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Unidade I

MATEMÁTICA APLICADA

Prof. Luiz Felix


Conjuntos

Designa-se conjunto uma representação de


objetos, podendo ser representado de três
modos:
 Representação ordinária
A = 0, 1, 2, 3, 4
 Representação abstrata
A = x  Z  0  x  4
 Representação por diagramas de Venn

A
0 1
2

3 4
Operações entre conjuntos

 Interseção – Elementos comuns


Dados os conjuntos A = 0,4,9 e
B = 4,8
A  B = 4
 União – Composição de todos os
elementos.
Dados os conjuntos A = 1,4,8 e
B = 7,8
A  B = 1,4,7,8
 Diferença
Dados os conjuntos A = 2,3,5 e
B = 2,4
A – B = 3,5
Conjuntos numéricos

 Números naturais
N = 0, 1, 2, 3, ...
 Números inteiros
Z = ..., -2, -1, 0, 1, 2, ...
 Números racionais
Q = x / x = a/b com a e b  Z com
b ≠ de 0
Exemplos: 2/10 = 0,2
47/99 = 0
0,4747
4747
Conjuntos numéricos

 Números irracionais – Formados


por dízimas infinitas não
periódicas.
Exemplo:  3 = 1,73205...
 Números reais – Formados por
todos os números racionais e
irracionais.
Produto cartesiano

 A x B = (x,y) / x  A e y  B
Exemplo: A = 1,2,3 e B = 1,2,5
 A x B = (1,1), (1,2), (1,5), (2,1), (2,2),
(2,5),(3,1), (3,2), (3,5)
Plano cartesiano
Funções

Uma relação f: A B é chamada de função


se:
I. Não há elemento x em A sem
correspondente y em B. (Não podem
“sobrar” elementos de A.)
II. Qualquer elemento x de A tem um único
correspondente y em B. (Não pode haver
elemento de A “associado” a mais de um
elemento de B.)
Funções - exemplo

 Sendo A = -2, -1, 0, 1


B = 2, 3, 4, 5, 7
Verifique se a relação f: A B é uma
função.

A 3 B
-2
-1 2
0 4
1 7
5
Função constante

 É toda a função y = k em que k é uma


constante real. Verifica-se que o gráfico
dessa função é uma reta horizontal,
passando pelo ponto de ordenada k.

k
Função linear

 Sendo A e B conjuntos de números


reais e m uma constante real diferente
de zero, dizemos que uma função
f: A B, com f (x) = m . x, é uma
função linear.
Interatividade

Observando o 2º. quadrante do plano


cartesiano, podemos afirmar que:
a) x > 0 e y > 0.
b) x < 0 e y < 0.
c) x > 0 e y < 0
0.
d) x < 0 e y > 0.
e) x = 0 e y = 0.
Resposta

A alternativa correta é:
d) x < 0 e y > 0.
Função do 1º. grau (ou função afim)

 Sua sentença é dada por y = m . x + n,


sendo m e n constantes reais com m
diferente de 0.

n n

m>0 m<0
Observações importantes da função
do 1º. grau

1. A constante n é chamada de coeficiente


linear e representa, no gráfico, a
ordenada do ponto de interseção da reta
com o eixo y.
2. A constante m é chamada de coeficiente
angular. Quando m > 0, o gráfico
corresponde a uma função crescente, e,
quando m < 0, o gráfico corresponde a
uma função decrescente.
Observações importantes da função
do 1º. grau

3. Conhecendo-se dois pontos de uma reta


A (x1 , y1) e B (x2 , y2 ), o coeficiente
angular m é dado por:
m = y2 – y1
x2 – x1
4. Conhecendo-se um ponto P (x0 , y0 ) de
uma reta e seu coeficiente angular m, a
função correspondente é dada por
y – y0 = m (x – x0)
Ou seja:
A equação da reta é: y = m (x – x0) + y0
Função do 1º. grau - exemplo

 Obtenha o coeficiente angular da reta


que passa pelos pontos.
A (1, 2) e B (2, 7)
Resolução: A (x1, y1) B (x2, y2)
Sendo m = y2 – y1
x2 – x1
m=7–2 m=5 m=5
2–1 1
Função do 1º. grau - exemplo

