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18 Tecnologias que podem ajudar a pensar…

Fernando Albuquerque Costa


f.costa@fpce.ul.pt
Elisabete Cruz
elcruz@sapo.pt
Rute Ferreira
ruthferreira@sapo.pt
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Universidade de Lisboa

18.1 Resumo
Tendo presente a escassez de propostas de classificação das tecnologias digitais com
base no seu potencial pedagógico e a dificuldade, muitas vezes sentida, na operacionalização
de sistemas de análise que valorizem essa dimensão, o trabalho aqui apresentado pretende
ser um contributo nesse sentido.
Assim, apresentam-se aqui alguns dados sobre o processo e os resultados obtidos na
elaboração de uma grelha de análise e avaliação das tecnologias de informação e
comunicação hoje disponíveis e passíveis de serem utilizadas na elaboração de portefólios,
quer de professores, quer de alunos.
Este trabalho insere-se nas actividades do projecto “DigiFolio – O Portefolio Digital como
Estratégia de Desenvolvimento Profissional de Professores”12, um projecto de âmbito europeu
(Programa Comenius, Acção 2.1) que visa conjugar as potencialidades educativas dos
portefólios com o potencial das Tecnologias de Informação e Comunicação.

Palavras-chave: Potencial pedagógico, tecnologias digitais, portefólio.

18.2 Introdução
O objectivo de desenvolvimento pessoal e profissional dos professores é um excelente
motivo para reflectir sobre as questões da inovação em Educação e, nessa linha, uma
oportunidade ímpar para o incremento da utilização de portefólios nas práticas educativas.
Os avanços mais recentes das tecnologias digitais proporcionam-nos, por outro lado, a
experimentação de novas formas de organização e de construção de conhecimento que

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Mais informação sobre o projecto encontra-se disponível em: www.fpce.ul.pt/pessoal/ulfpcost/digifolio/

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exaltam a diversidade e a multiplicidade de propósitos, tanto do ponto de vista individual como
colectivamente.
Da reflexão sobre a conjugação destes dois aspectos resulta a proposta aqui
apresentada de análise e avaliação das tecnologias a que a comunidade educativa pode
facilmente aceder hoje e que podem ser mobilizadas para a elaboração de portefólios
electrónicos, quer de professores, quer de alunos.
No caso dos professores, o uso do portefólio pode constituir, aliás, um poderoso meio ao
serviço da renovação das práticas educativas (Cardoso, Peixoto, Serrano e Moreira, 1996) se
entendido como estratégia metacognitiva e reflexiva sobre o ensino e sobre si próprios (Galvão,
2005).
No entanto, a escassez de informação sobre o que são portefólios, que tecnologias
podem ser utilizadas para a sua elaboração, como se preparam e como se pode tirar partido
deles, são questões que apontam para a necessidade de uma preparação específica nesse
domínio.
Em conformidade com isso, o trabalho aqui apresentado tem como principal finalidade
ajudar os professores nesse processo, fornecendo-lhes uma grelha de análise e avaliação das
tecnologias com base nas suas potencialidades pedagógicas para a elaboração de portefólios
electrónicos.
Está organizado em três pontos em função das fases do processo de construção da
referida grelha. No primeiro – “Ponto de partida e objectivos do trabalho” – damos conta das
questões de onde se partiu e dos objectivos do trabalho desenvolvido. Apresenta-se de
seguida a “Estratégia de desenvolvimento” utilizada, dando especial enfoque aos momentos
mais significativos do processo, ou seja, a identificação dos objectivos dos portefólios (ponto
2.1) e a identificação de possíveis categorias de análise (ponto 2.2). No terceiro ponto –
“Grelha de análise“ –, apresenta-se a proposta concreta a que chegámos, resultante da
reflexão feita nas fases de pesquisa anteriores. Terminamos com uma reflexão final onde se
sublinham as ideias principais do trabalho efectuado e seu desenvolvimento futuro.

18.3 Ponto de partida e objectivos do trabalho


Existem várias propostas de caracterização e classificação das tecnologias de
informação e comunicação, apesar de, na sua maioria, não assentarem directamente em
aspectos pedagógicos, isto é, no que com elas se pode fazer e como, se utilizadas para fins
educativos. Tal como refere Laurillard (1993), tratase de uma tarefa com alguma dificuldade,
sobretudo se se pretender que essa classificação constitua uma ajuda efectiva ao professor,
baseada em aspectos pedagógicos e didácticos, fornecendo-lhes informação concreta e
detalhada sobre as possibilidades de uso educativo, para que fins, em que condições, etc.

