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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
NÚMERO 29
Set/Dez 2009
História da Educação
Número avulso: R$ 15,00
Single Number: U$ 10,00 (postage included).
História da Educação / ASPHE (Associação Sul-Rio-Grandense
de Pesquisadores em História da Educação) FaE/UFPel. n. 29
(Set/Dez 2009) - Pelotas: ASPHE - Quadrimestral.
ISSN 1414-3518
v. 1 n. 1 Abril, 1997
1. História da Educação - periódico I. ASPHE/FaE/UFPel
CDD: 370-5
Indexação:
CLASE (Citas Latinoamericas em Ciências Sociales y Humanidades)
Bibliografia brasileira de Educação – BBE.CIBEC/INEP/MEC
EDUBASE (FE/UNICAMP)
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................... 5
Resenha
TAMBARA, Elomar; CORSETTI, Berenice (orgs.). Instituições formadoras de
professores no Rio Grande do Sul. Pelotas: Ed. da UFPel, 2008. Volumes 1 e 2.
Sergio Ricardo Pereira Cardoso .................................................................225
Documento
Reforma João Luiz Alves (conhecida por Lei Rocha Vaz) Decreto Nº 16.782 A
– de 13 de Janeiro de 1925........................................................................233
Os editores
Resumo
Neste artigo pretende-se analisar a constituição de boas maneiras, de
polidez, de urbanidade, de cortesia, de civilidade. Sublinha, que a
existência de preceitos reguladores da vivência social nem são um
exclusivo da Civilização Ocidental e muito menos da modernidade.
Destaca que a grande maioria destas obras de civilidade ou que
continham capítulos a ela dedicados eram escritas por homens que
estavam longe de querer intrometer-se no refinamento aristocrático e
dirigiam-se especialmente a estratos sociais que aspiravam saber estar
num ambiente urbano burguês. Elas eram importantes sobretudo
para aqueles que se situavam num estrato ascendente. Contudo, ao
longo do século XVIII, parece desenhar-se, em Portugal, uma
tendência para se valorizar este aspecto da educação que bem se
poderia caracterizar por se dirigir especificamente às crianças e
principalmente às crianças.
Palavras-chave: Civilidade; História da Educação; Boas Maneiras.
o que devem fazer, que como quem castiga o que fizerão” (pp.289-
290).
Sendo um educador moderno, muito influenciado pela
pedagogia de John Locke, Martinho de Mendonça, neste como
noutros aspectos, procura guiar-se pela razão e o bom senso. Tal
como o pedagogo inglês, o nobre português opõe-se à afectação,
porque esta procura “alcançar hum fim de que tanto mais se
affasta, quanto mais se procura chegar a elle” (pp.286-287). As
palavras do autor dos Apontamentos para a educação de hum
menino nobre, parecem testemunhar uma tensão entre duas
perspectivas de gerir as relações sociais, identificadas por Norbert
Elias (em O processo civilizacional), há muitas décadas atrás,
associadas à concorrência entre a aristocracia e a burguesia. Como
bem sintetizou Roger Chartier, para Elias a generalização dos
comportamentos e condicionamentos não deve ser vista como uma
simples difusão a partir duma elite. “Ela é antes o resultado de
uma luta concorrencial que leva as camadas burguesas a imitarem
as maneiras de ser aristocráticas e que, por seu turno, obriga a
nobreza da corte a aumentar as exigências da civilidade, no intuito
de voltar a atribuir-lhe um valor discriminativo” (Chartier, 1988,
p. 115). O desenvolvimento desta dinâmica implicou uma
sofisticação do gesto que o eleva a essência do agir aristocrático. O
que se tornava conveniente era agradar disfarçadamente. No
entanto, esse despudor de saber aparecer descomplexadamente
mostrava-se necessário diante do crescendo do controlo régio e a
pressão duma burguesia em ascensão. Como salientou Jacques
Revel, o “respeito pela etiqueta, o vestuário, a palavra e, mais
ainda, a apresentação do corpo obedecem a esta exigência de um
reconhecimento colectivo”. “O perfume, o pó-de-arroz, a peruca
produzem por fim um corpo conforme com a expectativa do olhar
social” (Revel, 1990, p. 197). Todavia, esta postura não podia ter
futuro nem servir a causa dos que pretendiam disponibilizar uma
civilidade acessível a todos. Ela não podia agradar aos que
requeriam que a autenticidade e a verdade regulassem as acções das
pessoas. Martinho de Mendonça, clarividente, aponta o caminho
História da Educação, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 13, n. 29 p. 9-28, Set/Dez 2009.
Disponível em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
24
Referências
Data de eecebimento:19/02/2009
Data de aceite: 15/08/2009
Resumo
O artigo repertoria materiais relacionados à cultura escrita nas
escolas e aborda a relação entre a cultura material e possíveis usos da
escrita por professores e alunos da província de Minas Gerais, no
final do século XIX e início do século XX. A pesquisa supõe que há
relações entre materialidades existentes na produção, circulação e
distribuição dos instrumentos e suportes e a escolarização da escrita.
As fontes utilizadas são correspondências trocadas no período de
1883 a 1930 que se referem a pedidos de instrumentos de escrita e
de suportes, alguns mapas produzidos por professores, catálogos do
Centro de Referência do Professor e estudos sobre a História da
Educação em Minas Gerais. Os dados permitem explorar duas vias
de análise: indícios da escrita burocrática e institucional produzida
por professores e as possíveis escritas de alunos no período analisado.
Palavras-chave: cultura escrita; história da educação; educação em
Minas Gerais.
1
O termo alfabetização é uma construção social e muitos documentos do final
do século XIX e início do século XX fazem referência à leitura, escrita, escrever,
ler, entre outras expressões. Neste texto será utilizado o termo ensino da escrita,
numa concepção mais ampla de cultura escrita e de sua escolarização, para
designar tanto a utilização de suportes e instrumentos para escrever,como
algumas habilidades de ler e escrever.
2
INÁCIO, Marcilaine Soares, FARIA FILHO, Luciano Mendes, ROSA,
Walquíria Miranda e SALES, Zeli Efigênia Santos de Sales. Escola, Política e
Cultura. Belo Horizonte: MG. Argumentvm. 2006
3
VIDAL, Diana. Culturas escolares. São Paulo. Autores Associados. 2005
4
CHARTIER, Roger. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na
Europa entre os séculos XIV e XVIII. Tradução Mary del Priore. Brasília:
Universidade de Brasília, 1994 e Roger Chartier (coord.): As utilizações do objeto
impresso. Algés: Portugal: Difel, 1998, entre outras obras do mesmo autor.
5
CHARTIER, Anne-Marie. Práticas de leitura e escrita: história e atualidade.
Belo Horizonte: Autêntica. 2007.
6
Luciano Faria Filho. “Instrução elementar no século XIX”, em Eliane Teixeira
Lopes et al. 500 Anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte. Autêntica. 2000.
pp. 22-30
x.x.x.x.x.x.x
x.x.x.x.x.x.x
Remessa de material
“Para a escola da Colonia Carlos Prates”
3 dusias de lapis de pedra
16 cadernos em branco para copia
36 cadernos de Calligraphia Americana, nº 1 e2
8 livros de leitura de Julia Lopes de Almeida
7
A suposição de que se trata de materiais destinados a alunos ocorre pelo número
grande de pedido da mesma mercadoria, em contraponto com os números de
unidades de suportes solicitados para a escrita burocrática escolar em número
bem menor.
