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RESPOSTA TÉCNICA

Título

Cálculo de cilindro pneumático.

Resumo

Calculo da força de um cilindro pneumático, os fatores levados em consideração e quais as


fórmulas utilizadas para realização destes cálculos.

Palavras-chave

Cilindro pneumático; pneumática

Assunto

Máquinas e equipamentos

Demanda

Como calcular a força de um pistão pneumático.

Solução apresentada

1. CILINDROS PNEUMÁTICOS

Estes elementos tem por finalidade transformar o ar sob pressão, em trabalhos mecânicos
lineares ou rotativos. Com o auxílio de válvulas externas é possível utilizá-los para os mais
variados fins. Os tipos de cilindros mais utilizados são:

1.1 CILINDRO DE AÇÃO SIMPLES

Cilindros de ação simples, ou de simples efeito, são aqueles em que o movimento de avanço
da sua haste ou membrana se realiza pela ação do ar comprimido. O retorno se dá por ação de
uma mola, que é o caso mais geral, ou por outra força externa, como por exemplo a do peso da
massa movimentada.

1.2 CILINDRO DE AÇÃO DUPLA, COM HASTE

Cilindros de ação dupla, ou duplo efeito, são os atuadores lineares em que a pressão do ar
atua nos dois sentidos do movimento do êmbolo, podendo portanto produzir trabalho útil no seu
avanço e/ou no seu recuo.

1.3 CILINDRO SEM HASTE, DE AÇÃO DUPLA

Para o caso de cursos mais longos e necessidade de economia de espaço, são usados
cilindros nos quais a haste é substituída por um cabo de aço ou uma tira de aço revestidos.

2 SELEÇÃO DO CILINDRO

Resposta Técnica produzida pelo Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas / SBRT - http://www.sbrt.ibict.br
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Para selecionar um cilindro, deve-se partir de algumas informações básicas como: a força que
este deverá desenvolver, sua pressão de trabalho, seu curso máximo, o tempo que este tem
para executar o trabalho, como ele será montado e se não ocorrerá flambagem de sua haste.

2.1 CÁLCULOS PARA CILINDROS

2.1.1 Forças

As forças realizadas pelos cilindros dependem da pressão do ar, do diâmetro do êmbolo e das
resistências impostas pelos elementos de vedação.

A força exercida pelo cilindro é calculada segundo a fórmula abaixo:

F = P x A , onde:
t
Ft = Força teórica do êmbolo (N)
A = Superfície útil do êmbolo cm 2 ( )
P = Pressão de trabalho (KPa, 10 N/ m 2 , bar)
5

2.1.2 Cilindro de Simples Ação

F = A . p − (F + F )
n r f

2.1.3 Cilindro de Dupla Ação (Avanço)

π.D 2
Fav = P x A − Fr ou Fav = P x − Fr
4

2.1.4 Cilindro de Dupla Ação (Retorno)

π . D2 − d2
Fret = P x A 2 − Fr Fret =P x − Fr
4

Fn = Força efetiva do êmbolo (N)


A = Superfície útil do êmbolo ( cm 2 )
p = Pressão de trabalho (kPa, 10 5 N/ m 2 , bar)
Fr = Resistência de atrito (N) (3-20% de Ft )
Ff = Força da mola de retorno (N)
D = Diâmetro do cilindro (cm)
d = Diâmetro da haste do êmbolo (cm)

Na prática a força efetiva de trabalho deve ser a teórica menos as resistências internas ao
cilindro.

Em condições normais de trabalho (faixa de pressão de 400 a 800 KPa/4-8 bar), esta
resistência pode absorver de 3% a 20% da força calculada.
Conclusões e recomendações

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Existem outros tipos de cilindros disponíveis no mercado, aqui foram descritos os mais
comuns.

Quanto aos critérios de seleção, outros fatores relevantes também devem ser considerados na
hora de fazer a escolha do equipamento, tais como: forma de fixação, acessórios, vida útil,
velocidade de deslocamento, etc.

Recomendamos fazer uma consulta com o fabricante do equipamento escolhido, pois eles
podem auxiliar na definição do cilindro mais adequado para cada aplicação, bem como
dimensionar corretamente o componente de acordo com os critérios mencionados
anteriormente.

Fontes consultadas

BOLLMANN, Arno. Fundamentos da automação industrial pneutrônica; projetos de


comandos binários eletropneumáticos. São Paulo, ABHP, 1997. 278p. il.

BONACORSO, Nelso Gauze; NOLI, Valdir. Automação eletropneumática. 7.ed. São Paulo,
Érica, 2004. 137p. il.

FESTO. P111 introdução à pneumática. S. l., 1994. 93p. il.

GALÃO, André Alex F. Pneumática básica. Porto Alegre, SENAI/RS. 1993. 106p. il.

PARKER. Tecnologia pneumática industrial. Jacareí, 2002. 164p. il.

PARKER, SCHRADER BELLOWS. Automação pneumática. S. n. t. 125p. il.

STEWART, HARRY L. Pneumática e hidráulica. S. l., Hemus, s.d. 481p. il.

Elaborado por

Ademir Bassanesi – Instrutor de Ensino


Igor Krakheche – Instrutor de Ensino
Monica Dall’Agnol – Bibliotecária
Norma Rodel – Mediadora

Nome da Instituição respondente

SENAI-RS

Data de finalização

05 de out. 2006.

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