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PROJETO: ANÁLISE E QUALIFICAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (escala 1: 100.000):


subsídios ao zoneamento ecológico-econômico.

COORDENAÇÃO GERAL: ANA LUIZA COELHO NETTO

INTERVENIENTE: FUNDAÇÃO COPPETEC / PROJETO IGEO-10599

RELATÓRIO DA ETAPA 4:
CONSTRUÇÃO METODOLÓGICA/GERAL E ESPECÍFICAS
I. INTRODUÇÃO 1
I.1. O Estado do Rio de Janeiro e sua Faixa de Fronteira com os
Estados Vizinhos (Escala 1:250.000) 2
I.2. A Bacia de Drenagem como Recorte Espacial do Ciclo
Hidrológico 3
II. BASE DE APOIO TEMÁTICO 10
II.1. Cartografia 10
II.1.1. Base cartográfica de referência 10
II.1.2. Material cartográfico disponível 11
II.1.3. Avaliação das bases existentes 13
II.1.4. Proposta metodológica 16
II.1.5. Projeto cartográfico 19
II.1.6. Definição de escalas 21
II.1.7. Metadados 22
II.1.8. Procedimentos para criação de metadados 25
II.2. Considerações Finais Sobre a Base de Apoio Temático 28
III. RECORTES ESPACIAIS DE ANÁLISE 30
III.1. Critérios para Delimitação das Bacias Hidrográficas ou Sistemas
Hidrográficos (1:250.000) 30
III.2. Critérios de Inserção dos Municípios das Bacias ou Sistemas
Hidrográficos 31
IV. BANCO DE DADOS 32
V. DIAGNÓSTICO GEOBIOFÍSICO – ESCALA 1:250.000 33
V.1. Metodologia 33
V.1.1. Domínios geomorfológicos (1:250.000) 33
V.1.2. Uso do solo e cobertura vegetal 38
V.1.3. Domínios geo-hidroecológicos (1:250.000) 40
V.1.4. Emissões de CO2Eq 42
V.1.5. Qualidade do ar 42
V.1.6. Levantamento e análise da precipitação 1:250.000 46
V.1.7. Qualidade de águas fluviais 48
V.1.8. Propagação de enchentes 52
V.1.9. Caracterização das vazões 53
VI. RESULTADOS 56
VI.1. Emissões de CO2Eq 56
VI.2. Dados de Poluição do Ar nas Bacias Aéreas 57
VI.3. Análise da Precipitação 1:250.000 58
VI.4. Análise de Vazões 60
VI.4.1. Vazões médias 60
VI.4.2. Vazões específicas 62
VI.4.3. Vazões e trechos susceptíveis a inundações 63
VI.5. Qualidade da Água 70
VI.6. Geomorfologia, Cobertura Vegetal e Uso do Solo e Mapa de
Geo-hidroecologia 73
VI.6.1. Sistema hidrográfico do estado do Rio de Janeiro 73
VI.6.2. Descrição de uso do solo por bacia hidrográfica 79
VII. DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO – ESCALA 1:250.000 143
VII.1. Introdução 143
VII.2. Quadro de Referência Conceitual do Vetor Socioeconômico 145
VII.2.1. Conceitos interdisciplinares: Sistemas complexos 145
VII.2.2. Conceitos geográficos 147
VII.3. Resultados – Escala 1:250.000 147
VII.3.1. Bacias e Sistemas Hidrográficos – Indicações para o
Zoneamento Ecológico-Econômico 153
VIII ESTRUTURA METODOLÓGICA PARA ANÁLISE E QUALIFICAÇÃO
SÓCIO-AMBIENTAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (ESCALA 1:
100.000), COMO SUBSÍDIO AO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-
ECONÔMICO (ZEE-RJ) 172
VIII.1. Recortes Espaciais em Análise 174
VIII.2. Estrutura Metodológica (1:100.000) 174
IX REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 179
X ANEXOS 182
ANEXO 1 Relatório Equipe Suplementar 182
ANEXO 2 Lista dos municípios inseridos no recorte espacial adotado na
análise na escala 1:250.000, por Bacia ou Sistema Hidrográfico 198
ANEXO 3 Valores de precipitação média anual para a série temporal de 1977
a 2000, com médias de precipitação dos meses mais chuvosos
(dezembro, janeiro e fevereiro) e dos meses menos chuvosos
(junho, julho e agosto). 204
ANEXO 4 Concentrações médias de O2 dissolvido (mg/L) para os períodos de
1992 – 1996 e 2002 – 2007. 208
ANEXO 5 Concentrações mínimas de O2 dissolvido (mg/L) para os períodos
de 1992 – 1996 e 2002 – 2007. 209
ANEXO 6 Descrição das variáveis do diagnóstico socioeconômico
(1:250.000). 210
I. INTRODUÇÃO

A definição metodológica para o diagnóstico e as análises que subsidiam o


Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Rio de Janeiro apóia-se em
abordagem analítico-integrativa, em associação aos dados e informações obtidas
junto às instituições (ver relatório 3) e às diretrizes institucionais da ALERJ, da
SEA-RJ e do programa ZEE-Brasil. Os procedimentos metodológicos estão
voltados para a integração espacial e temporal dos componentes ambientais em
abordagem sistêmica, seguindo de três linhas de estudo principais: (a) definição
da base de apoio temático; (b) elaboração dos temas geobiofísicos e (c)
elaboração de temas socioeconômicos. Vale ressaltar que a definição
metodológica para a integração espacial dos temas necessitou de um pré-
tratamento dos dados e informações geobiofísicas e socioeconômicas, de modo a
haver uma compatibilidade em uma base de apoio cartográfica, de modo a
permitir estabelecer as relações funcionais dos elementos do ambiente. Outro
aspecto importante é que esta integração também envolve a necessidade de
compatibilização de dados e informações registrados em diferentes datas, obtidas
por diferentes técnicas amostrais, métodos ou interpretações, na maioria dos
casos realizados por equipes profissionais de distintas especialidades. Desta
forma, além da coletas de dados e informações especificamente, houve um
significativo esforço para a realização de ajustes nas séries temporais acessadas,
assim como para a avaliação e compatibilização dos bancos de dados, imagens
de satélite, mapas de base e mapas temáticos.
As escalas espaciais adotadas foram relacionadas às necessidades de
entendimento das influências geobiofísicas e socioeconômicas que ocorrem tanto
do entorno para o interior do território do Estado do Rio de Janeiro (1:250.000),
como no território do estado em si (1:100.000). Metodologicamente, estas escalas
terão que ser trabalhadas em distintas etapas do projeto, ou seja, nesta etapa
foram verificadas as influências dos arredores em direção ao estado, discutidas

1
ao longo do presente relatório (etapa 4), enquanto o diagnóstico e as análises
para o território fluminense serão realizadas no decorrer das etapas 5, 6 e 7. O
diagnóstico e as análises na escala 1:250.000 foram realizados para o recorte
espacial composto pelas bacias dos rios Paraíba do Sul e Itabapoana, em
conjunto com sistemas hidrográficos que drenam para o litoral fluminense.
Logicamente, este recorte exigiu o acesso de dados e informações referentes aos
estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Seguindo esta premissa, foi essencial a elaboração de ajustes nas séries
temporais acessadas, nos bancos de dados, na distribuição espacial de dados, no
tratamento de imagens de satélite, na compatibilização cartográfica dos mapas de
base e no refinamento e generalização de mapas temáticos. Já na presente fase
alguns levantamentos de campo foram necessários. Tais levantamentos foram
principalmente para aferição de parâmetros cartográficos, a fim de se ter a
definição da base de apoio temática nas escalas 1:250.000 e 1:100.000, uma vez
da inexistência de bases nestas escalas e com abrangência nas áreas
mencionadas. Os trabalhos de campo também envolveram a checagem das
classes de uso do solo e cobertura vegetal, previamente estabelecidas por
sensoriamento remoto.
Também foram realizadas diversas reuniões com integrantes técnicos e
políticos de várias instituições, principalmente da SEA-RJ, assim como
representantes de Secretarias do Estado do Rio de Janeiro, da ALERJ, de
prefeituras fluminenses, da Fundação IBGE e de órgãos federais vinculados ao
ZEE-RJ e ao ZEE-Brasil.

I.1. O Estado do Rio de Janeiro e sua Faixa de Fronteira com os Estados


Vizinhos (Escala 1: 250 000)

Conforme havia sido mencionado no relatório anterior, os limites jurídico-


administrativos em geral se sobrepõem e cortam artificialmente elementos

2
geográficos espacialmente contíguos. O estado do Rio de Janeiro não é uma
exceção. Neste estado, bacias hidrográficas têm nascentes localizadas em
estados vizinhos, onde atividades socioeconômicas e interações socioambientais
vinculam-se em graus diferenciados com o Rio de Janeiro.
Assim, na medida em que as relações de vizinhança com os estados de São
Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo podem interferir na qualidade sócio-
ambiental do estado do Rio de Janeiro, as análises na escala 1:250.000 serão
desenvolvidas levando-se em consideração os municípios desses estados
contidos pelos limites das bacias hidrográficas.
A escolha desse critério resulta na incorporação de municípios cujos limites
não coincidem com o da bacia. Para resolver este problema foram incorporados
para cada bacia os municípios que tem mais de 1/3 de seu território no interior da
bacia. Posteriormente, quando for feita a análise na escala de 1:100.000 é
provável que outros ajustes tenham que ser feitos.

I.2. A bacia de drenagem como recorte espacial do ciclo hidrológico

A distribuição e movimentação da água podem ser expressas através do Ciclo


Hidrológico. A distribuição espacial e temporal da água se dá através de interação
de fenômenos variados, envolvendo componentes e processos específicos
relacionados com a hidrosfera, atmosfera, biosfera, homosfera e litosfera. A
identificação da distribuição da água na paisagem, bem como sua quantificação, é
difícil de ser estabelecida na escala global do ciclo hidrológico. Por outro lado, a
consideração do ciclo hidrológico em escalas regionais ou locais apenas permite
adequá-lo como um sistema aberto, parte do todo, onde há entrada e saída de
matéria (água) e energia, sendo, portanto, visto como um sub-sistema do ciclo
hidrológico global. Desta maneira, para que seja possível quantificar a entrada e
saída da água nestes sub-sistemas regionais ou locais, é necessário que se tenha
uma área com limites topográficos bem definidos, ou seja, a bacia de drenagem
ou hidrográfica (Coelho Netto e Avelar, 2007).

3
Bacia de drenagem ou hidrográfica - Área que drena fluxos
líquidos, sólidos e solúveis para uma saída comum através de um
canal ou de uma rede de canais (Coelho Netto, 1994). Elas
constituem uma unidade geomorfológica fundamental, que opera
como um sistema aberto, aonde os impulsos das chuvas acionam
os processos hidrológicos e erosivos que regulam as
transformações morfológicas e a evolução interna da bacia
(Chorley, 1962). Estes processos, por seu turno, são regulados
pelos componentes internos relacionados ao substrato rochoso,
aos solos, a morfologia superficial, a cobertura vegetal e ao uso da
terra. Significa, portanto, que alterações numa parte do sistema
podem afetar outras partes ou mesmo todo o sistema de
drenagem, modificando o balanço das entradas de chuvas e as
saídas ou descargas residuais da bacia.

Coelho Netto e Avelar (op. cit.) destacam que enquanto as partes do sistema
bacia de drenagem estiverem bem ajustadas entre si, as respostas hidrológicas e
erosivas emitidas pela bacia aos diferentes impulsos de chuvas deverão manter
certa proporcionalidade e o sistema se manterá estável. Porém, na medida em
que ocorram mudanças externas ou internas do sistema de drenagem, numa tal
ordem de magnitude que o sistema não consiga absorver e manter-se estável,
então, ocorrerá um tempo de desajuste entre estes impulsos climáticos e as
respostas hidrológicas da bacia. Até quando? Até que as partes, anteriormente
modificadas, retornem a uma nova condição de ajuste entre seus componentes e
os impulsos incidentes, mas não necessariamente reproduzindo as mesmas
condições anteriores. Neste contexto podemos indagar: qual o papel dos eventos
extremos de chuvas no desencadeamento e na intensidade dos processos
erosivos, especialmente quando os sistemas de bacias de drenagem passaram

4
por transformações e apresentam desajustes internos nas relações entre suas
partes componentes?
A degradação dos biomas terrestres reflete um rastro histórico, e ainda atual,
de transformações induzidas, principalmente, pela apropriação, uso e ocupação
das terras. Diante da exploração econômica e predatória dos recursos da
natureza, pode-se considerar que grande parte dos sistemas de bacias
hidrográficas encontra-se instável. Esta instabilidade resulta no aumento da
vulnerabilidade do meio que habitamos, onde as ameaças e os riscos de
desastres relacionados à água tendem a intensificar e a se tornarem cada vez
mais freqüentes. Isto se acentua aonde o adensamento populacional é maior e
especialmente entre os mais pobres, os quais geralmente habitam as áreas de
maior risco, quer seja no domínio das encostas íngremes, sujeitas a altos índices
de erosão por ação gravitacional (deslizamentos), quer seja no domínio das
planícies fluviais interiores ou flúvio-marinhas da zona costeira, sujeitas,
naturalmente, às enchentes.
O domínio de planíces flúvio-marinhas geralmente não possui uma topografia
que permita a delimitação da área de contribuição, embora a rede de canais de
bacias hidrográficas delineadas à montante possam atravessar esse domínio em
direção ao seus reservatórios terminais(lagoas, lagunas, baías, oceano). Nesses
casos pode-se estruturar o sistema hidrográfico pelo conjunto de bacias
independentes entre si, porém integradas ao nível de base do reservatório
terminal comum.

Hierarquia de Bacias Hidrográficas e Articulação da Rede de Canais

A área de abrangência das bacias de drenagem pode ter tamanho muito


variado, não sendo possível estabelecer uma categorização precisa quanto ao
tamanho. Podem possuir milhões de quilômetros quadrados, apresentando
dimensões continentais, tais como: a bacia do rio Amazonas (6,15 milhões km2),
a bacia do rio Paraná (2,58 milhões de km2), dentre outras. Quando incorporam

5
centenas de milhares de quilômetros quadrados, são tratadas como de
dimensões nacionais como, por exemplo, a bacia do rio São Francisco (617 mil
km2). Já as bacias que apresentam dezenas de milhares de quilômetros
quadrados são consideradas como regionais, tais como: a bacia do rio Paraíba do
Sul (56 mil km2) e a bacia do rio Tietê (72 mil km2). As bacias de menor porte
podem apresentar centenas ou milhares de hectares, caracterizando-se como
bacias de dimensões locais, conforme a bacia do rio Carioca, RJ (112 mil ha). Por
fim, é também possível caracterizar pequenas bacias de apenas alguns milhares
ou centenas de metros quadrados, geralmente nas zonas de cabeceiras de
drenagem, as quais se constituem em domínios preferenciais de expansão
regressiva da rede de canais (Coelho Netto e Avelar, 2007).
Assim como qualquer sistema, no interior de uma bacia de drenagem é
possível delimitar outras sub-bacias, que são escolhidas conforme as
necessidades das análises que se pretende fazer. A fim de estabelecer um
ordenamento da rede de canais que drenam uma bacia, alguns autores
propuseram critérios de hierarquização de bacias. Dentre os critérios mais
utilizados destacam-se o de Horton (1933) e o de Strahler (1952). Cabe ressaltar
que para qualquer critério é necessário que seja mencionada a escala espacial a
qual a rede de canais se refere (exemplo: 1:50.000 ou 1:100.000). Isto por que,
conforme se amplia o detalhe da escala, maior é quantidade de canais
observados e maior deverá ser a hierarquia da bacia. Portanto a mesma bacia na
escala 1:50.000 deverá ter maior ordem do que na escala 1:100.000. Para
estudos aplicados de bacias regionais ou locais, o ideal é ajustar o mapeamento
da rede de canais com apoio de sensoriamento remoto em escala adequada.
Uma vez obtido o melhor traçado da rede de canais nas bacias de drenagem do
Estado do Rio de Janeiro, o critério de Strahler será adotado nos estudos afins
às análises ora pretendidas em escala 1:100.000. Este critério é estabelecido a
partir dos seguintes princípios: (A) canais que não possuem afluentes são canais
de 1ª ordem; (B) Quando dois canais de mesma ordem se encontram, o canal
resultante aumenta uma ordem e (C) Quando canais de ordens diferentes se

6
encontram, o canal resultante mantém o valor de maior ordem. Neste critério,
cada segmento de canal existente na rede hidrográfica recebe uma determinada
ordem, sendo que a bacia como um todo assume a ordem do canal de maior valor
(figura I.1).

1
1
1
1
1 1
2
1 2
1 1
1
1 2 2
2 2
2 1
3 2
1

3
3
N
4

A 0 10 km

Figura I.1 – Exemplo de uma bacia de drenagem de 4ª ordem definida a partir dos critérios
de hierarquia de Strahler.

O balanço hidrológico é feito a partir da mensuração e cálculo das entradas de


água (I, entrada), saídas (O, saída) e da variação da estocagem subterrânea ( ∆S ,
estocagem), conforme a equação:
I-O= ∆S

Deste modo, na área da bacia de drenagem consideram-se como entradas


(valores positivos) as precipitações (P), como saídas (valores negativos) o
conjunto formado pela evaporação (E), evapotranspiração (ET) e a vazão do
canal na saída ou desembocadura (V) e como resultado do balanço as variações
do nível da água subterrânea (∆ES), podendo ser negativo ou positivo.
Analisando nesta perspectiva, a equação anterior pode ser reescrita da seguinte
forma:

P – E – ET – V = ∆ ES

7
Assim como a água se distribui dentro de uma bacia de drenagem das partes
mais elevadas (montante) para as partes mais baixas (jusante), também é
possível considerar da mesma maneira sua distribuição ao longo das encostas
(figura I.2). Como já citado no capítulo anterior, nas encostas a água que provém
da precipitação poderá infiltrar-se e/ou escoar na superfície do terreno, neste
caso, caracterizando-se como fluxo superficial hortoniano (definido por Horton,
1933) ou fluxo superficial saturado (definido por Dunne, 1970).

PRECIPITAÇÃO
solo
Zona Não-Saturada

rocha
1
nível freático 2 3
Zona Saturada

Figura I.2 – Distribuição dos fluxos d’água nas encostas: (1) fluxo superficial; (2) fluxo
subsuperficial raso; (3) fluxo superficial de saturação e (4) fluxo subsuperficial profundo ou
fluxo subterrâneo (Dunne e Leopold, 1978, modificado).

O fluxo hortoniano ocorrerá em qualquer parte das encostas sempre que a


intensidade de chuva for mais elevada que a capacidade de infiltração do solo e
após o preenchimento das micro-depressões na superfície do terreno. Já o fluxo
dunneano é característico de solos pouco profundos e saturados de água,
especialmente nos fundos de vales: esta condição propicia a exfiltração do
escoamento subsuperficial de montante, o qual, junto com a precipitação sobre a
zona saturada, alimenta este tipo de escoamento nas encostas. A partir da
infiltração, é possível ocorrer fluxos subsuperficiais rasos, aproximadamente

8
paralelos à superfície do solo, como decorrência de variações da capacidade de
transmissão de água (condutividade hidráulica) no perfil do solo. A continuidade
de percolação vertical da água no perfil do solo, ou através de fraturas das rochas
subjacentes, alimenta os reservatórios de água (aqüíferos), cujo movimento
lateral, em direção aos canais, tende a ser cada vez mais lento com a
profundidade: são os chamados fluxos subsuperficiais profundos (ou fluxos
subterrâneos). Ambos os fluxos atingirão os canais de drenagem situados nos
fundos de vale.

9
II. BASE DE APOIO TEMÁTICO

Este tópico abrange os procedimentos para a avaliação dos mapas e


elementos cartográficos acessados pela equipe, direcionados para definição da
metodologia e especificação de referências cartográficas para fins dos
mapeamentos temáticos na escala 1:100.000. Os mapas e elementos
cartográficos para escala 1:250.000 foram obtidos em mapas digitais de diversas
fontes, a serem identificadas no decorrer do texto. Além desta abrangência, a
avaliação realizada também se direcionou para as definições cartográficas a
serem utilizadas para a elaboração do mapa de uso e cobertura do solo, tanto na
escala 1:250.000, como na 1:100.000, no âmbito do ZEE-RJ.

II.1. Cartografia

II.1.1. Base cartográfica de referência

Uma base cartográfica pode ser conceituada como o documento cartográfico


que representa um determinado espaço geográfico, apresentando características
e especificações apropriadas em termos de escala, sistema de referência e
projeção, completude, atualização e precisão, para representar com qualidade o
espaço geográfico e ser capaz de receber informações temáticas sobre os mais
diversos assuntos. No âmbito do Projeto ZEE-RJ este conceito se aplica dada à
necessidade de informações geomorfológicas, geoecológicas, hidrográficas,
sócio-econômicas, entre outras, que venham permitir a realização de avaliações e
análises integradas.
A qualidade de uma base cartográfica é dependente não apenas dos fatores
escala, projeção e sistema geodésico de referência, que estabelecem
características de precisão de representação e posicionamento das informações,
assim como o seu relacionamento com o mundo real. Também devem ser

10
considerados os aspectos de atualização dos elementos representados, assim
como a existência de todos os elementos considerados importantes para
aplicações específicas. Desta forma, a qualidade de bases cartográficas pode ser
diferenciada considerando objetivos diversos.
Em atendimento às demandas do Projeto ZEE-RJ, os dados cartográficos
necessários deverão atender à escala definida de 1:100.000, que de acordo com
o Padrão de Exatidão Cartográfico (PEC), classe C (adequado a mapeamentos
temáticos), apresenta tolerância planimétrica de 100m.
A transformação de sistemas geodésicos de referência (SGR) para o Estado
do Rio de Janeiro é um dos pontos críticos que podem afetar o posicionamento
espacial da base cartográfica, em alguns trechos localizados, notadamente, onde
foram realizados mapeamentos de atualização de algumas folhas. A mudança de
SGR é efetuada, então, somente nas folhas atualizadas, e não no seu entorno
(exemplo: folha Baía de Guanabara, Vila Militar e Santa Cruz). Pode ocorrer
nesses casos, a existência de vazios cartográficos, ou seja, faixas horizontais ou
verticais, nas quais não existe informação mapeada.

II.1.2. Material cartográfico disponível

Pode-se dizer que para o Estado do Rio de Janeiro, reflexo da situação


vigente em quase todo o país, não existe uma base cartográfica que atenda às
demandas mais variadas de aplicações temáticas, por diferentes razões, tal como
exposto a seguir.

Características do mapeamento do IBGE e DSG na escala 1:50.000:

• O mapeamento é composto por 52 (cinqüenta e duas) folhas, onde


praticamente todas se encontram no sistema geodésico Córrego Alegre,
ocorrendo apenas cerca de 6 (seis) folhas no sistema SAD/69;

11
• O mapeamento como um todo se encontra totalmente defasado e
desatualizado, datado da década de 70 para a maioria das folhas, com apenas
algumas delas tendo sido realizadas no início dos anos 80;
• Todas as folhas foram construídas através de processos analógicos, que
na época atendiam às necessidades cartográficas, porém não são competitivos
com as tecnologias atuais, deixando a desejar em termos de precisão de
posicionamento;
• O mesmo pode ser colocado em termos do material digital que se encontra
disponibilizado, uma vez que este material foi elaborado por digitalização
matricial dos plásticos de gravação das folhas analógicas e subseqüente
vetorização por processos semi-automáticos.

No entanto, deve ser frisado que é o melhor produto que se dispõe e que deve
ser utilizado na falta de material de maior precisão e qualidade, apesar de, na
maioria dos casos, os usuários finais sentirem a necessidade de efetuar edições
sobre o dado original. A partir destas cartas topográficas, o Instituto Estadual de
Florestas (IEF) fez uma agregação na escala 1:50.000 e a Fundação CIDE
também o fez na escala 1:400.000, oferecendo estes produtos agregados
disponíveis para a equipe de trabalho do ZEE-RJ, tal como descrito a seguir.
Além disso, também foi feita a análise de um mapa de rodovias, executado pelo
Instituto Militar de Engenharia (IME), o DER-RJ e Polícia Militar – RJ, conforme
será mencionado abaixo.

Base Cartográfica Compilada do IBGE pelo IEF:

A base cartográfica elaborada pelo IEF a partir das folhas existentes na escala
1:50.000 do IBGE/DSG está em fase final de estruturação, não se encontrando
ainda totalmente disponibilizada. Recentemente foram entregues para verificação
as feições referentes ao Sistema Viário e Hidrografia. Os dados se encontram em

12
formato shape, referenciados na projeção Cilíndrica Equirretangular e no datum
Sirgas 2000.
Apresenta a vantagem de se encontrar unificada em um arquivo para cada
categoria de feição, apesar de não ter sofrido edições visando a sua atualização,
somente a complementação de atributos em banco de dados no sistema ArcGIS.

Base Cartográfica 1:450.000 da Fundação CIDE:

Outra base cartográfica existente e disponível é a da Fundação CIDE, que se


encontra em uma escala menor, 1:450.000, e que por esse motivo será adotada
unicamente para apoio na elaboração de layouts de mapas temáticos. Neste
caso, a generalização dos elementos cartográficos passa a ser adequada,
garantindo a não poluição dos mapas finais.

Rodovias do Estado do RJ

Através de um projeto integrado entre o DER-RJ, IME-RJ e PM-RJ, executado


em 1999, foram levantadas as rodovias principais do estado (BR e RJ) através de
tecnologia DGPS. Esta base, estruturada originalmente em Microstation, formato
DGN, se encontra na projeção Cilíndrica Equirretangular, sistema geodésico
SAD/69. Apresenta precisão e atualização adequadas às demandas do ZEE-RJ.
A disponibilização dos dados se dará através do IME-RJ.

II.1.3. Avaliação das bases existentes

Base Compilada pelo IEF

Parte da base cartográfica que está sendo trabalhada pelo IEF, na escala
1:50.000, foi testada no Norte e Noroeste Fluminense, bem como nas
proximidades da Baía de Guanabara e Região dos Lagos, através de pontos de
controle e caminhamentos (trackings) levantados no trabalho de campo realizado
no período de 21 a 26 de maio do presente ano. Foram utilizados equipamentos

13
GPS de navegação, cuja precisão associada é de pelo menos 20m (para o caso
de pontos de controle efetuou-se o rastreio de várias observações com
fechamento pela média, priorizando uma variação inferior a 5 metros). O sistema
geodésico de referência adotado para os trabalhos de campo foi o WGS84.
Os testes realizados identificaram a existência de deslocamentos
(deformações), não regulares no comportamento das feições, extrapolando a
tolerância estabelecida para a escala 1:100.000, classe C (PEC), igual a 100m,
encontrando-se, em alguns casos, afastamentos maiores que 160m (figura II.1).
Os resultados das avaliações induziram à efetuação de novos testes, desta
vez a partir da comparação dos dados compilados pelo IEF com as folhas
originais do IBGE/DSG. Desta forma, baixando-se diretamente do site do IBGE a
folha Itaboraí, de modo a garantir que não houvesse alterações em relação ao
dado original, aplicou-se os parâmetros de transformações oficiais e
transformação de sistema projetivo (UTM para projeção equirretangular e Córrego
Alegre para Sirgas 2000). O resultado alcançado apresentou diferença
significativa em relação ao produto final do IEF, em alguns locais maiores do que
60m.
Neste caso, considerando a análise de uma única folha, as diferenças foram
uniformes, sugerindo a possibilidade de que as transformações tenham sido
efetuadas com os parâmetros padrões disponibilizados nos softwares comerciais,
como o ArcGIS, que podem causar essas diferenças em um processo de
transformação continuada (figura II.2).
Por outro lado, dentro das áreas verificadas, existe uma variação entre áreas
oriundas de diferentes folhas, referentes, originalmente, a diferentes sistemas
geodésicos (Córrego Alegre e SAD/69). Desta forma, não é possível a realização
do caminho inverso, sendo necessário o resgate das folhas originais e processos
efetuados.
Assim, a opção sugerida foi a de não utilização da base gerada pelo IEF, dado
que esta não apresenta precisão adequada às necessidades do projeto.

14
100 m

120 m

Diferença de
posicionamento

Diferença de
130 m posicionamento

Figura II.1 - Diferenças de posicionamento entre o levantamento GPS e a base cartográfica


compilada pelo IEF 1:50.000.

Diferença de
posicionamento

60 m

60 m

Figura II. 2 - Diferenças de posicionamento e desatualização entre a base cartográfica do


IBGE 1:50.000 e a base compilada pelo IEF 1:50.000.

15
Folhas 1:50.000 do IBGE/DSG

A opção de resgatar as 52 folhas originais que compõem o Estado do Rio de


Janeiro apresenta como fatores limitantes, o tempo e recursos disponíveis para o
Projeto, dado que seriam necessárias várias operações de manipulação que
permitissem a junção das folhas, a efetuação de transformações de sistemas
geodésicos e projeção cartográfica, bem como toda a compatibilização em uma
única base.
Entretanto, mesmo que houvesse a possibilidade de realização desse
trabalho, a base gerada continuaria apresentando problemas em relação à
atualização da rede viária, limites urbanos, retificação e canalização de elementos
da rede hidrográfica e falta de uniformidade na densidade da rede de drenagem
em algumas áreas (como por exemplo, entre as folhas Maricá/Saquarema e Piraí/
Cava). Os mesmos testes com relação aos dados obtidos em campo foram
efetuados, apresentando também diferenças, embora de ordem menor, com
valores máximos em torno de 80m (para a folha Itaboraí). Apesar de ser inferior à
tolerância estabelecida pelo PEC classe C (figura II.3), os demais fatores
referentes à falta de atualização e uniformidade dificultam a sua adoção.

II.1.4. Proposta metodológica

Será necessária a entrada das seguintes informações, que deverão estar


inclusas ou com possibilidades de serem extraídas da base cartográfica de apoio:
• relevo;
• hidrografia, incluindo-se a linha de costa;
• rodovias;
• divisão territorial municipal.

Os dados de relevo são necessários para a determinação dos limites das


bacias hidrográficas, ainda não definidas se de segunda ou terceira ordem, de
acordo com a classificação de Strahler, e para a elaboração de indicadores

16
geomorfológicos e mapas temáticos. Será adotado o modelo digital de elevação
(MDE) do SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), disponibilizado pela NASA,
que apresenta precisão compatível com PEC A para a escala 1:100.000, de
acordo com publicações científicas recentes (Barros et al, 2005; Barros, 2006;
Barros & Cruz, 2007; Gonçalves et al., 2005; Heipke et al, 2002; Santos, 2005;
Slater et al, 2006).

Diferença de
Diferença de posicionamento
posicionamento

80 m
85 m

Mudança de traçado
(desatualização)

Figura II.3 - Diferenças de posicionamento e desatualização entre o levantamento GPS e a


base cartográfica do IBGE 1:50.000.

A drenagem é fundamental para a extração das informações que terão


atuação direta sobre os índices geomorfológicos, além da própria detecção de
bacias. Esta é uma das principais carências da base, que deverá ser minimizada
através de modelos aplicados sobre o MDE do SRTM, ajustados às informações
da base cartográfica do IBGE (quando possível) e validados através de trabalhos
de campo e interpretação de fotografias aéreas (quando e se disponibilizadas).
Esta operação, apesar de não se encontrar validada para a geração de bases

17
cartográficas, pode atender à uniformização da hidrografia, tão necessária para a
geração de indicadores. As feições obtidas através deste procedimento não serão
disponibilizadas na forma de rede hidrográfica, servindo, exclusivamente, para a
obtenção de dados temáticos em etapas internas do projeto. A classificação do
uso e cobertura do solo também proverá a base com algumas feições
hidrográficas, como lagoas, ilhas, linha de costa e rios de margem dupla.
As rodovias serão extraídas da base do IME-RJ. Apesar de se tratar somente
das principais, seu nível de atualização e precisão valida plenamente a sua
utilização. A generalização passa a ser adequada para uma base de apoio
temático, de forma a não poluir os layouts finais.
Em relação ao limite externo do estado, divisas com os Estados de São Paulo,
Minas Gerais e Espírito Santo, será adotado o limite definido pelo IBGE, para que
se evite alguma forma de conflito com os estados limítrofes.
Os limites intermunicipais serão os adotados pela Fundação CIDE. Justifica-se
esta adoção por serem os limites oficialmente adotados pelo Estado do Rio de
Janeiro e se encontrarem mais detalhados que os definidos pelo IBGE. Mesmo
que haja divergências entre as duas bases, manter-se-á a divisão adotada pelo
CIDE.
A linha de costa será compatibilizada pelo limite obtido através do processo de
segmentação sobre as imagens LANDSAT-5 utilizadas para o mapeamento do
Uso e Cobertura do Solo, ajustadas geometricamente para a escala 1:100.000
através de pontos de controle obtidos em campo.
O sistema de projeção adotado será a projeção cilíndrica normal
equiretangular ou “Plate Carrée”. Justifica-se esta projeção por ser a que mais se
adapta a sistemas CAD, oferecendo a visualização de coordenadas diretamente
em graus decimais, seja para longitude ou latitude, em intervalos igualmente
espaçados. Apesar de apresentar valores de distorção ligeiramente maiores que a
projeção cônica conforme de Lambert, não são significativos ou impactantes para
a escala e a finalidade do trabalho desenvolvido.

18
Ressalta-se aqui a impossibilidade de mapeamento contínuo do Estado na
projeção UTM, apesar da escala estar condizente com esta projeção, devido ao
fato do estado estar dividido pelos fusos 23 e 24, através do meridiano de - 42º de
longitude, na altura da cidade de Barra de São João.
Toda a Cartografia será desenvolvida através da elaboração de um Plano
Cartográfico, no qual serão encontradas todas as especificações para cada uma
das escalas de mapeamento que serão utilizadas no projeto ZEE, seja em
mapeamento intermediário de apoio ou de produto a ser entregue.

II.1.5. Projeto cartográfico

O projeto cartográfico tem uma grande importância para desenvolvimento da


Cartografia, seja ela de base, de apoio, ou ainda para a simples geração de
relatórios, dentro do processo cartográfico que será estabelecido para o Projeto
ZEE. Dentro do contexto exigido para os documentos cartográficos que servirão
de apoio, serão gerados um número ainda não contabilizado de mapas, os quais
apresentarão temáticas variadas, mas que deverão possuir, em muitos casos,
feições cartográficas comuns.
É bastante comum, quando acontece uma situação semelhante, ocorrerem
diferentes estruturas de representação para mesmas feições, o que pode
ocasionar confusões e distorções na interpretação das representações. Dessa
forma a comunicação exige o estudo conjunto das diversas variáveis gráficas
envolvidas (linhas, tons, cores, padrões etc), onde a palavra gráfica, tal como a
linguagem escrita, exige clareza, assertividade, beleza e precisão de
representação do que está sendo apresentado. Os princípios da comunicação
gráfica, cartográfica e de visualização científica devem então, em todos os
momentos, serem considerados para que não haja problemas relativos à
comunicação.
O objetivo principal dos mapas é portar a representação de algum tipo de
informação geográfica para um usuário. Assim, os processos de compilação,

19
simbolização, definição de escala e projeção cartográfica, são orientados para
esse fim.
A forma de apresentação conjunta dos componentes de um mapa deve ser
integrada como um todo, para atingir aos objetivos propostos. Deve, portanto,
considerar as propriedades essenciais dos dados, incluindo a acuracidade de
posicionamento geográfico, dado que se o mapa não for cuidadosamente
projetado será um mapa pobre em termos de comunicação de informação.
O projeto de mapeamento pode ser comparado a um projeto de engenharia ou
de arquitetura, pois procura encontrar soluções para novos problemas e/ou novas
soluções para velhos problemas.
O objetivo em si é trazer à imaginação, o ambiente apropriado para atender a
finalidade do mapa, se for da comparação de detalhes de um mapa geral ou de
caracterização estrutural de uma distribuição, caso seja temática.
O processo do Projeto Cartográfico será definido pelas seguintes fases:
• Anteprojeto;
• Planejamento gráfico;
• Planejamento específico e especificações.

O anteprojeto é o primeiro elemento a ser definido. Serão abordadas as


diversas possibilidades de representação dos mapas elaborados no Projeto ZEE,
considerando-se e estabelecendo-se diferentes formas de tratamento dos
problemas, procurando-se visualizar diferentes soluções.
Nesta fase, resultando da idéia geral da abordagem, envolvendo decisões, tais
como: o relacionamento do mapa com outros documentos, cartográficos ou não, o
formato (tamanho, forma), o layout básico, organização gráfica dos componentes,
escala e projeção cartográfica adequada, etc.
A segunda fase envolve o estabelecimento do planejamento gráfico específico.
São ponderadas as diversas alternativas dentro dos limites do planejamento
geral. As decisões são tomadas em consideração a tipos especiais de

20
simbolismo, uso de cores, relacionamentos topográficos, dimensões de elementos
gráficos (linhas, limites, etc) e como todos eles graficamente se ajustam.
A terceira fase é definida pelo detalhamento do projeto, compreendendo
basicamente:
• A preparação da tabela de compilação, onde tudo será colocado em um
relacionamento planimétrico próprio;
• A preparação das especificações de detalhamento para a arte final:
dimensões de linhas, valores de cores, tamanho de letras, etc.

II.1.6. Definição de escalas

Em apoio ao Zoneamento Ecológico-econômico do estado, todas as bases


serão trabalhadas através de mapeamentos em meio digital na escala 1:100.000,
projeção equirretangular cilíndrica normal e sistema geodésico de referência
SIRGAS 2000.

Mapeamento do Estado (apoio e visualização)

Disponibilização na escala 1:450.000, para os anexos do Relatório Final.


Projeção equirretangular e SGR SIRGAS 2000.

Mapeamento Intermediário

A ser utilizado para as regiões de trabalho:


1- Norte e Noroeste Fluminense;

2 – Médio Paraíba, Centro Sul e Serrana;

3 – Costa Verde, Metropolitana e Baixada Litorânea.

A escala definida é 1:250.000, projeção equirretangular e SGR SIRGAS 2000.


Será definido para cada região um layout próprio, devido à conformação de cada
uma delas.

21
Layout de Relatório

Será definido um layout para mapas em tamanho A4, específico para


utilização nos relatórios de acompanhamento.

A escala definida para o Estado é 1:850.000, projeção equirretangular e SGR


SIRGAS 2000.

II.1.7. Metadados

Os metadados incorporam as informações que caracterizam os dados a que


se referem, informando sobre a existência de um conjunto de dados ou de alguma
outra forma de informação. Eles são utilizados para fornecer documentação sobre
os dados produzidos e disponibilizados, descrevendo as suas características, tais
como conteúdo, qualidade, formato, mídia de intercâmbio, informações geradoras,
origem dos dados e informações, características cartográficas, etc.
As principais utilizações dos metadados podem ser estabelecidas dentro das
seguintes abordagens:
• Disseminar a existência das informações geográficas em utilização de
projetos específicos;
• Fornecer informação sobre os dados produzidos, visando à formação de
catálogos de dados geoespaciais;
• Fornecer a informação necessária para processar e interpretar os dados
recebidos através de transferência de fontes externas ou internas;
• Criar um padrão para o tratamento e referenciamento dos dados e
informações geoespaciais e geográficas;
• Ainda no caso em pauta, fornecer uma possibilidade de ser adicionada
informações sobre os dados de sensibilidade ambiental de cada local específico,
bem como as suas peculiaridades.

22
O conteúdo dos metadados deve obedecer a normas, que orientem seu
emprego pela organização, sendo, em geral, caracterizadas por três regras
gerais:
• Fornecimento de informações necessárias para a determinação dos
conjuntos de dados existentes sobre a localização de uma informação
geográfica ou sobre um assunto específico;
• Fornecimento das informações necessárias para acesso e/ou aquisição de
um conjunto de dados específicos;
• Fornecimento de informações que sejam necessárias ao processamento e
utilização de um conjunto de dados.

A ordem de avaliação dessas regras, incluindo a importância relativa aos


metadados, não é a mesma para todos os usuários. Diferentes usuários utilizando
os mesmos metadados deverão avaliar as suas necessidades e escolher o que
terá maior importância dentro da estrutura existente. Se um conjunto de dados
tiver que ser utilizado por diferentes profissionais, com diferentes objetivos, os
metadados referentes ao conjunto comum de dados, devem fornecer a
informação apropriada e adequada a todos os especialistas.
Na implementação de uma cultura de metadados é importante que as
instituições ou organizações analisem o valor dos seus conjuntos de dados
georreferenciados, estabelecendo prioridades para estruturar a documentação
relativa aos seus conjuntos de dados. Uma grande vantagem do esforço de
documentação dos metadados pode ser vista pela rediscussão dos conjuntos de
dados existentes, apresentada desde a metodologia empregada para a sua
obtenção, transformação e análise dos dados, bem como, a forma de seu
armazenamento. Definir a solução a adotar, dependerá de uma série de fatores
específicos, inerentes a cada instituição ou organização, bem como ao tipo de
informação que está sendo trabalhada.
O USGS apresenta algumas sugestões (USGS, 1997):

23
• Não deve ser criado um padrão próprio, pois mudanças sutis podem
implicar, a longo prazo, em uma estrutura confusa sobre os metadados
armazenados;
• Não deve haver confusão entre os dados propriamente ditos e os
metadados;
• Deve-se verificar se o conjunto de dados pode ser documentado sob outro
conjunto de dados;
• Deve existir uma priorização ou hierarquização dos dados: dados que
devem ser documentados em primeiro lugar serão definidos por aqueles que
terão uso corrente ou futuro, que sejam básicos para a geração de outros
conjuntos de dados ou que venham a representar um alto investimento, em
termos de esforço ou custo;
• Deve-se documentar a um nível venha a preservar a importância dos
dados dentro da organização.

O uso de padrões de metadados amplamente aceitáveis é essencial a uma


fácil, eficiente e rápida transferência de informação, pois tanto emissores como
receptores dos dados ou informações estarão trabalhando sob uma estrutura de
documentação que permitirá o conhecimento de todos os seus elementos
componentes. Existe atualmente, uma infinidade de padrões de metadados,
sendo os seguintes os mais conhecidos:
- CSDGM (Content Standards for Digital Geospatial Metadata): padrão de
metadados estabelecido pelo Comitê de Dados Geográficos Federais dos
Estados Unidos (FGDC - US Federal Geographic Data Committee). Este padrão
serviu de modelo para o esforço de documentação de metadados do governo dos
Estados Unidos.

É um padrão bastante complexo consistindo de 334 elementos diferentes.


Apresenta 119 desses elementos, como elementos compostos, existindo apenas
para conter outros elementos. Entretanto, esses elementos compostos são

24
importantes por descreverem os relacionamentos ou funcionalidades entre os
demais elementos.

O padrão FGDC especifica na realidade, o conteúdo do dado, não


especificando o formato dos arquivos digitais que contêm os metadados. Uma das
grandes vantagens atuais reside no fato de poder ser exportado para o padrão
ISSO, recentemente lançado.

- USMARC (United States Machine Readable Cataloging): é um padrão utilizado


para a representação e comunicação de informação bibliográfica, numa estrutura
que possa ser lida por máquina dedicadas. É utilizado nos Estados Unidos por
praticamente todas as bibliotecas que possuam um catálogos online. Esse padrão
sofreu alterações e fora dos Estados Unidos, foram criados padrões com estrutura
semelhante, tais como: UNIMARC, CANMARC, UKMARC.

- DIF (Directory Interchange Format): embora não seja um padrão oficial, foi um
padrão desenvolvido pela NASA (National Aeronautics and Space Administration)
para apoiar o Diretório Principal da NASA (NASA Master Directory) e o Diretório
Principal de Mudança Global (Global Change Master Directory).

Consiste em uma coleção de campos que detalham informações específicas


sobre os dados, sendo compatível com o padrão do FGDC.
Existem outros padrões de metadados no Canadá (CGSB - Directory
Information Describing Digital Geo-referenced Sets) , na Europa (Method of
Describing Data Sets), na Austrália e Nova Zelândia (ANZLlC - Australian and
New Zealand Land Information).

II.1.8. Procedimentos para criação de metadados

Algumas premissas básicas devem ser seguidas para a geração de


metadados, considerando-se tanto as características da organização, como

25
também a estrutura dos dados a serem tratados. Duas diretivas principais são
sugeridas:
• Priorização dos dados. Os primeiros dados que devem ser documentados
deverão pertencer ao conjunto que tenha uso corrente ou futuro, básicos para a
geração de outros conjuntos de dados ou que representem um alto
investimento, em termos de esforço ou custo;
• Preservação da importância dos dados. Deve-se documentar a um nível
que preserve o valor dos dados dentro da instituição ou organização.

Assim, os passos para a criação de metadados por uma instituição ou


organização, devem ser constituídos por um conjunto de etapas ordenadamente
dispostas, a serem vencidas para se alcançar um determinado fim. Os passos
que serão seguidos nessa proposta são os seguintes:
• Deve-se começar com algum padrão de metadados já existente. Pode-se
procurar na Internet lugares onde são apresentados padrões de metadados, por
exemplo - Projeto de Padrões de Metadados Científicos, da Agência de
Proteção Ambiental dos EUA (EPA - Scientific Metadata Standards Project),
onde são listadas as principais instituições e organizações norte-americanas
que disponibilizam padrões de metadados. Dessas, pode-se identificar as que
possuam conjuntos de dados semelhantes aos que serão desenvolvidos nesse
projeto. Verificação da instituição ou organização em que se está estudando a
adoção de metadados, verificando as extensões que podem servir de modelo,
de maneira a não se desperdiçar a massa crítica já despendida no assunto,
como por exemplo, o padrão do FGDC ou o padrão CPRM (padrão de
metadados adotado na CPRM para os documentos cartográficos digitais). Será
também analisado o padrão desenvolvido pela CONDER, do Governo da Bahia.
• Todas as seções e elementos desse(s) padrão(ões) devem ser
apresentados ao pessoal ou grupos de discussão, para a sua avaliação, criação
de novas extensões e validação da estrutura.

26
• A adoção de um padrão genérico não beneficiará a organização, devido ao
seu caráter específico de dados a serem empregados. A adoção de uma
estrutura voltada para os dados espaciais, cartografia e imagens de
sensoriamento remoto, abre espaço para a vinculação dos dados ambientais e
das suscetibilidades e impactos que possam causar á flora e fauna de uma área
geográfica, causados pelos derramamentos de óleo. Entretanto, para fins de
utilização por um grupo de instituições ou organizações, novos elementos
podem ser indexados com a terminologia de elementos padrão, permitindo,
assim, que eles sejam pesquisados de forma uniforme.
• Pode ser citada, como exemplo, a disponibilização na CPRM - Serviço
Geológico do Brasil, pela Internet, da base de dados de Água Subterrânea e o
padrão de metadados do CONDER, Bahia. Embora essas bases não sejam só
de metadados, podem servir como exemplo.
• Freqüentemente é admitido que os produtores dos dados necessitem gerar
seus próprios metadados. Entretanto, existem duas possibilidades quanto à
implantação de uma cultura de preenchimento de metadados, descritas a seguir.
Definir qual estrutura a ser seguida, depende de uma reflexão interna da
instituição ou organização que possui os dados e, desde que aplicada com bom
senso, produzirá bons resultados.
• Alocação de um profissional como responsável pelos metadados. Segundo
esta visão, não deve ser assumido que todo profissional de Geociências seja
capaz de criar adequadamente os seus próprios metadados. Certamente, eles
podem fornecer documentação informal e não estruturada, mas eles não devem
necessariamente ter que percorrer toda a estrutura totalmente montada e
rigorosa de um conjunto de metadados formal. Deve ser assegurado um bom
canal de comunicação entre o responsável pelos metadados e o produtor dos
dados.
• Estabelecer que os próprios produtores dos dados preencham seus
próprios metadados. No caso do projeto em pauta, deverá ser criado um

27
software, que será disponibilizado para os produtores da informação. Esse
programa poderá ser desenvolvido com ferramentas simples de banco de dados
e o pessoal treinado para o seu preenchimento. Para o padrão do FGDC
existem dezenas de softwares, alguns gratuitos, que podem ser obtidos na
Internet.

Como é necessário conhecer detalhadamente o documento para o qual estão


sendo criados os metadados, esta visão é a que mais se adeqüe a um metadado
consistente.

II.2. Considerações finais sobre a base de apoio temático

Uma afirmação importante que deve ser colocada, principalmente para


esclarecer dúvidas que possam estar surgindo sobre o aspecto de utilização de
uma base cartográfica, é o fato de que este projeto, em relação ao pessoal e
Laboratórios envolvidos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, não tem a
menor pretensão em desenvolver uma base cartográfica do Estado do Rio de
Janeiro, substituindo o trabalho e a competência legal e técnica dos órgãos
gestores da cartografia no Brasil e no Estado.
O único objetivo que se procura no projeto é ter um documento cartográfico de
apoio que permita receber as informações temáticas que estão sendo
trabalhadas, analisadas e geradas, com a precisão que se faz necessária para os
objetivos estabelecidos. Esta sim é a competência técnica a que se reservam os
responsáveis pelo desenvolvimento e apresentação das informações.
O ideal seria que todas as bases e documentos cartográficos fossem aqueles
disponibilizados e validados pelo IBGE ou pelos órgãos gestores do Estado, uma
vez que em termos de Cartografia Digital, a multiplicidade de documentos
cartográficos de apoio, sugeridos como base cartográfica, podem muitas vezes
estabelecer um trabalho suplementar de adequação para a adaptação a outros
documentos.

28
No entanto, em se tratando do Projeto ZEE-RJ, as informações geradas têm
um caráter dinâmico, pois com as alterações sofridas ao longo dos anos dos
aspectos sócio-econômicos, sobre uma base física que pouco se altera, podem
ocorrer mudanças nas delimitações estabelecidas para o zoneamento.
Assim, em um futuro que se espera próximo, a elaboração de bases oficiais
em escalas diferenciadas, precisas e atualizadas, possibilitará que todas as
informações temáticas que venham a ser geradas sejam ajustadas às novas
bases de referência em um processo continuado de monitoramento.

