
frente e verso, e colocar na frente de cada uma.
A) Rotina alimentar
Como é a alimentação da sua família (incluindo bebidas)?
Verificar como é:
• café da manhã;
• almoço;
• jantar;
• lanche;
• se no fim de semana também é assim (por quê?).
D) Alimentação adequada
O que vocês acham da alimentação de suas famílias? Por que acham isso?
(Explorar categorias que aparecem espontaneamente).
E) Escassez alimentar
Vocês já passaram por situações em que não havia comida suficiente para
alimentar toda a família? Quando ocorre essa situação, o que fazem?
O que sentem quando isso acontece?
Verificar:
• estratégias alimentares;
• tipo de alimento consumido na escassez;
• rede de apoio.
Gestão do programa
Cadastramento
Condicionalidades
Controle social
Intersetorialidade
Segurança alimentar
Portas de saída
Opinião
Atribuições
Condicionalidades
Intersetorialidade
Controle social
Segurança alimentar
Opinião
Cadastramento
Irregularidades
Participação social
• Do seu ponto de vista, qual deveria ser o papel das organizações da socie-
dade civil na gestão do PBF? (Percepção do ideal).
• Como tem sido a participação da sociedade civil no acompanhamento do
programa? (Percepção do real).
• Como se dá a intervenção da sociedade civil em definições estratégicas
para a gestão local do PBF?
• Quais são os principais entraves para a participação efetiva da sociedade
civil no controle social do Bolsa Família?
Intersetorialidade
Segurança alimentar
ENTREVISTADOR: V1A
SETEMBRO/2007
Nº DO QUESTIONÁRIO/ID
1 – Sim PROSSIGA
1
CARACTERÍSTICAS DO DOMICÍLIO
1 – Urbana
2 – Rural V1
B) LOCALIZAÇÃO DO DOMICÍLIO: (ANOTAR SEM PERGUNTAR. VER INSTRUÇÃO NO
QUESTIONÁRIO DO TREINAMENTO)
1 – Casa
2 – Apartamento
3 – Cômodo V3
4 – Barraca/Oca
V5
1 – Rede elétrica
2 – Gerador ou energia solar
3 – Óleo, querosene ou gás de botijão V6
4 – Outra forma
1 – Sim
2 – Não V7
7. A ÁGUA UTILIZADA NESTE DOMICÍLIO VEM DE: (LER OPÇÕES – VER INSTRUÇÃO NO
QUESTIONÁRIO DO TREINAMENTO)
2
8. A ÁGUA UTILIZADA EM SUA RESIDÊNCIA É SUFICIENTE PARA AS NECESSIDADES
DOMÉSTICAS DE SUA FAMÍLIA?
1 – Sim
2 – Não V9
10. PARA ONDE VAI O ESGOTO DO BANHEIRO OU VASO SANITÁRIO DE SUA RESIDÊNCIA? (LER
OPÇÕES ATÉ “OUTRO TIPO” – VER INSTRUÇÃO NO QUESTIONÁRIO DO TREINAMENTO)
11. QUAL O PRINCIPAL TIPO DE ÁGUA PARA BEBER EM SUA RESIDÊNCIA: (LER OPÇÕES ATÉ
“OUTRO TIPO” – VER INSTRUÇÃO NO QUESTIONÁRIO DO TREINAMENTO)
01 – filtrada
02 - fervida
03 - filtrada e fervida
04 - tratada com cloro
05 - mineral
06 - sem nenhum tratamento pelo morador V12
12. QUAL É O PRINCIPAL DESTINO DO LIXO DE SUA RESIDÊNCIA: (LER OPÇÕES ATÉ “OUTRO
DESTINO” – VER INSTRUÇÃO NO QUESTIONÁRIO DO TREINAMENTO)
13. O QUE VOCÊS MAIS USAM PARA COZINHAR EM SUA RESIDÊNCIA: (LER OPÇÕES ATÉ “NÃO
UTILIZA NADA/NÃO COZINHA EM CASA”)
1 - eletricidade
2 – gás de botijão
3 - gás encanado
4 - carvão ou lenha
V14
5 - outro tipo
6 - não utiliza nada/ não cozinha em casa
3
14. EM SUA RESIDÊNCIA EXISTE ________ (LER CADA UM DOS ITENS ABAIXO)?
1 – Sim 2 – Não
TV
V15
Rádio
V16
Telefone fixo
V17
Telefone celular
V18
Geladeira
V19
Fogão
V20
Microcomputador
V21
15. NOS ÚLTIMOS 12 MESES, QUANTAS VEZES SUA RESIDÊNCIA RECEBEU VISITA DE AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, OU SEJA: PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA; PROGRAMA
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE; AGENTES DO POSTO DE SAÚDE? (LER ATÉ OPÇÃO 4)
1 - nenhuma vez
2 - entre 1 e 3 vezes
3 - entre 4 e 6 vezes
V22
4 - mais de 6 vezes
5 - NS/ Não se lembra
VAMOS AGORA, FALAR DOS MORADORES DE SUA RESIDÊNCIA. POR FAVOR, ME DIGA O
PRIMEIRO NOME DE CADA UM DOS MORADORES DE SUA RESIDÊNCIA, CONTANDO COM VOCÊ,
COM CRIANÇAS E COM AGREGADOS, OU SEJA, PESSOAS QUE SÃO CONSIDERADAS DA FAMÍLIA.
SE TIVER ALGUÉM QUE APENAS ALUGA UM CÔMODO DA SUA CASA, NÃO PRECISA FALAR O
NOME.
4
CARACTERÍSTICAS DOS MORADORES (APLICAR NA HORIZONTAL)
Nº DA 16. PRIMEIRO NOME DA PESSOA COMEÇANDO 17. SEXO 18. QUAL A IDADE 19. QUAL A COR 20. QUAL A RELAÇÃO DE 21. O(A) ______________ TEM
PESSOA PELO ENTREVISTADO. DEPOIS, PEÇA PARA DO(A) _____? (ANOTAR OU RAÇA DO(A) PARENTESCO OU CONVIVÊNCIA CERTIDÃO DE NASCIMENTO
COMEÇAR DO MAIS VELHO PARA O MAIS (PERGUNTAR EM ANOS COMPLETOS _______? (LER ATÉ QUE O(A) ____ TEM COM VOCÊ: OU DOCUMENTO DE
NOVO. SE OU IDADE PRESUMIDA- OPÇÃO 5) (LER DA OPÇÃO 2 ATÉ 9) IDENTIDADE?
NECESSÁRIO) SE MENOS DE 1 ANO, 2 - Cônjuge, companheiro(a)
REGISTRE 00) 1 - Branca 3 - Filho(a), enteado(a)
4 - Pai, mãe, sogro(a)
1 - Sim
1 – Masc. 2 - Negra
5 - Neto(a), bisneto(a) 2 - Não
2 – Fem. 3 - Parda
6 - Irmão, irmã 3 - NS/NR
4 - Amarela
7 - Nora, genro
5 - Indígena 8 - Outro parente
6 - NS/NR 9 - Agregado
(NOME DO ENTREVISTADO)
V23 0 1 V24 V25 V26 V27 [1] V28
5
SAÚDE (APLICAR PARA TODOS OS MORADORES)
ENTREVISTADOR: PARA APLICAR A QUESTÃO 22, EXPLIQUE: DOENÇAS CRÔNICAS SÃO DOENÇAS QUE NÃO SÃO RESOLVIDAS RAPIDAMENTE OU NÃO TÊM CURA. POR EXEMPLO, DIABETES,
CÂNCER, PRESSÃO ALTA, TUBERCULOSE, CANCRO, ALGUMAS PARASITOSES, DOENÇAS DE CAUSAS GENÉTICAS, ETC.
Nº DA PRIMEIRO NOME DA PESSOA 22. O(A) SR(A)/ 23. O(A) SR(A)/ 24. O(A) 25. O(A) SR(A)/ 26. O(A) SR(A)/ 27. ONDE FOI FEITO ESSE 28. O(A) SR(A)/ O(A) ____ COSTUMA COMER EM CASA
PESSOA CONFORME QUADRO O(A) _____ O(A) ________ SR(A)/ O(A) O(A) _________ O(A) _________ ATENDIMENTO MÉDICO OU OU LEVAR DE CASA O ____ (LER REFEIÇÃO)?
“CARACTERÍSTICAS DOS TEM ALGUM TEM ALGUM _______ É FAZ USO PROCUROU DE SAÚDE: (LER ATÉ
MORADORES” PROBLEMA PROBLEMA PORTADOR REGULAR DE ATENDIMENTO OPÇÃO 4) 1 - Sim
CRÔNICO DE MENTAL DE ALGUMA MEDICAMENTOS? MÉDICO OU DE 2 - Não
SAÚDE? PERMANENTE, DEFICIÊNCIA SAÚDE NOS 1 - Hospital público ou posto 3 - NS/NR
QUE LIMITA FÍSICA, QUE 1 - Sim ÚLTIMOS 6 de saúde
1 - Sim SUAS LIMITA SUAS 2 - Não MESES? 2 - Agente comunitário de (O IMPORTANTE É QUE A REFEIÇÃO SEJA
2 - Não ATIVIDADES ATIVIDADES 3 - NS/NR saúde PREPARADA EM CASA)
3 - Clínica médica ou hospital
3 - NS/NR HABITUAIS? HABITUAIS? 1 - Sim
de plano de saúde Jantar/
1 - Sim 1 - Sim 4 - Clínica, hospital ou médico Café da
2 - Não---\ vá p/ Almoço Lanche lanche da
2 - Não 2 - Não particular Manhã
3 - NS/NR/ 28 noite
3 - NS/NR 3 - NS/NR 5 - NS/NR
(NOME DO ENTREVISTADO)
V113 0 1 V114 V115 V116 V117 V118 V119 V120 V121 V122 V123
V124 V125 V126 V127 V128 V129 V130 V131 V132 V133 V134
V135 V136 V137 V138 V139 V140 V141 V142 V143 V144 V145
V146 V147 V148 V149 V150 V151 V152 V153 V154 V155 V156
V157 V158 V159 V160 V161 V162 V163 V164 V165 V166 V167
V168 V169 V170 V171 V172 V173 V174 V175 V176 V177 V178
V179 V180 V181 V182 V183 V184 V185 V186 V187 V188 V189
V190 V191 V192 V193 V194 V195 V196 V197 V198 V199 V200
V201 V202 V203 V204 V205 V206 V207 V208 V209 V210 V211
V212 V213 V214 V215 V216 V217 V218 V219 V220 V221 V222
V223 V224 V225 V226 V227 V228 V229 V230 V231 V232 V233
V234 V235 V236 V237 V238 V239 V240 V241 V242 V243 V244
V245 V246 V247 V248 V249 V250 V251 V252 V253 V254 V255
V256 V257 V258 V259 V260 V261 V262 V263 V264 V265 V266
V267 V268 V269 V270 V271 V272 V273 V274 V275 V276 V277
6
TRABALHO (APLICAR SOMENTE PARA MORADORES DE 10 ANOS OU MAIS)
Nº DA PRIMEIRO NOME DA PESSOA 29. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS, O(A) _____: 30. NESSE TRABALHO, 31. NESSE 32. NESSE 33. HÁ QUANTOS 34. NOS
PESSOA DE 10 ANOS OU MAIS, (INCLUSIVE A ATIVIDADE DE PRODUÇÃO O(A) ______________ É: TRABALHO, O(A) TRABALHO, MESES ATRÁS, ÚLTIMOS 30
(transferir o CONFORME QUADRO AGRÍCOLA, VENDA OU PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (CONSIDERAR AQUI O _______ RECEBE: O(A) _______ O(A) __________ DIAS, O(A)
código da “CARACTERÍSTICAS DOS NO PRÓPRIO DOMICÍLIO) - (LER ATÉ OPÇÃO 4) TRABALHO PRINCIPAL) - (CONSIDERAR AQUI TEM CARTEIRA TRABALHOU EM ____
planilha de MORADORES” (VER QUESTIONÁRIO DO O TRABALHO ASSINADA? ALGUMA PROCUROU
TREINAMENTO - LER ATÉ PRINCIPAL) - (VER (CONSIDERAR
caracterização 1 - Teve trabalho remunerado OPÇÃO 6)
ATIVIDADE TRABALHO?
QUESTIONÁRIO DO AQUI O
dos moradores 2 - Teve trabalho remunerado, mas estava TREINAMENTO –
REMUNERADA
com 10 anos ou TRABALHO PELA ÚLTIMA
afastado por motivo de férias, licença, LER ATÉ OPÇÃO 3) PRINCIPAL) 1 - Sim
mais) doença etc. 1 - Empregado(a) VEZ? (LER ATÉ
doméstico(a) OPÇÃO 4)
2 - Não
2 - Empregado do setor 1 - Só em dinheiro 1 - Sim 3-
3 - Não teve trabalho remunerado vá p/ 33 2 - Não NS/NR
privado 2 - Só em bens 1 - Há menos de 3
3 - Servidor público 3 - Em dinheiro e 3 - NS/NR meses
4 - Nunca trabalhou vá p/ 34
4 - Empregador bens 2 - Entre 3 e 6
5 - Trabalhador por conta VÁ P/ PRÓXIMA meses
5 - Ou é aposentado/pensionista vá p/ 34
própria PESSOA 3 - Entre 6 e 12
6 - Aprendiz ou meses
estagiário 4 - Há mais de 12
meses
5 - NS
(NOME DO ENTREVISTADO)
7
EDUCAÇÃO (APLICAR SOMENTE PARA MORADORES DE 6 ANOS OU MAIS)
Nº DA PRIMEIRO NOME DA 35. O(A) SR(A) / 36. EM RELAÇÃO À ESCOLA OU 37. A ESCOLA/ 38. COM QUE 39. QUAL O CURSO QUE O(A) SR(A)/O(A)
PESSOA (transferir PESSOA DE 6 ANOS O(A) _________ CRECHE, O(A) SR(A) /O(A) _______? CRECHE FREQÜÊNCIA O(A) _______ FREQÜENTA? (OU QUAL O CURSO
o código da OU MAIS, CONFORME SABE LER E (LER ATÉ OPÇÃO 4) OFERECE __________ COME A MAIS ELEVADO QUE O(A) SR(A) /O(A)
planilha de QUADRO ESCREVER UM MERENDA MERENDA OFERECIDA? ______ FREQÜENTOU)? (LER ATÉ OPÇÃO 9)
caracterização dos “CARACTERÍSTICAS BILHETE GRATUITA? (LER ATÉ OPÇÃO 5)
1 - Freqüenta escola/creche pública 01 - Creche/ Pré-escolar/ Classe de
moradores com 10 DOS MORADORES” SIMPLES?
2 - Freqüenta escola/creche alfabetização de crianças
anos ou mais)
particular 1 - Sim 1 - Todos os dias 02 - Classe de alfabetização de adultos/AJA
1 - Sim
considerando finais 03 - Ensino fundamental ou 1º grau
2 - Não
3 - Não freqüenta, mas já freqüentou 2 - Não----\ vá p/ de semana e férias 04 - Supletivo/EJA (ensino fundamental ou
3 - NS/NR
escola ou creche vá para 39 3 - NS/NR-/ 39 2 - Todos os dias 1º grau)
exceto finais de 05 - Ensino médio ou 2º grau
4 - Nunca freqüentou\ vá para semana e férias 06 - Supletivo/EJA (ensino médio ou 2º grau)
5 - NS/NR-----------------/ próx. pessoa 3 - Quase todos os dias 07 - Pré-vestibular
4 - Raramente 08 - Superior - graduação
5 - Nunca 09 - Mestrado ou doutorado
6 - NS/NR 10 - NS/NR
(NOME DO ENTREVISTADO)
V355 0 1 V356 V357 V358 V359 V360
8
AMAMENTAÇÃO (APLICAR SOMENTE PARA CRIANÇAS DE 2 ANOS OU MENOS)
Nº DA PRIMEIRO NOME DA 40. O(A) __________ FOI 41. POR QUANTOS MESES, 42. COM QUE IDADE O(A) 43. COM QUE IDADE O(A) 44. DEPOIS QUE O(A) _________
PESSOA PESSOA DE 2 ANOS AMAMENTADO? O(A) _____ RECEBEU ______ RECEBEU LEITE DO _________ ESTAVA COMEÇOU A COMER OUTROS
(transferir o OU MAIS, CONFORME SOMENTE LEITE DO PEITO, PEITO, JUNTO COM QUANDO COMEÇOU A ALIMENTOS, ELE(A) AINDA
código da QUADRO SEM DAR MAMADEIRA, ÁGUA, MAMADEIRA, ÁGUA, CHÁS OU COMER OUTROS RECEBEU LEITE DO PEITO JUNTO
planilha de “CARACTERÍSTICAS 1 - Sim CHÁS OU SUCOS? SUCOS? ALIMENTOS, COMO A COM OUTROS ALIMENTOS OU
caracterização DOS MORADORES” COMIDA DE SAL? OUTROS TIPO DE LEITE? (SE SIM)
dos moradores 2 - Não.....\ vá p/ próxima (ANOTAR EM MESES (ANOTAR EM MESES ATÉ QUANTOS MESES ELE (A)
com 2 anos ou 3 - NS/NR./ criança COMPLETOS. SE MENOS DE 1 COMPLETOS. SE MENOS DE 1 RECEBEU LEITE DO PEITO?
(ANOTAR EM MESES
menos) MÊS, COLOQUE 00) MÊS, COLOQUE 00)
COMPLETOS. SE MENOS DE 70 – Não recebeu leite do peito
1 MÊS, COLOQUE 00)
(ANOTAR EM MESES
COMPLETOS. SE MENOS DE 1
ATENÇÃO: RECEBEU, MÊS, COLOQUE 00)
ATENÇÃO: RECEBEU
ATENÇÃO: RECEBEU ALÉM DE LÍQUIDOS, O
APENAS LEITE MATERNO
LEITE MATERNO E ALMOÇO (PAPINHAS) ATENÇÃO: RECEBEU LEITE
OU REMÉDIO
OUTROS LÍQUIDOS MATERNO, LÍQUIDOS E
ALMOÇO (PAPINHAS)
9
IMPACTO DA MERENDA NO DOMICÍLIO
45. O QUE ACONTECE COM A ALIMENTAÇÃO DA FAMÍLIA DURANTE AS FÉRIAS ESCOLARES: (LER
ATÉ OPÇÃO 3)
1 - melhora
2 - piora
V493
3 - não há alteração
46. DESSAS PESSOAS QUE MORAM NA SUA RESIDÊNCIA, QUEM É O PRINCIPAL RESPONSÁVEL
PELA RESIDÊNCIA? (ANOTAR O NOME E O NÚMERO DA PESSOA CORRESPONDENTE AO
QUADRO “CARACTERÍSTICA DOS MORADORES”, COM DOIS DÍGITOS - MARCAR ATÉ 2
OPÇÕES)
_____________________________________________________________________
(Anotar nome) V494
_____________________________________________________________________
(Anotar nome) V495
47. O DINHEIRO DO BOLSA FAMÍLIA É GASTO PRINCIPALMENTE COM O QUÊ? (MARCAR ATÉ 3
OPÇÕES - ESPONTÂNEA)
01 - Alimentação
02 - Remédios
03 - Tratamento médico
04 - Material escolar V496
05 - Roupas e calçados
06 - Aluguel
07 - Gás
08 - Luz
V497
09 - Creche
10 - Transporte
- Outro: _________________________________________________________
Anotar V498
48. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS, QUAL FOI O GASTO APROXIMADO DA SUA FAMÍLIA COM
ALIMENTAÇÃO, INCLUINDO O QUE SE COME EM CASA, REFEIÇÃO E LANCHE FORA DE CASA E
DINHEIRO PARA MERENDA NA ESCOLA?
R$ ________________________________,00
(Anotar) V499
49. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS, QUAL FOI O GASTO APROXIMADO DA SUA FAMÍLIA COM SAÚDE,
INCLUINDO MEDICAMENTOS, CONSULTAS PARTICULARES, PLANO DE SAÚDE, TRANSPORTE
PARA CHEGAR ATÉ O LOCAL DE ATENDIMENTO?
R$ ________________________________,00
(Anotar) V500
10
50. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS, QUAL FOI O GASTO APROXIMADO DA SUA FAMÍLIA COM EDUCAÇÃO,
INCLUINDO MATERIAL ESCOLAR, UNIFORME, MATRÍCULA, TRANSPORTE E INTERNET?
R$ ________________________________,00
(Anotar) V501
51. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS, QUAL FOI O DINHEIRO TOTAL OBTIDO POR SUA FAMÍLIA EM/NO
_________ (LER ITENS DO QUADRO):
52. QUEM GANHA MAIS DINHEIRO NA SUA FAMÍLIA? (ANOTAR O NOME E O NÚMERO DA PESSOA
CORRESPONDENTE AO QUADRO “CARACTERÍSTICA DOS MORADORES”, COM DOIS DÍGITOS
- MARCAR ATÉ 2 OPÇÕES)
___________________________________________________________________
(Anotar nome) V508
___________________________________________________________________
(Anotar nome) V509
ESCALA DE INSEGURANÇA ALIMENTAR
54. NOS ÚLTIMOS 3 MESES, A COMIDA ACABOU ANTES QUE VOCÊ TIVESSE DINHEIRO PARA
COMPRAR MAIS?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V511
55. NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ FICOU SEM DINHEIRO PARA TER UMA ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL E VARIADA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V512
11
APLIQUE 56 SOMENTE EM DOMICÍLIOS COM MORADORES MENORES DE 18 ANOS (CRIANÇAS E/
OU ADOLESCENTES). SENÃO, VÁ PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO ANTES DA QUESTÃO 57.
56 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ TEVE QUE SE BASEAR EM APENAS ALGUNS POUCOS TIPOS DE
ALIMENTOS PARA ALIMENTAR OS MORADORES COM MENOS DE 18 ANOS, PORQUE O
DINHEIRO ACABOU?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V513
57 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ OU ALGUM ADULTO EM SUA CASA DIMINUIU, ALGUMA VEZ, A
QUANTIDADE DE ALIMENTOS NAS REFEIÇÕES, PORQUE NÃO HAVIA DINHEIRO PARA
COMPRAR A COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V514
58 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ OU ALGUM ADULTO EM SUA CASA PULOU REFEIÇÕES,
PORQUE NÃO HAVIA DINHEIRO SUFICIENTE PARA COMPRAR A COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V515
59 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ ALGUMA VEZ COMEU MENOS DO QUE ACHOU QUE DEVIA
PORQUE NÃO HAVIA DINHEIRO O SUFICIENTE PARA COMPRAR COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V516
60 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ ALGUMA VEZ SENTIU FOME MAS NÃO COMEU PORQUE NÃO
PODIA COMPRAR COMIDA SUFICIENTE?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V517
61 A) NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ PERDEU PESO PORQUE NÃO TINHA DINHEIRO SUFICIENTE
PARA COMPRAR COMIDA?
1 – Sim
1 – Pequena 3 – Muita
2 – Média 4 – NS/NR V519
62 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ OU QUALQUER OUTRO ADULTO EM SUA CASA FICOU ALGUMA
VEZ, UM DIA INTEIRO SEM COMER OU, TEVE APENAS UMA REFEIÇÃO AO DIA, PORQUE NÃO
HAVIA DINHEIRO PARA COMPRAR A COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
V520
3 – NS/NR
12
APLIQUE 63 A 68 SOMENTE EM DOMÍCÍLIOS COM MORADORES MENORES DE 18 ANOS
(CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES). SENAO, VÁ PARA 69.
63 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ NÃO PODE OFERECER A ALGUM MORADOR COM MENOS DE 18
ANOS, UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E VARIADA, PORQUE NÃO TINHA DINHEIRO?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V521
64 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, ALGUM MORADOR COM MENOS DE 18 ANOS NÃO COMEU EM
QUANTIDADE SUFICIENTE, PORQUE NÃO HAVIA DINHEIRO PARA COMPRAR COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V522
65 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, VOCÊ, ALGUMA VEZ, DIMINUIU A QUANTIDADE DE ALIMENTOS DAS
REFEIÇÕES DE ALGUM MORADOR COM MENOS DE 18 ANOS, PORQUE NÃO HAVIA DINHEIRO
SUFICIENTE PARA COMPRAR A COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V523
66 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, ALGUMA VEZ, ALGUM MORADOR COM MENOS DE 18 ANOS DEIXOU
DE FAZER ALGUMA REFEIÇÃO, PORQUE NÃO HAVIA DINHEIRO PARA COMPRAR A COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V524
67 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, ALGUM MORADOR COM MENOS DE 18 ANOS TEVE FOME, MAS VOCÊ
SIMPLESMENTE NÃO PODIA COMPRAR MAIS COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V525
68 NOS ÚLTIMOS 3 MESES, ALGUM MORADOR COM MENOS DE 18 ANOS FICOU SEM COMER POR
UM DIA INTEIRO, PORQUE NÃO HAVIA DINHEIRO PARA COMPRAR COMIDA?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS/NR V526
- outros: ________________________________________
(Anotar)
V530
70 - nunca ocorreu esta situação
13
PERCEPÇÃO SOBRE CONSUMO ALIMENTAR
VAMOS AGORA FALAR SOBRE O CONSUMO DE ALGUNS TIPOS DE ALIMENTOS. (APLICAR NA HORIZONTAL)
APLICAR SOMENTE SE CÓD. 70 (NENHUMA VEZ)
NA QUESTÃO 70 A e B
70. NOS ÚLTIMOS SETE 71. DEPOIS QUE 72. NORMALMENTE, 73. QUAL O PRINCIPAL MOTIVO PELO QUAL NINGUÉM COMEU _______
DIAS, QUANTAS VEZES VOCÊ PASSOU A A MAIOR PARTE DOS (LER ALIMENTOS) EM SUA CASA, NOS ÚLTIMOS SETE DIAS?
FOI CONSUMIDO ______ RECEBER O ALIMENTOS DESSE (ESPONTÂNEA)
(LER ALIMENTO) SOMENTE BOLSA FAMÍLIA, O TIPO SÃO: (LER
ENTRE MORADORES (LER CONSUMO DE ____ OPÇÓES)
ABAIXO) 01. Não é do gosto da família
(LER ALIMENTOS)
02. Não temos costume de comer
ENTRE TODOS OS 1. Comprados
ENTREVISTADOR: 03. São difíceis de preparar
MORADORES DE 2. Produzidos pela
ANOTAR O NÚMERO DE 04. São caros
SUA RESIDÊNCIA: própria família OU
VEZES NOS CAMPOS. SE (LER ATÉ OPÇÃO 3) 05. Não tem para vender com facilidade
COD. GRUPOS DE 3. Doados
GA ALIMENTOS NECESSÁRIO, AJUDE O 06. É difícil chegar aos locais de venda destes alimentos
ENTREVISTADO A FAZER 07. Não podem comer porque estão em dieta alimentar especial
CONTAS. 1. Aumentou VÁ PARA O 08. Não é saudável
2. Diminuiu OU PRÓXIMO ITEM 09. Falta água para cozinhar
70. Nenhuma vez 3. Não se alterou 10. Falta tempo para comprar /preparar
(A) (B) 4. NS/NR 11. Faltou gás, lenha ou álcool para cozinhar
MENORES MAIORES 12. Faltou produção para o auto-sustento
DE 10 DE 10 13. Outros
ANOS ANOS
(inclusive)
01 Arroz __________________________________________
V531 V532 V533 V534 V535
14
APLICAR SOMENTE SE CÓD. 70 (NENHUMA VEZ)
NA QUESTÃO 70 A e B
70. NOS ÚLTIMOS SETE 71. DEPOIS QUE 72. NORMALMENTE, 73. QUAL O PRINCIPAL MOTIVO PELO QUAL NINGUÉM COMEU _______
DIAS, QUANTAS VEZES VOCÊ PASSOU A A MAIOR PARTE DOS (LER ALIMENTOS) EM SUA CASA, NOS ÚLTIMOS SETE DIAS?
FOI CONSUMIDO ______ RECEBER O ALIMENTOS DESSE (ESPONTÂNEA)
(LER ALIMENTO) SOMENTE BOLSA FAMÍLIA, O TIPO SÃO: (LER
ENTRE MORADORES (LER CONSUMO DE ____ OPÇÓES)
ABAIXO)
01. Não é do gosto da família
(LER ALIMENTOS) 02. Não temos costume de comer
ENTRE TODOS OS 1. Comprados 03. São difíceis de preparar
ENTREVISTADOR:
MORADORES DE 2. Produzidos pela 04. São caros
ANOTAR O NÚMERO DE
SUA RESIDÊNCIA: própria família OU 05. Não tem para vender com facilidade
VEZES NOS CAMPOS. SE (LER ATÉ OPÇÃO 3)
COD. GRUPOS DE 3. Doados 06. É difícil chegar aos locais de venda destes alimentos
GA ALIMENTOS NECESSÁRIO, AJUDE O
ENTREVISTADO A FAZER 07. Não podem comer porque estão em dieta alimentar especial
CONTAS. 1. Aumentou VÁ PARA O 08. Não é saudável
2. Diminuiu OU PRÓXIMO ITEM 09. Falta água para cozinhar
70. Nenhuma vez 3. Não se alterou 10. Falta tempo para comprar /preparar
(A) (B) 4. NS/NR 11. Faltou gás, lenha ou álcool para cozinhar
MENORES MAIORES 12. Faltou produção para o auto-sustento
DE 10 DE 10 13. Outros
ANOS ANOS
(inclusive)
08 Tapioca __________________________________________
V566 V567 V568 V569 V570
09 Macarrão __________________________________________
V571 V572 V573 V574 V575
Tubérculos e raízes (mandioca/macaxeira, __________________________________________
10
batata, batata-doce, cará, inhame)
V576 V577 V578 V579 V580
Leite e derivados do leite (queijos, iogurte, __________________________________________
11
coalhada)
V581 V582 V583 V584 V585
13 Ovos __________________________________________
V591 V592 V593 V594 V595
15
APLICAR SOMENTE SE CÓD. 70 (NENHUMA VEZ)
NA QUESTÃO 70 A e B
70. NOS ÚLTIMOS SETE 71. DEPOIS QUE 72. NORMALMENTE, 73. QUAL O PRINCIPAL MOTIVO PELO QUAL NINGUÉM COMEU _______
DIAS, QUANTAS VEZES VOCÊ PASSOU A A MAIOR PARTE DOS (LER ALIMENTOS) EM SUA CASA, NOS ÚLTIMOS SETE DIAS?
