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ão nr.

25
I . Ediç
a p e lo . Ano I
o P
Benign
Editor:

DE
NOVO
AHAAAA RÍT
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R Í T Í M
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AHAA

TXUZAAA
Somos também
de opinião que tem “Estou
que haver respeito
pela história do na Moda!”
país.
pg.15 Pg.20
ÍNDICE
TEMA DE CAPA

10
Grandes vozes da
música moçambi-
cana dominaram a
noite até ao raiar do
sol, no Coconuts....

6. MARECHAL 25. DESPORTO


ENTREVISTA AO PAI DA NAÇÃO
18. MOTOR UM PALCO PARA SCHUMACHER RE-
CUPERAR A ALEGRIA
FERRARI CONSTRÓI SUPER AMERICA
45 MUITO ESPECIAL

08.BOLADAS 19.O.LIVRE 26. CULTURA


O SEGREDO DA POUPANÇA CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CON- ERNANIA ORGULHO DE MOÇAMBI-
TROLE DE ALUGUEIS CANOS

13. PRESIDÊNCIA 20. HI TECH 28.P.ESCRITORES


FRANCESINHAS… E MAIS NADA! PORQUE NÃO O SEMI-PRESIDEN-
Deixar de ser pobre é um direito nosso
CIALISMO EM MOÇAMBIQUE!

14. SONGS 22. LAZER 29. CINEMA


DJ KENT PROVOU QUE O HOUSE AFRI- ESTRELAS DESFILAM EM CANNES
CANO TEM FUTURO TENHA O MELHOR EMPREGO DO MUNDO

24. SAÚDE 30. MODA


16.BIZZARO DESCONFORTO DOS FONES DE OUVIDO
SILICONE MATA ACTRIZ PORNO PRE- NÃO É SÓ CAUSADO PELO VOLUME TAÚSSE REBENTA
MIADA E EX-BIG BROTHER

PROPRIEDADE: REDAÇÃO & COLABORADORES:


Gizela Nguelume, João Luzo, Portal do Governo de
Moçambique, Benigno Papelo, Ordem livre, Iolanda
Lipangue, Leopoldina Luis, Nilza Macamo.

ARTE GRÁFICA & TEXTO:


Direcção Criativa & Arte: Benigno Papelo

PARCEIROS
SEDE:
PRESIDENTE:
Av. Mao Tse Tung
Benigno Papelo Edifício Nº 1245
vjm.presidente@tdm.co.mz Maputo - Moçambique
Cell.: +258 82 32 79 126
Email: revista.visaojovem@gmail.com
2 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011
Página: visaojovemmocambicana.tk
3 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011
EDITOR
IAL

Gizela Nguelume
Secretaria Geral/Generaly Secretary
vjm.secretariado@gmail.com

e r o S e r ! !
Eu qu s tr e la , re v elavam ho
je mui-
das
er uma e o reluzente
Eu quero s as co m o b ri lh
u dife-
s encantad desejo fico
tas criança c é u . E s te ás.
e la s q u e brilham no n ç a s a 1 0 , 15 anos atr
estr as cria vir:
ue tinham quisesse ou
rente dos q eu gritava p a ra q u e m
se chama-
m b ro q u e a s s im q u e
Me le eira”, é er o
u q u e ro ser hosped o . M e s m o sem sab
“E bo rb e sentia
istentes de , já me via
vam as ass p ro fi s s ã o as
e e ra n a e ssencia a q u e a m a va com tod
qu fissã o
aquela pro
embalada n ção permit
ia. n-
as q u e m e u co ra
lu m b ra m -se dois so
forç s vis l e o
s realidade nte surrea
Nestas dua m p le ta m e
e c ri a n ças, um c
o
c iê n te . A escolha da
hos d e inco s perta
tro re a l m as precoce c a d a v ez mais des
o u e qu e
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u q u e ro ser? n d e r a s 6 anos, aos 1
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Pergunta fá resposta não é tão cla finida. É
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complica, p te rm inadamente er.
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a faculdade sponderia
época de ir se e u re ?
pergunta s ar. O curso
Hoje se me outora ... m e fo rm
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uero ser D imporante
cheia. Eu q O m a is ,
e m o s d e fi nir depois? a ficou e é importante
Pod utor/ aba-
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c o s d á
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te é u m c o nvite espec
do Es
Doutores?
Vamos ser
todos.
que faço a

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The Next Level foi o tema escolhido pela Sa-
lim Eventos para a segunda festa do projecto
Party Promoter. Os organizadores desta festa
optaram por manter o ambiente do Cocunuts
igual, mas trouxeram, além de Djs de Maputo,
um convidado muito especial, o Dj Damon
Poul. Para o público, a festa estava boa, resta
saber se o júri é da mesma opinião. Veja em
forma de flash algumas caras que se fizeram
presentes ao evento The Next Level.

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MEMÓR
IAS

N A Ç Ã O
I DA
PAFONTE/ — Nem com Moçambique?
SOURCE: Revista — Nem com Moçambique. Identificavam--se, sim, com o
colonialismo, com a exploração. Portanto, nós não expulsámos
OPÇÃO – Nº 62 – 30de Junho portu-gueses. Expulsámos, sim, Vendedores, comerciantes, da
nacionalidade, renegados, vende-pátrias. São esses que nós ex-
de 1977 pulsámos. Não expulsámos nenhum português. Não dissemos:
“Portugueses são expulsos de Moçambique”. Os portugueses
— Bem, mas a língua em si mesma, é uma cultura, é uma estão aqui.
forma de cultura... — Mas numa situação que alguns observadores não con-
— E um veículo de transmissão. Eu falo francês e, no en- sideram
tanto, não tenho nenhuma cultura francesa. Eu falo inglês, mas extremamente clara...
não tenho nenhuma cultura inglesa. Eu falo português, mas — Fomos claros. Nós fomos claros. Para com eles todos.
não tenho nenhuma cultura portuguesa. Nós explicámos-lhes o sentido do patriotismo. Foi o que nós
— Então, para além desse veículo que é a língua portugue- fizemos. E fizemos bem. Pelo menos, já têm pátria. Disseram
sa, não há qualquer outra forma de cultura aproveitável? que são portugueses. Eram mas era representantes, agentes
— Não, não há. Portanto, eu diria: agora, é que haverá pos- do imperialismo. Agentes da subversão. Eram elementos que
sibilidade de o povo moçambicano conhecer a cultura portu- fomentavam, criavam obstáculos às relações de Portugal com
guesa. Moçambique. Mas nunca queriam ser de Moçambique. Eram
- E vice-versa... representantes do imperialismo aqui neste país, eles! Não são
—Exacto! O povo português conhecerá também a cultura portugueses, aqueles. Nem são moçambicanos!
moçambicana. Aquilo que o colonialismo chamava “usos e — Do seu ponto de vista, em relação à sensibilidade popu-
costumes indígenas”... Como haveria cultura sem personali- lar moçambicana, Portugal já não está ligado ao colonialismo
dade moçambicana? É possível? ... Agora estamos numa fase portu-guês?
de criar a nossa personalidade. Portanto, é preciso valorizar a — O povo português nunca esteve ligado ao colonialismo!
nossa cultura. O segredo da personalidade do homem é a cul- — Isso ao nível da sua visão?
tura. Nós não tínhamos nenhuma personalidade. Nem portu- — Não! O povo próprio.
guesa, nem moçambicana. Porque, se nós tivéssemos assum- - O povo distingue claramente uma coisa da outra?
ido essa tal personalidade, teria sido uma personalidade : do - O povo soube distinguir, durante a luta armada, quanto
opressor. Não acha? … mais agora num momento de paz. Andámos, marchámos,
— Portugal, durante uma determinada fase, praticou uma andámos de braço dado. Sabemos que todos fomos explora-
política exterior terceiro-mundista. Pretendia assumir um dos. E sabemos que temos que fazer a reconstrução, servir o
papel de in-terlocutor entre a Europa e os países do Terceiro trabalho de reconstrução das nossas economias. O povo por-
Mundo. Isso tinha qualquer viabilidade? tuguês também tem que reconstituir ou reconstruir a sua per-
— Eu penso que isso resultava de um certo estudo. Por- sonalidade de homens livres, não opressores. Isso é ao nível
tugal encontrava, na sua condição económica, no seu desen- do povo.
volvimento, o sinal da via que queria escolher. Nessa altura,
achava que a sua identidade estava no Terceiro Mundo. O que
é verdade! Portugal é um país subdesenvolvido. O índice de
desemprego. O nível de vida muito baixo. É verdade! Portanto,
Portugal tem de arrancar! Trata-se de arrancar, para se libertar!
— Coloca Portugal no seio do Terceiro Mundo?
— Aí, não sei se diria. Não sei. Só o Governo português. Não
posso comentar as leis e a escolha, a opção dum governo. Não,
não cabe à República Popular de Moçambique. Seria atrevi-
mento demais. Seria ingerência comentar a. via que escolhe
um país, que resulta de um estudo profundo, conhecimento,
realidade.
— No entanto, os acontecimentos em Moçambique, alguns
deles relacionados com portugueses, nomeadamente aqueles
que foram levados a sair, têm sido encarados em Portugal mui-
to asperamente...
— Diga: foram expulsos! Diga lá: foram expulsos! Não
foram levados a sair, foram expulsos de Moçambique. Porque
não eram portugueses, nem eram moçambicanos. Quisemos
dar-lhes o sentido de patriotismo: escolher! Eles eram opor-
tunistas económicos. Não têm nenhum vínculo com Portugal.