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Tendo como ponto de partida a dificuldade enunciada, foi nosso propósito propor uma
grelha para análise e avaliação das tecnologias hoje disponíveis, que considerasse os
objectivos concretos normalmente associados à utilização dos portefólios e, desse modo,
contribuísse para a identificação das potencialidades educativas dessas mesmas tecnologias.
Pretendeu-se, por outro lado, que essa grelha de análise e avaliação pudesse vir a
constituir um instrumento de utilização autónoma por parte dos professores e educadores que
desejem utilizar essas ferramentas ou necessitem de ajuda específica nesta área.

18.4 Estratégia de desenvolvimento


De forma a alcançar os objectivos propostos procedeu-se à pesquisa bibliográfica e ao
levantamento de algumas questões cuja sistematização daria lugar a quatro momentos ou
fases distintas, ainda que intimamente ligadas entre si, a saber: i) Identificação dos objectivos
dos portefólios; ii) Identificação de possíveis categorias de análise; iii) organização de uma
grelha de análise; e iv) ilustração e aplicação a exemplos concretos.
Apresentam-se de seguida, de forma sintética, os principais resultados correspondentes
à primeira e segunda fases; a terceira será apresentada no ponto seguinte deste trabalho. De
forma a ilustrar a utilização da grelha proposta, apresenta-se, por último, em anexo, um
exemplo da análise do potencial pedagógico de uma aplicação concreta. Escolhemos os
“Weblogs” pela sua pertinência e adequação ao objectivo central de elaboração de portefólios e
nos parecer, por isso, um bom ponto de partida para testar a grelha proposta.

18.4.1 Objectivos dos portefólios

De forma a coligir dados que evidenciassem o conjunto de objectivos normalmente associados


à utilização de portefólios em contexto educativo, procedeu-se à selecção e análise de textos
que têm servido de referência à investigação realizada nesse domínio. A partir dos aspectos
fundamentais da definição de portefólios utilizada por diversos investigadores [Almeida (2003);
Balan & Jelin (1980 cit. In Sá-Chaves, 1997); Bernardes e Miranda (2003); Coelho (2000 cit. In
Bernardes & Miranda, 2003); Paulson e Meyer (1991 cit. In Serafim, 2000); Sá-Chaves (2000);
e Nunes (2000)], concluiu-se que, embora com diferentes concepções, objectivos de utilização
e formatos, os portefólios obedecem de uma maneira geral ao mesmo processo de criação,
apresentando em comum (de forma implícita e/ou explícita) diversas dimensões e focos de
onde se destacam os que se apresentam no Quadro 1. De forma muito simplificada, são aí
apresentados os objectivos inerentes à construção de portefólios, obtidos a partir dos aspectos
fundamentais das definições que tomámos como referência.

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Quadro 1
Objectivos inerentes à construção de portefólios e respectivos focos
Objectivos dos portefólios Dimensão / Foco
educativos
Estimular e activar o pensamento reflexivo Reflexão
Evidenciar processos de auto-reflexão
Estruturar os procedimentos de ensino e Estruturação
aprendizagem

Recolher informações de forma estruturada e


personalizada
Estimular a comunicação entre todos os Comunicação
intervenientes no processo educativo

Fomentar processos de interacção e


colaboração
Promover a autonomia do aluno na gestão da Motivação
aprendizagem

Implicar o aluno no processo de


aprendizagem
Facilitar a participação do estudante na Decisão
selecção do conteúdo e nos critérios de
avaliação

Negociar a escolha de elementos a incluir de


acordo com critérios preestabelecidos entre
os alunos e o professor
Registar os procedimentos e documentar a Visualização
própria aprendizagem

Expor trabalhos que evidenciem as


aquisições realizadas
Envolver activamente todos os participantes Participação
na aprendizagem e na sua avaliação

Proporcionar novas formas de ensino


favorecendo ambientes de aprendizagem
participativos e produtivos
Evidenciar o esforço e o progresso na Evolução
aquisição de conhecimentos e competências
numa ou mais áreas