FOI CONSUMIDO ______ RECEBER O ALIMENTOS DESSE (ESPONTÂNEA)
(LER ALIMENTO) SOMENTE BOLSA FAMÍLIA, O TIPO SÃO: (LER
ENTRE MORADORES (LER CONSUMO DE ____ OPÇÓES)
ABAIXO)
01. Não é do gosto da família
(LER ALIMENTOS) 02. Não temos costume de comer
ENTRE TODOS OS 1. Comprados 03. São difíceis de preparar
ENTREVISTADOR:
MORADORES DE 2. Produzidos pela 04. São caros
ANOTAR O NÚMERO DE
SUA RESIDÊNCIA: própria família OU 05. Não tem para vender com facilidade
VEZES NOS CAMPOS. SE (LER ATÉ OPÇÃO 3)
COD. GRUPOS DE 3. Doados 06. É difícil chegar aos locais de venda destes alimentos
GA ALIMENTOS NECESSÁRIO, AJUDE O
ENTREVISTADO A FAZER 07. Não podem comer porque estão em dieta alimentar especial
CONTAS. 1. Aumentou VÁ PARA O 08. Não é saudável
2. Diminuiu OU PRÓXIMO ITEM 09. Falta água para cozinhar
70. Nenhuma vez 3. Não se alterou 10. Falta tempo para comprar /preparar
(A) (B) 4. NS/NR 11. Faltou gás, lenha ou álcool para cozinhar
MENORES MAIORES 12. Faltou produção para o auto-sustento
DE 10 DE 10 13. Outros
ANOS ANOS
(inclusive)
17 Feijão __________________________________________
V611 V612 V613 V614 V615
19 Milho __________________________________________
V621 V622 V623 V624 V625
Carne vermelha (carne de gado) / Frango, __________________________________________
20
peixe, porco, cabrito, bode, carne de caça
V626 V627 V628 V629 V630
Embutidos (salsicha ou mortadela ou lingüiça __________________________________________
21
ou presunto)
V631 V632 V633 V634 V635
Açúcar, mel, melado de cana, rapadura (usado __________________________________________
22
para adoçar)
V636 V637 V638 V639 V640
Doces, geléias, sorvetes, gelatinas, balas, __________________________________________
23
bombons
V641 V642 V643 V644 V645
16
APLICAR SOMENTE SE CÓD. 70 (NENHUMA VEZ)
NA QUESTÃO 70 A e B
70. NOS ÚLTIMOS SETE 71. DEPOIS QUE 72. NORMALMENTE, 73. QUAL O PRINCIPAL MOTIVO PELO QUAL NINGUÉM COMEU _______
DIAS, QUANTAS VEZES VOCÊ PASSOU A A MAIOR PARTE DOS (LER ALIMENTOS) EM SUA CASA, NOS ÚLTIMOS SETE DIAS?
FOI CONSUMIDO ______ RECEBER O ALIMENTOS DESSE (ESPONTÂNEA)
(LER ALIMENTO) SOMENTE BOLSA FAMÍLIA, O TIPO SÃO: (LER
ENTRE MORADORES (LER CONSUMO DE ____ OPÇÓES)
ABAIXO)
01. Não é do gosto da família
(LER ALIMENTOS) 02. Não temos costume de comer
ENTRE TODOS OS 1. Comprados 03. São difíceis de preparar
ENTREVISTADOR:
MORADORES DE 2. Produzidos pela 04. São caros
ANOTAR O NÚMERO DE
SUA RESIDÊNCIA: própria família OU 05. Não tem para vender com facilidade
VEZES NOS CAMPOS. SE (LER ATÉ OPÇÃO 3)
COD. GRUPOS DE 3. Doados 06. É difícil chegar aos locais de venda destes alimentos
GA ALIMENTOS NECESSÁRIO, AJUDE O
ENTREVISTADO A FAZER 07. Não podem comer porque estão em dieta alimentar especial
CONTAS. 1. Aumentou VÁ PARA O 08. Não é saudável
2. Diminuiu OU PRÓXIMO ITEM 09. Falta água para cozinhar
70. Nenhuma vez 3. Não se alterou 10. Falta tempo para comprar /preparar
(A) (B) 4. NS/NR 11. Faltou gás, lenha ou álcool para cozinhar
MENORES MAIORES 12. Faltou produção para o auto-sustento
DE 10 DE 10 13. Outros
ANOS ANOS
(inclusive)
24 Refrigerantes __________________________________________
V646 V647 V648 V649 V650
17
74. EM SUA OPINIÃO, O QUE OCORREU COM A ALIMENTAÇÃO DA SUA FAMÍLIA A PARTIR DO
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM RELAÇÃO A _______________(LER CADA ITEM): AUMENTOU,
DIMINUIU OU NÃO HOUVE ALTERAÇÃO?
Variedade de alimentos
V677
75. VOCÊ OU ALGUÉM NA FAMÍLIA TEM OU JÁ TEVE PROBLEMAS LIGADOS À SAÚDE QUE TENHA
SIDO DIAGNOSTICADO POR MÉDICO, COMO ____________ (LER CADA ITEM)?
Desnutrição
V682
Deficiência de vitamina A
V684
Bócio (Papo)
V685
Anemia
V686
Diabetes
V687
Anemia Falciforme
V689
Doença celíaca
V690
18
ACESSO À ALIMENTAÇÃO
76. VOU LER ALGUMAS FORMAS DE OBTER ALIMENTAÇÃO E GOSTARIA QUE VOCÊ ME DISSESSE
QUAIS SÃO AS MAIS IMPORTANTES PARA SUA FAMÍLIA. (VER INSTRUÇÃO NO QUESTIONÁRIO
DO TREINAMENTO – LER ATÉ OPÇÃO 7 - MARCAR ATÉ 3 OPÇÕES)
1 - Sim
V695
2 - Não VÁ PARA INSTRUÇÃO ANTES DE 80
78. OS PRODUTOS OBTIDOS DA CAÇA, PESCA OU EXTRATIVISMO SÃO DESTINADOS: (LER ATÉ
OPÇÃO 3)
79. DEPOIS QUE VOCÊS PASSARAM A RECEBER O BOLSA FAMÍLIA A SUA FAMÍLIA PASSOU A
CAÇAR, PESCAR OU PRATICAR EXTRATIVISMO: (LER ATÉ OPÇÃO 3)
1 - mais
2 - menos
3 - não houve alteração
V697
4 - NS
5 - NR
80. SUA FAMÍLIA PLANTA ALGUM TIPO DE ALIMENTO OU CRIA ANIMAIS PARA ALIMENTAÇÃO?
1 – Sim
V698
2 – Não VÁ PARA 93
81. DEPOIS QUE VOCÊS PASSARAM A RECEBER O BOLSA FAMÍLIA A SUA FAMÍLIA PASSOU A
PLANTAR E CRIAR ANIMAIS: (LER ATÉ OPÇÃO 3)
1 - mais
2 - menos
3 - não houve alteração
V699
4 - NS
5 - NR
19
82. SUA FAMÍLIA TEM DIFICULDADES NA AGRICULTURA E/OU NA CRIAÇÃO DE ANIMAIS (SE SIM),
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS NA AGRICULTURA E CRIAÇÃO DE
ANIMAIS? (ESPONTÂNEA - MARCAR ATÉ 3 OPÇÕES)
01 - pouca terra
02 - pouca água
03 - acesso limitado ou inadequado à crédito
V700
04 - baixa formação técnica
05 - acesso limitado a assistência técnica
06 - alto custo dos insumos (adubo, semente, agrotóxico,...)
07 - alto custo da mão-de-obra
08 - riscos associados à produção (estiagem, secas, enchentes, pragas,...)
V701
09 - baixa remuneração da produção
10 - infra-estrutura para a comercialização
11 - falta de tempo
12 - falta de interesse por parte das novas gerações
V710
85 EM RELAÇÃO À TERRA EM QUE SE PLANTA E/OU CRIA ANIMAIS, SUA FAMÍLIA É: (VER
INSTRUÇÃO NO QUESTIONÁRIO DO TREINAMENTO - LER ATÉ A OPÇÃO 09)
01 - Proprietária
02 - Arrendatária
03 - Posseira
04 - Parceira (meeiro, terceiro, quarteiro...)
05 - Assentada pelo Programa Nacional de Reforma Agrária
06 - Beneficiária do Banco da Terra (crédito fundiário)
07 - Comodatária (colono) V711
08 - Uso coletivo
09 - Empregada (remunerada)
20
86 QUAL O TAMANHO DA ÁREA PERTENCENTE/UTILIZADA PELA SUA FAMÍLIA? (ESPONTÂNEA)
1 – Até 2 hectares
2 – Mais de 2 a 5 hectares
3 – Mais de 5 a 10 hectares
4 – Mais de 10 a 20 hectares
5 – Mais de 20 a 50 hectares
6 – Mais de 50 hectares
V712
– Outro: _______________________________ (anotar a resposta e a unidade de
medida, por exemplo: 10 alqueires mineiro/baiano/paulista... 5 alqueirões... 800
litros... 100 braças... 30.000 metros quadrados... etc.)
87 SUA FAMÍLIA TEVE NOS ÚLTIMOS 3 ANOS, ALGUMA FORMA DE CRÉDITO, EMPRÉSTIMO OU
FINANCIAMENTO AGRÍCOLA? (SE SIM), QUAL FOI OU FORAM OS CRÉDITOS AGRÍCOLAS QUE
SUA FAMÍLIA TEVE? (ESPONTÂNEA - MARCAR ATÉ 4 OPÇÕES)
03 - Fundos constitucionais------------------------------------------------------\
04 - Crédito através de cooperativas de crédito ou de fundo rotativo > VÁ
V715 V716
> PARA
- Outros: ____________________________________________ > 89
(Anotar)-------------------------------------/
1 – Sim
2 – Não
VÁ PARA 91 V718
- outro: ______________________________
(Anotar)
91 SUA FAMÍLIA RECEBE ALGUM TIPO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA AGRICULTURA E/OU NA
CRIAÇÃO DE ANIMAIS? (ESPONTÂNEA)
1 - Sim
2 - Não V720
92 SEUS FILHOS PRETENDEM CONTINUAR A PLANTAR E/OU CRIAR ANIMAIS PARA O CONSUMO?
(ESPONTÂNEA)
1 - Sim 3 - NS/NR
2 - Não 4 - NA V721
21
AGORA, VAMOS FALAR SOBRE LOCAIS DE COMPRA DE ALIMENTOS:
APLICAR NA HORIZONTAL.
93. A SUA FAMÍLIA 94. POR QUE SUA FAMÍLIA COMPRA EM 95. QUAL É A PRINCIPAL FORMA DE
COSTUMA COMPRAR __________________________ (LER TIPO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS EM _____ (LER
ALIMENTOS EM ESTABELECIMENTO)? (ESPONTÂNEA) TIPO DE ESTABELECIMENTO)? (ESPONTÂNEA)
_______ (LER TIPO DE
ESTABELECIMENTO)? 01 - Única opção 01 - Pagamento à vista
TIPO DE 02 - Melhor preço 02 - Pagamento a prazo (prestações)
ESTABELECIMENTO 1 - Sim 03 - Melhor qualidade 03 - Sistema de cadernetas
04 - Proximidade de casa 04 - Fiado
2 - Não => Vá p/o próx. 05 - Possibilidade de comprar fiado
estabele- 06 - Variedade de produtos - Outro (anotar)
cimento
- Outro (anotar)
SUPERMERCADOS E MERCADOS DE
1 MÉDIO PORTE (MERCEARIA,
ARMAZÉM, ETC.) V722
V723 V724
3 FEIRAS/MERCADOS MUNICIPAIS
V728
V729 V730
4 SACOLÃO/VAREJÃO/FRUTARIA
V731
V732 V733
96. QUEM DA SUA FAMÍLIA MAIS INFLUENCIA NA DECISÃO DO QUE DEVE SER COMPRADO COM O DINHEIRO DO BOLSA FAMÍLIA? (ANOTAR O NOME E O
NÚMERO DA PESSOA CORRESPONDENTE AO QUADRO “CARACTERÍSTICA DOS MORADORES”, COM DOIS DÍGITOS - MARCAR ATÉ 2 OPÇÕES)
________________________________________________________________________________________________
(Anotar nome)
V734
22
VAMOS AGORA FALAR SOBRE A DOAÇÃO DE ALIMENTOS E PROGRAMAS PÚBLICOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR.
APLICAR NA HORIZONTAL.
97. NOS ÚLTIMOS 12 98. COM QUE FREQÜÊNCIA SUA 99. DE QUEM SUA FAMÍLIA RECEBEU ______________ (LER DOAÇÕES/PROGRAMAS)?
MESES SUA FAMÍLIA FAMÍLIA RECEBEU/ UTILIZOU (ESPONTÂNEA)
RECEBEU/ UTILIZOU __________? (LER DOAÇÕES/ 1 – Citou
____? (LER DOAÇÕES/ PROGRAMAS) - (LER ATÉ 2 – Não citou
PROGRAMAS) OPÇÃO 4)
TIPO DE
DOAÇÃO/ PROGRAMA
1 - Sim 1 - diariamente
2 - semanalmente
Igreja
Outros
Amigos
Governo
Políticos
Feira livre
Familiares
Restaurante
Empregador
5 - NS/NR
03 Doação de leite
V757 V758 V759 V760 V761 V762 V763 V764 V765 V766 V767
Alimentos de hortas
04
comunitárias
V768 V769 V770 V771 V772 V773 V774 V775 V776 V777 V778
Alimentos de banco de
05
alimentos
V779 V780 V781 V782 V783 V784 V785 V786 V787 V788 V789
Alimentos de Programa
06 de Aquisição de
Alimentos (PAA) V790 V791 V792 V793 V794 V795 V796 V797 V798 V799 V800
Alimentos de cozinhas
07
comunitárias
V801 V802 V803 V804 V805 V806 V807 V808 V809 V810 V811
Suplementação de ferro
08
em postos de saúde
V812 V813 V814 V815 V816 V817 V818 V819 V820 V821 V822
Suplementação de
09 Vitamina A em postos
de saúde V823 V824 V825 V826 V827 V828 V829 V830 V831 V832 V833
Alimentação do
10 trabalhador (vale/ ticket
alimentação/ refeição) V834 V835 V836 V837 V838 V839 V840 V841 V842 V843 V844
23
RELAÇÕES SOCIAIS DE GÊNERO (APLICAR O BLOCO RESERVADAMENTE)
100. NA SUA OPINIÃO, O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DEVE FICAR NO NOME DE QUEM (LER ATÉ
OPÇÃO 2)
1 - homem
2 - mulher
V845
3 - tanto faz => VÁ PARA 102
- Outro: ____________________________________
(Anotar)
102. VOU LER ALGUMAS SITUAÇÕES, PARA QUE VOCÊ ME DIGA SE OCORRERAM OU NÃO.
DEPOIS QUE VOCÊ PASSOU A RECEBER O BOLSA FAMÍLIA ___________? (LER ITENS DO
QUADRO):
Aumentou a pressão dos filhos(as) para comprar produtos que eles preferem V848
103. O QUANTO O BOLSA FAMÍLIA LHE AJUDOU A ________ (LER ITENS DO QUADRO): (LER ATÉ
OPÇÃO 3)
1 – Ajudou muito
2 – Ajudou um pouco
3 – Não ajudou
4 – NS/NR
Freqüentar algum curso de educação formal, como ensino fundamental, médio, superior. V853
Participar de curso de alfabetização de jovens e adultos – AJA ou curso de Educação de
Jovens e Adultos – EJA. V854
24
104. O QUANTO O BOLSA FAMÍLIA LHE AJUDOU A ________ (LER ITENS DO QUADRO): (LER ATÉ
OPÇÃO 3)
1 – Ajudou muito
2 – Ajudou um pouco
3 – Não ajudou
4 – NS/NR
Ter mais informação sobre assuntos como planejamento familiar, gravidez, menopausa... V857
Ter mais acesso a exames pelo SUS V858
105. O QUANTO O BOLSA FAMÍLIA LHE AJUDOU A ________ (LER ITENS DO QUADRO): (LER ATÉ
OPÇÃO 3)
1 – Ajudou muito
2 – Ajudou um pouco
3 – Não ajudou
4 – NS/NR
106. A) VOCÊ DEIXOU DE EXERCER ALGUM TRABALHO REMUNERADO POR CAUSA DO BOLSA
FAMÍLIA?
V868
25
107. NOS ÚLTIMOS 12 MESES VOCÊ PARTICIPOU DE: (LER ITENS DO QUADRO)
1 – Citou
2 – Não citou
1 - aumentou
2 - diminuiu
3 - não houve alteração
V874
4 - NS
5 - NR
FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA
109. COMO VOCÊ FICOU SABENDO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA, PELA PRIMEIRA VEZ?
(ESPONTÂNEA)
01 - TV
02 - rádio
03 - jornal
04 - carro de som
05 - na secretaria ou núcleo de assistência social
06 - na escola
07 - no posto de saúde/ hospital
V875
08 - no sindicato
09 - na igreja
10 - através de amigos ou parentes
- outro: _____________________________
(Anotar)
110. NEM TODA FAMÍLIA PODE SER BENEFICIÁRIA DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA. VOCÊ SABE
QUAIS OS CRITÉRIOS/CONDIÇÕES QUE UMA FAMÍLIA DEVE TER PARA PODER PARTICIPAR
DO PROGRAMA? (SE SIM), QUAIS? (ESPONTÂNEA – ANOTAR ATÉ 3 RESPOSTAS)
26
111. VOCÊ SABE POR QUE ALGUMAS FAMÍLIAS GANHAM UM DETERMINADO VALOR E OUTRAS
GANHAM UM VALOR DIFERENTE?
1 – Sim
2 – Não
3 – NS V879
4 – NR
113. A SUA FAMÍLIA TEM DIFICULDADES PARA CUMPRIR COM ESSAS OBRIGAÇÕES?
1 – sim
V883
2 – não => VÁ PARA 115
114. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA SE CUMPRIR COM ESSAS OBRIGAÇÕES?
(ESPONTÂNEA – ANOTAR ATÉ 3 RESPOSTAS)
- outra: _____________________________________________________
(Anotar)
80 - NS V886
90 - NR
115. EM SUA OPINIÃO, VOCÊ ACHA CERTO QUE AS FAMÍLIAS QUE NÃO CUMPREM COM ESSAS
OBRIGAÇÕES SEJAM EXCLUÍDAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA?
1 – Sim
2 – Não
V887
3 – NS/NR
27
117. SE VOCÊ TIVER DÚVIDAS SOBRE O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA, SABE ONDE BUSCAR
INFORMAÇÃO? (ESPONTÂNEA – ANOTAR ATÉ 5 OPÇÕES)
- Outro: _______________________________
(Anotar) V894
118. NO CASO DE COISAS ERRADAS NO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA, VOCÊ SABE COMO FAZER
DENÚNCIAS?
1 – Sim
2 – Não V895
B) QUAL?
______________________________________________________________
(Anotar) V897
120. VOCÊ CONHECE ALGUMA PESSOA, QUE, A SEU VER, PRECISA DO BOLSA FAMÍLIA, SE
CADASTROU E NUNCA RECEBEU O BENEFÍCIO?
1 – Sim
2 – Não V898
121. QUANTO TEMPO VOCÊ GASTOU NO DESLOCAMENTO PARA BUSCAR O DINHEIRO DO BOLSA
FAMÍLIA NO ÚLTIMO MÊS? (LER ATÉ OPÇÃO 4)
1 – Nada
2 – Até R$ 2,00
3 – Mais de R$ 2,00 até R$ 5,00
4 – Mais de R$ 5,00 até R$ 15,00 V900
5 – Mais de R$ 15,00
6 – NS/Não lembra
28
123. ATÉ QUANDO VOCÊ ACHA QUE SUA FAMÍLIA DEVERIA CONTINUAR RECEBENDO O DINHEIRO
DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA? (ESPONTÂNEA)
OBTENÇÃO DA ENTREVISTA
OCORRÊNCIA: _________________________________________________________________________
OCORRÊNCIA: _________________________________________________________________________
OCORRÊNCIA: _________________________________________________________________________
1 – Primeira visita
2 – Segunda visita
V902
3 – Terceira visita
29
IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO/BENEFICIÁRIO – OBRIGATÓRIO PREENCHIMENTO
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
Bairro: ________________________________________________________________________________
CEP: _____________________________________________ -
30
Se o beneficiário mudou de endereço e foi localizado,
registre o novo endereço abaixo:
______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ __________________
Bairro: ________________________________________________________________________________
CEP: _______________________________________________
Município: ________________________________________________
Estado: ______________________________________________________________________
Região: __________________________________________________________________________
Código e nome
________________________________________________________
do entrevistador:
Código e nome
________________________________________________________
do supervisor:
Checagem: ________________________________________________________
31
ANEXO6ERROS
DE AMOSTRAGEM
Uma forma comumente usada para dar indicação sobre a precisão de uma
amostra é baseada nos erros de amostragem. Esses erros, derivados do proces-
so de seleção probabilística da amostra, são calculados com base nos dados da
própria amostra e variam de acordo com a variável estudada.
Duas formas costumam ser usadas para sua apresentação: (1) por meio dos
coeficientes de variação dos estimadores; (2) por meio de intervalos de confian-
ça das estimativas. No caso, optou-se por apresentar os intervalos de confiança
de algumas variáveis escolhidas por meio de tabelas que informam o valor da
estimativa e o seu intervalo de confiança de nível 95%.
Com esses intervalos, indica-se que existe probabilidade de 95% do valor
verdadeiro e desconhecido da variável na população de pesquisa (conjunto de
pessoas beneficiárias ativas em março de 2007, data de referência do cadastro
de seleção) estar nele contido. Assim, quanto menor a amplitude do intervalo de
confiança, maior a precisão da amostra para a variável considerada.
Como a maior parte das variáveis pesquisadas é categorizada, o estimador
utilizado neste anexo é o de proporção. Uma vez que os pesos amostrais são
constantes por estrato (amostra autoponderada por macrorregião), a notação
descrita no capítulo 2 pode ser simplificada.
Assim, se Phi for o estimador de proporção para um conglomerado (muni-
cípio) i do estrato h (h = 1, 2, 3, 4, 5) qualquer, o estimador da proporção de um
estrato, representado por Ph, será dado pela expressão (1) e sua variância pela
expressão (2) –
(1),
(2),
onde:
1,96 é a abscissa da distribuição normal (0; 1) que corresponde à probabili-
dade de 95%.
Como a amostra é independente por estrato, o estimador de uma propor-
ção nacional é apresentado na expressão (4); sua variância consta da expressão
(5); e o intervalo de confiança é apresentado na expressão (6):
(4),
(5),
(6).
(*) Nota: As famílias beneficiárias que respondem, na questão 80, que não plantam alimento ou criam animais, não res-
pondem à questão 81. Portanto, há poucos beneficiários que respondem a essa questão e, em alguns conglomerados, ela
acabou não sendo aplicada (todos responderam não na questão 80). Assim, para o cálculo do erro nessa questão, foram
considerados apenas os conglomerados em que pelo menos uma pessoas beneficiária respondia à questão.
(*) Nota: As famílias beneficiárias que respondem, na questão 80, que não plantam alimento ou criam animais, não res-
pondem à questão 81. Portanto, há poucos beneficiários que respondem a essa questão e, em alguns conglomerados, ela
acabou não sendo aplicada (todos responderam não na questão 80). Assim, para o cálculo do erro nessa questão, foram
considerados apenas os conglomerados em que pelo menos uma pessoas beneficiária respondia à questão.
(*) Nota: As famílias beneficiárias que respondem, na questão 80, que não plantam alimento ou criam animais, não res-
pondem à questão 81. Portanto, há poucos beneficiários que respondem a essa questão e, em alguns conglomerados, ela
acabou não sendo aplicada (todos responderam não na questão 80). Assim, para o cálculo do erro nessa questão, foram
considerados apenas os conglomerados em que pelo menos uma pessoas beneficiária respondia à questão.
(*) Nota: As famílias beneficiárias que respondem, na questão 80, que não plantam alimento ou criam animais, não res-
pondem à questão 81. Portanto, há poucos beneficiários que respondem a essa questão e, em alguns conglomerados, ela
acabou não sendo aplicada (todos responderam não na questão 80). Assim, para o cálculo do erro nessa questão, foram
considerados apenas os conglomerados em que pelo menos uma pessoas beneficiária respondia à questão.
(*) Nota: As famílias beneficiárias que respondem, na questão 80, que não plantam alimento ou criam animais, não res-
pondem à questão 81. Portanto, há poucos beneficiários que respondem a essa questão e, em alguns conglomerados, ela
acabou não sendo aplicada (todos responderam não na questão 80). Assim, para o cálculo do erro nessa questão, foram
considerados apenas os conglomerados em que pelo menos uma pessoas beneficiária respondia à questão.
(*) Nota: As famílias beneficiárias que respondem, na questão 80, que não plantam alimento ou criam animais, não res-
pondem à questão 81. Portanto, há poucos beneficiários que respondem a essa questão e, em alguns conglomerados, ela
acabou não sendo aplicada (todos responderam não na questão 80). Assim, para o cálculo do erro nessa questão, foram
considerados apenas os conglomerados em que pelo menos uma pessoas beneficiária respondia à questão.
