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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
_________________________________________
Prof. Augusto José de Almeida Buschinelli, Dr. -Ing.
(Orientador)
_________________________________________
Prof. José Antônio Bellini da Cunha Neto, Dr. Eng.
(Coordenador do Curso)
BANCA EXAMINADORA:
_________________________________________
Prof. Jair Carlos Dutra, Dr. Eng. – (Presidente)
_______________________________ ______________________
Prof. Jesualdo Pereira Farias, Dr. Eng. Prof. Américo Scotti, Ph.D.
(Membro) (Membro)
_____________________________ __________________________________
Prof. Paulo César Okimoto, Dr. Eng. Prof. Ramón Sigifredo C. Paredes, Dr. Eng.
(Membro) (Membro)
iii
Aos meus filhos, Isabel, Serginho e Raquel, por representarem a minha principal
fonte de inspiração e energia;
A Edna pelo amor dedicado aos meus filhos e pelo duplo papel de mãe e pai;
Aos meus pais, Walter e Maria, pela educação e carinho necessários na formação
do meu caráter;
Aos meus “poucos” irmãos, Iracema, Jurema, Walter, Sandra, Cláudio, Nilton,
Nilma, Nara, Silvia, José e Cristiane, por fazerem parte de minha vida.
v
Agradecimentos
A equipe do LABSOLDA/IMC (Prof. Jair, Raul, Denise, Valério, Jean, Régis, Pablo
e Larry “in memoriam”) pelo apoio, dica e amizade durante esta jornada;
Aos amigos, Jerusa, Sandra, Ana, Leonardo, Graciela, Elarrat, Victor Vergara,
André Coelho, Schifler, Ricardo, Serginho, Suziane, Francisco, Ramon, Aldo, Niño,
Cleide e Motta pelo apoio e momentos de descontração;
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS xi
LISTA DE FIGURAS xiv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOGIAS xxiii
RESUMO xxvii
ABSTRACT xxviii
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO 01
1.1 Introdução 01
1.2 Importância e contribuição científica do trabalho 03
1.3 Objetivos 03
1.4 Organização do trabalho 04
CAPÍTULO II – O PROCESSO MIG/MAG 05
2.1 Introdução 05
2.2 O processo MIG/MAG 05
2.2.1 Aplicações, vantagens e limitações do processo MIG/MAG 07
2.2.2 Equipamentos e consumíveis 09
a) Fontes 09
b) Sistema de alimentação de arame 12
c) Gás de proteção 13
d) Arame 15
2.2.3 Parâmetros de soldagem e tópicos afins 15
a) Tensão de Soldagem (Us) 16
b) Corrente de soldagem (Is) 16
c) Velocidade de soldagem (vs) 16
d) Ângulo de inclinação da tocha de soldagem 17
e) Distância entre o bico de contato e o metal de base (DCP) 18
2.3 Modos de Transferência metálica 19
2.3.1 Forças atuantes na transferência metálica 21
a) Teoria do equilíbrio das forças estáticas 21
a.1) Força devido a aceleração da gravidade (Fg) 21
a.2) Força eletromagnética ou de Lorentz (Fem) 22
a.3) Força de arraste do plasma (Fa) 23
a.4) Força devido a tensão superficial (Fγ) 23
vii
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO II
Tabela 2.1 - Classificação dos modos de transferência metálica 20
CAPÍTULO III
Tabela 3.1 – Técnicas de refino aplicáveis no processo de solidificação 63
CAPÍTULO IV
Tabela 4.1 – Propriedades mecânicas dos metais de base 72
Tabela 4.2 – Características dimensionais adotadas e composições químicas
apresentadas pelos metais de base 72
Tabela 4.3 – Características e composições químicas obtidas na deposição
dos metais de adição 72
Tabela 4.4 – Resumo dos parâmetros de pulsação convencional para o aço 73
Tabela 4.5 – Resumo dos parâmetros de pulsação convencional para o AlMg 74
Tabela 4.6 – Características técnicas apresentadas pela fonte de soldagem 75
Tabela 4.7 – Condições utilizadas na soldagem em simples deposição 84
Tabela 4.8 – Pacotes operacionais de pulsação utilizados para variar os valores de
Ft na soldagem do aço carbono 87
Tabela 4.9 – Pacotes operacionais de pulsação utilizados para variar os valores de
Ft na soldagem do AlMg 87
Tabela 4.10 – Pacotes operacionais utilizados na variação de Ct na soldagem do
aço 88
Tabela 4.11 – Pacotes operacionais utilizados na variação de Ct na soldagem do
AlMg 88
Tabela 4.12 – Pacotes operacionais utilizados na avaliação de Dpt na soldagem do
aço 89
Tabela 4.13 – Pacotes operacionais utilizados na avaliação de Dpt na soldagem do
AlMg 89
Tabela 4.14 – Pacotes operacionais utilizados para variar os valores de Dt e Imt na
soldagem do aço carbono 90
Tabela 4.15 – Pacotes operacionais utilizados para variar os valores de Dt e Imt na
soldagem do AlMg 90
5
Tabela 4.16 – Planejamento fatorial completo 2 para avaliação da onda I na
soldagem do aço carbono 94
xii
LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO II
Figura 2.1 – Descrição genérica do processo MIG/MAG 06
Figura 2.2 – Característica estática da fonte x curva do arco 11
Figura 2.3 – Ângulos de posicionamento da tocha 17
Figura 2.4 – Representação da distância contato peça e da projeção do
arame (stickout) 18
Figura 2.5 - Representação esquemática dos principais modos de
transferência 20
Figura 2.6 – Balanço estático das forças atuantes na gota 22
Figura 2.7 – Descrição da técnica de shadowgrafia 25
Figura 2.8 – Representação do processo de transferência no modo pulsado 27
Figura 2.9 – Características estáticas possíveis de serem empregadas no
modo pulsado 30
Figura 2.10 – Condições de transferência em função dos valores de Ip e tp
selecionados 31
Figura 2.11 – Representação do arco como um conjunto de resistores 32
Figura 2.12 – Relação simplificada entre a taxa de fusão (Txf ) e a taxa de
alimentação (Txa) 33
Figura 2.13 – Condição de equilíbrio entre a taxa de alimentação e a taxa de
fusão 34
Figura 2.14 – Condições de transferência: (a) grande tempo de destacamento
provocando mais de uma projeção e (b) influência do tempo de pulso na
forma de projeção da gota 36
Figura 2.15 – Representação dos oscilogramas mostrando as características
do processo de destacamento 37
Figura 2.16 – (a) procedimento para a determinação de a e (b) Histograma
mostrando a distribuição dos tempos de destacamento 38
Figura 2.17 – Representação esquemática das possíveis formas de ondas
(taxa de resposta dI/dt) impostas por diferentes equipamentos 42
Figura 2.18 – Fragmentação do eletrodo durante a abertura do arco,
decorrente da imposição de um nível alto de I e da va (abertura na região
intermediária de l) 43
xv
CAPÍTULO IV
Figura 4.1 – Tela do programa de controle TERMICO2 78
Figura 4.2 – (a) Sistema de deslocamento da tocha e pontos de tomada de
tensão e (b) localização do sensor Hall 79
Figura 4.3 – Representação esquemática da bancada de soldagem 80
Figura 4.4 – (a) Detalhe dos equipamentos utilizados no processo aquisição e
(b) controle do processo de soldagem 80
Figura 4.5 – (a) Fonte de soldagem DIGITEC 450 e (b) detalhe do sistema de
tracionamento e do posicionamento do sensor da va 81
Figura 4.6 – Representação esquemática da forma de onda de pulsação
térmica contendo modulação conjunta da corrente média (Im) com a
velocidade de alimentação do arame (va), onda I 83
Figura 4.7 – Representação esquemática da forma de onda de pulsação
térmica contendo modulação apenas na corrente média (Im), onda II 83
Figura 4.8 – Forma de deposição adotada. Onde (a) AlMg e (b) aço carbono 84
Figura 4.9 – Oscilogramas contendo os sinais sincronizados de I, U e va (liga
AlMg) 99
Figura 4.10 – Detalhes da bancada experimental de shadowgrafia por laser.
