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jonas (profeta)

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O profeta Jonas pregando em Nínive

Jonas (do hebraico ‫[ יֹונָה‬Yonah]; em latim Ionas) foi um profeta israelita da Tribo de Zebulão, filho de


Amitai, natural Gete-Héfer. Profetizou durante o reinado de Jeroboão II, Rei de Israel Setentrional. (II
Reis 14:25; Jonas 1:1) Crê-se que tenha sido o escritor do livro bíblico do Antigo Testamento que leva
o seu nome.

Jonas é comissionado pelo Deus de Israel para ir a Nínive, capital da Assíria. A sua missão era
admoestar os assírios que devido a sua crueldade e ao muito derramamento de sangue, iriam sofrer a
ira Divina caso não se arrependessem dentro de quarenta dias. Os assírios eram famosos, por
exemplo, por decapitar os povos vencidos, fazendo pirâmides com seus crânios. Crucificavam ou
empalavam os prisioneiros, arrancavam seus olhos e os esfolavam vivos. Temendo pela sua vida,
Jonas foge rumo a Társis, no SE da Península Ibérica (na moderna região da Andaluzia). Situa-se a
aproximadamente 3.500 km do porto de Jope (a moderna Tel Aviv-Yafo).

Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece um violenta tempestade. Esta só acaba quando
Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um "grande peixe [em grego këtos]" (Jonas 1:17) e no seu
estômago, passa três dias e três noites. Sentindo como se estivesse sepultado, nesta situação
arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa
praia e segue rumo para Nínive.
Pintura do profeta Jonas na Capela Sistina, Vaticano, por Miguel Ângelo

Segundo o Livro de Jonas, os habitantes de Nínive (e povoados dependentes) mais dados


à superstição e ao temor das divindades, teriam mostrado-se arrependidos de sua conduta
sanguinária fazendo jejum e vestidos de sacos serapilheira. Jonas se mostra desgostoso pela não
destruição de Nínive e acaba por ser repreendido por isso. Cerca de cem anos depois, Naum, profeta
israelita do Antigo Testamento, avisa que Nínive será destruída.

Índice
 [esconder]

1 Narrativa do "grande
peixe"
2 Ver também
3 Referências
4 Ligações externas

[editar]Narrativa do "grande peixe"


Para alguns exegetas bíblicos, este relato tem apenas um valor de caráter didático, não devendo ser
interpretado como um acontecimento literal. A expressão "um grande peixe" do relato de Jonas não
permite fazer uma identificação com qualquer tipo de ser marinho. Para os que acreditam no relato
literal do "grande peixe", procuram identificar que espécie de ser marinho seria. Para uns terá sido
um Cachalote, para outros, seria um Grande Tubarão-branco. Recentemente, foi sugerido um outro
candidato - o Tubarão-baleia.[1] Há uma referência Bíblica em que diz que Jonas Esteve no ventre de
uma baleia: "Assim como Jonas esteve no ventre da baleia três dias e três noites,..." (Mateus 12:40).
O Livro de Jonas, porém, não fala do ventre. Naturalmente uma pessoa engolida, ficando no ventre,
então no estômago, seria digerida. Além disso não receberia oxigênio. Resta a hipótese que o profeta
foi transportado na boca. O cachalote poderia ter conseguido tal façanha. Normalmente ele transporta
os bebês doentes dele na boca, que é espaçosa como um pequeno quarto, e leva-os à tona para
respirar. Nesta época cachalotes povoavam o mar mediterrâneo, o lugar desta narrativa. Resgates de
seres humanos por cachalotes são, porém, pouco documentados. Conhecido é somente o caso de um
marinheiro naufragado inglês, que foi salvo por um cachalote perto das ilhas Malvinasdurante
a Primeira Guerra Mundial, na maneira igual à aplicada a Jonas segundo a Bíblia.[2]

Livro de Jonas
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O profeta Jonas pregando emNínive, por Gustave Doré.

Jonas é o nome de um livro bíblico do Antigo Testamento, vem depois do Livro de Obadias e antes


do Livro de Miqueias.[1][2] Segundo a interpretação tradicional seria um relato biográfico
do profeta Jonas, na qual o Deus de Israel o terá mandado profetizar ao povo de Nínive, grande
capital do Império Assírio, para persuadi-los a se arrependerem ou seriam destruídos dentro de 40
dias. O Livro de Jonas fala foi tido como o profeta Jonas, filho de Amitai, que profetizou no Reino
de Israel Setentrional, no 7.º Século A.C., no reinado de Jeroboão II. (Jonas 1:1; II Reis14:25).

Jonas e a Baleia, por Gustave Doré.