29
III. RECORTES ESPACIAIS DE ANÁLISE

Conforme descrito no relatório referente à Etapa 2, o recorte espacial de


análise para o entendimento dos fluxos que influenciam o estado do Rio de
Janeiro, e que será fruto da análise na escala 1:250.000, engloba todo o sistema
de drenagem que abrange o estado. Para este recorte foi elaborada a Base de
Apoio Temático para o presente projeto (mapa 1), sobre a qual foram definidos os
recortes internos de análise.

III.1. Critérios para Delimitação das Bacias Hidrográficas ou


Sistemas Hidrográficos ( 1:250.000)

Foram utilizados os recortes espaciais de bacias hidrográficas do nível 4 da


Agência Nacional de Águas e as regiões hidrográficas do Estado do Rio de
Janeiro como base para delimitação das bacias e sistemas hidrográficos a serem
analisados nesta escala (mapa 2 e tabela III.1). Não foi possível a utilização direta
destes arquivos vetoriais por terem sido produzidos em outras escalas e não se
adequarem ao modelo digital do terreno gerado a partir do SRTM.
Portanto, a partir do modelo digital de terreno obtido com o SRTM, foram
geradas bacias automaticamente através da ferramenta “Basin”, referente ás
análises hidrológicas do ARCGis 9.2. Porém, este modelo automatizado também
não se ajustou adequadamente, de acordo com a escala 1:250.000, aos recortes
espaciais pretendidos, a partir das avaliações da equipe do projeto. Esta limitação
foi superadas através da geração de curvas de nível com eqüidistância de 100m
a partir do SRTM. Sobre estes layers foram traçadas, através da interpretação
visual e manualmente, os limites das bacias e sistema hidrográficos a serem
utilizados na análise.

30
Tabela III.1 – Bacias e Sistemas Hidrográficos
Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba
Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio Paraitinga
Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba
Bacia do Médio Vale do Paraíba
Bacia do Rio Dois Rios
Bacia do Rio Itabapoana
Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras
Bacia do Rio Muriaé
Bacia do Rio Paraibuna
Bacia do Rio Piabanha
Bacia do Rio Pomba
Bacia do Rio Preto
Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande
Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara e bacias meridionais
adjacentes
Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba
Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia
Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba

III.2. Critérios de Inserção dos Municípios nas Bacias ou Sistemas


Hidrográficos

A classificação dos municípios seguiu, preferencialmente, o critério da


extensão territorial nas diferentes bacias e sistema hidrográficos. Nos casos de
municípios que possuem áreas equivalentes em mais de uma bacia, utilizou-se
como critério de classificação a localização da sede municipal. (Ver Anexo 2: Lista
de Municípios por Bacias e Sistemas Hidrográficos e Mapa: Municípios, Bacias e
Sistemas Hidrográficos).

31
IV. BANCO DE DADOS

O trabalho de construção do banco de dados é um processo que necessita ser


desenvolvido ao longo de todas as etapas do projeto, de modo que sua
formatação final se torne uma ferramenta adequada para a gestão ambiental.
Sendo assim, o banco de dados irá refletir o andamento do projeto desde o seu
início, contemplando informações organizadas e com referencias de autorias,
datas e métodos de obtenção e análise.
A composição deste banco de dados traz uma série de produtos que formarão
um conjunto das ferramentas de análise elaboradas no âmbito do projeto, de
forma que os de produtos para a análise na escala 1:250.000 já foram
elaborados, como demonstra a tabela IV.1.

Tabela IV.1: Produtos Elaborados


Dados Compilação / Geração Integração
organização
Base de Apoio Temático
MDT – SRTM – 1:250.000
Domínios geomorfológicos
Uso do Solo e Cobertura Vegetal
Geohidroecológico
Bacias e Sistemas Hidrográficos
Precipitação
Vazões Médias e Eventos Extremos
Trechos Mais Sujeitos a Inundações
Qualidade do Ar
Qualidade da Água (O2 Dissolvido)
Dados Sócio-econômicos
* a lista completa das variáveis será apresentada
no item VII deste relatório.

32
V. DIAGNÓSTICO GEOBIOFÍSICO - ESCALA 1:250.000

V.1.Metodologia

A metodologia para construção de mapas temáticos geobiofísicos a ser


adotada para a escala 1:100.000 está diretamente relacionada com os mapas
temáticos elaborados na escala 1:250.000, uma vez que vários temas estão
associados a escalas próximas a esta. No decorrer do texto a metodologia será
abordada, em acordo aos produtos de mapeamentos elaborados até o momento,
na escala 1:250.000.

V.1.1. Domínios geomorfológicos (1:250.000)

Obtenção da topografia através de mosaico SRTM 2

A topografia adotada para a construção do modelo digital de elevação (MDE)


ou modelo digital do terreno (MDT) que subsidiou a elaboração do mapa de
domínios geomorfológicos foi extraída de imagens de satélite. Esta topografia foi
extraída de imagens baixadas em composição SRTM-2 - Shuttle Radar
Topography Mission (em formatos *.hgt) diretamente do site da NASA
(http://www2.jpl.nasa.gov/srtm/cbanddataproducts.htm). A partir da aquisição
destas imagens foram realizados os seguintes procedimentos:

• Correção de pixels com valores nulos ou negativos


• Conforme apontado por Barros (2006), foi utilizado para correção destas
inconsistências o aplicativo Blackart, disponibilizado gratuitamente
(TERRAINMAP, 2004).
• Composição do mosaico de elevação

33
• Os modelos foram inseridas no programa GlobalMapper para a
composição do mosaico e exportação no formato GRID para utilização no
ARCGis 9.2.
• Correção de pequenas imperfeições em dados da superfície raster
• O mosaico de elevação foi submetido à ferramenta “Fill” do pacote de
ferramentas para análises espaciais “Hidrology” do ARCGis 9.2.
• Este procedimento foi necessário para que fosse possível gerar modelos
de delimitação de bacias, direção dos fluxos hídricos, acumulação dos fluxos
hídricos, curvas de nível, hipsometria, declividades, orientação das encostas e
etc.

Geração do Índice de Posicionamento Topográfico – TPI (Jennes, 2006)

A partir de um Modelo Digital de Elevação do Terreno (GRID), este índice


classifica formas de relevo de acordo com posicionamento topográfico de pixels
nas encostas. O algoritmo aplicado é simplesmente à diferença entre o valor de
elevação de um determinado pixel e a média de pixels vizinhos; valores positivos
significam que este pixel esta em altitude mais alta e valores negativos que este
pixel está em altitude mais baixa. O quanto este pixel é mais alto ou mais baixo
que seus vizinhos, somado ao seu valor de declividade pode ser utilizado para
classificar seu posicionamento nas encostas. Se for significantemente mais alto
que seus vizinhos, deve estar localizado próximo ao topo ou no topo de uma
montanha; sendo significantemente mais baixo que seus vizinhos, deve estar
localizado próximo ao fundo de vale ou no próprio fundo de vale. Valores
próximos a 0 significam que este pixel pode estar localizado em uma área plana
ou de baixa ou média encosta; valores de declividade podem diferenciá-los
(tabela V.1).
Este índice depende inteiramente da escala utilizada para a análise da
paisagem. Neste caso a escala de análise está relacionada com o número de
pixels vizinhos a ser avaliado, ou por um raio de análise ao pixel avaliado.

34
A figura V.1 ilustra esta discussão; no cenário A o resultado entre as
diferenças do pixel para seus vizinhos é nulo, ao contrário do cenário B onde seus
vizinhos tem altitude menor do que o pixel analisado, portanto o TPI deste pixel é
maior que 0. No último cenário os pixels vizinhos são mais elevados que o pixel
analisado, este terá portanto um TPI menor que 0.

A B C

TPI ~ 0 TPI > 0 TPI < 0

Raio de análise
Pixels vizinhos

Pixel analisado

Figura V.1 - Esquema ilustrativo do índice de posicionamento topográfico (JENNES, 2006)

A elaboração deste procedimento na escala 1:250.000 envolveu as bacias do


rio Paraíba, do rio Itabapoana e o sistema hidrográfico costeiro do Estado do Rio
de Janeiro, sendo utilizados três raios de análise. O procedimento realizado com
estes raios de análise teve como objetivo a identificação de compartimentos de
relevo diferentes: 3 Km para identificação de morros, 10 Km para maciços
elevados e 20 Km para montanhas escarpadas. As classes de posição
topográfica utilizadas estão apresentadas na tabela abaixo e brevemente
descritos em seguida.

35
Tabela V.1 – Associação entre as formas de relevo e os valores de índice de
posicionamento topográfico (TPI).
Classes de
N. Formas de TPI - Padrão Declividade
Relevo
1 Topo ou crista >1 não estabelecida
2 Alta encosta ≤ 1 e >0,5 não estabelecida
3 Média encosta ≤ 0,5 e > 0 > 5º
4 Plano ≤ 0,5 e > 0 ≤ 5º
5 Baixa encosta ≤ 0 e ≥ -1 não estabelecida
6 Fundo de vale < -1 não estabelecida

• TPI – 3 Km: Este resultado foi utilizado para identificar as áreas de fundo
de vale, baixa encosta, áreas planas e morros ou áreas colinosas (média e alta
encosta e topo ou crista). O resultado obtido foi intersectado com o mapa
hipsométrico com o objetivo de identificar áreas de planícies com altitudes
menores ou maiores do que 20m; permitindo uma classificação entre planícies
costeiras e outras.
• TPI – 10 Km: Este resultado foi utilizado para identificar maciços elevados
(média e alta encosta e topo ou crista). As áreas identificadas por este raio de
análise superiores aos 1200m de altitude foram classificadas como montanhas.
• TPI – 20 Km : Este resultado foi utilizado para identificar montanhas e
áreas escarpadas (média e alta encosta e topo ou crista) e foi sobreposto aos
anteriores consolidando o resultado final da aplicação desta ferramenta para
análise.

Cálculo do desnivelamento topográfico e elaboração do Mapa de Relevo

A partir da ferramenta ZonalStats do ARCGis, foram estabelecidos os


desnivelamentos de cada polígono mapeado. Todos os polígonos com desnível
superior a 300m foram classificados como pertencente aos domínios
montanhosos ou de maciços isolados, enquanto àqueles com desnivelamentos
inferiores a 300m foram interpretados e reclassificados como domínios colinosos.

36
A união das classes de polígonos de TPI com os valores de desnivelamento
resultou na confecção do mapa de relevo.

Agrupamento das classes do Mapa de Domínios Geomorfológicos do Estado do


Rio de Janeiro (1:250.000/ ZEE-RJ).

O Mapa de Domínios Geomorfológicos foi realizado a partir da superposição


das classes de relevo com a agregação das categorias existentes no Mapa
Geológico publicado pela CPRM (2000). As classes identificadas representam
processos funcionais geomorfológicos dos diferentes domínios:
• Domínio I (montanhoso/ escarpas/ desnivelamento > 300 m);
• Domínio II (morros elevados/ inselbergs/ desnivelamento > 300 m);
• Domínio III (maciços costeiros/ desnivelamento >300 m);
• Domínio IV (colinas/ desnivelamento < 300 m);
• Domínio V (planícies fluviais / declividades < 5º);
• Domínio VI (planícies flúvio-marinhas / declividades < 5º);
• Dunas, cordões arenosos e restingas;
• Corpos d’água.

Este mapa representa o produto final do geoprocessamento e é base para a


integração com o mapa de vegetação e uso do solo para identificação de
Domínios Geo-hidroecológicos a serem utilizados nas etapas de análises de
vetores de transformação da paisagem em escala de 1:250.000.

37
Superposição do Mapa de Relevo com o Mapa Geomorfológico do estado do Rio
de Janeiro (CPRM)

Com o objetivo de confrontar resultados e validar análises, foi realizado um


cruzamento do resultado final do TPI com o mapa geomorfológico do Rio de
Janeiro (CPRM, 2002). Anteriormente ao cruzamento, foi realizado um
agrupamento de classes no mapa do CPRM em bases funcionais, a partir da
interpretação de processos geomorfológicos predominantes em cada classe
mapeada.
Este cruzamento serviu para validar a metodologia desenvolvida, já que as
classes tiveram grande correspondência espacial, além de contribuir para uma
definição de legendas e alguns ajustes espaciais.

V.1.2. Uso do solo e cobertura vegetal

A elaboração do mapa de uso do solo e cobertura vegetal partiu da


interpretação e classificação de imagens LANDSAT, conforme foi explicado no
item II.3. As unidades estabelecidas neste mapa estão listadas abaixo. Todavia,
tendo em vista a elevada quantidade de classes e a similaridade funcional de
algumas delas, associado ao futuro interesse de superposição ao mapa
geomorfológico, mostrou a necessidade de agrupamento funcional e
simplificação.
• Formações florestais (Florestas + Reflorestamentos);
• Vegetação Secundária Inicial
• Agropasto + Vegetação Secundária Inicial
• Formações Herbáceas (Pastagens + Várzeas + Enclaves de Savanas
Gramíneo-Lenhosas);
• Agricultura;
• Áreas Urbanas;
• Outras Áreas Antrópicas Indiscriminadas;

38
• Mangues;
• Dunas, Cordões Arenosos e Restingas;
• Corpos D'água;
• Não Classificada.

Deste modo, a fim de proporcionar uma simplificação de classes e também


apresentar as principais formações vegetais e se uso do solo, das unidades acima
foram agrupadas as seguintes classes:
• Vegetação Secundária Inicial;
• Agropasto + Vegetação Secundária Inicial e
• Formações Herbáceas (Pastagens + Várzeas + Enclaves de Savanas
Gramineo-Lenhosas).
• Áreas Urbanas;
• Outras Áreas Antrópicas Indiscriminadas.

Áreas não classificadas pelo sensoriamento remoto foram mantidas para


posterior eliminação pelo vizinho de maior perímetro de contato no mapa geo-
hidroecológico. As classes utilizadas para a integração foram:
• Refúgios vegetacionais;
• Formações florestais;
• Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária;
• Agricultura;
• Áreas Urbanas e Outras Áreas Antrópicas Indiscriminadas;
• Mangues;
• Dunas, Cordões Arenosos e Restingas;
• Corpos D'água;
• Não Classificada.

39
V.1.3. Domínios geo-hidroecológicos (1:250.000)

O mapa de domínios geo-hidroecológicos (mapa 18) foi elaborado pela


superposição do mapa de cobertura vegetal e uso do solo com o mapa
geomorfológico. Informações de caráter geomorfológico contidas no mapa de
vegetação e uso do solo foram inseridas no mapa de domínios geomorfológicos.
Neste sentido, dunas, restingas, cordões arenosos e corpos d’água identificados
no sensoriamento remoto foram inseridos no mapa de domínios geomorfológicos.
Devido à necessidade de diminuir o número de classes para possibilitar
análises e ao funcionamento hidroerosivo semelhante no contexto da área de
estudo; os domínios I (montanhoso/ escarpas/ desnivelamento > 300 m), II
(morros elevados/ inselbergs/ desnivelamento > 300 m) e III (maciços costeiros/
desnivelamento >300 m), foram agrupados para a integração com o mapa de
vegetação e uso do solo.
Deste modo, restaram quatro domínios geomorfológicos e duas classes
(dunas, cordões arenosos e restingas e corpos d’água) comuns aos mapas
geomorfológico e de vegetação e uso do solo para serem integradas:
• Domínio I (Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs);
• Domínio II (Colinas);
• Domínio III (Planícies fluviais);
• Domínio IV (Planícies flúvio-marinhas).

Os dois mapas foram integrados com a utilização da ferramenta “Intersect” das


análises de sobreposição espacial do ARCGis 9.2.
Foram geradas, inicialmente, 34 classes. As áreas não classificadas foram
eliminadas, sendo agrupadas no vizinho de maior perímetro de contato, gerando
um mapa com 30 classes. Posteriormente, foram eliminadas as situações
espaciais impossíveis e classes de baixa expressão espacial em relação à área

40
total e aos demais domínios. O resultado da integração contém 20 classes de
domínios geo-hidroecológicos:

• Montanhas, Maciços costeiros, Morros elevados e Inselbergs - Refúgios


vegetacionais;
• Montanhas, Maciços costeiros, Morros elevados e Inselbergs - Formações
florestais;
• Colinas - Formações florestais;
• Planícies fluviais - Formações florestais;
• Planícies flúvio-marinhas - Formações florestais;
• Montanhas, Maciços costeiros, Morros elevados e Inselbergs - Formações
herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária;
• Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária;
• Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação
secundária;
• Planícies flúvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação
secundária;
• Montanhas, Maciços costeiros, Morros elevados e Inselbergs – Agricultura;
• Colinas – Agricultura;
• Planícies fluviais – Agricultura;
• Planícies flúvio-marinhas – Agricultura;
• Montanhas, Maciços costeiros, Morros elevados e Inselbergs - Áreas
urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas;
• Colinas - Áreas urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas;
• Planícies fluviais - Áreas urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas;
• Planícies flúvio-marinhas - Áreas urbanas, Outras áreas antrópicas
indiscriminadas;
• Planícies flúvio-marinhas – Mangues;

41
• Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões arenosos e
restingas;
• Corpos d'água - Corpos d'água.

V.1.4. Emissões de CO2eq

A análise da emissão deste poluente é a única possível para o conjunto do


estado, em função dos dados disponíveis. Estes foram obtidos a partir do
Inventário de emissões de gases de efeito estufa do Estado do Rio de Janeiro,
SEA (2007). Os dados, relativos às regiões do estado, são referentes ao ano de
2005 e estão indicados na tabela V.2.
Com base nestes dados foi produzido o mapa de emissões de CO2 Eq., que
foi elaborado utilizando a GCS/WGS84.

V.1.5. Qualidade do ar

Além das informações sobre CO2eq, foi possível levantar apenas informações
sobre a qualidade do ar na região metropolitana do Rio de Janeiro e realizada
breve análise sobre estas áreas.

Mapa de Bacias Aéreas

A limitação de abrangência da análise é decorrente da existência de dados


somente para algumas porções do estado, onde há definição de Bacias Aéreas.
Os dados relativos às bacias aéreas foram levantados a partir do Relatório Anual
de Qualidade do AR – 2006 – FEEMA (2007). De acordo com este estudo, só há
dados relativos às bacias aéreas para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Os parâmetros utilizados foram SO2, NOx, CO, HC e MP10. As informações
abaixo descritas foram extraídas do relatório da FEEMA.

42
Definição das Bacias Aéreas da RMRJ:

• Bacia Aérea I - com uma área de 730 km2, compreende os distritos de


Itaguaí e Coroa Grande, no município de Itaguaí; os municípios de
Seropédica, Queimados e Japerí e as regiões administrativas de Santa
Cruz e Campo Grande, no município do Rio de Janeiro.
• Bacia Aérea II - com uma área de cerca de 140 km2, envolve as regiões
administrativas de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, no município do Rio de
Janeiro.
• Bacia Aérea III - ocupa uma área de cerca de 700 km2. Abrange os
municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo e Mesquita; os distritos de
Nilópolis e Olinda, no município de Nilópolis; os distritos de São João de
Meriti, Coelho da Rocha e São Mateus, no município de São João de
Meriti; os distritos de Duque de Caxias, Xerém, Campos Elíseos e Imbariê,
no município de Duque de Caxias; os distritos de Guia de Pacobaíba,
Inhomirim e Suruí, no município de Magé e as regiões administrativas de
Portuária, Centro, Rio Comprido, Botafogo, São Cristóvão, Tijuca, Vila
Isabel, Ramos, Penha, Méier, Engenho Novo, Irajá, Madureira, Bangu, Ilha
do Governador, Anchieta e Santa Tereza, no município de Rio de Janeiro.
• Bacia Aérea IV - com área de cerca de 830 km2, abrange parte do
Município de Niterói, além dos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Magé
e Tanguá.

Poluentes Atmosféricos:

A Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA 03, de 28


de junho de 1990, define como poluente atmosférico qualquer forma de matéria
ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou
características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou
possam tornar o ar:
• Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;

43
• Inconveniente ao bem estar público;
• Danoso aos materiais, à fauna e à flora;
• Prejudicial à segurança, ao uso e ao gozo da propriedade e às atividades
normais da comunidade.

Numerosos esquemas de classificação podem ser delimitados para a


variedade de poluentes que podem estar presentes na atmosfera. Podemos
classificar os poluentes de acordo com sua origem em duas categorias:
• Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão.
• Secundários: São aqueles formados na atmosfera como produtos de
alguma reação. Um poluente que está presente na atmosfera reage com
algum outro material, que pode ser um componente natural da atmosfera
ou outro poluente. A reação pode ser fotoquímica ou não.

Podemos classificar, também, de acordo com o seu estado como:


• Gasosos: comportam-se como o ar, uma vez difundidos, não tendem mais
a se depositar.
• Partículas: névoas de compostos inorgânicos e orgânicos sólidos, que
permanecem em suspensão, por períodos mais longos.

A determinação da qualidade do ar está restrita a um grupo de poluentes, quer


por sua maior freqüência de ocorrência, quer pelos efeitos adversos que causam
ao meio ambiente. São eles: dióxido de enxofre (SO2), partículas total em
suspensão (PTS), partículas inaláveis (PI), monóxido de carbono (CO), oxidantes
fotoquímicos expressos como ozônio (O3), hidrocarbonetos totais (HC) e óxidos
de nitrogênio (NOX) (tabela V.2).

44
Tabela V.2: Caracterização dos poluentes quanto à fonte de emissão e efeitos à saúde.
Fonte: Relatório Anual de Qualidade do AR – 2006 – FEEMA (2007).

Fontes de Emissão

As fontes de poluentes do ar são classificadas em três grandes classes:


• Fontes estacionárias – representadas por dois grandes grupos: um
abrangendo atividades pouco representativas nas áreas urbanas, como
queimadas, lavanderias e queima de combustíveis nas padarias, hotéis,
hospitais, tidas usualmente como fontes de poluição não industriais; e outro
formado por atividades individualmente significativas, em vista à variedade
ou intensidade de poluentes emitidos, como a poluição dos processos
industriais.
• Fontes móveis – compostas pelos meios de transporte aéreo, marítimo e
terrestre, em especial os veículos automotores que, pelo número e
concentração, passam nas áreas urbanas a constituir fontes de destaque
frente à outra.
• Fontes naturais – são os processos naturais de emissão caracterizados
pela atividade de vulcões, do mar, da poeira cósmica, do arraste eólico,
etc. (tabela V.3)

45
Tabela V.3: Poluente do ar e respectivas fontes de emissão. Fonte: Relatório Anual de
Qualidade do AR – 2006 – FEEMA (2007).

Em suma, é a interação entre as fontes de poluição e a atmosfera que vai


definir a qualidade do ar. As condições meteorológicas determinam uma maior ou
menor diluição dos poluentes, mesmo que as emissões não variem. Por esse
motivo é que a qualidade do ar é pior durante o inverno, quando as condições
meteorológicas são mais desfavoráveis à dispersão de poluentes.

V.1.6. Levantamento e análise da precipitação 1:250.000

Os dados das séries históricas de chuvas foram obtidos através de um


levantamento feito no Sistema de Informações Hidrológicas da rede de
monitoramento da Agência Nacional de Águas (ANA). O acesso aos dados se deu
através do site Hidroweb (hidroweb.ana.gov.br). Foi encontrado um universo de
849 estações para o recorte de análise do projeto (Estado do Rio de janeiro,
bacias do rio Paraíba do Sul, Itabapoana e Costeiras). Em decorrência da falta de
séries contínuas de longo período amostral, principalmente nos anos recentes,

46
estabeleceu-se um período para análise dos dados de precipitação
correspondente a 1977 a 2000.
Através do auxílio do software Hidro 1.0.8 obteve-se acesso aos dados de
chuva referentes à série analisada. Estes dados apresentam-se como dados
consistidos (passados por refinamento estatístico) e dados brutos. Foi feita uma
relação dos dados disponíveis nessas séries. Priorizando-se os dados
consistidos.
Durante o processo de aquisição dos dados, houve muita dificuldade para
conseguir os mesmos, correspondentes as estações da Secretaria Estadual de
Rios e Lagoas (SERLA), que, em sua maioria, compreendem a região
metropolitana do Rio de Janeiro e não apresentam séries atualizadas no sistema
hidroweb. Por fim, foram recebidos os dados brutos de 15 estações, onde
somente a estação da Capela Mayrink, localizada na Floresta da Tijuca, foi
utilizada, dada a grande quantidade de falhas amostrais das séries de outras
estações.
Os dados de chuvas referentes ao Estado de São Paulo foram obtidos através
da base de dados do Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos
Hídricos do Estado de São Paulo, disponível para download no servidor
www.sigrh.sp.gov.br. A maioria das estações localizadas na área de interesse
iniciou suas operações recentemente e por isso, possuem poucos dados. Desta
forma, foram utilizadas 4 estações desse sistema.
Os dados básicos de precipitação deram origem a um banco de dados, com
valores mensais de precipitação, onde se calculou os valores médios mensais,
acumulado anual, média anual. Foram utilizados histogramas para médias
mensais de chuva.
Frente à obtenção de dados, compôs-se uma tabela em Excel, para o cálculo
com os valores de chuva acumulada, média de chuva mensal, e média de chuva
acumulada para o período amostral de 108 estações. Estações com mais de três
anos de falha nos dados médios anuais não foram incluídas no levantamento. A
partir desses dados, foram confeccionados gráficos de média mensal de chuva

47
para o período anual, período chuvoso e chuva acumulada anual relacionada com
a média acumulada anual.
Elaborou-se uma relação contendo os nomes e códigos das estações
inseridas na série amostral, com os cálculos de chuva acumulada anual, média
dos três meses mais chuvosos, e três meses mais secos, latitude e longitude.
Estes dados foram interpolados através do método de “krigagem”, pelo software
Arcgis e georreferenciados, dando origem a três mapas com isoietas de chuvas.
Os mapas construídos foram referentes a isoietas de média de chuva acumulada
anual, média mensal do período mais chuvoso (dezembro, fevereiro e janeiro) e
média mensal do período mais seco (junho, julho e agosto).

V.1.7. Qualidade de águas fluviais

Os dados relativos à qualidade de águas fluviais foram obtidos a partir de duas


fontes: o sistema Hidroweb (com dados originados pelos órgãos CPRM e
FURNAS) e também os relatórios sobre a qualidade da água na bacia do rio
Paraíba do Sul publicados pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro (1998a;
1998b; 1998c) e pelo MMA (1999) - (relatórios PS-RE-048-R1, PS-RE-062-R0,
PS-RE-026-R3, PPG-RE-013-R0), cujos dados são referentes tanto da
Cooperação França-Brasil quanto da FEEMA. Após a análise, os dados destes
relatórios não foram utilizados, uma vez que as estações de monitoramento da
qualidade de água na bacia do rio Paraíba do Sul apresentavam sobreposição
com as estações do Hidroweb.
Recorte temporal:
• 1992-1996 - dados dos Relatórios da COPPE e da Hidroweb;
• 2002-2007 – dados da Hidroweb;

Recorte espacial das bacias hidrográficas consultadas:


• Rios Itapemirim, Itabapoana (código Hidroweb 57), sendo necessário “clipar”
somente as estações na bacia do rio Itabapoana;

48
• Paraíba do Sul (58);
• Litorâneas (59);

Projeção dos dados: LAT/LONG em SIRGAS2000


Procedimento
• Estações com dados baixados do site Hidroweb;
• Avaliação do banco de dados do Hidro;
• Definição do período de amostragem para cada uma das estações;
• Escolha das estações que atendiam com no máximo 2 anos de falha
amostral para os períodos de 1992-1996 e 2002-2007. Esses dois períodos
foram selecionados, já que o intervalo entre essas séries apresentam grande
falha no registro de dados. Com esses dois períodos, pretendeu-se analisar
a qualidade da água em dois momentos diferentes e com a melhor
consistência de dados possível.
• Definição do posicionamento de cada estação através de SIG;
• Registrou-se o fato de que existem dados de temperatura, pH, condutividade
e oxigênio dissolvido (OD) para a grande maioria das estações, enquanto
outros parâmetros são raramente mensurados nas amostragens de
qualidade de água. Entretanto, chegou-se à conclusão que o parâmetro que
melhor representaria a qualidade da água seria o OD;
• Colagem dos dados em planilha Excel e cálculo estatístico da média, desvio
padrão, máxima e mínima dos parâmetros para cada estação por período
(1992-1996 e 2002-2007). Utilização desses valores para a elaboração de
shapefiles com tabela associada. Foram definidas 37 estações para o
período de 1992-1996 e 104 estações para o período de 2002-2007 que
atendiam aos critérios de escolha. Desse total, apenas 27 eram comuns aos
dois períodos, sendo estas as que foram utilizadas para a análise de
alteração temporal da qualidade da água;

49
• Definiu-se que seria realizada uma análise de alteração da qualidade da
água baseado nas 27 estações que atendiam aos dois períodos. Para isso,
utilizou-se como parâmetro os níveis de OD das 4 classes da CONAMA.
Entretanto, chama-se a atenção que, por mais que tenham sido utilizados os
limites de cada classe CONAMA nº 357/2005 para o oxigênio dissolvido, isto
não implica no fato de que o corpo hídrico, numa determinada estação
fluviométrica, apresentava-se numa classe de uso e apresentou mudança da
classe de enquadramento em virtude das alterações do OD, isto porque as
classes de uso da CONAMA 357/2005 baseiam-se em:
“(...) enquadramento dos corpos de água deve estar baseado não
necessariamente no seu estado atual, mas nos níveis de qualidade que
deveriam possuir para atender às necessidades da comunidade;”

Também define-se na CONAMA 357/2005:


“classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água
necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros;”
“enquadramento: estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água
(classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de
corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo
do tempo;”

Explicado isto, partimos para a classificação da qualidade do água através da


concentração do OD, tendo como critério os seguintes limites apresentados na
tabela V.4:

Tabela V.4: Classificação da qualidade de água de acordo com o OD


Classe [OD para atender à classe (mg/L)
1 Maior ou igual a 6,0
2 Menor que 6,0 e maior ou igual a 5,0
3 Menor que 5,0 e maior ou igual a 4,0
4 Menor que 4,0 e maior ou igual a 2,0
Abaixo de 4 Menor que 2,0

50
Na comparação entre os dois períodos analisados, observou-se que cada
estação apresentou uma das três situações: estabilidade (E) – não mudou de
classe, melhora (M); piora (P) de classe. Isso foi feito tanto para a análise da
concentração média de OD, como também para a concentração mínima de OD.
Através da comparação de todas as alterações de classe que ocorreram, realizou-
se a seguinte valoração das alterações (tabelas V.5 e V.6)

Tabela V.5: Análise temporal da concentração média de OD


Análise dos dados Médios de OD
Classe 1992-1996 Classe 2002-2007 Situação Valor
1 1 E1 4
2 2 E2 3
1 2 P 1-2 2
4 3 M 4-3 1
4 4 E4 0

Tabela V.6: Análise temporal da concentração mínima de OD


Análise dos dados Mínimos de OD
Classe 1992-1996 Classe 2002-2007 Situação Valor
1 1 E1 10
2 2 E2 9
1 2 P 1-2 8
Abaixo de 4 3 M <4-3 7
2 3 P 2-3 6
1 3 P 1-3 5
Abaixo de 4 4 M <4-4 4
4 4 E4 3
2 4 P 2-4 2
1 4 P 1-4 1
Abaixo de 4 Abaixo de 4 E<4 0

51
Para caracterizar o estado atual dos corpos hídricos fez-se apenas a
classificação das estações para o período de 2002-2007 dentre às cinco classes;

V.1.8. Propagação de enchentes

As informações a respeito dos eventos de cheias excepcionais situados no


interior do recorte do projeto foram buscadas em relatórios disponíveis para
download no site do Laboratório de Hidrologia e Estudos do Meio Ambiente
(COPPE - UFRJ), que foram solicitados pelo Governo do Estado do Rio de
Janeiro (1996, 1997, 1998d, 1998e, 1998f) e pela ANA (2002).
Dentre os relatórios consultados, foram selecionados para a extração de
dados os listados a seguir:
• Enchentes e Drenagem Urbana (Sub-regiões A, B e C), Programa Estadual
de Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul - RJ;
• Relatório R-8, TOMO V – Plano Diretor de Drenagem – Janeiro de 1998,
Macroplano de Gestão e Saneamento Ambiental na Bacia da Baía de Sepetiba;
• Relatório Final, Volume I – Plano Diretor, Plano Diretor de Recursos
Hídricos da Bacia do Rio Iguaçu-Sarapuí (Ênfase: Controle de Inundações);
• Diagnóstico da Situação Atual dos Recursos Hídricos, Volume 1, Plano de
Recursos Hídricos para a Fase Inicial da Cobrança na Bacia do Rio Paraíba do
Sul.

Tais relatórios foram executados a partir de diferentes procedimentos


metodológicos. Porém ambos realizam curvas de permanência para o trecho
considerado, onde se relaciona a probabilidade da ocorrência de vazões extremas
ao longo do tempo. Na maioria dos casos tais dados foram plotados em bases
1:50.000 já existentes do IBGE, ou, em alguns casos em bases mais precisas. No
primeiro caso, em especial, foram executados perfis batimétricos os quais foram
amarrados com as réguas linimétricas existentes nas estações consideradas. A
compilação das informações de interesse extraídas desses relatórios foi feita

52
através de vetorização no software ArcGIS 9.2 dos trechos sujeitos a inundações
representados nos mapas contidos nesses relatórios sobre a base hidrográfica na
escala 1:250.000 a qual faz parte do conjunto de arquivos da base espacial do
projeto. Tais dados foram plotados no Mapa de Propagação de Enchentes.
Um dos problemas encontrados na execução deste procedimento foi o
desaparecimento de alguns canais com trechos sujeitos a inundação na
passagem das escalas das fontes dos dados para a escala de trabalho. Neste
caso, estes trechos não puderam ser representados.
Outro problema diz respeito à disponibilidade de dados, pois não foram
encontradas informações para a porção referente à bacia do rio Itabapoana e, no
caso da porção relativa às bacias costeiras, foram encontradas apenas
informações para as bacias do rio Iguaçu-Sarapuí e da Baía de Sepetiba.
De um modo geral, considera-se que as informações encontradas foram
poucas, frente ao recorte espacial abordado no projeto. Em ambos os relatórios
observa-se o ajuste dos estudos à existência de séries históricas completas de
poucas estações de vazão, sendo os dados coletados com a SERLA ou com a
ANA.

V.1.9. Caracterização das vazões

A análise aqui proposta, em escala 1:250.000, objetiva alcançar uma visão


geral da capacidade de vazão dos principais rios considerados na área recorte do
ZEE-RJ, sejam eles: Rio Paraíba do Sul e seus principais afluentes, Rio
Itabapoana e Rios costeiros, como os Rios Macaé e São João.
Foram consideradas 43 estações de vazão na área recorte sendo 40
adquiridas no site Hidroweb da Agência Nacional de Águas (centralizando
estações próprias e ainda de FURNAS e da CPRM) e 3 estações do DAEE-SP,
adquiridas no site do próprio departamento. Os critérios de escolha das estações
foram sua localização nos principais cursos da água da área estudada e seu
enquadramento no período amostral de 1997 a 2000, com dados já consistidos e

53
sem falhas amostrais. Tal período foi o mesmo considerado para o estudo de
pluviometria neste relatório. Os dados foram obtidos em m³/s e são relativos à
vazão total diária de uma dada estação.
Para uma análise geral das vazões nos principais cursos da água, foram
considerados os parâmetros de vazão média das médias para cada estação,
vazões mínimas e máximas diárias absolutas da série amostral, vazão média
específica, vazão específica dos meses de Janeiro e Junho e, ainda, para as
estações selecionadas nos canais mais representativos, são representadas
vazões médias mensais plotadas conjuntamente com mínimas e máximas diárias
absolutas, para cada mês dentro da série amostral.
As vazões médias das médias são obtidas a partir das médias gerais dos
dados diários da estação. Quando comparados com outras estações, tais dados
podem demonstrar somente áreas com maior e menor vazão média na série
amostral, em dados absolutos, ao passo que para este cálculo não é considerada
a área de drenagem da bacia. A plotagem dos dados médios foi feita
conjuntamente com os eventos mínimos e máximos absolutos da série histórica,
possibilitando uma análise qualitativa da amplitude de carga de vazão de cada
estação que está contida nos gráfico e no mapa de vazões médias (Q-Máximas e
Q-Mínimas). Considerando as datas de eventos extremos, pode-se obter uma
análise da propagação de vazões extremas dentro de um mesmo canal.
A vazão específica representa melhor que a vazão média a capacidade de
carga de cada bacia, pois pondera a vazão a partir da divisão do valor de vazão
média pela área da bacia. Os dados de soma das vazões médias mensais
permitem uma comparação com os dados mensais de pluviometria e demonstram
que, em sua maioria, janeiro representa o mês de maior vazão média e Julho o
mês de menor vazão média. Desta forma foram calculadas as vazões específicas
destes dois meses para cada estação, com objetivo de apresentar o efeito de
sazonalidade, e foram plotadas conjuntamente com os dados de vazão específica
em gráfico (Q-específico: média, janeiro e julho) e no respectivo mapa de
plotagem destes dados. Para as estações mais representativas, principalmente ao

54
longo do Rio Paraíba do Sul e de seus principais afluentes, ainda foram
elaborados gráficos de vazão média para todos os meses, com plotagem das
máximas e mínimas diárias absolutas para cada mês.
Na próxima fase de execução do projeto serão considerados parâmetros de
regionalização de vazão com a utilização de todas as estações da área de
estudos, assim como contido no Diagnóstico e Prognóstico do Plano de Recursos
Hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul (COPPETEC, 2002).

55
VI. RESULTADOS

VI.1. Emissões de CO2eq

As emissões de CO2eq de três regiões do Estado do Rio de Janeiro


(Metropolitana, Médio Paraíba e Norte Fluminense) correspondem a cerca de
90% das emissões totais do estado (mapa 4). A Região Metropolitana é
responsável por mais da metade de todas as emissões do estado, enquanto o
Médio Paraíba por cerca de 28% e o Norte Fluminense por pouco mais de 10%
(tabela VI.1).
Na Região Metropolitana, o setor que mais contribui é o de transportes,
responsável por 41% de todas as emissões dessa área. Já no Médio Paraíba é o
setor industrial (81%), que é bastante importante para a economia regional. No
Norte Fluminense, o setor energético é responsável por 76% das emissões, em
função da existência de termoelétricas importantes.
Todas as outras regiões do estado apresentam importância global reduzida
em relação à emissão de CO2eq, sendo que nenhuma delas ultrapassa 3,5% do
total emitido. Além disso, nas demais regiões, as emissões são mais equilibradas
entre os setores, com exceção da Baía de Ilha Grande, onde 41% das emissões
são ligadas ao setor energético, fato decorrente do consumo das usinas nucleares
de Angra. Além deste, na região serrana, o setor industrial (33%) e o de
transportes (32%) são as principais fontes, com um importante predomínio sobre
os demais.

56
Tabela VI.1: Emissões de CO2eq por região do Estado do Rio de Janeiro. Fonte: Inventário
de emissões de gases de efeito estufa do Estado do Rio de Janeiro (2007).
Região Emissão de CO2eq (Gg) (%)
Metropolitana 19.742,0 51,8
Médio Paraíba 10.741,3 28,2
Norte Fluminense 4.035,3 10,6
serrana 1.280,6 3,4
Baixadas Litorâneas 1.156,6 3,0
Centro-Sul 464,7 1,2
Baía de Ilha Grande 382,9 1,0
Noroeste Fluminense 311,6 0,8
TOTAL 38.115,0 100,0

VI.2. Dados de Poluição do Ar nas Bacias Aéreas

Uma análise do mapa com a taxa de material particulado por cada uma das
três bacias aéreas definidas (mapa 5), que abrange, basicamente, a Região
Metropolitana, permite perceber uma maior concentração na zona industrial
existente no município de Itaguaí e no bairro de Santa Cruz, município do Rio de
Janeiro. Nesta porção, denominada Bacia Aérea I, esta taxa atinge 5900 ton/ano.
Na Bacia Aérea II, onde está o grande aglomerado urbano da cidade do Rio de
Janeiro, esses valores são menores, atingindo 2500 ton/ano, enquanto na Bacia
Aérea IV, do outro lado da Baía de Guanabara, também área de aglomerado
urbano denso, este valor é ainda menor. A Bacia localizada na área litorânea da
cidade do Rio de Janeiro, basicamente contida nos bairros da Barra da Tijuca e
Recreio dos Bandeirantes, apresenta os menores valores (tabela VI.2).
Três outros parâmetros analisados no trabalho da FEEMA têm comportamento
semelhante, com maior concentração de emissão na Bacia I e Bacia III, sendo
que SO2 e HC estão basicamente restritos a essas áreas.

57
As informações relativas à intensidade e direção de ventos e sobre os
registros diários da qualidade do ar não foram aqui analisadas em decorrência da
falta de disponibilidade dos dados.

Tabela VI.2: Emissão de poluentes por bacia aérea (1000 ton/ano). Fonte: Relatório Anual de
Qualidade do AR – 2006 – FEEMA (2007).

VI.3. Análise da Precipitação 1:250.000

O mapa de precipitação média anual (mapa 6) destaca as áreas altas do


recorte territorial como aquelas com maior média pluviométrica, em função,
basicamente, do efeito orográfico. Nesse contexto, destaca-se a serra da
Bocaina, na costa Sul Fluminense, o alto da serra da Mantiqueira, no divisor de
águas que define as bacias e sistemas hidrográficos que drenam o estado do Rio
de Janeiro, e a serra do Mar, próximo ao litoral. Nestas duas últimas áreas há
porções do terreno com médias superiores a 2.200 mm de precipitação, como a
estação da Represa do Paraíso, que alcança 2.480 mm de precipitação média
(anexo 3). A proximidade das frentes úmidas provenientes do Atlântico também
ajuda a explicar a maior quantidade de precipitação no litoral. Além destes pontos
extremos, nessas áreas elevadas predominam condições de precipitação em
torno de 2000 mm.

58
Nas porções inferiores, onde o efeito das chuvas orográficas é pouco
significativo, mesmo no litoral há menor índice pluviométrico, apesar das médias
mensais serem ainda bastante significativas.
Já no Vale do Rio Paraíba do Sul a situação é distinta, com uma grande parte
da região com médias anuais entre 1000 e 1300 mm e uma pequena área
apresentando média entre 700 e 1000 mm, este último um valor
significativamente menor no que diz respeito aos processos relacionados à
agricultura e ao desenvolvimento florestal. Esta mesma média anual é encontrada
no extremo leste da área de estudo, na região denominada Norte Fluminense.
Entretanto, a média anual é um dado que deve ser observado associado ao
conhecimento da distribuição da precipitação ao longo do ano, pois períodos
prolongados de seca ou altas taxas de precipitação concentradas são fatores
relevantes para a determinação de potencialidades e restrições ambientais.
Assim, foi produzida uma análise da precipitação para os períodos secos e
úmidos, visando entender essa dinâmica climática.
Ao observar o mapa de precipitação média para os três meses mais chuvosos
(mapa 7), observou-se que há maiores valores no alto da serra da Mantiqueira,
que teve precipitação média maior que 300 mm, na costa Sul Fluminense, em
particular na serra da Bocaina (serra do Mar), na serra dos Órgãos (serra do Mar)
e Região dos Lagos. Porém, mesmo no vale do Paraíba do Sul as médias
encontradas são relativamente altas. A única exceção é, novamente, o extremo
leste do recorte territorial, onde a média de precipitação é a mais baixa (entre 60 e
100 mm/mês). Já observando o mapa dos três meses mais secos (mapa 8),
destacou-se o Vale do Paraíba do Sul, particularmente o seu baixo curso, com
uma faixa seca média entre 0-20mm para o período, o que demonstra um regime
sazonal marcante. O mesmo ocorre com o extremo norte do recorte analisado, já
no estado de Minas Gerais, parte alta das cabeceiras que drenam a parte norte
do estado do Rio de Janeiro. Vale ressaltar a região litorânea, que apresenta uma
média pluviométrica relativamente alta, reduzindo-se o efeito do período de seca,
em comparação com as outras áreas. Todas as demais áreas do recorte,

59
inclusive o extremo leste da área estudada, tiveram valores entre 20 e 60mm de
média mensal no período seco.

VI.4. Análise de Vazões

VI.4.1. Vazões médias

A tabela VI.4 traz as vazões médias e o mapa correspondente (mapa 9), assim
como o gráfico apresentado na figura VI.1, permitem comparar a vazão média ao
longo dos rios e seus respectivos dados máximos e mínimos absolutos. Neste
caso, destacam-se as estações ao longo da calha do rio Paraíba do Sul que,
apesar de terem médias mais elevadas, possuem amplitude menor que as
demais, localizadas em bacias com menor vazão. Exceção se faz à estação de
Pindamonhangaba, com vazão extremamente reduzida, pelo fato de ser a
primeira estação analisada a jusante da barragem de Santa Branca.
Outra observação pode ser feita sobre as estações Itatiaia e Paraíba do Sul
(RN), ambas no rio Paraíba do Sul. A primeira possui uma vazão média maior que
a segunda, mesmo estando a montante, pelo motivo de haver uma transposição
de parte da água do Paraíba do Sul, na altura do município de Barra do Piraí.
Em se tratando dos tributários do rio Paraíba do Sul, observa-se que as
estações localizadas na sua margem esquerda, nos rios Paraíbuna, Preto, Pomba
e Muriaé possuem maior amplitude relacionando dados médios e mínimos diários,
do que as bacias localizadas na margem esquerda do rio Paraíba do Sul, que
apresentam a característica inversa, ou seja, uma maior amplitude dos dados
máximos diários em relação aos dados médios. Para o primeiro casos, podem-se
citar as estações de Zelinda no rio Preto e Chapéu d’Uvas no rio Paraíba do Sul e
para o secundo caso pode-se citar as estações de Pedro do Rio e Moura Brasil,
ambas no rio Piabanha. Tal característica pode ser explicada devido ao fato de os
tributários da margem esquerda do rio Paraíba do Sul drenarem compartimentos

60
mais montanhosos do que os rios aqui considerados como margem direita, que
estão localizados, em sua maioria, em áreas de colina ou baixada. O mesmo
pode ser observado com relação às estações localizadas nas bacias do
Itabapoana, que drena um compartimento montanhoso, em relação às bacias
costeiras, como a do Macaé, por exemplo, quando drenam compartimento
colinosos ou de baixadas.
Outra análise possível é a propagação das vazões extremas ao longo da calha
dos rios, a partir da observação das datas correspondentes às chuvas de maior
vazão. Para isto escolheram-se 19 estações ao longo das calhas dos principais
rios. Porém, tomando-se como base apenas a indicação das datas de maior
vazão absoluta não é revelada relação direta entre propagação de vazões.
Tomando-se como exemplo as máximas das estações Paraíba do Sul RN e São
Fidelis, respectivamente no Rio Paraíba do Sul, no dia 26/01/1985 e ainda as
estações Bicuiba, no Rio Gloria, no dia 28/01/1985 e no Rio Santa Cruz, na Bacia
do Itabapoana, no dia 20/01/1985, percebe-se que a resposta às vazões estaria
mais ligada à distribuição de algum evento extremo de chuva na porção Nordeste
do Estado do que à propagação de vazões na calha do Paraíba do Sul, o que
explicaria a mesma data para vazões extremas em diferentes bacias ou em
diferentes compartimentos da mesma bacia.
Para o caso da calha do rio Paraíba do Sul, tomando-se como base a vazão
máxima da estação de Cruzeiro em 04/01/2000, observa-se na estação de Itatiaia
no dia 08/01/2000 uma variação da vazão de 200 m³/s no início do mês, que é
próximo à média, para 779 m³/s, que é próximo ao dado máximo desta estação,
lembrando que esta resposta lenta pode estar ligada ao fato de as estações de
Cruzeiro e Itatiaia estarem separadas pela barragem do Funil. Tal crescimento da
carga de vazão é representado na estação de Paraíba do Sul (RN), a montante
da desembocadura do rio Preto ainda no dia 04/01/2000, quando a vazão passa
de 286 m³/s no início do mês, que é próximo à média, para 1234 m³/s, bem
próximo à vazão máxima. Na estação Anta, já a jusante da desembocadura do rio
Preto, a vazão passa de 286 m³/s no início do mês, que é próximo à média, para

61
1234 m³/s ainda no dia 04/01/2000. Na estação São Fidelis a vazão passa de 624
m³/s no início do mês, um pouco abaixo da média para 2960m³/s, no dia
05/04/2000. Por fim, na estação Campos, que representa a foz do rio Paraíba do
Sul a vazão passa de 734 m³/s no início do mês, um pouco abaixo da média para
3075 m³/s, que é inferior a máxima de 5739 m³/s em 7/1/1997, porém, a vazão
pode ter sido amortecida pelo fato de a área de captação ser muito grande neste
compartimento da bacia. A mesma relação é observada tomando-se outras datas
de chuvas extremas como base.
É importante ressaltar, porém, que aparentemente há uma resposta muito
rápida por parte da foz do rio Paraíba do Sul em relação ao aumento de vazão do
rio Muriaé, que drena a serra da Mantiqueira na parte Nordeste do estado, com
foz muito próxima a foz do rio Paraíba do Sul. Em 04/01/1997 ocorre a vazão
absoluta máxima na estação Itaperuna, no rio Muriaé, que também é anotada
pouco a montante, na estação patrocínio do Muriaé, onde a vazão chega a 600
m³/s no mesmo dia, muito próximo a vazão máxima absoluta. Tal ampliação da
vazão culmina na anotação da vazão máxima para a série amostral na foz do rio
Paraíba do Sul no dia 07/01/1997 da ordem de 5739m³/s. Tal efeito não é
observado nas estações do rio Paraíba do Sul que estão a montante da foz do rio
Muriaé para o mesmo ano, o que indica que esta ampliação da vazão pode estar
relacionada a chuvas localizadas na parte Nordeste do Estado.