Onde: (a) fonte de laser, filtros e lentes para controle do diâmetro do feixe, (b)
sistema de deslocamento da tocha, (c) filmadora e monitor e (d) micros
utilizados no controle e aquisição dos sinais elétricos 101
Figura 4.11 – Processo de formação e aquisição da imagem da região do
arco. Onde: (a) sombra gerada pela tocha posicionada na frente do feixe de
laser e (b) imagem (quadro) gerada pela filmadora 102
Figura 4.12 – Exemplo do resultado final obtido pela técnica de shadowgrafia.
Como informação, verifica-se o estabelecimento da condição UGPP (liga
AlMg) e a presença de ondulação na poça de fusão 103
Figura 4.13 – Apresentação das características do cordão de solda e do
detalhe da região de medição das respostas de interesse 104
Figura 4.14 – Detalhe das regiões selecionadas para análise e do modo de
extração dos corpos-de-prova (CP). Onde: (a) CP para avaliação da
microestrutura da ZF e (b) CP para análise gravimétrica 105
Figura 4.15 – Representação esquemática da célula eletrolítica 108
xvii
Figura 4.16 – (a) Visão geral da célula eletrolítica e (b) recipiente para
eletrólise 108
Figura 4.17 – Representação esquemática da técnica utilizada para
determinação do diâmetro dos grãos 111
Figura 4.18 – Representação da técnica utilizada para determinação do
parâmetro do modo de crescimento (PMC) 112
Figura 4.19 – Técnica utilizada na determinação da largura do grão colunar 113
Figura 4.20 – Representação esquemática do processo de quantificação das
percentagens volumétricas 114
Figura 4.21 – Método utilizado para a determinação das massas e dos
volumes dos corpos-de-prova 117
Figura 4.22 – Equipamentos utilizados na caracterização dos corpos-de-
prova (imagem e perfil de dureza) 119
Figura 4.23 – Efeito do tipo de ataque sobre o aspecto da endentação 121
CAPÍTULO V
Figura 5.1 – Comportamento do comprimento do arco (ll0) em função da
forma de onda de pulsação 124
de penetração 136
Figura 5.12 – Efeito da pulsação térmica sobre a direção de crescimento dos
grãos na zona fundida (liga AlMg) 137
Figura 5.13 – Efeito da pulsação térmica sobre a diferença de largura da ZTA
(alargamento através do recuo da linha de fusão – LF) 139
Figura 5.14 – Influência da freqüência térmica sobre a microestrutura da zona
fundida 141
Figura 5.15 – Efeito da freqüência térmica sobre a granulometria apresentada 141
pela zona fundida (AlMg)
Figura 5.16 – Efeito da freqüência térmica sobre a variação do volume de
microconstituintes da zona fundida (a), microestrutura na região colunar para
Ft = 0,5 Hz (b) e microestrutura na região colunar para Ft = 10 Hz (c) 142
Figura 5.17 – Formação de nódulos de FA na interface térmica (início de pt) 143
Figura 5.18 – Efeito da distância entre pulsos sobre a geometria e o aspecto
superficial do cordão 145
Figura 5.19 – Efeito da distância entre pulsos sobre o aspecto superficial e o
perfil de penetração 145
Figura 5.20 – Influência da distância entre pulsos sobre a microestrutura da
zona fundida 146
Figura 5.21 – Efeito da distância entre pulsos sobre a granulometria
apresentada pela zona fundida (AlMg) 147
Figura 5.22 – Efeito da distância entre pulsos sobre a variação do volume de
microconstituintes da zona fundida 148
Figura 5.23 – Aparente refino na região do pulso térmico 149
Figura 5.24 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre a geometria e o aspecto
superficial do cordão 150
Figura 5.25 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre o aspecto superficial e o
perfil de penetração 150
Figura 5.26 – Influência da distância entre pulsos sobre a microestrutura da
zona fundida 151
Figura 5.27 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre a granulometria apresentada
pela zona fundida (AlMg) 152
Figura 5.28 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre a variação do volume de
xix
de FA (a) e FP(G) (b), durante a mudança de nível dos fatores (aço carbono) 192
Figura 5.74 – Forças atuantes na agitação da poça de fusão 193
Figura 5.75 – Representação esquemática das características produzidas no
cordão em decorrência da pulsação térmica 194
Figura 5.76 – Microscopia eletrônica mostrando o efeito da pulsação térmica
sobre a diferença na subestrutura e a região de ligação do metal de solda
com o metal de base (seção transversal; liga AlMg) 194
Figura 5.77 – Representação da complexidade apresentada na estrutura de
solidificação da zona fundida pelo uso da pulsação térmica (seção
longitudinal; AlMg) 195
xxiii
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO I INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
Os sensíveis avanços tecnológicos, representados pela evolução
exponencial da eletrônica e da informática, vêm permitindo cada vez mais um
melhoramento nos conceitos de equipamentos e, fundamentalmente, na
mentalidade do usuário da tecnologia de soldagem. Esta nova visão a respeito da
verdadeira importância da engenharia de soldagem em níveis de processo de
fabricação e de ciência dos materiais possibilita vislumbrar, por parte do usuário, a
necessidade cada vez maior da criação de um “elo” entre os conhecimentos
pertinentes ao processo e a metalurgia da soldagem. Assim, como resposta a esta
nova realidade, as inúmeras pesquisas, envolvendo estes dois conhecimentos,
estão possibilitando entender o porquê das potencialidades e limitações dos
diversos processos de soldagem utilizados industrialmente. Sabendo como
funciona cada processo e qual o seu atual leque de aplicação, é possível criar
modificações (variantes), junção das características presentes em diferentes
processos num único processo de soldagem, que venha, ao mesmo tempo,
melhorar seu desempenho e ampliar seu campo de atuação.