Realçar o processo de integração pessoal


dos diversos saberes adquiridos ao longo da
formação teórica e prática

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18.4.2 Categorias de análise

Com o intuito de ajudar a identificar as tecnologias que melhor respondam aos


objectivos de aprendizagem inerentes à construção de portefólios electrónicos, partimos da
sistematização proposta por Laurillard (1993), em que o processo de ensino-aprendizagem é
tido como resultado de interacções entre professor e o aluno, tal como se representa na Figura
1.
É um referencial que coloca em primeiro plano a prática reflexiva dos intervenientes
(professor e aluno) num processo de interacção contínuo e dinâmico, em que o professor
assume sobretudo o papel de coordenador, de mediador e de instigador da aprendizagem.
Para exercer essas funções, o professor necessita de reflectir com os alunos, indicar rumos,
meios e procedimentos para a produção de novos conhecimentos.
De acordo com estes pressupostos, Diana Laurillard (1993) defende que as tecnologias
digitais podem desempenhar um papel fundamental no processo, distinguindo diferentes
estratégias pedagógicas (“estratégia discursiva”, “estratégia adaptativa”, “estratégia interactiva”
e “estratégia reflexiva”), de acordo com a função principal exercida no processo de ensino e
aprendizagem.

Figura 1
Estratégias de ensino-aprendizagem
(modelo adaptado de Laurillard, 1993)

São precisamente essas estratégias que tomámos como referencial para análise e
avaliação das tecnologias. Uma avaliação baseada nas estratégias de ensinoaprendizagem
preferencialmente utilizadas para alcançar os objectivos inerentes à elaboração de portefólios e
que passamos a explicitar com mais detalhe:

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Estratégia discursiva. Permite sobretudo manter uma relação de comunicação entre
vários intervenientes. É uma estratégia em que preside uma atitude de indagação e de
pesquisa sistemática por parte de professores e alunos e que ajudará na compreensão do
processo de ensino e aprendizagem identificando nele dimensões cognitivas, afectivas e de
acção.
Estratégia adaptativa. Permite sobretudo construir actividades de aprendizagem
baseadas nas concepções dos diversos intervenientes, evoluindo e ajustando-se a cada
situação concreta. O professor procura compreender para intervir, adequando as actividades
às necessidades específicas de cada aluno ou grupo de alunos num determinado momento.
Estratégia interactiva. Permite sobretudo representar e trocar ideias e conteúdos
utilizando várias formas de expressão e representação (texto, imagem, som, vídeo…). É uma
estratégia em que preside uma atitude mútua de escuta e diálogo constante entre professor e
aluno.
Estratégia reflexiva. Permite sobretudo a reflexão e o aprofundamento de
conhecimentos com base no registo de diferentes formas de estruturação e organização do
pensamento. É uma estratégia em que presidem a análise e o pensamento crítico e em que é
suposto que o aluno reflicta não apenas sobre o que está a aprender, mas também sobre como
está a aprender e sobre o seu próprio papel no processo de ensino e aprendizagem.

18.5 Grelha de análise


De acordo com o propósito inicial, a grelha de análise que aqui apresentamos surge
como resultado do cruzamento destas estratégias com os objectivos inerentes à construção de
portefólios referidos anteriormente.
Tal como pode ser observado no Quadro 2, trata-se, em última instância, de um guião de
análise estruturado em torno dos quatro eixos tomados em consideração (estratégias), da
reflexão sobre o que se pretende em cada um deles (objectivos) e do que uma determinada
tecnologia em análise permitirá concretizar.

Quadro 2
Proposta de análise e avaliação do potencial pedagógico das tecnologias em função do
tipo de estratégias e dos objectivos específicos da elaboração de portefólios

POTENCIAL PEDAGÓGICO
ESTRATÉGIA Em que medida a tecnologia permite:
DISCURSIVA Manter uma relação de comunicação contínua entre vários intervenientes;
(Comunicação, Negociar conteúdos e objectivos (professor e alunos);
Participação) Expressar ideias em função dos objectivos negociados;