CARACTERÍSTICAS DO DOMICÍLIO
v1 - Área
RESULTADO Casos %
Urbana 8661893 78,30%
Rural 2407285 21,70%
GERAL
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Urbana 545505 91,20%
Rural 52636 8,80%
CENTRO OESTE
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Urbana 4007782 72,60%
Rural 1512579 27,40%
NORDESTE
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Urbana 881694 84,20%
Rural 165448 15,80%
NORTE
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Urbana 2371747 82,30%
Rural 510084 17,70%
SUDESTE
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Urbana 855165 83,70%
Rural 166538 16,30%
SUL
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v2 - Localização do domicílio
RESULTADO Casos %
Conjunto habitacional ou casas de vila 3066876 27,70%
Favelas ou áreas urbanas ocupadas 852903 7,70%
Acampamentos rurais 21060 0,20%
v3 - Tipo de domicílio
RESULTADO Casos %
Casa 10784645 97,40%
Apartamento 43785 0,40%
Cômodo 223845 2,00%
GERAL
Barraca/Oca 16903 0,20%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Casa 570627 95,40%
Apartamento 1196 0,20%
Cômodo 25122 4,20%
CENTRO OESTE
Barraca/Oca 1196 0,20%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Casa 5476198 99,20%
Apartamento 5520 0,10%
Cômodo 33122 0,60%
NORDESTE
Barraca/Oca 5520 0,10%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Casa 1004209 95,90%
Apartamento 3141 0,30%
Cômodo 33509 3,20%
NORTE
Barraca/Oca 6283 0,60%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Casa 2726212 94,60%
Apartamento 28818 1,00%
Cômodo 123919 4,30%
SUDESTE
Barraca/Oca 2882 0,10%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Casa 1007399 98,60%
Apartamento 5109 0,50%
Cômodo 8174 0,80%
SUL
Barraca/Oca 1022 0,10%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
NORTE
Madeira aproveitada 245031 23,40%
NORTE
Palha 10471 1,00%
Outro material 7330 0,70%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Alvenaria 2619584 90,90%
Madeira aparelhada 48991 1,70%
Taipa não-revestida 8645 0,30%
SUDESTE Madeira aproveitada 54755 1,90%
Outro material 149855 5,20%
BASE 2881831 100,00%
Total 2881831 100,00%
Alvenaria 596675 58,40%
Madeira aparelhada 259513 25,40%
Taipa não-revestida 8174 0,80%
SUL Madeira aproveitada 152234 14,90%
Outro material 5109 0,50%
BASE 1021703 100,00%
Total 1021703 100,00%
SUL
Não 44955 4,40%
SUL
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v8 - Proveniência da água
RESULTADO Casos %
Rede geral de distribuição 8425155 76,10%
Poço ou nascente 1886344 17,00%
Bica pública 37411 0,30%
Carro pipa 46149 0,40%
GERAL Cisterna de placa 164567 1,50%
Açude 66488 0,60%
Outra forma 443065 4,00%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Rede geral de distribuição 510812 85,40%
Poço ou nascente 55627 9,30%
Cisterna de placa 26916 4,50%
CENTRO OESTE
Outra forma 4785 0,80%
BASE 598141 100,00%
Total 598141 100,00%
Rede geral de distribuição 3930497 71,20%
Poço ou nascente 1010226 18,30%
Bica pública 16561 0,30%
Carro pipa 27602 0,50%
NORDESTE Cisterna de placa 110407 2,00%
Açude 60724 1,10%
Outra forma 364344 6,60%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Rede geral de distribuição 643992 61,50%
Poço ou nascente 362311 34,60%
Bica pública 5236 0,50%
Carro pipa 2094 0,20%
NORTE
Cisterna de placa 4189 0,40%
Outra forma 29320 2,80%
BASE 1047142 100,00%
Total 1047142 100,00%
Rede geral de distribuição 2475493 85,90%
Poço ou nascente 314120 10,90%
Bica pública 11527 0,40%
Carro pipa 14409 0,50%
SUDESTE Cisterna de placa 23055 0,80%
Açude 5764 0,20%
Outra forma 37464 1,30%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Rede geral de distribuição 864361 84,60%
Poço ou nascente 144060 14,10%
Bica pública 4087 0,40%
SUL Carro pipa 2043 0,20%
Outra forma 7152 0,70%
BASE 1021703 100,00%
Total 1021703 100,00%
GERAL
Entre 4 e 6 vezes 1218094 11,00%
GERAL Mais de 6 vezes 5023025 45,40%
NS/Não se lembra 290538 2,60%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Nenhuma vez 120226 20,10%
Entre 1 e 3 vezes 102282 17,10%
Entre 4 e 6 vezes 58618 9,80%
CENTRO OESTE Mais de 6 vezes 300865 50,30%
NS/Não se lembra 16150 2,70%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Nenhuma vez 789412 14,30%
Entre 1 e 3 vezes 1081991 19,60%
Entre 4 e 6 vezes 673484 12,20%
NORDESTE Mais de 6 vezes 2842986 51,50%
NS/Não se lembra 132489 2,40%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Nenhuma vez 219900 21,00%
Entre 1 e 3 vezes 271210 25,90%
Entre 4 e 6 vezes 156024 14,90%
NORTE Mais de 6 vezes 378018 36,10%
NS/Não se lembra 21990 2,10%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Nenhuma vez 910659 31,60%
Entre 1 e 3 vezes 518730 18,00%
Entre 4 e 6 vezes 273774 9,50%
SUDESTE Mais de 6 vezes 1072041 37,20%
NS/Não se lembra 106628 3,70%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Nenhuma vez 355553 34,80%
Entre 1 e 3 vezes 167559 16,40%
Entre 4 e 6 vezes 56194 5,50%
SUL Mais de 6 vezes 429115 42,00%
NS/Não se lembra 13282 1,30%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
GERAL
30 a 34 anos 3587930 6,90%
35 a 39 anos 3865114 7,50%
GERAL 40 a 44 anos 3257909 6,30%
45 a 49 anos 2343354 4,50%
50 a 54 anos 1527021 3,00%
55 a 59 anos 1152225 2,20%
60 a 64 anos 669964 1,30%
65 a 69 anos 454911 0,90%
70 a 74 anos 158316 0,30%
75 a 79 anos 174767 0,30%
80 anos ou mais 170815 0,30%
BASE 11069178 100,00%
Menos de 1 ano 32898 1,20%
1 a 4 anos 181835 6,80%
5 a 9 anos 379221 14,10%
10 a 14 anos 488083 18,20%
15 a 18 anos 297874 11,10%
19 a 24 anos 203368 7,60%
25 a 29 anos 167479 6,20%
30 a 34 anos 226097 8,40%
35 a 39 anos 220116 8,20%
CENTRO OESTE 40 a 44 anos 170470 6,40%
45 a 49 anos 101086 3,80%
50 a 54 anos 75964 2,80%
55 a 59 anos 53235 2,00%
60 a 64 anos 31103 1,20%
65 a 69 anos 28113 1,00%
70 a 74 anos 10767 0,40%
75 a 79 anos 8972 0,30%
80 anos ou mais 4785 0,20%
BASE 598141 100,00%
Menos de 1 ano 331222 1,30%
1 a 4 anos 1926606 7,50%
5 a 9 anos 3566153 13,80%
10 a 14 anos 3991221 15,50%
15 a 18 anos 2809864 10,90%
19 a 24 anos 2826425 10,90%
25 a 29 anos 1645068 6,40%
30 a 34 anos 1667149 6,50%
35 a 39 anos 1876923 7,30%
NORDESTE 40 a 44 anos 1661629 6,40%
45 a 49 anos 1220000 4,70%
50 a 54 anos 728688 2,80%
55 a 59 anos 640362 2,50%
60 a 64 anos 380905 1,50%
65 a 69 anos 270498 1,00%
70 a 74 anos 60724 0,20%
75 a 79 anos 93846 0,40%
80 anos ou mais 115928 0,40%
BASE 5520361 100,00%
Menos de 1 ano 94243 1,70%
1 a 4 anos 451318 8,00%
5 a 9 anos 919391 16,40%
10 a 14 anos 949758 16,90%
15 a 18 anos 588494 10,50%
19 a 24 anos 493204 8,80%
25 a 29 anos 427234 7,60%
30 a 34 anos 386395 6,90%
35 a 39 anos 370688 6,60%
NORTE 40 a 44 anos 279587 5,00%
45 a 49 anos 189533 3,40%
50 a 54 anos 166496 3,00%
55 a 59 anos 100526 1,80%
60 a 64 anos 57593 1,00%
65 a 69 anos 65970 1,20%
70 a 74 anos 28273 0,50%
75 a 79 anos 24084 0,40%
80 anos ou mais 19896 0,40%
BASE 1047142 100,00%
Menos de 1 ano 175792 1,30%
1 a 4 anos 1017286 7,70%
5 a 9 anos 2025927 15,40%
10 a 14 anos 2288174 17,40%
15 a 18 anos 1374633 10,50%
19 a 24 anos 974059 7,40%
25 a 29 anos 841495 6,40%
30 a 34 anos 1020168 7,80%
35 a 39 anos 1048986 8,00%
SUDESTE 40 a 44 anos 821322 6,30%
45 a 49 anos 593657 4,50%
SUDESTE
GERAL
Titular é homem, com companheira e
crianças 530696 4,80%
Titular é mulher, sem companheiro e com
crinças 3008063 27,20%
GERAL
Titular é homem, sem companheira e com
crinças 89738 0,80%
O domicílio não possui crianças de 18 anos
ou menos 584272 5,30%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Titular é mulher, com companheiro e
crianças 357090 59,70%
Titular é homem, com companheira e
crianças 29907 5,00%
Titular é mulher, sem companheiro e com
crinças 183031 30,60%
CENTRO OESTE
Titular é homem, sem companheira e com
crinças 8374 1,40%
O domicílio não possui crianças de 18 anos
ou menos 19739 3,30%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Titular é mulher, com companheiro e
crianças 3455746 62,60%
Titular é homem, com companheira e
crianças 287059 5,20%
Titular é mulher, sem companheiro e com
crinças 1358009 24,60%
NORDESTE
Titular é homem, sem companheira e com
crinças 38643 0,70%
O domicílio não possui crianças de 18 anos
ou menos 380905 6,90%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Titular é mulher, com companheiro e
crianças 671218 64,10%
Titular é homem, com companheira e
crianças 61781 5,90%
Titular é mulher, sem companheiro e com
crinças 276445 26,40%
NORTE
Titular é homem, sem companheira e com
crinças 10471 1,00%
O domicílio não possui crianças de 18 anos
ou menos 27226 2,60%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Titular é mulher, com companheiro e
crianças 1783853 61,90%
Titular é homem, com companheira e
crianças 100864 3,50%
Titular é mulher, sem companheiro e com
crinças 878958 30,50%
SUDESTE
Titular é homem, sem companheira e com
crinças 23055 0,80%
O domicílio não possui crianças de 18 anos
ou menos 95100 3,30%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Titular é mulher, com companheiro e
crianças 588501 57,60%
Titular é homem, com companheira e
crianças 51085 5,00%
Titular é mulher, sem companheiro e com
crinças 311619 30,50%
SUL
Titular é homem, sem companheira e com
crinças 9195 0,90%
O domicílio não possui crianças de 18 anos
ou menos 61302 6,00%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
SAÚDE DO TITULAR
v114 - Tem algum problema crônico de saúde (TITULAR)
RESULTADO Casos %
Sim 2446234 22,10%
Não 8615112 77,80%
GERAL NS/NR 7833 0,10%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 147143 24,60%
Não 450998 75,40%
CENTRO OESTE
BASE 598141 100,00%
Total 598141 100,00%
Sim 1054389 19,10%
Não 4465972 80,90%
NORDESTE
BASE 5520361 100,00%
Total 5520361 100,00%
Sim 174873 16,70%
Não 871222 83,20%
NORTE NS/NR 1047 0,10%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 769449 26,70%
Não 2106618 73,10%
SUDESTE NS/NR 5764 0,20%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 300381 29,40%
Não 720301 70,50%
SUL NS/NR 1022 0,10%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v115 - Tem algum problema mental permanente (TITULAR)
RESULTADO Casos %
Sim 170956 1,50%
Não 10894144 98,40%
GERAL NS/NR 4078 0,00%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 15552 2,60%
Não 581393 97,20%
CENTRO OESTE NS/NR 1196 0,20%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 93846 1,70%
Não 5426515 98,30%
NORDESTE
BASE 5520361 100,00%
Total 5520361 100,00%
Sim 9424 0,90%
Não 1037718 99,10%
NORTE
BASE 1047142 100,00%
Total 1047142 100,00%
Sim 31700 1,10%
Não 2847249 98,80%
SUDESTE NS/NR 2882 0,10%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 20434 2,00%
Não 1001269 98,00%
SUL
BASE 1021703 100,00%
Total 1021703 100,00%
VARIÁVEL CRIADA - Tem algum problema crônico de saúde (considera titular e outros moradores)
RESULTADO Casos %
Pelo menos um morador no domicílio
possui 4256162 38,50%
GERAL Nenhum morador no domicílio possui 6813016 61,50%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 238060 39,80%
CENTRO OESTE Nenhum morador no domicílio possui 360081 60,20%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 1871402 33,90%
NORDESTE Nenhum morador no domicílio possui 3648959 66,10%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 359170 34,30%
NORTE Nenhum morador no domicílio possui 687972 65,70%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 1308351 45,40%
SUDESTE Nenhum morador no domicílio possui 1573480 54,60%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 479179 46,90%
SUL Nenhum morador no domicílio possui 542524 53,10%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
VARIÁVEL CRIADA - Tem algum problema mental permanente (considera titular e outros
moradores)
RESULTADO Casos %
Pelo menos um morador no domicílio
possui 849423 7,70%
GERAL Nenhum morador no domicílio possui 10219755 92,30%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 45459 7,60%
CENTRO OESTE Nenhum morador no domicílio possui 552682 92,40%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 430588 7,80%
NORDESTE Nenhum morador no domicílio possui 5089773 92,20%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 69111 6,60%
NORTE Nenhum morador no domicílio possui 978031 93,40%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 195965 6,80%
SUDESTE Nenhum morador no domicílio possui 2685866 93,20%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Pelo menos um morador no domicílio
possui 108301 10,60%
SUL Nenhum morador no domicílio possui 913402 89,40%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v118 a v272 - Procurou atendimento médico ou de saúde nos últimos 6 meses (TITULAR +
MORADORES)
RESULTADO casos %
Sim 23564005 45,60%
Não 28099080 54,40%
GERAL
NS/NR 15052 0,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 1298564 48,40%
Não 1381706 51,50%
CENTRO OESTE
NS/NR 1196 0,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 11366423 44,00%
NORDESTE Não 14446785 56,00%
BASE 5520361 100,00%
Sim 2135123 38,00%
Não 3473370 61,90%
NORTE
NS/NR 4189 0,10%
BASE 1047142 100,00%
Sim 6896222 52,50%
Não 6227637 47,40%
SUDESTE
NS/NR 8645 0,10%
BASE 2881831 100,00%
Sim 1867673 42,10%
Não 2569583 57,90%
SUL
NS/NR 1022 0,00%
BASE 1021703 100,00%
v119 a v273 - Onde foi feito o atendimento médico ou de saúde (TITULAR + MORADORES)
RESULTADO casos %
Hospital público ou posto de saúde 22978224 97,50%
Agente comunitário de saúde 271561 1,20%
Clínica médica ou hospital de plano de
GERAL saúde 108486 0,50%
Clínica,hospital ou médico particular 202642 0,90%
NS/NR 3091 0,00%
BASE 9370537 84,70%
Hospital público ou posto de saúde 1286003 99,00%
Agente comunitário de saúde 2393 0,20%
Clínica médica ou hospital de plano de
CENTRO OESTE
saúde 2393 0,20%
Clínica,hospital ou médico particular 7776 0,60%
BASE 519186 86,80%
Hospital público ou posto de saúde 11156650 98,20%
Agente comunitário de saúde 77285 0,70%
Clínica médica ou hospital de plano de
NORDESTE
saúde 22081 0,20%
Clínica,hospital ou médico particular 110407 1,00%
BASE 4615022 83,60%
Hospital público ou posto de saúde 2027267 94,90%
Agente comunitário de saúde 93196 4,40%
Clínica médica ou hospital de plano de
NORTE saúde 7330 0,30%
Clínica,hospital ou médico particular 6283 0,30%
NS/NR 1047 0,00%
BASE 840855 80,30%
Hospital público ou posto de saúde 6706021 97,20%
Agente comunitário de saúde 54755 0,80%
Clínica médica ou hospital de plano de
SUDESTE
saúde 63400 0,90%
Clínica,hospital ou médico particular 72046 1,00%
BASE 2564830 89,00%
Hospital público ou posto de saúde 1802284 96,50%
Agente comunitário de saúde 43933 2,40%
Clínica médica ou hospital de plano de
SUL saúde 13282 0,70%
Clínica,hospital ou médico particular 6130 0,30%
SUL
v119 a v273 AGREGADAS - Onde foi feito o atendimento médico ou de saúde (TITULAR +
MORADORES)
RESULTADO casos %
Serviço público 23249786 98,70%
Serviço particular 311128 1,30%
GERAL
NS/NR 3091 0,00%
BASE 9370537 84,70%
Serviço público 1288396 99,20%
CENTRO OESTE Serviço particular 10168 0,80%
BASE 519186 86,80%
Serviço público 11233935 98,80%
NORDESTE Serviço particular 132489 1,20%
BASE 4615022 83,60%
Serviço público 2120463 99,30%
Serviço particular 13613 0,60%
NORTE
NS/NR 1047 0,00%
BASE 840855 80,30%
Serviço público 6760776 98,00%
SUDESTE Serviço particular 135446 2,00%
BASE 2564830 89,00%
Serviço público 1846217 98,90%
Serviço particular 19412 1,00%
SUL
NS/NR 2043 0,10%
BASE 830645 81,30%
SUDESTE
Sim 11873144 90,40%
Almoço Não 1253596 9,50%
NS/NR 5764 0,00%
SUDESTE Sim 8824167 67,20%
Lanche Não 4276637 32,60%
NS/NR 31700 0,20%
Sim 12766511 97,20%
Jantar/lanche da noite Não 360229 2,70%
NS/NR 5764 0,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 4125637 93,00%
Café da manhã Não 311619 7,00%
NS/NR 1022 0,00%
Sim 4176722 94,10%
Almoço
Não 261556 5,90%
SUL
Sim 3513637 79,20%
Lanche
Não 924641 20,80%
Sim 4353476 98,10%
Jantar/lanche da noite
Não 84801 1,90%
BASE 1021703 100,00%
TRABALHO (TITULAR)
v279 - Nos últimos 30 dias trabalhou ou não (TITULAR)
RESULTADO Casos %
Teve trabalho remunerado 4715381 42,60%
Teve trabalho remunerado,mas estava
afastado 119043 1,10%
Não teve trabalho remunerado 3907877 35,30%
GERAL
Nunca trabalhou 1875335 16,90%
É aposentado/pensionista 451543 4,10%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Teve trabalho remunerado 284117 47,50%
Teve trabalho remunerado,mas estava
afastado 9570 1,60%
Não teve trabalho remunerado 211144 35,30%
CENTRO OESTE
Nunca trabalhou 74169 12,40%
É aposentado/pensionista 19141 3,20%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Teve trabalho remunerado 2130859 38,60%
Teve trabalho remunerado,mas estava
afastado 38643 0,70%
Não teve trabalho remunerado 1899004 34,40%
NORDESTE
Nunca trabalhou 1203439 21,80%
É aposentado/pensionista 248416 4,50%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Teve trabalho remunerado 431423 41,20%
Teve trabalho remunerado,mas estava
afastado 12566 1,20%
Não teve trabalho remunerado 374877 35,80%
NORTE
Nunca trabalhou 189533 18,10%
É aposentado/pensionista 38744 3,70%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Teve trabalho remunerado 1409215 48,90%
Teve trabalho remunerado,mas estava
afastado 31700 1,10%
Não teve trabalho remunerado 1066277 37,00%
SUDESTE
Nunca trabalhou 296829 10,30%
É aposentado/pensionista 77809 2,70%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Teve trabalho remunerado 459766 45,00%
Teve trabalho remunerado,mas estava
afastado 26564 2,60%
Não teve trabalho remunerado 356574 34,90%
SUL
Nunca trabalhou 111366 10,90%
É aposentado/pensionista 67432 6,60%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
NORDESTE
Empregado do setor privado 1600905 21,70%
Servidor público 452670 6,10%
NORDESTE Empregador 5520 0,10%
Trabalhador por conta própria 4129230 55,90%
Aprendiz ou estagiário 99366 1,30%
BASE 4504615 81,60%
Empregado(a) doméstico(a) 317284 21,20%
Empregado do setor privado 270163 18,10%
Servidor público 122516 8,20%
NORTE Empregador 2094 0,10%
Trabalhador por conta própria 770697 51,50%
Aprendiz ou estagiário 12566 0,80%
BASE 917296 87,60%
Empregado(a) doméstico(a) 939477 21,80%
Empregado do setor privado 1253596 29,10%
Servidor público 201728 4,70%
SUDESTE
Trabalhador por conta própria 1873190 43,40%
Aprendiz ou estagiário 43227 1,00%
BASE 2579239 89,50%
Empregado(a) doméstico(a) 185950 14,30%
Empregado do setor privado 335119 25,80%
Servidor público 35760 2,80%
SUL Empregador 1022 0,10%
Trabalhador por conta própria 734604 56,60%
Aprendiz ou estagiário 5109 0,40%
BASE 859252 84,10%
EDUCAÇÃO (TITULAR)
v356 - Sabe ler e escrever (TITULAR)
RESULTADO Casos %
Sim 9002821 81,30%
Não 2052381 18,50%
GERAL NS/NR 13976 0,10%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 530551 88,70%
Não 66992 11,20%
CENTRO OESTE
CENTRO OESTE NS/NR 598 0,10%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 4079547 73,90%
Não 1435294 26,00%
NORDESTE NS/NR 5520 0,10%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Sim 920438 87,90%
Não 124610 11,90%
NORTE NS/NR 2094 0,20%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 2561948 88,90%
Não 314120 10,90%
SUDESTE NS/NR 5764 0,20%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 910337 89,10%
Não 111366 10,90%
SUL
BASE 1021703 100,00%
Total 1021703 100,00%
v359 a v431 - Com que freqüência come a merenda oferecida (TITULAR + MORADORES)
RESULTADO casos %
Todos os dias considerando finais de
semana e férias 1643864 9,20%
Todos os dias exceto finais de semana e
férias 11114088 62,20%
GERAL Quase todos os dias 3158204 17,70%
Raramente 1487673 8,30%
Nunca 416023 2,30%
NS/NR 46517 0,30%
BASE 8706773 78,70%
Todos os dias considerando finais de
semana e férias 43664 4,50%
Todos os dias exceto finais de semana e
férias 810481 83,40%
CENTRO OESTE Quase todos os dias 65796 6,80%
Raramente 28113 2,90%
Nunca 20935 2,20%
NS/NR 2991 0,30%
BASE 500046 83,60%
Todos os dias considerando finais de
semana e férias 662443 7,80%
Todos os dias exceto finais de semana e
férias 4918642 57,90%
NORDESTE Quase todos os dias 1755475 20,70%
Raramente 938461 11,00%
Nunca 193213 2,30%
NS/NR 27602 0,30%
BASE 4062986 73,60%
Todos os dias considerando finais de
semana e férias 358123 17,50%
Todos os dias exceto finais de semana e
férias 1076462 52,60%
NORTE Quase todos os dias 545561 26,60%
Raramente 51310 2,50%
Nunca 11519 0,60%
NS/NR 5236 0,30%
BASE 877505 83,80%
Todos os dias considerando finais de
semana e férias 380402 8,00%
Todos os dias exceto finais de semana e
férias 3100850 65,50%
SUDESTE Quase todos os dias 665703 14,10%
Raramente 420747 8,90%
Nunca 155619 3,30%
NS/NR 8645 0,20%
BASE 2412093 83,70%
Todos os dias considerando finais de
semana e férias 199232 12,30%
Todos os dias exceto finais de semana e
férias 1207653 74,60%
SUL Quase todos os dias 125669 7,80%
Raramente 49042 3,00%
Nunca 34738 2,10%
NS/NR 2043 0,10%
BASE 854144 83,60%
Descriptives
Minimum 15
Maximum 800
Mean 216,49 0,11
95% Lower
Confidence Bound 216,27
Interval for Upper
Mean Bound 216,71
v499 - Gasto da família com alimentação 5% Trimmed Mean 209,3
NORTE
nos últimos 30 dias
Median 200
Variance 12510,54
Std. Deviation 111,85
Minimum 10
Maximum 800
Mean 231,29 0,07
95% Lower
Confidence Bound 231,16
Interval for Upper
Mean Bound 231,43
v499 - Gasto da família com alimentação 5% Trimmed Mean 222,9
SUDESTE
nos últimos 30 dias
Median 200
Variance 14414,4
Std. Deviation 120,06
Minimum 30
Maximum 1300
Mean 224,12 0,12
95% Lower
Confidence Bound 223,89
Interval for Upper
Mean Bound 224,36
v499 - Gasto da família com alimentação 5% Trimmed Mean 215,42
SUL
nos últimos 30 dias
Median 200
Variance 14639,41
Std. Deviation 120,99
Minimum 10
Maximum 900
Descriptives
Variance 11199,81
Std. Deviation 105,83
Minimum 1
Maximum 2000
Mean 68,13 0,1
95% Lower
Confidence Bound 67,94
Interval for Upper
Mean Bound 68,32
v500 - Gasto da família com saúde nos 5% Trimmed Mean 55,79
NORTE
últimos 30 dias
Median 50
Variance 6505,64
Std. Deviation 80,66
Minimum 4
Maximum 700
Mean 69,14 0,05
95% Lower
Confidence Bound 69,04
Interval for Upper
Mean Bound 69,24
v500 - Gasto da família com saúde nos 5% Trimmed Mean 60,08
SUDESTE
últimos 30 dias
Median 50
Variance 4937,34
Std. Deviation 70,27
Minimum 1
Maximum 800
Mean 83,89 0,18
95% Lower
Confidence Bound 83,54
Interval for Upper
Mean Bound 84,25
v500 - Gasto da família com saúde nos 5% Trimmed Mean 68,28
SUL
últimos 30 dias
Median 50
Variance 18285,13
Std. Deviation 135,22
Minimum 4
Maximum 2500
Descriptives
Descriptives
Descriptives
Descriptives
v505 - PETI
Cases
Valid
RESULTADO N
GERAL v505 - PETI 91697
CENTRO OESTE v505 - PETI 1794
NORDESTE v505 - PETI 38643
NORTE v505 - PETI 13613
SUDESTE v505 - PETI 34582
SUL v505 - PETI 3065
Descriptives
Descriptives
Descriptives
Descriptives
Descriptives
Variance 3687,21
Std. Deviation 60,72
Minimum 4,5
Maximum 438
Descriptives
Descriptives
Variance 461,36
Std. Deviation 21,48
Minimum 0,17
Maximum 300
Mean 20,01 0,04
95% Lower
Confidence Bound 19,92
Interval for Upper
Mean Bound 20,1
VARIÁVEL CRIADA - Percentual do gasto 5% Trimmed Mean 15,67
SUL
com saúde sobre a renda total
Median 13,19
Variance 1075,12
Std. Deviation 32,79
Minimum 0,63
Maximum 555,56
Descriptives
v511 - Nos últimos 3 meses a comida acabou antes que tivesse dinheiro para comprar
mais
RESULTADO Casos %
Sim 6693267 60,50%
Não 4372197 39,50%
GERAL NS/NR 3714 0,00%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 281724 47,10%
Não 315818 52,80%
CENTRO OESTE NS/NR 598 0,10%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 3930497 71,20%
Não 1589864 28,80%
NORDESTE
BASE 5520361 100,00%
Total 5520361 100,00%
Sim 667029 63,70%
Não 378018 36,10%
NORTE NS/NR 2094 0,20%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 1325642 46,00%
Não 1556189 54,00%
SUDESTE
BASE 2881831 100,00%
Total 2881831 100,00%
Sim 488374 47,80%
Não 532307 52,10%
SUL NS/NR 1022 0,10%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v512 - Nos últimos 3 meses ficou sem dinheiro para ter uma alimentação saudável e
variada
RESULTADO Casos %
Sim 8137677 73,50%
Não 2926316 26,40%
GERAL NS/NR 5185 0,00%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 416306 69,60%
Não 181835 30,40%
CENTRO OESTE
BASE 598141 100,00%
Total 598141 100,00%
Sim 4316922 78,20%
Não 1203439 21,80%
NORDESTE
BASE 5520361 100,00%
Total 5520361 100,00%
Sim 783262 74,80%
Não 260738 24,90%
NORTE NS/NR 3141 0,30%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 1999991 69,40%
Não 881840 30,60%
SUDESTE
BASE 2881831 100,00%
Total 2881831 100,00%
Sim 621195 60,80%
Não 398464 39,00%
SUL NS/NR 2043 0,20%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v513 - Nos últimos 3 meses teve que se basear em alguns poucos tipos de alimentos para