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BOLADA
S

POUPANÇA
A NÇ
A
O UP
DAP Poupar, poupar, poupar e poupar. Hoje é a Uns mais que outros, deixaram que os
O
ED
palavra de ordem como no passado foi o “com- bancos abandonassem a realidade, incen-
GR pre agora e pague depois”. Durante uma década tivaram as famílias a comprar casa, carro

O SE e meia, o estrutural défice externo português


parecia um problema magicamente resolvido.
e até acções de empresas com crédito,
com alguns a verem neste endividam-
O “Livrinho da Poupança”, do tempo em que ento uma via de resolverem o problema
Miguel Cadilhe foi ministro das Finanças, passou da desigualdade. E todos os poderes es-
a ser uma visão muito pouco moderna da reali- timularam também os países mais po-
dade. Afinal não era, nem é. bres como Portugal a endividarem-se
para aproveitarem os fundos estruturais
Não há novos paradigmas em economia. Foi através das, hoje, inacreditáveis Parcerias
isso que não aprendemos na implosão da bolha Público-Privadas.
bolsista das “dotcom” e que a crise financeira
voltou a revelar. Devíamos ter sido mais inteligentes?
Sem dúvida. Mas ninguém é inteligente
A realidade impõe-se sempre com uma vio- quando tenta remar contra a maré, seguir
lência que é tanto maior quanto mais tiver sido o caminho inverso ao do rebanho. Quan-
escondida ou condensada. E a ilusão de que to- tas vezes se tem ouvido isto dos mui-
dos, ao mesmo tempo, podíamos comprar hoje e tos gestores de fundos de investimento
pagar depois revelou-se um exercício suicidário. norte-americanos que viram que a crise fi-
nanceira ia rebentar mas que não podiam
O planeta é uma economia fechada. Se todo deixar de ganhar o que os outros estavam
o mundo ocidental se endivida para antecipar a ganhar?
consumos fica, como está, dependente de quem
poupa. Por isso é que hoje os endividados do No actual quadro político europeu e
ocidente tentam seduzir sempre os mesmos, os com a imagem que Portugal tem no mun-
poucos que poupam: China, países árabes e, para do dos olhos azuis, sair desta crise sem
Portugal, Angola. novas humilhações e de cabeça erguida
exige mais poupança e menos consumo.
Países como Portugal precisam ainda mais de Exige que se aceite que somos mais po-
poupança. Como disse o ex-presidente brasileiro, bres do que pensávamos e que vamos
esta é uma crise que tem olhos azuis. Mas quem ficar mais pobres. Com mais poupança
paga mais violentamente a crise não tem olhos talvez seja possível começar a crescer em
azuis. A agressividade com que se está a tratar meados desta década.
a crise financeira na Grécia e em Portugal, sepa-
rando estes dois países da Irlanda que tem o seu
sector financeiro falido, é um bom exemplo dessa
diferenciação. O que se lia na sexta-feira passada
no “Financial Times” era um bom exemplo da
separação que se faz - e que se fez até agora - en-
tre países como Portugal e a Irlanda.

É verdade que Portugal abusou. Ou antes, al-


guns portugueses abusaram, seguindo o ritmo
ditado pelo sistema financeiro. Jornalista Portuguesa
Diretora adjunta do diário Jornal de Negó-
Mas o que se passou em Portugal é em tudo cios
semelhante ao que se observou de Nova Iorque a Professora de Jornalismo Económico e de
Berlim, passando por Dublin e Atenas. Jornalismo e Instituições Europeias na
Universidade Lusófona de Lisboa.

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MOÇAM
BIQUE

PRAIAS

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TEMA D
E CAPA
Grandes vozes da música moçambi-
cana dominaram a noite até ao raiar
do sol, no Coconuts, Maputo, num
concerto inserido na segunda edição
do “Só Moçambique, só nós parte II”.
Com o Coconuts a arrebentar pelas
costuras, jovens músicos empresta-
ram o seu talento artístico a uma mol-
dura humana sem igual, que acorreu
em massa àquela casa cultural.

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FOTO N
OT
aputo
clube de vinho de m

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PRESIDÊ
NCIA

Deixar de ser pobre é


um direito nosso
O PRESIDENTE Armando Guebuza defende que deixar de ser pobre é um direito
dos moçambicanos, para além de ser uma das componentes dos Direitos Humanos.

“(…) Hoje, dizemos mais uma vez, que o direito de não ser pobre é nosso, é um di-
reito humano”, declarou o Chefe do Estado, falando durante o jantar de gala oferecido
pelo seu homólogo namibiano, Hifekepunye Pohamba, no primeiro dia de uma visita
oficial de dois dias à Namíbia.
Por isso, disse Guebuza, a agenda nacional de Moçambique está concentrada no
combate à pobreza.

O Presidente advertiu ainda que o caminho é muito longo e difícil e que ninguém
irá construir o país a não ser os próprios moçambicanos.

Aliás, disse o estadista, nem mesmo os melhores amigos de Moçambique serão ca-
pazes de reconstruir o país, à semelhança daquilo que aconteceu com a luta pela inde-
pendência que teve que ser feita pelos próprios moçambicanos.

o Emílio Guebuza
te Armand “Eles (os amigos de Moçambique) podem nos dar uma ajuda generosa, algo que já
O Presiden
estão a fazer e que estamos gratos por isso, mas são os moçambicanos que terão de
assumir a liderança do processo para o seu próprio desenvolvimento”, sublinhou.

“Para fazer da pobreza história vamos continuar a trabalhar arduamente, consoli-


dando a paz e unidade nacional”, acrescentou.
Refira-se que no primeiro dia da visita de Guebuza a Namíbia ambos os países assi-
naram um acordo para a supressão de vistos e um memorando de entendimento para
a cooperação política e diplomática.

O acordo para a supressão de vistos é considerado um catalisador para a integração


regional. Por isso, na sua intervenção, Pohamba disse que a integração regional é um
catalisador para um crescimento económico acelerado.

Para o efeito, disse Pohamba, a Namíbia vai continuar a promover projectos de inte-
gração regional, tais como o Corredor Walvis Bay-Maputo.

Na capital namibiana, Guebuza visitou na manhã de hoje uma empresa vocacio-


nada ao processamento de pescado, a “Hangana Seafood”.

A Hangana é a segunda maior empresa de pesca e processamento de pescado na


Namíbia, a seguir à espanhola Pescanova. Ela tem uma capacidade para processar
cerca de 17 mil toneladas de peixe por ano, e exporta para muitos países da Europa,
incluindo Portugal, Espanha, Itália e Austrália.