VI.4.2. Vazões específicas

A tabela VI.4, o mapa 10 e o gráfico apresentado na figura VI.2 demonstram


as vazões específicas dos meses mais úmidos e mais secos da série amostral,
respectivamente janeiro e julho. Tal amostragem representa melhor a realidade
da bacia em relação a sua capacidade de vazão, pois é o resultado da divisão
entre vazão e área de captação relativa à estação.
No gráfico e no mapa equivalente observa-se que as estações relativas ao rio
Paraíba do Sul estão entre as estações com vazões específicas mais baixas e

62
com boa amplitude entre os meses seco e úmido, excetuando-se aquelas
estações que estão sob a influência de barragens, como Guaratinguetá, Cruzeiro
e Itatiaia, onde demonstra-se uma variação Sazonal muito pequena. Há também
uma marcada diferença entre as vazões específicas das estações localizadas nas
margens direita e esquerda do rio Paraíba do Sul, porém tal diferença parece
estar muito mais ligada ao regime de chuvas do que a área da bacia. Tomando-se
como exemplo as estações de Chapéu d’Uvas, no rio Paraibuna e Correntezas,
no rio São João, as duas possuem áreas muito próximas, respectivamente
367km² e 404km² porém vazões específicas muito diferentes, respectivamente
0.0203 M³/s/km² e 0.0389 M³/s/km². Quando observam-se os mapas de
precipitação média anual para o mesmo período amostral, neste relatório,
percebe-se que, na maioria dos casos, uma maior vazão específica é controlada
por uma maior concentração de chuvas, como é o caso dos rios que drenam a
margem direita do Médio Vale do rio Paraíba do Sul, especificadamente as
estações localizadas nas cabeceiras do rio Preto neste estudo e também nas
estações localizadas entre os rios Muriaé, Piabanha, Grande, Macaé, São João e
Macabu, coincidentes a área de concentração de chuvas a nordeste da Bahia de
Guanabara. Tal efeito é mais aparente em Janeiro, quando há amplitudes
maiores, devido a Maior concentração de chuvas fortes, do que em Julho, onde
as chuvas ficam mais esparsas e homogêneas em toda a área, havendo menor
diferença de vazão específica entre as estações neste mês.

VI.4.3. Vazões e trechos susceptíveis a inundações.

Comparando-se os mapas gerados de vazão média e vazão específica com o


mapa gerado a partir da coleção de dados de trechos susceptíveis a inundações
(mapa 11) são poucas as relações observáveis. A série de áreas identificadas
como alagáveis na calha do rio Paraíba do Sul, a montante da foz dos rios
Preto/Paraibuna não apresenta relação com os dados de vazão média ou com as
áreas de maior precipitação mensal. Quanto aos rios Iguaçu e Sarapuí,

63
localizados nas bacias costeiras, e que são demonstrados como áreas com
grande incidência de trechos susceptíveis a inundações, não é possível
estabelecer comparação com os dados deste relatório, pois não obteve-se acesso
aos dados de vazão das estações controladas pela SERLA/RJ.
Pode-se traçar um paralelo entre as áreas identificadas como susceptíveis a
inundação e os dados de vazão média e específica gerados neste relatório em
dois casos: na bacia do rio Muriaé que drena a serra da Mantiqueira na porção
Leste do Estado, quando foram analisados os dados de vazão média, máxima e
mínima observou-se uma rápida resposta a eventos extremos de chuva o que
pode facilitar os alagamentos. No caso das bacias da margem esquerda, sejam
elas dos rios Piabanha e Negro observou-se altas taxas de vazão específica,
relativas à concentração de chuvas nesta zona, principalmente nos meses de
verão. Uma amplitude de relevo relativamente baixa associada a grandes aportes
de chuva na estação chuvosa explicariam as áreas susceptíveis a inundações.

64
Tabela VI.4: Vazão média obtida a partir dos valores diários médias, máxima e mínima extraídas da série temporal de 1977 a 2000.
Também apresenta os valores de Vazão Específica Média dos meses de janeiro e de julho.
CÓDIGO ÁREA Q-MÉD Q-MÁX Q-MÍN Q-ESPEC Q-E-JAN Q-E-JUL
NOME DA ESTAÇÃO RIO BACIA HIDROGRÁFICA AGÊNCIA
ESTAÇÃO (KM²) M³/S M³/S M³/S M³/S/KM² M³/S/KM² M³/S/KM²

58060000 PONTE ALTA 1 RIO PARAIBUNA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 276 8.5608 509.00 2.2300 0.0310 0.0453 0.0211
1D-008 PINDAMONHAMGABA RIO DO PINHÃO RIO PARAIBA DO SUL DAEE/SP 81 0.8220 20.75 0.0300 0.0101 0.0169 0.0054
2D-006 GUARATINGUETÁ RIO PARAIBA DO SUL RIO PARAIBA DO SUL DAEE/SP 10696 150.0408 399.89 67.1800 0.0140 0.0169 0.0140
2D-005 CRUZEIRO RIO PARAIBA DO SUL RIO PARAIBA DO SUL DAEE/SP 12075 214.5422 809.09 77.7200 0.0178 0.0215 0.0161
58242000 ITATIAIA RIO PARAIBA DO SUL RIO PARAIBA DO SUL ANA/FURNAS 13494 206.4390 925.00 70.7000 0.0153 0.0172 0.0136
58380001 PARAIBA DO SUL-RN RIO PARAIBA DO SUL RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 19300 169.7487 1450.00 27.6000 0.0088 0.0140 0.0058
58630002 ANTA (ANTA G) RIO PARAIBA DO SUL RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 30579 392.1823 2710.00 126.0000 0.0130 0.0214 0.0081
58880001 SAO FIDELIS (PCD INPE) RIO PARAIBA DO SUL RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 46731 653.7347 5146.00 124.0000 0.0144 0.0250 0.0087
CAMPOS-PONTE
58974000 MUNICIPAL RIO PARAIBA DO SUL RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 55500 782.6894 5739.00 197.0000 0.0146 0.0259 0.0083
58530000 PONTE DO SOUZA RIO PRETO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 299 12.6736 190.00 2.5000 0.0426 0.0784 0.0212
58535000 ZELINDA RIO PRETO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 412 16.6666 182.00 0.0280 0.0411 0.0770 0.0208
58550001 RIO PRETO RIO PRETO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 1804 54.2676 516.00 14.1000 0.0302 0.0521 0.0171
58470000 CHAPEU D'UVAS RIO PARAIBUNA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 367 7.4520 58.60 0.2500 0.0203 0.0266 0.0175
58480500 JUIZ DE FORA-JUSANTE RIO PARAIBUNA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 981 21.5649 247.00 7.7000 0.0225 0.0367 0.0147
58500000 USINA BRUMADO RIO BRUMADO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 142 3.1030 39.40 0.8090 0.0219 0.0347 0.0155
58516500 FAZENDA SANTO ANTONIO RIO DO PEIXE RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 2238 48.1051 382.00 12.3000 0.0219 0.0374 0.0134
58512000 TORREOES RIO DO PEIXE RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 1711 37.0111 279.00 11.4000 0.0216 0.0343 0.0144
58520000 SOBRAJI RIO PARAIBUNA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 3645 77.5183 591.00 23.8000 0.0217 0.0354 0.0139
58755000 RIO NOVO (PCD INPE) RIO NOVO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 798 17.1580 137.00 1.9000 0.0221 0.0367 0.0151
58730001 PENTAGNA RIO BONITO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 1642 34.4714 325.00 0.1500 0.0217 0.0374 0.0134
58735000 ASTOLFO DUTRA RIO POMBA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 2342 39.9900 338.00 12.4000 0.0177 0.0314 0.0109
58770000 CATAGUASES (PCD INPE) RIO POMBA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 5858 91.3050 1145.00 14.9000 0.0163 0.0301 0.0090
58790000 SANTO ANTONIO DE PÁDUA RIO POMBA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 8245 123.9223 2094.00 28.5000 0.0159 0.0304 0.0087
58916000 BICUIBA RIO GLORIA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 395 10.0967 95.20 2.2800 0.0266 0.0490 0.0117
58930000 CARANGOLA RIO CARANGOLA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 768 13.5479 333.00 1.0800 0.0189 0.0390 0.0081
58920000 PATROCINIO DO MURIAE RIO MURIAE RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 2659 47.7619 657.00 2.3400 0.0188 0.0360 0.0083
58940000 ITAPERUNA RIO MURIAE RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 5812 79.1303 1383.00 5.7600 0.0144 0.0292 0.0063
58405000 PEDRO DO RIO RIO PIABANHA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 413 13.0777 790.00 4.1000 0.0317 0.0382 0.0079

65
58440000 MOURA BRASIL RIO PIABANHA RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 2049 37.2477 790.00 4.1000 0.0182 0.0382 0.0079
58857000 ALDEIA-RV RIO NEGRO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 340 10.1258 165.00 1.4200 0.0303 0.0458 0.0203
58870000 BARRA DO RIO NEGRO RIO NEGRO RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 1123 11.4279 215.00 1.8000 0.0109 0.0218 0.0057
58825000 PONTE EST. DN MARIANA RIO GRANDE RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 235 7.5732 212.00 1.4000 0.0342 0.0664 0.0160
58827000 BOM JARDIM RIO GRANDE RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 556 14.5648 221.00 3.1900 0.0277 0.0534 0.0136
58850000 PIMENTEL RIO GRANDE RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 1816 32.6314 483.00 7.1800 0.0190 0.0359 0.0095
59100000 MACABUZINHO RIO MACABU RIO PARAIBA DO SUL ANA/CPRM 626 9.2589 145.00 1.5600 0.0154 0.0265 0.0069
57700000 CAIANA RIO SAO JOAO RIO ITABAPOANA ANA/CPRM 447 7.0445 116.00 1.7000 0.0158 0.0311 0.0087
57830000 PONTE DO ITABAPOANA RIO ITABAPOANA RIO ITABAPOANA ANA/CPRM 2854 45.6570 636.00 7.7200 0.0160 0.0325 0.0083
57930000 SANTA CRUZ RIO ITABAPOANA RIO ITABAPOANA ANA/CPRM 3781 57.3272 434.00 12.5000 0.0152 0.0290 0.0081
RIOS MACAE,SAO
59135000 PILER RIO BONITO JOAO ANA/CPRM 75 3.3889 35.40 0.4740 0.0464 0.0761 0.0264
RIOS MACAE,SAO
59125000 GALDINOPOLIS RIO MACAE DE CIMA JOAO ANA/CPRM 101 4.0840 64.80 1.2500 0.0422 0.0789 0.0218
RIOS MACAE,SAO
59120000 MACAE DE CIMA RIO MACAE DE CIMA JOAO ANA/CPRM 67 2.7013 49.80 0.5530 0.0417 0.0721 0.0219
RIOS MACAE,SAO
59240000 PARQUE RIBEIRA RIO MACACU JOAO ANA/CPRM 287 10.9631 230.00 1.5700 0.0394 0.0617 0.0225
RIOS MACAE,SAO
59180000 CORRENTEZAS RIO SAO JOAO JOAO ANA/CPRM 404 15.4667 288.00 0.4790 0.0389 0.0604 0.0224

66
Tabela VI.5: Datas das máximas diárias e valores absolutos durante a série temporal de 1977 a 2000.
CÓDIGO ESTAÇÃO RIO Q MÁXIMA DATA
2D-005 CRUZEIRO RIO PARAÍBA DO SUL 214,5422 809,09 4/1/2000
58242000 ITATIAIA RIO PARAÍBA DO SUL 206,4390 925,00 30/3/1991
58380001 PARAÍBA DO SUL-RN RIO PARAÍBA DO SUL 169,7487 1450,00 26/1/1985
58630002 ANTA (ANTA G) RIO PARAÍBA DO SUL 392,1823 2710,00 17/1/1978
58880001 SAO FIDÉLIS (PCD INPE) RIO PARAÍBA DO SUL 653,7347 5146,00 26/1/1985
58974000 CAMPOS-PONTE MUNICIPAL RIO PARAÍBA DO SUL 782,6894 5739,00 7/1/1997
58530000 PONTE DO SOUZA RIO PRETO 12,6736 190,00 3/1/2000
58535000 ZELINDA RIO PRETO 16,6666 182,00 12/1/1978
58550001 RIO PRETO RIO PRETO 54,2676 516,00 22/11/1996
58755000 RIO NOVO (PCD INPE) RIO NOVO 17,1580 137,00 25/1/1992
58735000 ASTOLFO DUTRA RIO POMBA 39,9900 338,00 25/1/1992
58790000 SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA RIO POMBA 123,9223 2094,00 7/2/1979
58916000 BICUÍBA RIO GLÓRIA 10,0967 95,20 28/1/1985
58920000 PATROCÍNIO DO MURIAÉ RIO MURIAÉ 47,7619 657,00 5/2/1979
58940000 ITAPERUNA RIO MURIAÉ 79,1303 1383,00 4/01/1997
58827000 BOM JARDIM RIO GRANDE 14,5648 221,00 29/1/1977
58850000 PIMENTEL RIO GRANDE 32,6314 483,00 7/02/1979
57700000 CAIANA RIO SÃO JOÃO 7,0445 116,00 13/11/1981
57930000 SANTA CRUZ RIO ITABAPOANA 57,3272 434,00 20/1/1985

67
Q (1997-2000) MÉDIAS, MÁXIMAS E MÍNIMAS

10000,00

1000,00

100,00
m³/s

10,00

1,00

0,10

0,01

Estações

Figura VI. 1 - Gráfico de vazões médias, máximas e mínimas (absolutas diárias). Ps: rio Paraíba do Sul; RP: rio Preto; PRBN: rio
Paraibuna; POM: rio pomba; MUR: rio Muriaé; PIA: rio Piabanha; NEG: rio Negro; RG: rio Grande; MCB: rio Macabu, ITAB: rio
Itabapoana; MCE: rio Macaé.

68
Q_ESPECÍFICO(1997-2000) MÉDIA, JANEIRO e JULHO

0,100
m³/s/km²

0,010

0,001

Estações

Figura VI. 2 - Gráfico de vazões específicas médias e de janeiro e julho (meses úmido e seco, respectivamente). Ps: rio Paraíba
do Sul; RP: rio Preto; PRBN: rio Paraibuna; POM: rio Pomba; MUR: rio Muriaé; PIA: rio Piabanha; NEG: rio Negro; RG: rio
Grande; MCB: rio Macabu, ITAB: rio Itabapoana; MCE: rio Macaé.

69
VI.5. Qualidade da Água

Além das análises quantitativas, entender a qualidade da água que é drenada


para o estado do Rio de Janeiro é essencial para a definição de potencialidades e
restrições ambientais nas diferentes áreas.
Para o presente projeto esta análise se restringiu à concentração de oxigênio
dissolvido, pois foram os dados que estavam disponíveis para o conjunto do
estado, com exceção da região metropolitana, como apresentado nos anexos 4 e
5. Para esta área, não foi possível realizar este tipo de análise para as estações
fluviométricas por carência de dados com disponibilidade de acesso e que
atendessem aos recortes temporais estipulados.
As análises das concentrações médias de oxigênio dissolvido (OD) para o
período de 2002-2007 (mapa 12) apontam que a maioria das estações encontra-
se na classe 1 (OD ≥ 6 mg/L). Apenas nove estações enquadram-se na classe 2
(5 ≤ OD < 6 mg/L), estando localizadas tanto na bacia do rio Paraíba do Sul
quanto na bacia do rio Itabapoana. A estação de Conselheiro Paulino, no
município de Nova Friburgo/RJ (Código 58832000), na bacia do rio Dois Rios,
afluente do rio Paraíba do Sul, apresenta baixa concentração média de OD, com
valor de 4,76 mg/L, que a define como uma estação de classe 3 (4 ≤ OD < 5
mg/L). A estação que apresenta dados médios mais críticos é a estação
fluviométrica localizada à jusante de Juiz de Fora/MG (Código 58480500), na
bacia do rio Paraibuna, afluente do rio Paraíba do Sul, com concentração de 2,73
mg/L. Na região metropolitana do Rio de Janeiro não foram encontrados dados
compatíveis com o mesmo recorte temporal, por isso não são apresentadas
estações nessa área.
Para a análise de situações mais críticas foram utilizados os dados mínimos
de OD para o período de 2002-2007 (mapa 13). Foi possível observar que muitas
estações que se apresentavam como classe 1 ou 2 na análise das médias
acabaram apresentando momentos de baixa concentração de OD, chegando

70
inclusive a atingir valores da classe 4 (2 ≤ OD < 4 mg/L). As estações de Santa
Branca (Código 58099000), Jacareí SAEE (58110002) e Pindamonhangaba
(58183000) são as que apresentaram menores valores mínimos de OD na porção
paulista da bacia do rio Paraíba do Sul, sendo enquadradas como classe 4 (2 ≤
OD < 4 mg/L) As águas destas bacias drenam para o estado do Rio de Janeiro.
Já na porção fluminense da bacia deste mesmo rio as estações de Resende
(58250000), Conselheiro Paulino (58832000) e Itaperuna (58940000) também
apresentaram concentrações mínimas de OD compatíveis com esta mesma
classe.
Chama a atenção o fato da maioria das estações dos estados de MG e ES,
que também drenam para o estado do RJ, apresentarem baixa qualidade de
água, com concentrações mínimas de OD preponderantemente nas classes 3 e 4.
A estação mais crítica foi, mais uma vez, a estação Juiz de Fora – Jusante
(58480500), que apresentou dado que não permite enquadrá-la em nenhuma
classe, pois os valores encontrados para os parâmetros de classificação estão
abaixo dos mínimos para serem, enquadrados na classe de rios de pior
qualidade, que é a classe 4, com concentração mínima de OD de 0,5 mg/L em
Agosto de 2002. Entretanto, a jusante desta estação percebe-se uma melhora na
qualidade da água, com o valor mínimo de OD na estação de Sobraji (58520000)
de 6,1 mg/L, o que a enquadra como classe 1. Outro dado que deve ser
ressaltado é o fato de nenhuma estação na bacia do rio Itabapoana apresentar-se
como classe 1 ou 2.
Na análise de variação temporal da qualidade de água, comparando os
períodos de 1992-1996 e 2002-2007 (mapa 14), percebe-se que, com relação aos
dados médios, poucas estações apresentaram modificação de classe. A estação
de Santa Branca (Código 58099000), Resende (58250000), Itaperuna (58940000)
e Patrocínio do Muriaé (58920000) apresentaram piora na qualidade de água,
saindo da classe 1 (OD ≥ 6 mg/L) passando para a classe 2 (5 ≤ OD < 6 mg/L).
Numa tendência contrária, de melhora, observa-se a estação de Conselheiro
Paulino em Nova Friburgo/RJ (58832000), que no período de 1992-1996 era

71
classe 4 (2,2 mg/L) e no período de 2002-2007 foi para a classe 3 (4,8 mg/L).
Mais uma vez a estação que apresentou o pior índice foi a estação a jusante de
Juiz de Fora, que manteve-se como classe 4, com concentração média de OD de
2,9 mg/L em 1992-1996 e 2,7 mg/L em 2002-2007.
A variação temporal dos dados de concentração mínima de OD para os
mesmos períodos citados acima apontam uma maior variabilidade de situações
que os dados médios (mapa 15). Sete das 27 estações que atenderam aos dois
períodos analisados apresentaram estabilidade na classe 1 (OD ≥ 6 mg/L), o que
as coloca como as que apresentam melhor condição da qualidade da água. São
elas a estação Moura Brasil (Código 58440000), Sobraji (58520000), Visconde de
Mauá (58525000), Paquequer (58648001), Itaocara (58680001), Três Irmãos
(58795000) e Dois Rios (58874000), todas no estado do RJ, com exceção de
Sobraji, que se localiza no estado de MG. Duas estações mantiveram-se na
classe 2 (5 ≤ OD < 6 mg/L), estando ambas localizadas na porção média da bacia
do rio Paraíba do Sul na porção fluminense. São elas a estação de Volta Redonda
(58305001), que apresentou concentração mínima de OD de 5,6 mg/L no período
de 1992-1996 e 5,5 mg/L entre 2002-2007, e a estação de Barra do Piraí
(58321000), com concentrações mínimas de 5,0 mg/L e 5,3 mg/L, nos respectivos
períodos.
Algumas estações apresentaram piora na qualidade de água, como as
estações rio Preto (58550001) e Barra do rio Negro (58870000), que pioraram da
classe 1, no período de 1992-1996, para a classe 2, no período 2002-2007,
enquanto a estação Chapéu D´uvas (58470000) apresentou piora da classe 2
para a 3. Piora mais expressiva foi observada nas estações Queluz (58235000),
Paraíba do Sul (58380001), Anta G (58630002), Guarani (58730001), Cataguases
(58770000), Cardoso Moreira RV (58960000) e Campos - Ponte Municipal
(58974000), que saíram da classe 1 para a classe 3. Mais significativa ainda foi a
alteração na qualidade de água que ocorreu na estação Itaperuna (58940000),
que apresentou dado de concentração mínima de OD no período de 1992-1996
de 6,1 mg/L (classe 1) e caiu para a classe 4, com concentração mínima de 3,5

72
mg/L no período de 2002-2007. Apenas duas melhoras foram detectadas no
estudo, sendo a mais significativa ocorrida na estação de Porciúncula (58934000),
onde os valores mínimos estavam abaixo da classe 4 no primeiro período e
apresentaram uma melhora para a classe 3. A outra melhora se deu na estação
Conselheiro Paulino (58832000), de valores abaixo da classe 4 para esta classe.
A estação que continuou em situação crítica foi a estação Juiz de Fora – Jusante
(58480500), que permaneceu com valores mínimos de 0,5 mg/L em ambos os
períodos analisados, portanto abaixo da classe 4.

VI.6. Geomorfologia, Vegetação e Uso do Solo e Mapa de Geo-


Hidroecologia

VI.6.1. Sistema hidrográfico do estado do Rio de Janeiro

A área estudada abrange não apenas o estado do Rio de Janeiro, mas o


conjunto de Bacias Hidrográficas que drenam o seu território, buscando os fluxos
que chegam ao estado.
A geomorfologia que caracteriza este recorte espacial é diversificada,
abrangendo desde áreas montanhosas até planícies costeiras. Há também uma
vasta área ocupada por planícies fluviais, que dominam 30,5% de toda a área
estudada (figura VI.3). Essas formações ocorrem nos fundos de vale em toda a
região estudada, com exceção das planícies costeiras, onde predominam as
formações flúvio-marinhas, que ocupam cerca de 7,6% de todo o recorte, como
demonstra o Mapa Geomorfológico do Sistema Hidrográfico do Estado do Rio de
Janeiro (mapa 16).
Há ainda cinturões de Domínio Colinoso no entrono de algumas áreas de
Domínios Montanhosos e de Morros Elevados e Pães de Açúcar, sobretudo na
porção sudoeste da área estudada, onde está a área da serra do Mar que ocupa
a faixa central do estado do Rio de Janeiro.

73
É nesta área que se concentra boa parte do Domínio Montanhoso, que ocupa
quase 25% de todo o recorte. Além dessa porção, o extremo sudoeste da área de
estudo, onde a serra do Mar mergulha no oceano, também possui vastas áreas
classificadas dessa forma. Há ainda pequenas áreas desse Domínio Montanhoso
em todo o recorte espacial estudado, com exceção das planícies flúvio-marinhas.
Os demais domínios tem pouca representatividade para o conjunto geral, mas
grande representatividade para determinadas áreas. O Domínio de Morros
Elevados e Pães de Açúcar, por exemplo, ocupa somente 2,5% do recorte, mas
tem grande importância nas bacias dos rios Dois Rios e Médio-Baixo Vale do
Paraíba, no reverso da serra do Mar. Do mesmo modo, o Domínio de Maciços
Costeiros ocorre em apenas 1,5% da área, mas são importantes nas regiões
litorâneas em função da rápida chegada de elementos destes para as planícies.

Geomorfologia

35

30,5 30,5
30

24,9
25

20
%

15

10
7,6

5
2,6
1,5 1,3 1,2

0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros fluviais costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.3 - Proporções das Classes do Mapa Geomorfológico do Sistema Hidrográfico do


Estado do Rio de Janeiro.

74
O mesmo vale para as Dunas e Cordões Arenosos, que ocupam 1,3% da
área, mas cuja conservação daquelas áreas que ainda mantém características
originais é essencial do ponto de vista da conservação da biodiversidade. Há
ainda 1,2% de áreas ocupadas por corpos hídricos, incluindo reservatórios para
abastecimento e as lagoas costeiras.
Em relação à vegetação e uso do solo, há um predomínio da classe de
Formações Herbáceas, que ocupa mais de 47% do recorte estudado (figura VI.4).
Essas formações dominam boa parte das planícies da porção sudoeste da área
estudada (mapa 17), junto aos Sistemas Hidrográficos da Baía de Guanabara e
Região dos Lagos, além da vasta área na porção noroeste, na bacia do rio
Paraíba do Sul. Nesta bacia, o Domínio de Formações Herbáceas segue até a
porção sudoeste do recorte, mas restrito às áreas mais baixas do relevo.
Outro Domínio de grande relevância é o de Formações Florestais, que ocupa
28,7% da área de estudo, possuindo espacialização bastante característica. As
florestas ocorrem em grandes manchas no Corredor de Biodiversidade da serra
do Mar, formando um “cinturão” de fragmentos de maior porte que segue do
extremo sudoeste da área de estudo até a porção sudeste, já no Sistema
Hidrográfico a Lagoa Feia. Este cinturão é interrompido em vários pontos, muitas
vezes por barreiras grandes e intransponíveis para a maior parte dos seres vivos.
Nestes pontos amplia-se o nível de fragmentação da floresta. Há ainda
concentração de florestas na porção oeste da área de estudo, nas encostas da
serra da Mantiqueira. Ademais, há diversas áreas com grande concentração de
pequenos fragmentos, como a porção central, no reverso da serra do Mar, áreas
na porção centro-norte, sobretudo nas bacias dos rios Preto e Paraíbuna, e no
extremo norte da área de estudo, já no estado do espírito Santo.

75
Uso e Cobertura do Solo
60

50 47,6

40

30 28,7
%

20

9,7
10
6,2
2,8
1,3 1,3 0,6 1,3
0,2 0,2 0,0
0

Áreas Antrópicas
Agricultura

Arenosos e Restingas

Áreas Urbanas
Vegetacionais

Formações Florestais

Vegetação Secundária

Vegetação Secundária

Formações Herbáceas

Corpos D'água

Não Classificada
Mangues

Indiscriminadas
Refúgios

Dunas, Cordões
Agropasto +
Inicial

Inicial

Figura VI.4 – Proporções das Classes do Mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema
Hidrográfico do Estado do Rio de Janeiro.

A terceira classe de maior representatividade espacial é a de Agropasto +


Vegetação Secundária Inicial, que cobre pouco menos de 10% da área total e
concentra-se nas áreas de intercessão dos fragmentos florestais com as
gramíneas. Esta mesma situação pode ser descrita para as formações
caracterizadas como Vegetação Secundária Inicial, que recobrem apenas 1,3%
do recorte.
Há ainda uma área importante de agricultura, que abrange mais de 6% do
recorte. Esta agricultura localiza-se em especial no extremo leste da área
estudada, onde o plantio de cana de açúcar é significativo, e no extremo oeste, no
Vale do Paraíba, onde está associada aos municípios paulistas. Há ainda
pequenas áreas agrícolas em diversos pontos do recorte, em especial nas bacias

76
que formam a bacia do rio Paraíba do Sul. As áreas urbanas cobrem 2,5% do
recorte estudado e se concentram na Região Metropolitana do estado do Rio de
Janeiro, além de outras cidades importantes espalhadas em todas as porções da
área de estudo.
Restingas e Mangues, com recobrimento de 1,32% e 0,58%, respectivamente,
tem pouca importância espacial, mas são estratégicos do ponto de vista da
conservação. As restingas localizam-se, sobretudo na costa leste do estado,
enquanto os mangues ocupam pequenas áreas nas Baías da Guanabara e
Sepetiba.
Ao integrar a geomorfologia com o uso e cobertura do solo, temos uma análise
que permite entender o papel do relevo sobre as formações vegetais e os
diferentes tipos de solo e o desdobramento desta interação sobre a
funcionalidade dos elementos da paisagem. O Mapa Geo-hidroecológico para o
Sistema Hidrográfico do Estado do Rio de Janeiro (mapa 18) apresenta esse
cruzamento para o recorte analisado e a figura VI.5 detalha as proporções de
recobrimento de cada classe do mapa.

25
21,1
20,3
20

15 14,0
13,4
%

10 8,3
5,8
5 4,1
2,3
1,0 1,3 1,6 1,3 1,3 1,3
0,5 0,5 0,9 0,5
0,2 0,2
0
Colinas - Formações florestais

Planícies fluviais - Formações florestais

Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto

Colinas - Agricultura

Planícies fluviais - Agricultura

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões

Corpos d'água - Corpos d'água


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


- Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária

- Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

antrópicas indiscriminadas
Vegetação secundária

indiscriminadas

arenosos e restingas
e Vegetação secundária
- Refúgios vegetacionais

- Formações florestais

indiscriminadas
secundária

- Agricultura

Figura VI.5 - Proporções das Classes do Mapa resultante do cruzamento do mapa


geomorfológico e o mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema Hidrográfico do Estado
do Rio de Janeiro.

77
Chama atenção o domínio de formações herbáceas nas partes baixas do
relevo, já que essas formações ocorrendo sobre as planícies fluviais ocupam mais
de 21% de todo o recorte estudado e sobre as colinas, ocupam mais de 20%. Nos
dois casos, estas formações ocorrem por toda a área onde há planícies fluviais,
com exceção de algumas áreas de cabeceiras de drenagem, e em todas as áreas
onde há domínio de colinas. As formações herbáceas também predominam sobre
as planícies flúvio-marinhas (4,7% do total).
Quando focamos no conjunto das planícies fluviais, percebe-se que uma
pequena parte é recoberta por formações florestais, o que está associado às
cabeceiras de drenagem, já que nas partes mais baixas praticamente não há
florestas. Esta classe de mapeamento recobre apenas 5,8% da área de estudo.
Sobre essas planícies há ainda importantes áreas de agricultura (2,2% do total),
concentradas nos extremos leste e oeste da área de estudo, e áreas urbanas
(1,3%).
O mesmo padrão é observado para as planícies flúvio-marinhas, que além da
proporção de formações herbáceas já apresentada, possui uma área significativa
coberta por agricultura, no extremo leste da área de estudo, e importantes áreas
urbanas, incluindo a Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro.
No domínio de colinas, além das formações herbáceas, há importante
representatividade das áreas florestais. Geralmente as colinas cobertas por
florestas estão associadas ao sopé das áreas montanhosas ou a áreas
fragmentadas no interior do vale do Paraíba, em especial na porção centro-norte
da área de estudo.
Agricultura sobre as colinas ocupam pouco mais de 1% da área de estudo e
concentram-se no oeste da área de estudo, no Vale do Paraíba paulista. Há áreas
urbanas nos domínios de colina também no Vale do Paraíba.
Conforme o esperado, quando se analisa as áreas montanhosas, percebe-se
a concentração de florestas nessa região, em função do acesso difícil e da
impossibilidade de utilização de muitas dessas áreas para muitas das atividades
econômicas existentes ao longo da história do Brasil. Essas formações ocupam

78
mais de 14% de toda a área de estudo e localizam-se, sobretudo, nas escarpas
de falha da serra do Mar, mas também no reverso desta serra e em áreas d serra
da Mantiqueira. Também nos domínios montanhosos, há importantes áreas de
formações herbáceas, que ocupam mais de 13% de todo o recorte.
Agricultura e áreas urbanas são pouco representativas espacialmente. Merece
destaque os refúgios vegetacionais, que apesar de ocuparem somente 0,24% da
área, estão todos concentrados nas áreas montanhosas e são áreas de alto
interesse para a conservação biológica.

VI.6.2. Descrição de uso do solo por bacia hidrográfica

Para facilitar a descrição das bacias hidrográficas e a comparação entre cada


uma delas foram gerados gráficos de distribuição de cada classe de uso e
cobertura do solo, que são representados nas figuras a seguir na seguinte
seqüência: Formações Florestais; Formações Herbáceas; Agropasto/Vegetação
Secundária Inicial; Agricultura E Áreas Urbanas. São apresentados dois tipos de
gráfico. Em um, são mostrados os valores proporcionais de cada tipo de cobertura
na relação interna da bacia. Este gráfico não tem resultado de 100% na soma dos
valores, pois em uma bacia as florestas podem representar 90% da cobertura, em
outra 30% e em uma terceira 40%. O segundo tipo de gráfico apresenta a
proporção que cada bacia possui no total do recorte espacial adotado, para cada
tipo de uso. Deste modo, este segundo tipo de gráfico deve apresentar sempre a
soma dos valores igual a 100%, que corresponde ao total de determinado tipo de
uso no recorte espacial geral.
Quando se observa o gráfico sobre as áreas florestadas (figura VI.6) percebe-
se que a bacia/sistema hidrográfico que possui a maior proporção de área
florestada é o da Ilha Grande, seguido pela bacia do Vale do rio Paraíba –
Pirapitinga e pela bacia do Piabanha. Já a Zona Deltáica do Paraíba do Sul
apresenta as menores proporções de floresta, seguido das bacias dos rios Pomba
e Médio-baixo Paraíba do Sul. Porém, ao se analisar o gráfico com a proporção

79
de cada bacia em relação a área florestada total (figura VI.7), nota-se uma
diferença, com a bacia do Alto Paraíba – Pirapitinga representando mais de 12%
do total, seguido da bacia do Alto – Médio Paraíba.

Formações Florestais

100

90 86,9

80

70

60
51,2 51,3
50
%

43,8
39,5
40 36,4
34,4
32,7
28,5
30 26,9
25,0
22,2 22,9
20,9
20 15,5
13,1 12,2
10
1,5
0
Bacia do Alto - Médio

Bacia do Rio Preto

Zona Deltáica - Foz do


Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio São João e

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da
Bacia do Médio - Baixo

Bacia do Médio Vale do

Bacia do Rio Macaé e

Bacia do Rio Muriaé


Bacia do Alto Vale do

Baía da Ilha Grande


lagoas costeiras

Baía de Guanabara
Vale do Paraíba

Região dos Lagos


Vale do Paraíba

Baía de Sepetiba

Rio Paraíba
Lagoa Feia
Paraíba

Figura VI.6 - Distribuição do uso e cobertura de Formações Florestais. Mapeado para toda a
área analisada por bacia/sistema hidrográfico. Deve ser ressaltado que as proporções
apresentadas referem-se aos valores internos a cada bacia.

Neste caso, percebe-se que o sistema hidrográfico da Ilha Grande continua


com grande importância, com cerca de 8% do total de floresta do recorte, mas
não é a área com maior quantidade de floresta, pois trata-se de um recorte
espacial bem menor que a maior parte dos demais (figura VI.7).

80
Formações Florestais (Florestas + Reflorestamentos)
14
12,3
11,9
12

10
8,0 8,3
8 7,0
6,8
%

5,9
6 5,4 5,3
4,7 4,4
3,8 3,8
4 3,4
3,0 3,0 2,9

2
0,2
0

Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia

Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba


Bacia do Rio Dois Rios
Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba

Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba

Bacia do Médio Vale do Paraíba

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio Preto

Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande

Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara e

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba


Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos

bacias meridionais adjacentes


Figura VI.7 - Distribuição do uso e cobertura de Formações Florestais mapeado para toda a
área analisada por bacia/sistema hidrográfico. Os valores referem-se a proporção de cada
bacia no total da classe de uso e cobertura vegetal.

A análise do gráfico de formação herbácea (figura VI.8) mostra claramente a


grande proporção desta classe em quase todas as bacias/sistemas hidrográficos
analisados, com exceção da sistema hidrográfico da Baía da Ilha Grande, onde
recobre apenas 3,7% do total. O sistema hidrográfico da Baía de Guanabara é o
segundo onde há menor proporção de herbáceas, com 10% de cobertura. Todos
os demais recortes possuem pelo menos 27% de área coberta com esta
formação, sendo que no Médio-Baixo Paraíba do Sul esta proporção atinge 72,5%
e na bacia do rio Pomba 74%.

81
Formações Herbáceas

80
74,1
72,5

70
61,7
59,6 59,4
60 57,2

51,2 51,3
50
44,4
40,6
38,5
40 37,3
%

36,6
31,5 31,0
30 27,5

20
10,4
10
3,7

0
Bacia do Alto - Médio

Bacia do Médio - Baixo

Bacia do Médio Vale do

Bacia do Rio Preto

Zona Deltáica - Foz do


Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Macaé e

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio São João e

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da
Bacia do Alto Vale do

Baía da Ilha Grande


lagoas costeiras

Baía de Guanabara
Vale do Paraíba

Região dos Lagos


Vale do Paraíba

Baía de Sepetiba

Rio Paraíba
Lagoa Feia
Paraíba

Figura VI.8 - Distribuição do uso e cobertura de Formações Herbáceas mapeado para toda a
área analisada por bacia/sistema hidrográfico. Deve ser ressaltado que as proporções
apresentadas referem-se aos valores internos a cada bacia.

Essa grande proporção de formação herbácea na bacia do rio Pomba se


reflete também na proporção de cada bacia em relação a área total dessa classe
(figura VI.9). Percebe-se que esta bacia responde por mais de 16% do total de
cobertura herbácea do recorte, pois além da grande proporção interna dessa
classe, trata-se de um recorte territorial amplo, quando comparado com grande
parte das demais bacias/sistemas hidrográficos. Do ponto de vista da proporção
de cobertura herbácea em relação ao total dessa classe o recorte geral, merecem
destaque também as bacias dos rios Muriaé e Médio-baixo vale do rio Paraíba do
Sul, que tem cerca de 10% de suas áreas cobertas com esta formação.

82
Formações Herbáceas
20

16,2

15

10,7
10,0
10
%

8,5 8,2
7,0
5,3 5,5 5,2 5,1
4,6
5 3,4
3,1
2,2 2,1
1,4 1,3
0,2
0
Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos


Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio

Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba

Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande

Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara

Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba


Bacia do Médio Vale do Paraíba

Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba

Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia


Bacia do Rio Preto

e bacias meridionais adjacentes


Paraitinga

Figura VI.9 - Distribuição do uso e cobertura de Formações Herbáceas mapeado para toda a
área analisada por bacia/sistema hidrográfico. Os valores referem-se a proporção de cada
bacia no total da classe de uso e cobertura vegetal.

Quanto ao Agropasto + Vegetação Herbácea, a maior representatividade


interna a um sistema hidrográfico está na Baía de Guanabara, onde esta classe
atinge quase 32% do total de área (figura VI.10). As bacias dos rios Itabapoana e
Muriaé também têm proporções significativas, enquanto as bacias / sistema
hidrográficos do rio Preto, Ilha Grande e a Zona Deltáica do Paraíba do Sul não
possuem esse tipo de cobertura. Há outras bacias onde essa classe é
desprezível.

83
Agropasto + Vegetação Secundária Inicial

35
31,9

30 27,9 27,7

25

20
%

15 13,5 13,4
11,4

10 9,2

4,9 5,1 5,3 5,1


5 3,5

0,2 0,8 0,8


0,0 0,0 0,0
0
Bacia do Alto - Médio

Bacia do Médio - Baixo

Bacia do Médio Vale do

Bacia do Rio Preto

Zona Deltáica - Foz do


Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Macaé e

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio São João e

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da
Bacia do Alto Vale do

Baía da Ilha Grande


lagoas costeiras

Baía de Guanabara
Vale do Paraíba

Região dos Lagos


Vale do Paraíba

Baía de Sepetiba

Rio Paraíba
Lagoa Feia
Paraíba

Figura VI.10 - Distribuição do uso e cobertura de Agropasto + vegetação Secundária Inicial


mapeado para toda a área analisada por bacia/sistema hidrográfico. Deve ser ressaltado
que as proporções apresentadas referem-se aos valores internos a cada bacia.

Além de terem as maiores proporções de Agropasto + Vegetação herbácea,


as bacias / sistemas hidrográficos da Baía de Guanabara e rios Muriaé e
Itabapoana respondem por mais de 57% de toda essa classe de cobertura
(gráfico VI.11). As demais bacias / sistemas hidrográficos que possuem essa
classe de cobertura tem uma representatividade bem menor no total da área de
estudo, não chegando a 6%.

84
Agropasto + Vegetacao Secundaria Inicial
30
28,4

25

19,3
20
17,0

15
%

10
5,6 5,6
4,3
5 3,5 3,7 3,6 3,4
2,2 2,3
0,2 0,6 0,0 0,0 0,4 0,0
0
Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba

Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras


Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba

Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Médio Vale do Paraíba

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio Preto

Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande

Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara e

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba

Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia

Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba


Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos

bacias meridionais adjacentes


Figura VI.11:Distribuição do uso e cobertura de Agropasto + Vegetação Secundária Inicial
mapeado para toda a área analisada por bacia/sistema hidrográfico. Os valores referem-se a
proporção de cada bacia no total da classe de uso e cobertura vegetal.

Uma análise das informações sobre a agricultura (figuras VI.12 e VI.13)


possibilita perceber que a mesma não possui uma expressão espacial tão
significativa para a maioria das bacias / sistemas hidrográficos, chegando mesmo
a ser inexistente no sistema que drena para a Baía de Guanabara e a valores
próximos de zero nos sistemas do rio São João e Região dos Lagos e do rio
Macaé e Lagoas Costeiras. Grande representatividade interna, a agricultura tem
na zona Deltáica – Foz do Paraíba do Sul, relacionada, sobretudo, ao cultivo da
cana de açúcar.

85
Agricultura

40
37,0

35

30

25

20
%

16,2

15
12,4

9,3 9,8
10
7,6 7,1
5,1 5,7
5 4,0
2,4 2,7 2,2 2,7
0,7 0,1 0,5 0,0
0
Bacia do Alto - Médio

Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio São João e

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da
Bacia do Médio - Baixo

Bacia do Médio Vale do

Bacia do Rio Preto

Zona Deltáica - Foz do


Bacia do Rio Macaé e

Bacia do Rio Muriaé


Bacia do Alto Vale do

Baía da Ilha Grande


lagoas costeiras

Baía de Guanabara
Vale do Paraíba

Região dos Lagos


Vale do Paraíba

Baía de Sepetiba

Rio Paraíba
Lagoa Feia
Paraíba

Figura VI.12 - Distribuição do uso e cobertura de Agricultura mapeado para toda a área
analisada por bacia/sistema hidrográfico. Deve ser ressaltado que as proporções
apresentadas referem-se aos valores internos a cada bacia.

Ao se analisar o gráfico da classe Agricultura que demonstra as proporções de


cada bacia em relação ao total, percebe-se que a Zona Deltáica – Foz do rio
Paraíba continua sendo a mais importante, respondendo por mais de 18% de toda
essa classe. Em menor escala, é importante também o sistema hidrográfico da
Lagoa Feia, também em função da cana e as bacias dos rios Piabanha, onde a
produção de hortigranjeiros é importante, Dois Rios e Alto-Médio Paraíba do sul.

86
Agricultura
20 18,9

15
12,9
11,9
11,3

10
%

8,0
6,1 6,4
5,1 5,0
5 4,3
2,6 3,0
2,1 1,8
0,3 0,1 0,2 0,0
0
Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos


Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio

Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba

Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande

Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara

Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba


Bacia do Médio Vale do Paraíba

Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba

Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia


Bacia do Rio Preto

e bacias meridionais adjacentes


Paraitinga

Figura VI.13 - Distribuição do uso e cobertura de Agricultura mapeado para toda a área
analisada por bacia/sistema hidrográfico. Os valores referem-se a proporção de cada bacia
no total da classe de uso e cobertura vegetal.

A proporção de área urbana para cada bacia (figura VI.14), como esperado, é
expressivamente maior no sistema hidrográfico da Baía de Guanabara, onde está
concentrada a região metropolitana do Rio de Janeiro. O sistema hidrográfico da
Baía de Sepetiba também apresenta uma urbanização importante, assim como
Bacia do rio São João e Região dos Lagos. Mas nesses últimos a urbanização é
muito mais localizada que no entorno da Baía de Guanabara. No caso de
Sepetiba, as áreas urbanas estão localizadas, sobretudo, na capital e demais
municípios da região metropolitana.

87
Áreas Urbanas

20 18,9

18

16

14

12
%

10

8
6,1
6
4,3
4 3,5
2,9
1,9 2,1 1,8 2,1
2 1,4
0,9 0,9 1,0
0,3 0,3 0,6
0,2 0,1
0
Bacia do Alto - Médio

Bacia do Médio - Baixo

Bacia do Médio Vale do

Bacia do Rio Preto

Zona Deltáica - Foz do


Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Macaé e

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio São João e

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da

Sistema Hidrográfico da
Bacia do Alto Vale do

Baía da Ilha Grande


lagoas costeiras

Baía de Guanabara
Vale do Paraíba

Região dos Lagos


Vale do Paraíba

Baía de Sepetiba

Rio Paraíba
Lagoa Feia
Paraíba

Figura VI.14 - Distribuição do uso e cobertura de Áreas urbanas mapeado para toda a área
analisada por bacia/sistema hidrográfico. Deve ser ressaltado que as proporções
apresentadas referem-se aos valores internos a cada bacia.

Porém, a maior parte das bacias ou sistemas hidrográficos apresenta pouca


representatividade das áreas urbanas em termos de extensão, sendo que oito dos
dezoito recortes territoriais tem 1% ou menos de cobertura por essa classe de uso
do solo, a despeito destas áreas terem papel fundamental na organização
espacial das demais classes do mapeamento.
Na comparação da representatividade de cada bacia no total de áreas urbanas
(figura VI.15), torna-se ainda mais relevante o papel do sistema hidrográfico da
Baía da Guanabara, onde estão mais de 40% de toda essa classe. Sepetiba e a
bacia do Alto-Médio Vale do Paraíba tem grande representatividade, neste último
caso em função da urbanização dos municípios paulistas que ocupam essa
porção da bacia.

88
Áreas urbanas
45
40,3
40

35

30

25
%

20

15
11,0 10,3
10 7,1 7,4

3,6 4,4 3,7


5 2,1 1,9 1,7 2,4
0,8 1,3 0,7 0,8 0,3 0,1
0
Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba

Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras


Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba

Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio Paraitinga

Bacia do Médio Vale do Paraíba

Bacia do Rio Itabapoana

Bacia do Rio Muriaé

Bacia do Rio Paraibuna

Bacia do Rio Piabanha

Bacia do Rio Pomba

Bacia do Rio Preto

Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande

Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara e

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba

Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia

Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba


Bacia do Rio Dois Rios

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos

bacias meridionais adjacentes


Figura VI.15 - Distribuição do uso e cobertura de Áreas urbanas mapeado para toda a área
analisada por bacia/sistema hidrográfico. Os valores referem-se a proporção de cada bacia
no total da classe de uso e cobertura vegetal.

Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande


Este sistema hidrográfico possui 216.002 hectares, na escala 1:250.000, drena
diretamente para o mar e está localizado na porção centro-sul da área de estudo.
Do ponto de vista da geomorfologia, esse sistema hidrográfico é dominado
pelas montanhas, que ocupam mais de 53% de toda a área (figura VI.16), pois
neste ponto da costa a serra do Mar se aproxima do oceano Atlântico. Este
domínio ocupa toda a porção norte e oeste deste sistema hidrográfico, e mesmo
áreas na porção leste e no extremo sudoeste. Cortando as montanhas, há o
Domínio de Planícies Fluviais, que é representativo, ocupando quase 20% da
área. Há ainda 14% da área recoberta por colinas, associadas ao sopé das
montanhas, quase 9% de áreas classificadas como maciços costeiros, no caso
representados pelas Ilhas Grande e Japuíba. Apenas 3,4% da área é recoberta

89
por planícies flúvio-marinhas, que são muito estreitas nessa área. Formações
arenosas são espacialmente insignificantes.

Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande

60

53,2

50

40
%

30

19,5
20
14,9

8,9
10

3,4
0,0 0,0 0,0
0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.16: Proporções das Classes do Mapa Geomorfológico do Sistema Hidrográfico da


Baía da Ilha Grande.

Quando foca-se na vegetação e uso do solo (figura VI.17), percebe-se a


grande importância da região do Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande
para a conservação das florestas, já que quase 87% dessa área é recoberta por
essas formações. Quando soma-se a este valor as formações secundárias,
chega-se a mais de 92% de formações de Mata Atlântica. As áreas de floresta,
portanto, dominam quase toda a região. Formações herbáceas ocupam pouco
mais de 3% da área, sobretudo no entorno das áreas urbanas dos municípios de
Angra dos Reis e Paraty, que ocupam 1,7% da área.

90
Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande
100

90 86,9

80

70

60

50
%

40

30

20

10 5,1 3,7
0,7 0,5 0,3 1,8 0,9
0,0 0,0 0,0 0,0
0

Áreas Antrópicas
Agricultura

Áreas Urbanas

Corpos D'água
Secundária Inicial

Secundária Inicial
Vegetacionais

Formações Florestais

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Não Classificada
Herbáceas

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.17 – Proporções das Classes do Mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema
Hidrográfico da Baía da Ilha Grande.

O cruzamento dos mapas descritos acima possibilita perceber o papel das


formações montanhosas na conservação dessa área, pois quase 54% da área é
recoberta por florestas em montanhas (figura VI.18). Além das áreas de
montanha, há uma massa de florestas significativa sobre as planícies fluviais
(15% do total), sobretudo aquelas existentes nos vales do alto das montanhas, e
nas áreas de colina (13%).
Quanto as formações herbáceas, apesar de ocorrerem também nas
montanhas, percebe-se que possuem maior representatividade nas áreas de
planície e de colina. Mas mesmo nessas áreas não possuem grande importância
espacial. Os demais domínios apresentaram ou nada recobrem, ou recobrem
áreas insignificantes para a análise.