A Assíria, inimiga do povo de Israel de longa data, era império dominante aproximadamente
entre 885 A.C. a 665 A.C.. Segundo o relato, parece evidente que a agressividade militar assíria era
mais fraca durante o tempo de Jonas. Além disso, o Rei Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas
da Palestina desde Hamate até o Mar Morto, como teria sido profetizado por Jonas.
Por outro lado, outros estudos[3][4][5][6][7][8][9][10][11] indicam que trata-se de um escrito posterior ao Exílio na
Babilônia, escrito no séc V AC (ou mesmo posterior), e que o livro de Jonas é considerado profético
unicamente porque em 2Rs 14:25 se menciona um profeta com o mesmo nome.

Tal tese baseia-se no fato de que seu estilo e tema diferem muito dos outros livros proféticos, que em
geral são escritos em verso. Enquanto os profetas ameaçam as nações pagãs, o livro de Jonas relata
a conversão dos ninivitas e anuncia a misericórdia a esse que foi um dos povos mais odiados por
Israel. Os profetas estão solidamente enraizados na situação político-social; Jonas parece estar solto
no ar.

Portanto, o livro de Jonas seria um escrito sapiencial, não pertencendo ao gênero histórico, mas ao
gênero parabólico[12], uma espécie de novela para ilustrar o tema da misericórdia deJavé, que não é
um Deus nacional, mas um Deus de toda a humanidade; ele quer que todos se convertam, para que
tenham a vida (4:2).

O livro rompe com uma interpretação estreita da profecia contra as nações feitas por outros profetas,
afirmando que profecias são condicionais, pois Deus quer a conversão das nações e não sua
destruição[13].

A obra nasceu no pós-exílio, quando o povo judeu estava se fechando num exagerado nacionalismo
exclusivista (cf. Esd 4:1-3; Ne 13:3), bem refletido na mesquinhez do justo Jonas. Por outro lado, os
caminhos de Deus são diferentes dos caminhos dos homens: Deus quer salvar também os inimigos,
os pagãos de Nínive, capital da Assíria, modelo de crueldade e opressão contra o povo de Israel. Deus
não quer que suas criaturas se percam (cf. Sb 1:12ss) e para ele ninguém está irremediavelmente
perdido (cf. Ez 18:23.32; Lc 15).

A história do peixe tornou famoso o livro, pois os evangelhos celebrizam a figura e aventura
de Jonas como sinal da morte e ressurreição de Jesus: assim como Jonas ficou três dias no ventre do
peixe, Jesus vai ficar três dias no ventre da terra; depois ressuscitará, como Jonas voltou à luz do dia
(cf. Mt 12:39-41 e paralelos)[3].

Jonas, 
o profeta missionário

Jonas 4: 1-11

Ao estudar o livro de Jonas, percebemos que fora


escrito
com o propósito de lembrar o alto valor 
da pregação missionária. Deus não quer 
que ninguém se perca, mas deseja que todos venham 
ao arrependimento, 2Pd 3: 9.

O nome Jonas significa “pomba”. Nasceu em Gate-Hefer, perto de Nazaré.


Portanto, Jonas era galileu, bem como Naum, Malaquias e Jesus. Profetizou
no Reino do Norte durante a época de Jeroboão II, rei de Israel, no séc. VIII
a.C. Predisse a expansão territorial conseguida por esse soberano, 2Rs 14:
25-27.

A historicidade do livro de Jonas se comprova com 2Rs 14: 25 e pela


referência a Jonas feita pelo próprio Jesus em Mt 12: 39-41. Pelas
características, o livro é de autoria do próprio Jonas que, à semelhança de
Moisés, relata os acontecimentos com minúcias, procurando a glória de Deus
e não a sua. Seu livro difere consideravelmente dos outros livros proféticos
do A.T., visto que é inteiramente composto de narrativa.
 
Jonas foi chamado para pregar a Palavra de Deus em Nínive. Mas, a princípio
fugiu. A fuga de Jonas não é diferente da atitude de muitos hoje. Israel tinha
se afastado muito de seu chamado missionário original, pois deveria estar
sendo uma luz de redenção para os povos, Gn 12: 1-3; Is 49: 6. Este livro é
um sério apelo para a ação evangelística e missionária da Igreja, que foi
chamada para proclamar a palavra.

I - O MUNDO CLAMA POR PROFETAS,  1: 1-2: 10

Nossa cidade, nosso país e o mundo clamam por pessoas que estejam
dispostas a anunciar a Palavra e Deus quer levantar pregadores. Foi isso que
ocorreu com Jonas.

a) O chamado - 1: 1-2 - O livro começa com um veemente chamado a Jonas e


uma clara ordem para levar a Palavra à cidade de Nínive: “Levanta-te”.
Nínive era uma grande cidade, capital da Assíria, às margens do rio Tigre,
com uma população de mais de 120 mil pessoas, Jn 4: 11, conhecida pela sua
corrupção, 1: 2.