alimentar menores de 18 anos
RESULTADO Casos %
Sim 7729208 74,40%
GERAL
Não 2635502 25,40%
GERAL NS/NR 19472 0,20%
Total 10384182 100,00%
BASE 10384182 93,80%
Sim 395969 69,00%
Não 177050 30,90%
CENTRO OESTE NS/NR 598 0,10%
Total 573617 100,00%
BASE 573617 95,90%
Sim 4090588 80,70%
Não 971584 19,20%
NORDESTE NS/NR 5520 0,10%
Total 5067691 100,00%
BASE 5067691 91,80%
Sim 744518 73,60%
Não 256550 25,40%
NORTE NS/NR 10471 1,00%
Total 1011539 100,00%
BASE 1011539 96,60%
Sim 1910654 68,80%
Não 864549 31,10%
SUDESTE NS/NR 2882 0,10%
Total 2778085 100,00%
BASE 2778085 96,40%
Sim 587479 61,60%
Não 365770 38,40%
SUL
BASE 953249 93,30%
Total 953249 100,00%
v514 - Nos últimos 3 meses algum adulto diminuiu a quantidade de alimentos nas
refeições porque não havia dinheiro para comprar comida
RESULTADO Casos %
Sim 6070796 66,00%
Não 3124981 34,00%
GERAL NS/NR 7818 0,10%
Total 9203594 100,00%
BASE 9203594 83,10%
Sim 283519 61,60%
Não 174657 38,00%
CENTRO OESTE NS/NR 1794 0,40%
Total 459970 100,00%
BASE 459970 76,90%
Sim 3533031 73,50%
Não 1275203 26,50%
NORDESTE
BASE 4808234 87,10%
Total 4808234 100,00%
Sim 634568 72,40%
Não 238748 27,20%
NORTE NS/NR 3141 0,40%
Total 876458 100,00%
BASE 876458 83,70%
Sim 1184433 51,20%
Não 1126796 48,70%
SUDESTE NS/NR 2882 0,10%
Total 2314110 100,00%
BASE 2314110 80,30%
Sim 435245 58,40%
Não 309576 41,60%
SUL
BASE 744821 72,90%
Total 744821 100,00%
v515 - Nos últimos 3 meses algum adulto pulou refeições porque não havia dinheiro pra
comprar comida
RESULTADO Casos %
Sim 3478234 37,80%
Não 5721621 62,20%
GERAL NS/NR 3740 0,00%
Total 9203594 100,00%
BASE 9203594 83,10%
Sim 156713 34,10%
Não 302659 65,80%
CENTRO OESTE NS/NR 598 0,10%
Total 459970 100,00%
BASE 459970 76,90%
Sim 1893484 39,40%
Não 2914751 60,60%
NORDESTE
BASE 4808234 87,10%
Total 4808234 100,00%
Sim 419904 47,90%
Não 453412 51,70%
NORTE
NORTE NS/NR 3141 0,40%
Total 876458 100,00%
BASE 876458 83,70%
Sim 743512 32,10%
Não 1570598 67,90%
SUDESTE
BASE 2314110 80,30%
Total 2314110 100,00%
Sim 264621 35,50%
Não 480200 64,50%
SUL
BASE 744821 72,90%
Total 744821 100,00%
v516 - Nos últimos 3 meses comeu menos do que achou que devia porque não tinha
dinheiro para comprar comida
RESULTADO Casos %
Sim 5572707 60,50%
Não 3612842 39,30%
GERAL NS/NR 18045 0,20%
Total 9203594 100,00%
BASE 9203594 83,10%
Sim 209947 45,60%
Não 248229 54,00%
CENTRO OESTE NS/NR 1794 0,40%
Total 459970 100,00%
BASE 459970 76,90%
Sim 3372941 70,10%
Não 1424253 29,60%
NORDESTE NS/NR 11041 0,20%
Total 4808234 100,00%
BASE 4808234 87,10%
Sim 578022 65,90%
Não 294247 33,60%
NORTE NS/NR 4189 0,50%
Total 876458 100,00%
BASE 876458 83,70%
Sim 1063396 46,00%
Não 1250715 54,00%
SUDESTE
BASE 2314110 80,30%
Total 2314110 100,00%
Sim 348401 46,80%
Não 395399 53,10%
SUL NS/NR 1022 0,10%
Total 744821 100,00%
BASE 744821 72,90%
v517 - Nos últimos 3 meses sentiu fome mas não comeu porque não podia comprar comida
suficiente
RESULTADO Casos %
Sim 3034406 33,00%
Não 6151688 66,80%
GERAL NS/NR 17501 0,20%
Total 9203594 100,00%
BASE 9203594 83,10%
Sim 119628 26,00%
Não 338548 73,60%
CENTRO OESTE NS/NR 1794 0,40%
Total 459970 100,00%
BASE 459970 76,90%
Sim 1827239 38,00%
Não 2975475 61,90%
NORDESTE NS/NR 5520 0,10%
Total 4808234 100,00%
BASE 4808234 87,10%
Sim 386395 44,10%
Não 483780 55,20%
NORTE NS/NR 6283 0,70%
Total 876458 100,00%
BASE 876458 83,70%
Sim 510084 22,00%
Não 1801144 77,80%
SUDESTE NS/NR 2882 0,10%
Total 2314110 100,00%
BASE 2314110 80,30%
Sim 191058 25,70%
Não 552741 74,20%
SUL NS/NR 1022 0,10%
Total 744821 100,00%
BASE 744821 72,90%
v518 - Nos últimos 3 meses perdeu peso porque não tinha dinheiro para comprar comida
RESULTADO Casos %
Sim 2064261 22,40%
Não 6929787 75,30%
GERAL NS/NR 209546 2,30%
Total 9203594 100,00%
BASE 9203594 83,10%
Sim 86132 18,70%
Não 366660 79,70%
CENTRO OESTE NS/NR 7178 1,60%
Total 459970 100,00%
BASE 459970 76,90%
Sim 1208959 25,10%
Não 3510950 73,00%
NORDESTE NS/NR 88326 1,80%
Total 4808234 100,00%
BASE 4808234 87,10%
Sim 223041 25,40%
Não 586400 66,90%
NORTE NS/NR 67017 7,60%
Total 876458 100,00%
BASE 876458 83,70%
Sim 409220 17,70%
Não 1873190 80,90%
SUDESTE NS/NR 31700 1,40%
Total 2314110 100,00%
BASE 2314110 80,30%
Sim 136908 18,40%
Não 592588 79,60%
SUL NS/NR 15326 2,10%
Total 744821 100,00%
BASE 744821 72,90%
v520 - Nos últimos 3 meses algum adulto ficou um dia inteiro sem comer ou teve apenas
uma refeição ao dia
RESULTADO Casos %
Sim 1665924 18,10%
Não 7528113 81,80%
GERAL NS/NR 9558 0,10%
Total 9203594 100,00%
GERAL
v521 - Nos últimos 3 meses não pôde oferecer a algum morador com menos de 18 anos
uma alimentação saudável e variada
RESULTADO Casos %
Sim 6445187 73,90%
Não 2260340 25,90%
GERAL NS/NR 11787 0,10%
Total 8717314 100,00%
BASE 8717314 78,80%
Sim 327183 74,00%
Não 114843 26,00%
CENTRO OESTE
BASE 442026 73,90%
Total 442026 100,00%
Sim 3516470 78,40%
Não 966063 21,60%
NORDESTE
BASE 4482533 81,20%
Total 4482533 100,00%
Sim 633521 73,90%
Não 220947 25,80%
NORTE NS/NR 3141 0,40%
Total 857609 100,00%
BASE 857609 81,90%
Sim 1538898 68,80%
Não 688758 30,80%
SUDESTE NS/NR 8645 0,40%
Total 2236301 100,00%
BASE 2236301 77,60%
Sim 429115 61,40%
Não 269730 38,60%
SUL
BASE 698845 68,40%
Total 698845 100,00%
v522 - Nos últimos 3 meses algum morador com menos de 18 anos não comeu em
quantidade suficiente
RESULTADO Casos %
Sim 3851060 44,20%
Não 4847067 55,60%
GERAL NS/NR 19187 0,20%
Total 8717314 100,00%
BASE 8717314 78,80%
Sim 156713 35,50%
Não 284715 64,40%
CENTRO OESTE NS/NR 598 0,10%
Total 442026 100,00%
BASE 442026 73,90%
Sim 2423438 54,10%
Não 2053574 45,80%
NORDESTE NS/NR 5520 0,10%
Total 4482533 100,00%
BASE 4482533 81,20%
Sim 411527 48,00%
Não 439800 51,30%
NORTE NS/NR 6283 0,70%
Total 857609 100,00%
BASE 857609 81,90%
Sim 688758 30,80%
SUDESTE
Não 1541780 68,90%
SUDESTE NS/NR 5764 0,30%
Total 2236301 100,00%
BASE 2236301 77,60%
Sim 170624 24,40%
Não 527199 75,40%
SUL NS/NR 1022 0,10%
Total 698845 100,00%
BASE 698845 68,40%
v523 - Nos últimos 3 meses diminuiu a quantidade de alimentos das refeições de algum
morador com menos de 18 anos
RESULTADO Casos %
Sim 4125365 47,30%
Não 4582446 52,60%
GERAL NS/NR 9503 0,10%
Total 8717314 100,00%
BASE 8717314 78,80%
Sim 184826 41,80%
Não 256602 58,10%
CENTRO OESTE NS/NR 598 0,10%
Total 442026 100,00%
BASE 442026 73,90%
Sim 2611131 58,30%
Não 1871402 41,70%
NORDESTE
BASE 4482533 81,20%
Total 4482533 100,00%
Sim 410480 47,90%
Não 443988 51,80%
NORTE NS/NR 3141 0,40%
Total 857609 100,00%
BASE 857609 81,90%
Sim 700285 31,30%
Não 1530252 68,40%
SUDESTE NS/NR 5764 0,30%
Total 2236301 100,00%
BASE 2236301 77,60%
Sim 218644 31,30%
Não 480200 68,70%
SUL
BASE 698845 68,40%
Total 698845 100,00%
v524 - Nos últimos 3 meses algum morador com menos de 18 anos deixou de fazer alguma
refeição
RESULTADO Casos %
Sim 1823743 20,90%
Não 6887209 79,00%
GERAL NS/NR 6362 0,10%
Total 8717314 100,00%
BASE 8717314 78,80%
Sim 96899 21,90%
Não 344529 77,90%
CENTRO OESTE NS/NR 598 0,10%
Total 442026 100,00%
BASE 442026 73,90%
Sim 977104 21,80%
Não 3505429 78,20%
NORDESTE
BASE 4482533 81,20%
Total 4482533 100,00%
Sim 210476 24,50%
Não 647134 75,50%
NORTE
BASE 857609 81,90%
Total 857609 100,00%
Sim 420747 18,80%
Não 1809790 80,90%
SUDESTE NS/NR 5764 0,30%
Total 2236301 100,00%
BASE 2236301 77,60%
Sim 118518 17,00%
Não 580327 83,00%
SUL
BASE 698845 68,40%
Total 698845 100,00%
v525 - Nos últimos 3 meses algum morador com menos de 18 teve fome, mas não podia
comprar comida
RESULTADO Casos %
Sim 2062148 23,70%
Não 6650041 76,30%
GERAL NS/NR 5125 0,10%
Total 8717314 100,00%
GERAL
v526 - Nos últimos 3 meses algum morador com menos de 18 anos ficou sem comer por
um dia inteiro
RESULTADO Casos %
Sim 787373 9,00%
Não 7926037 90,90%
GERAL NS/NR 3904 0,00%
Total 8717314 100,00%
BASE 8717314 78,80%
Sim 34094 7,70%
Não 407932 92,30%
CENTRO OESTE
BASE 442026 73,90%
Total 442026 100,00%
Sim 469231 10,50%
Não 4013302 89,50%
NORDESTE
BASE 4482533 81,20%
Total 4482533 100,00%
Sim 59687 7,00%
Não 797922 93,00%
NORTE
BASE 857609 81,90%
Total 857609 100,00%
Sim 167146 7,50%
Não 2066273 92,40%
SUDESTE NS/NR 2882 0,10%
Total 2236301 100,00%
BASE 2236301 77,60%
Sim 57215 8,20%
Não 640608 91,70%
SUL NS/NR 1022 0,10%
Total 698845 100,00%
BASE 698845 68,40%
Tapioca 789144 45,40% 88259 5,10% 856966 49,30% 5520 0,30% 1739889 100,00%
BASE 1739889 15,70% 1739889 15,70%
Macarrão 4901280 53,00% 228280 2,50% 4126317 44,60% 9255877 100,00%
BASE 9255877 83,60% 9255877 83,60%
Tubérculos e raízes 2582325 42,70% 173972 2,90% 3293964 54,40% 1645 0,00% 6051906 100,00%
BASE 6051906 54,70% 6051906 54,70%
Milho 622021 36,70% 35921 2,10% 1036817 61,20% 598 0,00% 1695357 100,00%
BASE 1695357 15,30% 1695357 15,30%
Arroz 310435 52,00% 1196 0,20% 285911 47,80% 597543 100,00%
BASE 597543 99,90% 597543 99,90%
Farinha de mandioca 183629 45,50% 218920 54,30% 598 0,10% 403147 100,00%
BASE 403147 67,40% 403147 67,40%
Farinha de milho 77160 46,40% 89123 53,60% 166283 100,00%
BASE 166283 27,80% 166283 27,80%
Creme de arroz, amido de milho 56823 59,00% 39477 41,00% 96301 100,00%
BASE 96301 16,10% 96301 16,10%
Pão 317613 60,70% 598 0,10% 202770 38,70% 2393 0,50% 523373 100,00%
BASE 523373 87,50% 523373 87,50%
CENTRO OESTE
Cuscuz 68786 52,50% 62207 47,50% 130993 100,00%
BASE 130993 21,90% 130993 21,90%
Tapioca 34692 48,30% 37085 51,70% 71777 100,00%
BASE 71777 12,00% 71777 12,00%
Macarrão 289500 54,50% 241649 45,50% 531149 100,00%
BASE 531149 88,80% 531149 88,80%
Tubérculos e raízes 177648 46,60% 203368 53,30% 598 0,20% 381614 100,00%
BASE 381614 63,80% 381614 63,80%
Milho 55627 41,20% 78955 58,40% 598 0,40% 135180 100,00%
BASE 135180 22,60% 135180 22,60%
Arroz 3753845 68,80% 27602 0,50% 1667149 30,60% 5520 0,10% 5454117 100,00%
BASE 5454117 98,80% 5454117 98,80%
Farinha de mandioca 2699457 55,80% 110407 2,30% 2020452 41,70% 11041 0,20% 4841357 100,00%
BASE 4841357 87,70% 4841357 87,70%
Farinha de milho 1159276 59,30% 33122 1,70% 761810 39,00% 1954208 100,00%
BASE 1954208 35,40% 1954208 35,40%
Creme de arroz, amido de milho 960543 69,60% 38643 2,80% 380905 27,60% 1380090 100,00%
BASE 1380090 25,00% 1380090 25,00%
Pão 3030678 63,80% 176652 3,70% 1529140 32,20% 16561 0,30% 4753031 100,00%
BASE 4753031 86,10% 4753031 86,10%
NORDESTE
Cuscuz 2561448 61,80% 104887 2,50% 1468416 35,40% 11041 0,30% 4145791 100,00%
BASE 4145791 75,10% 4145791 75,10%
Tapioca 557556 48,60% 77285 6,70% 507873 44,20% 5520 0,50% 1148235 100,00%
BASE 1148235 20,80% 1148235 20,80%
Macarrão 2533846 59,20% 160090 3,70% 1584344 37,00% 4278280 100,00%
BASE 4278280 77,50% 4278280 77,50%
Tubérculos e raízes 988145 44,20% 121448 5,40% 1126154 50,40% 2235746 100,00%
BASE 2235746 40,50% 2235746 40,50%
Milho 276018 41,00% 16561 2,50% 380905 56,60% 673484 100,00%
BASE 673484 12,20% 673484 12,20%
Arroz 584305 56,40% 2094 0,20% 443988 42,90% 5236 0,50% 1035623 100,00%
BASE 1035623 98,90% 1035623 98,90%
Farinha de mandioca 476450 47,90% 4189 0,40% 508911 51,20% 4189 0,40% 993738 100,00%
BASE 993738 94,90% 993738 94,90%
Farinha de milho 106808 48,60% 113091 51,40% 219900 100,00%
BASE 219900 21,00% 219900 21,00%
Creme de arroz, amido de milho 194768 66,20% 4189 1,40% 95290 32,40% 294247 100,00%
BASE 294247 28,10% 294247 28,10%
Pão 519382 55,00% 4189 0,40% 418857 44,40% 1047 0,10% 943475 100,00%
BASE 943475 90,10% 943475 90,10%
NORTE
Cuscuz 116233 36,60% 1047 0,30% 198957 62,70% 1047 0,30% 317284 100,00%
BASE 317284 30,30% 317284 30,30%
Tapioca 119374 34,00% 4189 1,20% 227230 64,80% 350793 100,00%
BASE 350793 33,50% 350793 33,50%
Macarrão 387443 46,90% 6283 0,80% 432470 52,30% 826195 100,00%
BASE 826195 78,90% 826195 78,90%
Tubérculos e raízes 179061 33,20% 4189 0,80% 354981 65,80% 1047 0,20% 539278 100,00%
BASE 539278 51,50% 539278 51,50%
Milho 40839 34,80% 1047 0,90% 75394 64,30% 117280 100,00%
BASE 117280 11,20% 117280 11,20%
Arroz 1357342 47,10% 48991 1,70% 1472616 51,20% 2878949 100,00%
BASE 2878949 99,90% 2878949 99,90%
Farinha de mandioca 668585 37,40% 40346 2,30% 1077805 60,30% 1786735 100,00%
BASE 1786735 62,00% 1786735 62,00%
Farinha de milho 573484 38,20% 31700 2,10% 896249 59,70% 1501434 100,00%
BASE 1501434 52,10% 1501434 52,10%
Creme de arroz, amido de milho 273774 49,00% 14409 2,60% 268010 47,90% 2882 0,50% 559075 100,00%
BASE 559075 19,40% 559075 19,40%
Pão 1383279 52,10% 51873 2,00% 1219015 45,90% 2654166 100,00%
BASE 2654166 92,10% 2654166 92,10%
SUDESTE
Cuscuz 95100 34,70% 8645 3,20% 170028 62,10% 273774 100,00%
BASE 273774 9,50% 273774 9,50%
SUDESTE
NORDESTE
BASE 1380090 25,00% 1380090 25,00%
Pão 4648144 97,80% 11041 0,20% 93846 2,00% 4753031 100,00%
BASE 4753031 86,10% 4753031 86,10%
NORDESTE
Cuscuz 3991221 96,30% 99366 2,40% 55204 1,30% 4145791 100,00%
BASE 4145791 75,10% 4145791 75,10%
Tapioca 1010226 88,00% 77285 6,70% 60724 5,30% 1148235 100,00%
BASE 1148235 20,80% 1148235 20,80%
Macarrão 4228597 98,80% 11041 0,30% 38643 0,90% 4278280 100,00%
BASE 4278280 77,50% 4278280 77,50%
Tubérculos e raízes 1882443 84,20% 198733 8,90% 154570 6,90% 2235746 100,00%
BASE 2235746 40,50% 2235746 40,50%
Milho 436109 64,80% 138009 20,50% 99366 14,80% 673484 100,00%
BASE 673484 12,20% 673484 12,20%
Arroz 997926 96,40% 23037 2,20% 14660 1,40% 1035623 100,00%
BASE 1035623 98,90% 1035623 98,90%
Farinha de mandioca 902636 90,80% 78536 7,90% 12566 1,30% 993738 100,00%
BASE 993738 94,90% 993738 94,90%
Farinha de milho 212570 96,70% 3141 1,40% 4189 1,90% 219900 100,00%
BASE 219900 21,00% 219900 21,00%
Creme de arroz, amido de milho 292153 99,30% 2094 0,70% 294247 100,00%
BASE 294247 28,10% 294247 28,10%
Pão 915202 97,00% 17801 1,90% 10471 1,10% 943475 100,00%
BASE 943475 90,10% 943475 90,10%
NORTE
Cuscuz 252361 79,50% 58640 18,50% 6283 2,00% 317284 100,00%
BASE 317284 30,30% 317284 30,30%
Tapioca 277493 79,10% 60734 17,30% 12566 3,60% 350793 100,00%
BASE 350793 33,50% 350793 33,50%
Macarrão 818865 99,10% 2094 0,30% 5236 0,60% 826195 100,00%
BASE 826195 78,90% 826195 78,90%
Tubérculos e raízes 414668 76,90% 99478 18,40% 25131 4,70% 539278 100,00%
BASE 539278 51,50% 539278 51,50%
Milho 89007 75,90% 14660 12,50% 13613 11,60% 117280 100,00%
BASE 117280 11,20% 117280 11,20%
Arroz 2772321 96,30% 23055 0,80% 83573 2,90% 2878949 100,00%
BASE 2878949 99,90% 2878949 99,90%
Farinha de mandioca 1680107 94,00% 34582 1,90% 72046 4,00% 1786735 100,00%
BASE 1786735 62,00% 1786735 62,00%
Farinha de milho 1438034 95,80% 8645 0,60% 54755 3,60% 1501434 100,00%
BASE 1501434 52,10% 1501434 52,10%
Creme de arroz, amido de milho 533139 95,40% 25936 4,60% 559075 100,00%
BASE 559075 19,40% 559075 19,40%
Pão 2541775 95,80% 48991 1,80% 63400 2,40% 2654166 100,00%
BASE 2654166 92,10% 2654166 92,10%
SUDESTE
Cuscuz 244956 89,50% 20173 7,40% 8645 3,20% 273774 100,00%
BASE 273774 9,50% 273774 9,50%
Tapioca 118155 77,40% 28818 18,90% 5764 3,80% 152737 100,00%
BASE 152737 5,30% 152737 5,30%
Macarrão 2587884 96,70% 2882 0,10% 86455 3,20% 2677221 100,00%
BASE 2677221 92,90% 2677221 92,90%
Tubérculos e raízes 1904890 91,00% 66282 3,20% 121037 5,80% 2092209 100,00%
BASE 2092209 72,60% 2092209 72,60%
Milho 492793 96,10% 14409 2,80% 5764 1,10% 512966 100,00%
BASE 512966 17,80% 512966 17,80%
Arroz 986965 96,70% 21456 2,10% 12260 1,20% 1020681 100,00%
BASE 1020681 99,90% 1020681 99,90%
Farinha de mandioca 539459 97,80% 5109 0,90% 7152 1,30% 551720 100,00%
BASE 551720 54,00% 551720 54,00%
Farinha de milho 665129 95,90% 20434 2,90% 8174 1,20% 693736 100,00%
BASE 693736 67,90% 693736 67,90%
Creme de arroz, amido de milho 199232 99,00% 2043 1,00% 201275 100,00%
BASE 201275 19,70% 201275 19,70%
Pão 735626 73,60% 248274 24,80% 15326 1,50% 999226 100,00%
BASE 999226 97,80% 999226 97,80%
SUL
Cuscuz 93997 72,40% 34738 26,80% 1022 0,80% 129756 100,00%
BASE 129756 12,70% 129756 12,70%
Tapioca 16347 100,00% 16347 100,00%
BASE 16347 1,60% 16347 1,60%
Macarrão 853122 90,50% 84801 9,00% 5109 0,50% 943032 100,00%
BASE 943032 92,30% 943032 92,30%
Tubérculos e raízes 680454 84,70% 107279 13,40% 15326 1,90% 803059 100,00%
BASE 803059 78,60% 803059 78,60%
Milho 211493 82,50% 39846 15,50% 5109 2,00% 256447 100,00%
BASE 256447 25,10% 256447 25,10%
v535 - Motivo pelo qual ninguém comeu ARROZ nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 27602 33,60%
Não temos costume de comer 1047 1,30%
São caros 31790 38,60%
GERAL
Faltou gás,lenha ou álcool para cozinhar
GERAL 3480 4,20%
Faltou produção para o auto-sustento 1047 1,30%
Outros 17298 21,00%
Total 82265 100,00%
BASE 82265 0,70%
v545 - Motivo pelo qual ninguém comeu FARINHA DE MANDIOCA nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 771007 30,90%
Não temos costume de comer 1093016 43,90%
São difíceis de preparar 7143 0,30%
São caros 293659 11,80%
Não tem para vender com facilidade 3480 0,10%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 2882 0,10%
GERAL Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 20544 0,80%
Não é saudável 18001 0,70%
Falta tempo para comprar/preparar 6720 0,30%
Faltou produção para o auto-sustento 37370 1,50%
Outros 238661 9,60%
Total 2492482 100,00%
BASE 2492482 22,50%
Não é do gosto da família 44861 23,00%
Não temos costume de comer 80749 41,40%
São difíceis de preparar 1196 0,60%
São caros 31103 16,00%
Não tem para vender com facilidade 598 0,30%
Não podem comer porque estão em dieta
CENTRO OESTE alimentar especial 598 0,30%
Não é saudável 1196 0,60%
Falta tempo para comprar/preparar 1794 0,90%
Faltou produção para o auto-sustento 2393 1,20%
Outros 30505 15,60%
BASE 194994 32,60%
Total 194994 100,00%
Não é do gosto da família 253937 37,40%
Não temos costume de comer 226335 33,30%
São caros 115928 17,10%
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 11041 1,60%
NORDESTE
Não é saudável 11041 1,60%
Faltou produção para o auto-sustento 16561 2,40%
Outros 44163 6,50%
BASE 679004 12,30%
Total 679004 100,00%
Não é do gosto da família 15707 29,40%
Não temos costume de comer 17801 33,30%
São caros 3141 5,90%
Não podem comer porque estão em dieta
NORTE alimentar especial 3141 5,90%
Faltou produção para o auto-sustento 1047 2,00%
Outros 12566 23,50%
BASE 53404 5,10%
Total 53404 100,00%
Não é do gosto da família 308356 28,20%
Não temos costume de comer 533139 48,70%
São difíceis de preparar 2882 0,30%
São caros 89337 8,20%
Não tem para vender com facilidade 2882 0,30%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 2882 0,30%
SUDESTE
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 5764 0,50%
Não é saudável 5764 0,50%
Falta tempo para comprar/preparar 2882 0,30%
Outros 141210 12,90%
BASE 1095096 38,00%
Total 1095096 100,00%
Não é do gosto da família 148147 31,50%
Não temos costume de comer 234992 50,00%
São difíceis de preparar 3065 0,70%
São caros 54150 11,50%
SUL Falta tempo para comprar/preparar 2043 0,40%
Faltou produção para o auto-sustento 17369 3,70%
Outros 10217 2,20%
BASE 469983 46,00%
Total 469983 100,00%
v550 - Motivo pelo qual ninguém comeu FARINHA DE MILHO nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 1603072 24,50%
Não temos costume de comer 3225423 49,40%
São difíceis de preparar 59832 0,90%
São caros 784919 12,00%
Não tem para vender com facilidade 76674 1,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 16520 0,30%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 17691 0,30%
Não é saudável 1620 0,00%
Falta tempo para comprar/preparar 34470 0,50%
v555 - Motivo pelo qual ninguém comeu CREME DE ARROZ, AMIDO DE MILHO nos últimos
sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 1475248 17,30%
Não temos costume de comer 4032933 47,20%
São difíceis de preparar 10025 0,10%
São caros 2496794 29,20%
Não tem para vender com facilidade 24896 0,30%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 5998 0,10%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 13353 0,20%
Não é saudável 1620 0,00%
Falta tempo para comprar/preparar 7982 0,10%
SUDESTE
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 2882 0,10%
Não podem comer porque estão em dieta
SUDESTE
alimentar especial 5764 0,20%
Falta tempo para comprar/preparar 5764 0,20%
v560 - Motivo pelo qual ninguém comeu PÃO nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 69103 5,80%
Não temos costume de comer 130666 10,90%
São caros 529618 44,30%
Não tem para vender com facilidade 113533 9,50%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 100850 8,40%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 1047 0,10%
Falta tempo para comprar/preparar 2094 0,20%
v565 - Motivo pelo qual ninguém comeu CUSCUZ nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 1027919 16,90%
Não temos costume de comer 3270205 53,90%
São difíceis de preparar 216852 3,60%
São caros 679453 11,20%
Não tem para vender com facilidade 83836 1,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 32920 0,50%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 17013 0,30%
Não é saudável 16590 0,30%
Falta tempo para comprar/preparar 35385 0,60%
v570 - Motivo pelo qual ninguém comeu TAPIOCA nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 1738534 18,60%
Não temos costume de comer 4637143 49,70%
São difíceis de preparar 380616 4,10%
São caros 1211503 13,00%
Não tem para vender com facilidade 375357 4,00%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 95704 1,00%
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 23631 0,30%
GERAL
Não é saudável 5125 0,10%
Falta água para cozinhar 598 0,00%
Falta tempo para comprar/preparar 91384 1,00%
v575 - Motivo pelo qual ninguém comeu MACARRÃO nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 142166 7,80%
Não temos costume de comer 390325 21,50%
São difíceis de preparar 9449 0,50%
São caros 677469 37,40%
Não tem para vender com facilidade 60414 3,30%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 14425 0,80%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 10050 0,60%
Não é saudável 9449 0,50%
Falta tempo para comprar/preparar 37637 2,10%
v580 - Motivo pelo qual ninguém comeu TUBÉRCULOS E RAÍZES nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 430793 8,60%
Não temos costume de comer 1270391 25,30%
São difíceis de preparar 45944 0,90%
São caros 1791879 35,70%
Não tem para vender com facilidade 309612 6,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 134144 2,70%
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 25684 0,50%
GERAL
Não é saudável 6119 0,10%
Falta água para cozinhar 5520 0,10%
Falta tempo para comprar/preparar 29556 0,60%
v625 - Motivo pelo qual ninguém comeu MILHO nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 1023458 10,90%
Não temos costume de comer 3568592 38,10%
São difíceis de preparar 55039 0,60%
São caros 2063413 22,00%
Não tem para vender com facilidade 1000540 10,70%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 189117 2,00%
GERAL
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 5520 0,10%
Falta tempo para comprar/preparar 27862 0,30%
Faltou produção para o auto-sustento 319328 3,40%
Outros 1120952 12,00%
Total 9373821 100,00%
BASE 9373821 84,70%
Não é do gosto da família 39477 8,50%
Não temos costume de comer 168078 36,30%
São difíceis de preparar 1794 0,40%
São caros 160302 34,60%
Não tem para vender com facilidade 22131 4,80%
É difícil chegar aos locais de venda destes
CENTRO OESTE
alimentos 14355 3,10%
Falta tempo para comprar/preparar 2991 0,60%
Faltou produção para o auto-sustento 2393 0,50%
Outros 51440 11,10%
BASE 462961 77,40%
Total 462961 100,00%
Não é do gosto da família 540995 11,20%
Não temos costume de comer 1827239 37,70%
São difíceis de preparar 27602 0,60%
São caros 949502 19,60%
Não tem para vender com facilidade 695565 14,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 104887 2,20%
NORDESTE
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 5520 0,10%
Falta tempo para comprar/preparar 11041 0,20%
Faltou produção para o auto-sustento 204253 4,20%
Outros 480271 9,90%
Total 4846877 100,00%
BASE 4846877 87,80%
Não é do gosto da família 139270 15,00%
Não temos costume de comer 323567 34,80%
São difíceis de preparar 7330 0,80%
São caros 76441 8,20%
Não tem para vender com facilidade 165448 17,80%
É difícil chegar aos locais de venda destes
NORTE
alimentos 30367 3,30%
Falta tempo para comprar/preparar 3141 0,30%
Faltou produção para o auto-sustento 27226 2,90%
Outros 157071 16,90%
BASE 929862 88,80%
Total 929862 100,00%
Não é do gosto da família 204610 8,60%
Não temos costume de comer 945241 39,90%
São difíceis de preparar 17291 0,70%
São caros 634003 26,80%
Não tem para vender com facilidade 97982 4,10%
É difícil chegar aos locais de venda destes
SUDESTE
alimentos 37464 1,60%
Falta tempo para comprar/preparar 8645 0,40%
Faltou produção para o auto-sustento 5764 0,20%
Outros 417865 17,60%
