Interação humano-computador (IHC, também conhecida como
interação homem-computador) é o estudo da interação entre pessoas e computadores. É uma matéria multidisciplinar que relaciona a ciência da computação, artes, design, ergonomia, psicologia, sociologia, semiótica, linguística, e áreas afins. A interação entre humanos e máquinas acontece através da interface do utilizador, formada por software e hardware. Ela é utilizada, por exemplo, para a manipulação de periféricos de computadores e grandes máquinas como aviões e usinas hidrelétricas.
O desempenho humano no uso de computadores e de sistemas de
informação tem sido uma área de pesquisa e desenvolvimento que muito se expandiu nas últimas décadas. Isso tem sido feito usando-se poderosas ferramentas computacionais na análise de dados coletados de acordo com métodos da psicologia experimental. Outras contribuições também advém da psicologia educacional, do design instrucional e gráfico, dos fatores humanos ou ergonomia, e bem mais recentemente, da antropologia e da sociologia.
A área de IHC começou com Donald Norman, psicólogo cognitivista
que trabalhou o conceito de usabilidade. É possível citar três ondas durante a história da área de IHC:
• Primeira onda - voltada para fatores humanos. Estudo do
usuário como um conjunto de mecanismos de processamento de informação. Foco no indivíduo. Criação de guias para desenvolvimento de interfaces, métodos formais e testes sistemáticas baseados em métricas. • Segunda onda - voltada para atores humanos. Foco em grupos. Abordagens qualitativas e não mais quantitativas, prototipação e design contextual. Natureza holística da pessoa em dado ambiente. • Terceira onda - foco em aspectos culturais e estéticos. Expansão do cognitivo ao emocional. Fatores pragmáticos sociais da experiência. Tecnologias ubíquas, móveis e pequenas. Tecnologia extrapola os limites do contexto de trabalho e passa a fazer parte da cultura, vida e casa das pessoas.
introdução
1Evolução dos tipos de interfaces para interação usuário-
computador
A interface faz parte do sistema computacional e determina
como as pessoas operam e controlam o sistema. Quando a interface é bem projetada, ela é compreensível, agradável e controlável; os usuários se sentem satisfeitos e responsáveis pelas ações. É fácil notar a importância do assunto, pois todos somos usuários de interfaces. Às vezes utilizamos sistemas e nem lembramos que existe uma interface, outras vezes, tudo que se quer é encontrar o botão de sair. A interface homem-máquina é uma preocupação da indústria muito antes de se falar em interface de programas de computador. Existe muita experiência adquirida sobre o assunto, como por exemplo, a utilização de mais de um perfil do operador (usuário) e níveis de conhecimento ou experiência (iniciante, intermediário e expert).
A tecnologia de construção de interfaces tem sido influenciada
principalmente pelos seguintes fatores:
a. Disseminação do uso de sistemas e equipamentos
microprocessador;
b. Aumento da complexidade dos sistemas;
c. Preocupação com a qualidade do software dentro da
característica de usabilidade (conforme as definições da Norma ISO/IEC 9126-1)
O Projeto de Interface resulta de uma análise mais detalhada da
mesma. Essa análise pode se dar através da especificação de requisitos, módulo de qualidades e perfil dos usuários. Nessa fase normalmente se considera a modelagem do diálogo (onde se encontra o projeto visual) e a modelagem dinâmica (tratamento dos eventos)
No início do processamento de dados, distingue-se basicamente a
interface baseada em caractere. Atualmente, a maioria das aplicações se utilizam das famosas interfaces gráficas – GUI ( Graphical User Interface ) e algumas já estão evoluindo o conceito deixando de ser voltadas a aplicação para se tornarem voltadas a objeto, utilizando as OUI ( Object User Interface ) e, paralelamente, com a crescente utilização da Internet, surgiram as WUI ( Web User Interface ) amplamente difundidas dentro da World Wide Web.