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Hebreus 7:12

Mudança de lei? II

Em Devarim (Deuteronômio) 4:2, D-us diz o seguinte sobre a Torá:

"Não acrescentareis à palavra [Torá] que vos mando, nem diminuireis


dela, para que guardeis os mandamentos de YHWH vosso Elohim, que eu
vos mando."

Em Tehilim (Salmos) 119:81 lemos ainda:

"A tua Palavra, YHWH, permanece para sempre, imutável nos céus."

Podemos, portanto, concluir que A LEI DO ETERNO NÃO MUDA.

No entanto, na tradução grega de Hebreus, em Hebreus 7:12, lemos a


seguinte blasfêmia:

"Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança


da Lei." (JFA)

MUDANÇA DA LEI?

Mas acabamos de ver que a Lei do Eterno não muda, e mais, há uma clara
proibição quanto a isso.

Ou Paulo ficou biruta, ou há um erro nessa tradução grega! Qual será a


conclusão verdadeira?

Sabemos que o grego é uma tradução a partir do aramaico. Quando


analisamos o aramaico, vemos que a coisa começa a mudar de figura:

"Pois, renovando-se o sacerdócio, haverá também uma renovação na Torá."


(Peshitta)

Já começa a ficar melhor. A tradução grega claramente entendeu errado a


palavra aramaica SHUCLAFA, que significa "reviver, dar nova vida" com
"mudar", gerando essa blasfêmia horrenda que encontramos em qualquer
Bíblia vendida no mercado, infelizmente.
Mas, sabemos ainda que o livro de Hebreus foi, na realidade, escrito em
hebraico, e depois traduzido para o aramaico. Será que o manuscrito
hebraico de Hebreus (obtido por Sebastian Munster de um grupo de judeus
que o haviam preservado) pode nos dar uma luz sobre esse
versículo?

Vejamos, o hebraico diz literalmente:

"Pois, onde se diz que há necessidade da repetição do ofício do sacerdócio


[de Malki Tsedek], está sendo dito que há uma repetição da Torá."

A palavra hebraica usada aqui pode ser vista na concordância Strong no.
8138 - shanah. Embora possa significar "mudança", neste contexto aqui é
claramente "repetição".

Ou seja, Rav. Sha'ul (Paulo) não está pregando a "mudança na Lei de D-


us", ele está apenas dizendo que a Torá é cíclica. Que o mesmo sacerdote
eterno de Malki Tsedek agora se repetia em Yeshua.

Podemos concluir que Paulo não escreveu nenhuma heresia, nem temos
motivo para duvidar da inspiração do livro de Hebreus. Muito pelo
contrário!

Agora, temos sim, todo o motivo do mundo, pra rejeitar completamente as


traduções tradicionais a partir do grego, que, como vimos, blasfemam a
Palavra do Eterno.

Shalom!

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