BASE 2368865 82,20%
Total 2368865 100,00%
Não é do gosto da família 99105 13,00%
Não temos costume de comer 304467 39,80%
São difíceis de preparar 1022 0,10%
São caros 243165 31,80%
Não tem para vender com facilidade 19412 2,50%
É difícil chegar aos locais de venda destes
SUL
alimentos 2043 0,30%
Falta tempo para comprar/preparar 2043 0,30%
Faltou produção para o auto-sustento 79693 10,40%
Outros 14304 1,90%
BASE 765256 74,90%
Total 765256 100,00%
v539 - A maior parte dos alimentos do tipo BISCOITOS, BOLOS E BOLACHAS são:
RESULTADO Casos %
Comprados 8454451 97,10%
GERAL
Produzidos pela própria família 129553 1,50%
GERAL Doados 125331 1,40%
Total 8709336 100,00%
BASE 8709336 78,70%
Comprados 412717 97,70%
Produzidos pela própria família 4785 1,10%
CENTRO OESTE Doados 4785 1,10%
Total 422288 100,00%
BASE 422288 70,60%
Comprados 4488053 98,80%
Produzidos pela própria família 5520 0,10%
NORDESTE Doados 49683 1,10%
Total 4543257 100,00%
BASE 4543257 82,30%
Comprados 773838 98,30%
Produzidos pela própria família 8377 1,10%
NORTE Doados 5236 0,70%
Total 787451 100,00%
BASE 787451 75,20%
Comprados 2123909 94,10%
Produzidos pela própria família 72046 3,20%
SUDESTE Doados 60518 2,70%
Total 2256474 100,00%
BASE 2256474 78,30%
Comprados 655933 93,70%
Produzidos pela própria família 38825 5,50%
SUL Doados 5109 0,70%
Total 699867 100,00%
BASE 699867 68,50%
v540 - Motivo pelo qual ninguém comeu BISCOITOS, BOLOS OU BOLACHAS nos últimos sete
dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 122115 5,20%
Não temos costume de comer 327288 13,90%
São difíceis de preparar 8425 0,40%
São caros 1413944 59,90%
Não tem para vender com facilidade 8950 0,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 19756 0,80%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 9901 0,40%
Não é saudável 3116 0,10%
Falta tempo para comprar / preparar 8854 0,40%
Produzidos pela
Comprados Doados Total
própria família
v585 - Motivo pelo qual ninguém tomou/comeu LEITE E DERIVADOS DO LEITE nos últimos
sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 63921 3,20%
Não temos costume de comer 201829 10,00%
São difíceis de preparar 5520 0,30%
São caros 1357197 67,40%
Não tem para vender com facilidade 12929 0,60%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 11952 0,60%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 2882 0,10%
Não é saudável 5520 0,30%
Falta tempo para comprar/preparar 598 0,00%
v590 - Motivo pelo qual ninguém tomou ACHOCOLATADOS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 452008 6,10%
Não temos costume de comer 1637679 21,90%
São difíceis de preparar 2094 0,00%
São caros 4798639 64,20%
Não tem para vender com facilidade 30471 0,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 9165 0,10%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 32584 0,40%
Não é saudável 78452 1,10%
Falta tempo para comprar/preparar 13708 0,20%
v595 - Motivo pelo qual ninguém comeu OVOS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 299957 15,10%
Não temos costume de comer 318150 16,00%
São difíceis de preparar 1196 0,10%
São caros 690334 34,70%
Não tem para vender com facilidade 24125 1,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 5764 0,30%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 46574 2,30%
Não é saudável 59762 3,00%
Falta tempo para comprar / preparar 8611 0,40%
v599 - A maior parte dos alimentos como FRUTAS E SUCOS NATURAIS são:
RESULTADO Casos %
Comprados 6766135 87,00%
Produzidos pela própria família 611533 7,90%
GERAL Doados 397778 5,10%
Total 7775446 100,00%
BASE 7775446 70,20%
Comprados 381614 90,90%
Produzidos pela própria família 22131 5,30%
CENTRO OESTE Doados 16150 3,80%
Total 419895 100,00%
BASE 419895 70,20%
Comprados 3207330 87,90%
Produzidos pela própria família 231855 6,40%
NORDESTE Doados 209774 5,70%
Total 3648959 100,00%
BASE 3648959 66,10%
Comprados 624097 76,70%
Produzidos pela própria família 146600 18,00%
NORTE Doados 42933 5,30%
Total 813629 100,00%
BASE 813629 77,70%
Comprados 1881836 89,10%
Produzidos pela própria família 121037 5,70%
SUDESTE Doados 109510 5,20%
Total 2112382 100,00%
BASE 2112382 73,30%
Comprados 671259 86,00%
Produzidos pela própria família 89910 11,50%
SUL Doados 19412 2,50%
Total 780581 100,00%
BASE 780581 76,40%
v600 - Motivo pelo qual ninguém comeu/bebeu FRUTAS E SUCOS NATURAIS nos últimos
sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 67259 2,00%
Não temos costume de comer 315653 9,60%
São difíceis de preparar 15827 0,50%
São caros 2168611 65,80%
Não tem para vender com facilidade 140268 4,30%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 89708 2,70%
GERAL
GERAL Falta água para cozinhar 1047 0,00%
Falta tempo para comprar / preparar 2991 0,10%
NORTE
BASE 626191 59,80% 626191 59,80%
NORTE
Legumes 175920 34,50% 3141 0,60% 329850 64,70% 1047 0,20% 509958 100,00%
BASE 509958 48,70% 509958 48,70%
Verduras 1028814 43,50% 43227 1,80% 1291060 54,60% 2363101 100,00%
BASE 2363101 82,00% 2363101 82,00%
SUDESTE
Legumes 878958 44,40% 37464 1,90% 1063396 53,70% 1979818 100,00%
BASE 1979818 68,70% 1979818 68,70%
Verduras 390291 44,20% 5109 0,60% 487352 55,10% 1022 0,10% 883773 100,00%
BASE 883773 86,50% 883773 86,50%
SUL
Legumes 287099 42,10% 2043 0,30% 392334 57,60% 681476 100,00%
BASE 681476 66,70% 681476 66,70%
v605 - Motivo pelo qual ninguém comeu VERDURAS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 468364 11,10%
Não temos costume de comer 1333597 31,70%
São caros 1467402 34,90%
Não tem para vender com facilidade 267613 6,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 124817 3,00%
Falta água para cozinhar 1047 0,00%
GERAL
Falta tempo para comprar/preparar 19549 0,50%
v610 - Motivo pelo qual ninguém comeu LEGUMES nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 459028 10,30%
Não temos costume de comer 1046870 23,50%
São difíceis de preparar 26067 0,60%
São caros 1714057 38,40%
Não tem para vender com facilidade 240853 5,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 157230 3,50%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 5520 0,10%
Falta água para cozinhar 598 0,00%
Falta tempo para comprar/preparar 46192 1,00%
NORTE
Não tem para vender com facilidade 45027 8,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 18849 3,50%
NORTE
Falta tempo para comprar/preparar 2094 0,40%
NORTE
BASE 997926 95,30% 997926 95,30%
NORTE
Outras leguminosas 45027 100,00% 45027 100,00%
BASE 45027 4,30% 45027 4,30%
Feijão 2694512 94,30% 77809 2,70% 86455 3,00% 2858776 100,00%
BASE 2858776 99,20% 2858776 99,20%
SUDESTE
Outras leguminosas 219019 100,00% 219019 100,00%
BASE 219019 7,60% 219019 7,60%
Feijão 937923 92,60% 56194 5,50% 18391 1,80% 1012508 100,00%
BASE 1012508 99,10% 1012508 99,10%
SUL
Outras leguminosas 173690 92,90% 11239 6,00% 2043 1,10% 186972 100,00%
BASE 186972 18,30% 186972 18,30%
v615 - Motivo pelo qual ninguém comeu FEIJÃO nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 14764 13,60%
Não temos costume de comer 20522 18,90%
São difíceis de preparar 1022 0,90%
São caros 31997 29,50%
Não tem para vender com facilidade 1047 1,00%
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 6568 6,10%
GERAL
Falta tempo para comprar/preparar 3116 2,90%
v620 - Motivo pelo qual ninguém comeu OUTRAS LEGUMINOSAS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 1820000 17,60%
Não temos costume de comer 4473997 43,20%
São difíceis de preparar 14932 0,10%
São caros 3337327 32,20%
Não tem para vender com facilidade 128855 1,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 60855 0,60%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 3929 0,00%
GERAL
Não é saudável 12062 0,10%
Falta tempo para comprar/preparar 2243 0,00%
v630 - Motivo pelo qual ninguém comeu CARNE nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 5520 1,30%
Não temos costume de comer 32581 7,40%
São caros 336111 76,30%
Não tem para vender com facilidade 1022 0,20%
Não é saudável 5520 1,30%
GERAL
Faltou gás,lenha ou álcool para cozinhar
598 0,10%
Faltou produção para o auto-sustento 3141 0,70%
Outros 55734 12,70%
Total 440228 100,00%
BASE 440228 4,00%
Não temos costume de comer 598 2,40%
São caros 22131 88,10%
v654 - A maior parte dos alimentos como MARGARINA, MANTEIGA, ÓLEOS são:
RESULTADO Casos %
Comprados 10299781 98,20%
Produzidos pela própria família 61332 0,60%
GERAL Doados 127670 1,20%
Total 10488782 100,00%
BASE 10488782 94,80%
Comprados 546701 98,70%
Produzidos pela própria família 598 0,10%
CENTRO OESTE Doados 6580 1,20%
Total 553879 100,00%
CENTRO OESTE
v655 - Motivo pelo qual ninguém comeu MARGARINA, MANTEIGA, ÓLEOS nos últimos sete
dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 36719 6,30%
Não temos costume de comer 120243 20,70%
São caros 325959 56,20%
Não tem para vender com facilidade 1047 0,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 6811 1,20%
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 1022 0,20%
GERAL
Não é saudável 14521 2,50%
Falta tempo para comprar/preparar 598 0,10%
NORDESTE
Refrigerantes 2296470 96,50% 82805 3,50% 2379276 100,00%
BASE 2379276 43,10% 2379276 43,10%
NORDESTE
Bebidas alcoólicas 419547 89,40% 49683 10,60% 469231 100,00%
BASE 469231 8,50% 469231 8,50%
Café,chimarrão,chá 5349230 98,00% 38643 0,70% 71765 1,30% 5459637 100,00%
BASE 5459637 98,90% 5459637 98,90%
Produtos enlatados e prontos para o
consumo 1827239 98,80% 22081 1,20% 1849321 100,00%
BASE 1849321 33,50% 1849321 33,50%
Frituras 507873 92,90% 11041 2,00% 27602 5,10% 546516 100,00%
BASE 546516 9,90% 546516 9,90%
Embutidos 408385 98,20% 7330 1,80% 415715 100,00%
BASE 415715 39,70% 415715 39,70%
Açucar,mel,melado de cana,rapadura 1028293 99,60% 4189 0,40% 1032482 100,00%
BASE 1032482 98,60% 1032482 98,60%
Doces,geléias,sorvetes,gelatinas,balas,bom
bons 347651 96,20% 7330 2,00% 6283 1,70% 361264 100,00%
BASE 361264 34,50% 361264 34,50%
Refrigerantes 541372 98,10% 1047 0,20% 9424 1,70% 551844 100,00%
BASE 551844 52,70% 551844 52,70%
NORTE
Bebidas alcoólicas 67017 94,10% 4189 5,90% 71206 100,00%
BASE 71206 6,80% 71206 6,80%
Café,chimarrão,chá 997926 97,70% 14660 1,40% 8377 0,80% 1020963 100,00%
BASE 1020963 97,50% 1020963 97,50%
Produtos enlatados e prontos para o
consumo 464931 98,40% 7330 1,60% 472261 100,00%
BASE 472261 45,10% 472261 45,10%
Frituras 149741 90,50% 8377 5,10% 7330 4,40% 165448 100,00%
BASE 165448 15,80% 165448 15,80%
Embutidos 1423625 98,60% 2882 0,20% 17291 1,20% 1443797 100,00%
BASE 1443797 50,10% 1443797 50,10%
Açucar,mel,melado de cana,rapadura 2775203 97,60% 5764 0,20% 63400 2,20% 2844367 100,00%
BASE 2844367 98,70% 2844367 98,70%
Doces,geléias,sorvetes,gelatinas,balas,bom
bons 1282415 95,50% 23055 1,70% 37464 2,80% 1342933 100,00%
BASE 1342933 46,60% 1342933 46,60%
Refrigerantes 1809790 97,80% 40346 2,20% 1850136 100,00%
BASE 1850136 64,20% 1850136 64,20%
SUDESTE
Bebidas alcoólicas 268010 93,00% 20173 7,00% 288183 100,00%
BASE 288183 10,00% 288183 10,00%
Café,chimarrão,chá 2662812 94,90% 69164 2,50% 74928 2,70% 2806903 100,00%
BASE 2806903 97,40% 2806903 97,40%
Produtos enlatados e prontos para o
consumo 887604 97,80% 20173 2,20% 907777 100,00%
BASE 907777 31,50% 907777 31,50%
Frituras 340056 88,10% 31700 8,20% 14409 3,70% 386165 100,00%
BASE 386165 13,40% 386165 13,40%
Embutidos 469983 96,80% 12260 2,50% 3065 0,60% 485309 100,00%
BASE 485309 47,50% 485309 47,50%
Açucar,mel,melado de cana,rapadura 972661 96,90% 19412 1,90% 11239 1,10% 1003312 100,00%
BASE 1003312 98,20% 1003312 98,20%
Doces,geléias,sorvetes,gelatinas,balas,bom
bons 411746 88,00% 49042 10,50% 7152 1,50% 467940 100,00%
BASE 467940 45,80% 467940 45,80%
Refrigerantes 588501 99,00% 5109 0,90% 1022 0,20% 594631 100,00%
BASE 594631 58,20% 594631 58,20%
SUL
Bebidas alcoólicas 62324 96,80% 1022 1,60% 1022 1,60% 64367 100,00%
BASE 64367 6,30% 64367 6,30%
Café,chimarrão,chá 989009 97,90% 12260 1,20% 9195 0,90% 1010464 100,00%
BASE 1010464 98,90% 1010464 98,90%
Produtos enlatados e prontos para o
consumo 162451 99,40% 1022 0,60% 163472 100,00%
BASE 163472 16,00% 163472 16,00%
Frituras 166538 79,10% 42912 20,40% 1022 0,50% 210471 100,00%
BASE 210471 20,60% 210471 20,60%
v635 - Motivo pelo qual ninguém comeu EMBUTIDOS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 362898 6,20%
Não temos costume de comer 1378156 23,50%
São difíceis de preparar 5698 0,10%
São caros 3146947 53,60%
Não tem para vender com facilidade 127174 2,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 60385 1,00%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 19133 0,30%
Não é saudável 123087 2,10%
Falta tempo para comprar/preparar 18298 0,30%
v640 - Motivo pelo qual ninguém comeu AÇÚCAR, MEL, MELADO DE CANA, RAPADURA nos
últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 6122 5,50%
Não temos costume de comer 39380 35,60%
São caros 12477 11,30%
Não tem para vender com facilidade 1047 0,90%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 8811 8,00%
Não é saudável 19471 17,60%
GERAL
v645 - Motivo pelo qual ninguém comeu DOCES, GELÉIAS, SORVETES, GELATINAS, BALAS,
BOMBONS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 355412 4,80%
Não temos costume de comer 1864118 25,40%
São difíceis de preparar 2842 0,00%
São caros 4081679 55,60%
Não tem para vender com facilidade 72584 1,00%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 49332 0,70%
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 32784 0,40%
GERAL
Não é saudável 227661 3,10%
Falta água para cozinhar 1047 0,00%
Falta tempo para comprar/preparar 4502 0,10%
v650 - Motivo pelo qual ninguém tomou REFRIGERANTES nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 228673 4,30%
Não temos costume de comer 689061 12,90%
São caros 3501392 65,80%
Não tem para vender com facilidade 61255 1,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 27753 0,50%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 37368 0,70%
Não é saudável 240781 4,50%
Falta água para cozinhar 598 0,00%
Falta tempo para comprar/preparar 1047 0,00%
Faltou produção para o auto-sustento 16729 0,30%
Outros 519582 9,80%
Total 5324239 100,00%
BASE 5324239 48,10%
Não é do gosto da família 5383 2,30%
Não temos costume de comer 25720 11,20%
São caros 154919 67,60%
Não tem para vender com facilidade 1794 0,80%
Não podem comer porque estão em dieta
CENTRO OESTE alimentar especial 1196 0,50%
Não é saudável 13757 6,00%
Falta água para cozinhar 598 0,30%
Outros 25720 11,20%
BASE 229088 38,30%
Total 229088 100,00%
Não é do gosto da família 143529 4,60%
Não temos costume de comer 358823 11,40%
São caros 2235746 71,20%
Não tem para vender com facilidade 11041 0,40%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 5520 0,20%
NORDESTE
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 22081 0,70%
Não é saudável 132489 4,20%
Outros 231855 7,40%
BASE 3141085 56,90%
Total 3141085 100,00%
Não é do gosto da família 16754 3,40%
Não temos costume de comer 119374 24,10%
São caros 203146 41,00%
Não tem para vender com facilidade 27226 5,50%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 12566 2,50%
Não podem comer porque estão em dieta
NORTE alimentar especial 6283 1,30%
Não é saudável 19896 4,00%
Falta tempo para comprar/preparar 1047 0,20%
Faltou produção para o auto-sustento 15707 3,20%
Outros 73300 14,80%
BASE 495298 47,30%
Total 495298 100,00%
Não é do gosto da família 37464 3,60%
Não temos costume de comer 141210 13,70%
São caros 573484 55,60%
Não tem para vender com facilidade 20173 2,00%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 8645 0,80%
SUDESTE
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 5764 0,60%
Não é saudável 63400 6,10%
Outros 181555 17,60%
BASE 1031695 35,80%
Total 1031695 100,00%
Não é do gosto da família 25543 6,00%
Não temos costume de comer 43933 10,30%
São caros 334097 78,20%
Não tem para vender com facilidade 1022 0,20%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 1022 0,20%
SUL Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 2043 0,50%
Não é saudável 11239 2,60%
Faltou produção para o auto-sustento 1022 0,20%
Outros 7152 1,70%
BASE 427072 41,80%
Total 427072 100,00%
v660 - Motivo pelo qual ninguém tomou BEBIDAS ALCOÓLICAS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 5703036 56,20%
Não temos costume de comer 2640923 26,00%
São difíceis de preparar 4436 0,00%
São caros 528328 5,20%
Não tem para vender com facilidade 6542 0,10%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 1047 0,00%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL
alimentar especial 2069 0,00%
Não é saudável 763418 7,50%
NORDESTE
Não tem para vender com facilidade 5520 0,10%
NORDESTE
Não é saudável 220814 4,40%
Outros 49683 1,00%
BASE 5051130 91,50%
Total 5051130 100,00%
Não é do gosto da família 465978 47,70%
Não temos costume de comer 219900 22,50%
São caros 34556 3,50%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 1047 0,10%
Não podem comer porque estão em dieta
NORTE alimentar especial 1047 0,10%
Não é saudável 139270 14,30%
Faltou produção para o auto-sustento 2094 0,20%
Outros 112044 11,50%
BASE 975936 93,20%
Total 975936 100,00%
Não é do gosto da família 1028814 39,70%
Não temos costume de comer 971177 37,40%
São caros 141210 5,40%
SUDESTE Não é saudável 187319 7,20%
Outros 265128 10,20%
BASE 2593648 90,00%
Total 2593648 100,00%
Não é do gosto da família 427072 44,60%
Não temos costume de comer 325923 34,00%
São difíceis de preparar 2043 0,20%
São caros 42912 4,50%
Não tem para vender com facilidade 1022 0,10%
SUL Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 1022 0,10%
Não é saudável 118518 12,40%
Outros 38825 4,10%
BASE 957336 93,70%
Total 957336 100,00%
v665 - Motivo pelo qual ninguém tomou CAFÉ, CHIMARRÃO, CHÁ nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 82660 42,30%
Não temos costume de comer 62013 31,80%
São caros 16129 8,30%
Não é saudável 6119 3,10%
Falta tempo para comprar/preparar 1794 0,90%
GERAL
Faltou gás,lenha ou álcool para cozinhar
5549 2,80%
Outros 20936 10,70%
Total 195200 100,00%
BASE 195200 1,80%
Não é do gosto da família 5383 24,30%
Não temos costume de comer 8374 37,80%
São caros 3589 16,20%
Não é saudável 598 2,70%
Falta tempo para comprar/preparar 1794 8,10%
CENTRO OESTE
Faltou gás,lenha ou álcool para cozinhar
598 2,70%
Outros 1794 8,10%
Total 22131 100,00%
BASE 22131 3,70%
Não é do gosto da família 38643 63,60%
Não temos costume de comer 5520 9,10%
São caros 5520 9,10%
NORDESTE Não é saudável 5520 9,10%
Outros 5520 9,10%
BASE 60724 1,10%
Total 60724 100,00%
Não é do gosto da família 10471 40,00%
Não temos costume de comer 10471 40,00%
São caros 2094 8,00%
v670 - Motivo pelo qual ninguém comeu PRODUTOS ENLATADOS E PRONTOS PARA O
CONSUMO nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 793146 10,50%
Não temos costume de comer 2266158 30,00%
São difíceis de preparar 5698 0,10%
São caros 3622322 48,00%
Não tem para vender com facilidade 51316 0,70%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 34944 0,50%
Não podem comer porque estão em dieta
alimentar especial 25039 0,30%
GERAL
Não é saudável 207509 2,70%
Falta água para cozinhar 598 0,00%
Falta tempo para comprar/preparar 5764 0,10%
v675 - Motivo pelo qual ninguém comeu FRITURAS nos últimos sete dias
RESULTADO Casos %
Não é do gosto da família 656344 6,80%
Não temos costume de comer 2730349 28,20%
São difíceis de preparar 110555 1,10%
São caros 4635493 47,90%
Não tem para vender com facilidade 193937 2,00%
É difícil chegar aos locais de venda destes
alimentos 91959 0,90%
Não podem comer porque estão em dieta
GERAL alimentar especial 49405 0,50%
Não é saudável 480856 5,00%
Falta tempo para comprar/preparar 47374 0,50%
Refeições nos fins de semana 464875 45,50% 42912 4,20% 512895 50,20% 1022 0,10% 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00% 1021703 100,00%
ACESSO À ALIMENTAÇÃO
v692+v693+v694 - Formas mais importantes de obter alimentação
RESULTADO casos %
Caça,pesca,extrativismo 935635 8,50%
GERAL
Compra de alimentos no mercado 10658882 96,30%
Alimentação na escola 3692554 33,40%
GERAL
Programas públicos de assistência
alimentar 521243 4,70%
Doação de alimentos 1077539 9,70%
Ajuda de parentes e amigos 2191309 19,80%
BASE 11069178 100,00%
Caça,pesca,extrativismo 33496 5,60%
v697 - Depois de receber o Bolsa Família passou a praticar a caça, pesca ou extrativismo:
RESULTADO Casos %
Mais 10756 1,00%
Menos 160083 14,30%
Não houve alteração 930084 83,30%
GERAL
NS/NR 16210 1,50%
Total 1117133 100,00%
BASE 1117133 10,10%
Menos 5981 14,30%
Não houve alteração 35888 85,70%
CENTRO OESTE
BASE 41870 7,00%
Total 41870 100,00%
Mais 5520 0,80%
Menos 115928 17,80%
NORDESTE Não houve alteração 529955 81,40%
BASE 651403 11,80%
Total 651403 100,00%
Mais 5236 2,10%
Menos 30367 12,40%
Não houve alteração 200004 81,60%
NORTE
NS/NR 9424 3,80%
Total 245031 100,00%
BASE 245031 23,40%
Menos 5764 4,00%
Não houve alteração 132564 92,00%
SUDESTE NS/NR 5764 4,00%
BASE 144092 5,00%
Total 144092 100,00%
Menos 2043 5,90%
Não houve alteração 31673 91,20%
SUL NS/NR 1022 2,90%
BASE 34738 3,40%
SUL
v698 - A família planta algum tipo de alimento ou cria animais para alimentação
RESULTADO Casos %
Sim 2299171 20,80%
Não 8770007 79,20%
GERAL
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 63403 10,60%
Não 534738 89,40%
CENTRO OESTE
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 1396651 25,30%
Não 4123710 74,70%
NORDESTE
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Sim 223041 21,30%
Não 824101 78,70%
NORTE
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 417865 14,50%
Não 2463966 85,50%
SUDESTE
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 198210 19,40%
Não 823493 80,60%
SUL
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
SUDESTE
Venda p/comércio local e centrais urbanas
de abastecimento 11527 19,00%
SUDESTE Venda para atravessador 14409 23,80%
Venda para indústria alimentícia 2882 4,80%
Venda para cooperativa 2882 4,80%
BASE 43227 1,50%
Venda direta ao consumidor 10217 19,20%
Venda p/comércio local e centrais urbanas
de abastecimento 6130 11,50%
Venda para atravessador 7152 13,50%
SUL
Venda para indústria alimentícia 15326 28,80%
Venda para cooperativa 13282 25,00%
Programas governamentais 1022 1,90%
BASE 41890 4,10%
SUL
Comodatária 2043 1,00%
SUL
Uso coletivo 4087 2,10%
Assentada pelo Programa Nacional de
Reforma Agrária 17369 8,80%
Empregada 4087 2,10%
Total 198210 100,00%
BASE 198210 19,40%
v713 a 716 - Nos últimos 3 anos quais créditos, financiamentos ou empréstimos agrícolas
a família teve
RESULTADO casos %
Não teve 1926086 83,10%
Pronaf 312416 13,50%
Crédito através de cooperativas de créd.ou
GERAL fundo rotativo 36984 1,60%
Empréstimos bancários 31585 1,40%
Outros 9683 0,40%
BASE 2299171 20,80%
Não teve 58020 91,50%
Pronaf 4785 7,50%
CENTRO OESTE
Empréstimos bancários 598 0,90%
BASE 63403 10,60%
Não teve 1148235 81,20%
Pronaf 215294 15,20%
Crédito através de cooperativas de créd.ou
NORDESTE fundo rotativo 22081 1,60%
NORDESTE
Empréstimos bancários 22081 1,60%
Outros 5520 0,40%
BASE 1396651 25,30%
Não teve 196863 88,30%
Pronaf 14660 6,60%
Crédito através de cooperativas de créd.ou
NORTE fundo rotativo 5236 2,30%
Empréstimos bancários 3141 1,40%
Outros 3141 1,40%
BASE 223041 21,30%
Não teve 371756 89,00%
Pronaf 31700 7,60%
Crédito através de cooperativas de créd.ou
SUDESTE
fundo rotativo 8645 2,10%
Empréstimos bancários 5764 1,40%
BASE 417865 14,50%
Não teve 151212 75,90%
Pronaf 45977 23,10%
Crédito através de cooperativas de créd.ou
SUL
fundo rotativo 1022 0,50%
Outros 1022 0,50%
BASE 198210 19,40%
v720 - A família recebe algum tipo de assistência técnica na agricultura e/ou na criação
de animais
RESULTADO Casos %
Sim 103322 4,50%
Não 2195849 95,50%
GERAL
Total 2299171 100,00%
GERAL
v721 - Os filhos pretendem continuar a plantar e/ou criar animais para o consumo
RESULTADO Casos %
Sim 951732 41,40%
Não 681785 29,70%
NS/NR 596712 26,00%
GERAL
NA 68943 3,00%
Total 2299171 100,00%
BASE 2299171 20,80%
Sim 17346 27,40%
Não 20935 33,00%
NS/NR 23327 36,80%
CENTRO OESTE
NA 1794 2,80%
Total 63403 100,00%
BASE 63403 10,60%
Sim 629321 45,10%
Não 391946 28,10%
NS/NR 320181 22,90%
NORDESTE
NA 55204 4,00%
Total 1396651 100,00%
BASE 1396651 25,30%
Sim 87960 39,40%
Não 60734 27,20%
NS/NR 72253 32,40%
NORTE
NA 2094 0,90%
Total 223041 100,00%
BASE 223041 21,30%
Sim 152737 36,60%
Não 132564 31,70%
NS/NR 126801 30,30%
SUDESTE
NA 5764 1,40%
Total 417865 100,00%
BASE 417865 14,50%
Sim 64367 32,50%
Não 75606 38,10%
NS/NR 54150 27,30%
SUL
NA 4087 2,10%
Total 198210 100,00%
BASE 198210 19,40%
CENTRO OESTE
Costuma comprar alimentos em pequenos
mercados do bairro/povoado?