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Participar activamente na construção do conhecimento.
ESTRATÉGIA Em que medida a tecnologia permite:
ADAPTATIVA Construir actividades de aprendizagem adequadas às concepções dos
(Evolução, diversos intervenientes;
Selecção) Adaptar os objectivos de aprendizagem aos interesses dos alunos tendo
em conta as interacções (diálogo) ocorridas;
Tomar consciência das facilidades e dificuldades sentidas na elaboração
do portefólio;
Permitir um empenho pessoal e social no processo de ensino
aprendizagem.
ESTRATÉGIA Em que medida a tecnologia permite:
INTERACTIVA Fornecer feedback ao aluno, ajudando-o a alcançar os objectivos de
(Motivação, aprendizagem;
Visualização) Reconhecer o significado inerente ao feedback transmitido pelo professor,
de forma a apropriar-se dos conteúdos que melhor se ajustam ao seu perfil;
Adicionar outras informações visando complementar determinado
conteúdo/tópico;
Representar ideias/conteúdos utilizando várias formas de expressão (texto,
imagem, som, vídeo…).
ESTRATÉGIA Em que medida a tecnologia permite:
REFLEXIVA Reflectir e escrever sobre processo de ensino e aprendizagem;
(Reflexão, Estruturar e registar ideias, percepções e convicções dos alunos;
Estruturação) Reflectir sobre as descrições do aluno;
Fornecer diferentes formas de organização do pensamento possibilitando
o aprofundamento de conhecimentos.

18.6 Considerações finais


Apesar de nos encontrarmos ainda numa fase inicial do desenvolvimento deste trabalho,
estamos convictos de que a implementação dos portefólios electrónicos poderá ser uma
estratégia com bastante interesse em termos de estimulação da reflexão sobre as práticas dos
professores e com enorme potencial em termos de inovação curricular.
Para além de permitirem o desenvolvimento de ambientes de aprendizagem mais
participados, os portefólios favorecem uma maior tomada de consciência de cada aluno sobre
o que se está a aprender e como se está a aprender, remetendo para o professor um papel de
importância vital na gestão do processo e no apoio efectivo à aprendizagem individual.
Embora possam ser elaborados, com eficácia, com os meios tradicionais, é hoje muito
fácil poder recorrer a diversas aplicações informáticas, nomeadamente as de uma nova

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geração, como é o caso dos “weblogs”, “wikis” e outro “software social”, disponíveis na Internet
a custo zero, mas também às tecnologias e ferramentas de produtividade convencionais,
disponíveis em qualquer computador pessoal, e que encerram um potencial inigualável se
convenientemente integrados e utilizados em contexto educativo.
Uma integração e utilização que passa pelo domínio que os professores tiverem dessas
ferramentas, nomeadamente em termos de selecção e sua adequação a objectivos muito
concretos como é o caso dos portefólios electrónicos. Tópico que deu origem ao estudo em
desenvolvimento no seio do projecto DigiFolio, de cuja fase inicial aqui demos conta, e que
esperamos venha a contribuir para um conhecimento mais profundo do modo como as
“tecnologias podem ajudar a pensar”.

18.7 Referências
ALMEIDA, J.(2003). Implementação de Portfolios no 10º ano de escolaridade:
Contributos para o processo de aprendizagem e avaliação em Matemática. Dissertação
de Mestrado em Matemática/Educação. Porto: Universidade Portucalense.
BERNARDES, C. & MIRANDA, F.(2003). Portfólio. Uma Escola de Competências.
Porto: Porto Editora.
BIRNEY, R., BARRY, M., HÉIGEARTAIGH, M. (2006). Blogs. Engancing the Learning
Experiences for Tecnology Studentes. Paper presented at de International Conference
on ED-MEDIA.
CARDOSO, A.; PEIXOTO, A.; SERRANO, M.C. e MOREIRA, P. (1996). O Movimento
da autonomia do aluno. Repercurssões a nível da supervisão. In Alarcão, I.
(organização). Formação Reflexiva de Professores. Estratégias de Supervisão. Porto:
Porto Editora.
GALVÃO, V. (2005). A utilização de “portfolio” reflexivo na disciplina de Biofísica de um
Curso de Fonoaudiologia. In Sá-Chaves, I. (organizadora). Os “portfolios” reflexivos
(também) trazem gente dentro. Reflexões do seu uso na humanização dos processos
educativos. Porto: Porto Editora.
LAURILLARD, D. (1993). Rethinking university teaching. A framework for the effective
use of educational technology. London: Routledge.
NUNES, J. (2000). O professor e a acção reflexiva. Portfolios, “Vês” heurísticos e
mapas de conceitos como estratégias de desenvolvimento profissional. Porto: ASA
Editores.
SÁ-CHAVES, I. (2000). Portfolios Reflexivos. Estratégia de Formação e de Supervisão.
Aveiro: Universidade de Aveiro.