8
HEBRARD, Jean. Por uma bibliografia material das escritas ordinárias: o
espaço gráfico do caderno escolar (França – séculos XIX e XX). Revista Brasileira
de História da Educação. Campinas: Autores Associados. 2001 e CHARTIER,
Anne-Marie. Práticas de leitura e escrita: história e atualidade. Belo Horizonte:
Autêntica. 2007.
9
CABRINI, Conceição Aparecida. Memória do livro didático. Os livros de
leitura de Felisberto Rodrigues Pereira de Carvalho. São Paulo: USP.
Dissertação mestrado.1994
10
Catálogo do Museu da Escola de Minas Gerais. Centro de Referência do
Professor/Governo de Minas. Belo Horizonte:1998
11
Imagem apresentada no catálogo Ler, escrever e contar. A história da
alfabetização em Minas Gerais. Museu da Escola/ Centro de Referência do
Professor/Secretaria de Estado da Educação. Belo Horizonte: 2002
12
Imagem do catálogo Museu da Escola de Minas Gerais... op. Cit.
13
VALDEMARIN, Vera Teresa. Lições de Coisas: concepção científica e
projeto. Cadernos CEDES, ano XIX, n. 52, novembro 2000. P.74/87
14
Um estudo específico sobre caligrafia no Brasil e sua relação com objetos e
materiais pode ser consultado em VIDAL, Diana & GVIRTZ, Silvina. “O ensino
da escrita e a conformação da modernidade escolar: Brasil e Argentina,
1880/1940. Revista Brasileira de Educação (8): 13-30. Mi/jun/jul/ago. 1998
15
Maria Cristina Soares de Gouvea. A escolarização da meninice nas Minas
oitocentistas: a individualização do aluno em Cyntia G. Veiga e Thais N. L. de
Fonseca. História e historiografia da Educação no Brasil.Belo Horizonte:
Autêntica. 2003.
16
Referência: Instrução Pública/ Provas e Pareceres/ Ouro Preto
IP 3/3 Caixa 11 1830-51
Livro em branco
Boletins escolares
Boletins mensais
Livros de visitas
Actas de exames
Ponto diário de pessoal
Livro da Biblioteca
Mapas de matrícula
Termos de compromisso
Livro de caixa escolar
Diploma de aprovação em exame final
Diploma de curso primário
Livro de inventário
Livro de termo de posse e compromisso
Cadernos de aula
1924/ Livros de matrícula
1925/ Livros servidor de ponto diário
1926 Diários de classe
Livro de entrada e sahida de professores
Boletim diário
Compromisso e termo de posse
Livro de conta para obras
Termos de visita de particulares
Receita de despesas de caixa
Livros de sócio da caixa
Livros para entrada e sahida dos empregados
Livros impressos para mappas
Folhas de papel para mappa de frequência
Folhas de papel para mappa de matrícula
Folhas de papel para boletim mensal
Folhas de papel para distribuição de classes
Quadros murais para o ensino de Língua Pátria
Quadros murais para o ensino de Arithimética
Quadros murais para o ensino de Geografia
Diário de classe18
Quarta-feira, 04 de maio de 1927
Disciplinas Pontos a tratar Meios Observações
intuitivos do inspetor
regional
Leitura Sentenças no Analytico
quadro
L. Pátria Formação de
sentenças orais
17
Diário de classe da professora Irene de Paula Magalhães, da coleção Luiza de
Azevedo Meyer, reproduzido em Museu da Escola/Centro de Referência do
Professor. Secretaria de Estado da Educação. Ler, escrever e contar. A história
da alfabetização em Minas Gerais.
18
Diário de classe reproduzido no livro Ler, escrever e contar. A história da
alfabetização em Minas Gerais. (op. cit.) Os pontos em negrito são impressos e as
letras não negritadas representam o preenchimento manuscrito do professor.
Considerações finais
Data de recebimento:07/01/2009
Data de aceite: 15/08/2009
Resumo
Este artigo resulta de pesquisa que analisa o currículo dos primeiros
grupos escolares implantados em Santa Catarina na primeira metade
do século XX, de modo a desentranhar os códigos que regularam a
cultura escolar daí engendrada. O grupo escolar é aqui compreendido
como locus da materialização da governamentalidade liberal/moderna,
entendida na perspectiva foucaultiana como “um refinamento da arte
de governar”. Busca-se, pois, sinais deste refinamento, o qual deveria
assegurar a produção do “sujeito-cidadão”, entendido como objeto e
parceiro do governo. A fundamentação teórica é apoiada
principalmente nos trabalhos de Foucault e Popkewitz. A base
empírica é constituída de fontes documentais e iconográficas bem
como de depoimentos de ex-professores, diretores e alunos.
Palavras-chave: Grupo Escolar; Currículo; Governamentalidade.
A caixa de ferramentas
Grupo Escolar:
a escola como uma máquina de ensinar,
mas também de vigiar, de hierarquizar, de recompensar
Os rapazes, uma vez por mês, eles vinham prá nossa sala,
prá ver quem é que ganhava, se era nós ou se era eles,
sabes como é?... A gente ficava meio encabulada porque
eram rapazes, naquele tempo era assim. Todo mundo
ficava nervoso. A gente não queria perder prá eles e eles
queriam ser mais inteligentes do que a gente né? E a
professora falava: Vocês não vão fazer feio né? Nós
temos que passar na frente deles, e a gente se esforçava.
Se tinha algumas mais inteligentes, ela empurrava as
Referências
Resumo
O texto identifica e analisa idéias que nortearam as políticas
educacionais e propostas didático-pedagógicas apontadas no século
XVII, ampliadas no XVIII, que ajudaram a socializar o Desenho
como disciplina escolar e guiaram a elaboração de novos mecanismos
didáticos na cultura ocidental no século XIX. O desempenho na arte
do Desenho ora seguia os propósitos da educação da visão e da mente
de Comenius, ora em busca da justeza do olho e da flexibilidade da
mão na orientação de Rousseau, ou pela precisão do pensamento e da
observação aplicada por Pestalozzi, ou ainda de forma natural e
intuitiva indicada por Froebel, o desenhar como atividade inerente ao
indivíduo. Destaca também, discursos de artistas e pedagogos
portugueses em defesa do Desenho como objeto de ensino para
instrução pública e como meio civilizador.
Palavras-chave: História da Disciplina de Desenho; Didática do
Desenho; Defensores do Desenho.
Introdução
simbolizações lineares;
- O desenho é o acesso natural à escrita.
- Meio natural de expressão da criança;
- Conhecimento fácil de ser ministrado e
Concepções apreendido;
Didáticas - Meio de tornar o pensamento claro e
Sobre o preciso;
Desenho - Está ligado à percepção da forma;
- Exercita a criança na grandeza de
observação.
- Aquisição de habilidades pela cópia de
linhas, ângulos e curvas;
- Alcance da perfeição pela prática e pela
Procedimentos
repetição;
Didáticos
- Aumento gradativo da complexidade das
figuras;
- Exclusão do desenho livre de objetos.