CENTRO OESTE 364866 61,00% 233275 39,00% 598141 100,00%
Costuma comprar alimentos em
feiras/mercados municipais? 188414 31,50% 409727 68,50% 598141 100,00%
Costuma comprar alimentos em
sacolão/varejão/frutaria? 178246 29,80% 419895 70,20% 598141 100,00%
BASE 598141 100,00% 598141 100,00%
Costuma comprar alimentos em
supermercados e mercados de médio
porte? 3212850 58,20% 2307511 41,80% 5520361 100,00%
CENTRO OESTE
Possibilidade de comprar fiado 34094 9,30%
Única opção 26318 7,20%
CENTRO OESTE Melhor qualidade 4785 1,30%
Variedade de produtos 2393 0,70%
Outros 1196 0,30%
Total 364866 100,00%
BASE 364866 61,00%
Proximidade de casa 1490497 36,60%
Melhor preço 1148235 28,20%
Possibilidade de comprar fiado 1054389 25,90%
Única opção 259457 6,40%
NORDESTE
Melhor qualidade 88326 2,20%
Variedade de produtos 33122 0,80%
BASE 4074026 73,80%
Total 4074026 100,00%
Proximidade de casa 387443 51,10%
Melhor preço 126704 16,70%
Possibilidade de comprar fiado 171731 22,70%
Única opção 39791 5,20%
NORTE Melhor qualidade 24084 3,20%
Variedade de produtos 5236 0,70%
Outros 3141 0,40%
Total 758131 100,00%
BASE 758131 72,40%
Proximidade de casa 881840 67,30%
Melhor preço 221901 16,90%
Possibilidade de comprar fiado 152737 11,60%
Única opção 46109 3,50%
SUDESTE
Melhor qualidade 2882 0,20%
Variedade de produtos 5764 0,40%
BASE 1311233 45,50%
Total 1311233 100,00%
Proximidade de casa 275860 49,50%
Melhor preço 160407 28,80%
Possibilidade de comprar fiado 76628 13,80%
Única opção 27586 5,00%
SUL Melhor qualidade 8174 1,50%
Variedade de produtos 7152 1,30%
Outros 1022 0,20%
Total 556828 100,00%
BASE 556828 54,50%
SUL
Fiado 90932 16,30%
Sistema de cadernetas 55172 9,90%
SUL Pagamento a prazo 53129 9,50%
Outros 2043 0,40%
Total 556828 100,00%
BASE 556828 54,50%
BASE
NORDESTE Governo - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Governo - Alimentos de cozinhas
comunitárias
BASE
Governo - Suplementação de ferro em
postos de saúde 331222 100,00% 331222 100,00%
BASE 331222 6,00% 331222 6,00%
Governo - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 264977 96,00% 11041 4,00% 276018 100,00%
BASE 276018 5,00% 276018 5,00%
Governo - Alimentação do trabalhador 33122 100,00% 33122 100,00%
BASE 33122 0,60% 33122 0,60%
Governo - Doação de cesta básica 31414 33,00% 63876 67,00% 95290 100,00%
BASE 95290 9,10% 95290 9,10%
Governo - Doação de refeições prontas
1047 6,30% 15707 93,70% 16754 100,00%
BASE 16754 1,60% 16754 1,60%
Governo - Doação de leite 9424 45,00% 11519 55,00% 20943 100,00%
BASE 20943 2,00% 20943 2,00%
Governo - Alimentos de hortas
comunitárias 3141 100,00% 3141 100,00%
BASE 3141 0,30% 3141 0,30%
BASE
NORTE Governo - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Governo - Alimentos de cozinhas
comunitárias 2094 66,70% 1047 33,30% 3141 100,00%
BASE 3141 0,30% 3141 0,30%
Governo - Suplementação de ferro em
postos de saúde 54451 91,20% 5236 8,80% 59687 100,00%
BASE 59687 5,70% 59687 5,70%
Governo - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 37697 80,00% 9424 20,00% 47121 100,00%
BASE 47121 4,50% 47121 4,50%
Governo - Alimentação do trabalhador 4189 23,50% 13613 76,50% 17801 100,00%
BASE 17801 1,70% 17801 1,70%
Governo - Doação de cesta básica 69164 12,60% 481266 87,40% 550430 100,00%
BASE 550430 19,10% 550430 19,10%
BASE
NORDESTE Amigos - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Amigos - Alimentos de cozinhas
comunitárias
BASE
Amigos - Suplementação de ferro em
postos de saúde 331222 100,00% 331222 100,00%
BASE 331222 6,00% 331222 6,00%
Amigos - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 276018 100,00% 276018 100,00%
BASE 276018 5,00% 276018 5,00%
Amigos - Alimentação do trabalhador 33122 100,00% 33122 100,00%
BASE 33122 0,60% 33122 0,60%
Amigos - Doação de cesta básica 12566 13,20% 82724 86,80% 95290 100,00%
BASE 95290 9,10% 95290 9,10%
Amigos - Doação de refeições prontas 2094 12,50% 14660 87,50% 16754 100,00%
BASE 16754 1,60% 16754 1,60%
Amigos - Doação de leite 1047 5,00% 19896 95,00% 20943 100,00%
BASE 20943 2,00% 20943 2,00%
NORTE
Amigos - Alimentos de banco de alimentos
BASE
NORTE Amigos - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Amigos - Alimentos de cozinhas
comunitárias 3141 100,00% 3141 100,00%
BASE 3141 0,30% 3141 0,30%
Amigos - Suplementação de ferro em
postos de saúde 59687 100,00% 59687 100,00%
BASE 59687 5,70% 59687 5,70%
Amigos - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 47121 100,00% 47121 100,00%
BASE 47121 4,50% 47121 4,50%
Amigos - Alimentação do trabalhador 17801 100,00% 17801 100,00%
BASE 17801 1,70% 17801 1,70%
Amigos - Doação de cesta básica 103746 18,80% 446684 81,20% 550430 100,00%
BASE 550430 19,10% 550430 19,10%
Amigos - Doação de refeições prontas 28818 18,90% 123919 81,10% 152737 100,00%
BASE 152737 5,30% 152737 5,30%
Amigos - Doação de leite 60518 10,10% 536021 89,90% 596539 100,00%
BASE 596539 20,70% 596539 20,70%
BASE
NORDESTE Igreja - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
BASE
Igreja - Suplementação de ferro em postos
de saúde 331222 100,00% 331222 100,00%
BASE 331222 6,00% 331222 6,00%
Igreja - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 276018 100,00% 276018 100,00%
BASE 276018 5,00% 276018 5,00%
Igreja - Alimentação do trabalhador 33122 100,00% 33122 100,00%
BASE 33122 0,60% 33122 0,60%
Igreja - Doação de cesta básica 26179 27,50% 69111 72,50% 95290 100,00%
BASE 95290 9,10% 95290 9,10%
Igreja - Doação de refeições prontas 3141 18,80% 13613 81,30% 16754 100,00%
BASE 16754 1,60% 16754 1,60%
Igreja - Doação de leite 3141 15,00% 17801 85,00% 20943 100,00%
BASE 20943 2,00% 20943 2,00%
BASE
NORTE Igreja - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
BASE
NORDESTE Políticos - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Políticos - Alimentos de cozinhas
comunitárias
BASE
Políticos - Suplementação de ferro em
postos de saúde 331222 100,00% 331222 100,00%
BASE 331222 6,00% 331222 6,00%
Políticos - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 276018 100,00% 276018 100,00%
BASE 276018 5,00% 276018 5,00%
Políticos - Alimentação do trabalhador 33122 100,00% 33122 100,00%
BASE 33122 0,60% 33122 0,60%
Políticos - Doação de cesta básica 5236 5,50% 90054 94,50% 95290 100,00%
BASE 95290 9,10% 95290 9,10%
BASE
NORTE Políticos - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Políticos - Alimentos de cozinhas
comunitárias 3141 100,00% 3141 100,00%
BASE 3141 0,30% 3141 0,30%
Políticos - Suplementação de ferro em
postos de saúde 59687 100,00% 59687 100,00%
BASE 59687 5,70% 59687 5,70%
Políticos - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 47121 100,00% 47121 100,00%
BASE 47121 4,50% 47121 4,50%
Políticos - Alimentação do trabalhador 1047 5,90% 16754 94,10% 17801 100,00%
BASE 17801 1,70% 17801 1,70%
Políticos - Doação de cesta básica 2882 0,50% 547548 99,50% 550430 100,00%
BASE 550430 19,10% 550430 19,10%
BASE
NORDESTE Outros - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Outros - Alimentos de cozinhas
comunitárias
BASE
Outros - Suplementação de ferro em postos
de saúde 331222 100,00% 331222 100,00%
BASE 331222 6,00% 331222 6,00%
Outros - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 276018 100,00% 276018 100,00%
BASE 276018 5,00% 276018 5,00%
Outros - Alimentação do trabalhador 5520 16,70% 27602 83,30% 33122 100,00%
BASE 33122 0,60% 33122 0,60%
Outros - Doação de cesta básica 5236 5,50% 90054 94,50% 95290 100,00%
BASE 95290 9,10% 95290 9,10%
Outros - Doação de refeições prontas 16754 100,00% 16754 100,00%
BASE 16754 1,60% 16754 1,60%
Outros - Doação de leite 20943 100,00% 20943 100,00%
BASE 20943 2,00% 20943 2,00%
BASE
NORTE Outros - Alimentos de Programa de
Aquisição de Alimentos(PAA)
BASE
Outros - Alimentos de cozinhas
comunitárias 3141 100,00% 3141 100,00%
BASE 3141 0,30% 3141 0,30%
Outros - Suplementação de ferro em postos
de saúde 4189 7,00% 55499 93,00% 59687 100,00%
BASE 59687 5,70% 59687 5,70%
Outros - Suplementação de vitamina A em
postos de saúde 7330 15,60% 39791 84,40% 47121 100,00%
BASE 47121 4,50% 47121 4,50%
Outros - Alimentação do trabalhador 17801 100,00% 17801 100,00%
BASE 17801 1,70% 17801 1,70%
Outros - Doação de cesta básica 57637 10,50% 492793 89,50% 550430 100,00%
BASE 550430 19,10% 550430 19,10%
Outros - Doação de refeições prontas 11527 7,50% 141210 92,50% 152737 100,00%
BASE 152737 5,30% 152737 5,30%
Outros - Doação de leite 14409 2,40% 582130 97,60% 596539 100,00%
BASE 596539 20,70% 596539 20,70%
v847 a v852 - O que ocorreu depois que passou a receber o Bolsa Família
Sim Não NS/NR NSA Total
RESULTADO Casos % Casos % Casos % Casos % Casos %
Aconteceram conflitos familiares
relacionados ao uso do dinheiro 404880 3,70% 10546123 95,30% 103433 0,90% 14741 0,10% 11069178 100,00%
v864 - Deixou de exercer algum trabalho remunerado por causa do Bolsa Família
RESULTADO Casos %
Sim 31486 0,30%
Não 11037692 99,70%
GERAL
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 1196 0,20%
Não 596945 99,80%
CENTRO OESTE
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 11041 0,20%
Não 5509320 99,80%
NORDESTE
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Sim 8377 0,80%
Não 1038765 99,20%
NORTE
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 5764 0,20%
Não 2876067 99,80%
SUDESTE
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 5109 0,50%
Não 1016594 99,50%
SUL
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v865 a v868 - Por quê deixou de exercer algum trabalho remunerado por causa do Bolsa
Família
RESULTADO casos %
Porque o trabalho era desgastante ou
degradante 11069 35,20%
Para cuidar dos filhos 7615 24,20%
Problemas de saúde 6023 19,10%
GERAL Medo de perder o benefício 4138 13,10%
NS/NR 1620 5,10%
FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA
v875 - Como ficou sabendo do Programa Bolsa Família
RESULTADO Casos %
Através de amigos e parentes 2658213 24,00%
Na escola 2566885 23,20%
TV 2366211 21,40%
Na secretaria ou núcleo de assistência
social 1056566 9,50%
No posto de saúde/hospital 785442 7,10%
Rádio 619937 5,60%
Visita do agente de saúde 613697 5,50%
Carro de som 143868 1,30%
GERAL
Outros 101014 0,90%
Na igreja 46389 0,40%
Jornal 38889 0,40%
Prefeitura 31431 0,30%
Programas do Ministério do
Desenvolvimento Social 28910 0,30%
NS 11727 0,10%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Através de amigos e parentes 134582 22,50%
Na escola 190807 31,90%
TV 90917 15,20%
Na secretaria ou núcleo de assistência
social 55029 9,20%
No posto de saúde/hospital 47253 7,90%
Rádio 35290 5,90%
Visita do agente de saúde 18542 3,10%
CENTRO OESTE Carro de som 10767 1,80%
Outros 4187 0,70%
Na igreja 1196 0,20%
Jornal 598 0,10%
Prefeitura 5981 1,00%
Programas do Ministério do
Desenvolvimento Social 2991 0,50%
BASE 598141 100,00%
Total 598141 100,00%
Através de amigos e parentes 1302805 23,60%
Na escola 999185 18,10%
TV 1374570 24,90%
Na secretaria ou núcleo de assistência
social 430588 7,80%
No posto de saúde/hospital 408507 7,40%
Rádio 325701 5,90%
Visita do agente de saúde 480271 8,70%
NORDESTE
Carro de som 93846 1,70%
Outros 55204 1,00%
Na igreja 11041 0,20%
Jornal 22081 0,40%
Prefeitura 11041 0,20%
NS 5520 0,10%
BASE 5520361 100,00%
Total 5520361 100,00%
Através de amigos e parentes 229324 21,90%
Na escola 181156 17,30%
TV 172778 16,50%
Na secretaria ou núcleo de assistência
social 158118 15,10%
No posto de saúde/hospital 99478 9,50%
Rádio 64923 6,20%
Visita do agente de saúde 63876 6,10%
NORTE Carro de som 20943 2,00%
Outros 7330 0,70%
Na igreja 13613 1,30%
Jornal 9424 0,90%
Programas do Ministério do
Desenvolvimento Social 23037 2,20%
NS 3141 0,30%
BASE 1047142 100,00%
Total 1047142 100,00%
Através de amigos e parentes 844376 29,30%
Na escola 829967 28,80%
TV 570603 19,80%
Na secretaria ou núcleo de assistência
social 288183 10,00%
No posto de saúde/hospital 155619 5,40%
Rádio 97982 3,40%
Visita do agente de saúde 17291 0,60%
SUDESTE Carro de som 17291 0,60%
Outros 23055 0,80%
Na igreja 14409 0,50%
Jornal 5764 0,20%
Prefeitura 14409 0,50%
Programas do Ministério do
Desenvolvimento Social 2882 0,10%
BASE 2881831 100,00%
Total 2881831 100,00%
Através de amigos e parentes 147125 14,40%
Na escola 365770 35,80%
TV 157342 15,40%
Na secretaria ou núcleo de assistência
social 124648 12,20%
No posto de saúde/hospital 74584 7,30%
Rádio 96040 9,40%
SUL Visita do agente de saúde 33716 3,30%
Carro de som 1022 0,10%
Outros 11239 1,10%
Na igreja 6130 0,60%
Jornal 1022 0,10%
NS 3065 0,30%
BASE 1021703 100,00%
Total 1021703 100,00%
v876+v877+v878 - Quais os critérios/condições que uma família deve ter para poder
participar do Programa Bolsa Família
RESULTADO casos %
Baixa renda 6780712 61,26%
Ter filhos matriculados na escola 4866778 43,97%
NS 2487707 22,47%
Chefe de família desempregado(a) 1755623 15,86%
GERAL
Não ter carteira assinada 1341762 12,12%
Problemas de saúde 750122 6,78%
Outros 128534 1,16%
BASE 11069178 100,00%
Baixa renda 343333 57,40%
Ter filhos matriculados na escola 241051 40,30%
NS 170470 28,50%
Chefe de família desempregado(a) 81945 13,70%
CENTRO OESTE
Não ter carteira assinada 88525 14,80%
Problemas de saúde 30505 5,10%
Outros 5981 1,00%
BASE 598141 100,00%
Baixa renda 3328778 60,30%
Ter filhos matriculados na escola 2296470 41,60%
NS 1402172 25,40%
Chefe de família desempregado(a) 960543 17,40%
NORDESTE
Não ter carteira assinada 767330 13,90%
Problemas de saúde 287059 5,20%
Outros 77285 1,40%
BASE 5520361 100,00%
Baixa renda 592682 56,60%
Ter filhos matriculados na escola 491110 46,90%
NS 258644 24,70%
Chefe de família desempregado(a) 218853 20,90%
NORTE
Não ter carteira assinada 126704 12,10%
Problemas de saúde 73300 7,00%
Outros 4189 0,40%
BASE 1047142 100,00%
Baixa renda 1855899 64,40%
Ter filhos matriculados na escola 1412097 49,00%
NS 458211 15,90%
Chefe de família desempregado(a) 389047 13,50%
SUDESTE
Não ter carteira assinada 247837 8,60%
Problemas de saúde 311238 10,80%
Outros 28818 1,00%
BASE 2881831 100,00%
Baixa renda 660020 64,60%
Ter filhos matriculados na escola 426050 41,70%
NS 198210 19,40%
Chefe de família desempregado(a) 105235 10,30%
SUL
Não ter carteira assinada 111366 10,90%
Problemas de saúde 48020 4,70%
Outros 12260 1,20%
BASE 1021703 100,00%
v879 - Sabe por que algumas famílias ganham um determinado valor e outras ganham um
valor diferente
RESULTADO Casos %
Sim 2291391 20,70%
Não 8190319 74,00%
GERAL NS/NR 587468 5,30%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 125011 20,90%
Não 454587 76,00%
CENTRO OESTE NS/NR 18542 3,10%
CENTRO OESTE
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 1181357 21,40%
Não 4239637 76,80%
NORDESTE NS/NR 99366 1,80%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Sim 183250 17,50%
Não 769649 73,50%
NORTE NS/NR 94243 9,00%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 662821 23,00%
Não 1919299 66,60%
SUDESTE NS/NR 299710 10,40%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 138952 13,60%
Não 807145 79,00%
SUL NS/NR 75606 7,40%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
Falta de profissionais e
equipam.p/desenvolvimento das ações
40845 14,07%
GERAL Manter a criança na escola 38731 13,34%
Dificuldades para se conseguir vagas nas
escolas 32108 11,06%
Dificuldade financeira 29050 10,00%
Inexistência de atividades complementares
de educ.alimentar 7615 2,62%
NS/NR 6805 2,34%
Dificuldade de comprovação do gasto 598 0,21%
BASE 290373 100,00%
Distância das escolas 1196 12,50%
Distância dos serviços de saúde 1196 12,50%
Falta de transporte 1794 18,75%
Tempo de espera em filas p/atendimento
nas unidades de saúde 2393 25,01%
Falta de profissionais e
equipam.p/desenvolvimento das ações
NORDESTE 27602 26,32%
Manter a criança na escola 11041 10,53%
NORDESTE
Falta de profissionais e
equipam.p/desenvolvimento das ações
NORTE 6283 15,00%
Manter a criança na escola 1047 2,50%
Dificuldades para se conseguir vagas nas
escolas 4189 10,00%
Inexistência de atividades complementares
de educ.alimentar 2094 5,00%
NS/NR 3141 7,50%
BASE 41886 100,00%
Distância das escolas 40346 36,84%
Distância dos serviços de saúde 31700 28,95%
Falta de transporte 8645 7,89%
Tempo de espera em filas p/atendimento
nas unidades de saúde 28818 26,32%
Falta de profissionais e
SUDESTE
equipam.p/desenvolvimento das ações
5764 5,26%
Manter a criança na escola 23055 21,05%
Dificuldades para se conseguir vagas nas
escolas 17291 15,79%
Dificuldade financeira 2882 2,63%
BASE 109510 100,00%
Distância das escolas 4087 16,67%
Distância dos serviços de saúde 3065 12,50%
Falta de transporte 5109 20,84%
Tempo de espera em filas p/atendimento
nas unidades de saúde 6130 25,00%
SUL
Dificuldades para se conseguir vagas nas
escolas 5109 20,84%
Dificuldade financeira 4087 16,67%
NS/NR 3065 12,50%
BASE 24521 100,00%
v887 - Acha certo que as famílias que não cumprem com essas obrigações sejam excluídas
do programa?
RESULTADO Casos %
Sim 5729780 63,90%
Não 2411391 26,90%
GERAL NS/NR 830403 9,30%
Total 8971574 100,00%
BASE 8971574 81,10%
Sim 317613 66,50%
Não 101684 21,30%
CENTRO OESTE NS/NR 58020 12,20%
Total 477317 100,00%
BASE 477317 79,80%
Sim 2655294 62,40%
Não 1330407 31,30%
NORDESTE NS/NR 270498 6,40%
Total 4256198 100,00%
BASE 4256198 77,10%
Sim 544514 62,30%
Não 232466 26,60%
NORTE NS/NR 97384 11,10%
Total 874364 100,00%
BASE 874364 83,50%
Sim 1616707 63,40%
Não 610948 24,00%
SUDESTE NS/NR 322765 12,70%
Total 2550420 100,00%
BASE 2550420 88,50%
Sim 595653 73,20%
Não 135886 16,70%
SUL NS/NR 81736 10,10%
Total 813276 100,00%
BASE 813276 79,60%
v890 a v894 - Sabe onde buscar informação se tiver dúvidas sobre o Programa Bolsa
Família
RESULTADO casos %
Na prefeitura 6832508 43,10%
Pelo 0800 do Bolsa Família 2341547 14,80%
NS/NR 2232222 14,10%
Na escola 1455591 9,20%
No posto de saúde 1265775 8,00%
No banco(CEF/Lotérica) 1048040 6,60%
GERAL Outros 353062 2,20%
CENTRO OESTE
No posto de saúde 65796 7,50%
CENTRO OESTE No banco(CEF/Lotérica) 58618 6,70%
Outros 7776 0,90%
v895 - Sabe como fazer denúncias no caso de irregularidades no Programa Bolsa Família
RESULTADO Casos %
Sim 3500739 31,60%
Não 7568439 68,40%
GERAL
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 145946 24,40%
Não 452195 75,60%
CENTRO OESTE
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 2009411 36,40%
Não 3510950 63,60%
NORDESTE
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Sim 353934 33,80%
Não 693208 66,20%
NORTE
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 780976 27,10%
Não 2100855 72,90%
SUDESTE
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 210471 20,60%
SUL
Não 811232 79,40%
SUL
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v897 - Qual?
RESULTADO Casos %
v898 - Conhece alguma pessoa que precisa do Bolsa Família, se cadastrou e nunca
recebeu o benefício
RESULTADO Casos %
Sim 6637075 60,00%
Não 4432103 40,00%
GERAL
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Sim 320005 53,50%
Não 278136 46,50%
CENTRO OESTE
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Sim 3626877 65,70%
Não 1893484 34,30%
NORDESTE
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Sim 767555 73,30%
Não 279587 26,70%
NORTE
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Sim 1481261 51,40%
Não 1400570 48,60%
SUDESTE
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Sim 441376 43,20%
Não 580327 56,80%
SUL
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
v899 - No último mês quanto tempo gastou no deslocamento para buscar o dinheiro do
Bolsa Família
RESULTADO Casos %
Menos do que 1 hora 6661810 60,20%
Entre 1 e 2 horas 2831835 25,60%
Entre 2 e 4 horas 690172 6,20%
GERAL Mais do que 4 horas 834598 7,50%
NS/Não lembra 50763 0,50%
Total 11069178 100,00%
BASE 11069178 100,00%
Menos do que 1 hora 366660 61,30%
Entre 1 e 2 horas 168676 28,20%
Entre 2 e 4 horas 42468 7,10%
CENTRO OESTE Mais do que 4 horas 16150 2,70%
NS/Não lembra 4187 0,70%
Total 598141 100,00%
BASE 598141 100,00%
Menos do que 1 hora 3356379 60,80%
NORDESTE
Entre 1 e 2 horas 1302805 23,60%
Entre 2 e 4 horas 375385 6,80%
NORDESTE Mais do que 4 horas 474751 8,60%
NS/Não lembra 11041 0,20%
Total 5520361 100,00%
BASE 5520361 100,00%
Menos do que 1 hora 473308 45,20%
Entre 1 e 2 horas 264927 25,30%
Entre 2 e 4 horas 118327 11,30%
NORTE Mais do que 4 horas 169637 16,20%
NS/Não lembra 20943 2,00%
Total 1047142 100,00%
BASE 1047142 100,00%
Menos do que 1 hora 1829963 63,50%
Entre 1 e 2 horas 832849 28,90%
Entre 2 e 4 horas 100864 3,50%
SUDESTE Mais do que 4 horas 106628 3,70%
NS/Não lembra 11527 0,40%
Total 2881831 100,00%
BASE 2881831 100,00%
Menos do que 1 hora 635499 62,20%
Entre 1 e 2 horas 262578 25,70%
Entre 2 e 4 horas 53129 5,20%
SUL Mais do que 4 horas 67432 6,60%
NS/Não lembra 3065 0,30%
Total 1021703 100,00%
BASE 1021703 100,00%
Uma publicação
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)
Financiado por
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL
RELATÓRIO FINAL
II ETAPA DA PESQUISA REPERCUSSÕES DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
NA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Uma publicação
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)
Financiado por
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
Proponente
Rede Desenvolvimento, Ensino e Sociedade (Redes)
Coordenação geral
Francisco Menezes
Coordenação executiva
Mariana Santarelli
Assistente de coordenação
Rozi Billo
Pesquisadores(as)
Edmar Gadelha
Juliana Casemiro
Consultora de metodologia
Ana Paula Corti
Facilitadores(as) locais
Fabiane Cristina Albuquerque
Juliana Freitas
Márcia Vilenice de Macedo Dias
Rosely Carlos Augusto
Solange Aparecida de Oliveira
Tatiana Simon Bastos
Apoio local
Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea–BA)
Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea–GO)
Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea–RS)
Fase – PA
Fian Brasil
Rede de Educação Cidadã – PA
Texto final
Juliana Casemiro
Mariana Santarelli
Edição e revisão
Márcia Lisboa
Acompanhamento editorial
Ana Bittencourt
Flávia Mattar
Fotos
Mariana Santarelli
Marcus Vini
Revisão final
Ana Bittencourt
Flávia Mattar
Juliana Casemiro
Mariana Santarelli
Projeto gráfico e diagramação
Ana Mannarino
Ibase
Av. Rio Branco 124 80 andar Centro Rio de Janeiro RJ CEP 20040 916
Tel.: (21) 2178 9400 Fax: (21) 2178 9402 www.ibase.br ibase@ibase.br
SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO 4
II. METODOLOGIA 6
Este relatório integra a pesquisa Repercussões do Programa Bolsa Família (PBF) na Segurança
Alimentar e Nutricional das Famílias Beneficiadas, realizada em nível nacional com o apoio da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A etapa principal da pesquisa apontou que aproxima-
damente 6 milhões de famílias beneficiadas pelo programa encontravam-se em situação de inse-
gurança alimentar moderada ou grave, ou seja, tiveram, nos três meses anteriores, restrições
severas na quantidade e qualidade de alimentos e até mesmo fome. De acordo com o levantamen-
to, o programa apresenta efeitos positivos na alimentação das famílias, que passaram a ter maior
estabilidade no acesso e aumento na quantidade e variedade de alimentos consumidos. É impor-
tante reconhecer os méritos do programa no que diz respeito à alimentação das famílias, porém a
persistência de altos índices de insegurança alimentar indica que a fome no Brasil é mais complexa
e que o PBF é insuficiente para garantir à população o direito humano à alimentação1.
Participaram desta segunda etapa da pesquisa cerca de 150 representantes de movimentos sociais
e entidades da sociedade civil em seis estados brasileiros a partir da questão orientadora: como
garantir o direito humano à alimentação às famílias mais vulneráveis à fome? Reuniram-se para
um mesmo debate atores sociais de diferentes segmentos e formas de atuação, com a proposta de
provocar os(as) participantes a pensarem as políticas de SAN em sua amplitude e de forma inte-
grada, com o objetivo de fazer aflorar novos sentidos e possibilidades.
O diálogo foi feito a partir de quatro propostas de “caminhos” de políticas públicas: transferência
de renda (Programa Bolsa Família), produção e abastecimento, assistência alimentar e geração de
trabalho e renda. Estes caminhos foram elaborados a partir das recomendações derivadas da pes-
quisa sobre o Programa Bolsa Família e do debate público em torno da soberania e da segurança
alimentar e nutricional e do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAAS).
1. O relatório síntese da pesquisa Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar e Nutricional está
disponível em <www.ibase.br> e no CD em anexo. Os dados quantitativos da pesquisa foram coletados em setembro e
outubro de 2007.
4 | APRESENTAÇÃO
A escolha da metodologia Grupos de Diálogo se deu pela experiência exitosa que o Ibase vem acu-
mulando com este método em estudos sobre o tema da juventude e por seu caráter de processo
investigativo e de formação, que permite aos(às) participantes o acesso a informações qualifica-
das sobre o tema do diálogo, seja pelo material de apoio que subsidia o debate ou pela troca com
outros integrantes. Os grupos foram ainda uma oportunidade de divulgar e debater de forma qua-
lificada os resultados da pesquisa sobre o PBF, realizada pelo Ibase.
As análises produzidas buscam identificar quais são os caminhos, trilhas e rumos apontados pelos
participantes dos Grupos de Diálogo para a realização do Direito Humano à Alimentação Ade-
quada e Saudável, especialmente, das famílias mais vulneráveis à fome. Procuram também estabe-
lecer um diálogo com a agenda pública de debates referentes aos temas em questão e com as
oportunidades de construção e aprimoramento das políticas públicas em curso, dentre elas o
Programa Bolsa Família.