 Obtenha a equação da reta que passa


pelo ponto P(1,3) e tem coeficiente
angular m = 2.
Resolução: y = m (x – x0) + y0 e P(1,3)
P(x0, y0)
y = 2 (x – 1) + 3
y = 2x – 2 + 3
y = 2x + 1
Função do 1º. grau - exemplo

 Qual a equação da reta que passa pelos


pontos A (1,2) e B (2,3)?
Resolução: A (x1, y1) B (x2, y2)
Sendo m = y2 – y1
x2 – x1
m=3–2 m=1 m=1
2–1 1
Sendo y = m (x – x0) + y0 e A(1,2)
y = 1 (x – 1) + 2
y=x–1+2
y=x+1
Função demanda e oferta de
mercado

 A demanda (ou procura) de um


determinado bem é a quantidade desse
bem que os consumidores pretendem
adquirir.
 A oferta de um bem é a quantidade que
os vendedores desejam oferecer no
mercado.
 x é a quantidade demandada ou ofertada
e y o preço unitário do produto.
 Na demanda y = – m . x + n, esta é uma
função decrescente, pois m < 0.
 Na oferta y = m . x + n, esta é uma
função crescente, pois m > 0.
Preço e quantidade de equilíbrio

 É o ponto de intersecção entre a


demanda e a oferta.
 Seja a função demanda D(p) = 25 – 4p e
a função oferta S(p) = – 5 + 6p
Qual é o preço de equilíbrio de mercado
para essas funções?
Resolução: D(p) = S(p)
25 – 4p = – 5 + 6p
25 + 5 = 6p + 4p
30 = 10p
30/10 = p
p=3
Interatividade

Dada a função demanda D(p) = 45 – 18p e a


função oferta S(p) = – 35 + 2p. Qual é o
preço de equilíbrio de mercado para essas
funções?
a) p = 1.
b) p = 2.
c) p = 3.
d) p = 4.
e) p = 5.
Resposta

A alternativa correta é:
d) p = 4.
Resolução:
D(p) = 45 – 18p e S(p) = – 35 + 2p
D(p) = S(p)
45 – 18p = – 35 + 2p
45 + 35 = 2p + 18p
80 = 20p
80/20 = p
p=4
Receita total

 Seja x a quantidade vendida de um produto.


 Chamamos de função receita o produto do
preço de venda por x e indicamos por R.
R(x) = P.x
Receita total - exemplo

 Uma livraria vende uma revista por


R$ 5,00 a unidade.
a) Qual a função receita?
Sendo R(x) = P.x então:
R(x) = 5
5.x
x
b) Qual a receita da livraria se forem
vendidas 10 revistas?
 Sendo a função receita
R(x)
( ) = 5.x então:
R(x) = 5.10
R(x) = 50 reais
Receita total - exemplo

c) Qual a quantidade que deve ser vendida


para se obter uma receita de R$700,00?
Neste caso, temos:
Função receita: R(x) = 5.x
Receita desejada R(x) = 700
então:
700 = 5.x
x = 700 = 140
5
Custo total

 Seja x a quantidade produzida de um


produto.
 O custo total de produção, ou
simplesmente custo, depende de x, e a
relação entre eles chamamos de função
custo total, ou simplesmente função
custo, e indicamos por C.
Custo total

 Existem custos que não dependem da


quantidade produzida, tais como aluguel,
seguros e outros. A soma desses custos
chamamos de custo fixo e indicamos por
CF.
 A parcela do custo que depende de x,
chamamos de custo variável e indicamos
por CV.
C(x) = CF + CV
 Para x variando dentro de certos valores,
normalmente não muito grandes, o custo
variável é geralmente igual a uma
constante multiplicada pela
quantidade x.
Custo total - exemplo

 O custo fixo mensal de fabricação de um


produto é de R$ 5.000,00, e o custo
variável por unidade é de R$ 10,00.
Qual a função custo total?
Sendo C(x) = CF + CV, temos:
CF = 5000 e CV = 10, então:
C(x) = 5000 + 10.x
Interatividade