No início da tarde Guebuza também visitou uma mina de diamantes denominada


‘Nambed’, na região de Karas. A cooperação entre Moçambique e Namíbia na área de
minas reveste-se de uma importância particular para Moçambique, pois este país da
África Austral já possui muita experiência em termos de tecnologia e legislação.

O mesmo sucede na área de pescas, onde a Namíbia possui larga experiência e


conhecimentos.

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SONGS

DJ KENT
PROVOU QUE O HOUSE
A discoteca Coconuts, em AFRICANO TEM FUTURO
Maputo, foi o local eleito pela
Gloom Events Mozambique para
uma noite cem por cento dedi-
cada ao House Music.

O convidado, desta vez, foi a


estrela sul-africana DJ kent, que
provou que o House africano
tem futuro e não quis deixar a
sua fama em mãos alheias, cum-
prindo com o prometido – “fazer
mexer a plateia moçambicana”.

Pouco passava das 23h00,


quando o público começou a
chegar ao Coconuts. À entrada,
uma enorme fila de gente ansio-
sa para entrar. Conseguir o mel-
hor lugar ou ficar o mais próximo
do palco era o anseio visível no
rosto das pessoas. Encontrar o
melhor sítio para ver e ouvir DJ
kent era o objectivo.

Por volta das 02h00 da


manhã, a multidão eufórica que
preenchia o espaço do Coconuts
dançava e vibrava ao som das ba-
tidas do Dj sul-africano - ritmos
e batidas que já começam a ser
hábito nas noites moçambica-
nas, onde, cada vez mais, DJ´s
vindos da vizinha África do Sul
têm animado as noites moçam-
bicanas.
o ça m b i q ue tem
v a r q u e t a mbém M s s a r a m o
p r o c o p a
E, para ’s , pelo pal
e t al e n t o s o s D J
a v e z d o D j Dinho
bons
, p e r t o d o final, foi e n t já tinha
o s t o K
DJ Dam
a d e à fe s t a, quando
id
dar continu palco.
oo
abandonad

14 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


Av. 25 de Setembro
Prédio Macau,
nº 916, 7º Andar, Maputo-
Moçambique

Telefax:
(+258) 21303011

E-mail: cnjmozz@gmail.com

Web: cnjmoz.blogspot.com

Oswaldo Petersburgo
Presidente do CNJ

“Somos também de opinião que tem


que haver respeito pela história do
país”.
Neste momento, o CJN conta com mais de 40 não conta que tenha havido alguma con-
novos pedidos de filiação, entre associações estu- testação do CNJ.
dantis, académicas, juvenis e de ligas de partidos
políticos. A falta de emprego, habitação e os ín-
dices elevados do HIV/SIDA no seio da
O actual elenco dirigido por Petersburgo, com- juventude, a revisão da política tem sido
pletou ontem dois anos à frente do CNJ, e, no preocupação para o CJN, refere o nosso
balanço que fez, diz que dentre outras realizações entrevistado.
conta com a primeira participação do organismo
na observação de eleições de 2009, realização da “O que queremos é ter uma juventude
primeira conferência nacional, revisão da política que não se deixe manipular, capaz de pen-
nacional da juventude. sar por si e pelo futuro deste país” concluiu.

O CJN diz ter participado na observação de


eleições gerais no país em 2009, abrangendo as
províncias de Nampula, Zambézia, Sofala e Ma-
puto-Cidade, tendo tido ocasião de emitir parecer
sobre como as mesmas decorreram. Nas últimas
eleições foram flagrantes os problemas de ex-
clusão de candidatos e partidos e coligações e

Esta página é da Responsabilidade do


DCI-Departamento de Comunicação
e Imagem do Conselho Nacional da
Juventude de Moçambique

Benigno Papelo
Chefe do Departamento

Cell: (+258)823279126
15 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011 e-mail: cnj.dci@gmail.com
BIZZARO

SILICONE MATA ACTRIZ PORNO PRE-


MIADA E EX-BIG BROTHER
Já ouviu falar de morrer de mentar o silicone nos seios de
peitos? A alemã Carolin Berg- 750 para 900ml. Era sua sexta
er, mais conhecida como Sexy operação e ela entrou em coma
Cora no mundo erótico, faleceu logo depois da cirurgia e fal-
assim. Com um senhor currí- eceu, nove dias depois.
culo, ela era uma actriz porno
premiada, modelo e ex-Big
Brother, mas sua carreira foi
brutalmente interrompida aos
23 anos, quando tentava au-

Berger era mesmo das boas. eróticas nos participantes. Vai


Já havia recebido dois prémios, deixar SAUDADES.
Venus Award e Erotixxx Award,
como a melhor actriz erótica
amadora da Alemanha. Sem
falar que teve passagem mar-
cante no Big Brother Alemanha
quando fez um striptease e
mostrou tudo. Não satisfeita
ainda fez várias massagens

MENINO IMANE

Um menino croata de 6 anos é Moradores de Koprivnica, ci- vizinho que foi atropelado por um
capaz de atrair peças de metal ao dade natal de Ivan, garantem que trator.
próprio corpo. Para isso, basta o o garoto também tem poderes de Os poderes de Ivan chamaram
garoto Ivan Stoiljkovic levantar a cura. Familiares afirmam que o a atenção de médicos, que buscam
camiseta. O Menino-Imane, como Menino-Imane usa a energia de uma explicação para o fenómeno. O
ele é chamado, pode sustentar até suas mãos para aliviar as dores de jovem foi submetido a uma bateria
25 quilos de objectos como tal- estômago do avô. Ele também já de testes, mas os resultados foram
heres, panelas e até celulares. teria amenizado as dores de um considerados inconclusivos.

16 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


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MOTOR

FERRARI CONSTRÓI SUPER AMERICA


45 MUITO ESPECIAL
O carro é uma versão de alumínio nos pilares A, espe-
muito especial do Ferrari lhos exteriores e nos puxadores
Superamerica, desenha- das portas.
do pela Ferrari Design e
produzido em Maranello, A cor do Superamerica 45 é
segundo as especifica- exclusiva, chama-se Blue Antille
ções indicadas por Peter e que é idêntica a um dos carros
Kalikow, um apaixonado emblemáticos da colecção de
pela casa italiana há 45 Peter Kalikow, um 400 Supera-
anos. Este Ferrari muito merica de 1961. Um carro rarís-
especial estará exposto a simo com o chassis nr. 2331SA.
partir de amanhã, dia 20 As jantes também têm a cor da
de Maio, no Villa d’Este carroçaria com um acabamento
Concorso d’Eleganza em diamante nos raios.
e celebra exactamente
isso mesmo, os 45 anos
deste nova-iorquino
como cliente Ferrari! O
modelo faz uso da fibra
de carbono no inova-
dor tejadilho que roda
sobre si mesmo para se
esconder no porta-baga-
gens. Este tejadilho está
equipado com um óculo
traseiro e toda a zona da
bagageira foi alterada,
bem como o estilo da tra-
seira, para oferecer mais
apoio aerodinâmico.

