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Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.
Elementos da comunicação
Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a
comunicação
Funções da Linguagem
Leitura
O desenvolvimento humano e o avanço das civilizações dependem do progresso alcançado em suas atividades, a
descoberta do fogo, a divisão do trabalho, as máquinas, as tecnologias; mas, acima de tudo, da evolução dos meios
de receber comunicação e de se comunicar, de registrar o conhecimento e do desenvolvimento da escrita e fonética.
O homem necessita comunicar para progredir, quanto mais avançada for a capacidade de comunicação de um
conjunto de indivíduos mais rápida será a sua progressão. A capacidade de comunicação de um conjunto de
indivíduos (uma tribo, um país, etc), é decorrente da sua cultura, portanto a comunicação e a cultura estão
interligadas e uma impulsiona a outra.
O homem criou além do mundo natural um mundo artificial. Essa segunda natureza criada pelo homem recebe o
nome de cultura.
Cultura é todo fazer humano que pode ser transmitido de geração a geração.
A linguagem é, portanto, um elemento da cultura de um povo.
Funções da Linguagem
Função Referencial ou Denotativa - é aquela que traduz a realidade exterior ao emissor. Ex.: os jornais sempre
utilizam esse tipo de linguagem pois, relatam fatos verdadeiros, os livros didáticos, de história, geografia, etc.,
também usam essa mesma linguagem.
Função Emotiva ou Expressiva - é aquela que traduz opiniões ou emoções do emissor. Essa linguagem se
caracteriza quando alguém expressa sua opinião sobre determinado assunto. Ex.: "Eu acho que aquele rapaz não está
passando bem, parece que está com febre".
Função Fática - é aquela que tem por objetivo prolongar o contato com o receptor ou iniciar uma conversa,
caracteriza-se pela repetição de termos. Ex.: "O que você acha dos políticos? - Olha, no meu ponto de vista, sabe, eu
acho que,...bem...como eu estava dizendo, os políticos, sabe como é né? É isso aí".
Função Conativa ou Apelativa - é aquela que tem por objetivo influir no comportamento do receptor, por meio de
um apelo ou ordem. As propagandas veiculadas na televisão são um bom exemplo desse tipo de linguagem. Ex.:
"Compre o sabão espumante, que borbulha melhor do que qualquer outro!".
São características dessa função: verbos no imperativo, presença de vocativos; pronomes de segunda pessoa.
Função Metalingüística - é aquela que utiliza o código para explicar o próprio código. Um bom exemplo dessa
função são os dicionários da língua portuguesa.
Função Poética - é aquela que enfatiza a elaboração da mensagem de modo a ressaltar o seu significado. Ao utilizar
essa função o autor se preocupa com rimas e comparações bem escolhidas, dando importância fundamental à
maneira de estruturar a mensagem. Embora seja mais comum em poesia, essa função pode aparecer em qualquer tipo
de mensagem lingüística. Ex.: "sua alma sua palma" (provérbio), Gilberto Gil (nome de artista).
Significante e Significado
A lingüística, além da parte sonora, está carregada de um significado, uma idéia. Portanto, o signo lingüístico
constitui-se de duas partes: o Significante que é o lado material (os sons da língua falada ou as letras na língua
escrita), e o Significado que é o lado imaterial, ou seja, a idéia que é transmitida pelos fonemas (sons ou pelas letras).
a) "Comprei um geladeira nova!"
b) "Minha namorada está uma geladeira comigo!"
Note que o mesmo signo (geladeira) tem dois significados diferentes dependendo do contexto em que aparece, na
frase a, geladeira significa um móvel destinado a manter seu interior em baixa temperatura, na frase b, geladeira
pode significar frieza, desprezo, ausência de sentimentos. Deduzimos então, que o significante geladeira tem mais de
um significado. No caso a, o signo está empregado em sentido denotativo.
Questões:
a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou
serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-
vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do
mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as
instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como
voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é
apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer." (O Estado de São Paulo)
b) O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)
c) "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a
que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no
fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até
a parte exterior da boca." (Matoso Câmara Jr.)
b) "O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se
trata, e em seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda,
a prova." (Aristóteles)
c) "Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho
até o dia
em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer."
Poética
Que é poesia?
uma ilha
cercada
de palavras
por todos os lados
Que é um poeta?
um homem
que trabalha um poema
com o suor do seu rosto
Um homem
que tem fome
como qualquer outro
homem.
(Cassiano Ricardo)
04. Quais as funções da linguagem predominantes no poema anterior?
05. Aponte os elementos que integram o processo de comunicação em Poética, de Cassiano
Ricardo.
06. Historinha I
Historinha II
Qual a função da linguagem comum às duas historinhas?
(Gonçalves Dias)
Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, justificando a indicação.
