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FICHA INSTITUCIONAL
§§
FICHA TÉCNICA
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Antônio Ribiero Leite - Ten Cel PM
Clelcimar Santos Rabelo de Sousa – Maj PM
Wilker Soares Sodré - Maj PM
CONSULTAS E PESQUISAS
Wilker Soares Sodré - Maj PM
ARTE GRÁFICA
Rogério Francia Farias - Sd PM
Jocilayne Nayara da Silva - Sd PM
REVISÃO JURÍDICA
Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso
FORMATAÇÃO FINAL
Clelcimar Santos Rabelo de Sousa – Maj PM
Manual do Policial Militar – Pleito Eleitoral 2008
APRESENTAÇÃO
Eis o motivo que serviu de incentivo para elaboração deste manual, ou seja,
disponibilizar a todos os policiais militares, uma fonte de consulta direcionada as
particularidades do policiamento das eleições visando facilitar o trabalho do Policial
Militar frente a um evento que não faz parte do cotidiano do nosso serviço e que
talvez por isso apresente tantas dúvidas quanto ao aspecto legal da atuação policial,
em especial, pelas freqüentes mudanças que costumam ocorrer na legislação
eleitoral.
Por fim caso permaneça alguma dúvida quanto à forma de atuação policial
em conseqüência de alguma particularidade não prevista neste Manual, fica a
orientação para que se evite tomar qualquer decisão e fazer qualquer
encaminhamento sem antes consultar seu superior sobre o procedimento correto a
ser adotado.
SUMÁRIO
PÁGINA
1 CONCEITOS BÁSICOS...................................................................................... 9
1.1 O que é crime 9
1.2 O que é crime eleitoral 9
1.3 O que é crime de desobediência 9
REFERÊNCIA 32
ANEXO A: Condutas proibidas e permitidas 33
ANEXO B: Resumo de alguns artigos do Código Eleitoral 37
ANEXO C: Resumo de alguns artigos da Resolução 21610 39
ANEXO D: Resumo de alguns artigos da Lei de Eleições 41
ANEXO E: Breves considerações sobre corrupção eleitoral 42
ANEXO F: Breves considerações sobre a ação penal eleitoral 43
9Manual do Policial Militar – Pleito Eleitoral 2008
1 CONCEITOS BÁSICOS
É todo fato humano, proibido por lei, ou toda a ação ou omissão proibida pela
lei, sob ameaça de pena.
Pode ser conceituado sob duas óticas sendo que quanto ao aspecto formal
são todas as condutas consideradas típicas pela legislação eleitoral, enquanto que
sob o aspecto material são todas as ações ou omissões humanas, sancionadas
penalmente, que atentem contra os bens jurídicos expressos nos direitos políticos e
na legitimidade e regularidade dos pleitos eleitorais.
1
Referem-se aos objetivos estabelecidos pelo Plano de Operações nº 006 /APOEG/08 para o policiamento das
eleições 2008.
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Muito mais que um servidor público que estará colaborando com a justiça
eleitoral ao oferecer a população segurança nos 1.571 locais de votação, na verdade
cada policial militar através de sua atuação passa a ser um ator social fundamental
para consolidação da história da democracia no Estado de Mato Grosso.
3.4.1.2 Desde que seja respeitada a distância mínima de 200 metros das sedes do
Executivo Federal, dos Estados e das Prefeituras Municipais, das câmaras
Legislativas Federais, Estaduais e Municipais; dos Tribunais Judiciais; dos Hospitais
e casas de saúde; das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros em atividade;
dos quartéis e outros estabelecimentos militares;
• Embasamento legal: Resolução do TSE, art. 12, §1º, I, II, III e Lei n° 9.504/97,
art. 39, §3°, inc. I, II e III.
3.4.1.3 Para o caso de ALTO-FALANTE FIXO quando estiver sendo usado na sede
ou no comitê do partido ou da coligação;
OBSERVAÇÃO: Um particular não pode colocar alto-falante e sair por aí, fazendo
propaganda de seu candidato preferido.
Manual do Policial Militar – Pleito Eleitoral 2008
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3.4.2.1 A partir de 06/07, desde que sejam colocados somente nos vidros dos
veículos e não impeçam a visibilidade do motorista; (principio da manifestação
individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou
candidato).
• Embasamento legal: Resolução do TSE, art. 67, caput, e art. 70, caput.