Atualmente os processos de soldagem ao arco elétrico com proteção
gasosa (MIG/MAG, TIG e Arame Tubular, por exemplo) vêm recebendo constantes
melhoramentos, no campo da eletrônica e da informática, que possibilitam a
manipulação mais precisa dos fenômenos envolvidos na operação de soldagem.
Esta possibilidade de controle, aliada ao entendimento de como a condição
operacional poderá influenciar na estrutura final do metal aportado, permitirá que
se obtenha depósitos com superiores características externas (aspecto superficial)
e internas (refinamento estrutural), quando comparados às condições de
operações básicas.
Diversos autores (Amim, 1983; Street, 1990; Richardson et al, 1994; Dutra et
al, 1995; Yamamoto et al, 1998; Irvin, 1999) relatam os esforços no sentido de se
otimizar as condições de soldagem, buscando o aumento da produtividade, a
redução no nível de defeitos e a simplicidade no controle das condições de
2
Impt, corrente média na fase de base térmica – Imbt, tempo de pulso térmico – tpt,
tempo de base térmica – tbt e distância entre pulsos – Dpt).
1.3 Objetivos
O presente trabalho tem por objetivo geral avaliar os efeitos proporcionados
na adoção da soldagem com a variante MIG/MAG Térmico sobre a estabilidade no
processo de transferência metálica (manutenção do comprimento do arco e da
condição UGPP) e a microestrutura e a geometria apresentada pela zona fundida.
Neste contexto pretende-se ressaltar os seguintes objetivos específicos:
Avaliar a relação entre a dinâmica do sistema de alimentação do
arame e dinâmica do sinal de corrente sobre a estabilidade no processo de
transferência metálica;
Propor e avaliar parâmetros que caracterizem melhor a variante;
Propor e discutir técnicas utilizadas na caracterização da
granulometria da zona fundida (tamanho e forma do grão);
Relacionar, através de ferramenta estatística, as possíveis
características apresentadas pela zona fundida (resposta) com as variáveis
operacionais da pulsação térmica (fator).
1.4 Organização do trabalho
4
2.1 Introdução
Neste capítulo é feito um levantamento do atual estado da arte no que se refere ao
processo de soldagem MIG/MAG. O capítulo abrangerá tópicos como o histórico do processo, suas
vantagens e limitações, os principais equipamentos e variáveis, os possíveis modos de
transferência metálica e, finalmente, a relação do processo frente ao atual avanço tecnológico da
eletrônica e da informática.
Além disso, o objetivo principal deste capítulo recairá no estudo do modo de transferência
metálica comandada, enfatizando-se as características da nova variante do processo MIG/MAG
denominada de pulsação térmica.
Manômetros Misturadores
de gás Rolo de arame
Cabeçote alimentador
20
de arame
20
10 10
1
1
Fluído refrigerante
Condutor Condutor
Gás
Arame
300 A
25 V Vs
Bocal
Metal de solda
(-)
Metal de base
a) Fontes
O avanço da eletrônica (iniciado nos anos 60), representado através do
desenvolvimento de componentes eletrônicos do estado sólido (como os diodos
que viabilizam o controle, os tiristores SCR, os transistores IGBT e os sistemas de
memórias – EPROM, EEPROM e FLASH ROM, entre outros), em conjunto com o
avanço da informática (iniciada nos anos 80), representado aqui pela
disponibilidade de computadores (hardware) e programas (software) com
velocidade de processamento cada vez maior, possibilitaram o desenvolvimento de
fontes de soldagem eletrônicas com controle sobre a dinâmica de resposta
(flutuação da corrente, tensão e velocidade de alimentação do arame em função do
tempo). Tal controle viabiliza o melhoramento, o desenvolvimento e a inserção de
novas variantes na soldagem MIG/MAG, como (Dutra, 1995; Machado, 1996;
Altshuller, 1998; Ting, 2000):
Imposição de corrente pulsada com forma de onda próxima do
formato retangular (idealizada como quadrada);
10
l2
l0
l1
Tensão (V)
Tensão (V)
Tensão constante
Corrente constante
l2 l0
l1
V0 l2
V0
l0
∆v2 ∆V1
l1
∆Ι2
∆Ι2 ∆v2
∆Ι1
∆V1
∆Ι1
Corrente (A) Corrente (A)
(a) (b)
Figura 2.2 – Característica estática da fonte x curva do arco. Adaptado de Barra
(1998). Onde: (a) tensão constante e (b) corrente constante.
c) Gás de proteção
O gás ou mistura gasosa de proteção se caracteriza como uma variável
crítica na operação de soldagem ao arco elétrico com proteção gasosa, afetando
as características de ionização e formação do arco elétrico, além de proteger o
metal fundido de reações de oxidação, da absorção de H2 e da formação de
nitretos. O tipo de mistura empregada irá, ainda, influenciar diretamente no modo
de transferência metálica (flutuação da corrente de transição It), na penetração da
solda (calor e forças gerados no arco), na geometria e no aspecto superficial do
cordão, nas características metalúrgicas do metal aportado, na velocidade de
soldagem (vs), na tendência à formação de mordeduras e na ação de limpeza.