Nota explicativa 3: quadro construído pela autora, com base na
bibliografia utilizada neste item, com o fim de sintetizar as
principais idéias sobre a prática didática para o ensino de Desenho
proposta por Pestalozzi.
Natureza” faz o artista julgar bem e ter bom gosto (VIEIRA Jr,
1803, p. 6-7). O estudo das grandes obras que perduram no
tempo, os monumentos, as coleções de formas geométricas,
Perspectivas, Arquitetura, Ornatos, Estampas e Estátuas é a base
para o aperfeiçoamento do gosto, elas servem de objeto de estudo e
insinuam, dispõem e guiam os principiantes à “sublimidade de
qualquer arte” (Ibidem, p. 8). Portugal e seus domínios, portanto,
para competir com as nações mais cultas da Europa, não
precisarem da força das armas, mas das letras e das ciências e da
mão-de-obra capacitada nas manufaturas e fábricas, se
prevalecendo da Pintura e do Desenho na feitura dos objetos e
“combinação de maquinas” e “para se chegar ao conhecimento dos
verdadeiros ornatos, e finos matizes” (VIEIRA Jr, 1803, p. 9).
Considerações Finais
Referências
Data de recebimento:19/01/2009
Data de aceite: 15/08/2009
Resumo
O trabalho é oriundo de um projeto de pesquisa que localiza e
cataloga fontes para o estudo das práticas corporais escolares no
estado do Paraná, compreendendo o período de 1846 a 1926.
Embora esteja no horizonte do projeto a exploração de vários acervos,
aqui optamos por mostrar um pouco do que nos reserva a Biblioteca
Pública do Paraná, a qual possui um riquíssimo acervo de periódicos.
Levantados os periódicos disponíveis, procedemos o mapeamento dos
conteúdos referentes à Instrução Pública, sobretudo no que se refere
à educação do corpo na escola. Entendemos que os periódicos
representam uma considerável possibilidade de compreensão do
passado educacional por apresentarem-se como fontes de fácil
manuseio, ricas em conteúdo, que facilitam a reflexão acerca das
questões referentes à educação, contribuindo de maneira significativa
para a investigação histórica neste campo, seja como objeto ou como
fonte de pesquisa. Já os periódicos educacionais se constituem como
uma possibilidade impar de compreender as tensões entre a teoria
educacional e a realidade escolar, pois oferecem pistas de como se
davam as relações no interior da instituição escolar, além de trazer à
tona discussões a respeito das práticas docentes.
Palavras-chave: história da educação; fontes e acervos; periódicos;
educação do corpo.
1
Nosso trabalho apresenta alguns dos resultados do projeto Levantamento e
catalogação de fontes primárias e secundárias para o estudo histórico das práticas
corporais escolares e da constituição da Educação Física escolar no Estado do
Paraná (1846 – 1939), e do projeto Currículo e educação do corpo: história do
currículo na instrução pública primária paranaense (1882-1926), em
andamento, desenvolvido na UFPR, o qual conta com financiamento do CNPq.
2
Este não pretende ser um balanço exaustivo, mesmo porque julgamos que isso
seria desnecessário e de pouca utilidade nesse espaço. Pretendemos mostrar
apenas que a quantidade e qualidade daquilo que tem sido produzido em torno
dos periódicos como fonte e/ou objeto de pesquisa histórica elide qualquer
pretensão de ineditismo ou originalidade em relação ao objeto deste trabalho.
3
A catalogação a que nos referimos inclui documentos de outra natureza, tais
como correspondência, imagens, relatórios, obras de época, manuais escolares
etc, aí incluídos os periódicos. A partir dos documentos coligidos e organizados
neste catálogo cada um dos membros da equipe desenvolve uma monografia
específica, seja como projeto de iniciação científica, mestrado e doutorado, seja
como um estudo historiográfico.
4
A dissertação de Cristiane dos Santos Souza, intitulada A mulher professora na
Instrução Publica de Curitiba (1903-1927): um estudo na perspectiva de gênero, é
um bom exemplo de como o trabalho de levantamento sistemático de fontes pode
contribuir para a produção historiográfica na educação. Entre outros, a revista A
Escola foi um dos seus principais suportes documentais.
J. Candido – Nem, seu director, desembuche... Ou vai ou não vai! A Instrucção ahi está,
desnorteada e...
Cerqueira – Mas, seu presidente, eu não posso com os alumnos!...
J. Candido – Com seiscentas mil bombas, seu director! Que papelório representa Vosmecê?!...
Cerqueira – Mas eu não posso com os alumnos...
J. Candido – Já que o Sr. não póde, porque não pede...?
Cerqueira – O que, um cafesório?...
Figura 2: O Olho da Rua (1907).
Frei Menandro, como todos os frades, chega ao Brazil com as mãos abanado, na pindahyba e se
põe a esmolar para as creanças, cujos paes foram massacrados em caixa prego...
Mas, tem uma lembrança: abre um collegio onde applica o regulamento forte, isto é varas de
marmeleiro!
Figura 3: O Olho da Rua (1907).
Fontes
Referências
Resumo
Nas primeiras décadas do século XX, observa-se uma cultura
fotográfica adentrando o cotidiano escolar brasileiro. No Rio Grande
do Sul, e em sua capital, Porto Alegre, é principalmente o poder
público que utiliza a fotografia com a finalidade de documentação e
divulgação das obras realizadas. Entre essas imagens destacam-se as
fotografias das edificações escolares. A edificação escolar tornava
visível a educação na cidade, ao passo que sua imagem fotográfica
criava representações de uma sociedade civilizada, moderna e
científica, sintetizada na imagem da escola-monumento.
Palavras-chave: fotografia; arquitetura escolar; história visual.
1
VIOLA, Sólon Eduardo Annes. As propostas educativas das escolas públicas
no início do século. In: GRAEBIN, Cleusa Maria G; LEAL, Elisabete.
Revisitando o positivismo. Canoas: Editora La Salle, 1998. p. 183-196.
2
Ibidem, p. 185.
3
Leis, Atos e Decretos do Governo do Estado, 1897, p. 162.
4
Leis, Atos e Decretos do Governo do Estado, 1899, p. 255.
5
TAMBARA, Elomar. Positivismo e educação: a educação no Rio Grande do
Sul sob o castilhismo. Pelotas: Ed. Universitária, 1995.
Mapeando a visualidade
6
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. Rumo a uma história visual. In:
MARTINS, José de Souza. ECKERT, Cornelia. NOVAES, Sylvia (Org.). O
imaginário e o poético nas ciências sociais. Bauru, SP: EDUSC, 2005. p.
33-56.
DESCRITORES ICÔNICOS:
Localização: ( ) POA/Centro ( ) POA/Bairro
( ) POA/Indefinido
Tipologia: ( ) edificação ( ) atividade ( ) retrato
Mantenedor: ( ) público ( ) privado
Abrangência Espacial: ( ) vista aérea ( ) vista panorâmica
( ) vista parcial ( )vista pontual ( )vista interna
Caracterização do espaço interno: ( ) sala de aula ( ) pátio
( ) sala – outra ( )corredor ( ) biblioteca ( ) refeitório
7
Ibidem.