08. (PUC - SP)
"Com esta história eu vou me sensibilizar, e bem sei que cada dia é um dia roubado da morte.
Eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida. As
palavras são sons transfundidos de sombras que se entrecruzam desiguais, estalactites, renda,
música transfigurada de órgão. Mal ouso clamar palavras a essa rede vibrante e rica, mórbida e
obscura tendo como contratom o baixo grosso da dor. Alegro com brio. Tentarei tirar ouro do
carvão. Sei que estou adiando a história e que brinco de bola sem bola. O fato é um ato? Juro
que este livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é um silêncio. Este livro é
uma pergunta." (Clarice Lispector)
A obra de Clarice Lispector, além de se apresentar introspectiva, marcada pela sondagem de
fluxo de
consciência (monólogo interior), reflete, também, uma preocupação com a escritura do texto
literário.
COMEÇO a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e,
realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um
pouco da eternidade. mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração
cadavérica, vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens
pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo
regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda,
andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...
Este trecho revela o estilo de:
a) MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA, ao usar uma linguagem apelativa, direcionada à reflexão
crítica da obra romântica.
Resolução:
09. C
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL – SEED/DF
CENTRO EDUCACIONAL POMPÍLIO MARQUES DE SOUSA
PROFESSOR: LOURIVAL
C OMPONENTE CURRICULAR: PORTUGUÊS
Para termos uma visão da literatura portuguesa e brasileira, fizemos uma revisão dos principais fatos e
características da literatura desde o Trovadorismo até o Simbolismo. Sobre isso, responda as questões que se
seguem.
6. Descreva, com suas palavras, como era a literatura no século XII (trovadorismo) e como eram dividias as
produções dos trovadores.
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7. Leia:
“As armas e os Barões assinalados Em perigos e guerras esforçados,
Que, da Ocidental praia Lusitana Mais do que prometia a força humana,
Por mares nunca de antes navegados E entre gente remota edificaram
Passaram para alem da Taprobana, Novo reino, que tanto sublimaram; (...)”
O texto acima foi escrito no Classicismo. Cite o nome do autor desses versos e escreva quais características
podemos destacar referentes ao período citado.
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Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Se uma ovelha perdida, e já cobrada
da vossa alta clemência me despido; glória tal e prazer tão repentino
porque, quanto mais tenho delinqüido, vos deu, como afirmais na sacra história,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
eu sou Senhor, a ovelha desgarrada,
Se basta a vos irar tanto pecado, cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
a abrandar-vos sobeja um só gemido: perder na vossa ovelha, a vossa glória.
que a mesma culpa, que vos há ofendido (Gregório de Matos)
vos tem para o perdão lisonjeado.
8. O homem barroco, como demonstra o poema acima, era um home em conflito, dividido. O que leva o homem
barroco a essa divisão?
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9. Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras, Em cismar sozinho, à noite, Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá; Mais prazer encontro eu lá; Onde canta o Sabiá.
As aves, que aqui gorjeiam, Minha terra tem palmeiras,
Não gorjeiam como lá. Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Nosso céu tem mais estrelas, Minha terra tem primores, Sem que desfrute os primores
Nossas várzeas têm mais flores, Que tais não encontro eu cá; Que não encontro por cá;
Nossos bosques têm mais vida, Em cismar – sozinho, à noite – Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Nossa vida mais amores. Mais prazer encontro eu lá; Onde canta o Sabiá.
Sabendo que se trata de um poema romântico, destaque a característica que prevalece e o que podemos destacar
e mais importante na cosmovisão, ou seja, visão do mundo dos escritores da 3ª geração romântica, onde temos
Castro Alves como maio expoente?
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10. Leia o poema “Profissão de Fé” de Olavo Bilac e argumente como deveria ser para os parnasianos o poema.
Invejo o ourives quando escrevo: Torce, aprimora, alteia, lima E horas sem conta passo, mudo,
Imito o amor A frase; e, enfim, O olhar atento,
Com que ele, em ouro, o alto- No verso de ouro engasta a rima, A trabalhar, longe de tudo
relevo Como um rubim. O pensamento.
Faz de uma flor.
Quero que a estrofe cristalina, Porque o escrever – tanta
Imito-o e, pois, nem de Carrara Dobrada ao jeito perícia,
A pedra firo: Do ourives, saia da oficina Tanta requer,
O alvo cristal, a pedra rara, Sem um defeito: (...) Que ofício tal... nem há notícia
O ônix prefiro. (...) De outro qualquer.
(carrara-mármore)
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Nome:________________________________________________________________Série: ______________
Marque e classifique cada um desses verbos em transitivo direto (VTD) ou transitivo indireto (VTI) ou
Intransitivo (Intrans).
f) O homem acordou.
3- Pode levar também este jornal; meu filho caçula já leu o caderno de esportes.