O grande objetivo desta publicação é agregar olhares e recomendações dos diversos segmentos
da sociedade civil organizada que têm relação direta ou indireta com a construção da pauta da
soberania e da segurança alimentar e nutricional, além de contribuir para que suas demandas
mais recentes ganhem visibilidade e possam ser incorporadas na construção desse grande proje-
to de enfrentamento da fome em nosso país. As análises buscaram o máximo de aproximação com
terminologias, conceitos e formas de expressão dos participantes dos Grupos de Diálogo.
O relatório apresenta as principais conclusões extraídas dos seis Grupos de Diálogo realizados, a
descrição da metodologia e uma breve avaliação do método adotado. Segue, com o relatório, o
Caderno de Diálogo – material de apoio usado na pesquisa –, o Guia do Moderador – contendo ins-
truções breves para mediar os diálogos –, e o CD – que reúne estes e outros documentos afins.
Todo o material pode ser livremente reproduzido por quem tiver interesse em adotá-lo como base
em processos de formação e investigação. Pedimos, apenas, que a fonte seja citada.
APRESENTAÇÃO | 5
II. METODOLOGIA
A metodologia Grupos de Diálogo vem sendo usada pela Área Programática de Juventude do Ibase
desde 20052, em um esforço conjunto com outras entidades3 de adaptá-la à realidade do país e às
demandas da pesquisa Juventude Brasileira e Democracia. Tal adaptação originou-se da troca de
experiência com pesquisadores(as) canadenses do Canadian Policy Reserch Networks (CPRN), a
partir dos estudos de Daniel Yankelovich.
A realização de Grupos de Diálogo tem se mostrado adequada aos debates de políticas públicas e
seu ponto de partida é sempre uma questão socialmente relevante. O principal pressuposto meto-
dológico é que as opiniões não são formadas individualmente, mas pela interação com informações
e opiniões de outras pessoas. O processo investigativo permite aos(às) participantes ter acesso a
informações qualificadas, ouvir e expor diferentes pontos vista e realizar reflexões coletivas acerca
de um tema. Desta forma, a pesquisa apresenta-se também como aprendizado para os grupos.
A fim de orientar os debates propõe-se uma pergunta central (Questão do Diálogo) e cenários
(Caminhos do Diálogo), a partir dos quais é conduzido o diálogo. A fim de apreender em que medi-
da as pessoas mudam de opinião a partir das informações e do diálogo, são aplicadas Fichas de
opinião Pré e Pós-Diálogo.
Sendo os Grupos de Diálogo parte integrante de uma pesquisa sobre o PBF, todo o material e
método foram produzidos com o intuito de avaliar este programa. Contudo, o aprofundamento
sobre as possibilidades e os limites da metodologia apontou como oportuna e necessária a opção
por uma abordagem mais ampla, que abarcasse um conjunto maior de políticas públicas para o
Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável, não se restringindo a apenas uma política.
Esta opção vai também ao encontro das análises da primeira fase da pesquisa que apontaram a
necessidade de aprofundar ações complementares ao Programa Bolsa Família.
A Questão do Diálogo deve, ao mesmo tempo, garantir o foco dos debates e provocar as reflexões
necessárias ao debate. A pergunta apresentada delimitou o espectro de reflexão às ações voltadas
aos brasileiros e às brasileiras mais vulneráveis à fome, ou seja, às famílias beneficiadas pelo PBF,
público-alvo da primeira etapa da pesquisa.
2. Ibase e Pólis. Juventude Brasileira e Democracia – participação, esferas e políticas públicas. Rio de Janeiro: Ibase;
São Paulo: Pólis, 2006. Disponível em <www.ibase.br>.
3. Rede parceira: Ação Educativa, Centro de Referência Integral de Adolescentes, Escola de Formação Quilombo dos
Palmares, Instituto de Estudos Socioeconômicos, Instituto Universidade Popular, Iser Assessoria, Observatório Jovem
do Rio de Janeiro da Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
6 | METODOLOGIA
QUESTÃO DO DIÁLOGO: COMO GARANTIR O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO
ADEQUADA AOS(ÀS) BRASILEIROS(AS) MAIS VULNERÁVEIS À FOME?
Os Caminhos (ou cenários) do Diálogo, por terem como base as possibilidades disponíveis na so-
ciedade, devem expressar alternativas para se tratar ou enfocar tal questão. Eles expressam alter-
nativas políticas entre o conservadorismo e a proposta mais progressista. Devem guardar diferen-
ças claras e marcadas entre si, de modo a gerarem um grau de tensão suficiente para estimular o
debate e permitir a expressão de opiniões divergentes e/ou concorrentes. Desta maneira, foram
identificados os quatro Caminhos a seguir.
Atualmente, uma boa parcela da população brasileira vive em situação de insegurança alimentar
grave, ou seja, passa fome. Diante de tal quadro, é dever do Estado assegurar o direito humano à
alimentação desta população, por meio de políticas de assistência alimentar, de caráter emergen-
cial, que distribuam alimentos a quem precisa.
A produção e a venda de alimentos são guiadas pela lógica do mercado e do lucro, não estão vol-
tadas às necessidades alimentares da população. O alto preço dos alimentos e o acesso desigual
afetam, principalmente, as famílias mais pobres, que não conseguem garantir uma alimentação
adequada e saudável. Os governos devem prover políticas que sejam capazes de assegurar o
preço dos alimentos e de ampliar a oferta de alimentos saudáveis e pouco consumidos, buscando
aproximar produtores(as) locais e consumidores(as).
METODOLOGIA | 7
CAMINHO 4: POLÍTICAS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA
É por meio do trabalho que as pessoas obtêm, de forma digna, os recursos necessários à sua so-
brevivência. A fome é causada pela falta de oportunidades de emprego e de trabalho, sem as quais
as pessoas não podem contar com uma renda que lhes permita alimentação correta. Para reduzir
a fome, é fundamental que o Estado brasileiro estimule políticas de geração de trabalho e renda
para as famílias mais pobres, seja na abertura de novos postos de trabalho, seja no estímulo a
empreendimentos solidários e iniciativas de desenvolvimento local.
DIA DE DIÁLOGO
Foram realizados Grupos de Diálogo (GDs) nas capitais de seis estados brasileiros, contemplando
um relativo equilíbrio regional: Rio de Janeiro e Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás e
Pará. Na região Sudeste, houve dois grupos, sendo que o Rio de Janeiro sediou o GD-teste.
Todos esses estados contaram com um(a) facilitador(a), responsável pela mobilização e articula-
ção dos(as) participantes dos GDs. Em cada um deles, quatro relatores(as) de pesquisa acompa-
nharam e registraram os debates em pequenos grupos.
Com duração de aproximadamente oito horas, a programação do Dia de Diálogo foi construída
pela equipe a fim de contemplar pelo menos quatro questões essenciais da metodologia: preenchi-
mento de Fichas Pré e Pós-Diálogo, apresentação do Panorama – exposição de informações sobre
o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável no Brasil – e da Questão, diálogo em peque-
nos grupos e debate final com a construção de consensos.
O Dia de Diálogo foi conduzido por moderadores(as) da equipe de pesquisa do Ibase. A função de
moderar o debate inclui: a apresentação da metodologia, do Panorama, da Questão e dos Caminhos
do Diálogo; o acompanhamento dos trabalhos em pequenos grupos, auxiliando e esclarecendo dúvi-
das acerca do diálogo; e a animação e provocação do debate final, zelando pelo cumprimento do
horário e pela garantia de oportunidade de fala a todos(as). Uma função importante atribuída ao
moderador e à moderadora foi a de problematizar as escolhas dos caminhos e suas conseqüên-
cias, encorajando a identificação tanto de consensos como de diferenças.
Pela manhã, os(as) participantes eram separados(as) em quatro pequenos grupos (observando o
equilíbrio de movimentos, a atuação campo-cidade e o gênero). Havia a leitura e o diálogo sobre
os caminhos, iniciando a construção de consensos. Os grupos eram orientados a fazer escolhas em
relação aos caminhos. Cada qual teve a opção de escolher um caminho ou combiná-los, e ainda
definir prioridades em relação aos caminhos indicados.
À tarde, eram feitas as apresentações dos grupos. A partir de então, as falas começavam a ser grava-
das para posterior transcrição e análise. Ao final do Dia de Diálogo, o grupo, com a mediação do(a)
pesquisador(a), construía uma lista de consensos (semelhanças) e de diferenças (pontos sem acor-
dos), que eram registrados em pedaços de cartolina e depois afixadas na parede formando um mural.
8 | METODOLOGIA
Quanto aos aspectos éticos da pesquisa, deve-se destacar que os(as) participantes, após serem
esclarecidos sobre os objetivos e procedimentos da pesquisa, assinaram um termo de consenti-
mento livre e esclarecido.
O principal material produzido para o Dia de Diálogo foi o Caderno de Trabalho, que reúne infor-
mações sobre a pesquisa e a metodologia adotada; o Panorama do Diálogo; dados da primeira fase
da pesquisa, no que se refere a quem são os(as) beneficiários(as) do PBF e como acessam a ali-
mentação; a Questão do Diálogo; e os Caminhos do Diálogo.
É uma exigência metodológica que a apresentação dos caminhos seja bem equilibrada, de manei-
ra que o texto ou a forma como se expõe um ou outro caminho não influencie na escolha ou preferên-
cia do grupo. Cada caminho foi apresentado em duas páginas do Caderno de Trabalho, contendo:
título, uma fotografia, a síntese do caminho, itens com informações complementares (“Saiba
mais”), além dos pontos favoráveis e desfavoráveis dos discursos presentes na sociedade sobre
cada caminho. Vale ressaltar que as posições descritas nos pontos favoráveis e desfavoráveis não
refletem a opinião do Ibase, e sim diferentes pontos de vista presentes na sociedade.
Foram usadas Fichas Pré e Pós-Diálogo, que adotam uma escala de zero a sete para medir a con-
cordância ou preferência inicial e final dos(as) participantes com os quatro caminhos. Todos e
todas atribuíram uma nota a cada um dos caminhos antes e depois do Diálogo. Na Ficha Pós-
Diálogo, havia espaço para observações, questionando sobre condições para aceitação do cami-
nho. Em anexo à ficha, foi apresentado ao(à) integrante um conjunto de questões para a constru-
ção do perfil dos(as) participantes de cada diálogo.
As orientações para o trabalho em pequenos grupos foram descritas e apresentadas antes do início
das atividades, sendo entregues a cada pessoa. Para o debate final, foi preparado outro instru-
mento, a fim de provocar a observação dos consensos e das diferenças.
METODOLOGIA | 9
III. AS VOZES DO DIÁLOGO
49 19 a 29 anos (17%)
17 30 a 45 anos (49%)
46 a 60 anos (25.9%)
4.1 mais de 60 anos (4.1%)
25.9
29.9
Masculino (29.9%)
Feminino (56.5%)
NR (13.6%)
13.6 56.5
10 | AS VOZES DO DIÁLOGO
Grande parte dos(as) participantes dos GDs possuía nível superior, apesar de os grupos terem
apresentado boa diversidade no que se refere à escolaridade. Chama a atenção o fato de 70,1%
terem se declarado pretos(as) ou pardos(as).
17.7 33.3
Até a 4ª série completa (3.4%)
Até a 8ª série completa (17.7%)
3.4
Até ensino médio completo (33.3%)
1.4
Ensino superior – completo ou incompleto (44.2%)
NS/NR (1.4%)
44.2
22.4
AS VOZES DO DIÁLOGO | 11
A distribuição percentual dos(as) participantes dos GDs por área de atuação (figura 5) mostra que
a mais citada foi a de educação e cultura, seguida pela reforma agrária e agricultura e por econo-
mia solidária e cooperativismo.
NS/NR 2.0
Outros 4.8
Infância e juventude 2.7
Agricultura/ Pesca/ Abastecimento 8.2
Meio ambiente 15.0
Assistência social 15.6
Movimento negro/ Comunidades tradicionais 17.7
Direito humano à alimentação/ SAN 18.4
Movimento de mulheres 20.4
Saúde e nutrição 20.4
Economia solidária e cooperativismo 25.9
Reforma agrária/ Agricultura familiar 28.6
Educação e cultura 29.3
0 5 10 15 20 25 30
Foram convidadas preferencialmente para os GDs pessoas que já tivessem alguma participação no
movimento de segurança alimentar, mas que não fossem dirigentes, presidentes ou da cúpula da
organização, associação ou movimento. Apesar deste perfil de atuação mais de base, buscou-se que
os(as) participantes(as) identificados(as) fossem potenciais formadores(as) de opinião, sendo lide-
ranças comunitárias ou mais intermediárias dentro de sua organização, movimento ou entidade.
Esta composição mista conseguiu ser garantida, visto que 42,2% dos(as) participantes(as) dos GDs
afirmaram pertencer a movimentos sociais e 25,9% atuam em associações ou federações comuni-
tárias ou de base.
12 | AS VOZES DO DIÁLOGO
FIGURA 6: PARTICIPANTES POR SEGMENTO 5
NS/NR 3.4
Outros 4.1
Centrais sindicais/ Federações/ Associações de classe 11.6
Instituições religiosas 12.2
Pastorais sociais 17.7
ONGs 20.4
Associações/ Federações comunitárias de base 25.9
Movimentos sociais 42.2
0 10 20 30 40 50
28.6
Sim (28.6%)
Não (57.8%)
NS/NR (13.6%)
13.6
57.8
AS VOZES DO DIÁLOGO | 13
FIGURA 8: PARTICIPAÇÃO EM FÓRUNS DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
21.1
Sim (21.1%)
Não (62.2%)
NS/NR (16.3%)
16.3
62.6
21.1
Sim (21.1%)
Não (62.6%)
NS/NR (16.3%)
16.3
62.6
14 | AS VOZES DO DIÁLOGO
IV. CAMINHOS PARA O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO
A fome no Brasil é um fenômeno complexo e multifacetado, portanto são muitos os caminhos para
enfrentá-la. A resposta para este problema histórico não se dará por uma única ação, muito menos
no curto prazo. São estes alguns dos consensos construídos nos Grupos de Diálogo e que se apre-
sentam como pressupostos para delinear as escolhas feitas pelos grupos. Os seis GDs realizados
optaram por combinações que incluíram elementos dos quatro caminhos propostos. No entendi-
mento dos(as) participantes, tais caminhos são relevantes, “complementares”, “interligados”, “não
se dissociam”. Cada um deles atinge certa especificidade ou dimensão do processo de inclusão e
conquista de direitos. Segundo os grupos, todos eles “fazem parte da solução”, levam a um lugar
comum: o do direito humano à alimentação.
A saída está na articulação dos quatro caminhos. Por quê? Porque o que exige ali é uma mu-
dança estrutural no nosso modo de ver, e essa mudança é estrutural: ela só se dá dentro de
um processo a curto, médio e longo prazo.
Rio Grande do Sul
Os(as) participantes do Diálogo fazem uma separação, mas não uma ruptura, entre as políticas emer-
genciais e as estruturantes. De forma geral, houve uma preocupação em combiná-las, entendendo a
importância de todos os caminhos, embora as políticas estruturantes sejam mais valorizadas.
Tendo como base a forma como foi conduzido o debate pelos próprios grupos, a análise se organi-
za a partir de quatro grandes eixos: Programa Bolsa Família e assistência alimentar; produção e
abastecimento alimentar; trabalho e renda; e intersetorialidade, controle social e participação.
Neste capítulo será apresentada uma síntese dos saberes e das práticas relacionadas a cada um
destes eixos e as correspondentes proposições de políticas públicas expressas pelos grupos.
Durante os Dias de Diálogo, houve uma grande tendência em avaliar de forma conjunta as políticas
de assistência alimentar e o Programa Bolsa Família (PBF). Significados comuns foram atribuídos
às iniciativas de ambos os caminhos, qualificados com expressões como “compensatório”, “as-
sistencialista”, “emergencial” ou ainda “de curto prazo”. Surpreende na análise das falas o fato de,
ainda que a avaliação de tais iniciativas, nos diferentes GDs, esteja impregnada de significados
Este posicionamento parte da compreensão comum de que quem está vivenciando a insegurança
alimentar precisa ser assistido(a) e de que o Estado tem a obrigação de garantir a todos(as) os(as)
brasileiros(as) o direito humano a uma alimentação adequada. Pressupõe que uma grande parcela
da população do país esteja à margem do processo de desenvolvimento nacional e fora do merca-
do de trabalho, e que esta exclusão social é fruto da profunda e histórica desigualdade brasileira.
Há, portanto, uma dívida social a ser paga.
Essa população é fruto do sistema que negou direitos. Deve receber assistência.
Rio Grande do Sul
Do ponto de vista dos(as) participantes dos GDs, a superação da pobreza depende de ações mais
emergenciais, que garantam direitos mínimos, mas deve ser acompanhada de ações consideradas
mais estruturantes, como as de produção e abastecimento, e aquelas capazes de gerar emprego e
renda. Apesar de consideradas necessárias, políticas de natureza assistencial devem ser imple-
mentadas por um tempo determinado e de forma complementar, pois não garantem a emancipa-
ção da população e não resolvem o problema da fome a médio e longo prazo.
É certo o dever do Estado em garantir alimentos a quem precisa, porque recolhe impostos pa-
ra dar qualidade de vida à população. Porém, para ter direito à cidadania é mais importante
que a pessoa seja sujeito de seu processo.
Minas Gerais
Em relação ao Programa Bolsa Família, não há uma visão comum: todos os GDs reconheceram a neces-
sidade de políticas compensatórias aos que estão estruturalmente excluídos do mercado, valorizando
assim o papel que o PBF desempenha neste sentido. É comum a avaliação de que muitas pessoas não
teriam outros meios de sobreviver não fosse por esta política. O programa é visto como um “processo
de inclusão”, como “única política que chega aos(às) mais pobres”, como programa que tira as pessoas
da “miserabilidade”. Esta linha de percepção é mais defendida por aqueles(as) que já vivenciaram ou
estabelecem uma relação mais próxima com a pobreza e a insegurança alimentar, como no caso de
participantes que já passaram fome ou que têm uma atuação direta com comunidades pobres.
Ainda que a visão sobre o Bolsa Família seja predominantemente positiva e que se reconheça a
necessidade de garantir direitos mínimos às pessoas mais pobres, o programa também é percebido
como uma política “isolada” como estratégia de combate à pobreza e à fome. As condicionalidades
são consideradas insuficientes para garantir a emancipação das famílias, assim como o investimento
em políticas complementares capazes de facilitar a inserção das famílias no mercado de trabalho. Os
grupos expressaram o receio de que o PBF se torne a ação prioritária do governo no combate à fome,
em detrimento aos demais caminhos propostos pelo GD, devido à sua amplitude e à centralidade que
tem sido dada ao programa, em termos de orçamento e discurso oficial do governo.
O Bolsa Família é um complemento emergencial, mas não é como uma política principal do
governo, e me parece que é isso que está querendo ser puxado.
Pará
Nos Grupos de Diálogo, ainda que não de forma predominante, foi presente a idéia de que o Bolsa
Família gera acomodação. Por vezes, a responsabilidade recai sobre os pobres, que, do ponto de
vista de alguns/algumas participantes, preferem receber benefícios do que trabalhar. Em outros
momentos, recai sobre o próprio desenho do programa, que estimularia esta postura por não
encaminhar as famílias para o mercado de trabalho. Houve relatos de pessoas que consideram
preconceituoso o discurso da “acomodação dos pobres”, e que não concordam com a visão de que
o programa, além de desestímulo ao trabalho, gera desmobilização. Para elas, a falta de organiza-
ção e participação das camadas mais pobres nas decisões que afetam suas vidas ocorre, sobretu-
do, por falta de apoio para a organização coletiva.
Essas pessoas que recebem essa Bolsa Família ficam tão acomodadas… Algumas pessoas que a
gente conhece, a gente que trabalha com um grupo de mulheres na base, lá na zona rural…
ficam tão acomodadas a receberem… Chegar no fim do mês, ir lá, e pegar o cartão para sua sus-
tentabilidade… Eu acho que é [importante] criar formações, capacitações, qualificar esse pes-
soal do Bolsa Família para que não fique só naqueles R$ 120, R$ 90… fique esperando, sabe?
Bahia
Surgiu em um dos GDs a preocupação com a origem deste tipo de discurso, tão presente na opinião
pública, e que vem sendo incorporado também pela sociedade civil organizada, e com “estigmas e
estereótipos” que podem fazer com que as poucas conquistas para os mais pobres sejam perdidas.
(…) quando a gente se posiciona e fala ‘Ah, as famílias se acomodam’, a gente tem até que
tomar cuidado com esse discurso porque cria estigmas e estereótipos para essas famílias.
Também porque é dever, é papel do Estado ter esses programas, mas articulado a isso, aquilo
que todos os grupos pontuaram, que é o quê? A inserção do trabalho, a efetivação de políticas
associadas à cultura e à educação.
Goiás
Minha grande preocupação com o programa é de que ele seja eterno. Ele não é visto como
deveria, como uma coisa com período pra começar e terminar.
Bahia
As pessoas não querem mais arrumar um emprego porque já têm a Bolsa Família. Não deveria
ser uma coisa de mão beijada, mas que fosse feita uma troca para não ser totalmente gratuito.
Pará
(…)diagnosticada a situação, elas começam a receber essa ajuda. Só que durante um ano, por
exemplo, elas vão receber toda essa assistência, mas vão ter que encontrar uma forma de tra-
balhar, uma forma de ganhar. Não é só um emprego formal não, tem “ene” formas de uma
pessoa se manter sem ter um emprego formal, né?
Goiás
Para os(as) participantes dos Grupos de Diálogo, as famílias beneficiadas pelo PBF precisam ser
“acompanhadas”, o que, em outras palavras, significa fortalecer as ações de assistência social e
ampliar as políticas complementares ao programa, que, com o tempo, possam viabilizar sua emanci-
pação. As ações complementares propostas são principalmente as de formação profissional e gera-
ção de trabalho e renda, seguidas de iniciativas de educação alimentar. Foram também recomenda-
das ações específicas no campo da educação e da cultura. Dentre as recomendações no campo da
educação alimentar, merece destaque a proposta de “reeducação alimentar comunitária”, que esta-
belece relação entre assistência alimentar, educação nutricional, consumo e produção de alimentos.
Em relação às políticas de assistência alimentar, as mais citadas pelos(as) participantes dos Gru-
pos de Diálogo foram as doações de cestas básicas. Equipamentos públicos, como restaurantes
populares e bancos de alimentos, foram pouco citados e considerados mais adequados aos gran-
des centros urbanos. Os grupos apresentaram concordância com a distribuição de cestas básicas
nos casos de “situações extremas”, referindo-se, sobretudo, aos casos de calamidade ou acidentes
Nós queremos a terra. Nossa briga não é pela cesta básica, nossa briga é pela terra. Mas en-
quanto não chega, enquanto eles não têm a boa vontade de fazer o assentamento, a gente bri-
ga, no bom sentido da palavra, para que exista o recurso do MDS para as cestas.
Bahia
No que diz respeito à distribuição de alimentos pelo Estado, para a camada da população mais vul-
nerável à fome, os grupos apontaram uma série de ressalvas. Dentre elas, ganhou mais destaque
a de que os alimentos doados devem ser de qualidade e adequados do ponto de vista nutricional e
cultural. Os(as) participantes dos GDs relataram uma série de casos de inadequação dos alimentos
oferecidos, seja na alimentação escolar ou nas cestas básicas oferecidas. No caso de povos tradi-
cionais, como os indígenas, recomendaram que cada comunidade seja consultada previamente à
definição da composição das cestas.
Nós [indígenas] sofremos nesta parte das cestas básicas que são distribuídas porque temos
uma cultura diferente. Então, as famílias não aceitam as comidas que estão na cesta. Acho que
quando foram formando estas cestas, tinham que consultar as comunidades.
Rio Grande do Sul
As iniciativas de assistência alimentar são mais valorizadas quando ganham sentido no fortaleci-
mento dos sistemas locais de produção e consumo. Em todos os grupos, de forma mais explícita
ou menos, tais políticas são recomendadas contanto que associadas à produção local de alimen-
tos. Desta forma, para além de levar comida a quem precisa, tais políticas incorporariam um cará-
ter mais estruturante visto que favoreceriam também o desenvolvimento local.
Para os grupos, as compras públicas feitas com o objetivo de suprir as iniciativas de assistência ali-
mentar não devem seguir a lógica mercantil, que necessariamente privilegia a indústria de alimentos
e favorece a concentração da distribuição de alimentos. Devem ser orientadas, todavia, para o fortale-
cimento da agricultura familiar e da produção local e a valorização dos hábitos alimentares regionais.
Essa questão de você estar ligando a distribuição de alimentos à industria alimentícia, pra mim, é
uma grande falha da política: você acaba mudando a cultura de um povo, quando uma indústria se
propõe a este papel. Ela tem a intenção, infelizmente, de levar a sua marca para aquela família.
Bahia
Eu diria que, parcialmente, considero importante: tem que dar condições para a ação emer-
gencial caminhar para a estrutural. Por exemplo: trabalhar as cestas básicas do programa de
aquisição de alimentos da agricultura familiar é política emergencial, mas não é com cestas
básicas que vêm de grandes empresas. Ajudaria a família do agricultor e a família que recebe.
Mataria dois coelhos com uma cajadada só.
Rio Grande do Sul
Então, nós entendemos que deveria existir algum mecanismo que vinculasse a renda dos bene-
ficiários do Programa Bolsa Família à aquisição de produtores locais. Por quê? (…) A questão
é o seguinte: com essa renda, adquirem bens alimentícios, com produtos de quem? Das gran-
des corporações nacionais, dos grandes supermercados, dos grandes né? E aí, os produtores
rurais locais ficam enfraquecidos, né? Então, nós pensamos que deveria ter um mecanismo,
não sei, uma estratégica para reverter essa lógica.
Bahia
Os grupos avaliaram que as políticas de assistência alimentar são insuficientes para atender a
todas as pessoas que precisam. Os municípios não têm investido em mapear as regiões onde há
maior concentração de famílias em situação de insegurança alimentar. Tampouco em pesquisas
que ajudem a identificar quais são as necessidades alimentares da população, o que leva a
ações mal focalizadas e ineficientes. Os(as) participantes dos GDs identificam também um enor-
me desperdício de alimentos produzidos, não só pela industria e pelo comércio, mas também
pelos(as) pequenos(as) produtores(as). Do ponto de vista dos grupos, faltam estratégias para se
combater este desperdício.
A alimentação escolar foi bastante valorizada como forma de fazer chegar alimentos às famílias
mais pobres, porém as mesmas ressalvas que se aplicam às iniciativas de assistência alimentar
cabem para a merenda escolar. Deve haver maior preocupação com a qualidade, a diversificação e
a adequação dos alimentos, e também maior articulação com a produção local. De acordo com
os(as) participantes, falta vontade política, por parte das prefeituras, de organizar a compra direta
dos(as) produtores(as) locais.
Um grande consenso que saiu como resultado de todos os GDs é que o controle social das políticas
de assistência alimentar e do programa Bolsa Família precisa ser fortalecido, de forma a inibir prá-
ticas clientelistas, coronelistas e eleitoreiras que costumam acompanhar tais iniciativas. O contro-
le social foi apontado como um dos principais limites destes programas.
B. PRODUÇÃO E ABASTECIMENTO
O agronegócio é muito mais incentivado do que o pequeno. Enquanto eles colocam milhões, bilhões na
mão do agronegócio, para o pequeno são uns centavinhos.
Bahia
O Brasil está tomado por redes multinacionais que dominam grande parte da distribuição de ali-
mentos no país. Uma parte destes alimentos vem do agronegócio, e a agricultura familiar não
consegue pôr os produtos nesse esquema de distribuição. Só que não tem nenhuma intervenção
do governo para controlar a distribuição dos alimentos.
Rio Grande do Sul
Outro consenso possível em todos os seis Grupos de Diálogo foi o de que a agricultura familiar (ou
camponesa) é a forma de produção mais adequada para suprir as necessidades alimentares da
população brasileira, tanto no sentido da quantidade e da qualidade dos alimentos, quanto da sus-
tentabilidade ambiental.
É preciso dar condições para o agricultor ficar no campo, e não vir para as cidades aumentar
os bolsões de pobreza.
Rio Grande do Sul
A idéia fundamental que norteou o debate nos seis Grupos de Diálogo é a de que o alimento não deve
ser tratado como mercadoria e que o Estado deve desempenhar um papel para que a produção e a dis-
tribuição de alimentos não fiquem sujeitas exclusivamente aos anseios do mercado, sob o risco de vio-
lação do direito humano à alimentação. As estratégias apontadas pelos diferentes Grupos de Diálogo
como forma de consolidar um modelo de produção e abastecimento fundamentado na soberania ali-
mentar e no direito humano à alimentação aparecem de forma clara e apresentam grande similaridade.
Em linhas gerais, os consensos construídos pelos diferentes Grupos de Diálogo apontam para
demandas antigas, como a reforma agrária e as diversas estratégias de fortalecimento da agricul-
tura familiar. O que o Diálogo traz como novidade é a valorização de iniciativas públicas capazes
de aproximar ou “encurtar o caminho” entre a produção e o consumo, entre o campo e a cidade, e
de assegurar o preço dos alimentos. Neste campo de ação se destacam o Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA)6, criado em 2004, e os instrumentos públicos de abastecimento alimentar.