A traseira está alar- No interior, o mesmo jogo de tainment” com ecrã sensível ao
gada e pintada na cor da cores e materiais do exterior – a toque.
carroçaria com cavas das fibra de carbono do tejadilho, do
rodas maiores e saídas “spliter” dianteiro, das saias lat- O preço deste modelo único
de ar, sendo o difusor tra- erais e do difusor traseiro com o e absolutamente exclusivo não
seiro também diferente. alumínio e o azul da carroçaria foi, naturalmente, divulgado
Na lateral, destaque para – com extenso uso do carbono nem mesmo as suas caracter-
a dupla saída de ar no no habitáculo. Este foi feito com ísticas técnicas.
guarda-lamas dianteiro, os mais sofisticados materiais,
enquanto à frente está nomeadamente, couro Cuoio e
uma nova grelha croma- um avançado sistema de “info-
da. Refira-se ainda peças

18 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


ORDEM
LIVRE
Por: : Sandy Ikeda

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONTROLE


DE ALUGUEIS
A University of Chicago publicado. Hayek salienta governamental para deter- mental extensivo de preços
Press publicou uma nova que apesar das boas inten- minar quem vive onde que produz é uma mudança psi-
versão “definitiva” do livro ções daqueles que defen- abre uma nova dimensão à cológica, uma alteração no
The Constitution of Liberty, dem o controle de alugueis, dinâmica da sua interven- carácter do povo”.
de F.A. Hayek, sob a orien- “qualquer fixação de alu- ção. Hayek escreveu:
tação de Ronald Hamowy. gueis abaixo do preço de Política habitacional
Por causa do meu interesse mercado inevitavelmente “No entanto, o dano hoje
em assuntos urbanos, é uma perpetua a escassez de material não é o mais im- Menos cidades hoje
boa hora para que eu foque habitação”. Isso acontece portante. Por causa das praticam o tipo de controle
no capítulo 22, “Habitação porque quando o nível de restrições de alugueis, de alugueis sobre o qual
e planeamento de cidades”. alugueis é artificialmente grandes porções da popu- Hayek escreveu na metade
Ele contém vários insights baixo, a quantidade deman- lação nos países ocidentais do século XX. Mas a inter-
que eu gosto muito, mas dada excede a quantidade se tornaram sujeitas às de- ferência do governo na hab-
por causa das limitações ofertada. cisões arbitrárias de auto- itação continua nos Estados
desta coluna, vou agora ap- ridade nos seus negócios Unidos e em outros lugares.
enas tratar da abordagem de Um efeito da escassez diários e se acostumaram a Os líderes políticos ameri-
Hayek a respeito do controle crónica de habitação que o buscar permissão e direcção canos apaixonadamente
de alugueis. controle de alugueis produz nas principais decisões das proclamam o “direito à hab-
é uma queda na taxa à qual suas vidas... itação” do cidadão, manifes-
Devo confessar que foi apartamentos e flats nor- tando-se em casos como o da
vários anos após eu me tor- malmente seriam transfe- O que exerceu um pa- Fannie Mae, através de em-
nar interessado na natureza ridos. Habitações sob o con- pel muito grande no en- préstimos subprime dirigi-
e importância das cidades trole de alugueis se tornam fraquecimento do respeito dos politicamente e política
que descobri que Hayek ha- relíquias de família, sendo pela propriedade e pela lei (por vezes) expansionista do
via escrito algo sobre o que transferidas de geração a ge- e tribunais foi o fato de que Federal Reserve. Os resulta-
nós chamamos de “planea- ração. Isso é muito comum apela-se constantemente à dos macroeconómicos têm
mento urbano”. (Bem, isso em Paris, Viena, Londres, autoridade para decidir os sido óbvios e desastrosos,
não é bem verdade. Eu li Nova York e Berkeley, onde méritos das necessidades, mas não vamos nos esquec-
The Constitution of Liberty há controle de alugueis. Ao para alocar serviços essen- er das consequências “mi-
quando era estudante de longo do tempo, é claro, hab- ciais e para dispor a respeito crossociais” de Hayek.
pós-graduação, mas naquele itações sob controle de alu- do que ainda é nominal-
tempo eu não reconhecia gueis se encontram em mau mente propriedade privada No lado da oferta, tais
a importância das cidades estado à medida que os pro- de acordo com o seu julga- declarações a respeito do di-
para o desenvolvimento prietários reduzem os rep- mento da urgência de dife- reito à habitação habilmente
tanto económico quanto aros e renovações porque os rentes necessidades individ- calam os benfeitores força-
intelectual, então, evidente- custos excedem as receitas. uais”. dos que devem abrir mão da
mente o livro não causou Mas Hayek se concentrou As pessoas se acos- sua terra, trabalho, capital e
efeito algum no meu desen- em outro efeito mais perni- tumam a depender do gov- outros recursos necessários
volvimento). A análise tem cioso. erno em algo tão central nas para cumprir esse direito.
um sabor caracteristica- A psicologia da política suas vidas como a habitação No caso de tais direitos posi-
mente hayekiano, no sentido habitacional — quer na forma de controle tivos, o ganho de um impli-
de que vai além da análise de alugueis e habitação cará, pelo menos, uma perda
puramente económica e re- As pessoas se ajustam a pública (que traz consigo igual de outro, e geralmente
alça o impacto psicológico e mudanças de circunstâncias o seu próprio conjunto de mais.
sociológico de certas políti- da maneira que podem. Sem consequências perigosas) —
cas urbanas que fortalecem a flexibilidade de preços re- que, por sua vez, molda as E como Hayek salientou,
a dinâmica do interven- flectindo a escassez e guian- suas expectativas a respeito um tipo similar de jogo de
cionismo. do as decisões de alugueis, de outras áreas igualmente soma zero/negativa opera
A economia do controle os proprietários e inquilinos importantes, como emprego no lado da demanda. Os ben-
de alugueis usarão os recursos que ti- e assistência médica. eficiários perdem o senso de
verem à disposição para alo- independência e de auto-de-
A análise económica car a oferta disponível. Mas Esse fenómeno é um terminação, que é o ganho
de controle de alugueis de autoridades públicas tam- ponto principal do livro an- dos governos autoritários,
Hayek soa familiar para o bém se ajustarão ao verem terior e mais conhecido de que estão agora em uma
estudante moderno de eco- esse “caos” — criado por elas Hayek, “O caminho da ser- melhor posição de adquirir
nomia política talvez porque mesmas — e usarão a sua vidão” (1944), sobre o qual mais direitos e recursos dos
seja tão amplamente (em- autoridade para racionar a ele escreve no prefácio de cidadãos que, justamente
bora não universalmente) habitação de acordo com o uma edição posterior: “A por causa das intervenções
aceita. Esse não era o caso seu julgamento “superior”. mudança mais importante anteriores, então ainda mais
em 1960, quando o livro foi É esse uso de autoridade que o controle governa- acomodados.

19 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


HI TECH

U A MA
C O NTIN ÓVEL
S M
P H ONE RCADO FRANCESINHAS…
RT E
SMA MIZAR M
DINA E MAIS NADA!
“As mais faladas se faz… no campo de-
por vezes deixam a sta especialidade gas-
desejar e as melhores tronómica.
poderão estar anóni-
mas, mesmo ao virar O guia online
da esquina”, acreditam promete dar as con-
os criadores do Fran- hecer “os melhores
cesinhas.pt, que, como sítios para se apre-
o nome indica, querem ciar uma bela fran-
ajudar a traçar o pan- cesinha”, contando
orama do que melhor nessa tarefa com a
Os smartphones rep- tinuando a liderar, em- mais vendido nos
resentaram 23,6% das bora com menos quota smartphones no
vendas de telemóveis - no primeiro trimestre primeiro trimestre
no primeiro trimestre de de 2010 a quota da fab- de 2011, com uma
2011, segundo as contas ricante finlandesa era de quota de mercado
da Gartner, num cresci- 30,6%. de 36%, quando
mento de 85% face ao em 2010 somava
período homólogo. Em A Gartner atribui à apenas 9,6%.
números totais, o mer- rival Samsung a segunda
cado móvel registou um posição em volume de O primeiro
crescimento de 19%, to- vendas, com uma fatia lugar foi roubado
talizando 427,8 milhões de mercado de 16,1%, ao Symbian, da
de unidades vendidas. também abaixo dos 18% Nokia, que viu
atingidos em 2010, en- cair a sua partici-
“A quota dos smart- quanto a LG arrecada pação dos 44,2%
phones podia ter sido 5,6% (7,6% em em 2010). registados no ano
maior. Com o anúncio, Já a Apple conseguiu passado, para os
por parte de várias fab- aumentar a sua quota de 27,4%. A platafor- ajudar dos internautas. Tudo porque “uma
ricantes, da chegada de 2,3% para 3,9%. ma da Apple, por Quem por aqui pas- francesinha não é só
novos modelos no se- sua vez, aumen- sa pode encontrar di- um prato mas sim um
gundo trimestre, acre- Por enquanto não tou a sua quota de cas sobre onde comer, momento único de
ditamos que alguns con- são revelados valores 15,3% para 16,8%.
sumidores optaram por por regiões, mas refira-se
mas é também convi- convívio, um ritual de
adiar as suas compras”, que os números da IDC dado a partilhar locais celebração da vida e
referiu Roberta Cozza, da para os primeiros três e fotografias, discutir acima de tudo uma
Gartner, citada pelo The meses deste ano colo- e votar, de acordo com identidade de uma
Wall Street Journal. cam, pela primeira vez, as suas experiências cidade”, afirmam os
a Samsung no primeiro
Os números da con- lugar do pódio europeu
nesta matéria. mentores do projecto.
sultora mostram ainda de fabricantes.
que no primeiro trimes-
tre deste ano, a Nokia Voltando à Gartner,
vendeu 107,6 milhões de a consultora refere que
terminais, garantindo o Android da Google
25,1% do mercado, con- foi o sistema operativo