I – Espécie;
II – Tipo;
III – Carroçaria ou Monobloco;
IV – Combustível;
V - Modelo/versão;
VI – Cor;
VII - Capacidade/potência/cilindrada;
VIII – Eixo suplementar;
IX – Estrutura;
X – Sistemas de segurança.
Art. 4° - .....................................
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Art. 12 - ....................................
A PROIBIÇÃO é total.
• Embasamento legal: Lei nº 9.504/97, art. 37, caput.
Quando o muro proteger prédio particular de uso comum ou cujo uso dependa de
cessão, permissão ou concessão do Poder Público. Enquadram-se nessa
situação:
■ Estabelecimentos comerciais (bares, lojas, supermercados, padarias, e
assemelhados);
■ Indústrias, prestadores de serviços, e outros que funcionem com Alvará da
Prefeitura, licença da União, ou do Estado;
■ Fundações, sede de clubes, escolas particulares, revenda de automóveis,
postos de gasolina, igrejas, cinemas e etc;
■ E todas de uso comum;
• Embasamento legal: Lei 9.504/97, art. 37,caput.
Quando a afixação de placas cujo tamanho não ultrapasse a dimensão até 4 m²,
desde que autorizadas pelos proprietários dos muros/residências
• Embasamento legal: Lei 9.504/97, art. 37, § 2º e Resolução TSE, art. 14, caput.
OBSERVAÇÃO 1: Essas práticas são vedadas não somente nas proximidades das
seções eleitorais, mas em qualquer lugar, na data da eleição;
OBSERVAÇÃO 2: Crime somente pode ser cometido durante o horário da eleição
ou quando os eleitores estão se dirigindo ao local de votação.
OBSERVAÇÃO 3: A posse de santinho ou panfleto que o eleitor traga consigo para
uso de cola fins de facilitar a escolha de seu candidato não configura boca de urna.
constantes do art. 4o desta Lei quanto aos empregados que portarão arma
de fogo.
§ 3º A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo
deverá ser atualizada semestralmente junto ao SINARM.
do disposto no art. 236 do CE” é crime punível com pena de reclusão de até
quatro anos.
Contudo nos locais em que não existir efetivo das policias Civil e Federal
caberá a Polícia Militar tomar a primeira atitude, pois, no ordenamento jurídico
brasileiro, qualquer pessoa do povo pode e o agente público deve atuar sob pena de
prevaricação ou omissão.
REFERÊNCIAS
ANEXO A
OR
CONDUTA FUNDAMENTO JURÍDICO
D
Art. 69, caput, Res. 22.158-TSE, de
02/03/2006
“Art. 69. Não caracteriza o tipo previsto
no art. 39, § 5º, II, da Lei nº 9.504/97 a
manifestação individual e silenciosa da
A manifestação individual e silenciosa da
preferência do cidadão por partido
preferência do cidadão por partido, coligação ou
1 político, coligação ou candidato, incluída
candidato.
a que se contenha no próprio vestuário
ou que se expresse no porte de bandeira
ou de flâmula ou pela utilização de
adesivos em veículos ou objetos de que
tenha posse (Res.-TSE nº 14.708, de
22.9.94)”
Uso de vestuário (é vedada a utilização de
camisetas de campanha e bonés) contendo
manifestação de preferência a partido,
2 coligação ou candidato(adesivo, fita, botton ou Art. 74, § 1o, da Res. 21.610-TSE
dístico), contanto que não haja aglomeração de
várias pessoas com o mesmo material, suficiente
a caracterizar aliciamento.
Aos fiscais partidários, nos trabalhos de votação,
só é permitido que, em suas vestes ou crachás,
constem o nome e a sigla do partido ou
coligação a que sirvam.
Art. 78. No dia da votação, durante os trabalhos,
os fiscais dos partidos políticos e coligações
poderão portar em suas vestes ou crachás, o
nome e a sigla do partido político ou da coligação
que representarem, vedada qualquer inscrição
que caracterize pedido de voto. Art. 74, § 3o, da Res.21.610 - TSE
3
*Parágrafo único. O crachá deverá ter medidas Art. 78, Resol. 22.154/06
que não ultrapassem 10 (dez) centímetros de
comprimento por 5 (cinco) centímetros de largura,
no qual constem apenas o nome do usuário e a
indicação do candidato ou do partido a que
prestado o serviço, sem qualquer referência que
possa ser interpretada como propaganda eleitoral.
(*) Nova redação – Resol. TSE nº 22.412, de
14.9.06
ANEXO B
Art. 139. Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral cabe a polícia dos
trabalhos eleitorais.