O que desagradou o Deus de toda terra foi a “malícia que subiu” até Ele, 1: 2.
Essa maldade  incluía a idolatria e a extrema brutalidade contra prisioneiros
de guerra além de forte imoralidade.
b) Um missionário desobediente, 1: 3 - Desobedecendo ao chamado, em vez
de ir a Nínive,  Jonas fugiu em direção a Társis. Como pode um homem
imaginar poder escapulir dos planos do Senhor que tudo vê? Hb 4: 13.

c) Consequências da desobediência, 1: 4-17 - Obviamente a atitude de Jonas


não ficaria sem retribuição:  Causou pavor e desespero aos marinheiros, 1: 4-
11; provocou uma situação suicida, 1: 12-16; e ainda produziu o estranho
acontecimento do grande peixe, 1: 17.

d) O clamor durante a calamidade, 2: 1-9 - A eficácia da oração tem sido


comprovada nas mais diversas situações e Deus tem respondido a homens e
mulheres que têm clamado dos mais variados lugares na face da terra,
mesmo dentro do “ventre de um peixe”’, 2:  1. Deus miraculosamente
manteve Jonas vivo por três dias no estômago do peixe. Por ser um fato
verídico Jesus, usou o incidente do peixe que engoliu Jonas para ilustrar sua
própria  morte, sepultamento e ressurreição, Mt 12: 39-41.

e) O arrependimento de Jonas, 2: 10 - Jonas viu que estava fazendo tudo


errado, v. 9. Arrependeu-se, percebeu que agia como um idólatra (ou ateu) e
retomou o caminho da obediência, 1Sm 15:  23.

II - UM MUNDO CLAMANDO POR MISSÕES

A segunda parte do livro mostra um novo Jonas, arrependido e disposto a


cumprir o mandado missionário.

a) O novo chamado, 3: 1-2 - Pela segunda vez o Senhor diz a Jonas “levanta-
te”. Ele estava na praia, por certo ainda meio confuso com tudo que ocorrera,
mas percebendo que não adianta fugir da obrigação de entregar mensagens
duras. Os pregadores do Evangelho são semelhantemente convocados a
proclamar todo o conselho de Deus, At 20: 27; 2Tm 4: 2.  Devem pregar tanto
a misericórdia quanto a ira de Deus; ou seja, o perdão e a condenação.
Devem pregar de tal forma que as pessoas se voltem de seus pecados.

b) O missionário obediente, 3: 3-4 - Nínive era importante por abrigar mais


de 120 mil almas; essa era a preocupação e o seu valor para Deus, 4: 11. A
submissão de Jonas pode ser vista por expressões significativas, tais
como:  “Levantou-se, ... e foi” , 3: 3; “começou Jonas a percorrer a cidade... e
pregava”, 3: 4.
c) Consequências da obediência, 3: 5-10 - A pregação de Jonas produziu
resultados e os moradores de Nínive arrependeram-se de seus pecados.
Houve, por um certo período, um retorno ao monoteísmo.

Nessa fase aconteceram duas grandes pragas, nos anos 765 e 759 a.C., e um
eclipse solar, em 763 a.C. Esses acontecimentos podem ter sido interpretados
como sinais de julgamento divino e, portanto, preparado a cidade para
receber a mensagem profética de Jonas. Como expressão visível de seu
verdadeiro arrependimento, “eles jejuaram, vestiram-se de pano de saco”, 3:
5.

d) Lição e censura a Jonas, 4: 4-11 - Quando Deus agiu, salvando ninivitas,


Jonas ficou contrariado, v. 8, porque pensou na segurança política de Israel.
É como se o pregador colocasse seus interesses pessoais à frente dos
interesses do reino de Deus. Foi preciso que Deus o levasse a sentir o valor
de uma alma. Se Jonas creu ser razoável irar-se por uma planta com a qual
não contribuiu em nada para sua existência, como não dar lado para
compreender o tão grande e poderoso amor de um Deus-Criador, que fízera
com carinho e doçura cada criatura que estava naquela metrópole?

e) Deus expressa seu amor por Nínive:

1) O amor do Criador por seus filhos, embora tenham eles vivido em pecado e


rebelião contra suas Leis, vai além de qualquer amor ou sentimento humano,
Rm 5: 8.

2) O amor de Deus pela humanidade estende-se para além de qualquer


fronteira, até às pessoas perdidas em qualquer lugar. Esta verdade foi
plenamente vista:  a) quando Deus enviou seu Filho Jesus para morrer por
todas as pessoas, Jo 3: 16; e b) quando Jesus enviou os discípulos a todo o
mundo para pregar o Evangelho e fazer discípulos de todas as nações, Mt 28:
18-20.

A vocação da igreja é missionária.

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