Surgiu nos grupos uma série de depoimentos que apontam a inexistência de políticas capazes de
distribuir de forma justa os alimentos e de apoiar a comercialização dos produtos da agricultura
familiar. Atualmente, o PAA aparece como a única iniciativa de amplitude nacional que cumpre
este papel, porém ainda de forma limitada. Na avaliação de alguns/algumas participantes, canais
públicos de abastecimento alimentar, como as centrais de abastecimento, os mercados e as feiras
municipais, não são mais prioridade tanto do poder público como dos(as) próprios(as) agriculto-
res(as), que, com o tempo, foram deixando de reivindicar e ocupar estes espaços. De maneira
geral, os grupos apontam o potencial de iniciativas desta natureza.
O Estado tem a obrigação de investir na questão de feiras municipais, que, pra mim, é a ques-
tão de diminuir esse caminho entre o produtor e o consumidor.
Bahia
A gente precisa ter um controle maior dessas centrais (de abastecimento) e favorecer real-
mente o pequeno agricultor daquele município, exemplo de BH, em que agricultores foram for-
talecidos, organizados em cooperativas, orientados para a produção com qualidade sanitária,
e para a comercialização organizada em bairros mais populares, incentivando a alimentação
de qualidade a baixo custo e garantia de preço justo para o produtor.
Bahia
6. O PAA é um mecanismo de política pública que permite ao governo comprar produtos da agricultura familiar de
maneira rápida e descomplicada e encaminhar esses alimentos a quem precisa. O programa é interministerial, coorde-
nado pelos ministérios de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Desenvolvimento Agrário (MDA), e execu-
tado pelos governos estaduais e municipais e, em âmbito federal, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Porém, na avaliação dos(as) participantes, o PAA ainda atende um número muito pequeno de
famílias e tem-se tornado cada vez mais “engessado”, por conta da burocracia e das exigências.
Muitas vezes é inacessível às pessoas que vivem da pequena agricultura, justamente aquelas que
enfrentam as maiores dificuldades para inserir seus produtos no mercado.
Os grupos expressam, por um lado, o reconhecimento das boas intenções do governo federal no
sentido de aperfeiçoar esta política, e por outro, a falta de apoio político local, especialmente mu-
nicipal, a estas iniciativas. A longo prazo, reconhecem o risco de que, na falta de outras iniciativas
de apoio à comercialização, os(as) pequenos(as) produtores(as) se tornem dependentes das com-
pras governamentais. Ainda que o PAA tenha sofrido uma série de críticas, ele foi amplamente dis-
cutido e valorizado em todos os grupos de diálogo e reconhecido como uma das poucas iniciativas
do governo com ampla aceitação, que agrada a todos e todas, a “gregos e troianos”.
O PAA consegue agregar um conjunto de ações que eu nem sei se quem o idealizou tem noção
disso. Eu trabalho na assessoria a grupos que acessam o programa. Há transformações no
campo dos costumes, do hábito alimentar até, troca de conhecimento entre agricultores, coo-
peração entre as comunidades.
Bahia
Dentre todas as dificuldades enfrentadas, as que obtiveram maior destaque na discussão dos gru-
pos foram as relacionadas ao atendimento dos padrões sanitários e às certificações exigidas pela
legislação. Se por um lado agricultores e agricultoras reconhecem a necessidade deste tipo de
controle, por outro, não encontram estrutura nem assistência para sua orientação. Do ponto de
vista dos(as) participantes dos Grupos de Diálogo, a legislação precisa ser flexibilizada e as pes-
soas que vivem da agricultura familiar devem receber apoio, formação e assistência técnica para
se adequarem às exigências da lei. Estas barreiras de acesso ao mercado vão privá-las de fornecer
alimentos mesmo para as iniciativas públicas como o PAA e a alimentação escolar.
(…) nós vimos em comunidades rurais escolas consumindo leite importado (…) famílias campo-
nesas que estão ali não conseguem, estão impedidas de abastecer as escolas com alimentos.
Pará
Os impostos e encargos são altos a ponto de inviabilizar a formalização das iniciativas e o excesso de
exigências e burocracia para acessar crédito acaba por excluir desta possibilidade uma série de produ-
tores(as). Na discussão dos grupos, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf) apareceu de forma destacada. Ainda que os grupos reconheçam a disposição do governo em
aumentar o orçamento destinado ao crédito agrícola, de acordo com os(as) participantes, a lógica do
Pronaf precisa ser revista e adequada ao modelo de produção camponesa. A forma como o programa
foi concebido não se adéqua ao modo de produção de agricultores(as) familiares, e tende a induzir sua
inserção na cadeia do agronegócio. Além de sua inadequação, as exigências de documentação e
garantias tornam o programa inacessível ou pouco atraente para grande parte deles e delas. Os gru-
pos avaliam que, para se tornar sustentável, o programa precisa contar com um forte componente de
assistência técnica aos produtores e às produtoras.
O Pronaf, como ele está hoje, na verdade, insere o produtor familiar no agronegócio, mas não
insere o produtor no modelo de agricultura camponesa.
Pará
No nosso caso, indígenas, trabalhamos com quase mil Pronafs, mas faltou assistência técnica
por parte da Funai, e a gente teve dois verões puxados, por falta de chuva. E aí os índios, des-
preparados, até pra alimentação dos animais, não tiveram como fazer plantio. Então, este ano
mesmo, a situação foi difícil dentro da comunidade indígena. Nós ficamos complicados. E até
agora estamos ainda numa situação difícil.
Porto Alegre
Dá a impressão de que o governo se faz de surdo (…) para favorecer a questão da alimentação
saudável, alimentação adequada, segurança alimentar, condições dignas de vida para as pes-
soas. Tem que haver a questão da distribuição das terras, né? Então, isso foi levantado na
conferência de segurança alimentar, isso foi levantado na conferência dos territórios, mas a
gente não vê isso acontecendo.(…) O povo grita, pede isso (…).
Minas Gerais
Para além do acesso á terra, o acesso à água, aos recursos hídricos, aí dentro estão as tecno-
logias de convivência com o semi-árido, tecnologia de captação de água e armazenamento,
cuidado com a água, a transposição. Eu senti que o documento é indiferente a isso.
Bahia
As dificuldades que as famílias enfrentam para permanecer no campo passam também pela inade-
quação do sistema educacional à realidade das famílias rurais. Segundo depoimentos, cada vez
mais cedo as crianças são afastadas de suas comunidades para estudar, tanto no sentido da neces-
sidade de deslocamento para chegar às escolas, como pelo conteúdo daquilo que é ensinado. Os
relatos sobre o transporte escolar reportam ao risco, ao cansaço e ao desconforto impostos a
crianças e jovens que acabam mudando-se para a área urbana dos municípios.
A falta de opção em termos de lazer e cultura leva os jovens para as cidades, bem como a escassez
de oportunidade de geração de trabalho e renda, que faz com que muitas vezes os próprios pais e
as próprias mães incentivem filhos e filhas a ir para as cidades, em busca de educação e trabalho.
O currículo educacional das escolas não prepara os(as) jovens para o mundo do trabalho rural.
Neste sentido, os grupos apontam a necessidade de uma educação voltada para a realidade do
campo, aos moldes de uma série de experiências de “escolas-famílias” que vêm sendo implemen-
tadas pelo país, praticamente sem apoio governamental.
Para continuar na área rural produzindo, e produzindo com qualidade, tem que ter uma educação
diferenciada, e aí nos importa muito algumas escolas que têm dado certo, algumas escolas de famí-
lia rural que têm dado certo com a pedagogia da alternância. (…)
Pará
C. TRABALHO E RENDA
As políticas de geração de trabalho e renda foram apontadas como prioritárias para responder à
Questão do Diálogo: como garantir o direito humano à alimentação às famílias mais vulneráveis à
fome? Percebe-se a partir das falas que este ponto de vista expressa, sobretudo, um valor: a cen-
tralidade do trabalho remunerado na sociedade em que vivemos, e seu significado para a dignida-
de e autonomia das famílias. É por meio do próprio trabalho, e não de políticas assistenciais, que
as famílias mais vulneráveis à fome devem obter seu sustento.
Apesar de apontado como prioritário, este foi o caminho que apresentou as análises mais sintéti-
cas, e também a menor clareza de propostas em termos de políticas públicas. Em relação às famí-
lias que vivem no campo, as propostas apareceram de forma mais clara e combinadas com as polí-
ticas de produção e abastecimento alimentar. No entendimento do grupo, o(a) trabalhador(a) do
campo não precisa necessariamente de um emprego ou trabalho de carteira assinada, para gerar
renda: o fundamental é o acesso à terra, à água e às condições de produção.
Para as famílias urbanas, as alternativas de geração de trabalho e renda não aparecem de forma tão
clara. De modo geral, aparecem como alternativas duas grandes tendências: a economia solidária, o co-
operativismo e a autogestão; e a formação e a capacitação, visando à inserção no mercado de trabalho.
Iniciativas de trabalho e renda são fundamentais, né? Pra gente poder fortalecer essas inicia-
tivas de pequenas cooperativas, grupos de produção… Porém, a gente tem que ver que ainda
existem muitos entraves burocráticos, né? Encargos, taxas… E isso dificulta muito. São muitos
tributos que impedem os pequenos grupos de se criar e de se manter durante algum tempo.
Rio de Janeiro
Nós somos tão sobrecarregados de impostos quanto qualquer empresa grande, e nós somos
uma cooperativa pequena, só buscando geração de renda para suprir nossas necessidades.
Rio Grande do Sul
Fiz curso de costura, formei um grupo de mulheres, e começamos. Formamos uma cooperati-
va para resolver nosso problema de desemprego, mas é muito difícil de conseguir. Consegui-
mos com a Petrobras as máquinas, mas pra vender o produto, é muito difícil. E também para a
equipe formar profissional: quando elas tão aprendendo, elas arranjam emprego com carteira
assinada e saem. Eu mesma já fiz isso, e depois voltei para a cooperativa.
Rio Grande do Sul
O Programa de Aquisição de Alimentos mais uma vez aparece como caminho, destacando-se ainda
sua importância para a geração de trabalho e renda no campo.
Durante o momento de avaliação dos Dias de Diálogo, uma das questões mais valorizadas foi a
oportunidade do encontro entre diferentes organizações e entidades da sociedade civil organiza-
da, representando os mais diversos segmentos de atuação, ligados, direta ou indiretamente, à luta
pela efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável. Esta reunião de olhares
diversos em um espaço de valorização da identificação de consensos evidenciou o direito humano
à alimentação e o Programa Bolsa Família sob diferentes luzes e enfoques, mas, ao mesmo tempo,
trouxe à pauta a auto-avaliação da atuação dos(as) participantes dos GDs e de suas organizações.
A composição do grupo e seu histórico de participação social fizeram emergir, ao longo dos Dias
de Diálogo, debates acerca de aspectos relacionados à intersetorialidade e ao controle social. É
consenso para o grupo a necessidade de fortalecimento da participação da sociedade civil na for-
mulação e no controle social das políticas públicas, bem como a avaliação de que estas precisam
estar melhor integradas setorialmente e em seus diferentes níveis.
Uma política pública, mesmo que seja um programa, não pode ser mantida somente com o
controle do Estado. A sociedade civil está aí para fazer também esse controle social, e todo
mundo foi unânime em avaliar que esse é um ponto bastante negativo no Programa Bolsa
Família: a falta desse controle social pela sociedade civil.
Bahia
Mas as políticas também precisam ser pensadas em três níveis, né? Na responsabilidade do gover-
no federal, na responsabilidade do estado e responsabilidades do município. Elas não podem estar
dissociadas umas das outras, né? Todos eles têm que assumir sua cota de responsabilidade, né?
Goiás
Diversas falas demonstram o entendimento sobre a indivisibilidade dos direitos humanos, ou seja,
de o direito humano à alimentação depender da realização de outros direitos. Isto requer o envol-
vimento de diferentes setores, como a saúde, a educação, o trabalho, entre outros. O entendimen-
to acerca da intersetorialidade também se revela nas escolhas feitas pelos grupos, que optaram,
em sua maioria, por combinar os caminhos propostos – ou seja, apresentaram um novo caminho
(…) a gente conhece de perto o que significa o clientelismo político, né? As benesses daqueles
que ocupam o poder para distribuir os cartões do Bolsa Família, para inserir nos mais diferen-
tes programas. Eu costumo dizer que o gato, o cachorro e o papagaio da primeira dama têm
direito, têm acesso a tudo a todos esses benefícios, né? Porque é exatamente os que estão
mais próximos e, com isso, lamentavelmente não se consegue um controle social eficaz. Eu sei
que o Bolsa Família tem um índice pequeno de desvio, mas ainda é alvo desses desvios de
clientelismo e de favoritismo.
Goiás
No que diz respeito à integração entre as três esferas de governo, os grupos percebem dificulda-
des no estabelecimento de conexões, contrapartidas e na divisão de responsabilidades. A avalia-
ção é de que esta dificuldade de articulação gera fragmentação, descontinuidade e desperdício de
recursos públicos. Os Diálogos foram marcados por duras críticas à atuação dos governos munici-
pais, questionados quanto à falta de iniciativa, à ineficiência na gestão dos programas existentes,
ao desvio de recursos públicos e à baixa interlocução com os movimentos e organizações sociais,
até no que diz respeito ao controle social.
Então, se você me pergunta qual é a contrapartida com o município, eu vou falar que é zero
vírgula zero, entendeu? Isso é falta de apoio, é falta de apoio mínimo.
Rio Grande do Sul
A atuação da esfera federal no que diz respeito às políticas de SAN é reconhecida e valorizada
pelos(as) participantes dos GDs. Foi presente a posição de que o governo federal tem feito sua
parte, e os municípios não.
Isso porque os municípios não estão sintonizados com a política do governo federal, do gover-
no estadual e das organizações que querem combater a fome.
Bahia
Em alguns dos grupos foi destacada a necessidade de sensibilização dos(as) gestores(as) públi-
cos(as) e representantes do Poder Legislativo para o direito humano à alimentação. Avaliou-se
ainda o desempenho de funcionários(as) públicos(as), considerando que são atores fundamentais
para a efetivação deste direito, seja porque mantêm uma relação direta com a população vulnerável
à fome ou porque estão à frente de importantes decisões que vão impactar a vida destas pessoas.
Os gestores, claro que não são todos, mas boa parte dos gestores estão precisando ser sensi-
bilizados, ter uma formação melhor para lidar com esse público.
Minas Gerais
(…) falando no Bolsa Família, as mães têm que ir uma vez por mês para determinados assun-
tos, e vão com muita má vontade. É lógico que vão, elas vão porque são obrigadas. Direito
humano não pode ser obrigado. (…) Os técnicos também não foram treinados. Direito humano
à alimentação adequada também envolve o trato dos técnicos, né?
Goiás
Eu tenho clareza também que só uma pressão social, uma movimentação da sociedade civil, é
que garantiria tudo isso que a gente está colocando aqui.
Rio de Janeiro
Os municípios, e a partir deste ano, também os estados, recebem o recurso para promoverem
essa capacitação (de beneficiários e beneficiárias do PBF). Agora, muitas pessoas não sabem
que isso é obrigatório, como contrapartida do município e do estado, e aí precisa fortalecer a
Para os Grupos de Diálogo, o Estado não é capaz de realizar o controle social das políticas e não
reconhece o papel que a sociedade civil pode exercer, o que se reflete na inoperância das instâncias
de controle social existentes e na baixa interlocução com os diversos atores sociais não-governamen-
tais. Se os(as) participantes dos GDs manifestam por um lado o descontentamento com o pequeno
espaço garantido pelos governos para o diálogo com a sociedade civil organizada, por outro ainda
demonstram timidez e incerteza quanto às possibilidades apontadas para maior participação.
Em alguns momentos, a discussão sobre o controle social, principalmente do PBF, se misturou com
o diagnóstico de que as famílias precisam de maior acompanhamento para que possam conquistar
autonomia. Neste sentido, apareceram divergências e dúvidas sobre quais seriam os limites entre
o papel do Estado e o da sociedade civil organizada. Há uma convergência no sentido de que as
atuações devem buscar maior aproximação das famílias mais vulneráveis, mas falta clareza sobre
o papel que a sociedade civil organizada deve desempenhar neste sentido.
O grupo sugeriu que a gente colocasse que tudo fosse para ser repassado para as pessoas que
precisam, não através do governo municipal, mas através de associações. Por quê? A gente
acredita que assim vai realmente chegar para toda essa gente que precisa, certo? Não vai
ficar uma coisa meio desviada, não.
Goiás
Eu não sei se é papel do governo isso aqui, ou é papel nosso da sociedade civil organizada, né?
De estar trabalhando também aí em parceria com esses beneficiários (…) e questionando
obviamente os governos, as administrações públicas, para que os beneficiários não fiquem
reféns só dessa lógica do assistencialismo.
Rio de Janeiro
Muitas falas revelam que outros espaços de participação popular, para além do controle social,
estão sendo experimentados, e que existe uma grande disposição de organizações e movimentos
de continuarem atuando pela promoção do direito humano à alimentação adequada e saudável.
Para além da participação direta em espaços como conselhos e comitês de políticas públicas,
os(as) participantes reconhecem como imprescindível que a sociedade civil organizada se faça
mais presente no debate sobre políticas públicas para a promoção e a proteção do direito à ali-
mentação. Apontam também o incentivo ao protagonismo dos(as) beneficiados(as) pelo PBF e de
outras políticas no campo da SAN como estratégia de fortalecimento do controle social.
Em alguns GDs ressurgiu o debate sobre os comitês gestores.7 Houve integrantes que manifesta-
ram a valorização dessa proposta e o descontentamento com a extinção precoce de uma instância
para a qual foram convocados a participar.
Vocês querem ver? O controle social (produzido) pelos comitês gestores do Programa Bolsa
Família era uma excelente coisa. Ele fazia com que o Bolsa Família fosse realmente um proje-
to de transformação, (mas) sofreu o processo político de ações de atores políticos, e acabou.
Não permitiu que o programa saísse dessa área assistencialista.(…) Então, tudo isso foi per-
dendo a característica. Isso mostra que o problema não é a estrutura: o problema é a forma
como essas estruturas são tocadas; são as pessoas que estão tocando essas estruturas que
está descaracterizando.
Rio de Janeiro
Em meio ao debate sobre a definição de papéis e de parcerias entre Estado e sociedade civil
organizada, emerge a questão da participação popular, percebida por muitas pessoas como uma
estratégia viável de controle social das políticas públicas. A sociedade civil organizada se sente
responsável e é altamente cobrada a exercer este papel, porém tal discussão guarda ainda mui-
tas indefinições tanto no que se refere às suas formas como em relação à sua função e efetivida-
de. O consenso quanto à necessidade de se fortalecer o controle social das políticas públicas
parece amadurecido, mas há muitas dúvidas quanto à definição de papéis e a preocupação em
não estabelecer a participação como um fim em si mesmo ou, dito de outra forma, em não cons-
truir a participação pela participação.
Eu acho que essa coisa de exigir a participação, exigir a presença das pessoas no que se faz, é
pouco demais. Isso é muito atrasado. Eu acho que tem que pensar numa forma mais efetiva de
participação das pessoas para que tenha sentido a participação delas em qualquer atividade
que for estabelecida.
Minas Gerais
7. Comitês Gestores: “… nasceram em 2003, com o lançamento do programa Bolsa Família, para que a sociedade civil se
tornasse protagonista nesse processo de implantação. O objetivo desses grupos é a fiscalização do cadastro único, o rece-
bimento e uso do cartão, e sugerir políticas públicas estruturantes, como geração de renda e assistência social. Os mem-
bros do comitê são eleitos por representantes do governo e poder público.” <www.planalto.gov.br/Consea> Acesso em 19
de novembro de 2008.
Conforme descrito no capítulo de metodologia, os(as) integrantes dos GDs preencheram Fichas de
Opinião em relação aos Caminhos do Diálogo em dois momentos: antes e depois do diálogo. Foi
usada uma escala de zero a sete para medir a concordância/preferência inicial e final dos(as) parti-
cipantes em relação a cada um dos quatro caminhos apresentados. O objetivo deste instrumento
de pesquisa é verificar em que medida o diálogo leva as pessoas a mudanças de opinião.
A tabela 1 mostra que não houve mudança estatística significativa entre as opiniões iniciais e finais
médias do grupo em relação a cada um dos caminhos (utilizando teste T para amostras pareadas).
Ainda assim, é possível inferir algumas análises a partir das tabelas apresentadas.
TABELA 1: MÉDIA DAS OPINIÕES INICIAIS E FINAIS DOS(AS) PARTICIPANTES DOS GRUPOS DE
DIÁLOGO SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO – FICHAS PRÉ E PÓS-DIÁLOGO
É possível constatar uma grande concordância com o caminho 4 – Políticas de geração de trabalho
e renda –, que mantém a média elevada em ambas as avaliações – pré e pós. Este caminho obteve
a maior pontuação média na soma de todos os GDs, e também de cada GD isoladamente.
A Tabela 1 mostra que os(as) participantes atribuíram menor nota inicial ao caminho 3 – Programas
de transferência de renda/Bolsa Família. Porém, é justamente este caminho o que mais sofre alte-
rações ao final do diálogo. Examinando-se separadamente os resultados de cada GD, observa-se
que, em cinco dos seis GDs houve maior concordância com o caminho 3, ao final do diálogo.
Ainda que as notas médias iniciais e finais não tenham sofrido alterações significativas, a tabela 2
revela que os Grupos de Diálogo provocaram mudanças nas opiniões individuais para ambos os lados.
A tendência de maior concordância em relação ao Programa Bolsa Família após o diálogo se con-
firma também na Tabela 2. Em 36,1% dos casos, os(as) participantes se tornaram mais favoráveis
a este caminho ao final do diálogo, o maior percentual de mudança. Este resultado encontra coe-
rência também com as falas coletadas durante o momento de avaliação dos Dias de Diálogo, que
valorizaram a pesquisa como estratégia de formação e de ampliação do conhecimento dos(as)
participantes acerca do PBF. Foi possível perceber que, no início do diálogo, a visão sobre o progra-
ma apontou uma série de preconceitos que puderam ser debatidos e reavaliados ao longo dos Dias
de Diálogo.
As mudanças de opinião que aconteceram a partir dos Grupos de Diálogo demonstram a capacida-
de da metodologia e confirmam seu pressuposto de que a opinião é formada a partir do acesso à
informação e da troca de idéias. Apontam ainda para o potencial do diálogo como forma de cons-
truir consensos solidificados a partir do debate amplo, diverso e qualificado.
Em relação às políticas mais relacionadas à produção de alimentos, os(as) participantes dos gru-
pos expressam o amadurecimento de demandas históricas das organizações e dos movimentos
sociais do campo, o que se reflete em propostas consistentes. Algumas delas vêm ganhando rele-
vância no campo das políticas públicas, outras nem tanto, por exemplo, a mais antiga delas, a
reforma agrária, que ainda não ganhou a centralidade que lhe cabe como política de enfrentamen-
to da fome.
As políticas que estão em andamento, como o Pronaf e o PAA, apesar de valorizadas, são questiona-
das principalmente quanto à sua capacidade de atender às pessoas mais vulneráveis e propiciar sua
autonomia. Do ponto de vista da pergunta orientadora do debate – como garantir o direito humano à
alimentação às famílias mais vulneráveis à fome? –, tal questionamento não é pouco relevante.
Em relação às políticas públicas de abastecimento, percebe-se que esta discussão ainda é feita de
forma fragmentada, seja pela complexidade do tema, que exige uma compreensão mais sistêmica,
ou porque as alternativas propostas ainda não são apresentadas ou organizadas sob esta denomi-
nação. As iniciativas existentes são dispersas, e ainda não tomaram forma de proposta de política
nacional. Porém, o que pode ser percebido ao longo dos Dias de Diálogo é que, quando devidamente
Na visão dos GDs, a forma ideal de garantir alimentação adequada para as famílias mais vulnerá-
veis à fome é a partir do próprio trabalho, o que dá centralidade ao caminho referente à geração
de trabalho e renda. A falta de clareza dos grupos sobre as propostas que levam a este ideal tam-
bém está refletida no próprio campo de construção das políticas públicas, tanto que um dos maio-
res desafios do atual governo é formular estratégias massivas, capazes de emancipar as famílias
pobres beneficiadas pelo Programa Bolsa Família.
Os motivos que explicam tal esvaziamento são os mais diversos e dependem, sobretudo, da dinâ-
mica socioorganizativa de cada uma das localidades. Há de se reconhecer, porém, que a não-parti-
cipação nestes espaços se apresenta muitas vezes como estratégia deliberada de alguns movi-
mentos e organizações. Neste sentido, cabe questionar se os espaços existentes se adéquam aos
anseios de participação social da sociedade civil organizada, ou ainda em que medida este seg-
mento identifica o município, como lócus estratégico de intervenção política.
Ao juntar em um Dia de Diálogo atores sociais de diferentes segmentos e associar no debate políti-
cas de diferentes naturezas, as reflexões são produzidas a partir de uma visão mais sistêmica. Ao
longo do debate, foram valorizadas ações que combinam elementos dos diferentes caminhos, prin-
cipalmente as que articulam iniciativas mais emergenciais com aquelas consideradas de médio e
longo prazo, como a transferência de renda acompanhada de qualificação profissional e o PAA. As
ações de assistência alimentar, por exemplo, passam a ser mais valorizadas, visto que são reco-
nhecidas por seu potencial não só de fazer chegar alimentos aos que têm dificuldade de acesso,
mas também por sua capacidade de gerar desenvolvimento, a partir da associação da distribuição
de alimentos à produção local e do respeito aos hábitos alimentares regionais.
A tendência dos GDs de combinar os caminhos e apontar possibilidades de articulação entre eles é
também reflexo de indícios de superação de uma visão dicotômica que tende a posicionar em lados
opostos políticas consideradas emergenciais ou assistenciais e as estruturantes. Nos consensos
construídos ao final de cada um dos Grupos de Diálogo, as escolhas feitas não estabeleceram con-
tradições nem hierarquias entre estas duas naturezas de políticas públicas, o que representa um
avanço, tanto no sentido do reconhecimento da assistência alimentar como um direito como em
relação às condições para se fazer avançar a integração e intersetorialidade das políticas públicas.
(…) às vezes fica até difícil a gente estabelecer quais seriam esses caminhos. (…) Fortalecer o
Estado que a gente tem (…), realizar as reformas estruturais (…,) a reforma agrária, a reforma sani-
tária, reforma na educação, reforma urbana(…)
Minas Gerais
(…) a fome é causada; ela tem motivo, não é uma coisa que acontece espontaneamente, por-
que eu quero deixar de comer, eu vou passar fome, eu vou parar de comer e pronto. É porque,
infelizmente hoje, no nosso país e no mundo, existe uma porcentagem de homens e mulheres
que retêm tipos de produção de meios de produção nas suas mãos As riquezas estão concen-
tradas aqui no nosso país por menos de 1% da população(…) É um problema estrutural, é um
problema da sociedade capitalista, da concentração de riquezas nas mãos de poucos, e que
nós precisamos debater(…)
Pará
Assistência alimentar com respeito à cultura local – Programas de assistência alimentar devem
valorizar a cultura alimentar local e incentivar a aquisição de produtos regionais, dando priorida-
de à produção familiar e camponesa.
Tempo determinado para o PBF e programas de assistência alimentar e articulação com ini-
ciativas emancipatórias- Devem ser feitos mais investimentos em iniciativas de geração de tra-
balho e renda, com o objetivo de criar condições para que as famílias possam garantir sua alimen-
tação por meio do próprio trabalho.
Articulação da produção de alimentos aos gastos públicos com alimentação – Compras gover-
namentais de alimentos para abastecer escolas, hospitais, presídios, programas de assistência ali-
mentar, entre outros, devem priorizar a produção local de alimentos. O Programa de Aquisição de
Alimentos, por favorecer este tipo de articulação, precisa ser ampliado.
38 | NOSSO CAMINHO: 13 PASSOS RUMO À GARANTIA DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL
Um olhar diferenciado para os pequenos empreendedores – Para incentivar agricultura familiar,
cooperativas e associações de pequenos(as) produtores(as) do campo e da cidade, é preciso um
olhar diferenciado no que se refere aos tributos, à legislação, ao apoio, à comercialização, ao aces-
so a crédito e aos mercados governamentais. É necessária maior atenção às suas especificidades
valorizando potencialidades e dando o apoio técnico necessário à qualificação dos produtos.
Educação voltada para a realidade do campo – O fortalecimento do vínculo cultural com a terra
e o apoio à formação técnica devem ser incentivados por meio das Escolas do Campo. Dessa
forma, há uma atuação tanto no incentivo à agricultura familiar e camponesa como à garantia da
qualidade de vida de crianças e jovens que vivem em áreas rurais e comunidades tradicionais.
NOSSO CAMINHO: 13 PASSOS RUMO À GARANTIA DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL | 39
RIO DE JANEIRO, JANEIRO DE 2009
Os DIÁLOGOS SOBRE DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO
BRASIL tiveram como objetivo investigar a percepção de
representantes da sociedade civil organizada sobre o Programa
Bolsa Família e as políticas públicas de segurança alimentar e
nutricional. Realizados em seis estados brasileiros, os Diálogos
fecham a pesquisa do Ibase intitulada “Repercussões do
Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar e Nutricional
das Famílias Beneficiadas”, realizada com o apoio da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).