No processo MIG/MAG a utilização de diferentes gases ou misturas irá
caracterizar o nível de atividade, reações metalúrgicas com a gota e com a poça de
fusão, a ser imposto na região do arco.
O valor de It, mantendo-se constantes as demais variáveis envolvidas, é
diretamente afetado pelo volume de CO2 empregado na mistura gasosa (com Ar,
por exemplo). De maneira geral, um aumento na participação de CO2 na mistura,
irá elevar o valor de It, podendo atingir um patamar deste parâmetro fora da faixa
de utilização prática.
Na prática é verificado que misturas de Ar com 5 a 10% de CO2 são
aplicáveis na soldagem em corrente pulsada, tanto do aço carbono como do aço
14
d) Arame
Na soldagem MIG/MAG, a seleção correta do metal de adição a ser
empregado na confecção do depósito também se caracteriza como um dos fatores
cruciais na qualidade final do metal aportado. A integridade do depósito e o custo
final dependem do metal de adição selecionado. Para tal, deve-se levar em
consideração fatores como:
Metal de base a ser soldado (requisitos de composição química);
Proteção gasosa a ser aplicada;
Taxa de deposição pretendida (função direta com a densidade de
corrente – A/mm2);
Dinâmica do equipamento e faixa de corrente;
Geometria e nível de penetração;
Espessura do metal de base;
Facilidade de transferência elétrica e resistência ao efeito da
atmosfera ambiente.
Ângulo de
deslocamento ou ataque
Ângulo de trabalho
Ângulo Ângulo
positivo negativo
Direção Direção
de soldagem de soldagem
Metal
de solda
Metal de base
Bocal
Gás de proteção
Bico de contato
Projeção do
arame (stickout)
DCP
Metal de solda
Metal de base
Globular Curto-circuito
Fg = m g .g (Eq. 2.3)
g → aceleração da gravidade.
Fem
Ra
Fv Fa
Fγ
rs
Fg
Figura 2.6 – Balanço estático das forças atuantes na gota (Pereira, 2000).
µ 0 .I2 rs
Fem = ln (5)
4 π R a
23
πρv p rg c a
2 2
Fa = (Eq. 2.6)
2
•
m IJ
Fv = (Eq. 2.8)
ρv
•
Onde: m → massa total vaporizada por segundo e por ampère
ρv → densidade do vapor
I → corrente de soldagem
J → densidade de corrente
Lente
convergente
Lente
Fonte de divergente
luz (laser)
F = 1/T = 1/(tp+tb)
Ip
It
Im
Ib
Tempo (ms)
l0 l0
Pulso
Base
Pulso
Base
Tensão (V)
l0 l0
Pulso Pulso
Base
Base
a
Ip Ip.tp = D
Destacamentos múltiplos
Uma gota por pulso
Destacamento Região
na base “ótima”
It
Gota muito grande com
destacamento independente do pulso
tp
+
Comprimento
Reletrodo
I Rânodo
Rarco
Rcátodo
- Ueletrodo Uânodo
Queda de tensão
Uarco Ucátodo
T
Txf −p = ∫ Txf (t )dt (Eq. 2.11)
0
Ip .t p + Ib .t b
Im = (Eq. 2.14)
tp + tb
33
2 (Ip − Ib ) 2 .t p .t b
Txf −p = α.Im + β.l.Im + (Eq. 2.15)
(t p + t b )
α
Corrente (A)
2
Ip .t p
Txf −p = α.Im + β.l. (Eq. 2.16)
tp + tb
va
da .
Superfície
de controle
ma
.
mg
dg
Figura 2.13 – Condição de equilíbrio entre a taxa de alimentação e a taxa de fusão.
• •
Txf −p = Txa −p = m g = m a (Eq. 2.17)
4.π.rg .ρ g
3
= π.ra .v aa .ρ a .(t p + t b )
2
3
35
240.Vg
T = tb + tp = (Eq. 2.18)
π.d a .v a
2
t1 t2 t3 t1 t2 t3
(a) (b)
Alcan (1993) cita que caso a gota seja transferida no início do pulso haverá
tendência de um novo destacamento, ainda neste pulso, com menor diâmetro e
maior aceleração, gerando dificuldade de controle do processo de transferência e o
surgimento de salpicos (vide figura 2.14(a)). Contudo, há uma certa controvérsia a
respeito do melhor momento para que a gota seja transferida, ou seja, Nixon and
Norrish (1988), Alcan (1993) e Subramaniam (1996) sugerem como sendo a fase
de base o melhor momento para a projeção da gota (menor energia e estabilidade
no toque gota-poça) e justificam esta consideração no fato de que uma vez iniciada
a transferência, no pulso, esta se tornará irreversível mesmo na fase de base (vide
figura 2.14(b)).
Como a fase de base tem pouca influência sobre o destacamento da gota
pode-se garantir o critério de UGPP através da equação hiperbólica Ipa.tp ≥ D
(Amim, 1983; Ueguri, 1985; Norrish, 1988; Machado, 1996). Esta equação
delimitará a região ótima para o processo de destacamento e qualquer outro par de
Ip e tp que não se localizar dentro desta região irá provocar a instabilidade na
transferência metálica (vide novamente a figura 2.10).
A determinação do valor de D acarreta uma simplificação na solução da
equação 2.16. Neste caso, a mesma passa de um comportamento não linear para
um comportamento linear.
O valor de D, como já discutido previamente poderá ser estabelecido
experimentalmente através de diferentes técnicas, como:
Utilização de osciloscópio
Esta técnica se caracteriza pela relativa facilidade de manipulação no
processo de visualização em tempo real do comportamento das ondas de corrente
e tensão.
A metodologia basicamente pode ser descrita pelos seguintes passos
(Amim, 1983; Norrish et al, 1988; Dutra, 1989; Alcan, 1993; Santos, 2000):
a) Utilizando imposição de tensão (MIG convencional) determinar a
corrente de transição através do momento onde o sinal de corrente tende a
estabilizar numa reta e do acompanhamento visual da região do arco.