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PALAVR
AS SOLT
AS

“ESTOU NA MODA!”
O que é estar na moda? situação: “Estou na moda”, o que isso significa? E que im-
plicação pode ter na cultura e sociedade da pessoa que
Começo a crónica com esta interrogação para vós, importa uma moda que não se adequa ao seu contexto
leitores, como jeito de introdução e de forma a já suscitar social?
um debate sobre o tema que aqui pretendo explanar.
O conceito de moda é muito vasto e relativo, e nin- O problema é quando não temos o bom senso de fazer
guém melhor do que os designers de moda, estilistas, essa diferenciação e adaptação, e certas vezes passamos
costureiros e por aí adiante para o definirem, mas passo por constrangimentos desnecessários, e como diz a lin-
a citar uma fonte : “Moda é a tendência de consumo da guagem popular, fazemos “figura de urso”.
actualidade. A moda é composta de diversos estilos que
podem ter sido influenciados sob vários aspectos. Acom- Foi o que aconteceu há dias atrás. Fui a um funeral
panha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples numa capela da cidade de Maputo. Estava um dia chu-
uso das roupas no dia-a-dia. É uma forma passageira e voso e ligeiramente fresco, mas com alguma humidade.
facilmente mutável de se comportar e sobretudo de se O padre já tinha dado início à cerimónia de despedida
vestir ou pentear”. do ente querido, quando de repente vários olhares dos
presentes, sentados nos bancos da capela, se dirigiram
Com base nesta definição, pode-se entender que à porta de entrada em jeito de espanto para uma jovem
a moda não se resume à roupa e aos acessórios que a que trajava umas calças jeans apertadas, acompanha-
acompanham, mas também ao comportamento de uma das como calçado, por botas de cano alto de veludo (por
determinada pessoa, em função do seu estilo, ou melhor, cima das calças), castanhas escuras e de salto alto tam-
do estilo que adoptou naquele momento. bém. Na parte de cima trazia vestida uma túnica branca
transparente, mas com um top de alças por dentro (e
A moda acompanha a evolução histórica e passou por dava para ver a cor, que era verde fluorescente). À volta
várias transformações, muitas vezes seguindo as mudan- da cintura, por cima da túnica, trazia um cinto grosso,
ças físicas e principalmente sociais que ocorreram den- como acessório. Por coincidência a moça sentou-se atrás
tro de um determinado período. Ela começa a ser consid- de mim e vinha acompanhada por uma outra, mais dis-
erada no final da Idade Média (século XIV) e continua a creta. Sem querer (mas querendo) ouvi os seus comen-
desenvolver-se até chegar ao século XIX. tários; a acompanhante reparou nos olhares de espanto e
nos cochichos dos presentes sobre a sua amiga, pelo que
A moda nos remete ao mundo esplendoroso e único disse: “Xii, acho que exageraste na roupa, eu não te disse
das celebridades: vestidos deslumbrantes, costureiros fa- para tirares as botas, que não eram adequadas para vir
mosos, tecidos e aviamentos de ultima geração. Não nos ao funeral?”. E a outra retorquiu: “ Qual é o problema?!
leva a pensar que desde a pré-história o homem vem cri- Deixa comentarem, eu estou na moda!”.
ando a sua moda, não somente para proteger o corpo das
intempéries, mas como forma de se distinguir em vários

Reflictam…
outros aspectos tais como sociais, religiosos, estéticos,
místicos ou simplesmente para se diferenciar individu-
almente.

A moda pode ser considerada o reflexo da evolução


do comportamento. Uma espécie de retrato da comuni-
dade. É uma linguagem não verbal com significado de Por: Kátia Van
diferenciação. essa O.
Ibraímo
Mas, existe também a importação da moda de outras Psicóloga Soci
culturas para outras, bem diferentes, que é o que tem al e Or-
ganizacional
acontecido no nosso país, por exemplo. E não é mau, des-
de que a moda importada seja bem adaptada ao contexto
cultural do país. E quando ouvimos alguém dizer, nessa

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LAZER

Tenha o melhor em-


prego do mundo Aos cabeleireiros e vendedores, por exemplo, deve ser permit-
ido que alternem entre o trabalho que é feito de pé e o que é feito
sentado, adoptando assentos do tipo sela ou como os colocados
Em termos ergonómicos, quais são as falhas mais comuns nas junto a balcões de bar, que posicionam os seus membros superi-
empresas? ores à mesma altura a que estariam caso se encontrassem em pé.
É preciso começar por perceber uma coisa, se um escritório
está bem ajustado para uma pessoa de dimensões médias, nem No sector industrial, onde o trabalho é repetitivo, quais são os
sempre isso significa que esteja ajustado a pessoas de outras di- principais erros?
mensões. Por isso mesmo, devemos introduzir o maior número de São vários: as posturas fixas e restritivas, o transporte manual
adaptações de modo a acomodar estas diferenças. Não é apenas de cargas pesadas ou grandes, o trabalho efectuado acima do nív-
a altura do assento que deve ser ajustada, mas também a altura el dos ombros e abaixo do nível da cintura. O ruído e as vibrações,
da secretária, dos apoios dos braços, a proeminência e altura do as condições de iluminação inadequadas, o trabalho repetitivo e
apoio lombar no encosto do assento e a altura e distância ao mon- monótono, a exigência de uma grande acuidade visual, bem como
itor. o isolamento do trabalhador, o ritmo de trabalho imposto e as
pausas condicionadas ou limitadas também podem ser bastante
Que impacto podem ter estes erros na saúde? problemáticos…
As doenças músculo-esqueléticas são a principal consequên-
cia dos erros cometidos no trabalho com computadores. Estas são Existem exercícios físicos que possam ser feitos no local de
designadas por Lesões Músculo-Esqueléticas Ligadas ao Trabal- trabalho?
ho (LMELT) e podem traduzir-se por síndroma do canal cárpico Os alongamentos dos membros superiores e inferiores, das
(inflamação dos tendões do pulso), tendinites nos membros su- costas, dos ombros e do pescoço e a ginástica laboral podem ser
periores (ombro, braço, mão, dedos) e ainda lesões nos discos in- introduzidos no início, no meio e no final da jornada de trabalho.
tervertebrais. Por outro lado, uma iluminação desadequada pode Isto já acontece em alguns escritórios e fábricas de alguns países
levar ao cansaço do aparelho visual e à degradação da acuidade asiáticos. O resto do mundo tem que aprender com estas práti-
visual. cas benéficas que, para além de prevenirem problemas músculo-
esqueléticos, também contribuem para um maior bem-estar físico
Nos escritórios, a maioria dos trabalhadores passa várias horas em geral e para uma maior motivação no trabalho.
sentado. Quais são os principais requisitos de um bom assento?
Uma cadeira de boa qualidade é essencial para o bem-estar do A que sinais de alarme devemos estar atentos?
trabalhador. Esta deve ser almofadada e em tecido transpirável; O primeiro sinal de aviso é o desconforto e a fadiga muscular.
ter apoios de braços ajustáveis, que se possam adaptar à altura do Quando o desconforto persiste, torna-se em dor, num espaço de
cotovelo da pessoa, e oferecer um bom apoio lombar, adequado à tempo que pode variar entre os 30 minutos e algumas horas. Se
concavidade das costas. a dor persistir, e se não forem tomadas medidas, é provável que
ocorra uma lesão. Em muitos casos, a correcção posterior envolve
Em termos de dimensão, esta deve acomodar confortavel- cirurgia e muita fisioterapia, bem como o afastamento do trab-
mente a largura das ancas e o comprimento das coxas, permitindo alho. Em alguns casos, as lesões deste foro são irreversíveis.
a flexão confortável das pernas nos joelhos. A altura do encosto
do assento deve atingir, pelo menos, o nível dos ombros do uti- E a que especialista devemos recorrer nestes casos?
lizador. Todas as cadeiras de um escritório e, se possível, as secre- Em caso de dor aguda, tanto o médico de família como o médi-
tárias devem ser ajustáveis em altura. co do trabalho devem ser consultados. Em seguida, o trabalhador
deverá ser encaminhado para um especialista, normalmente em
Em termos de postura, que regras devem ser cumpridas? ortopedia ou traumatologia. As queixas de foro visual devem ser
Em primeiro lugar, o assento e o espaço livre para as pernas encaminhadas para um oftalmologista.
devem permitir mudanças de postura. Devem
utilizar-se cadeiras que permitam alguma oscilação da base, Soluções simples para melhorar as condições no escritório:
de modo a que a pessoa possa alternar entre uma postura em que - Coloque almofadas nas costas da cadeira para conseguir um
as costas estão apoiadas no encosto, e outra em que estas se en- apoio lombar adequado.
contram desapoiadas mas erectas. - Caso tenha uma estatura baixa e não chegue com os pés ao
chão, utilize listas telefónicas ou catálogos volumosos como base
Isto pode conseguir-se facilmente com a rotação de dez a 15 de apoio.
graus da base do assento, para a frente e para trás, em torno do - Utilize os mesmos catálogos para elevar o monitor do com-
eixo horizontal médio desta base, paralelo às ancas. Para além putador à altura dos olhos.
disso, o trabalhador deve ajustar o assento de modo a que os pés - Coloque telas nas janelas contíguas ao espaço de trabalho
assentem confortavelmente no chão. Caso isso não aconteça, deve para regular a intensidade luminosa e a incidência directa de
utilizar um apoio. raios solares.
Por outro lado, o que aconselha a quem passa várias horas do - Substitua regularmente o mobiliário defeituoso ou inadequa-
dia em pé? do.
A concepção dos locais de trabalho deve encorajar os trab- - Frequente acções de formação e sensibilização dos trabalha-
alhadores à mudança frequente de postura, para evitar a fadiga dores nesta área e convença os seus colegas a acompanharem-na.
muscular.