8
POSSAMAI, Zita Rosane. Cidade fotografada: memória e esquecimento nos
álbuns fotográficos – Porto Alegre, décadas de 1920 e 1930. 2 v. Tese
(Doutorado em História) - Programa de Pós-Graduação em História, Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2005 e LIMA, Solange Ferraz de; CARVALHO, Vânia Carneiro
de. Fotografia e cidade: da razão urbana à lógica do consumo. Álbuns de São
Paulo (1887-1954). São Paulo: Mercado de Letras, 1997.
Tipologia Quantidade
Edificação 32
Atividade 13
Retrato 2
Total 47
9
Diferencio edificações “escolares” e “educativas”, compreendendo essas últimas
as universidades e faculdades, ou seja, instituições de ensino superior; as
primeiras constituem escolas elementares ou complementares.
10
Sobre a modernização de Porto Alegre no período republicano ver BAKOS,
Margaret Marchiori. Porto Alegre e seus eternos intendentes. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 1996 e MONTEIRO, Charles. Porto Alegre: urbanização e
11
BENCOSTTA, Marcus Levy Albino. Arquitetura e espaço escolar: o exemplo
dos primeiros grupos escolares de Curitiba. In: BENCOSTTA, Marcus Levy
Albino (Org.). História da educação, arquitetura e espaço escolar. São
Paulo: Cortez Editora, 2005, p. 95-140. FARIA FILHO, Luciano Mendes de;
VIDAL, Diana Gonçalves. Os tempos e os espaços escolares no processo de
institucionalização da escola primária no Brasil. Revista Brasileira de
Educação, n. 14, mai./ago 2000, p. 19-34.
12
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DAS OBRAS
PÚBLICAS, Diretoria de Obras Públicas, 1907, fl. 5.
13
Mensagem enviada à Assembléia dos Representantes do Rio Grande do Sul
pelo Presidente do estado Antonio Augusto Borges de Medeiros, 1914, p. 18.
14
Mensagem enviada à Assembléia dos Representantes do Rio Grande do Sul
pelo Presidente do estado Antonio Augusto Borges de Medeiros, 1923, p. 18.
15
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DAS OBRAS
PÚBLICAS, Diretoria de Obras Públicas, 1919, p.12.
16
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DAS OBRAS
PÚBLICAS, Diretoria de Obras Públicas, 1920, p.11.
17
Sobre a relação entre positivismo e o desenvolvimento industrial do estado, ver
PESAVENTO, Sandra. A burguesia gaúcha: dominação e disciplina do
trabalho (1889-1930). Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.
18
A escola Apolinário Porto Alegre, por exemplo, funcionava em horário
noturno com vistas à instrução dos operários, conforme Relatório apresentado ao
Conselho Municipal pelo Intendente Eng° Octavio Francisco da Rocha em 15
de outubro de 1925.
19
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Obras Públicas.
1927. p. 46.
20
A esse respeito ver NUNES, Clarice. (Des)Encantos da modernidade
pedagógica. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira; FARIA F., Luciano Mendes;
VEIGA, Cyntia G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte:
Autêntica, 2000.
21
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DAS OBRAS
PÚBLICAS, Diretoria de Obras Públicas, 1919.
22
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DAS OBRAS
PÚBLICAS, Diretoria de Obras Públicas, 1919, p. 10.
23
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DAS OBRAS
PÚBLICAS, Diretoria de Obras Públicas, 1919, p. 10.
24
Em 1923, o número de alunos e alunas matriculados na Escola
Complementar de Porto Alegre era de 2.320 e a freqüência era de 1.975,
conforme Relatório do Presidente do estado.
25
A presença dessa preocupação ainda no regulamento de ensino de 1910 é
apontada por CORSETTI, Berenice. A construção do cidadão: os conteúdos
escolares nas escolas públicas do Rio Grande do Sul na primeira República.
História da Educação, Pelotas, n. 8, set. 2000, p. 175-192.
26
FARIA FILHO, Luciano Mendes de; VIDAL, Diana Gonçalves. Os tempos
e os espaços escolares no processo de institucionalização da escola primária no
Brasil. Revista Brasileira de Educação, n. 14, mai./ago 2000, p. 19-34.
27
BUFFA, Ester; PINTO, Gelson de Almeida. Arquitetura e educação:
organização do espaço e propostas pedagógicas dos grupos escolares
paulistas, 1893/1971. São Carlos: Edufscar, 2002.
28
BELLO, Helton Estivalet. O ecletismo e a imagem da cidade: caso Porto
Alegre. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1997,
31
POSSAMAI, Zita Rosane. Cidade fotografada: memória e esquecimento
nos álbuns fotográficos – Porto Alegre, décadas de 1920 e 1930. 2 v. Tese
(Doutorado em História) - Programa de Pós-Graduação em História, Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2005.
32
BARROS, Armando Martins de. Imagem, cultura, escola: os cartões postais e
o ensino público no Distrito Federal da primeira república. In: Reunião Anual
da Anped. Caxambu: Anped, 1994. v.1, f. 203-212.
33
SOUZA, Rosa Fátima de. Fotografias escolares: a leitura de imagens na
história da escola primária. Educar em Revista, Curitiba, n. 18, p. 75-101,
2001, Ed. UFPR.
34
Sobre a fotografia e as discussões sobre o seu caráter de espelho do real, ver,
entre tantos autores, KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama
fotográfica. 3. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.
Referências
Resumo
Os trabalhadores paulistanos vinham de movimentos contestatórios
que os colocavam na situação de personagens “não gratos”, haja vista
as grandes greves dos anos de 1910 e as mobilizações posteriores.
Industriais e reformadores sociais, por sua vez, selavam alianças
objetivando controlar o operariado. A formação para o trabalho não
passaria ao largo desse movimento social. E, sob as hostes da ciência
racional conceberam os cursos para aprendizes SENAI, criados em
1942. Esse trabalho aponta para o processo de “fabricação” de corpos
saudáveis e disciplinados nas escolas paulistas, nas décadas de 1940 e
1950. Discute-se como alunos representados como débeis e doentes
foram “redimidos” para compor a “nata do operariado” brasileiro, via
higienização, dentro e fora das fábricas.
Palavras-chave: educação profissional-história; aprendizes; higiene;
saúde; educação.
Introdução
1
Roberto Mange, engenheiro e educador suíço, chegou em São Paulo em 1913,
a convite do empresário e engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza,
tornando-se professor da Escola Politécnica. Em 1923 vamos encontrá-lo
dirigindo o Curso de Mecânica Prática, no Liceu de Artes e Ofícios de São
Paulo, curso esse que se transforma em Escola Profissional Mecânica, em 1925.
A partir daí ocupa os mais diversos cargos institucionais até tornar-se o primeiro
diretor do SENAI, na Regional de São Paulo.
2
De caráter interno o Boletim Informativo SENAI era organizado pelo
Departamento Regional de São Paulo. E como refere TENCA (2006, p. 45) a
educação integral visava “formar não apenas o fazedor, mas o cidadão. O
cidadão-trabalhador, que deve fazer como manda a ciência da produção”.
3
Não foi por acaso que o ministro Capanema nomeou uma comissão para traçar
diretrizes para o ensino industrial, compondo-a com profissionais experientes,
fosse à burocracia do Estado, fosse às instituições formadoras.