91
Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande
70

60 57,6

50

40
%

30

20 15,3
13,1

10
3,8 2,6
0,7 1,7 1,1 1,1 0,1 0,1 0,3 0,1 0,1 0,3 1,1 0,3 0,2 0,0 0,7
0 Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

Corpos d'água - Corpos d'água


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Colinas - Formações florestais

Planícies fluviais - Formações florestais

Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Colinas - Agricultura

Planícies fluviais - Agricultura

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

Inselbergs - Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Inselbergs - Formações florestais

Inselbergs - Agricultura

antrópicas indiscriminadas
Vegetação secundária

indiscriminadas

arenosos e restingas
e Vegetação secundária

indiscriminadas
secundária
secundária

Figura VI.18 - Proporções das Classes do Mapa resultante do cruzamento do mapa


geomorfológico e o mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema Hidrográfico da Baía da
Ilha Grande.

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba


Esta área também drena diretamente para o mar e é adjacente ao Sistema
Hidrográfico da Baía da ilha Grande, porém sua área de 216.483,63 hectares
possui características distintas.
A geomorfologia também se caracteriza pela predominância do Domínio
Montanhoso, mas em menor escala, já que o mesmo ocupa pouco mais de 31%
da área (figura VI.19), concentrados nas porções oeste, centro sul e nordeste.O
Domínio de Planícies Fluviais é significativo (27%), pois a planície associada ao
rio Guandu e tributários ocupa grande parte da região central da bacia. Há ainda
importantes planícies fluviais nas proximidades do divisor com o Vale do Paraíba.
Outra classe relevante é a de colinas, que concentram-se na porção centro-norte
da área, em especial no entorno do reservatório de água de ribeirão das Lages.
As planícies flúvio-marinhas também são significativas, e concentram-se na parte
baixa dos rios Guandu, Guandu-Mirim e da Guarda. Merece destaque as dunas e

92
cordões arenosos, que só ocupam 0,8% da área, mas tem importância
fundamental na formação da Baía de Sepetiba.

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba

35
31,3

30
27,3

25
22,3

20
%

14,6
15

10

5
2,8
0,8 0,9
0,0
0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.19; Proporções das Classes do Mapa Geomorfológico do Sistema Hidrográfico da


Baía de Sepetiba.

Os dados sobre vegetação e uso do solo apontam um domínio das formações


florestais, que recobrem 51% da área (figura VI.20), concentrados nas porções
oeste, centro-norte e nordeste. Há mais de 31% de áreas cobertas por formações
herbáceas, concentradas no alto vale do rio Guandu e, sobretudo, no entrono das
áreas urbanas. Estas são significativas, ocupando grande parte da porção
sudeste e recobrindo mais de 6,5% da área do Sistema Hidrográfico da Baía de
Sepetiba. Há importantes áreas agrícolas, no entorno das áreas urbanas,
formando mosaicos com fragmentos florestais e formações herbáceas. Há
mangues e restingas, sendo que os primeiros são significativos, quando
comparados com outras áreas do recorte territorial analisado.
Nessa área, as florestas também se concentram nas montanhas (figura VI.21),
devido ao acesso mais difícil a essas áreas. Essa combinação de formações
montanhosas e florestas ocupa mais de um quarto da área (26,8%). Há ainda

93
florestas nas áreas de colina (12,8%), planícies pluviais (9,5%) e mesmo nas
planícies flúvio-marinhas (2,5%). O padrão de distribuição das formações
herbáceas é bem distinto, com as mesmas predominando nas partes mais baixas
do relevo, em especial nas planícies flúvio-marinhas (13,1%) e colinas (8,4%).

Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba


60

51,3
50

40

31,5
30
%

20

10
5,7 6,1

1,3 0,8 0,8 1,0 1,1


0,0 0,2 0,0
0

Áreas Antrópicas
Agricultura

Áreas Urbanas
Secundária Inicial

Secundária Inicial
Vegetacionais

Formações Florestais

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Corpos D'água

Não Classificada
Herbáceas

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.20 - Proporções das Classes do Mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema
Hidrográfico da Baía de Sepetiba.

O mesmo ocorre com as áreas agrícolas, que são significativas nas planícies
flúvio-marinhas e planícies fluviais, assim como as áreas urbanas. Nas colinas e
montanhas essas classes são menos importantes.
Vale ressaltar a existência de mangues e restingas nos domínios das planícies
flúvio-marinhas.

94
%

0
5
10
15
20
25
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e 30

0,0
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Sepetiba.
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações florestais
26,8

de habitantes.
Colinas - Formações florestais

12,8
Planícies fluviais - Formações florestais
9,5

Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

2,5
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação
6,4

secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


8,5

secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária
13,1

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto


5,5

e Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


0,7

Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura
0,5

Planícies fluviais - Agricultura


1,8

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


2,6

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba

0,2

Inselbergs - Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,4

indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


2,9

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


3,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


1,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


0,8

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


1,0

concentrando-se na parte central da bacia, no entrono da Baía de Guanabara.


Sistema Hidrográfico da Baía da Guanabara e Regiões Meridionais Adjacentes

95
Esta área possui cerca de 483.611,38 hectares e se caracteriza por concentrar

geomorfológicos significativos espacialmente. O mais significativo é o Domínio de


A geomorfologia desta área é diversificada, possuindo variados domínios
geomorfológico e o mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema Hidrográfico da Baía de

Planícies Flúvio-marinhas, que recobre cerca de 28% da área (figura VI.22),


a Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro e seus mais de 10 milhões
Figura VI.21 - Proporções das Classes do Mapa resultante do cruzamento do mapa
Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara e bacias meridionais adjacentes

30
28,0

25,2
25

20
18,0
%

15 14,2
13,2

10

1,0
0,0 0,3
0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.22 - Proporções das Classes do Mapa Geomorfológico do Sistema Hidrográfico da


Baía de Guanabara e Bacias Meridionais Adjacentes.

Há uma proporção importante do Domínio de Planícies Fluviais, que recobrem


mais de 26% do Sistema Hidrográfico da Baía da Guanabara e Regiões
Meridionais Adjacentes. Esta classe do mapa ocorre no entorno do domínio
montanhoso (que recobre cerca de 18% da área) e formando um mosaico com o
domínio de colinas (que ocupa pouco mais de 13%). De significativo, há ainda o
Domínio de Maciços Costeiros, que ocorrem na porção meridional das área, nas
proximidades do mar e das lagoas costeiras.
Em termos de cobertura vegetal (figura VI.23), mais uma vez as formações
florestais são as mais significativas espacialmente, ocupando mais de 34% da
área, sobretudo na porção norte do recorte territorial. Porém, as formações
degradas tem grande importância na área, já que 31% são de formações de
agropasto e vegetação secundária e outros 10% são formações herbáceas. Isto
significa mais de 41% de áreas de vegetação degradada. Essas formações
ocorrem, em especial, ao sul das áreas de floresta, na porção central do sistema

96
hidrográfico. Merecem destaque as áreas urbanas, já que os 10% de cobertura
desta classe representa a maior proporção entre todas as bacias estudadas e é
fruto da intensa urbanização da região Metropolitana do estado do rio de Janeiro.
Estas áreas urbanas concentram-se ao redor da baía de Guanabara. Nesta área
há uma parcela significativa de mangues, quando comparada com as demais
bacias. Merece destaque a parca ocupação por áreas agrícolas, como é comum
ás regiões urbanas.
Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara e bacias meridionais adjacentes
40

34,4
35
31,9

30

25

20 18,9
%

15
10,4
10

5
1,9 1,4
0,3 0,8
0,0 0,0 0,0 0,0
0
Áreas Antrópicas
Agricultura

Áreas Urbanas

Corpos D'água
Secundária Inicial

Secundária Inicial
Vegetacionais

Formações Florestais

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Não Classificada
Herbáceas

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.23 - Proporções das Classes do Mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema
Hidrográfico da Baía de Guanabara e Bacias Meridionais Adjacentes.

A ocorrência das florestas na porção norte está associada às áreas mais


elevadas existentes nessa porção, já que as florestas da bacia ocorrem
preferencialmente nos domínios montanhosos ou de maciços costeiros (figura
VI.24). Esta cobertura de florestas sobre as montanhas ocupa mais de 21% da
área. As florestas ocorrem em menores proporções sobre as planícies fluviais
(6,8%), sobretudo naquelas localizadas nas partes superiores do relevo, e nas
áreas de colina (3,9%). Já em relação às formações vegetais degredadas, mais

97
%

0
5
10
15
20
25
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,0

Esta
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Formações florestais

21,9
Colinas - Formações florestais

3,9

área,
espacial (1,6%).
Planícies fluviais - Formações florestais

6,8

com
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

1,8
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

8,6
secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

cerca
6,6
secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária

12,4

de
Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto
e Vegetação secundária

14,8

Guanabara e Bacias Meridionais Adjacentes.


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,0
Inselbergs - Agricultura

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos


Colinas - Agricultura

0,0

388.730
Planícies fluviais - Agricultura

0,0
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

1,6
Inselbergs - Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

hectares,
Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas
2,7

indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


6,0

indiscriminadas

possui
Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas
9,4

antrópicas indiscriminadas
Sistema Hidrográfico da Baía de Guanabara e bacias meridionais adjacentes

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


1,9

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


0,3

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


1,3
marinhas (9,4%) e sobre as planícies fluviais (6%), mas também ocorrem sobre
degradadas sobre colinas e mesmo sobre as áreas montanhosas. O mesmo

98
mais representativas e ocupam mais de 31% de toda a área (figura VI.25),

grande representatividade (25,3%), ocupando grande parte das áreas mais


caracterizada pelo domínio das áreas baixas. As planícies flúvio-marinhas são as
flúvio-marinhas (14,8%) e planícies fluviais (12,4%). Há ainda formações
uma vez o resultado é inverso, com grande proporção nas áreas de planícies

geomorfológico e o mapa de Vegetação e Uso do Solo do Sistema Hidrográfico da Baía de

concentradas nas áreas costeiras. Além dessas, as planícies fluviais também tem
ocorre com as áreas urbanas, que são significativas sobre as planícies flúvio-

geomorfologia
colinas e montanhas, sendo que sobre essas últimas possui pouca importância

Figura VI.24 - Proporções das Classes do Mapa resultante do cruzamento do mapa


afastadas do litoral. O domínio de colinas (14%) também se distribui nessa
mesma área, sendo entrecortado pelo domínio de planícies. As áreas
montanhosas também são significativas, cobrindo quase 20% de toda a área,
sendo 11,8% de Domínio Montanhoso e quase 85 de áreas de maciços costeiros.
O primeiro está presente no extremo norte e no estremo oeste da área de estudo,
enquanto os maciços costeiros ocorrem nas proximidades das lagoas, na porção
sul e sudoeste. Merece destaque ainda a grande proporção de corpos d’água,
que ocupam quase 7,5% da área, em especial devido a Lagoa de Araruama. Há
importantes formações arenosas no litoral.

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos

35
31,6

30

25,3
25

20
%

15 14,0

11,7

10
7,7 7,5

5
2,3

0,0
0
Montanhas Morros elevados Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de-açúcar costeiras flúvio- arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.25 - Proporções das Classes do Mapa Geomorfológico da Bacia do rio São João e
Região dos Lagos.

A maior parte desta área é recoberta por formações degradas, em especial


formações herbáceas, que ocupam mais de 51% deste recorte espacial (figura
VI.26). Essa formação está espraiada por toda a área de estudo, com exceção
das áreas próximas aos divisores de água na porção noroeste. Há ainda 11,5%

99
de áreas de vegetação secundária e agropastos, geralmente nas bordas da
floresta, no contato com as formações herbáceas. As florestas, por sua vez,
ocupam pouco mais de 20% da área, concentrando-se nas proximidades dos
divisores, em especial na porção noroeste. Áreas urbanas ocupam algumas áreas
importantes no entorno da Lagoa de Araruama e no Litoral, representados pelos
núcleos urbanos de Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Rio das Ostras,
entre outros.

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos


60

51,3
50

40

30
%

20,9
20

11,4
10 7,8
4,3
2,3
0,3 0,3 1,1
0,0 0,1 0,1
0
Vegetação Secundária

Agropasto + Vegetação

Agricultura

Dunas, Cordões Arenosos e

Corpos D'água

Não Classificada
Refúgios Vegetacionais

Formações Florestais

Formações Herbáceas

Mangues

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Indiscriminadas
Secundária Inicial
Inicial

Restingas

Figura VI.26 - Proporções das Classes do Mapa de Vegetação e Uso da Bacia do rio São
João e Região dos Lagos

Conforme a figura VI.27, as florestas se localizam, sobretudo, nas formações


montanhosas (11,7%), tanto dos domínios montanhosos da porção sudoeste,
como nos maciços costeiros. Há ainda florestas nas áreas de colinas (3%), nas
Planícies Fluviais (4,2%), em especial nos vales das áreas montanhosas, e nas
planícies flúvio-marinhas. As formações herbáceas, por sua vez predominam nas
planícies flúvio-marinhas e fluviais, onde ocupam, 25 e 20,7%, respectivamente,

100
0
5
10
15
20
25
30
%

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,0
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

dos Lagos
marinhas.

11,7
Inselbergs - Formações florestais

Colinas - Formações florestais

3,1
Planícies fluviais - Formações florestais

4,2

do Rio de Janeiro.
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

1,8
áreas de fácil acesso.

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e

7,7
Vegetação secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

10,0
secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e

20,7
Vegetação secundária

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, 25,0


Agropasto e Vegetação secundária

Bacia do Rio Macaé e Lagoas Costeiras


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,0
Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura

0,1
Planícies fluviais - Agricultura

0,0
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Área urbanas e áreas antrópicas
0,1
Bacia do Rio São João e Região dos Lagos

indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,7

indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,3

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


4,4

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,3

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


2,3

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


7,7

101
enquanto as áreas urbanas estão, predominantemente, nas planícies flúvio-

Janeiro e tem um perfil alongado, no sentido oeste-leste. Trata-se da região foco


localiza-se na porção sudeste do Sistema Hidrográfico do estado do Rio de
Esta área, que drena diretamente para o mar e possui 211.019 hectares,
demonstrando estreita relação entre os processos de degradação florestal e as

geomorfológico e o mapa de Vegetação e Uso do Solo da Bacia do rio São João e Região

da economia do petróleo, que é responsável por grande parte do PIB do estado


reforçando o argumento anterior e 7,65 em áreas montahosas. A agricultura é
basicamente insignificante em todos os compartimentos geomorfológicos,
Há ainda 10% de formações herbáceas em colinas,

Figura VI.27 - Proporções das Classes do Mapa resultante do cruzamento do mapa


O principal compartimento geomorfológico, do ponto de vista da abrangência
espacial, é o Domínio Montanhoso (41,8% da área), que ocupa grande parte da
porção oeste da bacia, além de uma importante área na porção central, onde há
um avanço da escarpa em relação ao mar. O segundo domínio mais significativo
é o de planícies fluviais (21,2%), que ocupam os fundos de vale das áreas
montanhosas e colinosas. As planícies flúvio-marinhas também ocupam vastas
áreas (16,9%), pois nessa porção do litoral houve grande deposição de
sedimentos despejados pelo rio Paraíba do Sul, quando a foz do mesmo era nas
proximidades da foz atual do rio Macaé, levanto a um afastamento da serra do
Mar em relação ao Atlântico. O domínio colinoso cobre 8,5% da área, localizados
entre as montanhas e as planícies fluviais da parte baixa do relevo e se
aproximando do mar à nordeste da área. Há uma proporção bastante significativa
de formações arenosas 9,1%, no extremo nordeste, que representam
testemunhos da antiga deposição de sedimentos do Paraíba do Sul (figura VI.28).

Bacia do rio Macaé e lagoas costeiras

45
41,8

40

35

30

25
%

21,2

20
16,9

15

9,1
10 8,5

5
1,6
0,8
0,0
0
Montanhas Morros elevados Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de-açúcar costeiras flúvio- arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.28 - Proporções das Classes do Mapa Geomorfológico da Bacia do rio Macaé e
Lagoas Costeiras.

102
As formações herbáceas representam aquelas de maior amplitude espacial
nesta área, ocupando 40,6% do total (figura VI.29), concentrados nas áreas
próximas à costa, mas alcançando a maior parte da bacia. Porém, nas áreas mais
interioranas, estas formações aparecem entremeadas por diversos fragmentos
florestais, que somados às florestas das porções superiores da paisagem, fazem
este domínio cobrir 32,7% de toda a área. A classe de agropastos e vegetação
secundária, que domina mais de 13,5% da área, faz parte da sistemática de
manejo das baixadas, que ora são utilizadas para pastoreio de gado, ora são
abandonadas. Mas essa formação também está associada às bordas florestais.
As restingas também têm grande importância, encobrindo os cordões arenosos
da porção noroeste. As demais classes são de pouca importância espacial,
apesar da enorme relevância da dinâmica da área urbana de Macaé para a
definição da vegetação e uso do solo na região.

Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras


45
40,6
40

35 32,7

30

25
%

20

15 13,5

9,1
10

5
0,7 0,9 0,9 0,5 0,9
0,0 0,2 0,0
0
Vegetação Secundária

Agropasto + Vegetação

Agricultura

Dunas, Cordões Arenosos e

Corpos D'água

Não Classificada
Refúgios Vegetacionais

Formações Florestais

Formações Herbáceas

Mangues

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Indiscriminadas
Secundária Inicial
Inicial

Restingas

Figura VI.29 - Proporções das Classes do Mapa de Vegetação e Uso da Bacia do rio Macaé e
Lagoas Costeiras.

103
0
5
10
15
20
25
30
%

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,0
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Costeiras.
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

25,5
Inselbergs - Formações florestais

Colinas - Formações florestais

2,2
Planícies fluviais - Formações florestais

4,2
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,7
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e

17,4
Vegetação secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

6,1
secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e

16,5
Vegetação secundária

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas,

14,6
Agropasto e Vegetação secundária

demais classes tem pouca significância.


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,4
Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura

0,0
Planícies fluviais - Agricultura

0,3
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Área urbanas e áreas antrópicas Bacia do Rio Macaé e lagoas costeiras

0,3
indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,2
indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,2
indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas

0,7
antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues

0,9
Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões
9,1

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,8
(17,4%), o que é atenuado pelo fato das áreas montanhosas serem mais vastas.

104
contribuição para a cobertura total da área (14,6 e 16,5%, respectivamente). As
combinação de vegetação sobre compartimento geomorfológico tem grande
área analisada é coberta por esta combinação de montanha e formação herbácea
montanhoso há grande proporção de formações herbáceas e que grande parte da
íngremes e de difícil acesso. Porém, é possível perceber que mesmo no domínio
basicamente, estão nos domínios montanhosos, sendo de pouca significância nos

geomorfológico e o mapa de Vegetação e Uso do Solo da Bacia do rio Macaé e Lagoas


As áreas de gramínea prevalecem nas planícies flúvio-marinhas e fluviais e esta
O cruzamento da vegetação com a geomorfologia demonstra que as florestas,

demais domínios (figura VI.30). Localizam-se, basicamente, nas encostas

Figura VI.30 - Proporções das Classes do Mapa resultante do cruzamento do mapa


Bacia do Rio Piabanha
Esta é uma das menores bacias deste estudo, possuindo 205.096 hectares.
Localiza-se no reverso da serra do Mar, drenando em direção ao médio vale do
rio Paraíba do Sul
Sua geomorfologia se caracteriza pelo domínio das Montanhas. O Domínio
Montanhoso ocupa cerca de 50% da bacia (figura VI.31), em todas as suas
porções, enquanto o domínio de Pães de Açúcar e Morros Elevados ocupa mais
17,8% da área, na porção leste, totalizando mais de 67% de áreas montanhosas.
O outro domínio significativo é o de Planícies Fluviais, que ocupa ¼ da área da
bacia. Há ainda uma área de colinas (7,3%) que domina a porção baixa da bacia,
no extremo noroeste.
A formação vegetal de maior significância a ocupar a região são as formações
florestais: 43,8%, (figura VI.32), que se concentram no alto das serras, na porção
sul da bacia, reverso da serra do Mar. Há ainda muitos fragmentos de menor
porte na porção central, mesmo em áreas com grande urbanização.

Bacia do Rio Piabanha

60

49,9
50

40
%

30
25,0

20 17,8

10 7,3

0,0 0,0 0,0 0,0


0
Montanhas Morros elevados Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de-açúcar costeiras flúvio- arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.31 - Proporções das Classes do Mapa Geomorfológico da Bacia do Rio M


Piabanha.

105
Bacia do Rio Piabanha
50

45 43,8

40

35

30 27,5

25
%

20

15 13,4
12,4

10

5
2,1
0,4 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0
0

Áreas Antrópicas
Agricultura

Áreas Urbanas

Corpos D'água
Secundária Inicial

Secundária Inicial
Vegetacionais

Formações Florestais

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Não Classificada
Herbáceas

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.32 -Proporções das Classes do Mapa de Vegetação e Uso da Bacia do rio
Piabanha.

Também na porção central, mas sobretudo na porção sudoeste da bacia,


situam-se grande parte das formações herbáceas, que recobrem mais de 27,5%
da área. Agropastos e vegetação secundária é outra formação importante (13,4%)
novamente associada aos pastos e às áreas de floresta. Nesta bacia as áreas
agrícolas são bastante representativas, ocupando 12, 4% da área total,
localizados em diversas sub-bacias, como as dos rios Bomfim, Jacó e Caxambu,
entre outros. Há ainda uma área urbana significativa (2,1%), que corresponde aos
municípios de Petrópolis e Teresópolis, importantes pólos da Região Serrana do
estado do Rio de Janeiro.
Mais uma vez, as formações florestais concentram-se nas áreas montanhosas
(34,5% da bacia são áreas montanhosas com floresta), sendo pouco significativas
nos demais compartimentos geomorfológicos. Mesmo as Planícies Fluviais onde
há uma proporção grande de florestas, são basicamente aquelas localizadas nas

106
%

0
5
10
15
20
25
30
35
40
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,3
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Formações florestais

34,5
Colinas - Formações florestais

1,0
Planícies fluviais - Formações florestais

8,4

Bacia do rio Dois Rios


Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

24,2
secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

5,4
secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária

11,5
Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto

0,0
e Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

7,3
Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura

0,9
Bacia do Rio Piabanha

Planícies fluviais - Agricultura

4,0
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

1,4
Inselbergs - Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,0
indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


1,0
indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

geomorfológico e o mapa de Vegetação e Uso do Solo da Bacia do rio Piabanha.


Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões
0,0

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,0
e nas planícies fluviais, o mesmo ocorrendo com as áreas urbanas (figura VI.33).

107
A bacia do rio Dois Rios possui 3.171 Km2, sendo composta basicamente por

fluviais (32,0%), como visto na figura VI.34. As montanhas desta bacia


complexo. As formações herbáceas são significativas também nas áreas de
parte dos agropastos e vegetação secundária, associados ao grande número de

colinas (esta combinação recobre mais de 5% da área total da bacia) e,

correspondem ao reverso da escarpa da serra do Mar e estão localizadas


áreas montanhosas (40,6% da área total), morros elevados (21,1%) e planícies
Merece destaque ainda a agricultura, que predomina nos domínios montanhosos
fragmentos das porções central e norte da bacia, formando um mosaico bastante
áreas altas do relevo. Também nas áreas montanhosas se encontram grande

principalmente, nas planícies fluviais (11,5%) da bacia são planícies fluviais.

Figura VI.33: Proporções das Classes do Mapa resultante do cruzamento do mapa


principalmente ao sul e leste da bacia. Os morros elevados estão na parte central
da bacia, enquanto as principais planícies fluviais correspondem às áreas ao
redor dos rios Negro e Grande. As colinas cobrem apenas 6,0% da área da bacia,
estando localizadas na porção baixa da bacia, próximas à confluência com o rio
Paraíba do Sul.

Bacia do Rio Dois Rios

45
40,6
40

35
32,0

30

25
%

21,1
20

15

10
6,0
5

0,0 0,0 0,0 0,2


0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros fluviais costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.34 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do rio Dois
Rios.

As formações herbáceas cobrem 57,2% da bacia do rio Dois Rios, compondo


a matriz da paisagem e demonstrando a ampla abrangência da atividade
agropastoril nesta bacia. As formações florestais (22,2%) estão mais
concentradas na porção alta da bacia, enquanto na porção alta-média os
fragmentos são menores e mais numerosos, ocorrendo um decréscimo da
densidade dos fragmentos para jusante. Verifica-se que a agricultura, que cobre
9,8% da área, está distribuída de forma esparsa ao longo de toda a bacia, o que

108
caracteriza esta bacia como a quarta mais recoberta por agricultura dentre todos
os sistemas/bacias hidrográficos (figura VI.35).

Bacia do Rio Dois Rios


70

60 57,2

50

40
%

30
22,2

20

9,2 9,8
10

0,1 0,1 0,0 0,0 0,9 0,2 0,2 0,0


0

Áreas Antrópicas
Agricultura

Áreas Urbanas
Secundária Inicial

Secundária Inicial
Vegetacionais

Formações

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Corpos D'água

Não Classificada
Herbáceas
Florestais

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.35 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do rio Dois Rios.

As áreas urbanas (0,9%) estão quase em sua totalidade localizadas nas


planícies fluviais, destacando-se a cidade de Nova Friburgo como principal núcleo
urbano, com 177.376 habitantes. As formações herbáceas, agropasto e
vegetação secundária inicial localizam-se nas áreas montanhosas e morros
elevados (36,7%), que podem constituir importantes áreas fontes de sedimentos
pros canais coletores, e nas planícies fluviais (25,1%). A agricultura é realizada
tanto em locais de grande declividade, como as áreas montanhosas e morros
elevados, como também nas planícies fluviais, potencializando a geração de
sedimentos e o transporte de elementos hidro-solúveis (nutrientes dos
fertilizantes, compostos dos herbicidas e inseticidas) para os canais coletores
caso não sejam utilizadas as técnicas e manejos adequados para cada tipo de
plantio. No que diz respeito às formações florestais, verifica-se que às áreas mais

109
%

0
5
10
15
20
25
30
35
40
VI.36).
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

0,1
Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

rio Dois Rios.


Formações florestais

18,9
Colinas - Formações florestais

0,3
Planícies fluviais - Formações florestais

2,9

Bacia do Rio Pomba

visto na figura VI.37.


Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária
36,7

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

5,1
secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária
25,1

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e

0,0
Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

5,6
Agricultura

Colinas - Agricultura
0,6
Bacia do Rio Dois Rios

Planícies fluviais - Agricultura


3,4

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


0,0

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,3

Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,0

indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,8

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


0,0

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,2

isoladas com orientação NE-SW que ocupam, no total, 17,5% da bacia, como
As colinas formam o principal domínio geomorfológico da bacia do rio Pomba,

110
Figura VI.36: Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do

cobrindo 44,9% dos 8.604 Km2 de área da bacia, sendo seguida pelo domínio de
localizados nas planícies fluviais ocupando 2,9% da área total da bacia (figura
preservadas estão nas áreas montanhosas (18,9%), favorecidas pela existência
do Parque Estadual de Três Picos, embora existam fragmentos florestais

planícies fluviais (37,3%). O domínio montanhoso é caracterizado por serras


Bacia do Rio Pomba

50
44,9
45

40
37,3

35

30
%

25

20 17,5

15

10

5
0,0 0,0 0,0 0,0 0,2
0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.37: Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do rio
Pomba.

Os dados de uso e cobertura do solo apontam, como visto na figura VI.38, as


formações herbáceas como constituintes da matriz desta bacia, ocupando 74,1%
da área total, a maior ocupação por este tipo de uso/cobertura na comparação
com as demais áreas. Por esses dados é possível concluir que se trata de uma
bacia extremamente desmatada, com grande potencial de geração de altas
cargas de sedimentos para os principais rios coletores. Verifica-se a existência de
pequenos fragmentos florestais em quase toda a bacia, mas com pequena
ocorrência a nordeste da cidade de Ubá. Os maiores fragmentos localizam-se na
porção central da bacia, na serra do Descoberto. Na comparação com as demais
bacias, a bacia do rio Pomba é a penúltima em ocorrência de formações
florestais, superando apenas a foz do rio Paraíba do Sul, que apresenta apenas
1,5% de sua área com esse tipo de uso/cobertura. A agricultura é encontrada ao
longo de toda bacia cobrindo 7,1% da área total da bacia, com concentração a
oeste e também na porção baixa da bacia. Do total de áreas utilizadas para a

111
agricultura nas áreas mapeadas, observado na figura VI.38, esta bacia é a
terceira que mais apresentada áreas com esse uso/cobertura, destacando sua
importância no que diz respeito a esta atividade econômica. As principais áreas
urbanas correspondem às cidades de Ubá/MG (94.228 hab.), Cataguases/MG
(67.384 hab.) e Leopoldina/MG (49.915 hab.), ocupando 1,0% da área total.
Bacia do Rio Pomba
80
74,1

70

60

50

40
%

30

20
12,2

10 7,1
5,3

0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,1 0,2 0,0


0

Áreas Antrópicas
Vegetacionais

Formações

Agricultura

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Áreas Urbanas

Corpos D'água

Não Classificada
Secundária Inicial

Secundária Inicial

Herbáceas
Florestais

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.38: Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do rio Pomba.

As áreas de formação herbácea, agropasto e vegetação secundária inicial


dividem-se em dois domínios geomorfológicos: em áreas de colinas, ocupando
37,2% da área da bacia, e nas planícies fluviais (31,2%). Chama a atenção que
as áreas de domínio montanhoso estão em sua maior parte ocupadas por
formações herbáceas, agropastos e vegetação secundária inicial, que pode ser
um indicativo degradação ambiental desta bacia, pois essas áreas normalmente
são as últimas a serem desmatadas dentre todos os domínios geomorfológicos. O
restante das áreas montanhosas é coberto por formações florestais e por áreas
de agricultura. As áreas florestadas ocupam mais áreas de colinas (5,1%) que de

112
%

0
5
10
15
20
25
30
35
40
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

0,0
Refúgios vegetacionais

rio Pomba.
efluentes.
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

4,5
Formações florestais

Colinas - Formações florestais

5,1
Planícies fluviais - Formações florestais

2,3

Bacia do Rio Muriaé


Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária

11,5
Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação
secundária

37,2
Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e
Vegetação secundária

31,2
Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e

0,0
Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

1,4
Agricultura

Colinas - Agricultura

2,3
Bacia do Rio Pomba

Planícies fluviais - Agricultura

3,2
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

0,0
Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,3
indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,8

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


0,0

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,2

planícies flúvio-marinhas , com 1,8% da área total da bacia, aparecem somente

113
Figura VI.39: Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do

Na bacia do rio Muriaé (8.178 Km2) os domínios geomorfológicos estão


cidades nessa posição é justificada pela maior facilidade de ocupação e obtenção
VI.39. A agricultura é realizada com maior ocupação nos fundos de vale, que
montanhas (4,5%), e em menor grau as planícies fluviais (2,3%), visto na figura

da área total. As montanhas ocupam 26,9% da área da bacia, enquanto as


de água para as atividades da cidade, como também para o despejo dos
localizadas nas planícies fluviais do principal rio da bacia. A localização dessas

enquanto as planícies fluviais são a segunda mais abrangente, ocupando 34,9%


colinas e montanhas. As cidades desta bacia estão em sua grande maioria
correspondem às planícies fluviais, mas também é praticada no domínio de

proporcionalmente bem distribuídos. As colinas ocupam 36,1% da área da bacia,


no baixo rio Muriaé, nas proximidades da confluência com o rio Paraíba do Sul
(figura VI.40).

Bacia do Rio Muriaé

40
36,1
34,9
35

30
26,9

25
%

20

15

10

5
1,8
0,1 0,0 0,0 0,3
0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.40 – Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do rio
Muriaé.

O uso e cobertura predominante é o de formações herbáceas, que está


localizada na porção média e baixa da bacia, enquanto o agropasto e a vegetação
secundária inicial formam a segunda classe mais abrangente, com localização
preponderante na parte alta da bacia (figura VI.41), ao norte. Esta bacia possui a
segunda maior área com formações herbáceas dentre todos os sistemas/bacias
hidrográficos analisados, sendo superado apenas pela bacia do rio Pomba, que
engloba 74,1% das áreas destinadas a este uso/cobertura. Próximo a essas áreas
estão localizadas as formações florestais, que encontram-se bastante
fragmentadas e respondem por 15,5% da área total da bacia. As principais
cidades desta bacia são Muriaé, localizada no estado de Minas Gerais e que
possui 95.548 habitantes, além de Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro com
92.852 habitantes. Todas as áreas urbanas em conjunto ocupam 0,6% da bacia.

114
Já as áreas de agricultura abrangem 4,0% da área total, localizando-se de forma
fragmentada na porção média da bacia, enquanto nas áreas próximas ao rio
Paraíba do Sul a agricultura é realizada de forma mais adensada.

Bacia do Rio Muriaé


60

51,2
50

40

30
%

27,7

20
15,5

10
4,0

0,1 0,5 0,0 0,0 0,6 0,0 0,3 0,0


0

Áreas Antrópicas
Vegetacionais

Formações

Agricultura

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Áreas Urbanas

Corpos D'água

Não Classificada
Secundária Inicial

Secundária Inicial

Herbáceas
Florestais

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.41 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do rio Muriaé.

Essa agricultura é, em sua maior parte, realizada em planícies flúvio-marinhas


e fluviais, aproveitando-se dos menores desnivelamentos do relevo e dos solos
mais férteis encontrados nesses locais. As colinas são majoritariamente cobertas
por formações herbáceas, agropastos e vegetação secundária, que são os usos e
coberturas predominantes na bacia, superando as áreas de colinas cobertas por
formações florestais. A mesma tendência é seguida pelo domínio montanhoso,
que apresenta-se bastante desmatado e com a predominância de formações
herbáceas. As áreas urbanas vem seguindo uma tendência geral da ocupação no
vale do rio Paraíba do Sul, localizam-se nas planícies fluviais, beirando os
principais canais da bacia, como visto na figura VI.42.

115
%

0
5
10
15
20
25
30
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs - 35

0,1
Refúgios vegetacionais

rio Muriaé.
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

6,8
Formações florestais

Colinas - Formações florestais

5,3
Planícies fluviais - Formações florestais

3,1
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária
19,5

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


secundária
29,9

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária
30,1

Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia


Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e
0,5

Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,6

Agricultura

Colinas - Agricultura
0,9
Bacia do Rio Muriaé

Planícies fluviais - Agricultura

localizados próximos à lagoa Feia (figura VI.43).


1,3

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


1,3

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,0

Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas


0,1

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,5

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões arenosos


0,0

e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,3

116
Figura VI.42 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do

que compõem parte da restinga de Jurubatiba, recobrem 3,8% da bacia e estão


sistema hidrográfico observa-se um conjunto de colinas, que cobrem 15,5% da
montanhas correspondentes à escarpa da serra do Mar. Na porção média do
Na parte alta do sistema hidrográfico da lagoa Feia verifica-se a ocorrência de

rios percorrem áreas de planícies costeiras flúvio-marinhas. Cordões arenosos,


entalharam seu leito, enquanto nas áreas mais baixas do sistema hidrográfico os
área total. Planícies fluviais estão próximas às montanhas, nos locais onde os rios
Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia

35

29,7
30
26,7

25

20 18,9
%

15,5
15

10

5,5
5 3,8

0,0 0,0
0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.43 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos do sistema


hidrográfico da lagoa Feia.

A lagoa Feia é o maior corpo d’água deste sistema hidrográfico e a maior


laguna do Norte fluminense, podendo também ser observado um outro corpo
d´água a noroeste, a lagoa de Cima. Não são observadas áreas urbanas nesse
sistema hidrográfico, mas existem outros tipos de uso da terra, como a
agricultura, que possui um papel relevante nesse sistema, ocupando
preferencialmente áreas ao norte da lagoa Feia e cobrindo 16,2% da área total, a
segunda maior ocupação por esse uso/cobertura dentre todas as áreas
estudadas, superada apenas pela foz do rio Paraíba do Sul, que apresenta 37,0%
se suas áreas utilizadas por esta atividade. Os mangues estão localizados ao
longo dos principais rios que fluem para a lagoa Feia, sendo necessário a mistura
da água salobra da lagoa com a água doce dos rios para a formação desse tipo
de vegetação. Formações herbáceas estão na parte central do sistema
hidrográfico, enquanto agropastos e a vegetação secundária inicial estão na
proximidade das áreas de agricultura e das formações florestais. Estas, por sua

117
vez, recobrem 25,0% da área total e estão localizadas a oeste do sistema
hidrográfico (figura VI.44).

Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia


40
37,3

35

30

25,0
25

20
%

16,2

15

10
6,2
5,1 5,5
5 3,8

0,3 0,6 0,1 0,0 0,0


0
Agricultura

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Vegetacionais

Formações

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Corpos D'água

Não Classificada
Secundária Inicial

Secundária Inicial

Herbáceas
Florestais

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.44 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo do sistema hidrográfico
da lagoa Feia.

Observa-se que a maior parte das formações florestais, visto na figura VI.45,
estão localizadas no domínio montanhoso, que são as áreas mais preservadas
desse sistema. As formações herbáceas, agropastos e vegetação secundária
estão bem distribuídos entre os diversos domínios geomorfológicos (montanhas,
colinas, planícies fluviais e planícies flúvio-marinhas). A agricultura é realizada
basicamente nas planícies flúvio-marinhas que se estendem do rio Paraíba do sul
a lagoa Feia.

118
%

0
5
10
15
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs - 20

0,2
Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


Formações florestais
17,2

Colinas - Formações florestais

2,3
Planícies fluviais - Formações florestais

Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais


4,4

1,1

hidrográfico da lagoa Feia.


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
8,4

Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


secundária
10,3

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária
12,6

Zona Deltáica – Foz do Rio Paraíba


Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e
Vegetação secundária
12,0

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


1,0

Agricultura

também um domínio colinoso (figura VI.46).


Colinas - Agricultura
2,6

Planícies fluviais - Agricultura


1,7

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


11,0
Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,0

Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,0

indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,0

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


5,8

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


3,8

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


5,5

119
A geomorfologia da foz do rio Paraíba do Sul é caracterizada por formações

proporcionaram a progradação da linha de costa. A sua área total é de 2.622 Km2

continente, especialmente ao norte desta área, são observadas planícies fluviais e


de dinâmica fluvio-marinha e também por depósitos sedimentares que

e as planícies costeiras flúvio-marinhas ocupam 42,5% desta área, enquanto os


Figura VI.45 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico do sistema

cordões arenosos e restingas recobrem 23,2%. Em direção ao interior do


Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba do Sul

45
42,5

40

35

30

25
%

23,2
21,0
20

15
12,0

10

5
1,1
0,2 0,0 0,0
0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.46 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da foz do rio Paraíba
do Sul.

Os corpos d’água dessa área são compostos basicamente pelo próprio rio
Paraíba do Sul e uma série de lagunas costeiras. O uso e cobertura
preponderante é o de agricultura, recobrindo 37,0% da área e que se estende em
um arco norte - sul, enquanto as formações herbáceas estão mais localizadas ao
norte e também no extremo sul. A foz do rio Paraíba do Sul é a área que
apresenta a maior cobertura por agricultura e também a que responde por 18,9%
de todas as áreas com agricultura da área mapeada. Campos dos Goytacazes, a
maior cidade do Norte fluminense com 426.154 habitantes, cobre 2,1% da área
total do recorte, sendo também expressiva nessa área a cobertura de dunas,
cordões arenosos e restingas (23,2% da área total). Mangues são encontrados
próximo à algumas lagunas ao sul do recorte, enquanto os fragmentos florestais
são pouco numerosos e expressivos na área, destacando-se o maior fragmento
ao norte rodeado por plantios (figura VI.47).

120
Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba do Sul
40
37,0

35
31,0
30

25 23,2

20
%

15

10

5 3,3
1,5 2,1 1,9
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
0
Agricultura

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Vegetacionais

Formações

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Corpos D'água

Não Classificada
Secundária Inicial

Secundária Inicial

Herbáceas
Florestais

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.47 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da foz do rio Paraíba do
Sul.

As áreas de agricultura estão localizadas, em sua maior parte, nas planícies


flúvio-marinhas, que são locais de mais fácil plantio por serem menos declivosos.
Com menos freqüência, a agricultura também é realizada em planícies fluviais e
sobre colinas. O sítio urbano de Campos dos Goytacazes está assentado sobre
colinas e planícies flúvio-marinhas, aproveitando a disponibilidade de água do rio
Paraíba do Sul. Formações herbáceas, agropasto e vegetação secundária estão
localizadas em planícies flúvio-marinhas, colinas e planícies fluviais, porém mais
distantes em relação à cidade de Campos dos Goytacazes que as áreas de
agricultura (figura VI.48). Esse maior distanciamento está provavelmente
relacionado com a priorização da atividade sucro-alcooleira nesta área, que ocupa
as áreas mais próximas aos centros de beneficiamento da cana-de-açúcar.

121
%

0
5
10
15
20
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
25

0,0
Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

0,0
Formações florestais

Colinas - Formações florestais

0,8

rio Paraíba do Sul.


Planícies fluviais - Formações florestais

0,1
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,5

Bacia do Rio Itabapoana


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

0,2
Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


secundária
11,0

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


5,2

Vegetação secundária

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária
14,9

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,0

Agricultura

Colinas - Agricultura
7,4

Planícies fluviais - Agricultura


6,6

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


23,1
Zona Deltáica - Foz do Rio Paraíba do Sul

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,0

Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas


1,4

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,0

indiscriminadas

menores desnivelamentos em toda a bacia, visto na figura VI.49.


Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas
0,7

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


2,8

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões arenosos


e restingas
23,3

Corpos d'água - Corpos d'água


1,9

domínio de montanhas que cobre 25,9% da área da bacia e que ao sul atua como

122
Figura VI.48 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da foz do

bacia do rio Itapemirim. As áreas mais dissecadas representam as colinas (42,2%

encontradas na desembocadura do rio Itapemirim e são as áreas que apresentam


A bacia do rio Itabapoana (4.887 Km2) é composta basicamente por um

da área da bacia) e planícies fluviais. As planícies flúvio-marinhas são


divisor de água em relação à bacia do rio Paraíba do Sul e ao norte em relação à
Bacia do Rio Itabapoana

45
42,2

40

35

30
25,9 25,3
25
%

20

15

10
6,1
5

0,0 0,0 0,3 0,2


0
Montanhas Morros elevados Maciços Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordões Corpos D'água
e Pães-de- costeiros costeiras flúvio- arenosos e
açúcar marinhas Restingas

Figura VI.49 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do rio
Itabapoana.

As formações florestais cobrem 22,9% da área total da bacia, com numerosos


fragmentos em toda a bacia, mas com um adensamento ao norte, no Parque
Nacional do Caparaó, e uma rarefação em direção ao sul. Os agropastos e a
vegetação secundária inicial localizam-se na parte norte da bacia cobrindo 27,9%
da área total da bacia, enquanto as formações herbáceas são encontradas na
porção média e baixa da bacia. Na comparação com as demais áreas estudadas,
a bacia do rio Itabapoana é a segunda com maior abrangência de agropastos e
vegetação secundária inicial, superada apenas pelo sistema hidrográfico da baía
de Guanabara, com 31,9% de sua área utilizada por este tipo de uso/cobertura
(figura VI.50).

123
Bacia do Rio Itabapoana
50
44,4
45

40

35

30 27,9

25
%

22,9

20

15

10

5
2,2
1,3
0,4 0,3 0,0 0,3 0,0 0,2 0,0
0
Agricultura

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Vegetacionais

Formações

Formações

Dunas, Cordões

Mangues

Corpos D'água

Não Classificada
Secundária Inicial

Secundária Inicial

Herbáceas
Florestais

Indiscriminadas
Arenosos e
Refúgios

Agropasto +

Restingas
Vegetação

Vegetação

Figura VI.50 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do rio
Itabapoana.

As principais cidades dessa bacia estão localizadas nas planícies fluviais,


como é o caso de Bom Jesus do Itabapoana/RJ, com 33.888 habitantes, e
Guaçuí/ES, com 25.761 habitantes. As formações florestais dividem-se
basicamente no domínio de montanhas, como no caso das áreas do Parque
Nacional do Caparaó, e no domínio de colinas. Formações florestais em planícies
fluviais são menos freqüentes (3,4% da área total). As colinas desta bacia são
recobertas basicamente por formações herbáceas, agropasto e vegetação
secundária, tendo uma porção pequena de sua área utilizada para a agricultura
(1,4% da área da bacia). Essas formações herbáceas, agropastos e vegetação
secundária também recobrem a maior parte das planícies fluviais, montanhas e
quase a totalidade das planícies flúvio-marinhas.

124
%

0
5
10
15
20
25
30
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs - 35

0,4
Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

9,5
Formações florestais

rio Itabapoana.
Colinas - Formações florestais

9,4
Planícies fluviais - Formações florestais

3,4
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,4
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária
16,1

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


secundária
31,2

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


Vegetação secundária
21,6

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e

Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul


5,2

Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,0

Agricultura

Colinas - Agricultura
1,4

é pertencente ao sistema CESP (figura VI.52).


Planícies fluviais - Agricultura
0,1
Bacia do Rio Itabapoana

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


0,6

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,0

Área urbanas e áreas antrópicas indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas


0,0

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,3

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões arenosos


0,3

e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,1

125
do rio Paraíba do Sul, dois domínios montanhosos de orientação sudoeste-
Figura VI.51: Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do

a barragem de Paraibuna, no rio Paraitinga, com fins de geração de energia, que


27,9%, correspondendo principalmente às porções mais baixas da bacia na calha
Mantiqueira, domínio montanhoso, com 33,1%, que corresponde às escarpas da
em sua área: domínio colinoso, com 36,4%, que corresponde às colinas do
em sua maioria no estado de São Paulo drena parte do Planalto Atlântico e a
A bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul – rio Paraitinga (5.654km²), localizada

serra do mar ao sul e da Mantiqueira ao Norte e domínio de planícies fluviais com


embasamento e as bacias sedimentares terciárias entre as serras do Mar e da

nordeste, 2,6% de sua área correspondem a grandes corpos da água, dentre eles
serra do Mar ao sul, possuindo três domínios Geomorfológicos bem distribuídos
Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio Paraitinga

40

36,4

35
33,1

30
27,9

25
%

20

15

10

5
2,6

0,0 0,0 0,0 0,0


0
Montanhas Morros elevados e Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordoes Corpos D'água
pães-de-açúcar costeiras flúvio- Arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.52: Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do Alto vale
do Paraíba.

Quanto ao uso do solo, ver figura VI.53, destaca-se a distribuição de


formações florestais com 51,2%, que se concentram nas áreas montanhosas e
nas áreas escarpadas da serra do Mar, ao sul da bacia, sendo esta uma das
bacias onde são mais preservadas as formações florestais, perdendo apenas
para as bacias do Sistema Hidrográfico da Baía da Ilha Grande, que possui 86,9%
de sua área florestada e para o Sistema Hidrográfico da Baía de Sepetiba, que
possui 51,3% de sua área coberta por florestas. Nos domínios de Colinas e
várzeas há uma predominância de formações herbáceas e pastagens (36,6% da
área da bacia), que correspondem a as áreas de uso para pecuária de extensão,
com poucas cidades, dentre elas Natividade da serra e Paraibúna e com uma
densidade demográfica muito baixa, ambas as cidades com 7.275 e 16.456
habitantes, respectivamente. A agricultura, que corresponde a 2,4% e a utilização
com áreas urbanas que corresponde a 1,4% estão quase que em sua totalidade

126
concentradas na porção oeste-sudoeste da bacia próximo às áreas mais planas
das bacias sedimentares e dos fundos de vale fluviais do rio Paraíba do Sul.

Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio Paraitinga


60

51,2
50

40
36,6

30
%

20

10

4,4
2,4 2,6
1,0 1,4
0,2 0,0 0,0 0,1 0,0
0
Vegetação Secundária

Agropasto + Vegetação

Agricultura

Dunas, Cordões Arenosos e

Corpos D'água

Não Classificada
Mangues
Refúgios Vegetacionais

Formações Florestais

Formações Herbáceas

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Indiscriminadas
Secundária Inicial
Inicial

Restingas

Figura VI.53 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do Alto Vale do
Paraíba – rio Paraitinga.

Nesta região da bacia, dentre os principais municípios está o município de


Jacareí na porção sudoeste da bacia, com população de 207.028 hab.,
constituindo importante pólo metal-mecânico, estando próximo ao rio Paraíba do
Sul no domínio de Planícies Fluviais, tal município sofre influência econômica dos
municípios de São José dos Campos, do qual está a uma distância de apenas 15
Km e do próprio município de São Paulo, do qual se encontra a 87 Km.
Concentram-se a indústria metal-mecânica, que pode gerar grandes aportes de
poluentes no ar em forma de aerodispersóides e nos corpos hídricos, em forma
de elementos diluídos.

127
25
Bacia do Alto Vale do Paraíba - Rio Paraitinga
22,1

20
18,0
17,3

15 14,0

11,3
%

9,9
10

5
2,6
1,0 1,6 1,0
0,8 0,4
0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0
0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e

Planícies fluviais - Agricultura

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


Planícies fluviais - Formações florestais

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas,
Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

Colinas - Agricultura

Corpos d'água - Corpos d'água


Colinas - Formações florestais

Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

Inselbergs - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Agropasto e Vegetação secundária


Inselbergs - Formações florestais

Inselbergs - Agricultura
Vegetação secundária

antrópicas indiscriminadas
Vegetação secundária

indiscriminadas

arenosos e restingas
indiscriminadas

indiscriminadas
secundária

Figura VI.54 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do


Alto Vale do Paraíba.

Bacia do Alto-Médio Vale do Paraíba.


A bacia do Alto Médio vale do Paraíba (7.104 Km²), em sua totalidade
localizada no estado de São Paulo drena parte do planalto Atlântico e ainda parte
de escarpas da serra do Mar ao sul e da serra da Mantiqueira, ao norte,
constituindo alguns dos pontos mais altos de toda a bacia do Paraíba, dentre eles
o pico das Agulhas Negras. Devido ao fato de o rio Paraíba do Sul drenar uma
área de planalto, com grandes trechos de áreas alagáveis, é o domínio de
planícies fluviais o mais representativo, com 44,8% da área da bacia, sendo ainda
40,4% correspondente às áreas de colinas, que corresponde a colinas convexo-
côncavas do embasamento e das bacias sedimentares terciárias. O domínio
montanhoso que concentra-se com orientação SW-NE, apesar das grandes
amplitudes alcançadas na serra da Mantiqueira não ultrapassa 13,8% da área da
bacia. Dentre os grandes corpos da água destaca-se a represa da UHE Jagurari,
com fins de geração de energia, pertencente ao sistema CESP (figura VI.55).