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SAÚDE

Desconforto dos fones de ouvi-


do não é só causado pelo volume
ESTUDO mostrou que pressão dos fones aumenta vibra-
ções sonoras, alterando o som e fazendo com que tímpano tra-
balhe mais.

O problema dos fones do ouvido não está apenas no vol-


ume alto, mas também na pressão que ele exerce na estrutu-
ra do ouvido. Pesquisadores de uma empresa de tecnologia
descobriram que o simples facto de vedar os ouvidos aumenta
a pressão do som e isto faz com que os músculos do órgão
se contraiam mais, provocando o que chamam de fadiga do
ouvinte, a dor e o desconforto de quem passa algumas horas
com fones.
“Nós tentamos durante anos baixar o volume, mas con-
tinuávamos a sentir a fadiga auditiva, mesmo nos níveis mais
baixos”, disse Stephen Ambrose, que trabalhou com fones de
ouvido por mais de três décadas como músico e engenheiro
de áudio. O estudo foi apresentado sábado na 130ª Conferên-
cia da Sociedade de Engenharia de Áudio, em Londres.
Ambrose compara a fadiga do ouvinte ao cansaço provo-
cado nos olhos por horas de condução à noite. “No começo
não percebemos que está a atrapalhar, mas depois passamos a
sentir o incómodo”, diz.
Usando modelos de computador, os pesquisadores desco-
briram que as ondas sonoras entram no canal do ouvido tam-
pado com fones, criando uma câmara de pressão. Os dados
sugerem que o aumento da pressão provoca o reflexo acústico,
um mecanismo do sistema auditivo que amortece a transfer-
ência de energia do som do tímpano para o caracol da orelha
interna em até 50 decibéis – limite do que é considerado polu-
ição sonora pela Organização Mundial da Saúde. Porém, isto
não protege a membrana do tímpano do excesso de vibração
sonora.

Ambrose explica que é possível perceber isto simples-


mente tampando os ouvidos com os dedos e a falar: o som apa-
rece num tom mais baixo e num volume menor e facilmente se
percebe uma maior vibração dentro da cabeça. “Não é apenas
o som é a pressão também que dá este efeito”, explicou ao por-
tal brasileiro iG..

“Paradoxalmente, o reflexo acústico faz com que a música


alta pareça mais baixa do que é, o que faz com que as pessoas
aumentem ainda mais o som dos aparelhos”, disse Samuel
Guido, que também participou no estudo.

Para evitar o efeito, Stephen Ambrose, Robert Schulein and


Samuel Gido, da Asius Technologies, criaram uma espécie de
tímpano artificial, que pode ser adaptado a fones comuns.

O adaptador feito de polímero se parece com um balão e


converte a energia sonora, aliviando o tímpano e o caracol. O
produto já está patenteado, mas ainda aguarda comercializa-
ção.

24 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


DESPOR
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EM .
O . .
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P A R -
ÃO RM
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RE
Aos 69 anos, o técnico do Man. United não mostra co diz que continua a ser «tão difícil ganhar agora como
sinais de querer abrandar. era no início da carreira», e garante que as conquistas re-
centes são vividas com tanta emoção como as primeiras.
Os títulos, esses, também não param de dar entrada
no currículo, por isso Sir Alex não vê razões para aban- A experiência, assegura, também não torna certas de-
donar o futebol. «A ideia é continuar a trabalhar enquan- cisões menos complicadas de tomar. «Na final da Cham-
to a minha saúde o permitir», disse o escocês ao diário pions, por exemplo», conta o treinador do Manchester,
inglês The Sun. «vou ter de deixar jogadores de fora, quando todos mer-
eciam jogar. É algo que me apoquenta».
«A minha mulher agradece, aliás, gosta de ter a casa
só para ela», juntou entre risos. Fica, da parte de Sir Alex, o desejo de poder vencer
categoricamente a final, e de que isso possa servir de
Sobre a vitória na Premier League deste ano, o técni- consolo a quem deixar de fora.

UM PALCO PARA SCHUMACHER


RECUPERAR A ALEGRIA
pal responsável pelo regresso do campeão.
Schumacher vai correr agora em Barcelona,
serviço da Mercedes, está a ser uma desi- pista onde soma seis vitórias, quatro delas
“A minha alegria desapa- lusão, pois o alemão continua sem conseguir consecutivas (entre 2001 e 2004). Um palco
receu”, comentou Michael subir ao pódio e esta época perdeu sempre perfeito para tentar terminar com as críticas
Schumacher após o 12º lugar para o seu colega Nico Rosberg. “A última das últimas semanas e os rumores de despe-
no Grande Prémio da Turquia, corrida não foi muito alegre, mas creio que dida, que já levam as casas de apostas a co-
naquilo que foi visto como um ele apenas se estava a referir a isso. Uma cor- tar em 4/7 a sua saída no final da época. “Já
sinal de despedida do hepta rida assim desanima qualquer um, mas ele é tivemos uma série de discussões técnicas so-
campeão mundial de Fórmula 1 resistente e acredito que este fim-de-semana bre o que fazer ao carro”, revelou Brawn, com
no final desta época. O seu se- vai estar onde o queremos”, comentou Ross o antigo campeão Jackie Stewart a apostar
gundo ano após o regresso, ao Brawn, director da Mercedes GP e princi- que ainda o irá ver... no pódio este ano.