Refinamento, posterior, deste valor pela imposição de corrente, verificando-se
quando o sinal de tensão tende a apresentar picos de destacamentos
simétricos (ripples) e igualmente espaçados (vide figura 2.15);
37
Is
It
Tempo (ms)
Volume modal
Tensão (V)
Tempo modal
Tempo (ms)
valor de va, através do oscilograma de tensão, verifica-se qual o tempo que mais
se repete entre os picos (ripples), isto é, plota-se um histograma do tempo de
destacamento e suas freqüências de aparecimento. O valor que mais se repetir
será considerado com o valor de Tm, figura 2.16(b). Supondo-se o valor do período
de pulsação (T) seja igual ao Tm na equação 2.18, obtem-se o valor de Vm. Deve-
se observar qual o valor de Tm e a corrente de soldagem com os quais se
determina um valor Vm correspondente aquele de uma gota esférica com um
diâmetro equivalente ao do eletrodo (condição exigida para o modo pulsado).
Com o valor da corrente e do tempo modal que satisfaçam a condição,
acima citada, chega-se ao valor de D (o valor de a segue a metodologia
anteriormente descrita).
Tm
Ip
Aço carbono
Percentual de ocorrência
Alumínio
tp
log (Ip2/Ip1)
a=
log (tp1/ tp2)
tp2
Ib ≥ 20(*) a 25 A
( )
* Experimentos realizados no LABSOLDA/UFSC demonstram a possibilidade de
utilizar corrente de base na ordem de 15 A.
tb < 30 ms
tp tb tp tb tp tb tp tb
Local de abertura
brusca do arco
l
pela presença de valores altos de corrente média (corrente média no pulso térmico
– Impt) e da velocidade de alimentação do arame (velocidade de alimentação do
arame no pulso térmico – va-pt). Complementando o período térmico (Tt) vem a
fase de base térmica (bt), que se distingue pela injunção de valores baixos de
corrente média (corrente média na base térmica – Imbt) e da velocidade de
alimentação do arame (velocidade de alimentação do arame na base térmica – va-
bt).
Velocidade arame
Alta energia
Tempo
Corrente
Baixa energia
Im pt
Imbt
200
I (A)
100
0
0 200 400 600 800 1000
50
t (ms)
U (V)
40
30
20
10
0 200 400 600 800 1000
t (ms)
Reforço Reforço
Perfil longitudinal
Perfil transversal do cordão
do cordão
A
B
Revestimento
Localização do poro
B
Amanteigamento
A
Sinal da unidade
de alimentação de arame constante
Tempo
Corrente
Im-pt
Im-bt
Tempo
Duração Duração
Eletrodo em CCEN em CCEP
positivo (TEN)
TB
Corrente
Ip
Ib
Tempo
IEN
IP - Corrente de pulso
IB - Corrente de base
Eletrodo IEN - Corrente em polaridade negativa
negativo
F - Frequência
T - Período de um ciclo alternado
TP - Tempo de pulso
TB - Tempo de base
TEN - Tempo na fase negativa
alimentação (Txa), apenas uma gota destacada por pulso e com diâmetro
aproximado ao do eletrodo e, finalmente, a manutenção do arco na fase de base
(veja algorítmo na figura 2.23).
Vilarinho (2000/2001) discute a correta denominação para o modo sinérgico,
ou seja, o termo correto seria “comando sinérgico” ao invés de “controle sinérgico”.
Esta consideração sustenta-se no fato de que o algoritmo computacional, ao
mesmo tempo, só calcula os valores, os envia para a fonte (comanda a fonte) e
monitora a estabilidade do arco (acompanhamento das variações nos sinais de Is e
Us, por exemplo), visando uma possível correção.
va - β.l0
a
.Ip.tp
Im =
α
1 - tp
tb =
3.1 Introdução
Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas com o intuito de avaliar as
vantagens da aplicação de corrente pulsada em relação à soldagem em corrente
contínua convencional. Normalmente, as características mais relacionadas nesta
distinção são a geometria do cordão, a facilidade no controle do processo, a
redução no nível distorção e o controle sobre a estrutura do cordão depositado.
Neste capítulo, portanto, será feita uma avaliação da relação entre as
características apresentadas nos processos de pulsação de corrente em alta
freqüência (F ≈ 1 – 10 kHz), convencional (F ≈ 20 – 500 Hz) e térmica (Ft ≈ 1 – 10
Hz) aplicadas nos processos TIG e MIG/MAG, e as características metalúrgicas da
região soldada. O capítulo inicia com uma abordagem sobre os fundamentos do
mecanismo de solidificação da zona fundida (ZF). Num segundo momento, o
estudo enfocará as peculiaridades metalúrgicas da ZF e da zona termicamente
afetada, gerada na ZF solidificada, quando da soldagem multi-passe ou com
imposição de modulação de corrente. Finalizando a abordagem, virão os efeitos da
pulsação de corrente sobre o metal depositado e regiões vizinhas ao cordão,
durante e após o processo de solidificação da ZF.
Força de flutuação
Linha
de fusão
T1 > T2 > T3
(a) (b)
Figura 3.1 – Efeito convectivo na poça de fusão provocado por diferentes forças.
Onde: (a) efeito individual e (b) efeito combinado. Adaptado de Kou (1987), Li et al
(2002) e DeHerrera et al (2002).
53
G ∆T
≥ (Eq. 3.1)
R s DL
Onde:
∆T → intervalo de solidificação da liga, representado pela diferença
entre a temperatura de equilíbrio liquidus (TL) e a temperatura de equilíbrio
solidus (Ts);
55
Rs C0
G Equiaxial
dendrítico
Tlíquido
Colunar
Tinterface dendrítico
Planar
S L
Celular
aumenta do super-resfriamento constitucional
Planar
aumenta
G/ Rs
Celular (Rs.G)
Colunar
dendrítico
S L Colunar
P dendrítico
Equiaxial
dendrítico
Rs
S - sólido
Equiaxial L - líquido
dendrítico P - pastoso
S L C0 - concentração do soluto
P
zona fundida devido à variação de ciclo térmico em diferentes partes desta zona.
Neste caso, a taxa de resfriamento (alto Rs.G) experimentada pela região central é
maior do que a presente na linha de fusão. Conseqüentemente, os sub-grãos
serão mais refinados na região central da solda (Kou, 1987; Wainer, 1992;
Humphreys et al, 2001).
O espaçamento entre os ramos dendríticos será determinado pela taxa de
solidificação (relação com o calor aportado). Uma elevação na taxa de solidificação
provocará uma redução no espaçamento entre os ramos e, com isso, modificando
a quantidade de microsegregação da liga. O que se almeja é uma estrutura final da
zona fundida refinada e com boa distribuição de segregados.