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SÁ-CHAVES, I. (1997). Novas abordagens metodológicas: os “portfolios” no processo
de desenvolvimento profissional e pessoal dos professores. In Estrela, A. e Ferreira, J.
(org.). VII Colóquio Nacional da AIPELF/AFIRSE.
SERAFIM, M. (2000). Portfolio vocacional. Estudo exploratório sobre a aplicação do
portfolio de competências em aconselhamento de carreiras. Dissertação de Mestrado
em Ciências de Educação, Formação Pessoal e Social. Universidade Católica
Portuguesa, Faculdade de Ciências Humanas

18.8 Anexo – Ficha de análise e avaliação (Tecnologias para criação


de portefólios)

Identificação da Tecnologia

DESIGNAÇÃO WEBLOG (abreviatura: Blog)

DESCRIÇÃO O weblog é basicamente uma página na Web com conteúdos dispostos


por ordem cronológica (do mais recente para o mais antigo).
Existe actualmente uma enorme diversidade de blogs, quer quanto à
forma, quer quanto ao conteúdo. Os blogs podem ser criados e mantidos
por um único indivíduo (blogs pessoais) ou por um grupo de pessoas
com interesses comuns (blogs colectivos).
Em contexto educativo, é uma ferramenta útil para a construção de
actividades caracterizadas pelo diálogo e pela reciprocidade
(aprendizagem colaborativa).
A grande maioria dos weblogs possui duas ferramentas
complementares: (1) a ferramenta de comentários; (2) a ferramenta de
trackback. A primeira permite que os leitores acrescentem comentários
aos conteúdos publicados pelo autor (denominados posts). A segunda
permite que os posts sejam referenciados noutros blogs, facilitando a
troca e intercâmbio de informações.
VERSÃO Exemplos de serviços que permitem a criação de blogs:
Blogger, http://www.blogger.com/start
Blogs no Sapo, http://blogs.sapo.pt/
Weblog.com.pt, http://weblog.com.pt/
MSN Spaces, http://spaces.msn.com/
TypePad, http://www.typepad.com/
Wordpress, http://wordpress.com/

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Weblogger, http://weblogger.terra.com.br/
BigBlogTool, http://www.bigblogtool.com/
Blogalia: http://www.blogalia.com/
TheBlog, http://www.theblog.com.br/
IDIOMA Está disponível em várias línguas
ACESSIBILIDADE A criação de blogs é gratuita na maior parte dos serviços que os
disponibilizam
REQUISITOS Em geral basta ter acesso à Internet e um endereço de correio
electrónico para se poder criar um blog
OBSERVAÇÕES

Potencial Pedagógico

ESTRATÉGIA A criação de um Weblog permite manter uma comunicação contínua


DISCURSIVA
entre vários intervenientes. Uma comunicação que não tem
(COMUNICAÇÃO,
PARTICIPAÇÃO) necessariamente de se cingir a um grupo/turma, permitindo a
participação de outros interessados na discussão e construção do
conhecimento.
Em função dos objectivos negociados, o aluno pode expressar as suas
ideias sobre o que está a aprender, dialogar com os outros e aprofundar
os aspectos que considera mais significativos.
ESTRATÉGIA Ao permitir que o aluno registe sistematicamente informações sobre as
ADAPTATIVA
suas aprendizagens, sobre as dificuldades sentidas, sobre as suas
(EVOLUÇÃO,
SELECÇÃO) descobertas e reflexões pessoais, o professor está em melhores
condições de compreender a evolução do aluno e, assim, ajustar o seu
acompanhamento e a seleccionar os apoios que vão sendo necessários.
Em resultado da reflexão individual, também o aluno tomará mais
facilmente consciência da sua evolução na aprendizagem e, em função
disso, compreender e integrar melhor o feedback e os apoios fornecidos
pelo professor.
ESTRATÉGIA Um Weblog permite que os alunos interajam a propósito dos temas em
INTERACTIVA
estudo, dando conta das suas descobertas ou opiniões, e que o
(MOTIVAÇÃO,
VISUALIZAÇÃO) professor acompanhe e forneça feedback sobre o trabalho realizado. O
que constitui, por si só, fonte de motivação, podendo ser concretizado de
formas diferenciadas:
Orientar e dar informação sobre uma acção a desenvolver;
Verificar a pertinência ou rigor de um determinado conteúdo;