128
Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba

50

44,8
45

40,4
40

35

30
%

25

20

15 13,9

10

5
0,9
0,0 0,0 0,0 0,0
0
Montanhas Morros elevados e Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordoes Corpos D'água
pães-de-açúcar costeiras flúvio- Arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.55 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do Alto-
Médio Vale do Paraíba.

Estas características singulares do relevo permitem uma ocupação de uso do


solo diferente de grande parte das outras bacias do rio Paraíba do Sul. Apesar de
as formações florestais ocuparem 39,4% da área da bacia, 18,8% destas florestas
estendem-se por áreas colinosas. O relevo suave favorece a mecanização para o
plantio de florestas para fins de uso em fabricação de celulose, o que indica que
grande parte das florestas correspondem a áreas de plantios. Apesar de grande
parte da bacia, 38,5%, corresponder a formações herbáceas e pastagens, a
topografia suave permite o desenvolvimento da agricultura, que representa 9,3%
da área da bacia e o adensamento de núcleos urbanos com intensa atividade
industrial.

129
Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba
45

39,5
40 38,5

35

30

25
%

20

15

9,3
10

4,9
5 3,0 3,5

0,3 0,9
0,0 0,0 0,0 0,1
0
Vegetação Secundária

Agropasto + Vegetação

Agricultura

Dunas, Cordões Arenosos e

Corpos D'água

Não Classificada
Mangues
Refúgios Vegetacionais

Formações Florestais

Formações Herbáceas

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Indiscriminadas
Secundária Inicial
Inicial

Restingas

Figura VI.56 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do Alto-Médio
Vale do Paraíba.

Esta região está dentre as mais desenvolvidas economicamente do país com


importantes municípios, dentre eles: São José dos Campos (594.948 habitantes),
Taubaté (265.514 habitantes), Pindamonhangaba (135.682 habitantes) e
Caçapava (80.458 habitantes). Estas áreas constituem um importante pólo Metal-
Mecânico e Tecnológico, destacando-se a cidade de São José dos Campos, que
é a terceira maior cidade do Estado de São Paulo, onde concentram-se empresas
nacionais e internacionais, sendo ainda sede do Pólo Aeroespacial Brasileiro.
Apesar destas características econômicas singulares, que propiciam a agricultura
mecanizada e a urbanização da área, quando comparada com as outras bacias
do sistema que drenam para o estado do Rio de Janeiro ela quanto a cobertura
por área urbanizada ela está atrás de bacias como o Sistema Hidrográfico da Baia
de Guanabara, da Bacia Hidrográfica da Baia de Sepetiba, dentre outras e quanto
a áreas cobertas por agricultura, seu valor não ultrapassa os valores atingidos nas
bacias da zona deltáica da foz do rio Paraíba, dentre outras (ver figura VI.57).

130
0
5
10
15
20
25
%

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

0,3
Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -

9,8
Formações florestais

côncavas,
Colinas - Formações florestais
18,9

Planícies fluviais - Formações florestais


10,9

Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação secundária
3,6

Alto-Médio Vale do Paraíba.


Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

representantes
19,5

secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


23,3

secundária

do
Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto e
0,0

Vegetação secundária

Bacia do Médio Vale do Rio Paraíba


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -
0,0

Agricultura

Colinas - Agricultura
1,5

central desta bacia hidrográfica (figura VI.58).


Planícies fluviais - Agricultura
7,8

embasamento,
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura
0,0
Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Inselbergs -


0,1

Área urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas

das
Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas indiscriminadas
0,6

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


2,9

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

bacias
0,0

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões arenosos e


0,0

restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,8

singular. De sua área total 44,6% são relativas ao domínio de colinas convexo
A bacia do Alto Médio Vale do rio Paraíba (5.606 Km²) corresponde a uma

131
em especial possuem declividades menos acentuadas que o embasamento e os
Figura VI.57 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do

apenas 18,6% da área da bacia, assim como nas outras bacias é relativo a serra
correspondem a 36% da área da bacia. O domínio montanhoso, que ocupa
mais elevadas que as bacias sedimentares circundantes. As bacias sedimentares
Cenozóicas, como a de Volta Redonda e de Resende e das intrusões alcalinas
sedimentares

morros intrusivos alcalinos, interiores às bacias sedimentares terciárias na porção


morros alcalinos, permitindo a formação de grandes planícies fluviais, que
faixa de intensos movimentos crustais, o que a caracteriza com uma morfologia

da Mantiqueira ao norte, a serra do Mar ao sul, com orientação SW-NE e aos


Bacia do Médio Vale do Paraíba

50

44,6
45

40
36,0
35

30
%

25

20 18,6

15

10

5
0,8
0,0 0,0 0,0 0,0
0
Montanhas Morros elevados e Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordoes Corpos D'água
pães-de-açúcar costeiras flúvio- Arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.58 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do Médio
Vale do Paraíba.

Na porção central-oeste da bacia ainda encontra-se a barragem UHE do Funil,


nas proximidades da cidade de Itatiaia e da APA da serra da Mantiqueira. Quanto
à ocupação do solo, 59,6% da área da bacia é ocupada por formações herbáceas
e pastagens, que correspondem em sua maioria às áreas de colinas convexo
côncavas do embasamento e as áreas mais aplainadas das bacias sedimentares.
Tais áreas que hoje correspondem a pastagens para pecuária extensiva, desde o
século XVIII sofreram intenso desmatamento devido ao avanço do cultivo de café.
Mesmo havendo áreas planas que permitem a agricultura mecanizada, esta é
pouco representativa na área, devido, provavelmente ao desgaste e declínio da
cultura cafeeira na região. Quanto à vegetação florestal, que representa 28,4% do
total da bacia, 8,7% está inserida em áreas montanhosas, correspondente em sua
maioria a área de preservação do Parque Nacional de Itatiaia. Porem, o mesmo
processo de plantio de florestas para produção de celulose, que é promovido

132
atualmente na bacia do alto-médio vale do Paraíba começa a avançar nesta
bacia, havendo 13,1% das áreas florestais em colinas e ainda 6,6% em áreas de
planícies fluviais. Alguns exemplos destas áreas de plantio de floresta estão nas
áreas próximas ao município de Arapeí e São José do Barreiro. Esta área
também possui grandes aglomerações urbanas, próximas à estrada Via-Dutra
(BR-354), que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Dentre as cidades mais
representativas pode-se citar Barra Mansa (175.315 habitantes), Volta Redonda
(255.653 habitantes) e Barra do Piraí (96.282 habitantes). Estas cidades,
principalmente Volta Redonda, formam um importante núcleo siderúrgico e metal-
mecânico no país, onde destaca-se a Companhia Siderúrgica Nacional.

Bacia do Médio Vale do Paraíba


70

59,6
60

50

40
%

30 28,5

20

10
4,2
2,7 2,9
0,6 0,8 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0
0
Vegetação Secundária

Agropasto + Vegetação

Agricultura

Dunas, Cordões Arenosos e

Corpos D'água

Não Classificada
Mangues
Refúgios Vegetacionais

Formações Florestais

Formações Herbáceas

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Indiscriminadas
Secundária Inicial
Inicial

Restingas

Figura VI.59 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do Médio Vale do
Paraíba.

133
0
5
10
15
20
25
30
35
%

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,6
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

sua área.
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

8,7
Inselbergs - Formações florestais

Colinas - Formações florestais

13,1
Planícies fluviais - Formações florestais

6,6

Bacia do Rio Preto


Médio Vale do Paraíba.
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação
8,8

secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


30,1

secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


25,8

Vegetação secundária

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto


0,0

e Vegetação secundária

nordeste e no reverso destas escarpas.


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
0,5

Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura
1,0

Planícies fluviais - Agricultura


1,1

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


0,0
Bacia do Médio Vale do Paraíba

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Área urbanas, Outras áreas antrópicas
0,0

indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,5

indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


2,4

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


0,0

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,8

134
sendo uma das mais representativas dentre as bacias estudadas (ver figura VI.62)
Quanto aos aspectos vegetacionais 59,4% de sua área total é coberta por
Figura VI.60 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do

naturais e plantios e uma agricultura inexpressiva, que engloba apenas 2,6% de


rebaixadas entre relevos escarpados, com cristas orientadas no sentido sudoeste
norte do Estado possui três domínios geomorfológicos preponderantes: domínio
A bacia do rio Preto (3.416 Km²), que drena a serra da Mantiqueira, na porção

formações herbáceas (pastagens, várzeas e savanas – campos de altitude),

havendo ainda a cobertura de 36,3% formações florestais, que englobam florestas


Destaca-se a distribuição de áreas de colinas convexo côncavas em áreas
fluviais com 30,2%, não havendo corpos da água significativos (figura VI.61).
colinoso, com 38,6%, domínio montanhoso, com 31,1% e domínio de planícies
Bacia do Rio Preto

45

40 38,6

35

31,1
30,2
30

25
%

20

15

10

0,0 0,0 0,0 0,0 0,1


0
Montanhas Morros elevados Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordoes Corpos D'água
e pães-de-açúcar costeiras flúvio- Arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.61 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do rio Preto.

A partir destas informações pode-se interpretar que grande parte de sua área
florestada 15,2%, concentra-se no domínio montanhoso, enquanto uma menor
parte concentra-se no domínio de colinas, 13,3% e no domínio de planícies
fluvias, 7,8%. A concentração das formações florestais na área montanhosa deve-
se ao fato de serem áreas de difícil acesso, devido a sua alta declividade. Quanto
à distribuição de formações herbáceas, agropasto e vegetação secundária, 24,2%
deste tipo vegetacional encontra-se no domínio de colinas, enquanto 21,3%
encontra-se nas áreas de planícies fluviais (figura VI.63). Tais áreas que hoje
correspondem a pastagens para pecuária extensiva, desde o século XVIII
sofreram intenso desmatamento devido ao avanço do cultivo de café. Mesmo
havendo áreas planas que permitem a agricultura, esta é pouco representativa na
bacia, devido, provavelmente, ao desgaste e declínio da cultura cafeeira na
região. Valença (70.850 hab.) e Vassouras (32.495 hab.) são algumas cidades
representativas desta região.

135
0
5
10
15
20
25
30
%
%

0
10
20
30
40
50
60
70
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,2
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Refúgios Vegetacionais

0,2
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

rio Preto.
15,2
Inselbergs - Formações florestais

Colinas - Formações florestais

13,3
Formações Florestais

36,4
Planícies fluviais - Formações florestais

7,8
Vegetação Secundária
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
1,0
Inicial

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

15,1
secundária
Agropasto + Vegetação

0,0
Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação Secundária Inicial

24,2
secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e

21,3
Vegetação secundária Agricultura

2,7
Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto

0,0
e Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Formações Herbáceas


59,4

0,6
Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura

0,9
Dunas, Cordões Arenosos e
0,0

Restingas

Bacia do Rio Preto


Bacia do Rio Preto

Planícies fluviais - Agricultura

1,1
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

0,0
Mangues
0,0

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,0
indiscriminadas
Áreas Urbanas
0,2

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,1
indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,1
indiscriminadas Áreas Antrópicas
0,0

Indiscriminadas
Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas

0,0
antrópicas indiscriminadas

Corpos D'água
0,1

Planícies fluvio-marinhas - Mangues

0,0
Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões

0,0
arenosos e restingas
Não Classificada
0,0

Corpos d'água - Corpos d'água


Figura VI.62 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do rio Preto.

0,1

136
Figura VI.63 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do
Nas montanhas e relevos escarpados percebe-se ainda a distribuição de
15,1% das formações herbáceas, agropasto e vegetação secundária, que podem
ser relativas à distribuição de campos de altitude, comuns nestas áreas de
reverso de relevos escarpados da serra da Mantiqueira, devido à características
climáticas (temperaturas mais amenas), solos pouco desenvolvidos e ao
isolamento proporcionado pela barreira orográfica, em relação aos outros tipos
vegetacionais.

Bacia do Rio Paraibuna


Na bacia do rio Paraibuna (5.174 km²) predominam o domínio colinoso, com
43,6% da área, enquanto os domínios de planícies fluviais e montanhoso cobrem,
respectivamente, 24,8% e 31,1% da área, como mostra a figura VI.64. Todos os
domínios são controlados por escarpas e serrotes da serra da Mantiqueira que
possuem orientação Sudoeste-Nordeste. Sendo que parte das áreas colinosas
são relativas a reversos de relevos escarpados do embasamento. A bacia está
inserida em sua maioria no estado de Minas Gerais, na chamada Zona da Mata
Mineira.

137
Bacia do Rio Paraibuna

50

45 43,7

40

35
31,2
30
%

24,9
25

20

15

10

0,0 0,0 0,0 0,0 0,3


0
Montanhas Morros elevados Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordoes Corpos D'água
e pães-de-açúcar costeiras flúvio- Arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.64 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do rio
Paraibúna.

Quanto ao uso do solo a grande maioria da área, 61,7% é correspondente a


formações herbáceas, pastagens e gramíneas, sendo parte relativa a pastagens e
parte relativas a vegetação de campos de altitude, sendo esta bacia uma das
mais representativas neste tipo de cobertura (ver figura VI.65). Tais áreas que
hoje correspondem a pastagens são destinadas à pecuária extensiva para corte,
mas principalmente para criação de gado leitero, constituindo esta área uma
importante bacia leiteira. Algumas cidades representativas desta situação são
Matias Barbosa e Simão Pereira, ao sul de Juiz de Fora. A área florestada, com
26,9% está bem distribuída nos domínios montanhoso e colinoso, enquanto a
agricultura está concentrada nos domínios de colinas da parte nordeste da bacia,
ao norte do município de Juiz de Fora (figura VI.66).

138
Bacia do Rio Paraibuna
70

61,7
60

50

40
%

30 26,9

20

10
5,1
3,5
1,9
0,3 0,3 0,0 0,0 0,1 0,3 0,0
0
Vegetação Secundária

Agropasto + Vegetação

Agricultura

Dunas, Cordões Arenosos e

Corpos D'água

Não Classificada
Mangues
Refúgios Vegetacionais

Formações Florestais

Formações Herbáceas

Áreas Urbanas

Áreas Antrópicas
Indiscriminadas
Secundária Inicial
Inicial

Restingas

Figura VI.65 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do rio Paraibuna.

O Município de Juiz de Fora concentra a ocupação urbana da bacia, tendo


uma população de 513.348 habitantes, ele também é um importante pólo
industrial do estado de Minas Gerais, o qual se desenvolve desde o século XIX,
sob a influência das áreas das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo
Horizonte, destacando-se as produções da indústria têxtil e de alimentos.

139
0
5
10
15
20
25
30
35
%

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,2
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

9,0
Inselbergs - Formações florestais

rio Paraibuna.
Colinas - Formações florestais

Planícies fluviais - Formações florestais 11,3

6,4
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,0
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação
14,2

secundária

Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação


29,7

secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e


22,0

Vegetação secundária

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto


0,0

e Vegetação secundária

Bacia do Médio – Baixo Vale do Paraíba


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
1,0

Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura
2,1

Planícies fluviais - Agricultura


1,8
Bacia do Rio Paraibuna

Planícies fluvio-marinhas - Agricultura


0,0

do Sul que nesta porção possui baixas declividades.


Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e
Inselbergs - Área urbanas, Outras áreas antrópicas
0,6

indiscriminadas

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,5

indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas


0,9

indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas


0,0

antrópicas indiscriminadas

Planícies fluvio-marinhas - Mangues


0,0

Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões


0,0

arenosos e restingas

Corpos d'água - Corpos d'água


0,3

140
Figura VI.66 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do

domínios de planícies fluviais corresponde, na maior parte, ao vale do rio Paraíba


Na bacia do médio-baixo vale do Paraíba (5.407 Km²) predomina o Domínio

domínios são controlados em sua maioria na direção sudoeste-nordeste e os


Pães de Açúcar com 17,6% da área total da bacia, como indica a figura VI.67. Os
domínios montanhoso com 26,0%, colinoso com 22,1% e de morros elevados e
de Planícies Fluviais, com 32,1%, mas também são bem representativos os
Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba

35
32,1

30

26,0

25
22,1

20
%

17,6

15

10

1,6
0,6
0,0 0,0
0
Montanhas Morros elevados e Maciços costeiros Colinas Planícies fluviais Planícies Dunas, Cordoes Corpos D'água
pães-de-açúcar costeiras flúvio- Arenosos e
marinhas Restingas

Figura VI.67 - Proporções das classes dos domínios geomorfológicos da bacia do Médio –
Baixo Vale do Paraíba.

Quanto a ocupação do solo, como mostra a figura VI.68, a grande maioria da


área da bacia, 72,5%, é ocupada por formações herbáceas e pastagens, sendo a
proporção relativa a esta ocupação menor apenas que na bacia do rio Pomba,
enquanto a ocupação florestal, que se concentra nas áreas montanhosas
representa apenas 13,1% da área total (figura VI.68). Tais áreas que hoje
correspondem a pastagens para pecuária extensiva, desde o século XVIII
sofreram intenso desmatamento devido ao avanço do cultivo de café. Mesmo
havendo áreas planas que permitem a agricultura mecanizada, esta é pouco
representativa na área, devido, provavelmente, ao desgaste e declínio da cultura
cafeeira na região. A agricultura, não é muito representativa e os 7,6% que são de
subsistência, em sua maioria, concentram-se nas áreas mais planas próximo a
sua foz. A área possui poucas ocupações urbanas onde destacam-se os
municípios de São Fidelis (37.477 hab.) e Itaquará (22.069 hab.).

141
0
5
10
15
20
25
30
35
% %

0
10
20
30
40
50
60
70
80
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

0,1
Inselbergs - Refúgios vegetacionais

Refúgios Vegetacionais

0,1
Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

9,0
Inselbergs - Formações florestais

Colinas - Formações florestais

2,0
Formações Florestais

Vale do Paraíba.
13,1
Planícies fluviais - Formações florestais

1,9
Vegetação Secundária
Planícies fluvio-marinhas - Formações florestais

0,1
0,2
Inicial

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e


Inselbergs - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação

31,5
secundária
Agropasto + Vegetação

5,1
Colinas - Formações herbáceas, Agropasto e Vegetação Secundária Inicial

Médio – Baixo Vale do Paraíba.


18,9
secundária

Planícies fluviais - Formações herbáceas, Agropasto e

27,6
Vegetação secundária Agricultura

Planícies fluvio-marinhas - Formações herbáceas, Agropasto


7,6

0,3
e Vegetação secundária

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e Formações Herbáceas


72,5

3,0
Inselbergs - Agricultura

Colinas - Agricultura

1,2
Dunas, Cordões Arenosos e
0,0

Restingas
Planícies fluviais - Agricultura

2,4
Planícies fluvio-marinhas - Agricultura

0,8
Mangues
0,0

Montanhas, Maciços costeiros, Morros Elevados e

Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba


Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba

Inselbergs - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,0
indiscriminadas
Áreas Urbanas
0,3

Colinas - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,0
indiscriminadas

Planícies fluviais - Área urbanas, Outras áreas antrópicas

0,3
indiscriminadas Áreas Antrópicas
0,0

Indiscriminadas
Planícies fluvio-marinhas - Área urbanas, Outras áreas

0,0
antrópicas indiscriminadas

Corpos D'água
1,0

Planícies fluvio-marinhas - Mangues

0,0
Dunas, cordões arenosos e restingas - Dunas, cordões

0,0
arenosos e restingas
Não Classificada
0,0

Corpos d'água - Corpos d'água

1,0

142
Figura VI.69 - Proporções das classes resultantes do mapa Geo-hidroecológico da bacia do
Figura VI.68 - Proporções das classes de uso e cobertura do solo da bacia do Médio – Baixo
VII. DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO - ESCALA 1:250.000

VII.1. Introdução

O planejamento e a gestão ambiental requerem a integração de elementos


geohidroecológicos, socioeconômicos e institucionais. O desenvolvimento de um
quadro de referência integrado para ações de planejamento e gestão ambiental
combina duas abordagens complementares – o quadro conceitual de gestão de
bacias hidrográficas e o quadro conceitual de gestão de recursos
socioeconômicos e institucionais.
A metodologia gera classificações do significado socioeconômico e da
limitação ambiental de áreas geográficas. As classificações se baseiam numa
análise multi-variada dos tipos e formas de uso do solo, de atividades econômicas
como a agropecuária, o turismo, a pesca, e de processos diversificados de uso do
território, como a urbanização e as áreas de conservação, assim como de
processos geomorfológicos e hidrográficos. As atividades e os processos
socioeconômicos apresentam dinâmicas próprias, passíveis de serem
diagnosticadas e avaliadas para um dado período de tempo e segundo um
conjunto de critérios capazes de estimar tendências e capacidade de suporte de
atuais e novas atividades no terreno, além de identificar riscos e potencialidades
de processos ativos no espaço geográfico.
O zoneamento ecológico-econômico é um instrumento de gestão e de
planejamento ambiental. Planejamento e gestão são formas diferentes de
intervenção. O planejamento deriva da antiga idéia do "grande desenho divino" da
natureza e dos seres vivos. Mesmo que mais tarde o divino tenha sido substituído
pela razão humana, e mais recentemente evoluído para um saber técnico-
tecnológico possivelmente capaz de estabelecer prioridades para a ação e para a
orientação de investimento públicos e privados, a idéia geral do "desenho
perfeito" se mantém até hoje.

143
Já a noção de gestão é mais política do que técnica, se concebida como uma
mediação entre o planejamento (governamental, empresarial) e a sociedade civil.
Trata-se de um processo de negociação (interação) entre entes públicos e
privados. Como tal a gestão ambiental ou territorial trata com incertezas e
instabilidade e, ao contrário do planejamento, não segue uma trajetória
predeterminada.
Como instrumento de planejamento ambiental o zoneamento ecológico-
econômico sugere parâmetros para o uso e proteção dos recursos naturais e
humanos. Contudo, sua prática não tem sido eficaz por dois motivos. O primeiro é
a suposição equivocada que do desenho a realização, o planejamento precisa ser
autoritário, ou seja, hierárquico (de cima para baixo) para ser considerado um
sucesso. O segundo motivo é a freqüência com que o planejamento ambiental,
quando concebido a partir de uma posição de poder identificado com o Estado ou
o estado-governo, se confunde com sistemas de controle. Os seres humanos têm
poder sobre a natureza, mas não a controla. Tem poder sobre o uso dos recursos,
mas não controla o comportamento dos sistemas socioambientais.
No desenvolvimento da metodologia para subsidiar o zoneamento ecológico-
econômico do Estado do Rio de Janeiro partiu-se do principio que este é
instrumento de planejamento, na medida em que permite estabelecer indicadores
dos limites e potencialidades de uso dos recursos territoriais, e de gestão, ao
gerar uma base para as necessárias negociações entre governo e sociedade civil,
assim como de futuros zoneamentos. De modo geral, os resultados do
zoneamento são indicativos e não normativos.

144
VII.2. Quadro de Referência Conceitual do Vetor Socioeconômico

VII.2.1. Conceitos interdisciplinares: Sistemas complexos

O conceito transdisciplinar mais interessante para o zoneamento ecológico-


econômico provém da teoria dos sistemas complexos. Aplica-se ao espaço
geográfico quando consideramos este como um sistema de objetos e ações
(Santos, 1996). A divisão do espaço geográfico, seja por processos de
regionalização, zoneamento ou qualquer outra forma de classificação em
unidades territoriais, não resulta em "compartimentos" ou sistemas fechados. São
sistemas abertos porque trocam energia com o exterior, e porque dissipam
energia quando ocorrem movimentos de reorganização interna do sistema.
Embora não esteja ainda desenvolvida uma forma de quantificar a energia em
sistemas geográficos - é mais fácil atualmente utilizar o equivalente universal do
dinheiro - já é possível entrever que em futuro próximo o uso e geração de
energia substituirão o dinheiro como elemento de medida das trocas de matéria,
informação e trabalho que caracterizam os sistemas abertos e dinâmicos. Erosão,
deslizamentos são consumidores de energia, acumulo de sedimentos nos
estuários dos rios resultam em menor uso de energia.
Os sistemas ecológicos e os sistemas socioeconômicos são sistemas abertos.
Para o vetor socioeconômico medidas diretas de consumo de energia (consumo
de energia elétrica, consumo de combustível automotivo, etc.) e indiretas (massa
salarial) foram utilizadas para estimar a incidência espacial do uso efetivo e
potencial de energia, como será explicitado adiante.
Um segundo aspecto da teoria dos sistemas complexos que também é
interessante para o zoneamento ecológico-econômico é a de que apresentam
relações lineares e não-lineares. A relação entre desenvolvimento regional e
saúde, por exemplo, pode ser linear – quanto maior o nível de desenvolvimento
socioeconômico melhor a atenção individual e coletiva com a saúde –, e não-

145
linear – quanto maior o nível de desenvolvimento socioeconômico pior as
agressões à saúde individual e coletiva. Várias hipóteses de trabalho que
orientam a metodologia supõem relações lineares e não-lineares.
O terceiro aspecto importante dos sistemas complexos para o zoneamento é
não só identificar componentes e fluxos de interação como também delinear os
limites dos sistemas. Há situações em que é pertinente estudar um sítio particular
para uma avaliação do impacto ambiental, e outras, em que o sistema deve ser
definido numa escala maior e mais agregado, como é o caso dos efeitos
cumulativos de vários distúrbios e agressões em sítios particulares. Alguns limites
são mais fáceis de delinear, como o de bacias hidrográficas. Delinear espaços
com maior freqüência de ocorrência de distúrbios ambientais, por exemplo, são
mais difíceis. Os limites dos sistemas também dependem do problema ou da
questão analítica a ser tratada. O valor de um sítio único, como a Baia da
Guanabara, é internacional, enquanto o valor de uma floresta para o controle de
sedimentos é local ou regional (Limburg et alli, 2002).
Finalmente, um quarto aspecto dos sistemas complexos é a incerteza. Não só
existe incerteza quanto aos dados e aos parâmetros de características, mudanças
e agressões econômico-socioambientais devido aos comportamentos aleatórios
como existe uma compreensão limitada dos subsistemas e suas interações.

146
VII.2.2. Conceitos geográficos

O quadro abaixo apresenta os principais conceitos geográficos a serem


utilizados na análise socioeconômica.

Tabela VII.1 – Conceitos geográficos

Fixos - representam investimentos pretéritos acumulados


(cidades, infra-estrutura de estradas, usinas elétricas,
"Fixos" e "Fluxos" portos, indústria, etc.), estoque de recursos naturais
(jazidas minerais, florestas, solos, água).
(Milton Santos, 1996)
Fluxos - mobilidade populacional, produto interno bruto,
massa salarial, dejetos.

Território - concepção do concreto, do lugar de existência


de pessoas e de coisas. Sentido de apropriação e
exclusão. Singularidade.
Território e territorialidade
Territorialidade – área geográfica indeterminada, porém
caracterizada por algum tipo de padrão de ocupação ou
de presença. Sentido de inclusão.

Concepção abstrata - fixos, fluxos, redes podem ser


Espaço geográfico representados por pontos, linhas e áreas não afetados
(Augustin Berque, 2000)
pela natureza das coisas e da existência nos lugares.

Redes são formas de organização. Na geografia são


manifestações da heterogeneidade na organização
Redes territorial e constituem uma forma de representar espaços
transacionais.

VII.3. Resultados – Escala 1: 250.000

O objetivo do diagnóstico socioeconômico é determinar os principais


elementos geográficos que caracterizam o conjunto de bacias hidrográficas que
drenam o estado do Rio de Janeiro (ERJ), através da análise dos dados
socioeconômicos selecionados por município e depois classificados por bacia. Na
escala de 1: 250.000 serão focalizados os efeitos das relações de vizinhança com

147
áreas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, aqui denominado
de faixa de fronteira, onde estão situadas as nascentes e altos vales de diversos
rios que drenam o ERJ, e cujas atividades socioeconômicas e interações
socioambientais vinculam-se em graus diferenciados com este estado.
Os quadros comparativos das bacias apresentam os aspectos gerais, a
dinâmica recente dos fluxos populacionais, o uso da terra e o consumo de energia
(tabelas VII.2, VII.3, VII.4, VII.5). Esses temas seguem um dos principais
componentes da proposta metodológica, que é o de dar ênfase à distribuição da
população e sua dinâmica, uso da terra, assim como à questão da energia.

148
Tabela VII.2 – Bacias e Sistemas Hidrográficos do Estado do Rio de Janeiro e Faixa de Fronteira: Quadro Básico

Densidade Taxa de
Número de População Populacional População População
BACIAS E SISTEMAS Área crescimento
municípios Total 2 Urbana Rural
HIDROGRÁFICOS (Hectares) Hab/Km populacional
(2005) (2007) (2000) (2000)
(2007) (2000-2007)

B. Alto – Médio vale do PbS 23 794.735 1.876.133 236,0 1.631.705 96.083 1,18

B. Alto vale do PbS – rio


8 469.051 84.307 17,9 43.586 39.900 0,14
Piraitinga

B. Médio – Baixo vale do PbS 12 477.345 182.318 38,1 126.067 52.635 0,29

B. Médio vale do Paraíba do Sul 16 648.639 914.742 141,0 789.051 69.925 0,90

B. rio Dois Rios 9 443.693 273.723 61,6 217.376 60.937 -0,24

B. rio Itabapoana 14 425.916 178.203 41,8 109.686 65.938 0,21

B. rio Macaé e Lagoas Costeiras 2 152.140 180.190 118,4 131.981 8.220 3,65

B. rio Muriaé 25 742.742 414.416 55,7 296.533 97.368 0,73

B. rio Paraibuna 22 661.850 653.874 98,7 539.552 36.200 1,83

B. rio Piabanha 4 189.656 487.361 256,9 403.632 49.870 1,03

B. rio Pomba 40 947.399 586.453 61,9 464.399 100.948 0,52

B. rio Preto 6 331.419 97.134 29,3 73.613 17.799 0,87

B. rio S.João e Região dos Lagos 10 363.382 580.866 159,8 408.106 54.133 3,32

S.H. Baia da Ilha Grande 2 172.890 181.314 104,8 128.286 20.415 2,87

S.H. Baia da Guanabara 16 581.566 11.213.626 1.928,1 10.474.540 79.201 0,87

S.H. Baia de Sepetiba 11 309.664 558.727 180,4 467.046 41.709 1,35

S.H. da Lagoa Feia 3 509.612 463.009 90,8 387.903 50.982 0,77

Zona Deltáica – Foz do PbS 2 156.995 66.366 42,2 38.597 29.952 -0,46

149
Tabela VII.3 – Bacias e Sistemas Hidrográficos do Estado do Rio de Janeiro e Faixa de Fronteira: Dinâmica Recente dos Fluxos
Populacionais.

Crescimento da Crescimento da Imigrantes Imigrantes População População


Crescimento da Imigrantes /
População Total População Imigração intra-estaduais interestaduais Residente + Residente - 2
BACIAS E SISTEMAS População Total (%) População
(%) Urbana (%) Total / Migração / Migração 10 anos / anos /
HIDROGRÁFICOS Total (%)
1996 - 2000 2000 Total (%) Total (%) Migração Total Migração Total
2000 - 2007 1996 - 2000 2000
2000 2000 2000 1998-2000

B. Alto – Médio vale do Paraíba


18,48 8,59 11,89 729.949 42,25 50,70 48,15 65,06 16,27
do Sul

B. Alto vale do PbS – rio


-1,97 0,98 -4,68 20.954 25,10 66,13 32,92 56,96 26,66
Piraitinga

B. Médio – Baixo vale do PbS -0,46 2,02 16,32 38.656 21,63 63,91 35,59 66,25 25,24

B. Médio vale do PbS 6,72 6,49 7,88 305.057 35,51 44,13 55,28 75,35 14,71

B. rio Dois Rios 2,14 -1,65 4,68 82.154 29,52 86,02 12,91 66,39 17,77

B. rio Itabapoana 6,13 1,47 14,67 48.931 27,86 54,77 44,93 59,82 27,99

B. rio Macaé e Lagoas Costeiras 15,71 28,52 19,95 59.877 42,71 66,94 31,59 50,47 24,07

B. rio Muriaé 4,60 5,21 10,45 98.782 25,08 71,46 28,27 67,81 22,06

B. rio Paraibuna 6,87 13,57 8,52 202.465 35,17 72,53 26,83 70,09 17,56

B. rio Piabanha 8,00 7,47 5,50 121.874 26,87 53,16 44,10 68,94 16,73

B. rio Pomba 5,44 3,73 11,02 137.053 24,24 77,00 22,71 68,49 23,53

B. rio Preto 3,99 6,26 7,51 22.978 25,14 56,35 43,09 68,97 20,69

B. rio S.João e Região dos Lagos 21,65 25,66 25,01 216.063 46,74 71,56 27,34 44,23 26,74

S.H. Baia da Ilha Grande 24,27 21,93 30,81 59.955 40,32 46,85 52,34 51,37 21,08

S.H. Baia da Guanabara 6,43 6,25 7,80 3.440.833 32,60 38,28 58,20 72,07 14,14

S.H. Baia de Sepetiba 12,07 9,82 13,70 201.062 39,52 58,19 41,15 60,17 19,85

S.H. da Lagoa Feia 4,41 5,50 9,02 56.513 12,88 73,84 25,51 72,33 21,76

Zona Deltáica – Foz do PbS 12,07 -3,18 -8,64 9.966 14,54 85,69 14,03 47,04 39,61

150
Tabela VII.4 – Bacias e Sistemas Hidrográficos do Estado do Rio de Janeiro e Faixa de Fronteira: Agropecuária e Uso da Terra.

Área Total dos Área Pastagens / Valor Silvicultura Produtividade da Principais Produtos Produtividade da Principais
BACIAS E SISTEMAS Estabelecimentos Área dos Madeira em Tora Lavoura Lavoura Lavoura Temporária Produtos Lavoura
3
HIDROGRÁFICOS Agropecuários (Ha) Estabelecimentos (Papel e Celulose) (m ) Permanente Permanente (R$/ha) Temporária
2006 (%) 2006 (R$/ha) 2006 2006 2006 2006
B. Alto – Médio vale do PbS 503.664 48,39 709.943 13.219,6 CAQUI 1.798,3 ARROZ

B. Alto vale do Paraíba do Sul – rio


279.695 57,71 966.167 5.331,0 BANANA 1.003,5 MILHO
Piraitinga

B. Médio – Baixo vale do PbS 373.671 73,95 0 5.886,2 BANANA 4.099,4 TOMATE

B. Médio vale do PbS 382.083 64,79 76.926 2.885,8 CAFÉ 9.537,4 TOMATE

B. rio Dois Rios 300.086 58,79 0 3.943,4 CAFÉ 6.308,1 TOMATE

B. rio Itabapoana 291.904 63,45 112 3.336,5 CAFÉ 2.039,2 MANDIOCA

B. rio Macaé e Lagoas Costeiras 64.626 72,44 0 4.409,2 BANANA 2.006,4 CANA

B. rio Muriaé 538.050 68,48 818 3.401,8 CAFÉ 2.008,4 TOMATE

B. rio Paraibuna 390.093 60,15 0 6.049,8 CAFÉ 934,6 MILHO

B. rio Piabanha 133.696 14,01 0 5.047,5 CAQUI 26.310,5 TOMATE

B. rio Pomba 561.032 80,04 239 5.855,0 BANANA 1.611,8 TOMATE

B. rio Preto 153.989 67,00 0 4.114,3 CAFÉ 1.419,9 CANA

B. rio S. João e Região dos Lagos 134.511 64,26 4.100 6.116,9 CAFÉ 2.059,7 MANDIOCA

S.H. Baia da Ilha Grande 33.843 18,12 0 2.073,2 BANANA 4.329,2 CANA

S.H. Baia da Guanabara 146.664 43,21 0 5.318,1 LARANJA 6.048,5 MANDIOCA

S.H. Baia de Sepetiba 243.490 45,43 60.000 3.698,7 BANANA 5.522,5 MANDIOCA

S.H. da Lagoa Feia 475.413 68,81 0 4.872,5 BANANA 1.074,9 CANA

Zona Deltáica – Foz do PbS 160.145 48,85 0 4.894,2 MARACUJA 2.082,6 ABACAXI

151
Tabela VII.5 – Bacias e Sistemas Hidrográficos do Estado do Rio de Janeiro e Faixa de Fronteira: Energia.
Consumo Consumo Consumo de Carvão
Cresc. do Total de Lenha da
PIB Total PIB Industrial Industrial de Combustíveis Vegetal da
BACIAS E SISTEMAS PIB Massa Salarial Energia Silvicultura
2005 2005 Energia automotivos Silvicultura
HIDROGRÁFICOS 2002 – (em reais) Elétrica 2006
(em mil reais) (em mil reais) Elétrica 2006 3 2006
2005 (em m )
(em MWh) (em MWh) (em mil litros) (em ton)
B. Alto Médio vale do PbS 35.480.572,71 25,9 15.013.462,23 7.663.178.523 5.106.561,00 3.562.812,00 531.626.691,00 90 414

B. Alto vale do PbS– rio Piraitinga 735.375,52 51 280.540,17 129.305.176 143.952,00 88.961,00 15.884.000,00 0 27

B. Médio–Baixo vale do PbS 1.686.166,24 43,8 301.473,90 213.489.822 225.547,00 76.518,00 72.652.738,00 78.612 62

B. Médio vale do PbS 19.576.483,65 69,2 8.161.245,17 2.265.363.282 1.590.996,00 653.346,00 243.391.744,00 42.350 3.172

B. rio Dois Rios 2.770.970,80 27,5 513.182,13 541.441.173 493.671,00 178.897,00 66.782.347,00 133.700 141

B. rio Itabapoana 1.325.587,11 65,2 377.849,31 159.831.717 s/d s/d 41.093.366,00 33.375 56

B. rio Macaé e Lagoas Costeiras 5.965.518,00 78,8 3.126.584,05 2.939.046.064 325.159,00 49.512,00 52.044.829,00 0 0

B. rio Muriaé 2.629.631,15 47,2 385.070,42 471.845.874 353.197,00 46.533,00 87.432.099,00 9.643 1.154

B. rio Paraibuna 6.090.416,81 38,8 1.390.969,48 1.530.237.481 1.916.584,00 137.804,00 110.787.676,00 16.968 9.538

B. rio Piabanha 4.973.476,42 29,3 725.360,21 1.022.850.101 709.823,00 107.768,00 103.967.372,00 0 0

B. rio Pomba 3.975.827,64 45 994.305,80 790.369.944 1.302.945,00 827.147,00 132.149.838,00 36.277 13.320

B. rio Preto 843.488,29 65,7 98.408,26 132.247.706 94.332,00 13.172,00 12.208.672,00 3.912 73

B. rio S.João e Região dos Lagos 13.144.724,15 106 9.142.752,73 1.088.001.733 835.957,00 51.796,00 120.656.001,00 32.000 20

S.H. Baia da Ilha Grande 2.689.342,84 58,7 846.362,08 688.585.898 263.966,00 44.807,00 47.603.077,00 0 0

S.H. Baia da Guanabara


168.929.161,63 33,5 23.962.213,42 48.743.858.709 19.477.203,00 3.507.944,00 1.513.141.775,00 0 0

S.H. Baia de Sepetiba 6.174.294,70 53 1.063.249,64 989.676.096 697.614,00 236.433,00 77.695.000,00 9.800 1.856

S.H. da Lagoa Feia 17.717.922,01 102 14.310.966,36 1.027.299.794 479.461,00 47.884,00 125.317.890,00 15.133 0

Zona Deltáica – Foz do PbS 959.206,46 138,3 494.996,59 58.734.221 78.061,00 9.768,00 7.858.000,00 82.162 0

152
VII.3.1. Bacias e Sistemas Hidrográficos – Indicações para o
Zoneamento Ecológico-Economico

Quadros Comparativos - Dinâmica recente dos fluxos populacionais, energia,


agropecuária e uso da terra.
De acordo com os critérios adotados pelo Projeto ZEE para a divisão em
bacias e sistemas hidrográficos, a bacia do Rio Pomba (em sua maior parte
localizada na faixa de fronteira de Minas Gerais), a bacia do Alto-Médio Vale do
Paraíba do Sul e a bacia do Rio Muriaé são as de maior extensão territorial. O
número de municípios é maior na bacia do Rio Pomba (o estado de Minas Gerais
tem o maior número de municípios da federação), mas não é significativo nas
outras duas bacias mencionadas.
A densidade demográfica, que permite estabelecer uma relação mais clara
entre área e população, é alta no Sistema Hidrográfico da Baia da Guanabara e
pequenas bacias meridionais, correspondentes grosso modo à região
metropolitana do Rio de Janeiro. Ao longo da costa, tanto a leste como a oeste da
cidade do Rio de Janeiro, a densidade demográfica indica o avanço de uma
fronteira metropolitana nas duas direções (Sistemas Hidrográficos da Baia de
Sepetiba, da Baia da Ilha Grande, da Bacia do rio São João e Região dos Lagos,
e da Bacia do Rio Macaé e Lagoas Costeiras).
Apesar do Produto Interno Bruto (PIB) da região metropolitana ser o maior de
todo o Estado do Rio de Janeiro e áreas adjacentes, e seu crescimento ter sido
da ordem de 30% entre 2002 e 2005, o crescimento relativo da população total foi
baixo no período 1996-2000, com ligeiro aumento entre 2000 e 2007. De modo
geral, a imigração decresceu entre 1998 e 2000, depois de décadas de
predomínio de imigrantes oriundos de outros estados da federação.
Por outro lado, o consumo efetivo e potencial de energia é enorme, não só na
região metropolitana como nas áreas costeiras adjacentes para onde a metrópole
se alastra. O crescimento do PIB total e o crescimento do PIB industrial foram
significativos, embora no caso das áreas costeiras a leste da cidade do Rio de

153
Janeiro o crescimento resulte dos royalties pagos pela indústria de extração de
petróleo na plataforma continental. Porém o mais significativo é que o aumento do
PIB não foi acompanhado por um aumento proporcional do consumo de energia
elétrica geral e industrial, que no passado recente eram considerados como
indicadores de desenvolvimento e progresso.
O cenário mais promissor segundo as exigências atuais de uso mais racional
da energia é o desenvolvimento de atividades econômicas e sociais que usam
menos energia, principalmente energia não-renovável. O consumo de
combustíveis automotivos, por exemplo, é um indicador da existência de
desperdício. Como mostram os quadros comparativos, na bacia da Guanabara o
consumo de combustível é da ordem de mais de um trilhão de litros, ou seja, mais
de 40 bilhões de reais/ano em consumo de gasolina e óleo diesel para veículos
automotivos, uma das principais fontes de poluição do ar.
O tema da energia é fundamental para o zoneamento, se aceitarmos que o
referencial futuro das transações humanas será o consumo de energia renovável
e não-renovável. Por outro lado, a região metropolitana também produz energia.
Isso porque, na medida em que avança a urbanização no espaço geográfico,
mais intensas e numerosas são as interações intra-urbanas, ou seja, o
metabolismo urbano. Essas redes de interação são dissipadoras de energia, que
pode ser aproveitada pelo uso mais racional dos recursos metropolitanos, sem
necessidade de quantidades crescentes de novos fluxos de entrada de energia.
Para o ZEE esse raciocínio se traduz na escolha de intervenções publicas que
facilitem as interações intra-metropolitanas através da gestão mais racional do
espaço urbano em termos de consumo energético, abandonando a ultrapassada
preocupação com perdas populacionais ou estagnação da imigração em áreas
metropolitanas.
Afora as bacias e lagoas costeiras, a segunda maior concentração de
assentamentos humanos se encontra ao longo do eixo da BR-116 (via Dutra), que
segue o vale do Rio Paraíba do Sul em direção a São Paulo (Bacia do Alto Médio
vale e Bacia do Médio vale do Paraíba do Sul), e na pouca extensa Bacia do rio

154
Piabanha, ao norte da cidade do Rio de Janeiro, onde o fenômeno da
rurubanização, a construção de residências de veraneio e a concentração de
pequenas indústrias são elementos contribuintes à maior densidade demográfica
(Petrópolis, Teresópolis, Areal).
A proporção da população urbana em relação à população total é alta em
quase todas as bacias e sistemas hidrográficos, com destaque para os municípios
da Bacia do Alto-Médio Vale do Paraíba do Sul (todos em São Paulo, ao longo da
Via Dutra), e das Bacias do Rio Macaé, Piabanha, Guanabara e Sepetiba, onde
mais de 75% da população municipal vive em cidades de tamanho variável,
porém com população rural irrisória. A única exceção é a Bacia do Alto Vale do
Rio Paraíba do Sul (SP), onde estão as nascentes dos formadores deste rio.
Nessa bacia predomina na maioria dos municípios a população rural, embora a
maior parte da população total da bacia se localiza em cidades. Elementos
geográficos característicos dessa bacia, como a baixa densidade demográfica (a
menor de todo o conjunto de bacias), pequena população e crescimento negativo
da população total e urbana, e presença dos formadores do rio Paraíba do Sul
sugerem que no zoneamento ecológico-economico do estado de São Paulo essa
bacia deve ser preservada e investimentos urbanos desestimulados.
Quando comparados os dados sobre a dinâmica recente dos fluxos
populacionais entre as bacias e sistemas hidrográficos se constata que, entre
2000 e 2007, o crescimento populacional foi maior nas Bacias de S.João e Região
dos Lagos e na Baia da Ilha Grande (mais de 20%), e negativo na Bacia Rio Dois
Rios e Zona Deltáica do Paraíba do Sul. Como nesta última zona ocorreu uma
forte imigração entre 1998 e 2000 (cerca de 40%), é possível deduzir que os
fluxos imigratórios seriam mais bem caracterizados como mobilidade populacional
relacionada a oportunidades de emprego de curta duração. Esse fato é
fundamental para o zoneamento ecológico-economico, pois indica que a flutuação
populacional pode alterar em muito pouco tempo as condições de habitabilidade,
saneamento uso da terra no território.

155
As bacias do Alto Médio vale do Paraíba (SP), Macaé, Rio Preto, Rio S.João e
Região dos Lagos têm proporção menor de estabelecimentos agropecuários, seja
por dominância de uso urbano, seja pela presença de uma geomorfologia pouco
propicia ao aproveitamento agropecuário, seja pela estocagem de terras como
reserva de valor. O segundo aspecto do uso da terra a ser destacado é a elevada
proporção de áreas de pastagens nos estabelecimentos rurais em quase todas as
bacias, com exceção da B. Ilha Grande e B.Rio Piabanha. Nesta última a
produtividade da lavoura temporária é a maior de todo o conjunto de bacias,
graças ao cultivo de tomate (realizado em encostas e sem proteção de estufas). O
cultivo do tomate é a atividade com maior produtividade entre as lavouras
temporárias. Entre as lavouras permanentes destacam-se a fruticultura e o café,
embora a produtividade das lavouras no ERJ tenda a ser superior a da faixa de
fronteira mineira.
A Bacia do Alto médio vale do Paraíba (SP), cortada pelo eixo da BR-116, é
um bom exemplo do padrão comum a áreas muito capitalizadas – elevada
urbanização, alta produtividade agrícola, alto valor de silvicultura para papel e
celulose e disseminação de unidades industriais de diversos tamanhos.

Principais aspectos socioeconômicos por bacias e sistemas hidrográficos


Dois dos principais produtos desta fase do Projeto ZEE foram: a constituição
de uma base de dados de acordo com a escolha de temas e subtemas com suas
respectivas variáveis, e a produção de uma série de mapas para o diagnóstico
socioeconômico que facilitam a análise dos padrões de distribuição, uma vez que
esses padrões tendem a se superpor ao desenho das bacias e sistemas
hidrográficos.
Os mapas estão reunidos em outro volume deste relatório e a analise dos
temas e subtemas serão apresentados adiante. Com base nesse material e nos
produtos obtidos pelas outras duas equipes do projeto, foi feita a analise síntese
dos principais aspectos socioeconômicos das bacias e sistemas hidrográficos na

156
escala 1:250 000. O estudo mais detalhado e integrado à analise geobiofisica
será desenvolvido nos relatórios seguintes, na escala de 1: 100.000.

Sistema Hidrográfico da Baia da Ilha Grande


Domínio de montanhas entremeadas de estreitas planícies fluviais e fluvio-
marinhas são os principais aspectos geomorfológicos do S.H. A área é cortada
pelo eixo da BR-101 ao longo da linha de costa, e um segundo eixo (RJ-155),
bem menos importante que o anterior, conecta a BR-101 com a BR-116 (vale do
Paraíba do Sul), cortando a Serra do Mar. São apenas dois municípios, Angra dos
Reis e Paraty, que registram razoável crescimento populacional no período 1996-
2000 e 2000-2007, com ligeira elevação neste último período. O crescimento
populacional da área é similar ao observado em Maricá, Macaé e Cabo Frio,
áreas costeiras a leste da metrópole do Rio de Janeiro. Desde a década de 1980
que Angra dos Reis tem apresentado um alto crescimento da população total e
urbana, suficiente para elevar a hierarquia do município e da cidade. Grande parte
desse crescimento se deve a imigração interestadual, principalmente de Minas
Gerais (mais de 30% dos imigrantes) para Angra dos Reis, e de imigrantes
paulistas para Paraty.
O crescimento do produto interno produto (PIB) de Angra dos Reis foi da
ordem de 61% entre 2002 e 2005, graças à revitalização dos estaleiros, que
explica também que metade do PIB total seja proveniente de atividades
industriais. O PIB de Paraty é inferior, e o crescimento foi de 30% no mesmo
período, grande parte resultante do turismo e de pequenas industrias semi-
artesanais (movelaria, alimentos).
A massa salarial, que é um indicador não só dos ganhos em salário dos
empregados formais como também do informal, que no Brasil acompanha o
mercado formal, é significativo relativamente à população – de 500 a 1 bilhão de
reais. A massa salarial é também um indicador de consumo de energia efetiva e
potencial. O consumo de energia industrial não é alto em Angra, e praticamente

157
irrelevante em Paraty. De fato Angra dos Reis é produtora de energia nuclear
para o sistema elétrico do Sudeste brasileiro.
No setor de extração mineral o valor total da atividade é elevado, com
destaque para a extração de granito e de areia, além de outros materiais de
construção, não só para o mercado do Rio de Janeiro como para o mercado local.
Quanto ao uso da terra, as formações florestais ocupam 86% da área municipal,
3,5% é de formações herbáceas (pastagem), e o restante do cultivo modesto de
banana (Paraty) e cana de açúcar (Paraty e pequenos vales transversais a linha
de costa (Bracui) em Angra).
É importante ressaltar a criação em 2008 do Parque Estadual de
Cunhambebe, que inclui a Serra do Mar e vários municípios vizinhos a Angra e
Paraty. Porém os riscos continuam a existir tanto do lado da conservação
ambiental e da poluição, quanto ao de qualidade de vida. As favelas têm crescido
exponencialmente nas encostas dos morros, principalmente em Angra, há risco
de derramamento de óleo (terminal da Petrobrás), e de acidente nuclear (Usina
Nuclear de Furnas), além da poluição das águas (terminal portuário), e a redução
da pesca pelo numero de embarcações de recreio.