Direção de soldagem
Rs
Rs
Poça de fusão
Metal de solda
Poça
de fusão Metal de base
Rs
Rs
Avanço da Metal
linha de fusão de base
Poça de fusão
Poça
vs G
Equiaxial dendrítico
Rs
G Celular
dendrítico
Rs
Grãos do substrato
(c) Variação estrutural durante a solidificação
Figura 3.4 – (a) e (b) Efeito da velocidade de soldagem sobre a forma da poça e
modo de solidificação e (c) variação estrutural na solidificação da ZF. Adaptado de
(Easterling, 1983; Kou, 1987; Grong, 1994).
60
Parâmetros de soldagem
Propriedades mecânicas
Refinamento de grão
Tenacidade
Resistência mecânica
Endurecimento obtido
Inclusões por discordância
Impurezas ou solução sólida
Possibilidade de refino
durante a solidificação
(a) Possibilidade de refino por
transformação no estado sólido
(b)
ZTA Metal de solda (c )
Pulsação térmica
Zona de grãos grosseiros Zona colunar grosseira
Métodos térmicos
a b c
- Controle das taxas de aquecimento e resfriamento (calor
aportado, interpasse e pré-aquecimento)
a b
- Nucleação superficial estimulada (jato de gás frio)
Métodos mecânicos
c
- Vibração (mecânica e ultrasônica)
a c
- Agitação eletromagnética, gasosa ou mecânica (campo
magnético, oscilação da tocha, borbulhamento, pulsação do
arco e impacto das gotas)
Métodos químicos
a b
- Adição de elementos de liga
a c
- Adição de inoculantes no metal líquido
(*) a – introdução de pontos nucleantes na poça (nucleação heterogênea); b – evitar refusão dos
núcleos existentes e c – multiplicação de grãos.
caracterizando como uma técnica muito promissora nesta direção (Street, 1990;
Sundaresan et al, 1999).
A técnica de pulsação de corrente aplicada nos processos de soldagem TIG,
MIG/MAG e Arame tubular (AT) é reportada como uma excelente controladora do
refinamento de grão na ZF e na transição do modo de crescimento de colunar para
equiaxial, na soldagem do alumínio, do aço carbono, do aço inoxidável e do titânio
(Kou, 1987, Villafuerte, 1990; Street, 1990; Sundaresan et al, 1999).
No âmbito do processo de solidificação, referenciando-se ao modo goticular,
sob as mesmas condições de operação, a pulsação de corrente atua tanto na
redução do calor aportado quanto no grau de agitação da poça de fusão (variação
na força eletromagnética). No primeiro, haverá uma influência sobre os valores de
G e Rs, isto é, pelo fato da pulsação de corrente reduzir o calor aportado e elevar a
taxa de resfriamento, haverá um acréscimo na relação Rs.G e, com isso, tendendo-
se a um refinamento dos espaçamentos entre os ramos dendríticos (refinamento
estrutural) e a uma redução na forma de crescimento colunar em face do
favorecimento ao crescimento equiaxial dendrítico.
Para o caso do efeito da pulsação sobre a agitação da poça de fusão é
previsto que uma variação no nível de corrente (oscilação entre o pulso e a base)
irá influenciar na força eletromagnética (campo de velocidade no interior da poça),
na pressão do arco sobre a superfície da poça e na freqüência de colisão das
gotas com a poça. Estas três características provocam um aumento no grau de
agitação da poça e, como possíveis conseqüências, uma redução nos níveis de
penetração, porosidade e macrosegregação. Somando-se a isso, há o efeito da
agitação da poça sobre a fragmentação de dendrítas e destacamento de grãos da
zona parcialmente fundida. O que se almeja é uma estrutura refinada com melhor
característica mecânica e com reduzida possibilidade de surgimento de defeitos
(trinca de solidificação, por exemplo).
Com relação a ZTA o efeito da pulsação de corrente (redução no valor do
calor aportado) é visualizado através da minimização da espessura desta região e
no tempo de retenção da temperatura de efetiva recristalização, devida à variação
na partição e no ciclo térmico (Kou 1987; Street, 1990). Assim, haverá um menor
decréscimo na resistência da zona afetada termicamente, em relação às
propriedades originais do metal de base.
65
Sobre-corrente
Corrente de trabalho
Final da penetração
Rampa de modulação
(1 - 10 Hz)
Corrente de base
Tempo (s)
0,1 - 2 s
(a) (b)
Figura 3.7 – Representação da onda com modulação para controle da solidificação
(a) e forma de crescimento obtido na ZF sem e com a aplicação rampa de
modulação em 10 Hz (b), no aço inoxidável AISI 316. Extraído de (Lucas, 1982;
Street, 1990).
(a) (b)
Figura 3.8 – Variação de penetração provocada pelo uso da pulsação térmica na
soldagem MIG/MAG. Onde: (a) Aço inoxidável 309 depositado sobre aço baixo-
carbono e (b) alumínio AWS ER4043 depositado sobre AA 5052. Extraído de
(Barra, 1998; Silva et al, 2001).
(a) (b)
Figura 3.9 – Alteração na estrutura da ZF gerado pela variação de G.Rs em função
da imposição de pulsação térmica. Onde: (a) início do período de base térmica e
(b) final do período de base térmica. Extraido de (Becker et al, 1979).
69
4,5X
(a)
(b) 85X
Figura 3.10 – (a) Macrografia mostrando a escamação na estrutura do depósito
(regiões A, B e C), oriunda do efeito conjunto da pulsação térmica e da soldagem
multi-passe e (b) granulometria nas referidas regiões. Extraído de (Barra, 1998).
70
CAPÍTULO IV PROCEDIMENTO
EXPERIMENTAL
4.1 Introdução
Este capítulo descreve as peculiaridades envolvidas nas etapas de
planejamento e de execução dos experimentos. A realização sistemática dos
experimentos é descrita com a preocupação de se enfatizar os procedimentos
utilizados, tanto no âmbito do processo, quanto no da metalurgia da soldagem. Em
termos de processo, ressalta-se o modo de seleção, de preparação, de execução e
de monitoração dos procedimentos de soldagem, envolvidos na confecção dos
cordões de solda. Pelo lado metalúrgico, é feito um detalhamento dos aspectos
operacionais relacionados com os ensaios mecânicos, modo de extração e
preparação dos corpos de prova e as técnicas de caracterização das
particularidades, oriundas da implementação da pulsação térmica, apresentadas
pela zona fundida.