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Acrescentar informação complementar para melhorar a compreensão;
Estimular, reforçar ou incentivar visando um esforço continuado;
Aconselhar ou induzir caminhos alternativos de acordo com os
objectivos a alcançar.
Reconhecendo a importância da interacção com os outros e a utilidade
do feedback, o aluno vê reforçada a sua capacidade aprendizagem,
procurando outras informações com o intuito de aprofundar o estudo de
determinado tema ou assunto.
Esta tecnologia permite representar as ideias/conteúdos sob várias
formas (texto, imagem, som, vídeo) e fazer ligações para o exterior
(links).
ESTRATÉGIA Os weblogs podem ser utilizados pelo aluno para registo da sua reflexão
REFLEXIVA
pessoal sobre o processo de ensino e aprendizagem num determinado
(REFLEXÃO,
ESTRUTURAÇÃO) período de tempo e sobre as próprias aprendizagens efectuadas: o que
se está a aprender, como se está a aprender, as aquisições esperadas e
as aquisições já realizadas, as dificuldades sentidas, os obstáculos
superados, os recursos utilizados, etc..
A partir das reflexões e descrições realizadas pelos alunos, o professor
pode também reflectir sobre o processo e sobre a sua acção particular,
levando-o a melhorar ou considerar diferentes estratégias de
intervenção, procurar e explorar outros recursos, aprofundar o estudo
sobre as diferentes vertentes da sua acção, etc.

Apreciação Global

FACILIDADE DE Esta tecnologia tem um tempo de aprendizagem curto e o utilizador não


APRENDIZAGEM
necessita de ter conhecimentos de linguagem HTML para publicar. Em
E DE
UTILIZAÇÃO alguns casos existe um tutorial de apoio e, regra geral, dispõe de vários
estilos visuais de apresentação do conteúdo.
A interface é intuitiva e simples, reduzindo ao essencial as funções
relevantes:
1) editar, formatar e publicar texto e imagens;
2) disponibilizar a identificação;
3) acrescentar e eliminar comentários;
4) criar links para outras páginas;
5) arquivar posts cronologicamente.
Outras características que facilitam o uso desta tecnologia têm a ver com
os baixos custos de produção, uma vez que o serviço é oferecido

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gratuitamente na maior parte dos casos, com a rapidez de publicação e
actualização da informação e com a acessibilidade a audiências
potencialmente vastas.
PONTOS Os Weblogs são uma tecnologia adequada à elaboração de portefólios
FORTES
electrónicos, uma vez que permite satisfazer os objectivos normalmente
associados à sua elaboração.
São de realçar as possibilidades que oferece nomeadamente em termos
de interacção e em termos de visualização para o exterior,
proporcionando, por isso, um maior grau de motivação face aos
portefólios tradicionais.
A sua grande flexibilidade é também um ponto forte a considerar:
flexibilidade em termos de formas de apresentação dos conteúdos;
flexibilidade em termos de comunicação (entre aluno/aluno,
aluno/professor, aluno/outros intervenientes).
PONTOS Uma das limitações desta ferramenta é o facto de não ser acessível a
FRACOS
públicos que não tenham acesso à Internet.
EXEMPLOS DE Estágio de matemática da FCUL
BOAS PRÁTICAS
“Espaço em que podemos trocar ideias e comentar as histórias que nos
vão sendo apresentadas. Cada história corresponde a um episódio que
se passou na aula e que, de qualquer modo, vos fez pensar...”
[Disponível on-line]: http://estagios2005.weblog.com.pt/
HEMAJORO
“Aprender faz sorrir e faz crescer… Espaço para aprender e brincar,
conversar e olhar, inventar e interagir. Especialmente dedicado às
Tecnologias, com as tecnologias ao serviço da educação. Bem-vindo(a)
à academia!”. [Disponível on-line]: http://hemajoro.blogspot.com/
OBSERVAÇÕES

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