4
O IDORT foi criado em São Paulo, em 1931, tendo como primeiro presidente
Armando de Salles Oliveira, depois governador de São Paulo. Juntamente com a
Escola Livre de Sociologia e Política teve participação importante no projeto de
formação para aprendizes, desenvolvido pelo SENAI. Ver Revista do IDORT
(1932-1942).
5
Os médicos ainda atendiam os empregados das escolas, além de realizar visitas
domiciliares quando adoeciam.
6
Essas instituições formam o “Sistema S” encarregado em ministrar formação
profissional para a indústria e o comércio e promover práticas assistencialistas,
servindo como escudos morais e técnicos aos industriais, permitindo-lhes assim
“enfrentar uma nova era de mobilização sindical, democratização e política
populista” (WEINSTEIN, 2000., p. 134).
7
Premissas que passavam a valer também para outras regionais, visto as
supervisões e orientações emanadas de São Paulo, segundo os Boletins
Informativos do SENAI e/ou os relatórios de visitas realizadas.
O aluno SENAI
8
Os industriais arcavam com despesas para essa formação, pagando mensalmente
uma quantia por empregado.
9
Conforme descrição do médico, F. de Mello: “Nesses cortiços não moram,
amontoam-se pobres seres, em telheiros de zinco, em porões, nos quais seres
irracionais não ficariam! E o preço exorbitante desses pardieiros! E a escala
ascendente dos seus aluguéis, sem uma lei que coíba essa extorsão abusiva” (De
DECCA, 1991 p. 51).
10
O prof. D Ávila indicava atividades que vinham de encontro ao ideário da
Escola Nova. Roberto Mange e Lourenço Filho dividiam idéias e concepções,
especialmente sobre psicotécnica desde o IDORT. (De MORAES, 2003).
11
Hiato nocivo foi denominado o intervalo entre a finalização do ensino
primário e a idade mínima de catorze anos estabelecida pelo Código de Menores
de 1927, para o ingresso de crianças no mundo do trabalho.
(SCHWARTZMAN e al., p. 191).
12
No dia 23 de junho de 1947, por exemplo, estiveram acompanhando os
exames: Francisco Garcia, Pedro Gilardo Filho e Joaquim Gomes Caetano do
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânica e de Material
Elétrico; Joaquim Teixeira do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de
Fiação e Tecelagem; Atílio Della Bella e Joaquim Pires Jr. do Sindicato dos
Mestres e Contra-Mestres de Fiação e Tecelagem; Carlos João Caldera do
Sindicato dos Oficiais Marceneiros e Trabalhadores na Indústria de Móveis de
Madeira (O Metalúrgico, n. 58, jun. 1947, p. 8).
13
O Serviço Nacional de Educação Sanitária foi criado em 1941. Vinculado ao
Ministério da Educação e Saúde pretendia educar sanitariamente através de
vários expedientes. A coluna “Preceito do dia” publicada nos jornais diários
também chegou aos sindicais em decorrência de mecanismos de controle da
informação montados pelo DIP (Departamento de Informação e Propaganda) na
vigência do Estado Novo e que permaneceram após.
Referências
Resumo
No presente texto, procuramos refletir sobre a interculturalidade
lançando o olhar para uma publicação que pode ser considerada um
dos maiores sucessos editoriais do mercado brasileiro contemporâneo:
o Almanaque Abril (1975-2006). Conforme mostraremos, a
literatura de almanaque nos parece ser uma fonte privilegiada para a
apreensão de certas “culturas híbridas”, uma vez que sua própria
definição é caracterizada pelo hibridismo.
Palavras-chave: Literatura de almanaques; hibridação; Almanaque
Abril.
1
Agradecemos o auxílio financeiro da CAPES. Esse artigo é uma versão
modificada da tese de doutorado em História denominada “A Máquina da
Memória”: História, Evento e Tempo Presente no Almanaque Abril (1975-
2006), defendida junto ao doutrorado em História pela UFMG sob orientação
da professora doutora Eliana Dutra.
INTERCULTURALITÉ ET LITTÉRATURE
D’ALMANACH: LE CAS DE L’ALMANACH AVRIL
(1975-2006)
Résumé
Dans cet texte, on a cherché à réfléchir à l’interculturalité tout en
observant une publication qui peut être considérée comme un des
plus grands succès éditoriaux du marché brésilien contemporain:
l’Almanaque Abril (1975-2006). Selon ce qu’on montrera, la
littérature d’almanach paraît constituer une source privilégiée pour
l’apréhension de certaines “cultures hibrides”, étant donné que sa
définition elle-même se caractérise par l’hibridisme.
Mots-clés: Littérature d’almanach; hibridation; Almanaque Abril.
2
Para uma definição da literatura de almanaque como um gênero editorial, ver
LÜSEBRINK, Hans-Jürgen. L’almanach: structure et évolution d’un type
d’imprimé populaire en Europe et dans les Amériques. In: MICHON, Jacques;
MOLLIER, Jean-Yves. Les Mutations du livre et de l’edition dans le monde du
XVIIe siècle à l’an 2000. Quebéc: les Presses universitaires de Laval/Paris,
L’Harmattan, 2001, p. 432-441.
3
Alguns exemplos de obras de referência anuais e contemporâneas ao Almanaque
Abril: Almanaque Mundial (México), Almanaque Anual (Colômbia), Canadian
Global Almanac (Canadá); The CBS News Almanac (Estados Unidos), The All
Street Journal Almanac (Estados Unidos), The World Almanac: and book of facts
(Estados Unidos), The New York Times Almanac: The Almanac of Record (Estados
Unidos), Whitake’s Almanack (Inglaterra).
4
Ver SILBERGER, Kathryn Kemp. Obras de Referência. Florianópolis: UFSC,
1991.
5
Para uma análise dos processos interculturais contemporâneos nas sociedades
latino-americanas e sobre o conceito de “culturas híbridas”, ver CANCLINI,
Néstor García. Culturas Híbridas: estratégias prar entrar e sair da modernidade.
São Paulo: EDUSP, 2006. Ver, também, JUNIOR, Benjamin Abdala (org.).
Margens da Cultura: Mestiçagem, Hibridismo & Outras Misturas. São Paulo:
Boitempo, 2004. Sobre a utilização de “pequenas entradas” para se pensar
processos mais amplos, ver REVEL, Jaques. Apresentação. In: REVEL, Jaques
(Org.). Jogos de escalas: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: FGV,
1998 e RICOEUR, Paul. La mémoire, l’histoire, l’oubli. Paris: Seuil, 2000.
6
DUTRA, Eliana. Rebeldes Literários da República: História e identidade
nacional no Almanaque Brasileiro Garnier (1903-1914). Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 2005. Ver, também, BOLLÈME, Genevièse. Les Almanachs populaires
aux XVII et XVII siècles. Essai d’Historie Sociale. Montou, 1969.
7
Para Casa Nova, a palavra pode ter várias origens, ver CASA NOVA, Vera.
Lições de Almanaque. Um Estudo Semiótico. Belo Horizonte: UFMG, 1996.
8
GRANDE ENCICLOPÉDIA Portuguesa e Brasileira. Lisboa. S/data. V. 2,
p. 23.