Sistema Hidrográfico da Baia de Sepetiba


Domínio geomorfológico de planícies fluvio-marinhas e fluviais e montanhas
dissecadas. Cortado também pela BR-101 (Itaguaí, Mangaratiba) , ao longo da
linha de costa, e pela BR-116 (Queimados, Japeri, Seropédica), trecho por onde
se expande os subúrbios metropolitanos. A represa de Ribeirão das Lages se
localiza na área, o rio Piraí foi desviado para a represa. No período 1996-2000 a
população cresceu em todos os municípios do S.H.Sepetiba, exceto Piraí,
Mendes e Engenheiro Paulo de Frontin (todos em região montanhosa que foi
grande produtora de café na segunda metade do século XIX). Entre 2000 e 2007,
o município de maior crescimento populacional foi Mangaratiba e Itaguaí, graças
principalmente às obras de expansão dos terminais portuários com recursos do
PAC e privados no porto de Itaguaí, que juridicamente pertence a Santa Cruz no

158
município do Rio de Janeiro. No porto de Itaguaí está sendo implantado o terminal
de minério de ferro da Cia Vale do Rio Doce, que já opera o terminal de alumínio
(VALESUL), além do terminal de carvão da Companhia Siderúrgica Nacional e a
implantação de um terminal portuário para grãos. Além disso, estão previstas as
instalações de fabricas da NOVARTIS (farmacêutica), Gerdau, Companhia
Siderurgica Altantico-ThyssenKruppVale. No futuro será o PIB industrial de Santa
Cruz/Rio de Janeiro que crescerá e não o de Itaguaí, cujo PIB total já cresceu
entre 2002 e 2005 em 79%).
O risco de poluição é alto na Baia de Sepetiba, porém a valorização das terras
para uso urbano (o município de Itaguaí, Mangaratiba e Rio Claro apresentam
diminuição do numero de estabelecimentos rurais e aumento do loteamento
urbano) e a oferta potencial de emprego são fatores que desestimulam a reação
dos habitantes locais.
Um aspecto a destacar nos fluxos imigratórios é que a maioria da população
nos subúrbios metropolitanos é constituída por imigrantes (56%) que chegaram
faz mais de dez anos a região. Exceto em Rio Claro, localizado na Serra do Mar,
os outros municípios também registram mais de 30% de imigrantes na população
total, até 2000. Um ponto a investigar nessa área é precisamente a mobilidade
atual da população, uma vez que os dados do IBGE sobre o tema ainda não
foram publicados.
De modo geral o PIB cresceu em todos os municípios além de Itaguaí, caso de
Mangaratiba, Piraí e Queimados. Nestes dois últimos municípios o PIB industrial
cresceu de forma significativa. Ainda restam nos municípios plantações de
banana, mandioca e mais recentemente coco da Bahia em Itaguaí.
O uso do solo é predominante florestal (50%), de formações herbáceas (30%),
e as áreas urbanas ocupam 6% da área total do S.H.
Para o Projeto ZEE esta é uma região prioritária, pois já na atualidade é sujeita
a uma serie de desastres ambientais (alagamento, escorregamento, vendaval,
tromba d’água, inundação, etc.).

159
Sistema Hidrográfico do Rio Macaé e Lagoas Costeiras
Domínio montanhoso com planícies fluvio-marinhas e fluviais, cortado pela
BR-101, como os sistemas hidrográficos anteriores. O perfil socioeconômico do
S.H. Macaé é definido pela exploração de petróleo pela Petrobras e companhias
privadas em águas profundas ao largo do litoral norte do ERJ. Graças a essa
exploração, o PIB total de Macaé e Carapebus explodiu graças aos royalties do
petróleo, assim como aumentou a população total (crescimento de mais de 20%
entre 2000 e 2007) e urbana dos dois municípios classificados no S.H. Macaé.
Grande parte desse crescimento foi alimentada pela imigração, iniciada em
1998. Enquanto Macaé apresenta mais de 40% da população total formada por
imigrantes enquanto Carapebus tem mais de 25% da população total de
imigrantes, oriundos principalmente do estado de Minas Gerais e de outros
municípios fluminenses. O crescimento de Macaé alterou a hierarquia urbana do
Norte Fluminense, pois em menos de dez anos tornou-se a segunda cidade mais
importante depois de Campos.
O crescimento rápido de Macaé, antiga área de assentamento de pescadores
provocou o surgimento de favelas tanto no perímetro urbano como em áreas peri-
urbanas, e um déficit de serviços de saneamento e de habitações.
O PIB de Macaé e Carapebus cresceu mais de 70% entre 2002 e 2006, não
só graças aos royalties como também ao aparecimento de pequenas e grandes
empresas de serviços a produção petrolífera, principalmente em Macaé (Piquet
2003; Piquet e Serra, 2007).
Os dois municípios têm efetivo bovino significativo, resíduo histórico do padrão
de uso da região costeira do norte fluminense, onde o gado é criado nos
tabuleiros litorâneos (Série Barreiras) e a cana de açúcar nas planícies do interior.
O uso do solo reflete esse histórico, com 40% da área ocupada por pastagens,
30% por formações florestais e 13% de agropastos.

160
Sistema Hidrográfico da Lagoa Feia
Domínio de planícies fluvio-marinhas e, a oeste, das formações montanhosas
da Serra do Mar. Os municípios classificados neste S.H., Campos dos
Goytacazes, Quissamã e Conceição do Macabu, também usufruem da benesse
dos royalties petrolíferos. A região é cortada no sentido norte-sul pela BR-101,
que passa pela cidade de Campos, a mais antiga e consolidada do norte
fluminense. Nos últimos anos a imigração para Quissamã ultrapassou a de
Campos, porém, de modo geral, a imigração não é significante no total da
população dos três municípios.
A massa salarial de Campos é muitas vezes superior aos valores do PIB dos
dois outros municípios. Apesar da baixa imigração, o crescimento do PIB entre
2002 e 2005 foi de mais de 100% em Campos, assim como o de Quissamã. O
PIB industrial permanece significativo em Campos (usinas de açúcar, usinas de
biocombustíveis, indústrias alimentícias, fabricação e refino de açúcar,
confecções, produtos químicos, cerâmicas, movelarias, forjarias, siderúrgica,
industrial metal-mecanica, além de serviços a produção e o segundo maior
numero de empresas empreiteiras do ERJ). Todas essas atividades explicam a
massa salarial. A indústria é insignificante em Quissamã e Conceição do Macabu.
Quanto aos estabelecimentos agrícolas, o numero de unidades cresceu de
forma significativa entre 1997-2007, principalmente no município de Campos (e
seus vizinhos, São Fidelis, Cambuci e São João da Barra), devido a perspectiva
de incentivos governamentais para a produção de biocombustivel a partir da cana
de açúcar. A produtividade agrícola e pecuária, no entanto, é baixa.
O uso da terra mostra à importância das pastagens (37%), em segundo lugar
das formações florestais (25%), principalmente em Conceição do Macabu, e em
terceiro, da agricultura (16%).

Bacia do Rio São João e Região dos Lagos


Domínio das planícies fluvio-marinhas e fluviais recortadas por maciços
costeiros. Também essa bacia é cortada pela BR-101 e pela RJ-106 (via Amaral

161
Peixoto) que conecta Marica a Macaé. A população cresceu em toda a bacia
entre 1996 e 2000, com destaque para Arraial do Cabo, Cabo Frio e Armação dos
Búzios. O turismo é a principal atividade econômica em quase todos os
municípios da bacia, menos daqueles localizados nas áreas montanhosas (Silva
Jardim, Casimiro de Abreu, cuja população, aliás, estagnou entre 2000 e 2007).
Os movimentos migratórios tem sido na direção de Iguaba, São Pedro da Aldeia,
Cabo Frio e Rio das Ostras, atraídos pelo emprego em construções civis e
serviços turísticos e comerciais.
A massa salarial, que é um dos indicadores de consumo potencial e efetivo de
energia, não é alta em nenhum dos municípios, o que sugere que o mercado de
trabalho formal é limitado. O PIB total cresceu acima de 100% em Búzios, Cabo
Frio, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, graças à construção civil, aluguel de
casas e prédios, e órgãos da administração pública. O PIB industrial de Rio das
Ostras é quase 100% do PIB total, devido a contabilização dos royalties nessa
rubrica. Curiosamente, Rio das Ostras apresenta a menor proporção de
imigrantes ao contrario de quase todos os municípios da bacia, como Saquarema,
Cabo Frio, São Pedro, Iguaba, etc. A relação entre PIB e massa salarial é muito
baixa em todos os municípios, o que indica que grande parte do PIB resulta dos
royalties dói petróleo.
Embora tenha perdido importância econômica regional, a extração de sal
gema permanece, assim como a exploração de areia, cascalho, argila, pedra, etc.
para o grande mercado regional das construções urbanas. Em todos os
municípios, exceto em São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras, o numero de
estabelecimentos agropecuários diminuiu, e a lavoura mais produtiva é a do café,
seguido pela mandioca. O rebanho bovino é maior que 25.000 cabeças, mas o
gado é de baixa qualidade. As formações herbáceas de pastagem é o uso do solo
dominante, seguido pelas formações florestais (20%), agropasto (11%) e áreas
urbanas (5%).

162
Bacia do Rio Itabapoana
A bacia do Itabapoana drena uma área de 4.875 km² nos estados de Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, abrangendo 18 municípios cuja
população residente total é de quase 652 mil habitantes (IBGE, 2000). Predomina
os domínios geomorfológicos de montanhas (sentido NO-SE) ao norte, de colinas
no médio vale e de planícies fluvio-marinhas no baixo curso (correspondente ao
município de Presidente Kennedy no Espírito Santo).
O alto e médio vale do Itabapoana é cortado pelas rodovias BR-116, pela RJ-
116 e pela BR-484, na direção da Serra do Caparão. No baixo vale o eixo da BR-
101 passa a 20 km da sede do município de Presidente Kennedy. Os
assentamentos humanos não se limitam à margem dos eixos rodoviários, a
densidade da população rural, relativamente às outras bacias, é elevada (15,8
hab/ Km2).
Entre 1996 e 2000 os municípios do lado do estado do Espírito Santo
apresentavam dinâmica populacional distinta dos municípios do estado do Rio de
Janeiro (Varre-Sai e Bom Jesus de Itabapoana). Enquanto os primeiros
cresceram entre 5 e 10%, a população dos municípios fluminenses decresceu ou
estagnou. Entre 2000 e 2007, dos dois lados do limite interestadual o crescimento
populacional foi insignificante, com exceção de Varre-Sai (RJ) O mesmo padrão
de baixo crescimento se repete em Minas Gerais. Mudanças na hierarquia da
população total e urbana entre 1980 e 2007 foram importantes nos municípios do
Espírito Santo (Presidente Kennedy, São José do Calçado, Guaçuí, Dores do Rio
Preto).
No final da década de 1990, para a região do Caparão, tanto no Espírito Santo
como em Minas Gerais (alto vale do Itabapoana) os fluxos imigratórios foram mais
importantes do que nos municípios do médio e baixo vale. Se comparado com o
crescimento do PIB, no entanto, são os municípios do médio e baixo vale os que
se destacam. A discrepância provavelmente se deve ao fato dos dados
imigratórios do IBGE são de 2000 e os dados do PIB até 2005. O PIB total da
bacia cresceu 65% entre 2002 e 2005, embora o PIB total não seja expressivo

163
(1,3 bilhões de reais em 2005). O maior PIB é o de Bom Jesus de Itabapoana
(RJ) que, no passado, foi um dos centros regionais do Norte fluminense, seguido
por Presidente Kennedy (ES) e Mimoso do Sul (ES). Dos três, o maior
crescimento do PIB foi de Presidente Kennedy (251%) enquanto os outros
municípios apresentam PIB insignificante, graças aos royalties da exploração
petrolífera de alto mar e da construção de uma siderúrgica chinesa (Baosteel). Há
um projeto de construção de um porto no litoral do município. Apesar de não fazer
parte da ZEE-RJ, este município será uma futura área de risco para os catadores
de caranguejos que exploram uma das maiores áreas de mangue do Brasil
De modo geral, a base econômica é representada pelos serviços urbanos e
pelas atividades do setor primário (ainda utilizando técnicas tradicionais), como a
pecuária leiteira, a cafeicultura, o plantio de cana-de-açúcar e a fruticultura
tropical. O uso da terra reflete o perfil econômico, com predomínio das formações
herbáceas para pastagem (63,6%) e de áreas de lavouras permanentes (café) e
temporárias de baixa produtividade. (26%). Bom Jesus de Itabapoana (RJ) tem
efetivos bovinos significativos e a indústria de laticínios, a maior da bacia é
responsável pelo valor relativamente alto de produtos de origem animal. A
silvicultura para lenha ocupa quase toda a bacia do rio Itabapoana.
O rio também tem cinco hidrelétricas e várias cachoeiras e planícies em seu
percurso. Apesar da cobertura florestal escassa, a Bacia está na Reserva da
Biosfera da Mata Atlântica.

Bacia do rio Muriaé


A bacia abrange municípios de Minas Gerais (alto Muriaé) e Rio de Janeiro. É
cortada em sua parte superior por dois eixos rodoviários no sentido norte – sul
(BR-116 e RJ-116), e por outro eixo rodoviário paralelo ao vale do rio Muriaé, que
conecta as cidades de Campos dos Goytacazes (RJ), Itaperuna (RJ) e Muriaé
(MG).
Itaperuna e Muriaé são os principais centros regionais da bacia, porém seu
crescimento populacional diminuiu na última década, principalmente o de Muriaé.

164
Na parte superior da bacia, os municípios mineiros estão estagnados do ponto de
vista demográfico, enquanto Itaperuna e os municípios do baixo vale (RJ)
recuperaram certo ritmo de crescimento entre 2000 e 2007 (entre 5 e 10%). O
crescimento populacional de Cardoso Moreira e Italva (RJ) no Baixo Muriaé se
destaca, porém o total da população da bacia é baixo (40 mil habitantes), embora
a densidade rural não seja baixa (13 hab/Km2).
Uma das questões para o ZEE-RJ era o papel dos fluxos populacionais na
bacia. O que os dados indicam é que não mais do que 30% do total da população
é constituída por imigrantes. Há uma diferença entre o alto (MG) e o baixo vale
(RJ) quanto à origem dos imigrantes. Enquanto do lado mineiro a maior parte dos
imigrantes é originaria do RJ, no baixo vale a maior parte dos imigrantes vem de
Minas Gerais, mas em ambos os casos os fluxos imigratórios não são recentes.
Os fluxos de imigrantes mineiros que atualmente tem como destino o ERJ se
dirigem aos municípios costeiros do norte fluminense. Por outro lado, no alto
Muriaé a região de Carangola (MG) registra aumento da imigração intra-estadual.
Apesar do crescimento populacional reduzido das principais cidades,
Itaperuna e Muriaé, o PIB dos municípios no entorno das duas cidades
apresentou crescimento significativo. No caso de Itaperuna os municípios
adjacentes registram importante efetivo bovino, principalmente de gado leiteiro,
cuja produção leiteira se destina às indústrias de laticínios de Itaperuna. O mesmo
ocorre nos municípios no entorno de Muriaé, cuja sede registrou 21 empresas de
laticínios em 2006. A cidade também apresenta um expressivo numero de
indústrias de confecção. A massa salarial na bacia permanece concentrada
nessas duas cidades.
Um aspecto interessante (porque chama a atenção para o fato da dinâmica
espacial se sobrepor às divisões entre as bacias hidrográficas) é que o município
de Mirai (MG), no alto Muriaé, faz parte da região industrial de Cataguazes (Bacia
do Rio Pomba), voltada para a industrialização dos minérios de alumínio, bauxita
e outros metais não – ferrosos oriundos das jazidas da bacia do Pomba.

165
Em Italva (RJ) no baixo Muriaé a extração de areia, cascalho, argila para a
indústria de construção civil é importante, porém o valor liquido da mineração é
baixo.
A pecuária é a principal atividade na maioria dos estabelecimentos
agropecuários (68,2% da área dos estabelecimentos) e 74% do uso do solo é de
formações herbáceas para pastagem.

Bacia do Rio Pomba


Somente três municípios do ERJ estão nessa bacia – Aperibé, Santo Antonio
de Pádua e Miracema, os outros 37 municípios são pertencentes a Minas Gerais.
Apesar disso, os efeitos ambientais das atividades econômicas no médio e alto rio
Pomba são muito importantes para o baixo vale, principalmente para Campos dos
Goytacazes, localizado pouco abaixo da junção do rio Pomba com o rio Paraíba
do Sul. É a maior bacia em extensão, depois do vale do rio Paraíba do Sul, com
uma densidade rural de 10,6%. Os domínios geomorfológicos mais importantes
são o de colinas e planícies fluviais, recortadas por cristas (Serra da Mantiqueira)
no sentido NE-SO.
A bacia é cortada na parte superior por uma estrada estadual (Leopoldina,
Ubá, Cataguazes) e pelo eixo da BR-040 na extremidade oeste, que passa por
Juiz de Fora (Bacia do rio Paraibuna). A maior parte da área da bacia se situa
entre esses dois eixos e, apesar de sua extensão considerável, a população total
não chega a 600.000 habitantes. O crescimento da população total foi de 3,73%
entre 2000 e 2007, enquanto a população urbana cresceu em ritmo maior.
Domina a migração intra-estadual (77% da imigração total), porém são imigrantes
que chegaram ao final da década de 1980.
O uso da terra agrícola tem intenso, principalmente a lavoura temporária
apresenta alta produtividade (tomate e milho), centralizada em Santa Antonio de
Pádua (RJ), enquanto a lavoura permanente domina na área de colinas,
centralizada nos municípios de Santos Dumont e Astolfo Dutra (manga),
Leopoldina (banana), e outras frutas como maracujá e tangerina. Porém a maior

166
proporção do uso dos estabelecimentos agropecuários se dedica a criação de
gado bovino (80%) e o restante para a lavoura. A criação de gado leiteiro
abastece as indústrias de laticínios, concentradas principalmente em Santos
Dumont. Também a silvicultura para lenha é importante na bacia.
Os maiores valores de PIB e de PIB industrial, assim como da massa salarial
entre 2002 e 2005 foram registrados em Cataguazes, Santo Antonio de Pádua e
Santos Dumont. Ubá, que abriga algumas industrias, inclusive de celulose,
responsáveis por graves eventos de poluição no médio e baixo rio Pomba, não se
destaca nem no PIB nem no PIB industrial.

Bacia do Rio Dois Rios


Sem dúvida que o nome dessa bacia deveria ser mudado para Entre-Rios. O
domínio geomorfológico mais importante é de montanhas e morros elevados no
alto vale, enquanto colinas e planícies fluviais dominam no baixo vale do rio
Grande.
É cortada somente pelo eixo da RJ-116 (Itaboraí-Bom Jardim), o que não
impede que a bacia seja um centro distribuidor de ilícitos. A maior parte da bacia
apresenta um quadro de dinâmica populacional estagnada. Cantagalo, embora
seja um importante pólo industrial de cimento (Votorantin e outras), com consumo
de energia industrial maior que Nova Friburgo, perdeu população entre 2000 e
2007, assim como vários municípios dessa bacia. Registra-se no final da década
de 1990 um pequeno fluxo imigratório interestadual na região de Nova Friburgo.
Também o PIB total da bacia não cresceu de forma significativa entre 2002 e
2005 (27,5%). Nova Friburgo registrou um crescimento do PIB de 27%, e
Cantagalo de 31%, as duas cidades que apresentam a maior massa salarial e PIB
industrial. O município de Macacu foi onde mais cresceu o PIB (>40%). A
extração de calcário e areia é importante, principalmente no município de
Cordeiro, assim como a silvicultura para lenha.
Na parte alta da bacia o numero de estabelecimentos agropecuários diminuiu,
principalmente em função da expansão urbana e peri-urbana, enquanto aumentou

167
no baixo vale. Vários municípios apresentam alta produtividade em lavoura
temporária (tomate) e produtividade média em lavoura permanente (café). O
rebanho bovino não é significativo. Quanto ao uso do solo, 58% são de formações
herbáceas, 22% de formações florestais (inclui a silvicultura), 9% em agropasto e
9% para agricultura.

Bacia do Rio Paraibuna


Domínio geomorfológico de colinas e planícies aluviais entremeados por
cristas de dissecação no sentido SO-NE. Tem mais fragmentos florestais que a
bacia do rio Pomba. A BR-040 é o eixo rodoviário que corta a bacia no sentido N-
S (Rio-Belo Horizonte), passando por Juiz de Fora e Santos Dumont (bacia do rio
Pomba).
Entre 1996 e 2000 a população da bacia permaneceu estagnada, com
pequeno crescimento do município de Juiz de Fora. Entre 2000 e 2007 Juiz de
Fora voltou a crescer (mais de 10%), enquanto os municípios do entorno
apresentaram variações no crescimento relativo da população. Ao longo da BR-
267, que conecta Juiz de Fora a Leopoldina (bacia do rio Pomba) a população
registrou crescimento da imigração intra-estadual.
O maior crescimentodo PIB foi registrado em Matias Barbosa (MG) e
Comandante Levy Gasparian (RJ). Este último município tem PIB industrial
superior ao de Matias Barbosa devido a pequenas empresas de moagem de café,
industria de fiação e matadouros. Existem diversas usinas hidrelétricas de
pequeno porte ao longo do rio Paraibuna.
O uso da terra nos estabelecimentos agropecuarios é predominantemente de
pasto (60%), e a maior fonte de renda rural é a pecuária bovina. A lavoura
apresenta baixa produtividade (café, milho).

Bacia do Rio Piabanha


Domínio geomorfológico de montanhas e planícies fluviais (Petrópolis,
Teresópolis). É cortada pelos eixos da BR-040 e BR-116, esta última uma das

168
mais movimentadas do Brasil. O crescimento populacional entre 1996 e 2000
ocorreu em todos os municípios, e foi maior em Teresópolis e São Jose do Vale
do Rio Preto (mais de 10%).
Entre 2000 e 2007, a população de Petrópolis e Teresópolis cresceu entre 5 e
10%, mas os outros municípios estagnaram. O município de Areal se destaca por
ter subido na hierarquia populacional da bacia e também no PIB (mais de 40%).
Areal tem cinco hidrelétricas, entre construídas e em construção, que enviam
energia para Petrópolis, pólo industrial da bacia. Destacam-se as indústrias de
bebidas, produtos alimentícios, têxtil, movelaria, equipamentos de uso industrial e
confecções. Só em Petrópolis existem 301 confecções. A captação de água
mineral é importante em Teresópolis e Petrópolis e a extração mineral apresenta
alto valor liquido.
O numero de estabelecimentos agrícolas diminuiu em Teresópolis e São Jose
do Rio Preto e cresceu em Petrópolis e Areal. Toda a bacia é uma grande área de
especulação de terras, principalmente para uso rurbano e urbano. Permanece alta
produtividade da lavoura temporária (tomate e hortaliças) em Teresópolis e São
José.
A bacia do rio Piabanha tem 27% de formações herbáceas, 13% de agropasto,
12% de agricultura e 43% de formações florestais.

Bacia do Rio Preto


Domínio geomorfológico montanhoso e planícies fluviais do vale do rio Preto.
A bacia não é cortada por nenhum eixo rodoviário importante. Há importante
aproveitamento hidrelétrico do rio Preto.
Entre 1996 e 2000 os municípios mineiros da bacia permaneceram
estagnados em população e PIB, enquanto os municípios do ERJ (Valença, Rio
das Flores) cresceram (> 10%). Entre 2000 e 2007, os mesmos dois municípios
continuaram a crescer e os mineiros permaneceram estagnados. A imigração
interestadual foi importante em toda a bacia, principalmente de Minas Gerais e

169
Rio de Janeiro, porém a proporção de imigrantes na população total não é
significativa.
Rio das Flores (RJ), cortada pelo eixo da RJ-145, ao sul do vale do Rio Preto,
registrou crescimento do PIB da ordem de 440 % devido, principalmente, ao
crescimento dos serviços urbanos e da construção civil. A indústria também está
se instalando no município – laticínios, artefatos têxteis, acabamento de
confecções, sugerindo a presença de cadeia produtiva na região, e a construção
de usina hidrelétrica no rio Paraíba do Sul (o município é divisa entre o rio Preto e
o rio Paraíba do Sul) também deve estar contribuindo para este crescimento.
O município de Valença registra o maior PIB da bacia, assim como a massa
salarial mais importante. O crescimento do PIB se deve a administração pública e
aos alugueis, enquanto a indústria não é grande consumidora de energia. Valença
é um pequeno centro industrial (matadouros, laticínios, tecelagem, fiação).
Em toda a área da bacia, o numero de estabelecimentos agropecuários
cresceu, principalmente em Rio das Flores (51%), mas a área dos
estabelecimentos diminuiu. Santa Rita de Jacutinga (MG) tem alta produtividade
em lavouras permanentes (café). A bacia é produtora de cana de açúcar,
principalmente em Valença, além da pecuária bovina e leiteira.
Quanto ao uso do solo, a bacia registra 70% de formações herbáceas e 36%
de formações florestais. Nos estabelecimentos agropecuários, 67% das terras são
cobertas por pastagem e a agricultura representa menos de 10% no uso da terra.

Bacia do Médio-inferior vale do rio Paraíba do Sul


Domínio geomorfológico de morros elevados, colinas e planícies aluviais do
lado mineiro da bacia. Exceto por São Fidelis, a bacia apresenta uma estagnação
no crescimento populacional, e a imigração interestadual e intraestadual não são
importantes. São Fidelis apresentou decréscimo da população entre 1996 e 2000,
e aumento (> 20%) entre 2000 e 2007.
A bacia é cortada pelo eixo da BR-393 no sentido longitudinal, e pelos eixos
da BR-116 e RJ-116. A principal cidade da bacia é Além Paraíba (MG), na divisa

170
com o ERJ, porém a massa salarial dos municípios da bacia é muito baixa. O PIB
total pouco crezceu, São Fidelis sendo uma exceção, graças principalmente ao
PIB industrial. Também Carmo e Itaocara no rio Paraíba do Sul apresentam PIB
significativo.
A agricultura apresenta baixa produtividade, tanto da lavoura temporária como
permanente. O município de São Fidelis registra rebanho bovino significativo, mas
a produtividade é baixa. A bacia apresenta algo potencial de aproveitamento
hidrelétrico (principalmente em Carmo e Itaocara no ERJ).

171
VIII. ESTRUTURA METODOLÓGICA PARA ANÁLISE E QUALIFICAÇÃO
SÓCIO-AMBIENTAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (ESCALA 1:
100.000), COMO SUBSÍDIO AO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO
(ZEE-RJ)

O presente estudo incorpora a bacia de drenagem como unidade


fundamental de análise e adota a abordagem geo-hidroecológica como suporte de
análise integrada das relações funcionais intra e entre ecossistemas. No contexto
global do estudo, a ênfase recai sobre a análise dos elementos reguladores dos
processos geoecológicos, hidrológicos e geomorfológicos que governam a
evolução dinâmica dos sistemas de paisagem (ou geoecossistemas). Trata-se de
uma abordagem analítica-integrativa aplicada ao diagnóstico da vulnerabilidade
sócio-ambiental e avaliação prognóstica dos fenômenos que constituem perigos e
riscos sócio-ambientais. Adota-se o recorte espacial de bacias de drenagem em
diferentes níveis hierárquicos de ordenamento interno e de organização na
paisagem. Essa linha metodológica fornece, portanto, o arcabouço teórico e
analítico que subsidia as aplicações do SIG.
Assim sendo, o estudo envolve aspectos geobiofísicos e sócio-econômicos
inseridos nos geoecossistemas do Estado do Rio de Janeiro, delimitados pelo
conjunto de Regiões Hidrográficas que integram as Fases 1, 2 e 3 do presente
estudo.. Diversos níveis de análise serão adotados, tais como: a) identificação,
mapeamento e descrição de variáveis relevantes ao estudo (cartogramas
temáticos básicos); b) elaboração de sínteses-temáticas e c) análises de
susceptibilidade dos geoecossistemas frente a fenômenos específicos e afins a
vulnerabilidade sócio-ambiental, de modo a fornecer indicadores de qualificação
dos geoecossistemas.
Como foi indicado no Relatório 1, o estudo ora proposto será norteado pelas
diretrizes político-institucionais tendo em vista a Modelagem Ecológico-Econômica
aonde serão destacados os vetores e as interações regionais que sustentem uma
regionalização problematizada e contextualizada, capaz de apontar as limitações

172
e potencialidades das mesmas. Para tanto se torna fundamental a construção de
uma base analítica técnico-científica apoiada em diagnósticos de natureza
geobiofísica e sócio-econômica. Tal como foi apontado nos Relatórios anteriores,
optou-se por conduzir estas análises em duas escalas: uma na escala 1: 250 000
focalizando as relações ecológico-econômicas do Estado e sua faixa de fronteira
definida pelo recorte das bacias de drenagem dos rios Paraíba do Sul (SP, MG e
RJ) e Itabapoana (ES e RJ); outra na escala 1: 100 000 focalizando o interior do
Estado do Rio de Janeiro – ver Figura VIII.1.

Figura VIII.1 – Macro estrutura metodológica (Relatório 1).

173
VIII.1. Recortes Espaciais de Análise

As análises conduzidas na escala 1: 250.000, ora apresentadas neste


relatório, darão suporte as análises 1:100.000 na medida em que possibilitarão
um entendimento das relações entre o ordenamento e as estruturas funcionais de
natureza geobiofísica e socioeconômica do Estado com a sua Faixa de Fronteira.
As principais sub-bacias que drenam esta Faixa de Fronteira, assim como as sub-
bacias que drenam as Regiões Hidrográficas do Estado, serão recortadas pelas
sub-bacias de nível hierárquico inferior, adotando-se como critério de inclusão a
sub-bacia limítrofe com área superior a um terço da sua área total. Os recortes
destas sub-bacias serão feitos tomando-se por base a topografia e a rede de
canais na escala 1: 100.000. O recorte espacial dos sistemas hidrográficos ou
bacias da zona costeira, ora adotado na escala 1:250.000, será mantido, em
princípio, nas análises pretendidas em escala 1:100.000.
As análises socioeconômicas na escala 1:100.000, por outro lado, tomarão
como unidade espacial de análise o recorte distrital sempre que os dados estejam
disponíveis; caso contrário será mantido o recorte municipal já adotado nas
análises em escala 1:250.000. Nas zonas limítrofes do Estado do Rio de Janeiro,
assim como das Regiões Hidrográficas, o critério de inclusão dos distritos ou
municípios considerados também seguirá a proporcionalidade superior a um terço
nas sub-bacias acima recortadas. Todas as áreas analisadas nesta escala serão
articuladas com as demais áreas da Faixa de Fronteira ora analisadas em 1:
250.000.

VIII.2. Estrutura Metodológica (1: 100.000)

Levando-se em conta que o Zoneamento Ecológico–Econômico deve ser


fundamentado na análise diagnóstica do meio geobiofísico e socioeconômico,
focalizando suas vulnerabilidades e qualificação sócio-ambiental, buscou-se

174
desenvolver uma estrutura metodológica integrada tal como se pode visualizada
na figura VIII.2. A unidade sistêmica central é a bacia de drenagem que tem como
principal fonte de energia o clima regional e local e tem como regulador de sua
dinâmica interna os processos hidrológicos e erosivos atuantes nos sub-sistemas
de encostas e dos canais fluviais. Trata-se de um sistema controlado por
elementos de natureza geobiofísica de subsuperfície (geologia e solos) e de
superfície (geomorfologia, vegetação e uso do solo).
As saídas residuais do sistema bacia de drenagem (descargas líquida, sólida
e solúvel) podem alcançar taxas desproporcionais as entradas de energia
revelando situações de instabilidade do sistema que resultam, sob condições
extremas, em graves problemas sócio-ambientais. Estes podem se agravar na
medida em que se acentue a vulnerabilidade do sistema pela inserção de
processos degenerativos da cobertura vegetal ou da qualidade do ar do solo e da
água em decorrência dos processos socioeconômicos atuantes sobre a área.
Os processos socioeconômicos independem do recorte das bacias de
drenagem e resultam de diferentes fontes de dinamismo tais como energia,
trabalho e uso da terra (base produtiva). A estas fontes associam-se,
respectivamente, o consumo de energia, o mercado de trabalho e o PIB os quais
interagem e respondem pela concentração de renda e concentração fundiária
definindo vetores de pressão sobre os recursos socioeconômicos e sobre os
recursos naturais. A vulnerabilidade econômica decorre, em parte, da distribuição
geográfica rural e urbana e suas condições de renda (figura VIII.2).

175
USO DA TERRA - BASE PRODUTIVA PIB

Urbano Rural Produção de bens, empregos,

BIODIVERSIDADE, SOLOS E
informação e conhecimento

RECURSOS NATURAIS
PRESSÃO SOBRE OS

PRESSÃO SOBRE OS
SÓCIOECONÔMICOS
TRABALHO Exploração de recursos
minerais/hídricos Concentração de

RECURSOS
Ocupação/Emprego Massa salarial renda

ÁGUA
Mercado de trabalho
ENERGIA
Concentração
Renovável Nâo-Renovável fundiária

Consumo de energia

Infra-estrutura instalada
DISPONIBILIDADE DE
Novos Vetores / Re-estruturação
INFRA-ESTRUTURA da Infra-estrutura Infra-estrutura saturada Mobilidade da população
Social Econômica (investimentos, preço, tecnologia)
Infra-estrutura sub-utilizada
VULNERABILIDADE
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA SOCIOECONÔMICA
DA POPULAÇÃO Renda

Densidade, Grau de Saúde (mobilidade) Segurança Social

população rural urbanização Habitação

Superficial e
VEGETAÇÃO E USO DO SOLO
Erosão
BACIA DE DRENAGEM (operações internas)

Subsuperficial
Encostas

SOLOS Deslizamentos Contaminação Incêndios Fragmentação

Tipo, Aptidão agrícola Intercepção, (ar, solo, água) (florestal, rural, etc) Florestal
Hidrologia

Infiltração
VULNERABILIDADE
GEOMORFOLOGIA Escoamento AMBIENTAL
IED, Geometria e Declividade de Encostas Perda de
Ação de água
solo
Erosão

corrente Assoreamento Enchentes


Canais Fluviais

GEOLOGIA
Instabilidade
Gravitacional
Litologia, Estrutura de encostas

Descarga
Hidrologia

CLIMA Liquida, sólida e


solúvel QUALIDADE
Precipitação, temperatura e ventos
SÓCIO-AMBIENTAL

Figura VIII.2 – Estrutura metodológica (escala 1:100.000): Análise e diagnóstico sócio-ambiental do estado do Rio de Janeiro (ZEE-RJ). 176
Os processos socioeconômicos independem do recorte das bacias de drenagem
e resultam de diferentes fontes de dinamismo tais como energia, trabalho e uso
da terra (base produtiva). A estas fontes associam-se, respectivamente, o
consumo de energia, o mercado de trabalho e o PIB os quais interagem e
respondem pela concentração de renda e concentração fundiária definindo
vetores de pressão sobre os recursos socioeconômicos e sobre os recursos
naturais. A vulnerabilidade econômica decorre, em parte, da distribuição
geográfica rural e urbana e suas condições de renda, habitação, saúde e
segurança social. Decorre também da disponibilidade de infra-estrutura social e
econômica aonde sobre a qual atuam novos vetores de reestruturação da infra-
estrutura muitas vezes instalada ou saturada ou subutilizada, influenciando a
mobilidade da população. A integração da vulnerabilidade socioeconômica e
ambiental constitui a base da qualificação sócio-ambiental.
Frente ao exposto acima, vale destacar que as análises 1: 100.000 focalizarão
inúmeras variáveis afins aos principais temas ilustrados na figura VIII.3 .

177
Figura VIII.3 – Temas – sínteses das análise 1:100 000 / ZEE-RJ.

178
IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANA (2002) - Plano de Recursos Hídricos para Fase Inicial da Cobrança na Bacia
do Rio Paraíba do Sul. Diagnóstico da Situação Atual dos Recursos Hídricos.
Volume 1 - PGRH-RE-010-R0.
BARROS, R. S. de; CRUZ, C. B. M.; REIS, R. B.; COSTA JR, N. de A. (2005)
Avaliação do Modelo Digital de Elevação do SRTM na Ortorretificação de
Imagens Landsat 7 – área de aplicação: Angra dos Reis, RJ. In XII Simpósio
Brasileiro de Sensoriamento Remoto. INPE, 2005. (3997-4004). Goiânia, GO.
BARROS, R.S. (2006) - Avaliação da Altimetria de Modelos Digitais de Elevação
obtidos a partir de Sensores Orbitais. Tese (Doutorado em Geografia) –
Programa de Pós-Graduação em Geografia - Departamento de Geografia,
UFRJ. Orientadora: Carla Bernadete Madureira Cruz. 195 p.
BARROS, R. S.; CRUZ, C. B. M. (2007). Avaliação da Altimetria do Modelo Digital
de Elevação do SRTM. In: XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto,
Florianópolis, SC.
CHORLEY, R.J. (1962) – Geomorphology and general systems theory. United
States Geological Survey Professional Paper, 500-B, 10 p.
COELHO NETTO, A.L. (1994) – Hidrologia de encosta na interface com a
Geomorfologia, In: GUERRA, A.J.T e CUNHA,S.B. (Orgs.) Geomorfologia:
Uma Atualização de Bases e Conceitos, Ed. Bertrand Brasil 2º edição: 93-148.
COELHO NETTO, A.L. e AVELAR, A.S. (2007) – O uso da terra e a dinâmica
hidrológica: comportamento hidrológico e erosivo de bacias de drenagem. In:
Vulnerabilidade Ambiental: Desastres naturais ou fenômenos induzidos?
SANTOS, R.F. (org.).
COPPETEC (2002). PEC-2939 – Diagnóstico e Prognóstico do Plano de
Recursos Gídricos da Bacia do rio Paraíba do Sul.
CPRM (2000) - Mapa geológico do estado do Rio de Janeiro.
CPRM (2000b) – Mapa geomorfológico do estado do Rio de Janeiro.

179
DUNNE, T. (1970) – Runoff production in humid area. US Department of
Agriculture Report ARS 41-160.
DUNNE, T. e LEOPOLD, L.B. (1978) – Water in environmental planning. W.H.
Freeman & Company, San Francisco, 818 p.
FEEMA (2007) – Relatório anual de qualidade do ar – 2006. 74 p.
GOLÇALVES, G. A.; DA SILVA, C. R.; MITISHITA, E. A. (2005). Comparação dos Dados
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Brasil. In: IV Colóquio Brasileiro de Ciências Geodésicas. Curitiba, PR.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1996) - Plano Diretor de
Recursos Hídricos da Bacia do Rio Iguaçu-Sarapuí. Ênfase: Controle de
Inundações. Relatório Final. Volume 1 - IG-RE-029-R0.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1997) - Programa Estadual de
Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul - RJ. Enchentes e Drenagem
Urbana - Sub-região A - PS-RE-27-R1.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1998a) - Programa Estadual de
Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul – RJ. Modelagem de qualidade
da água - Sub-região A - PS-RE-026-R3.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1998b) - Programa Estadual de
Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul – RJ. Modelagem de qualidade
da água - Sub-Região B - PS-RE-048-R1.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1998c) - Programa Estadual de
Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul – RJ. Modelagem de qualidade
da água - Sub-região C – PS-RE-062-R0.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1998d) - Programa Estadual de
Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul - RJ. Enchentes e Drenagem
Urbana - Sub-região B - PS-RE-049-R0.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1998e) - Programa Estadual de
Investimentos da Bacia do Rio Paraíba do Sul - RJ. Enchentes e Drenagem
Urbana - Sub-região C - PS-RE-063-R0.

180
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1998f) - Macroplano de Gestão
e Saneamento Ambiental da Bacia da Baía de Sepetiba. Relatório R-8 TOMO
V. Plano Diretor de Drenagem.
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Methodology and Practical Results. ISPRS Commission – IV Symposium.
Otawa.
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do Paraíba do Sul. Programa de investimentos de Minas Gerais. Modelagem
de qualidade da água - PPG-RE-013-R0.
SANTOS, P R. (2005) - Avaliação da Precisão Vertical dos Modelos SRTM em
Diferentes Escalas: Um estudo de caso na Amazônia – Dissertação, Rio de
Janeiro: Instituto Militar de Engenharia, 116p.
SEA (2007) - Inventário de emissões de gases de efeito estufa do Estado do Rio
de Janeiro. 61 p.
SLATER, J. A.; GARVEY, G.; JOHNSTON, C.; HAASE, J.; HEADY, B.;
KROENUNG, G.; LITTLE, J. (2006). The SRTM Data “Finishing” Processand
Products. Photogrammetric Engeneering & Remote Sensing. Vol. 72, No. 3, pp
237-247.
STRAHLER, A.N. (1952) – Dynamic basis of geomorphology. Geol. Soc. Am.
Bull., 63: 923-938.
TERRAINMAP (2004) - Disponível em: http://www.terrainmap.com. Novembro de
2004.

181
X. ANEXOS

X.1.Anexo 1 - Relatório Equipe Suplementar

I. SENSORIAMENTO REMOTO

I.1. GEORREFERENCIAMENTO E MOSAICO DE IMAGENS


O estado do Rio de Janeiro é coberto por 7 cenas Landsat, conforme
esquema apresentado na figura II.3.1. Para geração do mapa de uso e cobertura
do solo foram selecionadas imagens referentes ao mês de agosto de 2007,
obtidas em um intervalo máximo de 25 dias (Tabela I.1).

A seleção de cenas obtidas em datas muito próximas simplificará possíveis


problemas relativos à equalização de bandas espectrais, facilitando a geração de
mosaicos e o processo de classificação subseqüente. Todas as cenas de cada
uma das três faixas de imageamento, correspondentes às órbitas 216, 217 e 218,
foram obtidas em uma mesma data, o que garante que a interferência atmosférica
seja uniforme, não influindo em diferenças internas. Esta favorável condição será
aproveitada na definição inicial de 3 sub-sets (mosaicos) de imagens para
classificação.

Tabela I.1. Cenas selecionadas

Cena (TM) Data


216/074 27/08/2007
216/075 27/08/2007
216/076 27/08/2007
217/075 02/08/2007
217/076 02/08/2007
218/075 25/08/2007
218/076 25/08/2007

182
25/08/200
7

27/08/200
7
02/08/200
7

Figura I.1. Abrangência das cenas LANDSAT

O georreferenciamento das cenas, a priori, foi efetuado a partir das


imagens Geocover, escolhidas pela favorável condição de representatividade
para toda a área e pela aplicação definida como usual pelo INPE. Recentemente,
com a possibilidade de execução de trabalhos de campo para obtenção de pontos
de controle e caminhamentos (trackings) e para definição de amostras para a
classificação, pôde-se verificar que a deformação do produto Geocover é
irregular, ultrapassando, para o estado do Rio de Janeiro, em algumas áreas, o
limite estabelecido como tolerância de 100m. As figuras I.2 e I.3 apresentam
áreas com diferentes ajustes em relação aos dados de campo.

183
Figura I.2. Recorte apresentando área bem ajustada do Geocover.
Deslocamento inferior a 40m.

Figura I.3. Recorte apresentando área mal ajustada do Geocover, com


deslocamento alcançando valores de 120m.

184
Considerando as diferenças encontradas tanto para o Geocover quanto
para as bases de referência disponibilizadas, optou-se por utilizar pontos de
controle obtidos em campo para efetuação do ajuste das cenas, que serão
verificadas através dos caminhamentos (trackings) gerados por GPS. O
atendimento quanto a qualidade final do produto estará condicionado ao
estabelecido pelo PEC C para a escala 1:100.000.

Esta etapa encontra-se em execução, estando ajustada ao cronograma de


forma a não alterar os prazos finais previstos. Vale ainda ressaltar que a etapa
anterior de modelagem efetuada no sistema eCognition para os três projetos
gerados com o ajuste pelo Geocover, será aproveitada, pois permitiu a definição e
modelagem de grande parte dos descritores por classe de uso e cobertura do
solo, etapa complexa que demanda muito tempo. Assim, os modelos fuzzy
gerados nestes primeiros projetos serão exportados para os novos (ajustados por
dados de campo), resgatando, desta forma, a situação da classificação preliminar.

I.2. CLASSIFICAÇÃO ORIENTADA A OBJETOS

I.2.1. ELABORAÇÃO DOS PROJETOS


Para a geração do mapa de uso e cobertura do solo foram adotados 4
sistemas computacionais: três para as etapas de processamento digital de
imagens e um para edição final do mapa temático e organização dos atributos.

Os sistemas de processamento digital de imagens foram:

• Spring 4.3.3: para georreferenciamento das imagens através de ajuste


polinomial quadrático com tolerância de 1 pixel (ou 30m) para o Erro Médio
Quadrático (RMS).
• Erdas: para geração dos mosaicos por bandas (figura I.4).
• eCognition 4.0: para segmentação e classificação orientada a objetos.

185
Para edição final e ajuste do mapa temático foi utilizado o sistema ArcGis
9.1. Os projetos criados no sistema eCognition foram definidos por faixa de
imageamento, facilitando assim a uniformização das classes, dado que todas as
cenas são referentes a uma mesma data de aquisição.

As etapas de processamento neste sistema são bastante particulares, pois


se constituem numa forma inovadora de classificação, baseada na modelagem do
conhecimento, através da adoção de diferentes descritores (espectrais, temáticos,
topológicos, métricos, texturais e de forma) e de modelos booleanos e fuzzy, além
de permitir o uso das técnicas convencionais de classificação. Outra condição
única deste sistema é a hierarquização de níveis de segmentação e de classes,
que assegura a herança ou o agrupamento de características definidas em
diferentes níveis.

186
Órbita 218

Órbita 216

Órbita 217

Figura I.4. Mosaicos por faixas de imageamento.

Os projetos gerados recebem os nomes das órbitas identificadoras de cada


faixa de imageamento: 216, 217 e 218.

I.2.2. SEGMENTAÇÃO
A segmentação constitui o primeiro processo na análise orientada a
objetos, a partir do qual são geradas regiões homogêneas entendidas como o
conjunto de pixels contíguos que se espalham bidimensionalmente e que
apresentam uniformidade. A segmentação com múltiplas variáveis pode utilizar
todos os layers de dados disponíveis ou um sub-set específico de dados, onde a
ponderação individual de cada layer acompanha a dinâmica e a correlação entre

187
as variáveis. A segmentação no eCognition® é realizada através de uma técnica
de crescimento de regiões a partir da rotulação inicial de cada pixel como uma
região distinta ou objeto, os quais vão sendo sucessivamente fundidos em objetos
maiores segundo critérios de similaridade. O algoritmo utilizado é essencialmente
um procedimento de otimização heurística o qual minimiza a heterogeneidade
média dos objetos da imagem para uma determinada resolução de toda a cena.

O limiar de crescimento das regiões é estabelecido pelo parâmetro ‘escala’,


previamente definido, o qual delimita o máximo de heterogeneidade permitido
para os objetos. Para um determinado parâmetro de escala, o tamanho resultante
dos objetos dependerá das características dos dados utilizados na segmentação,
mas em geral, quanto maior a escala, maior o tamanho dos objetos (vide figura
I.5).

No eCognition®, após a segmentação, todos os objetos da imagem


reconhecem seus vizinhos, o que constitui uma importante informação de
contexto nas análises seguintes. Igualmente, para repetidas segmentações com
parâmetros de escala diferentes, os objetos reconhecem os super-objetos nos
quais se fundem, gerados a maiores escalas, e os sub-objetos nos que se
dividem, gerados com um parâmetro de escala menor.

188
Figura I.5. Diferentes níveis de segmentação

Foram gerados dois níveis de segmentação para cada um dos projetos


criados. No primeiro nível foram utilizadas, exclusivamente, as bandas do
infravermelho próximo e médio (4 e 5 do Landsat), de modo a separar as classes
água e sombras do restante (figura I.6). As bandas do infravermelho apresentam
uma maior uniformidade para estas classes, favorecendo a sua segmentação. No
segundo nível foram utilizadas todas as 6 bandas do TM/Landsat (3 do visível e 3
do infravermelho) para subdividir os objetos e atender aos demais níveis
hierárquicos da classificação. Para os dois níveis adotou-se o parâmetro de
escala igual a 10.