Art. 141. A força armada conservar-se-á a cem metros da seção eleitoral e não
poderá aproximar-se do lugar da votação, ou dele penetrar, sem ordem do
presidente da mesa.
Art. 238. É proibida, durante o ato eleitoral, a presença de força pública no edifício
em que funcionar mesa receptora, ou nas imediações, observado o disposto no Art.
141.
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta
e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor,
salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime
inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
Art. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei as regras gerais do Código
Penal.
At. 248. Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral, nem inutilizar, alterar ou
perturbar os meios lícitos nela empregados.
Art. 249. O direito de propaganda não importa restrição ao poder de polícia quando
exercido em benefício da ordem pública.
Art. 298. Prender ou deter eleitor, membro de mesa receptora, fiscal, delegado de
partido ou candidato, com violação do disposto no Art. 236:
Pena - Reclusão até quatro anos.
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem,
dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para
conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.
Art. 305. Intervir autoridade estranha à mesa receptora, salvo o juiz eleitoral, no seu
funcionamento sob qualquer pretexto:
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 60 a 90 dias-multa.
Art. 306. Não observar a ordem em que os eleitores devem ser chamados a votar:
Pena - pagamento de 15 a 30 dias-multa.
ANEXO C
RESOLUÇÃO Nº 21.610
Art. 48. Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção de seis meses
a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo
período, e multa no valor de R$ 5.320,50 (cinco mil trezentos e vinte reais e
cinqüenta centavos) a R$ 15.961,50 (quinze mil novecentos e sessenta e um reais e
cinqüenta centavos) (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 5º, I e II):
Art. 56. Constitui crime, punível com detenção de até seis meses e pagamento de
trinta a sessenta dias-multa, impedir o exercício de propaganda (Código Eleitoral,
art. 332).
Art. 57. Constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e cassação
do registro se o responsável for candidato, utilizar organização comercial de vendas,
distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de
eleitores (Código Eleitoral, art. 334).
Art. 62. Aplicam-se aos fatos incriminados na legislação eleitoral as regras gerais do
Código Penal (Código Eleitoral, art. 287; Lei nº 9.504/97, art. 90, caput).
Art. 63. As infrações penais previstas nesta Instrução são de ação pública, e o
processo seguirá o disposto nos arts. 357 e seguintes do Código Eleitoral (Código
Eleitoral, art. 355; Lei nº 9.504/97, art. 90, caput).
Art. 64. Todo cidadão que tiver conhecimento de infração penal prevista na
legislação eleitoral deverá comunicá-la ao juiz da zona eleitoral onde ela se verificou
(Código Eleitoral, art. 356, caput).
Art. 68. Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral nem inutilizar, alterar ou
perturbar os meios lícitos nela empregados, bem como realizar propaganda eleitoral
vedada por lei ou por esta Instrução (Código Eleitoral, art. 248).
Art. 69. O poder de polícia sobre a propaganda será exercido exclusivamente pelos
juízes eleitorais nos municípios, pelos juízes designados pelos tribunais regionais
eleitorais nos municípios com mais de uma zona eleitoral, ou, nos municípios com
mais de duzentos mil eleitores, pela comissão encarregada da propaganda, sem
prejuízo do direito de representação a ser exercido pelo Ministério Público e pelos
demais legitimados.
Art. 72. Para a procedência da representação por propaganda irregular, esta deve
estar instruída com prova da materialidade da propaganda, sendo também
imprescindível a comprovação da autoria ou de que o beneficiário dela teve prévio
conhecimento, caso este não seja por ela responsável, não sendo admitida a mera
presunção para a imposição da respectiva sanção.
Art. 74. Não caracteriza o tipo previsto no art. 39, § 5º, II, da Lei nº 9.504/97, a
manifestação, no dia da eleição, individual e silenciosa da preferência do
cidadão por partido político, coligação ou candidato, incluída a que figure no
próprio vestuário ou no porte de bandeira ou de flâmula ou pela utilização de
adesivos em veículos ou objetos de que tenha posse (Res.-TSE nº 14.708, de
22.9.94).
ANEXO D
I - das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros
estabelecimentos militares;
II - dos hospitais e casas de saúde;
III - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.
ANEXO E
Art. 299 do CE – dar, oferecer, prometer (corrupção ativa), solicitar ou receber, para
si ou para outrem (corrupção passiva), dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem,
para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta
não seja aceita.
• Voto não é mercadoria exposta à venda.
• Qualquer pessoa pode cometer o delito, não precisa ser candidato.
ANEXO F