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Jonas é comissionado pelo Deus de Israel para ir a Nínive, capital da Assíria. A sua missão era
admoestar os assírios que devido a sua crueldade e ao muito derramamento de sangue, iriam sofrer a
ira Divina caso não se arrependessem dentro de quarenta dias. Os assírios eram famosos, por
exemplo, por decapitar os povos vencidos, fazendo pirâmides com seus crânios. Crucificavam ou
empalavam os prisioneiros, arrancavam seus olhos e os esfolavam vivos. Temendo pela sua vida,
Jonas foge rumo a Társis, no SE da Península Ibérica (na moderna região da Andaluzia). Situa-se a
aproximadamente 3.500 km do porto de Jope (a moderna Tel Aviv-Yafo).
Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece um violenta tempestade. Esta só acaba quando
Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um "grande peixe [em grego këtos]" (Jonas 1:17) e no seu
estômago, passa três dias e três noites. Sentindo como se estivesse sepultado, nesta situação
arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa
praia e segue rumo para Nínive.
Pintura do profeta Jonas na Capela Sistina, Vaticano, por Miguel Ângelo
Índice
[esconder]
1 Narrativa do "grande
peixe"
2 Ver também
3 Referências
4 Ligações externas
Livro de Jonas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Assíria, inimiga do povo de Israel de longa data, era império dominante aproximadamente
entre 885 A.C. a 665 A.C.. Segundo o relato, parece evidente que a agressividade militar assíria era
mais fraca durante o tempo de Jonas. Além disso, o Rei Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas
da Palestina desde Hamate até o Mar Morto, como teria sido profetizado por Jonas.
Por outro lado, outros estudos[3][4][5][6][7][8][9][10][11] indicam que trata-se de um escrito posterior ao Exílio na
Babilônia, escrito no séc V AC (ou mesmo posterior), e que o livro de Jonas é considerado profético
unicamente porque em 2Rs 14:25 se menciona um profeta com o mesmo nome.
Tal tese baseia-se no fato de que seu estilo e tema diferem muito dos outros livros proféticos, que em
geral são escritos em verso. Enquanto os profetas ameaçam as nações pagãs, o livro de Jonas relata
a conversão dos ninivitas e anuncia a misericórdia a esse que foi um dos povos mais odiados por
Israel. Os profetas estão solidamente enraizados na situação político-social; Jonas parece estar solto
no ar.
Portanto, o livro de Jonas seria um escrito sapiencial, não pertencendo ao gênero histórico, mas ao
gênero parabólico[12], uma espécie de novela para ilustrar o tema da misericórdia deJavé, que não é
um Deus nacional, mas um Deus de toda a humanidade; ele quer que todos se convertam, para que
tenham a vida (4:2).
O livro rompe com uma interpretação estreita da profecia contra as nações feitas por outros profetas,
afirmando que profecias são condicionais, pois Deus quer a conversão das nações e não sua
destruição[13].
A obra nasceu no pós-exílio, quando o povo judeu estava se fechando num exagerado nacionalismo
exclusivista (cf. Esd 4:1-3; Ne 13:3), bem refletido na mesquinhez do justo Jonas. Por outro lado, os
caminhos de Deus são diferentes dos caminhos dos homens: Deus quer salvar também os inimigos,
os pagãos de Nínive, capital da Assíria, modelo de crueldade e opressão contra o povo de Israel. Deus
não quer que suas criaturas se percam (cf. Sb 1:12ss) e para ele ninguém está irremediavelmente
perdido (cf. Ez 18:23.32; Lc 15).
A história do peixe tornou famoso o livro, pois os evangelhos celebrizam a figura e aventura
de Jonas como sinal da morte e ressurreição de Jesus: assim como Jonas ficou três dias no ventre do
peixe, Jesus vai ficar três dias no ventre da terra; depois ressuscitará, como Jonas voltou à luz do dia
(cf. Mt 12:39-41 e paralelos)[3].
Jonas,
o profeta missionário
Jonas 4: 1-11
Nossa cidade, nosso país e o mundo clamam por pessoas que estejam
dispostas a anunciar a Palavra e Deus quer levantar pregadores. Foi isso que
ocorreu com Jonas.
O que desagradou o Deus de toda terra foi a “malícia que subiu” até Ele, 1: 2.
Essa maldade incluía a idolatria e a extrema brutalidade contra prisioneiros
de guerra além de forte imoralidade.
b) Um missionário desobediente, 1: 3 - Desobedecendo ao chamado, em vez
de ir a Nínive, Jonas fugiu em direção a Társis. Como pode um homem
imaginar poder escapulir dos planos do Senhor que tudo vê? Hb 4: 13.
a) O novo chamado, 3: 1-2 - Pela segunda vez o Senhor diz a Jonas “levanta-
te”. Ele estava na praia, por certo ainda meio confuso com tudo que ocorrera,
mas percebendo que não adianta fugir da obrigação de entregar mensagens
duras. Os pregadores do Evangelho são semelhantemente convocados a
proclamar todo o conselho de Deus, At 20: 27; 2Tm 4: 2. Devem pregar tanto
a misericórdia quanto a ira de Deus; ou seja, o perdão e a condenação.
Devem pregar de tal forma que as pessoas se voltem de seus pecados.
Nessa fase aconteceram duas grandes pragas, nos anos 765 e 759 a.C., e um
eclipse solar, em 763 a.C. Esses acontecimentos podem ter sido interpretados
como sinais de julgamento divino e, portanto, preparado a cidade para
receber a mensagem profética de Jonas. Como expressão visível de seu
verdadeiro arrependimento, “eles jejuaram, vestiram-se de pano de saco”, 3:
5.