189
Figura I.6. Separação das classes água e sombra no nível 1

I.2.3. MODELAGEM ORIENTADA E OBJETOS


A legenda final do mapeamento diferencia as coberturas vegetais pela
sua fisionomia, isto é, as formações arbóreas naturais (florestas, manguezais e
restingas) e antrópicas (reflorestamento com monoculturas), as formações
herbáceas que incluem as pastagens e formações pioneiras aluviais e os
diferentes tipos de cultivos (cana, café e outros). São detalhados também os

190
refúgios vegetacionais (afloramentos rochosos e campos de altitude) e outras
formas de antropismo representado pelas áreas urbanas e outros usos
indiscriminados – como solo exposto, mineração e queimadas. Algumas classes
são distinguidas espectralmente, enquanto as mais complexas recebem o auxílio
de descritores temáticos (hipsometria e geomorfologia) e topológicos.

A classificação supervisionada é realizada utilizando, preferencialmente,


modelagem fuzzy com o auxílio da análise do comportamento espectral de alvos
(definido pelas áreas de treinamento obtidas em campo para cada classe) de
forma a agrupar objetos similares (Carleer e Wolff, 2006; Antunes e Lingnau,
2005; Chubey et al, 2006; De Pinho et al, 2005). A figura II.3.7 apresenta um
exemplo da interface para esta modelagem. A abordagem utilizada é do tipo top-
down, nos dois níveis de segmentação através de uma estrutura hierárquica que
garante a herança entre os diferentes níveis.

As classes que se encontram em um mesmo nível hierárquico são


analisadas e caracterizadas por diferentes descritores (object features), parte dos
quais personalizados através do modo de construção disponibilizado pelo
eCognition® (média e desvio padrão das bandas, razão entre bandas, brilho,...).
Estão sendo testados descritores disponíveis na biblioteca do eCognition e novos,
criados especificamente para o projeto. Alguns já se mostraram bastante
interessantes, possibilitando a delimitação automática de certas classes. Esta
caracterização inédita para este tema e escala de análise, tratados através desta
abordagem, embasará a elaboração de artigos científicos.

A classificação é detalhada mantendo a ligação hierárquica entre as


classes, garantindo assim a hereditariedade de critérios. Nesta etapa são
discriminados os diferentes tipos de uso e algumas das principais fisionomias da
vegetação (floresta, mangue, restinga, refúgios vegetacionais, comunidades
aluviais). Na discriminação das classes, além dos valores espectrais, são
utilizadas razões entre bandas e brilhos visível e infravermelho. Para o caso das
razões estão sendo adotadas operações logarítmicas, que permitem um melhor

191
escalonamento dos valores e a conseqüente diferenciação de classes. Também
está sendo utilizado o índice de vegetação NDVI, ótimo para a caracterização de
áreas verdes.

Figura I.7. Modelagem Fuzzy no sistema eCognition

Na identificação de classes de distribuição restrita, como as formações


pioneiras e refúgios vegetacionais, são utilizados mapas temáticos,
principalmente de geomorfologia e solos. Assim, os manguezais e comunidades
aluviais ficam restritos aos solos hidromórficos ou às planícies fluviais ou
costeiras. Da mesma forma, os refúgios vegetacionais e afloramentos rochosos

192
foram associados às regiões geomorfológicas de relevo dobrado ou reativado,
com litologias cristalinas.

É importante destacar, que em todos os níveis de classificação é utilizado


um critério inverso de similaridade entre classes (not) para aqueles tipos de
coberturas de maior distribuição e heterogeneidade. Desta forma, as classes de
melhor identificação foram sendo extraídas a priori, evitando-se ainda a
ocorrência de áreas não classificadas.

I.2.4. PRÉ-CLASSIFICAÇÃO
Os modelos fuzzy descritos no item anterior são gerados através da
análise do comportamento, nos diferentes descritores, de um conjunto de objetos
amostrados por simples identificação na imagem ETM ou por consulta a bancos
de imagens de maior resolução espacial que se encontram disponibilizadas via
Web.

Após estabelecer uma estrutura hierárquica de classificação segundo o


grau de complexidade com que as classes amostradas vão se diferenciando, é
realizada uma classificação preliminar, através da qual são definidas as
estratégias de campo e estabelecidas as prioridades para verificação e
adensamento da rede amostral. Para a área 1 (Norte e Noroeste Fluminense),
localizada no projeto 216 do eCognition, já foi efetuado o primeiro trabalho de
campo, que também permitiu a obtenção de pontos de controle além das
amostras para a classificação.

193
I.2.5. TRABALHO DE CAMPO
Os trabalhos de campo se iniciam com o preparo do material de apoio,
que consiste em:

• um caderno com uma articulação em formato A3, escala 1:100.000, das


cartas imagens e pré-classificação da área a ser levantada, onde serão
verificados acertos e possíveis confusões, além de novas amostragens;
• uma carta imagem em formato A0 que possibilita a compreensão da área
como um todo, facilitando a navegação da equipe e definição de uma estratégia
amostral;
• cadernetas para anotação dos pontos amostrais com identificação da
classe de observação, foto e código do ponto GPS (georreferenciamento);
• equipamentos GPS e notebook com a base preliminar estruturada em um
projeto ArcGis.

Em campo são levantados pontos de observação e de controle (estes


para o georreferenciamento das cenas), e caminhamentos (trackings). A figura I.8
apresenta os 3.000km de caminhamento efetuados pelas duas equipes em
campo, enquanto que a figura I.9 mostra os pontos de amostragem obtidos.

Terminadas as atividades de campo, as observações efetuadas são


estruturadas, já em gabinete, em um banco de dados no ArcGis de modo a apoiar
a continuação da classificação.

Os trabalhos de campo serão planejados e realizados por área de


mapeamento, conforme as demandas do ZEE-RJ, estabelecidas no cronograma
inicial.

194
Figura I.8. Caminhamento realizado entre 21 a 26 de maio de 2008

Figura I.9. Pontos de amostragem para a classificação, levantados no


mesmo trabalho de campo

195
I.2.6. CLASSIFICAÇÃO FINAL
A classificação final é definida por dois procedimentos básicos:

• Processo supervisionado: no qual a modelagem é trabalhada até a


definição de um produto, dito automatizado, cuja intervenção na forma de classe
não apresenta mais nenhum avanço.
• Edição manual: etapa em que o analista efetua manualmente as edições
necessárias para a eliminação das confusões entre classes que permaneceram,
além das ligações entre folhas e/ou projetos. Alguns agrupamentos entre
classes podem ser necessários para atendimento da legenda final.

O mapa de uso e cobertura do solo final se encontrará em formato shape,


no sistema ArcGis, em projeção Cilíndrica Equirretangular, Sistema Geodésico
SIRGAS 2000. Apesar de ser gerado por etapas, atendendo às 3 áreas definidas
para análise, o produto final se encontrará unificado. Apresentará como atributos
para cada objeto ou segmento, a classe que o identifica quanto ao uso e
cobertura do solo e a sua área em m2.

Por fim, pode-se reafirmar a relevância deste mapeamento do uso e


cobertura do solo para diversos tipos de análises, dentro ou fora do contexto do
ZEE-RJ. Seu caráter de detalhamento (escala 1:100.000) e nível de atualização
(2007/2008) permitirão que seu uso possa se dar de forma abrangente em
variados projetos no âmbito do estado do Rio de Janeiro.

Espera-se, desta forma, atender não só às demandas do ZEE-RJ como


também minimizar carências relativas ao conhecimento do estado atual do uso e
cobertura do solo no estado.

196
I.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, F. AND C. LINGNAU (2005): Determinação da acurácia temática de


dados oriundos da classificação digital de objetos por meio de lógica fuzzy.
Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, INPE, Goiânia, Brasil.
CARLEER, A.P. AND WOLFF E. (2006): Region-based classification potential for
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Analysis, Salzburg University, Austria.
CHUBEY, M., S. FRANKLIN AND M. WULDER (2006): Object-based Analysis of
Ikonos-2 Imagery for Extraction of Forest Inventory Parameters.
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DE PINHO, C. M., FEITOSA, F. AND H. J. KUX (2005): Classificação
automática de cobertura do solo urbano em imagem IKONOS: Comparação entre
a abordagem pixel-a-pixel e orientada a objetos. Anais XII Simpósio Brasileiro de
Sensoriamento Remoto, INPE, Goiânia, Brasil.

197
X.2.Anexo 2 – Lista dos municípios inseridos no recorte espacial adotado
na análise na escala 1:250.000, por Bacia ou Sistema Hidrográfico

GEOCODIGO UF NOME BACIA


3502507 SP Aparecida Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3503901 SP Arujá Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3508504 SP Caçapava Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3508603 SP Cachoeira Paulista Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3509957 SP Canas Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3513405 SP Cruzeiro Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3518305 SP Guararema Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3518404 SP Guaratinguetá Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3520202 SP Igaratá Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3524402 SP Jacareí Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3526605 SP Lavrinhas Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3527207 SP Lorena Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3531704 SP Monteiro Lobato Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3538006 SP Pindamonhangaba Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3538501 SP Piquete Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3540754 SP Potim Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3541901 SP Queluz Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3544301 SP Roseira Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3546801 SP Santa Isabel Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3549904 SP São José dos Campos Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3552007 SP Silveiras Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3554102 SP Taubaté Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3554805 SP Tremembé Bacia do Alto - Médio Vale do Paraíba do Sul
3513603 SP Cunha Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3524907 SP Jambeiro Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3526308 SP Lagoinha Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3532306 SP Natividade da Serra Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3535606 SP Paraibuna Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3542305 SP Redenção da Serra Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3546009 SP Santa Branca Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3550001 SP São Luís do Paraitinga Bacia do Alto Vale do Paraíba do Sul - Rio Paraitinga
3101508 MG Além Paraíba Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3116209 MG Chiador Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3124609 MG Estrela Dalva Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3151107 MG Pirapetinga Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3160009 MG Santo Antônio do Aventureiro Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul

198
GEOCODIGO UF NOME BACIA
3172103 MG Volta Grande Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3300902 RJ Cambuci Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3301207 RJ Carmo Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3302106 RJ Itaocara Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3304805 RJ São Fidélis Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3305406 RJ Sapucaia Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3305703 RJ Sumidouro Bacia do Médio - Baixo Vale do Paraíba do Sul
3300308 RJ Barra do Piraí Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3300407 RJ Barra Mansa Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3302254 RJ Itatiaia Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3303708 RJ Paraíba do Sul Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3303856 RJ Paty do Alferes Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3303955 RJ Pinheiral Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3304110 RJ Porto Real Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3304128 RJ Quatis Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3304201 RJ Resende Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3306008 RJ Três Rios Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3306206 RJ Vassouras Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3306305 RJ Volta Redonda Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3503158 SP Arapeí Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3503505 SP Areias Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3504909 SP Bananal Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3549607 SP São José do Barreiro Bacia do Médio Vale do Paraíba do Sul
3300506 RJ Bom Jardim Bacia do Rio Dois Rios
3301108 RJ Cantagalo Bacia do Rio Dois Rios
3301504 RJ Cordeiro Bacia do Rio Dois Rios
3301603 RJ Duas Barras Bacia do Rio Dois Rios
3302452 RJ Macuco Bacia do Rio Dois Rios
3303401 RJ Nova Friburgo Bacia do Rio Dois Rios
3304607 RJ Santa Maria Madalena Bacia do Rio Dois Rios
3305307 RJ São Sebastião do Alto Bacia do Rio Dois Rios
3305901 RJ Trajano de Morais Bacia do Rio Dois Rios
3102050 MG Alto Caparaó Bacia do Rio Itabapoana
3110103 MG Caiana Bacia do Rio Itabapoana
3112109 MG Caparaó Bacia do Rio Itabapoana
3124203 MG Espera Feliz Bacia do Rio Itabapoana
3200508 ES Apiacá Bacia do Rio Itabapoana
3201100 ES Bom Jesus do Norte Bacia do Rio Itabapoana
3201803 ES Divino de São Lourenço Bacia do Rio Itabapoana
3202009 ES Dores do Rio Preto Bacia do Rio Itabapoana

199
GEOCODIGO UF NOME BACIA
3202306 ES Guaçuí Bacia do Rio Itabapoana
3203403 ES Mimoso do Sul Bacia do Rio Itabapoana
3204302 ES Presidente Kennedy Bacia do Rio Itabapoana
3204807 ES São José do Calçado Bacia do Rio Itabapoana
3300605 RJ Bom Jesus do Itabapoana Bacia do Rio Itabapoana
3306156 RJ Varre-Sai Bacia do Rio Itabapoana
3300936 RJ Carapebus Bacia do Rio Macaé e Lagoas Costeiras
3302403 RJ Macaé Bacia do Rio Macaé e Lagoas Costeiras
3103108 MG Antônio Prado de Minas Bacia do Rio Muriaé
3105509 MG Barão de Monte Alto Bacia do Rio Muriaé
3113305 MG Carangola Bacia do Rio Muriaé
3122009 MG Divino Bacia do Rio Muriaé
3124906 MG Eugenópolis Bacia do Rio Muriaé
3125309 MG Faria Lemos Bacia do Rio Muriaé
3125952 MG Fervedouro Bacia do Rio Muriaé
3142106 MG Miradouro Bacia do Rio Muriaé
3142205 MG Miraí Bacia do Rio Muriaé
3143906 MG Muriaé Bacia do Rio Muriaé
3145877 MG Orizânia Bacia do Rio Muriaé
3148202 MG Patrocínio do Muriaé Bacia do Rio Muriaé
3149002 MG Pedra Dourada Bacia do Rio Muriaé
3156452 MG Rosário da Limeira Bacia do Rio Muriaé
3161403 MG São Francisco do Glória Bacia do Rio Muriaé
3164431 MG São Sebastião da Vargem Alegre Bacia do Rio Muriaé
3169208 MG Tombos Bacia do Rio Muriaé
3171402 MG Vieiras Bacia do Rio Muriaé
3301157 RJ Cardoso Moreira Bacia do Rio Muriaé
3302056 RJ Italva Bacia do Rio Muriaé
3302205 RJ Itaperuna Bacia do Rio Muriaé
3302304 RJ Laje do Muriaé Bacia do Rio Muriaé
3303104 RJ Natividade Bacia do Rio Muriaé
3304102 RJ Porciúncula Bacia do Rio Muriaé
3305133 RJ São José de Ubá Bacia do Rio Muriaé
3102902 MG Antônio Carlos Bacia do Rio Paraibuna
3106101 MG Belmiro Braga Bacia do Rio Paraibuna
3106804 MG Bias Fortes Bacia do Rio Paraibuna
3106903 MG Bicas Bacia do Rio Paraibuna
3107505 MG Bom Jardim de Minas Bacia do Rio Paraibuna
3115904 MG Chácara Bacia do Rio Paraibuna
3125002 MG Ewbank da Câmara Bacia do Rio Paraibuna

200
GEOCODIGO UF NOME BACIA
3128501 MG Guarará Bacia do Rio Paraibuna
3136702 MG Juiz de Fora Bacia do Rio Paraibuna
3138609 MG Lima Duarte Bacia do Rio Paraibuna
3139805 MG Mar de Espanha Bacia do Rio Paraibuna
3140209 MG Maripá de Minas Bacia do Rio Paraibuna
3140803 MG Matias Barbosa Bacia do Rio Paraibuna
3145406 MG Olaria Bacia do Rio Paraibuna
3149408 MG Pedro Teixeira Bacia do Rio Paraibuna
3149507 MG Pequeri Bacia do Rio Paraibuna
3157278 MG Santa Bárbara do Monte Verde Bacia do Rio Paraibuna
3158607 MG Santana do Deserto Bacia do Rio Paraibuna
3159407 MG Santa Rita de Ibitipoca Bacia do Rio Paraibuna
3165602 MG Senador Cortes Bacia do Rio Paraibuna
3167509 MG Simão Pereira Bacia do Rio Paraibuna
3300951 RJ Comendador Levy Gasparian Bacia do Rio Paraibuna
3300225 RJ Areal Bacia do Rio Piabanha
3303906 RJ Petrópolis Bacia do Rio Piabanha
3305158 RJ São José do Vale do Rio Preto Bacia do Rio Piabanha
3305802 RJ Teresópolis Bacia do Rio Piabanha
3103306 MG Aracitaba Bacia do Rio Pomba
3104403 MG Argirita Bacia do Rio Pomba
3104601 MG Astolfo Dutra Bacia do Rio Pomba
3115300 MG Cataguases Bacia do Rio Pomba
3121902 MG Divinésia Bacia do Rio Pomba
3122900 MG Dona Eusébia Bacia do Rio Pomba
3127388 MG Goianá Bacia do Rio Pomba
3128402 MG Guarani Bacia do Rio Pomba
3128808 MG Guidoval Bacia do Rio Pomba
3129004 MG Guiricema Bacia do Rio Pomba
3138005 MG Laranjal Bacia do Rio Pomba
3138401 MG Leopoldina Bacia do Rio Pomba
3141603 MG Mercês Bacia do Rio Pomba
3145703 MG Oliveira Fortes Bacia do Rio Pomba
3146602 MG Paiva Bacia do Rio Pomba
3146701 MG Palma Bacia do Rio Pomba
3150109 MG Piau Bacia do Rio Pomba
3151305 MG Piraúba Bacia do Rio Pomba
3154101 MG Recreio Bacia do Rio Pomba
3155405 MG Rio Novo Bacia do Rio Pomba
3155801 MG Rio Pomba Bacia do Rio Pomba

201
GEOCODIGO UF NOME BACIA
3156205 MG Rochedo de Minas Bacia do Rio Pomba
3156304 MG Rodeiro Bacia do Rio Pomba
3157302 MG Santa Bárbara do Tugúrio Bacia do Rio Pomba
3158409 MG Santana de Cataguases Bacia do Rio Pomba
3160702 MG Santos Dumont Bacia do Rio Pomba
3161502 MG São Geraldo Bacia do Rio Pomba
3162906 MG São João Nepomuceno Bacia do Rio Pomba
3167301 MG Silveirânia Bacia do Rio Pomba
3167905 MG Tabuleiro Bacia do Rio Pomba
3169000 MG Tocantins Bacia do Rio Pomba
3303005 RJ Miracema Bacia do Rio Pomba
3304706 RJ Santo Antânio de Pádua Bacia do Rio Pomba
3119609 MG Coronel Pacheco Bacia do Rio Pomba
3121308 MG Descoberto Bacia do Rio Pomba
3121506 MG Desterro do Melo Bacia do Rio Pomba
3132602 MG Itamarati de Minas Bacia do Rio Pomba
3169901 MG Ubá Bacia do Rio Pomba
3172004 MG Visconde do Rio Branco Bacia do Rio Pomba
3300159 RJ Aperibé Bacia do Rio Pomba
3107208 MG Bocaina de Minas Bacia do Rio Preto
3147808 MG Passa-Vinte Bacia do Rio Preto
3155900 MG Rio Preto Bacia do Rio Preto
3159308 MG Santa Rita de Jacutinga Bacia do Rio Preto
3304508 RJ Rio das Flores Bacia do Rio Preto
3306107 RJ Valença Bacia do Rio Preto
3300209 RJ Araruama Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3300233 RJ Armação dos Búzios Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3300258 RJ Arraial do Cabo Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3300704 RJ Cabo Frio Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3301306 RJ Casimiro de Abreu Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3301876 RJ Iguaba Grande Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3304524 RJ Rio das Ostras Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3305208 RJ São Pedro da Aldeia Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3305505 RJ Saquarema Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3305604 RJ Silva Jardim Bacia do Rio São João e Região dos Lagos
3300100 RJ Angra dos Reis S.H. Baía da Ilha Grande
3303807 RJ Parati S.H. Baía da Ilha Grande
3300456 RJ Belford Roxo S.H. da Baía da Guanabara
3300803 RJ Cachoeiras de Macacu S.H. da Baía da Guanabara
3301702 RJ Duque de Caxias S.H. da Baía da Guanabara

202
GEOCODIGO UF NOME BACIA
3301850 RJ Guapimirim S.H. da Baía da Guanabara
3301900 RJ Itaboraí S.H. da Baía da Guanabara
3302502 RJ Magé S.H. da Baía da Guanabara
3302700 RJ Maricá S.H. da Baía da Guanabara
3302858 RJ Mesquita S.H. da Baía da Guanabara
3303203 RJ Nilópolis S.H. da Baía da Guanabara
3303302 RJ Niterói S.H. da Baía da Guanabara
3303500 RJ Nova Iguaçu S.H. da Baía da Guanabara
3304300 RJ Rio Bonito S.H. da Baía da Guanabara
3304557 RJ Rio de Janeiro S.H. da Baía da Guanabara
3304904 RJ São Gonçalo S.H. da Baía da Guanabara
3305109 RJ São João de Meriti S.H. da Baía da Guanabara
3305752 RJ Tanguá S.H. da Baía da Guanabara
3301801 RJ Engenheiro Paulo de Frontin S.H. da Baia de Sepetiba
3302007 RJ Itaguaí S.H. da Baia de Sepetiba
3302270 RJ Japeri S.H. da Baia de Sepetiba
3302601 RJ Mangaratiba S.H. da Baia de Sepetiba
3302809 RJ Mendes S.H. da Baia de Sepetiba
3302908 RJ Miguel Pereira S.H. da Baia de Sepetiba
3303609 RJ Paracambi S.H. da Baia de Sepetiba
3304003 RJ Piraí S.H. da Baia de Sepetiba
3304144 RJ Queimados S.H. da Baia de Sepetiba
3304409 RJ Rio Claro S.H. da Baia de Sepetiba
3305554 RJ Seropédica S.H. da Baia de Sepetiba
3301009 RJ Campos dos Goytacazes S.H. da Lagoa Feia
3301405 RJ Conceição de Macabu S.H. da Lagoa Feia
3304151 RJ Quissamã S.H. da Lagoa Feia
3304755 RJ São Francisco de Itabapoana Zona Deltáica - Foz do Paraíba do Sul
3305000 RJ São João da Barra Zona Deltáica - Foz do Paraíba do Sul

203
X.3.Anexo 3: Valores de precipitação média anual para a série temporal de 1977 a 2000, com médias de
precipitação dos meses mais chuvosos (dezembro, janeiro e fevereiro) e dos meses menos
chuvosos (junho, julho e agosto).

Código ESTAÇAO Latitude Longitude P acum. P média P média P média P média P P P média P média
anual Dezembro Janeiro Fevereiro período média média agosto período
média chuvoso Junho Julho seco
2142022 ALDEIA -21 57 09 -42 21 21 1208,2 233,8 204,9 129,3 189,3 23,4 13,6 21,0 19,3
2344009 ALTO S.DO MAR-B.MATO LIMPO -23 09 13 -44 51 32 2147,0 299,2 340,0 255,8 298,3 55,6 62,8 52,7 57,0
2242028 ANTA -22 02 07 -42 59 27 1239,3 245,5 237,8 145,1 209,5 23,0 16,1 18,3 19,1
2243013 AREAL (GRANJA GABI) -22 14 31 -43 06 16 1238,9 247,8 234,2 133,7 205,2 25,5 13,5 21,4 20,1
2142000 ASTOLFO DUTRA -21 18 25 -42 51 38 1475,7 276,8 272,0 175,7 241,5 23,2 15,0 22,3 20,2
2244008 BANANAL -22 40 00 -44 26 00 1338,9 225,7 239,2 183,4 216,1 29,1 21,4 31,7 27,4
2242018 BARRA ALEGRE -22 14 08 -42 17 09 1315,8 249,5 240,3 142,7 210,8 28,4 18,8 17,5 21,5
2042014 BICUIBA -20 46 10 -42 18 04 1453,4 263,5 245,2 138,7 215,8 18,4 18,3 26,9 21,2
2244010 BOCAINA (FAZENDA SANTA CLARA) -22 41 31 -44 58 30 1343,4 212,0 217,3 158,1 195,8 33,9 24,5 29,0 29,1
2242021 BOM JARDIM -22 09 24 -42 24 58 1343,4 218,7 217,3 158,1 198,0 33,9 24,5 29,7 29,3
2242026 BOM SUCESSO -22 16 17 -42 47 41 1295,8 245,0 246,9 156,8 216,2 28,9 19,1 22,5 23,5
2041005 CAIANA -20 41 38 -41 55 19 1247,9 213,4 185,4 115,4 171,4 22,6 19,1 28,1 23,3
2244048 CAMPOS DE CUNHA -22 55 16 -44 49 20 1439,9 221,2 236,0 201,7 219,6 39,7 29,2 38,2 35,7
2243239 CAPELA MAYRINK -22 57 28 -43 16 40 2127,7 213,1 194,6 185,3 197,7 139,6 142,5 144,9 142,3
2042000 CARANGOLA -20 44 24 -42 01 26 1140,6 223,9 221,9 90,1 178,6 14,1 11,9 15,5 13,8
2141003 CARDOSO MOREIRA -21 29 31 -41 36 49 926,7 165,9 144,8 81,1 130,6 20,1 16,6 23,5 20,0
2242025 CASCATINHA DO CONEGO -22 21 00 -42 34 00 2462,2 369,0 389,5 219,5 326,0 83,5 84,7 97,5 88,6
2142001 CATAGUASES -21 23 22 -42 41 47 1468,1 274,7 273,6 152,5 233,6 24,6 17,4 19,9 20,6
2143020 CHAPEU D'UVAS -21 35 39 -43 30 19 1466,1 249,5 293,6 199,0 247,4 19,5 14,1 22,5 18,7
2243004 CONSERVATORIA -22 17 15 -43 55 46 1501,2 251,2 262,3 215,5 243,0 28,2 21,4 24,1 24,5
2141006 DOIS RIOS -21 38 36 -41 51 31 968,4 197,3 157,9 93,7 149,7 20,9 15,6 23,1 19,9
2041014 DORES DO RIO PRETO -20 41 09 -41 50 46 1348,9 263,9 222,7 118,3 201,7 26,7 24,2 33,6 28,1
2242011 ESTACAO DE BOMB. DE IMUNANA -22 40 49 -42 56 56 1420,6 213,3 209,7 167,5 196,8 53,0 51,7 53,5 52,7
2143013 ESTEVAO PINTO -21 53 47 -43 02 29 1315,7 254,5 256,8 155,9 222,4 28,9 15,9 21,9 22,2
2245055 ESTRADA DE CUNHA -22 59 45 -45 02 30 1435,5 218,0 201,3 197,6 205,6 41,6 33,4 33,5 36,1
2243014 FAGUNDES -22 17 59 -43 10 41 1116,3 191,3 212,6 134,5 179,5 18,7 12,8 18,3 16,6
2244039 FAZENDA AGULHAS NEGRAS -22 20 21 -44 35 26 2420,0 398,1 448,8 346,2 397,7 42,9 39,7 41,4 41,3
2142007 FAZENDA DA BARRA (PIRAPETINGA) -21 39 29 -42 20 34 1181,8 251,9 199,8 123,8 191,8 19,8 17,0 24,7 20,5

204
2242013 FAZENDA DO CARMO -22 26 17 -42 46 03 2032,0 315,9 303,6 222,1 280,5 63,1 67,5 74,2 68,2
2242022 FAZENDA MENDES -22 17 09 -42 39 36 1394,4 262,6 267,6 164,7 231,6 39,0 28,2 36,5 34,6
2241004 FAZENDA ORATORIO -22 15 34 -41 58 50 1602,9 224,2 242,5 151,1 205,9 40,5 44,6 40,4 41,8
2243202 FAZENDA SAO GABRIEL -22 00 42 -43 52 30 1844,4 312,8 349,1 248,6 303,5 30,5 24,4 30,3 28,4
2242005 FAZENDA SAO JOAO -22 23 22 -42 30 00 2090,1 342,1 401,6 249,1 330,9 53,7 52,4 49,8 51,9
2242016 FAZENDA SAO JOAQUIM -22 26 58 -42 37 19 2426,1 345,5 327,9 231,2 301,5 92,7 94,3 108,2 98,4
2242027 FAZENDA SOBRADINHO -22 12 04 -42 54 00 1381,2 266,3 260,7 161,3 229,4 26,3 18,3 22,5 22,4
2142004 FAZENDA UMBAUBAS -21 03 01 -42 30 56 1473,7 277,9 258,5 154,2 230,2 18,9 21,3 24,0 21,4
2244037 FUMACA -22 17 51 -44 18 38 1935,6 330,3 363,4 275,6 323,1 27,6 29,6 26,6 27,9
2242004 GALDINOPOLIS -22 21 49 -42 22 51 1876,8 321,2 355,6 199,7 292,2 44,5 39,0 42,7 42,1
2242008 GAVIOES -22 32 56 -42 32 46 2063,9 324,9 295,5 228,3 282,9 75,5 66,5 67,2 69,7
2244044 GLICERIO -22 28 27 -44 13 44 1501,6 262,6 261,2 212,6 245,5 28,2 25,1 25,7 26,3
2041001 GUACUI -20 46 25 -41 40 54 1459,7 272,1 255,2 123,5 216,9 22,5 23,2 36,2 27,3
2243010 ITAMARATI-SE -22 29 07 -43 08 57 1526,7 260,7 279,9 179,8 240,2 41,1 38,5 39,5 39,7
2242014 JAPUIBA -22 33 33 -42 41 56 1798,8 284,5 248,3 203,5 245,4 55,3 57,9 63,2 58,8
2142009 JUSSARA -20 54 41 -42 20 58 1299,5 255,0 203,4 126,9 195,1 16,6 14,5 22,7 17,9
2242001 LEITAO DA CUNHA -22 02 34 -42 02 39 1493,4 230,4 237,4 152,8 206,9 33,3 33,4 37,0 34,6
2241003 MACABUZINHO -22 05 11 -41 44 21 1142,3 168,0 150,8 116,1 145,0 34,2 33,9 29,2 32,5
2243008 MANUEL DUARTE (PCD) -22 05 09 -43 33 24 1278,5 227,2 230,5 160,1 205,9 24,2 13,6 19,0 18,9
2242010 MANUEL RIBEIRO -22 54 24 -42 43 55 1315,0 154,1 134,0 112,9 133,7 88,5 74,9 67,4 77,0
2242002 MARIA MENDONCA -22 11 11 -42 09 49 1662,9 283,8 268,9 166,5 239,7 41,8 37,1 33,9 37,6
2141015 MIMOSO DO SUL (DNOS) -21 03 53 -41 21 45 1366,4 239,2 212,2 84,6 178,7 28,5 33,1 45,1 35,6
2244058 MIRANTAO(CAPELINHA DAS FLORES) -22 20 20 -44 35 27 2157,9 346,8 386,1 299,1 344,0 36,0 33,8 35,2 35,0
2243016 MORELI (PARADA MORELI) -22 12 03 -43 01 37 1222,1 231,2 226,6 136,5 198,1 25,6 14,8 19,7 20,0
2243015 MOURA BRASIL -22 07 38 -43 09 08 1121,9 220,2 214,6 115,2 183,3 21,4 13,3 20,6 18,5
2244045 NOSSA SENHORA DO AMPARO -22 23 08 -44 06 27 1751,7 267,7 310,0 253,7 277,1 33,9 30,0 33,8 32,6
2142014 PAQUEQUER -21 52 40 -42 38 32 819,6 169,7 152,1 84,6 135,5 13,4 7,2 12,9 11,2
2243003 PARAIBA DO SUL -22 09 28 -43 17 06 1052,1 203,8 200,1 113,9 172,6 21,3 10,7 18,6 16,9
2344007 PARATI -23 13 25 -44 45 50 1523,4 186,7 197,8 164,0 182,8 48,1 46,6 49,0 47,9
2344006 PATRIMONIO -23 19 03 -44 43 18 2107,3 252,8 275,4 228,7 252,3 86,7 83,5 71,5 80,6
2142002 PATROCINIO DO MURIAE -21 08 55 -42 12 56 1546,5 291,5 248,2 129,2 223,0 33,7 27,3 27,3 29,4
2244064 PEDREIRA (PACAU) -22 01 35 -44 10 25 2003,4 333,0 343,4 228,1 301,5 39,9 42,2 46,6 42,9
2243012 PEDRO DO RIO -22 19 57 -43 08 10 1306,3 246,5 245,4 144,6 212,2 27,4 15,5 24,7 22,5
2243006 PENTAGNA -22 09 18 -43 45 18 1397,2 248,2 242,1 176,1 222,2 24,8 14,2 18,1 19,0
2243009 PETROPOLIS -22 30 42 -43 10 15 1954,7 314,9 314,4 205,5 278,3 60,1 56,8 62,9 59,9
2143022 PIAU -21 29 58 -43 09 13 1576,0 278,5 326,3 202,4 269,1 21,0 13,9 23,6 19,5
2242003 PILLER -22 24 17 -42 20 21 2245,2 322,8 356,7 218,3 299,3 69,6 61,3 70,3 67,1

205
2245048 PINDAMONHANGABA (PCD) -22 54 40 -45 28 13 1565,9 221,3 263,2 188,7 224,4 49,9 41,5 38,8 43,4
2345067 PONTE ALTA 1 -23 19 44 -45 08 38 1995,4 249,5 305,6 248,5 267,8 67,6 59,7 59,1 62,2
2141014 PONTE DE ITABAPOANA -21 12 22 -41 27 46 1072,5 170,7 187,1 77,5 145,1 32,0 26,5 29,3 29,3
2244038 PONTE DO SOUZA -22 16 14 -44 23 30 2145,8 339,5 388,8 307,1 345,2 31,6 35,1 34,7 33,8
2142015 PONTO DE PERGUNTA -21 44 31 -41 59 17 1074,2 214,0 180,3 102,0 165,4 17,9 16,3 19,5 17,9
2042027 PORCIUNCULA -20 57 48 -42 02 14 1279,0 233,9 232,9 117,3 194,7 17,6 14,9 22,6 18,4
2242007 QUARTEIS -22 47 44 -42 18 30 2385,6 346,1 333,6 241,4 307,0 78,2 71,7 74,0 74,6
2242012 REPRESA DO PARAISO -22 29 55 -42 54 40 2480,2 366,7 388,9 246,4 334,0 82,8 84,7 80,6 82,7
2244034 RIBEIRAO DE SAO JOAQUIM -22 28 27 -44 13 44 1797,2 291,8 330,6 250,4 290,9 26,2 30,7 32,0 29,6
2243011 RIO DA CIDADE -22 26 17 -43 10 13 1505,5 271,7 283,5 171,0 242,0 34,8 25,8 32,1 30,9
2242006 RIO DOURADO -22 28 24 -42 05 13 1894,5 267,6 255,0 172,5 231,7 66,4 71,7 69,5 69,2
2143018 RIO NOVO -21 28 21 -43 07 16 1400,6 249,7 292,2 156,6 232,8 22,2 15,3 21,8 19,8
2244035 SANTA RITA DO JACUTINGA -22 09 02 -44 05 24 1685,0 274,8 334,4 205,3 271,5 26,8 18,5 27,4 24,2
2142058 SANTO ANTONIO DE PADUA (PCD) -21 32 31 -42 10 57 1127,0 235,5 185,6 108,2 176,4 21,7 13,5 27,9 21,0
2141001 SAO FRANCISCO PAULA-CACIMBAS -21 28 58 -41 06 12 790,2 117,8 106,0 54,1 92,6 25,6 23,8 24,5 24,6
2141017 SAO JOSE DAS TORRES -21 03 45 -41 14 28 1418,3 210,6 186,5 76,4 157,8 37,8 46,7 50,5 45,0
2141016 SAO JOSE DO CALCADO -21 02 12 -41 39 08 1322,6 235,3 221,6 115,1 190,7 27,2 22,3 26,8 25,4
2345065 SAO LUIZ DO PARAITINGA -23 14 22 -45 18 19 1295,2 180,5 226,5 191,0 199,3 44,4 30,8 28,2 34,5
2344008 SAO ROQUE -23 04 20 -44 41 53 2160,1 271,4 291,4 255,2 272,7 68,2 61,2 63,2 64,2
2143021 SOBRAJI -21 57 59 -43 22 21 1275,3 246,8 242,5 160,4 216,6 26,3 13,2 20,0 19,8
2242029 SUMIDOURO -22 03 01 -42 40 42 1360,0 293,3 238,3 166,0 232,5 22,1 13,8 15,7 17,2
2243007 TABOAS -22 12 31 -43 37 24 1412,2 255,1 258,3 184,0 232,5 24,3 16,8 19,8 20,3
2143017 TABULEIRO -21 21 18 -43 14 49 1605,1 285,6 331,4 199,3 272,1 23,7 20,3 26,4 23,5
2242024 TEODORO DE OLIVEIRA -22 22 44 -42 33 15 3074,1 434,4 439,4 261,4 378,4 107,4 126,1 145,5 126,3
2143016 TORREOES -21 52 09 -43 33 20 1337,8 236,0 238,5 165,5 213,3 28,4 15,8 21,2 21,8
2141007 TRES IRMAOS -21 37 36 -41 53 09 1054,1 211,3 181,9 100,1 164,4 19,3 14,1 23,0 18,8
2143019 USINA BRUMADO -21 51 20 -43 53 11 1560,0 269,1 288,4 232,2 263,2 24,9 18,7 17,4 20,3
2143000 USINA ITUERE -21 18 34 -43 12 08 1560,0 269,1 288,4 232,2 263,2 24,9 18,7 17,4 20,3
2142006 USINA MAURICIO -21 28 17 -42 48 47 1442,5 277,6 285,5 149,7 237,6 21,0 16,0 21,8 19,6
2241002 USINA QUISSAMA -22 06 25 -41 28 37 931,3 145,8 114,2 83,2 114,4 37,2 35,1 24,3 32,2
2243005 VALENCA -22 13 08 -43 42 13 1383,5 231,4 268,3 177,9 225,9 26,2 17,0 19,3 20,8
2242019 VARGEM ALTA -22 18 03 -42 24 00 1418,4 253,1 269,6 184,3 235,6 23,0 20,5 24,9 22,8
2242020 VARGEM GRANDE -22 16 36 -42 30 08 1449,1 280,7 264,9 167,9 237,8 24,3 23,2 23,2 23,6
2041046 VARRE-SAI -20 55 51 -41 51 00 1396,7 264,9 224,8 121,0 203,6 27,4 27,0 31,8 28,7
2242017 VISCONDE DE IMBE -22 04 04 -42 09 36 1225,9 225,7 225,8 125,2 192,2 22,4 16,0 17,8 18,7
2244047 VISCONDE DE MAUA (ESC.AGROT) -22 19 48 -44 32 18 2232,9 368,9 400,5 308,7 359,3 37,9 30,7 31,3 33,3
2244041 VOLTA REDONDA -22 30 04 -44 05 31 1453,7 240,6 255,9 197,5 231,3 28,1 23,0 27,7 26,3

206
2244036 ZELINDA -22 14 35 -44 15 49 1804,2 292,2 324,6 250,8 289,2 26,7 20,7 27,2 24,9
IGARATÁ 23 12 46 09 1513,7 199,1 257,6 198,8 218,5 55,1 38,2 34,8 42,7
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 22 55 45 12 2031,7 278,8 336,5 263,0 292,8 59,8 42,9 40,5 47,8
TAUBATÉ -23 02 00 -45 34 00 1353,7 190,3 233,4 180,1 201,3 43,4 23,7 28,5 31,9
LAGOINHA 23 07 45 34 1489,5 205,8 266,1 216,8 229,6 49,2 32,5 29,5 37,1

207
X.4.Anexo 4 - Concentrações Médias de Oxigênio Dissolvido (mg/L) para os períodos de 1992-1996 e
2002-2007 (Temporal: E = Estável; P = Piora; M = Melhora).
OD Classe OD Classe
Estação Código Bacia Sub-Bacia Estado Agência Operadora Lat Long Temporal
92-96 92-96 02-07 02-07
Santa Branca 58099000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul SP ANA CPRM -23,3667 -45,9000 8,26 1 5,99 2 P 1-2
Pindamonhangaba 58183000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul SP ANA CPRM -22,9111 -45,4703 5,98 2 5,31 2 E2
Queluz 58235000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul SP FURNAS DESATIVADA -22,5400 -44,7672 7,01 1 6,42 1 E1
Resende 58250000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,4667 -44,4453 6,39 1 5,33 2 P 1-2
Volta Redonda 58305001 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,5014 -44,0906 6,81 1 7,13 1 E1
Barra do Pirai 58321000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,4494 -43,7989 6,72 1 6,21 1 E1
Paraíba do Sul 58380001 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,1628 -43,2864 7,63 1 7,16 1 E1
Moura Brasil 58440000 Paraíba do Sul Piabanha RJ ANA CPRM -22,1417 -43,1575 8,02 1 6,66 1 E1
Chapeu D´Uvas 58470000 Paraíba do Sul Paraibuna MG ANA CPRM -21,5942 -43,5053 7,84 1 7,12 1 E1
Juiz de Fora (Jusante) 58480500 Paraíba do Sul Paraibuna MG ANA CPRM -21,7678 -43,3175 2,89 4 2,73 4 E4
Sobraji 58520000 Paraíba do Sul Paraibuna MG ANA CPRM -21,9664 -43,3672 7,56 1 7,23 1 E1
Visconde de Mauá 58525000 Paraíba do Sul Preto RJ ANA CPRM -22,3178 -44,5383 9,04 1 8,38 1 E1
Rio Preto 58550001 Paraíba do Sul Preto MG ANA CPRM -22,0864 -43,8178 8,20 1 7,37 1 E1
Anta G 58630002 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,0353 -42,9908 7,66 1 6,56 1 E1
Paquequer 58648001 Paraíba do Sul Paquequer RJ ANA CPRM -21,8778 -42,6422 8,18 1 7,76 1 E1
Itaocara 58680001 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -21,6658 -42,0811 7,89 1 8,15 1 E1
Guarani 58730001 Paraíba do Sul Pomba MG ANA CPRM -21,3506 -43,0503 7,62 1 6,37 1 E1
Cataguases 58770000 Paraíba do Sul Pomba MG ANA CPRM -21,3839 -42,6844 7,66 1 6,98 1 E1
Três Irmãos 58795000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -21,6267 -41,8858 7,87 1 8,14 1 E1
Conselheiro Paulino 58832000 Paraíba do Sul Bengala RJ ANA CPRM -22,2269 -42,5211 2,22 4 4,76 3 M 4-3
Barra do Rio Negro 58870000 Paraíba do Sul Negro RJ ANA CPRM -21,7178 -41,9517 8,03 1 7,36 1 E1
Dois Rios 58874000 Paraíba do Sul Dois Rios RJ ANA CPRM -21,6433 -41,8586 7,79 1 7,88 1 E1
Patrocínio do Muriaé 58920000 Paraíba do Sul Muriae MG ANA CPRM -21,1486 -42,2156 7,00 1 5,74 2 P 1-2
Itaperuna 58940000 Paraíba do Sul Muriae RJ ANA CPRM -21,2078 -41,8933 7,56 1 5,76 2 P 1-2
Porciúncula 58934000 Paraíba do Sul Carangola RJ ANA CPRM -20,9633 -42,0372 7,39 1 6,07 1 E1
Cardoso Moreira RV 58960000 Paraíba do Sul Muriae RJ ANA CPRM -21,4872 -41,6167 7,50 1 6,84 1 E1
Campos - Ponte Municipal 58974000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -21,7503 -41,3003 7,49 1 6,88 1 E1

208
X.5.Anexo 5 - Concentrações Mínimas de Oxigênio Dissolvido (mg/L) para os períodos de 1992-1996 e
2002-2007 (Temporal: E = Estável; P = Piora; M = Melhora).
OD Classe OD Classe
Estação Código Bacia Sub-Bacia Estado Agência Operadora Lat Long Temporal
92-96 92-96 02-07 02-07
Santa Branca 58099000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul SP ANA CPRM -23,3667 -45,9000 3,91 4 2,30 4 E4
Pindamonhangaba 58183000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul SP ANA CPRM -22,9111 -45,4703 3,80 4 3,06 4 E4
Queluz 58235000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul SP FURNAS DESATIVADA -22,5400 -44,7672 6,10 1 4,13 3 P 1-3
Resende 58250000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,4667 -44,4453 3,90 4 2,84 4 E4
Volta Redonda 58305001 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,5014 -44,0906 5,60 2 5,50 2 E2
Barra do Pirai 58321000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,4494 -43,7989 5,03 2 5,30 2 E2
Paraíba do Sul 58380001 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,1628 -43,2864 6,60 1 4,40 3 P 1-3
Moura Brasil 58440000 Paraíba do Sul Piabanha RJ ANA CPRM -22,1417 -43,1575 7,10 1 6,10 1 E1
Chapéu D´Uvas 58470000 Paraíba do Sul Paraibuna MG ANA CPRM -21,5942 -43,5053 5,50 2 4,60 3 P 2-3
Juiz de Fora (Jusante) 58480500 Paraíba do Sul Paraibuna MG ANA CPRM -21,7678 -43,3175 0,25 <4 0,50 <4 E <4
Sobraji 58520000 Paraíba do Sul Paraibuna MG ANA CPRM -21,9664 -43,3672 6,20 1 6,10 1 E1
Visconde de Mauá 58525000 Paraíba do Sul Preto RJ ANA CPRM -22,3178 -44,5383 8,00 1 7,30 1 E1
Rio Preto 58550001 Paraíba do Sul Preto MG ANA CPRM -22,0864 -43,8178 7,25 1 5,30 2 P 1-2
Anta G 58630002 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -22,0353 -42,9908 6,70 1 4,30 3 P 1-3
Paquequer 58648001 Paraíba do Sul Paquequer RJ ANA CPRM -21,8778 -42,6422 7,08 1 6,80 1 E1
Itaocara 58680001 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -21,6658 -42,0811 6,50 1 7,90 1 E1
Guarani 58730001 Paraíba do Sul Pomba MG ANA CPRM -21,3506 -43,0503 6,87 1 4,30 3 P 1-3
Cataguases 58770000 Paraíba do Sul Pomba MG ANA CPRM -21,3839 -42,6844 6,10 1 4,40 3 P 1-3
Três Irmãos 58795000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -21,6267 -41,8858 6,77 1 6,90 1 E1
Conselheiro Paulino 58832000 Paraíba do Sul Bengala RJ ANA CPRM -22,2269 -42,5211 0,25 <4 3,30 4 M <4-4
Barra do Rio Negro 58870000 Paraíba do Sul Negro RJ ANA CPRM -21,7178 -41,9517 6,78 1 5,80 2 P 1-2
Dois Rios 58874000 Paraíba do Sul Dois Rios RJ ANA CPRM -21,6433 -41,8586 6,60 1 7,00 1 E1
Patrocínio do Muriaé 58920000 Paraíba do Sul Muriae MG ANA CPRM -21,1486 -42,2156 5,60 2 3,40 4 P 2-4
Itaperuna 58940000 Paraíba do Sul Muriae RJ ANA CPRM -21,2078 -41,8933 6,10 1 3,50 4 P 1-4
Porciúncula 58934000 Paraíba do Sul Carangola RJ ANA CPRM -20,9633 -42,0372 0,08 <4 4,10 3 M <4-3
Cardoso Moreira RV 58960000 Paraíba do Sul Muriae RJ ANA CPRM -21,4872 -41,6167 6,40 1 4,80 3 P 1-3
Campos - Ponte Municipal 58974000 Paraíba do Sul Paraíba do Sul RJ ANA CPRM -21,7503 -41,3003 6,00 1 4,30 3 P 1-3

209
X.6.Anexo 6 – Descrição das variáveis do Diagnóstico Socioeconômico
(1:250.000)

Tema: ABASTECIMENTO DE ÁGUA


Subtema: Captação de Água
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
Data de acesso: abril e maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos ao sub-tema captação de água,


subordinado ao tema abastecimento de água, para os 234 municípios
selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira
correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).
Os dados selecionados referem-se à existência de contaminação da água
captada em poço raso, poço profundo e superficial, por diferentes atividades
poluidoras.
Segundo a base de metadados divulgadas pelo BME, captação de água é
o local de tomada de água do manancial e primeira unidade do sistema de
abastecimento. Existem três tipos de captação: a) a captação em poço profundo
(captada de lençóis situados entre as camadas impermeáveis); b) a captação em
poço raso (captada do lençol freático, ou seja, a água que se encontra acima da
primeira camada impermeável do solo); c) a captação superficial (água captada
de diferentes cursos d'água, tais como: rio, córrego, ribeirão, lago, lagoa, açude,
represa etc. e, como o nome indica, tem o espelho d'água na superfície do
terreno).
A poluição da água por diferentes fontes/atividades poluidoras é
classificada de acordo com a existência ou não em cada município. (Sim, Não,
Não declarado)

Variáveis selecionadas:

• Captação de água em poço profundo: poluição por atividade mineradora, existência.


• Captação de água em poço profundo: poluição por destinação inadequada do lixo,
existência.
• Captação de água em poço profundo: poluição e contaminação, existência.
• Captação de água em poço profundo: poluição por despejo industrial, existência.
• Captação de água em poço profundo: poluição por esgoto, existência.
• Captação de água em poço profundo: poluição por agrotóxicos, existência.
• Captação de água em poço raso: poluição por atividade mineradora, existência.
• Captação de água em poço raso: poluição destinação inadequada do lixo, existência.
• Captação de água em poço raso: poluição e contaminação, existência.
• Captação de água em poço raso: poluição por despejo industrial, existência.
• Captação de água em poço raso: poluição por esgoto, existência.
• Captação de água em poço raso: poluição por agrotóxicos, existência.
• Captação superficial: poluição por atividade mineradora, existência.

210
• Captação superficial: poluição destinação inadequada do lixo, existência.
• Captação superficial: poluição e contaminação, existência.
• Captação superficial: poluição por despejo industrial, existência.
• Captação superficial: poluição por esgoto, existência.
• Captação superficial: poluição por agrotóxicos, existência.

Tema: ABASTECIMENTO DE ÁGUA


Subtema: Distribuição de água
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
Data de acesso: abril e maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos ao sub-tema rede de distribuição


água, subordinado ao tema abastecimento de água, para os 234 municípios
selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira
correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).
Os dados selecionados referem-se às características da rede de
distribuição tais como: extensão, volume de água distribuída sem tratamento,
análise e vigilância da qualidade da água. Foram selecionadas duas variáveis
desse Subtema: volume de água distribuída sem tratamento, em metros cúbicos
por dia (m3/dia) e extensão total da rede geral de distribuição de água, constituída
por um conjunto de tubulações interligadas, instaladas ao longo das vias públicas
ou nos passeios, junto aos edifícios, conduzindo a água aos pontos de consumo
(em km).