300 x 150 x 19 Mg (2,20 a 2,80) Si (0,25 máx) Fe (0,40 máx) Cu (0,10 máx)
Alumínio AA 5052-H34
Mn (0,10 máx) Cr (0,15 a 0,35) Al (balanço)
b) Metal de adição
Os metais de adição para confecção dos cordões de solda foram
selecionados com base em recomendações propostas por fabricantes de
consumíveis, tendo como referência a composição química dos metais de base. A
tabela 4.3 exibe as composições químicas e a nomenclatura usada na identificação
dos consumíveis.
al
c) Proteção gasosa
Aço carbono
Uma vez que o tipo de proteção gasosa e a vazão de trabalho foram
considerados como parâmetro fixos (não tendo, a princípio, influência sobre a
73
resposta levantada) foi aplicada uma mistura gasosa contendo 95% Ar + 5% CO2
sob uma vazão de trabalho constante e igual a 19 l/min, para toda faixa de valores
da velocidade de alimentação do arame (va), coberta pelos experimentos.
Alumínio
Para toda faixa de valores de va foi aplicada uma proteção gasosa contendo
100% Ar sob uma vazão de trabalho de 18 l/min.
4.2.4 Equipamentos
As peculiaridades e a relação dos equipamentos e programas utilizados nos
experimentos serão descritas a seguir, objetivando explicitar as técnicas de
caracterização e de visualização do procedimento de soldagem.
Parâmetros de curto-circuito
• Corrente de curto-circuito (Icc), com incrementos de 1 A;
• Tensão de curto-circuito (Ucc), com incrementos de 1 V.
e) Bancada de soldagem
Para atingir os objetivos propostos, foi implementada uma bancada
experimental de soldagem que permitisse, ao mesmo tempo, a deposição dos
cordões na condição automatizada e a obtenção sincronizada dos sinais da
corrente, da tensão e da velocidade de alimentação do arame. A figura 4.3 mostra
uma representação esquemática da bancada de soldagem, onde se observa o
processo de interação e o fluxo de informações/acionamento entre os diversos
equipamentos e softwares que compõem o conjunto. Como complemento, a figura
4.4 detalha os medidores, a maleta de aquisição e o microcomputador
(TERMICO2) utilizados na operação de soldagem.
Na figura 4.5 são apresentados detalhes da fonte de soldagem (DIGITEC) e
do cabeçote alimentador de arame (STA-20D). O sistema de tracionamento
utilizado foi o do tipo empurra e o sinal da velocidade de alimentação do arame foi
tomado na entrada do tracionador (vide novamente figura 4.5(b)).
80
(-)
Sensor
Hall
Sensor
(+) da va
Comando do sistema
de deslocamento 300 A
da pistola (SDP) 25 V
vs SDP
Gás de
proteção
4.7).
Como a literatura, que aborda o estudo da pulsação térmica, não especifica
qual a fronteira a partir da qual a velocidade de alimentação do arame (va) passa a
ser denominada de velocidade de alimentação do arame na base térmica (va-bt)
para velocidade de alimentação do arame no pulso térmico (va-pt), ou vice-versa, foi
adotado, com vista ao projeto fatorial, o valor de va = 5,5 m/min como o valor limite
pra va-bt (limite entre o pulso e a base térmica). Assim, se:
Onde:
Imbt → é a corrente média na base térmica;
Impt → é a corrente média no pulso térmico.
Desse modo, considerando a imposição de uma onda retangular periódica, o
valor da corrente média para o modo pulsado convencional pode ser determinado
por:
1
T
Ip .t p + Ib .t b
Im =
T0∫ Idt =
tp + tb
(Eq. 4.1)
Alta energia
Tempo
Corrente
Baixa energia
Im pt
Imbt
Sinal da unidade
de alimentação de arame constante
Tempo
Corrente
Impt
Imbt
Tempo
Figura 4.7 – Representação esquemática da forma de onda de pulsação térmica
contendo modulação apenas na corrente média (Im), onda II.
84
Alumínio 15 cm 26 mm 5 ambiente
(a) (b)
Figura 4.8 – Forma de deposição adotada. Onde (a) AlMg e (b) aço carbono.
b) Ensaios preliminares
Esta etapa objetivou mostrar os procedimentos de soldagem adotados para
avaliar, de forma isolada, os possíveis efeitos ocasionados quando há variação dos
valores de determinados parâmetros intrínsecos do processo MIG/MAG Térmico.
Portanto, nesta fase dos ensaios, considerou-se que os demais parâmetros não
sofreram variações e não influenciaram a resposta analisada.
Os parâmetros selecionados para uma análise isolada foram:
85
1 1
Ft = = (Eq. 4.2)
Tt t pt + t bt
t pt t pt
Ct = .100 = .100 (Eq. 4.4)
Tt t pt + t bt
t pt + t bt
1 t
T
1 Impt .t pt + Imbt .t bt
Im t = ∫
Tt 0
Idt =
(t pt + t bt ) ∫ Idt =
0
t pt + t bt
(Eq. 4.5)
Imbt
Dt = (Eq. 4.6)
Impt
Observação:
É importante salientar que para a variante MIG/MAG Térmico, com exceção
de Imt e Ft, todos os outros parâmetros analisados (Ct, Dt e Dpt) são proposições
deste trabalho, portanto, não apresentando citação similar na literatura técnica
pesquisada.
t pt
=1
t bt
t pt
Para a pulsação térmica → C t = .100 (Eq. 4.8)
t pt + t bt
t pt
Tt = 0,5 s e =1
t bt
Na deposição utilizando a pulsação térmica, os pacotes operacionais
adotados foram aqueles correspondes a 3 e 7 m/min (para o aço) e 4 e 7 m/min
(para o AlMg), para a base e o pulso térmico, respectivamente (vide tabela 4.4). As
tabelas 4.12 e 4.13 apresentam o resumo dos parâmetros de pulsação térmica,
fixos e variáveis, empregados na avaliação do efeito da distância entre pulso
térmico, na soldagem do aço carbono e do AlMg.
Durante a deposição dos cordões, o valor do período térmico (Tt) foi mantido
igual a 1 s e, para o caso de tpt e tbt, se impôs uma relação de igualdade, conforme
especificado pela relação abaixo.
t pt
Tt = 1 s e =1
t bt
Observação:
Como existe uma relação aproximadamente linear entre a corrente média (Im) e a
velocidade de alimentação do arame (va) é importante ressaltar que quando se
avalia o efeito de Im também está sendo avaliado, indiretamente, o efeito de va
(por exemplo, ao se avaliar Impt tem-se também a tendência de va-pt sobre o
fenômeno analisado).