25 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


CULTUR
A

Ernania orgulho
de Moçambicanos
Ernania encheu de orgulho os moçambicanos ao fazer-se
presente na final do concurso e ter terminado em segundo
lugar

Tudo começou em Maputo, quando Ernania Rainha Man-


uel participou no casting do “M-NET Face of África” e foi
seleccionada para formações na África do Sul, Tanzania e
Quénia, onde, na mesma altura, teve a oportunidade de des-
filar ao lado da conceituada modelo internacional Naomi
Campbell.

E, tendo sido também a primeira vez que o concurso con-


tou com a presença de uma modelo moçambicana.

Ernania encheu de orgulho os moçambicanos ao fazer-se


presente na final do concurso e ter terminado em segundo
lugar, ou por outra, a jovem foi eleita a segunda modelo mais
bonita de África, elevando assim o nome de Moçambique
particularmente na área da moda!

Ernania Rainha Manuel é uma jovem modelo de apenas


20 anos de idade e natural da cidade de Maputo. A modelo
está a passos largos do sucesso, após ter realizado o sonho de
trabalhar na moda, fora de Moçambique, mais precisamente
na vizinha África do Sul, que por outro lado, tem mostrado
avanços significativos na área.

“Shine Models” é o nome da agência de modelos que assi-


nou o contrato de trabalho com Ernânia, onde durante um
ano terá de fazer valer a confiança que a agência depositou
na jovem modelo, e quiçá renovar.

26 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


ANUNCIE
AQUI

27 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


P.ESCRIT
ORES

PORQUE NÃO O SEMI-PRESIDEN-


CIALISMO EM MOÇAMBIQUE!
ao partido/presidente ou prestar aos seus representados “o
povo”, e porque só a satisfação das necessidades do partido
ou do presidente, é que garante a sua reeleição ou manuten-
Nos últimos dias, vários debates têm sido levantados em vol- ção, os parlamentares e os membros do governo esforçam-se,
ta das propostas para a próxima Constituição da Republica em passando por cima de tudo e todos com vista a satisfação dos
Moçambique. E no decurso da revisão da presente constituição seus “chefes”, ignorando por completo o compromisso com o
(2004), uma das propostas lançadas por académicos e parlamen- bem público, do seu verdadeiro, legítimo e autêntico chefe – o
tares (da oposição), defende a mudança do actual sistema de Povo. Razão disto, são as declarações de alguns deputados que
governo (presidencialista) pelo Semi-presidencialismo. falam de cópia de modelos. E eu pergunto: quais os modelos
de Moçambique? O PPI? A revolução verde? A passagem au-
Tal como legalmente está definido, o presidencialismo é o tomática? A licenciatura em três anos? Ou então o presidente
sistema em vigor em Moçambique. Ao falarmos de presiden- chefe de governo, chefe de estado, chefe das forças armadas,
cialismo, estaremos a falar segundo Bobbio et al (1998), de “autoritário”, empresário e multi-accionista?
uma forma de Governo caracterizada, em seu estado puro, pela
acumulação num único cargo, dos poderes de chefe do Estado A acumulação de poderes por parte do presidente em
e de chefe do Governo, com o presidente eleito pelo sufrágio Moçambique, virou moda, tendo se transferido para os seus
universal do eleitorado, sendo que ocupa ainda uma posição subordinados, onde qualquer dirigente ocupa mais de um car-
plenamente central em relação a todas as forças e instituições go público, até os deputados (representantes do povo), e por
políticas. E no caso particular de Moçambique, o presidente é ao isso mesmo, quando chega o momento da prestação de contas,
mesmo tempo chefe do seu partido, e sendo chefe do Governo, não dizem mais do que “o estado da nação é bom”, aliás o que
cabe a ele escolher pessoalmente os vários ministros ou secre- se espera de uma auto-avaliação! Isto tudo explica o porque de
tários, magistrados entre outras figuras. O presidente represen- se refutar a redução de poderes dos governantes, mesmo se
ta a nação nas relações internacionais; é a ele que cabe o poder falando de índice elevado de desemprego e da necessidade de
de declarar a guerra. Além disso, é ele quem tem a iniciativa e é redução das despesas publicas no país.
fonte das decisões e das leis mais importantes. Ao se propor um
semi-presidencialismo em Moçambique, estar – se – ia afirmar Entretanto, é necessário sublinhar nisto, que se um dia este
que teríamos um sistema de governo com um chefe de Estado país decidir optar pelo Semi-presidencialismo (quiçá), não de-
e um chefe de Governo, em que o Executivo poderia governar verá apenas se declarar legalmente, mas sim se afirmar como
tendo confiança do parlamento. O chefe do Estado, seria eleito tal, através de acções concretas deste sistema de governo. O
por sufrágio universal, e não se limitaria a exercer as funções povo mostra-se cansado de formalidades, e portanto, quer e
representativas que lhe correspondem no sistema parlamen- exige acções concretas de tudo quanto é política.
tar, sendo que é ele que poderia dirigir o governo, tomando as
grandes decisões políticas, sem ser responsável por elas perante Só para finalizar: “O Primeiro-Ministro, Aires Ali, empos-
o parlamento. sou na passada segunda feira (seis de Dezembro), a deputada
da Assembleia da República pela bancada da Frelimo, Virgília
Esta proposta do semi-presidencialismo, não foi bem rece- Matabele, como vice-presidente do Conselho de Administra-
bida pelo partido no poder, onde segundo alguns parlamentar- ção do Instituto Nacional de Turismo (INATUR), órgão tutela-
es a implementação do mesmo, não passaria de uma simples do pelo Ministério do Turismo. Virgília Matabele passa a acu-
cópia de modelos que nada dizem a realidade moçambicana. mular salários de duas instituições do Estado, com a agravante
Em minha opinião, talvez eles tenham razão, pois a imagem do de como deputada ter a incumbência de fiscalizar o mesmo
presidente em África representa o “chefe máximo” que manda e executivo onde trabalha” (canalmoz).
decide tudo, cabendo ao resto apenas cumprir, razão pela qual
temos em Moçambique um governo constituído por membros, Ofice Jorge
por sinal, pelo presidente indicados, que não passam de apenas
ouvintes, seguidores e cumpridores das decisões do “chefe”,
num Estado que se declara democrático. Este facto, traz como
consequência directa, ao que chamo de “dupla prestação de con-
tas”, ou seja, os governantes juntamente com os parlamentares,
encontram-se numa situação conflituosa, entre prestar contas

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CINEMA

ESTRELAS DESFILAM
EM CANNES
«La Piel que Habito», que voltou a reunir
Pedro Almodóvar a Antonio Banderas, foi o
filme que mais estrelas reuniu hoje na passa-
deira vermelha do Festival de Cannes.

Cerca de 20 anos depois de «Ata-me!»,


Pedro Almodóvar volta a trabalhar com An-
tonio Banderas, num dos filmes mais elo-
giados da Competição Oficial do Festival
de Cinema de Cannes, tanto pela realização
apurada do cineasta manchego como pela
interpretação intensa do actor malaguenho.

O polémico cineasta japonês Takashi


Miike também veio promover «Hara-Kiri:
Death of a Samurai» mas o evento que mais
reuniu estrelas na passadeira vermelha foi a
gala de beficência AmfAR Cinema Against
AIDS, no Hotel du Cap, em Cap d’Antibes.

29 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


30 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011
MODA

Taússe
REBENTA
A jovem e talentosa estilista Taússe lan-
çou no dia 30 de Abril a sua colecção
de corpetes. A festa de lançamento teve
lugar no Ice Lounge e uma das coisas
mais interessantes é que os modelos não
foram quaisquer, mas sim caras famo-
sas. A noite foi fashion, aliás todos que-
riam mostrar a sua arte de bem vestir.

