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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
O Estado liberal espera que as coisas se modifiquem sem uma intervenção individual, ou de
grupo, e ao mesmo tempo se ajustem de tal forma que as coisas se relacionem de forma
natural, sem que o Estado tenha a sua intromissão direta no processo de produção, como
também no consumo, visto que as liberdades individuais devem ser respeitadas para que tudo
se acomode de forma comum e simples.
Para que possamos entender melhor o que é liberalismo e suas características teremos que
voltar no tempo e viver um pouquinho da história
O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política
publicados pelo filósofo inglês John Locke (1632-1704). Já no século XVIII, o liberalismo
econômico ganhou força com as idéias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam
Smith (1723-1790).
As funções do Estado seriam garantir a lei, a segurança e a propriedade, além de proteger a
saúde e incentivar a educação.
Características do Liberalismo:
Defesa da propriedade privada;
Liberdade econômica (livre mercado);
Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação;
Igualdade perante a lei (estado de direito).
Liberalismo pode ser resumido como o postulado do livre uso, por cada indivíduo ou membro
de uma sociedade, de sua propriedade. O fato de uns terem apenas uma propriedade: sua força
de trabalho, enquanto outros detêm os meios de produção não é desmentido, apenas omitido
no ideário liberal. Nesse sentido, todos os homens são iguais, fato consagrado no princípio
fundamental da constituição burguesa: todos são iguais perante a lei, base concreta da
igualdade formal entre os membros de uma sociedade.
Os liberais acreditam que o Estado foi criado para servir ao indivíduo, e não o
contrário. Os liberais consideram o exercício da liberdade individual como algo
intrinsecamente bom, como uma condição insubstituível para alcançar níveis ótimos de
progresso. Dentre outras, a liberdade de possuir bens (o direito à propriedade privada) parece-
lhes fundamental, já que sem ela o indivíduo se encontra permanentemente à mercê do
Estado.
3 O LIBERALISMO NO BRASIL
CONCLUSÃO
Este trabalho procurou interpretar o que significou o liberalismo no Brasil do século XIX. O
Estado liberal, nas suas origens, condicionava a participação ativa nas instituições do Estado,
por meio do voto e da elaboração das leis, à condição de propriedade ou de renda. Isto é, o
Estado liberal nasceu excludente, como uma democracia de proprietários. Combate o
intervencionismo do Estado em todos os domínios. Na economia defende a propriedade e a
iniciativa privada, assim como a auto-regulação econômica através do mercado. Na política
preconiza um Estado mínimo confinado a simples funções judiciais e de defesa.
Essa forma de pensar a organização do Estado coincidia com a visão das elites políticas
aristocráticas brasileiras, as quais consideravam que as principais instituições do Estado
deveriam estar sob controle dos grandes proprietários de terras e de escravos.
Se, no plano político, o pensamento liberal e os interesses da aristocracia brasileira
convergiam, no plano social havia uma flagrante contradição. O reconhecimento e a adoção
desses princípios no Brasil implicariam a extinção da escravidão.
Na verdade, trata-se de uma ambigüidade da nossa própria elite, sempre dividida entre as
ideologias gestadas nas nações hegemônicas do Ocidente e a dura e complexa realidade
nativa, carente de respostas diferenciadas, originais e ousadas para que possa se desenvolver e
prosperar.
REFERÊNCIAS
BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política: a filosofia política e as lições dos clássicos.
(organizado por Michelangelo Bovero). Rio de Janeiro: Campus, 2000.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil; São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo. Imprensa Oficial do Estado, 2001.
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Ed. Martins Fontes, 2005.