O custo fixo mensal de uma empresa é de


R$ 5.000,00, o custo variável por unidade
produzida é de R$ 30,00 e o preço de venda
é de R$ 40,00. Indique a alternativa que
apresenta, respectivamente, a função
receita e a função custo
custo.
a) R(x) = 30.x e C(x) = 5000 + 40.x.
b) R(x) = 30.x e C(x) = 40 + 5000.x.
c) R(x) = 40.x e C(x) = 30 + 5000.x.
d) R(x) = 40
40.x
x e C(x) = 5000 + 30
30.x.
x
e) R(x) = 40.x e C(x) = 5000 + 40.x.
Resposta

A alternativa correta é:
d) R(x) = 40.x e C(x) = 5000 + 30.x
Resolução:
Preço de venda é R$ 40,00, então:
R(x) = 40
40.x
x
C(x) = CF + CV
Custo fixo é de R$ 5.000,00
Custo variável é de R$ 30,00, então:
C(x)
( ) = 5000 + 30.x
Ponto crítico (break even point) ou
ponto de nivelamento

 O ponto de nivelamento é o valor de x tal


que R(x) = C(x).
Ponto crítico (break even point) ou
ponto de nivelamento - exemplo

 Uma editora vende certo livro por


R$ 60,00 a unidade. Seu custo fixo é de
R$ 10.000,00 por mês, e o custo variável
por unidade é de R$ 40,00. Qual o ponto
de nivelamento?
Neste caso, temos:
Função receita: R(x) = 60.x
Função custo: C(x) = 10000 + 40.x
Sendo R(x) = C(x) temos:
60.x = 10000 + 40.x
60.x – 40.x = 10000
20.x = 10000
x = 500
Função lucro

 A função lucro é definida como a


diferença entre a função receita R e a
função custo C.
Indicando a função lucro por L, teremos:
L(x) = R(x) – C(x)
Função lucro - exemplo

 O custo fixo mensal de uma empresa é


de R$ 30.000,00, o preço unitário de
venda é de R$ 8,00 e o custo variável por
unidade é R$ 6,00.
a) Qual a função lucro?
R(x) = P.x = 8.x
C(x) = CF + CV = 30000 + 6.x
L(x) = R(x) – C(x)
L(x) = 8.x – (30000 + 6.x) =
L(x) = 8.x – 30000 – 6.x
L(x) = 2.x – 30000
Função lucro - exemplo

b) Qual o lucro se 40.000 unidades forem


vendidas?
 Sendo a função lucro
L(x) = 2.x – 30000 então:
L(x) = 2 . 40000 – 30000
L(x) = 80000 – 30000
L(x) = 50000
Função lucro - exemplo

c) Quantas unidades devem ser vendidas


para se obter um lucro de R$ 60.000,00?
 Sendo a função lucro
L(x) = 2.x – 30000 então:
60000 = 2
2.x
x – 30000
60000 + 30000 = 2.x
2.x = 90000
x = 90000
2
x = 45000
Interatividade

O custo fixo de fabricação de um produto é


de R$ 1.000,00 por mês, o custo variável
por unidade é de R$ 5,00 e cada unidade é
vendida por R$ 7,00. Indique a alternativa
que apresenta, respectivamente, o ponto
crítico e a função lucro
lucro.
a) Ponto crítico = 300 e L(x) = 12.x + 100.
b) Ponto crítico = 500 e L(x) = 12.x – 1000.
c) Ponto crítico = 500 e L(x) = 2.x – 1000.
d) Ponto crítico = 300 e L(x) = 2
2.x
x – 1000.
1000
e) Ponto crítico = 500 e L(x) = 2.x + 1000.
Resposta

A alternativa correta é:
c) Ponto crítico = 500 e L(x) = 2.x – 1000
Resolução:
R(x) = 7.x C(x) = 1000 + 5.x
Ponto crítico:
R(x) = C(x) 7.x = 1000 + 5.x
7.x - 5.x = 1000 2.x = 1000 x = 500
Função lucro:
L( ) = R(x)
L(x) R( ) – C(x)
C( )
L(x) = 7.x – (1000 + 5.x)
L(x) = 7.x – 1000 – 5.x = 2.x – 1000
ATÉ A PRÓXIMA!

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