9
Eça de Queirós citado em DUTRA, Eliana Regina de Freitas. História e
Memória nos Almanaques Luso-brasileiros. Escravidão, Abolição e Uma
Permanência de um sub-gênero
da literatura de almanaques
18
BRAIDA, Lodovica. Les Almanachs Italiens. Evolucion et Stéréotypes d’un
Genre (XVI-XVIIe. Siècles). In: CHARTIER, Roger et LÜSEBRINK, Hans-
Jürgen (org.). Colportage et Lecture Populaire. Imprimés de Large Circulacion en
Europe XVIe.-XIXe. Siècles. Paris: IMEC Édition, 1996, p. 183-208, p. 200.
19
Para Rolan Robertson, o conceito de globalização deve ser aplicado a “uma série
específica de desenvolvimentos relacionados com a estruturação concreta do mundo-
como-um-todo”. ROBERTSON, Roland. Globalização: Teoria Social e Cultura
Global. In: FEATHESTONE, Mike. Cultura Global. Petropólis: Vozes, 1994, p.
28. (Grifo no original).
20
SARRAZIN, Veronique. Les Almanachs parisiens au XVIIIe siècle: production,
commerce, culture. Thèse de l’Université de Paris I, sous la dir. De D. Roche,
1997.
21
Em 1968, afirmava-se que a publicação era “compendium of universal
knowledge”. THE WORLD ALMANAC: and book of facts (Estados Unidos).
1967, p. 4.
22
Ver os verbetes “almanach” e “annuaire” em FOUCHÉ, Pascal (Dir.).
Dictionnaire Encyclopédique du Livre. Paris: Éditions du Cercle de la Libreria.,
2002.
23
Em 2002, o slogan da publicidade do Almanaque Abril afirmava “a informação
que você precisa sempre à mão”.
24
Entrevista Pablo Cavijo, 05/01/2003, diretor do “Almanaque Anual”.
25
As seções com alguns dos seus respectivos resumos eram as seguintes: “Seção
noticiosa – Biografias ilustradas de 60 figuras mundiais do ano (novo); fatos
importantes de 1958-1959 (novo); Mapas – Novos mapas de todas os
continentes com as últimas alterações políticas; Nações do Mundo – dados novos
e atualizados (...) –; Conhecimentos Gerais; Organizações Internacionais; – Ind.
Comércio e Comunicações; Seção histórica; Jornalismo; Geografia e demografia;
Pesos e medidas; Astronomia; Seção de esportes; Calendário e assuntos
religiosos”. Almanaque Mundial 1960, p. 2.
26
Ver CHESNEAUX, Jean. Modernidade-Mundo. Petrópolis: Vozes, 1995.
Ver, também, GIDDENS, Anthony. As Conseqüências da Modernidade. São
Paulo: UNESP, 1991.
27
Sobre os novos rumos da modernidade-mundo após a 2ª Guerra, ver ORTIZ,
Renato. Um Outro Território. São Paulo: Olho d’Água, 1997.
28
John Thompson afirma que as tradições não desaparecem com a modernidade,
elas são reinventadas. THOMPSON, John. A Mídia e a Modernidade: uma
teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 1998.
29
Ver SARRAZIN, Veronique. Les Almanachs parisiens au XVIIIe siècle:
production, commerce, culture. Thèse de l’Université de Paris I, sous la dir. De D.
Roche, 1997.
30
Sobre os almanaques de farmácia, ver CASA NOVA, Vera. Lições de
Almanaque. Um Estudo Semiótico. Belo Horizonte: UFMG, 1996 e PARK,
Margareth Brandini. História e Leitura de Almanaques no Brasil. São Paulo:
Mercado de Letras, 1999.
31
AULETE. Diccionario Contemporaneo da Lingua Portugueza. Lisboa 1925, p.
95.
32
AURÉLIO. Dicionário Aurélio da Língua Portugesa. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1999, p. 101.
33
DICIONÁRIO HOUAISS da Língua Portuguesa. RJ: Objetiva, 2001, p.
45.
34
Nem mesmo o sentido de almanaque de auto-ajuda como o Almanaque do
Pensamento, existente no mercado brasileiro desde 1912, é mencionado.
35
A revista Época, os jornais Folha de São Paulo e O Tempo têm seções
Almanaque. O canal Globo News tem também um programa de mesmo nome. A
Revista de História da Biblioteca Nacional apresenta uma seção homônima. Além
disso, a companhia áerea TAM edita uma revista de variedades de bordo,
denominada Almanaque Brasil, que pretende resgatar o “espírito” dos almanaques
de variedades.
36
Este sentido é muito usado em publicações esportivas como o Almanaque do
Corinthians e do Flamengo, e em vários sites sobre times de futebol.
37
Le Petit Robert, 1998, (CD-ROM).
38
SARRAZIN, Veronique. Les Almanachs parisiens au XVIIIe siècle: production,
commerce, culture. Thèse de l’Université de Paris I, sous la dir. De D. Roche,
1997, p. 18.
39
Ibidem, p. 42.
40
Ibidem, p. 653.
41
The Official Associated Press Almanac 1975. Successor to The New York
Times Encyclopedic Almanac. Maplewood, Hammond Almanac, Inc., 1974.
42
MIRA, Maria Celeste. O Leitor e a Banca de Revista: a segmentação da cultura
no século XX. São Paulo: Olhos d’ Água/Fapesp, 2001, p. 89.
43
Ibidem, p. 86.
MIRA, Maria Celeste. O Leitor e a Banca de Revista: a segmentação da cultura
44
47
Samuel Dirceu, entrevista ao autor, 28/01/2002.
48
Sheila Mazzolenis, entrevista ao autor, 24/01/2002.
49
Lauro Machado Coelho, entrevista ao autor, 09/01/2002. (Grifo nosso).
50
PARK, Margareth Brandini. História e Leitura de Almanaques no Brasil. São
Paulo: Mercado de Letras, 1999. Para uma análise do desejo de se diferenciar
das “classes inferiores”, ver BOURDIEU, Pierre. “Gostos de Classes e Estilos de
Vida”. In: ORTIZ, Renato (Org.). Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1983.
Sobre a relação entre os conceitos de erudito e popular, ver CHARTIER, Roger.
Culture écrite et societé. L’Ordre des Livres (XIVe – XVIIIe siècle). Paris: Abin
Michel, 1996 e CERTEAU, Michel de; JULIA, Dominique; REVEL, Jacques.
A beleza do morto. In: CERTEAU, Michel. A Cultura no Plural. São Paulo:
Papirus, 1995. Sobre os almanaques de farmácia, ver CASA NOVA, Vera.
Lições de Almanaque. Um Estudo Semiótico. Belo Horizonte: UFMG, 1996 e
PARK, Margareth Brandini. História e Leitura de Almanaques no Brasil. São
Paulo: Mercado de Letras, 1999.
51
Celso Nucci Filho, entrevista escrita ao autor, 29/04/2002.
52
Ibidem.
53
Ibidem.
54
Ibidem.
55
Sheila Mazzolenis, entrevista ao autor, 24/01/2002.
56
Sheila Mazzolenis, entrevista ao autor, 24/01/2002.
CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas: estratégias prar entrar e sair da
57
58
GREILICH, Susanne; LÜSEBRINK, Hans-Jürgen. La représentation des
guerres de Libération allemandes dans l'almanach du genre Messager Boiteux.
LÜSEBRINK, Hans-Jurgen; MOLLIER, Jean-Yves; GREILICH, Susane
(Dir.). Presse et événement: journaux, gazettes, almanachs (XVIIIe-XIXe siècle).
Bern: Lang, 2000.
59
Ver ANDERSON, Benedict. Nação e Consciência Nacional. São Paulo: Ática,
1989.
60
ROBERTSON, Roland. Globalização: Teoria Social e Cultura Global. In:
FEATHESTONE, Mike. Cultura Global. Petropólis: Vozes, 1994.
Considerações finais
61
Ver DUTRA, Eliana. Rebeldes Literários da República: História e identidade
nacional no Almanaque Brasileiro Garnier (1903-1914). Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 2005; PARK, Margareth Brandini. História e Leitura de Almanaques no
Brasil. São Paulo: Mercado de Letras, 1999; CASA NOVA, Vera. Lições de
Almanaque. Um Estudo Semiótico. Belo Horizonte: UFMG, 1996; GOMES,
Ana Claudia. Almanaque das Senhoras (1871-1927) e um projeto de aceso
feminino a cultura letrada. Belo Horizonte: UFMG (Dissertação de Mestrado em
História), 2002; MEYER, Marlyse (Org.). Do almanak aos Almanaques. São
Paulo: Ateliê Editorial, 2001; LÜSEBRINK, H.-J.; MIX, Y.-G.; MOLLIER,
J.-Y; e SOREL, P. Sorel (Dir.). Les lectures du peuple en Europe et dans les
Amériques (XVIIe-XXe siècle), Bruxeles: Complexe, 2003; ALMEIDA, Ruth
Trindade. Almanaques populares do Nordeste. Recife: UFPE (Dissertação de
Mestrado em Antropologia), 1981.
62
Essa perda do prestígio e da popularidade do gênero foi um processo que
ocorreu em vários países desde fins do século XIX. Segundo Mollier, houve, no
final do século XIX, uma progressiva diminuição de títulos de almanaques. O
desenvolvimento das linhas ferroviárias, da escola, da imprensa e de coleções de
livros a bom preço contribuiram para condenar o gênero à morte. MOLLIER,
Jean-Yves. Introdution. In: LÜSEBRINK, H.-J.; MIX, Y.-G.; MOLLIER, J.-
Y; e SOREL, P. Sorel (Dir.). Les lectures du peuple en Europe et dans les
Amériques (XVIIe-XXe siècle), Bruxeles: Complexe, 2003, p. 206. Depois da
segunda metade do século XX, a quantidade de títulos produzidos no Brasil
declina, porém o gênero ainda hoje tem diversos representantes com larga
aceitação.
63
“Um livro com um milhão de informações: no ‘Almanaque Abril’ os grandes
acontecimentos do ano”. In: Realidade. São Paulo: Editora Abril, 00/11/74. No.
104, p. 111-113.
64
LÜSEBRINK, Hans-Jürgen. Traduire l’almanach populaire: essai de
typologie et mise em perspective socio-culturelle. In: LÜSEBRINK, H.-J.; MIX,
Y.-G.; MOLLIER, J.-Y; e SOREL, P. Sorel (Dir.). Les lectures du peuple en
Europe et dans les Amériques (XVIIe-XXe siècle), Bruxeles: Complexe, 2003, p.
145.
65
LÜSEBRINK, Hans-Jürgen. Conclusion. LÜSEBRINK, H.-J.; MIX, Y.-G.;
MOLLIER, J.-Y; e SOREL, P. Sorel (Dir.). Les lectures du peuple en Europe et
dans les Amériques (XVIIe-XXe siècle), Bruxeles: Complexe, 2003, p. 347.
1
Há fortes indícios de os pesquisadores da área serem contemplados com mais
um volume da série.
SEÇÃO OITAVA
Da constituição, direitos e deveres do corpo docente do ensino
secundário e do superior
Art. 148 – O corpo docente dos institutos de ensino
superior e secundário será constituído por professôres catedrático,
docentes-livres, professôres honorários, professôres privativos e
professôres de desenho e de ginástica.
Parágrafo único – No Internato co Colégio Pedro II
haverá três repetidores, cujas funções serão definidas no regimento
interno do Departamento.
Art. 149 – Ao professor catedrático incumbe:
a) – orientar o ensino das matérias, que constituem a
sua cadeira;
b) – lecionar em toda totalidade as matérias, que
constituem o programa da mesma;
c) – apresentar, para que seja estudado e julgado pela
Congregação, antes da abertura das aula, o programa referido;
d) – providenciar, por todos os meios de seu alcance,
para que o ensino, sob sua responsabilidade seja o mais eficiente
possível;
e) – tomar parte nas comissões de exames do curso, de
defesa de tese e de concursos para o preenchimento de lugares de
docentes;
f) – submeter, durante o ano letivo, os alunos aos
trabalhos práticos, nos têrmos estabelecidos neste regulamento e
no respectivo regimento interno;
g) – tomar parte nas congregações;
SECÇÃO DÉCIMA
Dos Diretores e Vice-Diretores dos estabelecimentos de ensino
secundário e superior
Art. 198 – Haverá em cada estabelecimento de ensino
secundário e superior um diretor e um vice-diretor.
§ 1° - Os diretores e vice-diretores serão escolhidos entre
os professôres de notória competência, e são de livre nomeação e
demissão do Presidente da república.
§ 2° - Os vice-diretores serão substituídos, nas suas
faltas ou impedimentos, pelo catedrático mais antigo.
Art. 199 – Ao diretor compete:
a) – ser i intermediário entre a Congregação e o
Govêrno, em assuntos atinentes ao ensino;
b) – cumprir à risca o orçamento anual, que será por êle
proposto e aprovado pelo Ministro da Justiça e Negócios
Interiores, enquanto subsistirem as doações do Tesouro Nacional;
c) – nomear os docentes-livres, habilitados em
concursos e, por proposta dos professôres, os respectivos
assistentes e demais auxiliares;
d) – nomear e suspender os funcionários administrativos
e demitir os de sua nomeação;
e) – verificar a assiduidade dos professôres, docentes-
livres e auxiliares de ensino, e a execução integral dos programas,
aplicando, nas faltas, as penas regulamentares;
CAPÍTULO IX
Das Universidade
Art. 259 – É mantida, com a sua atual organização, no
que não contrariar as disposições dêste regulamento, A
Universidade do Rio de Janeiro, cujo Reitor, salvo o disposto no
art. 3°, será designado pelo Presidente da República de entre os
Diretores das Faculdades, que a constituírem.
§ 1° - Ser-lhe-ão incorporadas as Faculdades de
Farmácia e de Odontologia, agora criadas, e outros institutos de
ensino, que, por sua natureza, possam fazer parte do sistema
universitário.
§ 1° - O regimento interno da Universidade do Rio de
Janeiro será revisto pelo atual Conselho Universitário e por
História da Educação, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 13, n. 29 p. 233-273, Set/Dez 2009.
