O hinduísmo é uma religião de cerimônias e rituais.
Tem como base o sacrifício
de animais, o que os seus adeptos fazem, não com o propósito de agradar aos deuses, mas julgando através do sacrifício, alcançar poderes sobrenaturais sobre esse mundo e sobre todas as coisas. Pela sua relação com todos os aspectos da vida, o hinduísmo tem mais expressão social do que religiosa propriamente. Modela toda a estrutura social, desde os atos comuns da vida diária e, inclusive, a literatura e a arte. Fugindo da teoria, o hinduísmo é uma religião popular e politeísta, da qual a maioria dos seus adeptos nada conhece senão seus rituais e práticas. Nesse aspecto, é semelhante ao baixo espiritismo praticado no Brasil, onde os fieis, pelo místico medo do sobrenatural, ouvindo os conselhos dos mais velhos, se lançam à prática da religião aconselhada. O ensino do hinduísmo acerca de Deus não confere com os ensinamentos do próprio Deus dado aos profetas de Israel, para todos os seres humanos, tampouco com os de Jesus Cristo. Os hindus estão afastados de Deus, pela desobediência e seus preceitos que eram conhecidos pelos seus antepassados. O hinduísmo é uma religião popular, da Índia, Paquistão, Ceitão e Birmânia; possui mais de meio milhão de adeptos. Suas raízes são muito remotas e pode-se considerá-la como um produto de duas outras religiões: vedísmo e bramanismo. Existem várias escolas filosóficas no pensamento hindu. Cada uma dessas escolas apresenta dogmas, pensamentos ou liturgias diferentes. O hinduísmo, bem como qualquer outra religião hindu, parte de princípios dos “três caminhos”. a) O caminho do conhecimento, doutrina que declara que o bem supremo pode ser obtido através do conhecimento. b) O caminho da ação declara que o mais alto grau da ascensão espiritual que o ser humano pode almejar só pode ser realizado pelos sacrifícios e outras observações e rituais. c) O caminho do amor declara que o mais alto grau da ascensão espiritual se realiza através do amor e da devoção à divindade. Esse caminho tornou-se o mais importante dos três da religião hindu. Há várias correntes do hinduísmo moderno representado por inúmeras seitas, que tendem a misturá-lo com o Cristianismo. A Índia, berço de muitas religiões é um forte centro de convivência e de aberrações de vários sistemas filosóficos e religiosos. O hinduísmo continua a ter a maioria da população. Os hindus têm uma infinidade de deuses. Entre os mais famosos estão Brama, o “criador de todas as coisas”, Vishnu, o conservador do universo, e Siva, o destruidor, também chamado de “o consolador”. A deusa Kali também é bastante adorada e sempre lembrada nos rituais. Para eles os anjos, são desuses ainda em estágio inferior. Normalmente é colocado como guardiões da trindade, como é o caso de Broklapus, Nepal, ou auxiliares dos deuses. Os demônios são forças hostis aos deuses e aos seres humanos. Impedem o sacrifício e a concentração durante os rituais. São esculpidos nas portas externas dos templos, a fim de que, ao vê-los, os fiéis evitem os seus maléficos artifícios. Podem se manifestar sob diversas formas. Segundo o hinduísmo o ser humano é uma criatura como as outras, sujeito a um novo nascimento. É a reencarnação sucessiva, a esperança de atingir uma casta mais elevada. A salvação consiste na liberação desse ciclo e na fusão final com Deus. A teoria do carma é a famosa doutrina da reencarnação. Através de reencarnações sucessivas, o ser humano vai adquirindo méritos espirituais junto às divindades. A lei do carma atinge todos os seres vivos, inclusive os próprios deuses, e atua de maneira infalível. O Samsôra ou transmigração da alma (espírito). Diz que a lama retornará ao corpo de um ser humano depois de ter renascido 84 Laksa (ou seja, 84 x 100.000). Vinte Laksa como planta, nove como animal aquático, onze como inseto, dez como ave, trinta como boi, quatro como macaco. Depois deverá nascer 2 x 100.000 vez nas mais diversas condições humanas antes de libertar-se definitivamente do Samsôra, ciclo de mortos e renascimentos sucessivos. Eis a razão pela quais os hindus adorarem animais, fazendo-os sagrados. Segundo a crença hindu, ao matar uma mosca, você poderá estar atrapalhando a evolução de uma alma (espírito). Os sacrifícios podem, inclusive, levar os deuses àqueles que os fazem. É o meio mais seguro de alcançar poder sobre este mundo e a realidade sobrenatural, tanto em relação aos seres visíveis quanto invisíveis, criaturas animadas ou inanimadas. A salvação, o destino do ser humano não depende de nenhum dos seus deuses, mas esforço de cada um. O ser humano pode condenar-se ou salvar-se dos sofrimentos causados pelo Samsôra, a roda da vida que gira sem cessar, produzindo nascimentos e renascimentos sucessivos. A salvação consiste na liberação desse ciclo e na fusão final com a divindade. A libertação do mundo (onde tudo é mau) é o bem supremo. A participação (bhakti) é uma doutrina que ensina que a participação objetiva do ser humano no divino, por intermédio do amor, fé e devoção emocional que se manifestam através de um desejo apaixonado de união com o senhor, por um abandono da vontade própria e a submissão ao senhor ou aos mestres que facilitam o acesso a ele. A purificação ocorre através de certas práticas, como por exemplo, a de mergulhar no rio Ganges, em Benores. A peregrinação ao rio Ganges é feita de doze em doze anos, nos dias determinados pelos astrólogos como favoráveis. Os fieis reúnem-se numa grande mutidão, na conferência dos rios Ganges e Jumna para lavar seus pecados. De repente, a um só tempo, obedecendo ao ritual, todos se precipitam em direção às águas. Centenas de fiéis morrem pisoteados, mas satisfazem a seus anseios de purificação. Os cultos e rituais variam enormemente. Há cerimônias para esperar o nascimento de uma criança, para acompanhar as várias etapas da infância, o matrimônio, o enterro. Só a Brama Samaj (Sociedade Bramanista fundada em Calcutá, em 1828. Chegou a constituir um movimento influente na alta sociedade de Bengala) (ramo do hinduísmo) estabeleceu um ritual comum em todos os tempos. Os sacerdotes cuidam das imagens, oferecendo-lhes comida. As festas religiosas relacionam-se com os acontecimentos sociais. A ioga é a prática consciente ou voluntária que visa à dominação da totalidade dos planos da vida inferior, constatando a energia da vida vegetativa. Existem dois tipos de ioga: a Hatha-Yoga, praticada para se conseguirem poderes mágicos; e a Raja- Yoga, para se alcançar perfeição especial. “A ioga praticada no ocidente, embora o seja com a finalidade de melhorar o físico e a mente” é uma evolução da ioga hindu. Em fim o Hinduísmo é um conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas que surgiu na índia a partir de 2000 a.C. Conhecido dos seguidores pelo nome Sânscrito Samatana Dharma, que significa “a ordem permanente”. Está fundamentado nos vendas (conhecimento, em Sânscrito), conjunto de textos sagrados compostos de hinos de louvor e ritos. Suas características principais são o politeísmo e a crença na reencarnação.