31 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011


NUTRIÇ
ÃO

o s e u o rg a n i s m o
Desintoxique
Saiba como fazê-lo da forma mais correcta

O seu organismo precisa de ser limpo. Esta é uma boa altura para devolver ao
corpo a sua capacidade natural de auto-cura.
«Durante os 21 dias do programa, as pessoas conseguem reactivar o seu
Para isso, só tem de alterar a sua alimentação, praticar exercício físico, evitar os sistema de desintoxicação, suportar o processo de detox através da nutrição
químicos e ouvir o seu corpo. e aumentar a eliminação. O que nos faz viver mais, melhor e parecermos mais
jovens», realça o cardiologista. «Esta desintoxicação natural envolve vários
Depois do programa, sentir-se-á mais saudável, com mais energia, terá perdido órgãos, como a pele, o fígado, os rins, os intestinos, o sistema digestivo», explica
alguns quilos e a sua pele falará por si. Do que está à espera? Alva Seixas Martins.

Não arranje desculpas para continuar a cometer excessos que prejudicam verda- Somos o que comemos
deiramente a sua saúde. Está na altura de adquirir novos hábitos. Fique a conhecer Segundo Junger, há necessidade de fazer programas de detox porque a
este programa com a ajuda do próprio Alejandro Junger, da nutricionista Alva Seixas forma como vivemos e comemos diminui o trabalho desses órgãos e o resul-
Martins e da fisiologista do controlo de peso Teresa Branco. E mãos à obra! tado é a acumulação de toxinas. Isto porque, como descreve o médico, «hoje em
dia a maior parte das pessoas que vivem nos centros urbanos é constantemente
Ritmo frenético bombardeada por químicos que se encontram na água, na atmosfera, nos cos-
Alejandro Junger nasceu no Uruguai e, até ir para Nova Iorque para fazer o inter- méticos, nos produtos de higiene e de limpeza, e nos alimentos». Inimigos aos
nato de Medicina, tinha um estilo de vida saudável. Mas na cidade que nunca dorme, quais, Alva Seixas Martins, acrescenta «o excesso calórico».
o seu ritmo de vida alterou-se radicalmente. Sem tempo para cozinhar, comia na cafe- Para a nutricionista Alva Seixas Martins não restam dúvidas. Este excesso
taria do hospital e das poucas vezes que ia ao supermercado ficava fascinado com os calórico, derivado de maus hábitos de nutrição, muitos deles herdados cultural-
produtos pré-cozinhados. O resultado disso foi um gradual aumento de peso, uma sen- mente, é mesmo a principal toxina que invade o nosso corpo.
sação de exaustão constante, insónias, alergias, problemas de digestão e, para agravar Teresa Branco, por seu lado, acredita mesmo que quem faça uma alimenta-
ainda mais a situação, sentia-se deprimido, apesar de gostar do seu trabalho. ção saudável diariamente não precise deste tipo de programas.

Os psiquiatras diagnosticaram-lhe um desequilíbrio químico, mas como não lhe No entanto, Junger é de outra opinião. «Mesmo que coma apenas alimentos
apontaram uma razão para o seu estado, Junger recusou-se a tomar antidepressivos. naturais, orgânicos, não processados, a quantidade, a frequência e a combina-
Optou por pesquisar sobre o tema na medicina convencional mas também nas tradi- ção do seu consumo podem torná-los tóxicos e desacelerar o processo detox».
cionais, tendo chegado à conclusão que os seus problemas derivavam das toxinas que
o seu organismo tinha em excesso devido a seu desregrado estilo de vida. «Quando se repete com frequências os mesmos alimentos, a sua toxicidade
Excesso de toxinas aumenta e há muitas pessoas a consumirem apenas meia dúzia de alimentos
Seguindo essa teoria, o cardiologista decidiu fazer uma desintoxicação e começar quando a alimentação deveria ser variada», confirma a nutricionista.
a meditar. O resultado foi tal que Junger decidiu desenvolver o seu próprio programa
detox que deu origem ao livro «Clean - The Revolutionary Program to Restore the As vantagens
Body’s Natural Ability to Heal Itself». O seu objectivo principal, tal como nos disse em Tal como realça Junger, «nem todos os programas detox são iguais e al-
entrevista, «é criar as condições certas para que o nosso organismo comece a auto- guns podem mesmo chegar a ser perigosos para a saúde». De acordo com
curar-se» e resolver problemas de excesso de peso, alergias, fadiga crónica, dores de Alva Seixa Martins, o Clean Program, «funciona como uma dieta de restrição
cabeça, insónias, depressões, problemas digestivos, prisão de ventre e envelhecimento calórica, com a vantagem de ser bastante equilibrado por incluir todo o tipo de
precoce. nutrientes e ter princípios positivos porque estimula a prática de actividade
física, do yoga e da meditação».
Problemas estes que Junger atribui sobretudo à presença excessiva de toxinas no
organismo. Para Teresa Branco, ainda são necessários mais «estudos científicos que A nutricionista aponta ainda como vantagens o facto de não incluir alimen-
fundamentem esta teoria». Mas o certo é que muitos destes problemas «estão rela- tos processados e de estimular o aumento do consumo de alimentos naturais.
cionados com alterações de origem fisiológica que, por sua vez, são originadas pelo «Quando se dá esta mudança alimentar, são vários os parâmetros da saúde que
stress, pela genética ou pelo estilo de vida», afirma a mesma especialista. saem beneficiados e isso é facilmente perceptível. As pessoas sentem-se mais
limpas, emagrecem, a pele melhora, a pressão arterial, os níveis de açúcar e
Auto-cura colesterol no sangue diminuem e as pessoas sentemse mais felizes», acrescenta.
Para o cardiologista, o corpo é uma fonte de restauração, regeneração e mesmo de
rejuvenescimento, mas para ser bem sucedido nessas funções tem de estar saudável. O programa foi elaborado para ser feito durante três semanas e Teresa
Caso contrário o processo de auto-cura depara-se com obstáculos que bloqueiam a Branco realça que o nosso organismo está preparado para este tipo de alimen-
função das células, as reacções químicas e com a falta de ingredientes necessários para tação restrita durante um período limitado de tempo. «Se for realizada durante
que o processo ocorra. Evitar comida processada, optar o mais possível por produtos muitos dias podemos ficar desnutridos», realça.
orgânicos e remover as bactérias prejudiciais do sistema digestivo são as regras para
eliminar as toxinas que, de acordo com Junger, irritam os tecidos, danificam as células,
forçam a inflamação, provocam alergias e estimulam os mecanismos de defesa.

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MOBILA
R

PEQUENOS ESPAÇOS, GRANDES IDEIAS

ADEGA SOB MEDIDA Na casa da jornalista Gabriela Napolitano Alonso, o ter-


reno em declive resultou em uma boa surpresa: um canto
perdido abaixo do hall social. Devido às características
do espaço, a arquiteta Clara Wajss sugeriu a implantação
de uma adega, ideia que foi acatada com animação pela
moradora. “Por estar a 1,80 m abaixo da linha do imóvel,
o lugar era frio e ideal para abrigar as bebidas. A maior
preocupação foi fazer uma boa impermeabilização”, lem-
bra a profissional. A nova adega uniu-se à área da lareira
e mudou o projeto original, que previa um living clássico.
“O resultado ficou bem-alinhado à personalidade dos mo-
radores”, destaca a arquiteta.

Quando comprou sua casa, a arquiteta Ana Paula


Calbucci encontrou a cozinha isolada por uma porta
de correr. Isso deixou a profissional na difícil escolha
de integrar o espaço à sala ou fechá-lo de vez com alve- INTEGRAÇÃO VERSÁTIL
naria, ganhando, assim, área para encostar os móveis.
A saída foi fazer um painel com madeira de peroba
complementado por uma porta-balcão. “Encontramos
o meio-termo para integrar sem perder área útil”, con-
ta Ana Paula. A porta-balcão também proporcionou
comunicação entre a cozinha e a piscina, que fica ex-
atamente na frente da sala. “Nos finais de semana, dá
para passar aperitivos e bebidas à piscina com facili-
dade”, garante.

O banco de imbuia serve de suporte para a cafe-


teira e abriga dois pufes para quando as visitas esti-
verem na sala

Foto Alexandre Dotta | Projeto, Ana Paula Calbucci;


cadeiras Forma com ultrassuède laranja, Regatta Teci-
dos; pufes, Tapeçaria Angelica; banco e marcenaria
da porta-balcão, Marcenaria Rodreudes.

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