Disponível em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
256
CAPITULO X
Da equiparação dos estacundário
Art. 261 – O estabelecimentos de ensino superior e
Govêrno, nos têrmos dêste regulamento e do regimento interno do
Departamento Nacional de Ensino, poderá equiparar, para o efeito
de validade dos respectivos títulos ou diplomas, as Faculdades de
Ensino Superior, mantidas pelo Estado ou por particulares, desde
que preencham as seguintes condições:
CAPÍTULO XI
Das juntas examinadoras
Art. 270 – A estabelecimentos de ensino particular
qualquer que seja a sua sede, poderá ser concedida a faculdade de
obterem juntas examinadoras para os diferentes anos do curso
secundário, desde que sejam observadas as seguintes condições:
I – Se a concessão proposta pelo Diretor Geral do
Departamento Nacional de Ensino e deferida pelo Ministro da
mas de forma que não possa ela conhecer os nomes dos autores
das mesmas.
§ 2.º - As provas escritas e orais consistirão na solução
de três questões, no mínimo, para cada espécie de prova,
formuladas pela junta examinadora de acôrdo com o programa do
Colégio Pedro II.
§ 3.º - O Diretor Geral do Departamento poderá delegar
em pessoas de reconhecida idoneidade as funções pertinentes à
direção e fiscalização das juntas examinadoras de um Estado ou
região, para maior facilidade e rapidez dos serviços, conforme o
disposto no regimento interno do Departamento.
CAPITULO XII
Disposições gerais e transitórias
Art. 277 – Todos os regimentos internos a que se refere
êste regulamento dependerão, para sua vigência, de aprovação do
Ministro da Justiça e Negócios Interiores.
§ 1.º - O regimento interno de cada instituto
determinará a forma e os dizeres do certificado ou diploma de
habilitação nas matérias do curso.
§ 2.º - Os institutos equiparados serão obrigados a
adotar o regimento interno do instituto oficial congênere, exceto
quanto à parte econômica.
Art. 278 – Serão registrados no Departamento Nacional
do Ensino todos os diplomas conferidos pelos institutos federais,
oficializados ou equiparados para que possam produzir os
necessários efeitos legais.
§ 1.º - Os institutos de ensino superior federais,
oficializados ou equiparados, são obrigados a remeter ao
Departamento, dentro de 30 dias, contados da data da colação do
respectivo grau, os diplomas ou certificados dos que concluírem o
curso.
§ 2.º - Nos institutos equiparados a remessa será feita
por intermédio dos respectivos inspetores e nos outros por
*
* *
TABELA C
Taxas devidas no Colégio Pedro II
Taxa de matrícula para o Externato................................ 21$000
Taxa de matrícula para o Internato ................................ 18$000
Taxa de freqüência:
Internato (em três prestações anuais)......................... 1:500$000
Taxa de freqüência:
Externato (em três prestações anuais) ........................... 360$000
Taxa de lavanderia (mensal) ........................................... 10$000
Taxa de inscrição de exame final .................................... 10$000
Taxa de inscrição de exame de admissão ......................... 30$000
Taxa de certidão de exame ............................................... 5$000
OBSERVAÇÕES
e) – Não se receberá por certidão menos de 2$000;
f) – Os filhos de funcionários públicos têm direito a
20% de desconto na taxa de freqüência no Internato;
g) – Os funcionários públicos podem pagar
mensalmente as contribuições dos filhos matriculados no
Externato e no Internato.
Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 1925.
João Luiz Alves.
TABELA D
VENCIMENTOS
d) – Faculdade de Direito
GRATIFI-
CARGOS ORDENADO TOTAL
CAÇÃO
Diretor _ 6:000$000 6:000$000
Professor
Catedrático 9:600$000 4:800$000 14:400$000
Secretário 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Sub-secretário (I) 3:200$000 1:600$000 4:800$000
Bibliotecário 4:000$000 2:000$000 6:000$000
Sub-bibliotecário (I) 3:200$000 1:600$000 4:800$000
Tesoureiro 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Amanuense. 2:400$000 1:200$000 3:600$000
Porteiro 1:800$000 900$000 2:700$000
Bedel 1:440$000 720$000 2:160$000
GRATIFI-
CARGO ORDENADO TOTAL
CAÇÃO
Diretor das três _ 9:000$000 9:000$000
Professor
Catedrático 9:600$000 4:800$000 14:400$000
Professor privativo 6:400$000 3:200$000 9:600$000
Assistente 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Secretário 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Sub-secretário (I) 3:200$000 1:600$000 4:800$000
Bibliotecário 4:000$000 2:000$000 6:000$000
Sub-bibliotecário (I) 3:200$000 1:600$000 4:800$000
História da Educação, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 13, n. 29 p. 233-273, Set/Dez 2009.
Disponível em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
271
GRATIFI-
CARGO ORDENADO TOTAL
CAÇÃO
Diretor _ 6:000$000 6:000$000
Professor
Catedrático 9:600$000 4:800$000 14:400$000
Professor 6:400$000 3:200$000 9:600$000
Assistente 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Secretário 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Sub-secretário 3:200$000 1:600$000 4:800$000
Bibliotecário 4:000$000 2:000$000 6:000$000
Sub-bibliotecário 3:200$000 1:600$000 4:800$000
Tesouro 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Amanuense. 2:400$000 1:200$000 3:600$000
Porteiro 2:200$000 1:100$000 3:300$000
Bedel 1:440$000 720$000 2:160$000
Conservador 1:600$000 800$000 2:400$000
GRATIFI-
CARGO ORÇAMENTO TOTAL
CAÇÃO
Diretor (se cada
seção) _ 6:000$000 6:000$000
Professor
Catedrático 9:600$000 4:800$000 14:400$000
Professor 6:400$000 3:200$000 9:600$000
Repetidor (do
internato) 4:000$000 2:000$000 6:000$000
Preparador 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Secretário 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Bibliotecário 3:200$000 1:600$000 4:800$000
Ajudante de
bibliotecário 800$000 400$000 1:200$000
Tesoureiro 4:800$000 2:400$000 7:200$000
Chefe de disciplina 3:200$000 1:600$000 4:800$000
Fiel 2:800$000 1:400$000 4:200$000
Amanuense 2:400$000 1:200$000 3:600$000
Inspetor de aluno 1:600$000 800$000 2:400$000
Arquivista 2:400$000 1:200$000 3:600$000
Vigilante 1:600$000 800$000 2:400$000
Correio 2:000$000 1:000$000 3:000$000
Porteiro 1:600$000 800$000 2:400$000
Bedel 2:400$000 1:200$000 3:600$000
Médico 2:400$000 1:200$000 3:600$000
Ecônomo 2:400$000 1:200$000 3:600$000
Ajudante de
ecônomo 800$000 400$000 1:200$000
Enfermeiro 1:600$000 800$000 2:400$000
Roupeiro 1:600$000 800$000 2:400$000
Conservador 800$000 400$000 1:200$000
Ajudante de roupeiro 800$000 400$000 1:200$000
Servente ajudante _ 1:200$000 1:200$000
Cozinheiro _ 1:440$000 1:440$000
Servente no
História da Educação, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 13, n. 29 p. 233-273, Set/Dez 2009.
Disponível em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
273
E) REFORMA RIVADÁVIA
HERMES R. DA FONSECA