Variáveis selecionadas:

• água distribuída sem tratamento, volume


• rede de distribuição, extensão

Tema: ABASTECIMENTO DE ÁGUA


Subtema: Economia abastecida
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
Data de acesso: abril e maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos ao sub-tema economia


abastecida, subordinado ao tema abastecimento de água, para os 234 municípios
selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira
correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).
O sub-tema selecionado foi economia abastecida, uma unidade tributável,
conforme registro no serviço de abastecimento de água. Há a especificação do

211
número total de economias abastecidas, em seus diferentes tipos: industriais,
comerciais, residenciais e etc.

Variáveis selecionadas:

• economias abastecidas total, número


• economias comerciais, número
• economias industriais, número
• economias residenciais, número
• economias, outras, número
• órgãos públicos, número

Tema: ABASTECIMENTO DE ÁGUA


Subtema: racionamento de água
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
Data de acesso: abril e maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos ao sub-tema racionamento de


água, subordinado ao tema abastecimento de água, para os 234 municípios
selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira
correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).

Segundo a base de metadados do BME, racionamento de água é a limitação do


consumo, determinada pela entidade administrativa, a fim de garantir a sua
distribuição eqüitativa.
As variáveis selecionadas referem-se à existência (classes: sim e não) de
racionamento de água devido à população flutuante/veraneio e a problemas
seca/estiagem. Uma outra variável selecionada apresenta a freqüência do
racionamento classificadas em: constante; todos os anos na época de seca;
esporadicamente, em época de seca; outra; não aplicável; e sem declaração.

Variáveis selecionadas:

• População flutuante/veraneio, existência


• Problemas de seca/estiagem, existência
• Racionamento de água, freqüência

Tema: DRENAGEM URBANA


Subtema: Sistema de drenagem especial
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
Data de acesso: abril e maio de 2008

212
A tabela é composta por dados relativos ao sistema de drenagem especial
para os 234 municípios que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de
fronteira correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).
De acordo com o BME, drenagem urbana ou drenagem pluvial consiste no
controle do escoamento das águas de chuva, para se evitar os seus efeitos
adversos que podem representar sérios prejuízos à saúde, segurança e bem
estar da sociedade, manifestando-se esses efeitos, via de regra, de quatro
formas: empoçamentos, inundações, erosões e assoreamentos.
O sistema de drenagem especial é um dispositivo de drenagem
especificamente projetado para proteção de áreas de risco, ou seja, áreas
sujeitas a deslizamentos, inundações, proliferação de vetores, processos erosivos
crônicos que denotem a existência de risco à vida humana.
Todas as variáveis são classificadas pela existência ou não dos diferentes
tipos de área de risco.

Variáveis selecionadas:

• Áreas de risco, existência


• Encostas sujeitas a deslizamento, existência
• Formação de grotões, ravinas, processos erosivos, existência
• Ocupação em áreas sem infra-estrutura de saneamento, existência
• Ocupação em taludes e encostas, existência
• Outras áreas de risco, existência

Tema: DRENAGEM URBANA


Subtema: Sistema de drenagem urbana - erosão, inundação ou enchentes.
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
Data de acesso: abril e maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos ao sistema de drenagem urbana


- Erosão Inundações ou enchentes para os 234 municípios selecionados que
compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira correspondente às
Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).
Sistema de drenagem urbana ou drenagem pluvial consiste no controle do
escoamento das águas de chuva, para se evitar os seus efeitos adversos que
podem representar sérios prejuízos à saúde, segurança e bem estar da
sociedade, manifestando-se esses efeitos, via de regra, de quatro formas:
empoçamentos, inundações, erosões e assoreamentos.
As variáveis selecionadas referem-se à área do município, em hectares
(ha.), onde ocorreu erosão que afetou o sistema de drenagem, bem como a
existência de diferentes fatores agravantes desse processo.

213
Outro grupamento de variáveis é o que trata da ocorrência de inundações
ou enchentes no município e a área inundada (área do município total atingida por
enchentes / inundações nos últimos dois anos, em hectares).

• Erosão, área afetada (ha)


• Fator agravante de erosão, desmatamento, existência
• Fator agravante, ocupação intensa e desordenada, existência
• Fator agravante, sistema inadequado de drenagem urbana,existência
• Ravinamento (voçoroca), existência
• Fator agravante, adensamento populacional, existência
• Fator agravante, dimensionamento inadequado do projeto, existência
• Fator agravante, interferência física, existência
• Fator agravante, lençol freático alto, existência
• Fator agravante, obras inadequadas, existência
• Fator agravante, obstrução de bueiros, bocas de lobo etc., existência
• Fatores agravantes, outros, existência
• Fatores agravantes, sem declaração
• Inundações ou enchentes, existência
• Inundações, área (ha)

Tema: ESGOTAMENTO SANITÁRIO


Subtema: Destinação final do esgoto
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
Data de acesso: abril e maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos a destinação final do esgoto


para os 234 municípios selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e
a faixa de fronteira correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG
e ES).
A variável destinação final do esgoto é classificada a partir do principal corpo
receptor: rio; mar;lago ou lagoa; baía; outro; sem declaração.
As demais variáveis dizem respeito a existência do uso a jusante do corpo
receptor de esgoto para abastecimento de água e recreação.

Variáveis selecionadas:

• Destino final, principal corpo receptor


• Uso a jusante, abastecimento de água, existência
• Uso a jusante, recreação, existência

214
Tema: SERVIÇOS BÁSICOS AOS DOMICÍLIOS
Subtema: Distribuição de água – principal alternativa
Fonte dos dados: BME/IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000
Consórcio Intermunicipal Lagos São João – CILSJ, 2005
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita)
www.lagossaojoao.org.br/index-cilsj.html
Data de Acesso: janeiro de 2008

A tabela é composta por dados relativos aos serviços de saneamento


básico para os distritos do estado do Rio de Janeiro e para os 234 municípios
selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira
correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).
Classifica as principais soluções para distribuição de água que atende à
maioria da população em caso de não existir distribuição por rede geral. Os tipos
de alternativa são: chafariz, bica ou mina; poço particular;caminhão pipa; cursos
d’água; Outras; e Sem declaração
As demais variáveis tratam da existência dos principais serviços de
saneamento básico nos municípios.
Visando estimar a oferta e demanda do uso da água foi levantado também
o volume de água distribuída por dia, com tratamento de água por tipo de
tratamento. Tais dados tiveram como fonte a Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico – PNSB – realizada pelo IBGE no ano de 2000. Com o objetivo de estimar
a capacidade de tratamento do esgoto doméstico foi levantado também o volume
de esgoto tratado. Esta última variável, no entanto, só foi obtida para alguns
municípios da Região dos Lagos, visto que a obtenção de dados se deu através
de entrevistas com o Dr. Luiz Firmino, presidente do Consórcio Intermunicipal
Lagos São João, consórcio este responsável pelos municípios localizados na
bacia do Rio São João e Região dos Lagos. Para esta mesma região foi
levantado também o volume de água distribuído regularmente por município,
permitindo comparação com os mesmos dados obtidos através do PNSB.

Variáveis selecionadas:

• distribuição de água, principal alternativa


• limpeza urbana e coleta de lixo, existência
• volume de água distribuído regularmente
• tipo de abastecimento de água por domicílio
• tipo de coleta de esgoto sanitário por domicílio
• volume de esgoto coletado regularmente
• Região dos Lagos: volume de esgoto

215
Tema: REDE URBANA
Subtema: Sistema Bancário
Fontes dos dados:
RJ-Anuário estatístico do estado do Rio de Janeiro/Fundação Cide
SP-Seade
MG-DATAGerais
Agências bancárias para os estados de SP e ES no ano de 2004: Guia dos
bancos e cartórios de protestos.
Variável cota-parte do fundo de participação do município: IPEADATA
Dados referentes ao ano de 2007 com as seguintes variáveis: número de
agências bancárias, depósitos privados, depósitos governamentais e poupança:
Fonte: IBGE Cidades.
Endereço eletrônico:
SEADE: http://www.seade.gov.br/produtos.
DATAGerais: http://www.datagerais.mg.gov.br
IBGE Cidades: http://www.ibge.gov.br/cidade
IPEADATA: http://www.ipeadata.gov.br
Data de acesso: Abril e Maio de 2008
A tabela é composta por dados referentes ao setor bancário para os
municípios do estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira correspondente às
Unidades da Federação limítrofes (São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo).
Os dados foram coletados em diversas fontes, entre elas os institutos de
pesquisas estatísticas estaduais (CIDE, SEADE e Fundação João Pinheiro) e o
IBGE. Eles nos fornecem informações sobre a movimentação financeira dos
municípios através das movimentações bancárias e o número de agências.
Não foi possível a coleta de dados para os mesmos períodos em todos os
estados, devido às diferenças na data dos levantamentos de cada instituto de
pesquisa. Dentro do possível, os dados foram complementados com dados do
Guia Bancário e do IBGE.

Variáveis selecionadas:

• Número de agências bancárias. Fontes: Fundações CIDE, SEADE e DATAGerais, Guia


dos Bancos e IBGE Cidades.

Períodos:
RJ: 2000-2007
MG e ES: 2004 e 2007
SP: 2000, 2001, 2002, 2004 e 2007
• Cota-parte do fundo de participação municipal (R$). Fonte: IPEADATA
RJ, MG, SP, ES: período de 2000-2005.
• Depósitos privados (R$). Fonte: Fundação CIDE e IBGE Cidades.
RJ: 2000-2007
MG, SP e ES: 2007
• Depósitos governamentais (R$). Fonte: Fundação CIDE e IBGE Cidades
RJ: 2000-2007

216
MG, SP e ES: 2007
• Poupança (R$). Fonte: Fundação CIDE e IBGE cidades
RJ: 2000-2007
MG, SP e ES: 2007

Tema: REDE URBANA


Subtema: Classificação de atividades econômicas
Fonte dos dados: SIDRA/IBGE – Cadastro Central de Empresas 2005
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: Maio de 2008

Esta tabela contém dados referentes ao número de unidades locais,


pessoal ocupado e salários por cada seção da classificação de atividades CNAE
2.0. para o ano de 2005, abarcando os municípios do estado do Rio de Janeiro e
da faixa de fronteira correspondendo aos estados limítrofes (MG, SP e ES)

Variáveis selecionadas:

• Número total de unidades locais 2005


• Unidades locais por seção da classificação de atividades (Unidades) 2005;
o Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal
o Pesca
o Indústria extrativa
o Industria de transformação
o Produção e distribuição de eletricidade, gás e água
o Construção
o Comércio; reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos
o Alojamento e alimentação
o Transportes, armazenagem e comunicação
o Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços
correlacionados
o Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas
o Administração pública, defesa e seguridade social
o Educação
o Saúde e serviços sociais
o Outros serviços coletivos, sociais e pessoais
o Serviços domésticos
o Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

• Proporção de unidades locais por seção da classificação de atividades (%) 2005


• Pessoal total ocupado (pessoas) 2005
• Pessoal ocupado por seção da classificação de atividades (pessoas) 2005
• Proporção do pessoal ocupado por seção da classificação de atividades (pessoas) 2005
• Pessoal ocupado assalariado total (pessoas) 2005
• Pessoal ocupado assalariado por seção da classificação de atividades (pessoas) 2005
• Proporção do pessoal ocupado assalariado por seção da classificação de atividades
(pessoas) 2005

217
• Salários totais (R$ 1000) 2005
• Salário por seção da classificação de atividades (R$ 1000) 2005
• Proporção dos salários por setor da classificação de atividades (R$ 1000) 2005

Tema: REDE URBANA


Subtema: Arrecadação de ICMS
Fonte dos dados: Fundação CIDE, SEADE, DATAGerais e SEFAZ/ES.
Endereços eletrônicos:
Seade: http://www.seade.gov.br/produtos/imp/index.
DATAGerais: http://www.datagerais.mg.gov.br
SEFAZ/ES: www.sefaz.es.gov.br
Data de acesso: Maio de 2008

A tabela contém informações sobre o ICMS registrado para cada município.


Foram utilizadas diversas fontes de dados: institutos estatísticos estaduais e a
Secretaria de Fazenda do estado do Espírito Santo. Para o RJ período 2000-
2006; para Minas Gerais 2004; para o Espírito Santo 2004-2006; para São Paulo
2000-2004,

Variáveis selecionadas:

• Arrecadação do ICMS por município (R$ 1000).

Tema: MOBILIDADE POPULACIONAL


Fonte dos dados: BME/IBGE – Censo Demográfico 2000: Universo e Dados da
Amostra
Endereço eletrônico: www.bme.ibge.gov.br (senha restrita) e
http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: abril e maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos ao tema mobilidade populacional


para os 234 municípios selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e
a faixa de fronteira correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG
e ES).
Essa tabela é composta por variáveis retiradas do Banco Multidimensional
de Estatísticas (BME/IBGE) e de outras retiradas do Banco de dados agregados
do IBGE através do Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). Todas
as variáveis são referentes ao Censo Demográfico 2000, sendo que as variáveis
retiradas do BME foram retiradas dos Dados da Amostra e as demais dos Dados
do Universo. Algumas das variáveis foram geradas a partir do cruzamento de
outras variáveis bem como foram estabelecidos critérios de classificação de
variáveis com base nos dados absolutos.

218
A seguir a listagem das variáveis selecionadas, sua classificação quanto à
metodologia de levantamento (Amostra ou Universo) e os procedimentos
realizados, no caso de cruzamento de variáveis e classificações.

Variáveis selecionadas:
• População residente no município por mais de 10 anos – Dados da Amostra.
• População residente no município por menos de 2 anos – Dados da Amostra
• Total da migração interestadual por município – Dados da Amostra. Foram somados os
números de migrantes por município referente a cada unidade da federação para
composição do total.
• Predominância de migrantes interestaduais no município – Classificação com base nos
dados da Amostra. Para a classificação da predominância de migrantes interestaduais foram
considerados os números absolutos dos migrantes por municípios oriundos das diferentes
unidades da federação. O maior número absoluto por UF corresponde à predominância dos
migrantes interestaduais no município. Como o estudo envolve todo o Estado do Rio de
Janeiro e alguns municípios dos Estados limítrofes (SP, MG e ES), optamos por organizar
os dados de maneira que pudéssemos avaliar o peso da migração interestadual entre essas
quatro unidades da federação, considerando a origem e o destino dos migrantes. Dessa
forma, a classificação da predominância do peso de cada estado representada por números
é RJ = 1; SP = 2; ES = 3;MG = 4; OUTROS (demais Estados) = 5.
• Número de pessoas naturais do município – Dados da Amostra.
• População total municipal, 2000 – Dados do Universo.
• Número total de migrantes no município - Cruzamento entre dados da Amostra.
Calculamos a diferença entre a população total e o número de pessoas naturais do
município para a obtenção aproximada do número total de migrantes.
• Número de migrantes intraestaduais – É a diferença entre o total de migrantes e o total de
migrantes interestaduais.
• Número de migrantes estrangeiros - Dados da Amostra.
• % de migrantes de SP por município – Dados do Universo. Cálculo do % dos migrantes
de São Paulo em relação ao total dos migrantes interestaduais.
• % de migrantes de MG por município - Dados do Universo. Cálculo do % dos migrantes
de Minas Gerais em relação ao total dos migrantes interestaduais.
• % de migrantes de RJ por município - Dados do Universo. Cálculo do % dos migrantes do
Rio de Janeiro em relação ao total dos migrantes interestaduais.
• % de migrantes de ES por município - Dados do Universo. Cálculo do % dos migrantes do
Espírito Santo em relação ao total dos migrantes interestaduais.
• Local de trabalho ou estudo, deslocamento no município; - Dados da Amostra. A
classificação dos deslocamentos para trabalho ou estudo é feita por município a partir das
classes organizadas em 5 colunas... Não trabalha; Outro município (mesma UF); Outra UF;
Brasil sem especificação; País estrangeiro - Dados da Amostra.


Tema: POPULAÇÃO
Fonte dos dados: IBGE – Censos demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000 /
Contagem da população 2007
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br
Data de acesso: 19 de maio de 2008

219
Este tema contém dados relativos ao tema população para os 234
municípios selecionados que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de
fronteira correspondente às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES).
Algumas das variáveis foram geradas a partir do cruzamento de outras variáveis
bem como foram estabelecidos critérios de classificação de variáveis com base
nos dados absolutos.
Os dados referentes a população total, urbana e rural por distritos também
foram obtidos, porém, ainda não foram selecionados os distritos que compõem
os municípios selecionados para o estudo Mapeamento 1:100.000.

Variáveis selecionadas:
• Ano de instalação do município.
• Área do município em Km2
• Área do município em Hectares
• População total, 1970
• População urbana, 1970
• População Rural, 1970
• População total, 1980
• População urbana, 1980
• População Rural, 1980
• População total, 1991
• População urbana, 1991
• População Rural, 1991
• População total, 2000
• População urbana, 2000
• População Rural, 2000
• População Total, 1980
• População Total, 2007
• Mudança na hierarquia municipal total (1980-2007) – Considerando os dados totais de
população em 1980 e 2007, os municípios foram classificados quanto à mudança de
hierarquia populacional nesse período 27 anos de acordo com as seguintes classes: 0 -
5.000; 5.000 - 10.000; 10.000 - 20.000; 20.000 - 50.000; 50.000 - 100.000; 100.000 -
500.000; 500.000 - 1.000.000 e Mais de 1.000.000 habitantes. O aumento, a estabilidade
e diminuição de classe populacional foram classificados a partir da seguinte
representação: diminuiu (-1) / manteve (0) / aumentou (1) / aumentou muito (2)
• Mudança na hierarquia municipal urbana (1980 - 2000) - Considerando os dados de
população urbana em 1980 e 2000, os municípios foram classificados quanto à mudança
de hierarquia urbana nesse período de 20 anos de acordo com as seguintes classes: 0 -
5.000; 5.000 - 10.000; 10.000 - 20.000; 20.000 - 50.000; 50.000 - 100.000; 100.000 -
500.000; 500.000 - 1.000.000 e Mais de 1.000.000 habitantes. O aumento, a estabilidade
e diminuição de classe populacional foram classificados a partir da seguinte
representação: diminuiu (-1) / manteve (0) / aumentou (1) / aumentou muito (2)
• Grau de urbanização, 1991 - Cálculo do % de população urbana em relação a população
total em 1991.
• Grau de urbanização, 2000 - Calculo do % de população urbana em relação a população
total em 2000.
• População total por distrito, 2000
• População total por distrito, 1996
• População total por distrito, 1991

220
• População urbana por distrito, 2000
• População urbana por distrito, 1996
• População urbana por distrito, 1991
• População rural por distrito, 2000
• População rural por distrito, 1996
• População rural por distrito, 1991

Tema: POPULAÇÃO
Subtema: Crescimento relativo da população
Fonte dos dados: IBGE - Censos demográficos 1980 e 2007 e Contagem da
População 2007
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: 19 de maio de 2008

A tabela é composta por dados relativos ao sub-tema crescimento relativo


da população (urbana e total) para os 234 municípios selecionados que compõem
o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira correspondente às Unidades da
Federação limítrofes (SP, MG e ES).

Variáveis selecionadas:
• População Urbana, 1980
• População Urbana, 2000
• População Total, 1980
• População Total, 2007
• Crescimento relativo da população urbana no período 1980 e 2000 – Cálculo do % do
crescimento relativo da população urbana a partir da diferença entre 2000 e 1980, da
divisão da diferença pelo dado de população de 2000 e sua multiplicação por 100.
• Crescimento relativo da população total no período 1980 e 2007 - Cálculo do % do
crescimento relativo da população total a partir da diferença entre 2000 e 1980, da divisão
da diferença pelo dado de população de 2000 e sua multiplicação por 100.

Tema: MERCADO DE TRABALHO


Fonte dos dados: : RAIS/ Ministério do Trabalho e Emprego (1985-2006)
Endereço eletrônico: http://www.mte.gov.br/geral/estatisticas (acesso com
senha)
Data de acesso: abril e maio de 2008

Variáveis selecionadas:
• Total de pessoas empregadas no mercado de trabalho durante o período 1985-2006.
Variável componente do Índice de Estabilidade Municipal, a partir da classificação do
comportamento evolutivo da variável.
• Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de
• Profissionais das ciências e das artes
• Técnicos de nível médio
• Trabalhadores de serviços administrativos

221
• Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados
• Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca
• Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
• Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
• Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção

Tema: INDÚSTRIA
Fonte dos dados: RAIS/Ministério do Trabalho e Emprego 2006
Endereço Eletrônico: http://www.mte.gov.br/geral/estatisticas.asp#
Data de acesso: Maio de 2008

Os dados contidos nessa tabela são os do número de estabelecimentos


industriais categorizados por grupo de atividades, segundo a classificação CNAE
2.0. Esses dados serão úteis na avaliação do potencial poluidor industrial de cada
grupo e na avaliação das áreas mais susceptíveis a catástrofes ambientais.

Variáveis selecionadas:

• Número de estabelecimentos industriais por grupo de atividades econômicas.

Tema: PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA, EXTRAÇÃO E LENHA


Fonte dos dados: Dados preliminares do Censo Agropecuário 2006/IBGE
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: Maio de 2008

A tabela contém os dados divulgados até o momento do Censo


Agropecuário de 2006, referentes aos estabelecimentos agropecuários e a sua
produção.

Variáveis selecionadas:

• Número de estabelecimentos agropecuários 2006


• Área dos estabelecimentos agropecuários 2006
• Número de estabelecimentos por tipo de produção animal- leite de vaca - 2006
• Número de estabelecimentos por tipo de produção animal- leite de búfala - 2006
• Número de estabelecimentos por tipo de produção animal- leite de cabra - 2006
• Número de estabelecimentos por tipo de produção animal- lã - 2006
• Número de estabelecimentos por tipo de produção animal- ovos de galinha - 2006
• Percentual de estabelecimentos agrícolas por tipo de produção animal - leite de vaca
2006
• Percentual de estabelecimentos agrícolas por tipo de produção animal - leite de búfala
2006

222
• Percentual de estabelecimentos agrícolas por tipo de produção animal - lei te de cabra
2006
• Percentual de estabelecimentos agrícolas por tipo de produção animal - lã 2006
• Percentual de estabelecimentos agrícolas por tipo de produção animal - ovos de galinha
2006
• Número de estabelecimentos por espécie de efetivo - bovino2006
• Número de estabelecimentos por espécie de efetivo - bubalino2006
• Número de estabelecimentos por espécie de efetivo - caprino2006
• Número de estabelecimentos por espécie de efetivo -ovino2006
• Número de estabelecimentos por espécie de efetivo - suino2006
• Número de estabelecimentos por espécie de efetivo - aves (galinhas)2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por tipo de efetivo - bovinos 2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por tipo de efetivo - bubalinos 2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por tipo de efetivo - caprinos 2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por tipo de efetivo - ovinos 2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por tipo de efetivo - suínos 2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por tipo de efetivo - aves (galinhas) 2006
• Número de estabelecimentos por laço de parentesco com o produtor - com laços de
parentesco 2006
• Número de estabelecimentos por laço de parentesco com o produtor - sem laços de
parentesco 2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por laço de parentesco com o produtor -
com laços de parentesco 2006
• Percentual de estabelecimentos agropecuários por laço de parentesco com o produtor -
sem laços parentesco 2006
• Número de estabelecimentos por utilização das terras - lavouras 2006
• Número de estabelecimentos por utilização das terras - pastagens 2006
• Número de estabelecimentos por utilização das terras - matas e florestas 2006
• Proporção de estabelecimentos agrícolas por utilização da terra - lavouras 2006
• Proporção de estabelecimentos agrícolas por utilização da terra - pastagens 2006
• Proporção de estabelecimentos agrícolas por utilização da terra - matas e florestas 2006
• Produção animal - leite de vaca (mil litros) 2006
• Produção animal - leite de búfala (mil litros) 2006
• Produção animal - leite de cabrito (mil litros) 2006
• Produção animal - lã (tonelada) 2006
• Produção animal - ovos de galinha (mil dúzias) 2006
• Efetivos de animais (cabeças) - bovinos 2006
• Efetivos de animais (cabeças) - bubalinos 2006
• Efetivos de animais (cabeças) - caprinos 2006
• Efetivos de animais (cabeças) - ovinos 2006
• Efetivos de animais (cabeças) - suínos 2006
• Efetivos de animais (cabeças) - aves (galinhas) 2006
• Pessoal ocupado em estabelecimentos agrícolas por laço de parentesco com o produtor -
total 2006
• Pessoal ocupado em estabelecimentos agrícolas por laço de parentesco com o produtor -
com laços 2007
• Pessoal ocupado em estabelecimentos agrícolas por laço de parentesco com o produtor -
sem laços 2008
• Proporção do pessoal ocupado nos estabelecimentos por laço de parentesco com o
proprietário - com laços de parentesco 2006

223
• Proporção do pessoal ocupado nos estabelecimentos por laço de parentesco com o
proprietário - sem laços de parentesco 2007
• Área dos estabelecimentos agrícolas por utilização das terras - lavouras 2006
• Área dos estabelecimentos agrícolas por utilização das terras - pastagens 2006
• Área dos estabelecimentos agrícolas por utilização das terras - matas e florestas 2006
• Proporção da área dos estabelecimentos por utilização das terras - lavouras 2006
• Proporção da área dos estabelecimentos por utilização das terras - pastos 2006
• Proporção da área dos estabelecimentos por utilização das terras - matas e florestas
2006

Tema: PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA, EXTRAÇÃO E LENHA


Subtema: Número de estabelecimentos e área de cobertura
Fonte dos dados: Dados preliminares do Censo Agropecuário 2006/IBGE
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: Maio de 2008

A tabela contém informações referentes ao crescimento da área e do


número de estabelecimentos agrícolas do município, assim como a área plantada
e colhida por cultura.

Variáveis selecionadas:

• Área agrícola em 1996


• Área agrícola em 2006
• Proporção da área agrícola de 1996 sobre a área total do município em 1999.
• Proporção da área agrícola de 2006 sobre a área total do município em 2006
• Número de estabelecimentos agrícolas em 1996
• Número de estabelecimentos agrícolas em 2006
• Crescimento relativo do número de estabelecimentos agrícolas no período de 1996 até
2006. Cálculo do % do crescimento relativo do número de estabelecimentos agrícolas a
partir da diferenças entre 2006 e 1996, da divisão da diferença pelo dado
estabelecimentos de 2006 e sua multiplicação por 100.
• Área plantada por cultura na produção agrícola municipal 2000-2006 (hectares).
• Área colhida por cultura na produção agrícola municipal 2000-2006 (hectares)

Tema: PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA, EXTRAÇÃO E LENHA


Subtema: Valor da produção agrícola
Fonte dos dados: Pesquisa agrícola municipal (PAM)/IBGE
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: Maio de 2008

Os dados dessa pesquisa são referentes a produção agrícola, o seu valor,


área plantada, área colhida e quantidade produzida. Foram coletadas informações
sobre o total produzido, assim como o das principais culturas. A participação do
valor da produção de cada cultura agrícola no total da produção agrícola

224
municipal foi calculada para todos os anos do período 2000-2006. Foi calculado
também o crescimento relativo a partir da diferença entre a produção de 2006-
2000 e a produção de 2000 e multiplicado por 100.

Variáveis selecionadas:

• Valor da produção agrícola total (R$1000) 2000-2006


• Valor da produção agrícola de abacate (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de banana (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de borracha (látex coagulado) (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de cacau (amêndoa) (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de café (beneficiado) (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de caqui (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola chá-da-índia (folha verde) (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de coco-da-bahia (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de figo (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de goiaba (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de laranja (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de limão (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de maça (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de mamão (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de manga (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de maracujá (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de palmito (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de pêra (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de pêssego (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de pimenta-do-reino (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de tangerina (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de urucum (semente) (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de uva (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de abacaxi (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de arroz (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de batata-inglesa (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de batata-doce (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de cana-de-açúcar (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de feijão (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de mandioca (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de melancia (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de melão (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de milho (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de tomate (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de amendoim (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de sorgo-granífero (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de cebola (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de alho (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de ervilha (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de fava (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção agrícola de fumo (R$1000) 2000-2006

225
• Participação do valor da produção agrícola de cada cultura sobre o valor total da
produção agrícola municipal (%).
• Crescimento relativo da produção agrícola total e para as culturas descritas acima,
no período de 2000-2006 (%).

Tema: PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA, EXTRAÇÃO E LENHA


Subtema: Efetivos
Fonte dos dados: Pesquisa Pecuária Municipal (PPM)/IBGE
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: Maio de 2008

Variáveis selecionadas:

• Efetivo bovino (cabeças) 2000-2006


• Efetivo eqüino (cabeças) 2000-2006
• Efetivo bufalino (cabeças) 2000-2006
• Efetivo asinino (cabeças) 2000-2006
• Efetivo muar (cabeças) 2000-2006
• Efetivo suíno (cabeças) 2000-2006
• Efetivo caprino (cabeças) 2000-2006
• Efetivo ovino (cabeças) 2000-2006
• Efetivo galos, frangos e pintos (cabeças) 2000-2006
• Efetivo galinhas (cabeças) 2000-2006
• Efetivo codornas (cabeças) 2000-2006
• Efetivo coelhos (cabeças) 2000-2006

Tema: PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA, EXTRAÇÃO E LENHA


Subtema: Produção
Fonte dos dados: Pesquisa Pecuária Municipal (PPM)/IBGE
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: Maio de 2008

Variáveis selecionadas:

• Produção de leite (mil litros) 2000-2006


• Produção de ovos de galinha (mil dúzias) 2000-2006
• Produção de ovos de codorna (mil dúzias) 2000-2006
• Produção de mel de abelha (Kg) 2000-2006
• Produção de casulos de bicho da seda (Kg) 2000-2006
• Produção de lã (Kg) 2000-2006

226
Tema: PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA, EXTRAÇÃO E LENHA
Subtema: Valor e quantidade da produção
Fonte dos dados: Pesquisa Pecuária Municipal (PPM)/IBGE
Endereço eletrônico: http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: Maio de 2008

Variáveis selecionadas:

• Valor da produção de leite (R$ 1000) 2000-2006


• Valor da produção de ovos de galinha (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de ovos de codorna (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de mel de abelha (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de casulos de bicho da seda (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de lã (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção total (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de castanha de caju (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de urucum (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de outras fibras (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de carvão vegetal (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de lenha (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de madeira em tora (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de açaí (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de palmito (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de buriti (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de cumaru (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de pequi (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de outras oleaginosas (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de angico (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de barbatimão (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de outros tanantes (R$1000) 2000-2006
• Valor da produção de castanha de caju (t) 2000-2006
• Valor da produção de urucum (t) 2000-2006
• Valor da produção de outras fibras (t) 2000-2006
• Valor da produção de carvão vegetal (t) 2000-2006
• Valor da produção de lenha (t) 2000-2006
• Valor da produção de madeira em tora (t) 2000-2006
• Valor da produção de açaí (t) 2000-2006
• Valor da produção de palmito (t) 2000-2006
• Valor da produção de buriti (t) 2000-2006
• Valor da produção de cumaru (t) 2000-2006
• Valor da produção de pequi (t) 2000-2006
• Valor da produção de outras oleaginosas (t) 2000-2006
• Valor da produção de angico (t) 2000-2006
• Valor da produção de barbatimão(t) 2000-2006
• Valor da produção de outros tanantes (t) 2000-2006
• Valor da produção total (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de carvão vegetal (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de lenha (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de madeira em tora (R$ 1000) 2000-2006

227
• Valor da produção de madeira em tora para papel e celulose (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de madeira em tora para outras finalidades (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de acácia-negra (casca) (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de eucalipto (folha) (R$ 1000) 2000-2006
• Valor da produção de resina (R$ 1000) 2000-2006
• Quantidade produzida de carvão vegetal (t) 2000-2006
• Quantidade produzida de lenha (m³) 2000-2006
• Quantidade produzida de madeira em tora (m³) 2000-2006
• Quantidade produzida de madeira em tora para papel e celulose (m³) 2000-2006
• Quantidade produzida de madeira em tora para outras finalidades (m³) 2000-2006
• Quantidade produzida de acácia-negra (casca) (t) 2000-2006
• Quantidade produzida de eucalipto (t) (R$ 1000) 2000-2006
• Quantidade produzida de resina (t) 2000-2006

Tema: ENERGIA
Subtema: Geração de energia elétrica
Fonte dos dados: SIGEL / Agência Nacional da Energia Elétrica (ANEEL)
Endereço eletrônico: http://sigel.aneel.gov.br/brasil/viewer.htm
Data de acesso: fevereiro de 2008

Variáveis selecionadas:
• Aproveitamento hidrelétrico
• Compensações financeiras (setembro/2007)
• Distribuidoras
• Linhas de transmissão
• Reservatórios
• Subestações
• Usinas de bioenergia
• Usinas eólicas
• Usinas termelétricas

Tema: ENERGIA
Subtema: Consumo de energia elétrica
Fonte dos dados: CIDE (RJ), Fundação João Pinheiro (MG), Secretaria de
Saneamento e Energia (SP). OBS. Não foram encontrados dados equivalentes
para o Estado do Espírito Santo
Endereço eletrônico:
http://www.datagerais.mg.gov.br/datagerais/consulta/metadados_predefinida
.php
http://www.seade.gov.br/produtos
http://www.cide.rj.gov.br/tabnet/deftohtm.exe?cide/Energia/ENCSUM.def
Data de acesso: fevereiro de 2008

228
Variáveis selecionadas:

• Consumo de energia do Rio de Janeiro (2002, 2004 e 2006), Minas Gerais (2004) e São
Paulo (2002), dividido por classes de consumo (industrial, residencial, rural, comercial e
outros)

Tema: ENERGIA
Subtema: Consumo de combustíveis automotivos
Fonte dos dados: Agencia Nacional do Petróleo (ANP)
Endereço eletrônico:
http://www.anp.gov.br/anuario_
Data de acesso: maio de 2008

Variáveis selecionadas:

• Consumo de combustíveis automotivos 2006

Tema: ENERGIA
Subtema: Potencial de uso indireto de energia
Fonte dos dados: MT/RAIS
Endereço eletrônico: acesso restrito
Acesso: Maio de 2008

Variáveis selecionadas

• Massa Salarial 2006

Tema: CONFLITOS
Subtema: Conflitos de terra
Fonte dos dados: Comissão Pastoral da Terra (CPT-Nacional)
Endereço eletrônico:
http://www.cptnac.com.br/?system=publicacoes&action=publicacoes&cid=26
Data de Acesso: março de 2008

Os dados obtidos revelam o número e o tipo de conflitos de terra por


município, apresentando a área e o número de famílias envolvidas. Alguns
conflitos são identificados em dois ou mais municípios. Nesses casos, foi
considerado um conflito para cada município, dividindo a área e o número de
famílias pela quantidade de municípios envolvidos.Os conflitos de terra
correspondem às ocupações de terra e aos acampamentos montados em
rodovias ou na proximidade das fazendas em litígio.

229
Variáveis selecionadas:

• Conflitos de terra (1997 e 2007)

Tema: CONFLITOS
Subtema: Conflitos ambientais
Fonte dos dados: CD Mapa dos Conflitos Ambientais. Henri Acselrad (coord.)
Rio de Janeiro, IPPUR/FASE, 2004

Os dados foram coletados na FEEMA, Ministério Público Estadual,


Ministério Público Federal, a Divisão de Recursos Minerais e em trabalhos de
campo, por município para o período 1992-2002. A coordenação foi do Prof.Henri
Acselrad do IPPUR (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da
UFRJ) e a participação da FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e
Educacional). Foi feito uma compilação e tabelamento das variáveis. O estudo
focaliza áreas de baixa renda em 251 situações-problemas encontradas em 49
municipios do Estado do Rio de Janeiro

Variáveis selecionadas:

• Atividades industriais
o Mineração
o Deposição não licenciada de resíduos industriais
o Deposição licenciada de resíduos industriais
o Poluição atmosférica
o Poluição do corpo hídrico
o Poluição do solo
o Armazenamento temporário de resíduos industriais
• Ausência de saneamento
• Apropriação do corpo hídrico
• Deslocamentos compulsórios de assentamento humano
• Ocupações irregulares
• Domicilio em área de risco
• Comprometimento da pesca
• Futuros empreendimentos.

Tema: TELECOMUNICAÇÕES
Subtema: Planta do Sistema de Telefonia Fixa Comutada
Fonte dos dados: Empresas Concessionárias do Serviço de Telefonia Fixo-
Comutada e Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
Endereço eletrônico:

230
Data de acesso: fevereiro de 2008

Variáveis selecionadas:

• Localidades atendidas
• Acesso fixo instalado
• Acesso fixo serviço
• Acesso fixo individual em serviço
• Acesso fixo individual em serviço
• Acesso individual classe especial
• Telefones de uso público (TUP)
• Possui central?
• Possui acesso individual?
• Possui TUP a menos de 300 metros?
• Possui acesso via centro de intermediação?
• Secretaria de Direitos Humanos
• Delegacia de atendimento a mulher
• Disque-Denúncia
• Polícia Militar
• Polícia Rodoviária Federal
• Serviço Público de Remoção de Doentes
• Corpo de Bombeiros
• Polícia Federal
• Polícia Civil
• Polícia Rodoviária Estadual
• Defesa Civil
• Serviço de Informação de Código de Acesso de Assinante
• Chamadas Gratuitas aos serviços ofertados pela prestadora de comunicação

Tema: TELECOMUNICAÇÕES
Subtema: Serviço de Telefonia Móvel
Fonte dos dados: Empresas Prestadoras de Serviço Móvel Pessoal e Agência
Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
Endereço eletrônico:
http://www.anatel.gov.br/Portal/documentos/comunicacao
Data de acesso: fevereiro de 2008

Variáveis selecionadas:

• Disponibilidade de serviço das operadoras Tim, Claro, Vivo, Oi

Tema: TELECOMUNICAÇÕES
Subtema: TV por Assinatura

231
Fonte dos dados: Empresas Prestadoras de Serviço Móvel Pessoal e Agência
Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
Endereço eletrônico: http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalInternet.do
Data de acesso: fevereiro de 2008

Variáveis selecionadas:

• Serviço de TV por assinatura nas modalidades MMDS, TV a cabo e TVA

Tema: TURISMO
Fonte de Dados: Fundação CIDE / RJ – base estatística baseada em dados do
censo demográfico do IBGE - 2000
Dados do universo do censo demográfico do IBGE – 2000
Pesquisa Especial sobre Meios de Hospedagem (PEMH) /
Diretoria de Pesquisas / Departamento de Comércio e Serviços do IBGE – 2001
Endereço eletrônico: http://www.cide.gov.br
http://www.sidra.ibge.gov.br/
Data de acesso: fevereiro de 2008

Nas áreas turísticas a pressão sobre os recursos pode ter um aumento


significativo nas épocas de férias e veraneio com a chegada de um número muito
elevado de turistas e de população flutuante. Visando apontar a pressão da
atividade turística, assim como sua importância econômica para cada município
foram levantadas 10 variáveis referentes a este tema.

Variáveis selecionadas:

• Estabelecimentos hoteleiros
• Número de empregados no turismo
• Estabelecimentos hoteleiros por tipo
• Número de empregados sazonais no turismo
• Domicílios de uso ocasional
• Domicílios vagos
• Domicílios fechados
• Taxa de ocupação em hotéis
• Nº de leitos em hotéis

Tema: AMBIENTE COSTEIRO


Fonte de Dados: Muehe, D.; Lima, C.F.; Lins-de-Barros, F.M. (2006). Erosão e
Progradação do Litoral Brasileiro: Rio de Janeiro. In: Erosão e Progradação do
Litoral Brasileiro. Ministério do Meio Ambiente, MMA / Brasília. Programa de
Geologia e Geofísica Marinha (PGGM). Dieter Muehe (organizador). p265 – 296.

232
Seabra, V.S. (2007). Utilização de Técnicas de Geoprocessamento no Estudo de
Vulnerabilidade dos Aqüíferos Costeiros do Leste Fluminense. Dissertação de
Mestrado. PPGG / UFRJ. Lins deBarros, F.M. (2005). Risco e Vulnerabilidade da
Zona Costeira do Município de Maricá, Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado.
PPGG / UFRJ. 147p. Projeto Atafona.
Endereço eletrônico: http://www.mma.gov.br/index.
http://www.uff.br/atafona/
Data de acesso: Janeiro de 2008

As variáveis relativas aos ambientes costeiros têm como fonte dados


levantados através de monitoramentos e pesquisas acadêmicas e publicados em
teses ou livros. É importante destacar que as unidades de análise variam de
acordo com a unidade ambiental em questão e não com a unidade político-
administrativa. As variáveis obtidas não estão disponíveis homogeneamente para
todo o litoral do estado do Rio de Janeiro, visto que existe uma grande variedade
de fontes que, em alguns casos, são estudos de uma área específica. Os dados
encontram-se em forma de tabelas, mapas ou textos.

Variáveis selecionadas:

• caracterização geomorfológica costeira


• caracterização dos aqüíferos
• grau de exposição da costa a fortes ondulações
• grau de erosão costeira atual
• modificação da linha de costa

Tema: PESCA
Fonte de dados: Garcez, D.S. (2007) Caracterização da Pesca Artesanal
Autônoma em Distintos Compartimentos Fisiográficos e suas Áreas de Influência,
no Estado do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado – PPGG / UFRJ. 124p.
Data de acesso: janeiro de 2008

O tema da pesca merece destaque especial em função de sua importância


na economia dos municípios costeiros, assim como por representar uma atividade
tradicional que vem sofrendo recentemente muitas transformações. Visando
revelar a importância desta atividade na economia municipal foram consideradas
como variáveis importantes o número de pessoas que trabalham atualmente na
atividade pesqueira, o número de colônia de pescadores, a renda familiar, a
representatividade da atividade de pesca na renda total e a escolaridade. Tais
dados são extremamente difíceis de se obter visto que muitos pescadores não
são registrados oficialmente e os dados referentes a renda variam muito ao longo
do ano e de um ano para o outro. Desta forma, a fonte de dados utilizada no
presente trabalho foi a tese intitulada “Caracterização da Pesca Artesanal
Autônoma em Distintos Compartimentos Fisiográficos e suas Áreas de Influência,

233
no Estado do Rio de Janeiro” de autoria da Dra. Danielle Sequeira Garcez. A
autora realizou 173 entrevistas com pescadores no litoral entre os municípios de
Niterói e Barra de Itabapoana. Os dados estão agrupados em quatro
compartimentos compreendendo no total 10 municípios.

Variáveis selecionadas:

• nº de pessoas trabalhando na pesca


• nº de colônia de pescadores
• Renda familiar
• Escolaridade

Tema: RISCOS AMBIENTAIS


Fonte de dados: Defesa Civil – IV Coordenadoria Regional da Defesa Civil –
2008
Secretaria Nacional de Defesa Civil
Endereço eletrônico: http://www.cba-v.cbmerj.rj.gov.br/
http://www.defesacivil.gov.br
Data de Acesso: março de 2008

O tema riscos ambientais tem como objetivo identificar as áreas de risco


relacionadas a perigos naturais ou acidentes industriais. A fonte de dados foi a
DEFESA CIVIL nacional e estadual e os arquivos de noticias sobre desastres
naturais do JORNAL O GLOBO (Sistema DigiCol5). Para os municípios da
Baixada Litorânea, a IV Coordenadoria Regional da Defesa Civil realizou uma
mapa de ocorrências múltiplas contendo as áreas sujeitas a desastres naturais e
tecnológicos, tais como enchentes, inundações, alagamentos, ressacas,
acidentes em estradas, desastres associados a terminais marítimos, desastres
em Unidades de Conservação e outros. Os números de ocorrência de desastres e
da população atingida por tipo de evento por município foram obtidos através do
site da SECRETARIA NACIONAL DE DEFESA CIVIL. Os prejuízos financeiros
decorrentes de cada tipo de desastres para todo o estado para os anos de 2003 e
2004 também foram obtidos. Os dados obtidos nas notícias do JORNAL O
GLOBO foram obtidos num levantamento de 663 notícias publicadas entre 2000 e
2007, referentes às palavras-chave enchente, deslizamento, e incêndio.

Variáveis selecionadas:

• Áreas sujeitas a desastres naturais e tecnológicos por tipo de evento – Municípios da


Baixada Litorânea - 2008
• Número de ocorrências de desastres e população afetada – 2007 e 2008
• Prejuízos financeiros e população afetada por desastre – 2003 e 2004
• População afetada e danos humanos por tipo desastres – 2001 a 2008
• Ocorrências de desastres relacionados a excesso de chuva (enchentes e deslizamentos),
por mês – 2000 a 2007
• Ocorrências de estiagem e incêndios em florestas e pastos, por mês – 2000 a 2007

234
Tema: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Fonte de Dados: Instituto Estadual de Florestas
Data de Acesso: abril de 2008

O tema Unidades de Conservação tem a importância de demonstrar as


respostas governamentais que vêm sendo dadas em relação à proteção de áreas
ambientalmente e ecologicamente importantes. As variáveis foram cedidas pelo
Instituto Estadual de Florestas.

Variáveis selecionadas:

• Lista de Unidades de Conservação Federais por tipo, legislação e data de criação


• Lista de Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPNs
• Acréscimo da área protegida 2002 – 2007

Tema: SAÚDE
Subtema: Doenças
Fonte: DATASUS
Endereço eletrônico: www.datasus.gov.br
Data de acesso: abril e maio de 2008
Os dados referem-se às internações por local de residência do paciente e
foram coletados para os municípios do Estado do Rio de Janeiro e Faixa de
Fronteira. A incidência foi agrupada para o período de cinco anos, de 2002 a
2006.. Ressalta-se que serão consideradas as distorções que ocorrem devido à
qualidade diferenciada dos sistemas de registro dos dados e o problema
recorrente de subnotificação.

Variáveis selecionadas:

• Taxas de ocorrência de tuberculose por 100.000 habitantes


• Casos novos registrados de tuberculose
• Taxa de ocorrência de leptospirose por 100.000 habitantes
• Taxa de ocorrência de dengue por 100.000 habitantes
• Doenças diarréicas agudas (DDA) por 1.000 habitantes
• Doenças respiratórias agudas (IRA) por 1.000 habitantes

Tema: EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO


Subtema: Exportação e importação municipal
Fonte dos dados: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDICE)
Endereço eletrônico: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/sistema/balanca
Data de acesso: 09/05/08.

235
Os dados de exportação e importação foram obtidos para os municípios
que compõem o Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira correspondente
às Unidades da Federação limítrofes (SP, MG e ES) para o período de 1998 a
2007. O grau de abertura municipal, obtido através da divisão da exportação pelo
POB municipal se refere ao ano de 2005.

Variáveis selecionadas:
• Exportação e importação (em US$ FOB)
• Grau de abertura municipal - 2005.

Tema: EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO


Subtema: Exportação e importação por portos
Fonte dos dados: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDICE) – Alice WEB
Endereço eletrônico: http://www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br/
Data de acesso: 01/05/08.

Variáveis selecionadas:
• Exportação e importação (em US$ FOB) por portos no período de 1997 a 2007.
• Origem e destino por países com quantidade (unidades), o peso (em Kg) e os valores (em
US$ FOB) de exportações e importações, para o ano de 2007.
• Origem e destino por blocos econômicos com quantidade (unidades), o peso (em Kg) e os
valores (em US$ FOB) de exportações e importações para o ano de 2007.

Tema: EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO


Subtema: Exportação e importação por aeroportos
Fonte dos dados: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDICE) – Alice WEB
Endereço eletrônico: http://www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br/
Data de acesso: 01/05/08.

Variáveis selecionadas:
• Exportação e importação (em US$ FOB) por aeroportos no período de 1997 a 2007.
• Origem e destino por blocos econômicos com quantidade (unidades), o peso (em Kg) e os
valores (em US$ FOB) das exportações e importações, para o ano de 2007.

Tema: CIRCULAÇÃO E LOGÍSTICA


Subtema: Movimento Portuário
Nome da tabela: Movimento Portuário - 1996 – 2006.xls
Fonte: Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
Endereço eletrônico: http://www.antaq.gov.br/Portal/estatisticasanuario.asp#

236
Data de acesso: 18/03/08.

Variáveis selecionadas:
• Números da movimentação de cargas (toneladas), para o ano de 2006, em portos
organizados e privativos por: tipo de carga (granel sólido, granel líquido ou carga geral),
tipo de navegação (longo curso, cabotagem ou outras navegações) e sentido (embarque e
desembarque).
• Estrutura dos portos organizados (2004): Calado máximo/mínimo e presença ou não de
acesso ferroviário.
• Principais produtos exportados e importados pelos portos organizados no ano de 2004.
• Evolução do total de carga movimentada nos portos no período de 1996 – 2006.
• Movimento de embarcações para o ano de 2006.

Tema: CIRCULAÇÃO E LOGÍSTICA


Subtema: Movimento Aeroportuário
Fonte: Anuário estatístico de transporte / GEIPOT
Endereço eletrônico: http://www.geipot.gov.br/anuario2001/index.htm
Data de acesso: 13/02/08.

Variáveis Selecionadas:

• Número de pousos e decolagens realizados, em vôos nacionais e internacionais de 1996


a 2006.
• Número de passageiros embarcados, em vôos nacionais e internacionais de 1996 a 2006.
• Número de passageiros desembarcados, em vôos nacionais e internacionais de 1996 a
2006.
• Quantidade de carga embarcada, em vôos nacionais e internacionais de 1996 a 2006.
• Quantidade de carga desembarcada, em vôos nacionais e internacionais de 1996 a 2006.

Tema: MINERAÇÃO
Fonte: SIGMINE / DNPM
Endereço eletrônico: http://www.sigmine.dnpm.gov.br/
Data de acesso: 02/04/08.

Os dados foram levantados para todos os municípios que compõem o


Estado do Rio de Janeiro e a faixa de fronteira correspondente às Unidades da
Federação limítrofes (SP, MG e ES)

Variáveis selecionadas:

• Data do processo de autorização e licenciamento


• Fase de autorização de pesquisa e licenciamento
• Área da concessão de lavra
• Substâncias lavradas
• Usos finais dos minerais

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