Imbt (-) Imbt (+) Imbt (-) Imbt (+) Imbt (-) Imbt (+) Imbt (-) Imbt (+)
tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+)
tbt (-) X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 X11 X12 X13 X14 X15 X16
tbt (+) X17 X18 X19 X20 X21 X22 X23 X24 X25 X26 X27 X28 X29 X30 X31 X32
Onde: (+) é o nível alto do fator; (-) é o nível baixo do fator e X é combinação dos fatores analisados
5
para o aço. Como são avaliados cinco fatores em dois níveis obtém-se 2 = 32 combinações.
Imbt (-) Imbt (+) Imbt (-) Imbt (+) Imbt (-) Imbt (+) Imbt (-) Imbt (+)
tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+) tpt (-) tpt (+)
tbt (-) A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11 A 12 A 13 A 14 A 15 A 16
tbt (+) A 17 A 18 A 19 A 20 A 21 A 22 A 23 A 24 A 25 A 26 A 27 A 28 A 29 A 30 A 31 A 32
Onde: (+) é o nível alto do fator; (-) é o nível baixo do fator e A é combinação dos fatores analisados
5
para o AlMg. Como são avaliados cinco fatores em dois níveis obtém-se 2 = 32 combinações.
base nas ondas I e II) e o modo pulsado convencional, visando levantar as reais
vantagens ou limitações da implementação desta variante.
Corrente (A)
Corrente (A)
Corrente (A)
50 50 50
0 0 0
300 600 900 0 250 500 750 1000 0 250 500 750 1000
40 40 40
30 30 30
Tensão (V)
Tensão (V)
Tensão (V)
20 20 20
10 10 10
0 0 0
300 600 900 0 250 500 750 1000 0 250 500 750 1000
10 10 10
5 5 5
0 0 0
300 600 900 0 250 500 750 1000 0 250 500 750 1000
(a) (b)
(c) (d)
Figura 4.10 – Detalhes da bancada experimental de shadowgrafia por laser. Onde:
(a) fonte de laser, filtros e lentes para controle do diâmetro do feixe, (b) sistema de
deslocamento da tocha, (c) filmadora e monitor e (d) micros utilizados no controle e
aquisição dos sinais elétricos.
102
(a) (b)
Figura 4.11 – Processo de formação e aquisição da imagem da região do arco.
Onde: (a) sombra gerada pela tocha posicionada na frente do feixe de laser e (b)
imagem (quadro) gerada pela filmadora.
300
250 10
I (A ) e S inal C âmera
200
150
14
100 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
50
0 2 4 6 8 10 12
T e m p o [s ] x 10
-3
18
45
40 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
35 20
U (V) e S inal C âmera
30
25
20
22
15
10
0 2 4 6 8 10 12
-3
T e m p o [s ] x 10
24
Observação:
Verifica-se que a condição de uma gota por pulso (UGPP) é satisfeita e que o destacamento é
realizado no terço final do pulso de corrente (imagem 20).
* Em função do posicionamento da câmera, os quadros aquisitados estão rotacionados de 90° no
sentido anti-horário.
Figura 4.12 – Exemplo do resultado final obtido pela técnica de shadowgrafia.
Como informação, verifica-se o estabelecimento da condição UGPP (liga AlMg) e a
presença de ondulação na poça de fusão.
4.3 Metalurgia
4.3.1 Extração dos corpos de prova
Para a análise das características apresentadas pela zona fundida (ZF),
foram extraídos corpos-de-prova situados nos terços finais dos cordões. Esta
condição teve como objetivo garantir que a amostra pertencesse a uma região do
cordão já em regime (longe das extremidades descartadas).
104
Pontos de análise
metalográfica
A
B
D Zona fundida Detalhe A
C
F Seção longitudinal
E
Escamas
ZTA
Dpt
Metal de base
Detalhe A
Região de análise
ZTA (micrografias)
Seção transversal Zona fundida (ZF)
Figura 4.13 – Apresentação das características do cordão de solda e do detalhe da
região de medição das respostas de interesse.
(a) (b)
Figura 4.14 – Detalhe das regiões selecionadas para análise e do modo de
extração dos corpos-de-prova (CP). Onde: (a) CP para avaliação da microestrutura
da ZF e (b) CP para análise gravimétrica.
Técnica → Imersão;
Tempo de ataque → 10 a 20 s;
Temperatura → 40 °C;
Lavagem da superfície atacada com água corrente e álcool;
Secagem da superfície;
Aquisição e digitalização de imagem através de scanner, máquina
digital ou estereoscópio (até 20x).
AlMg
Reagente → Reagente de Tucker (45 ml HCl + 15 ml HNO3 + 15 ml
HF + 25 ml H2O destilada);
Técnica → Imersão com agitação do corpo-de-prova para evitar a
formação de bolhas sobre a superfície;
Tempo de ataque → 20 s;
Temperatura → 40 °C;
Lavagem da superfície atacada com água morna;
Secagem da superfície;
Aquisição de imagem através de scanner, máquina digital ou
estereoscópio (até 20x).
b) Micrografia
Aço carbono
Reagente → Nital a 2% (2 ml HNO3 + 98 ml C2H5OH);
Técnica → Imersão;
Tempo de ataque → 10 a 15 s;
Temperatura → 40 °C;
Lavagem da superfície atacada com água corrente e álcool;
Secagem da superfície;
Aquisição de imagem através de microscópio ótico (até 1000x) ou
microscópio eletrônico de varredura (MEV).
107
AlMg
Observação:
Devido à presença da fase intermetálica Mg2Al3 (fase β), que é
preferencialmente atacada pelos reagentes convencionais antes da matriz e, ainda,
pela característica de anisotropia ótica apresentada pela liga estudada (cfc), foi
necessário o desenvolvimento e a construção de um aparelho para ataque
eletrolítico.
A utilização do ataque eletrolítico, que é uma técnica de anodização do
substrato, foi a maneira encontrada para viabilizar a revelação da estrutura de grão
e a análise das possíveis variações na microestrutura do metal aportado.
A camada anodizante, formada pelo ataque, propicia a visualização, através
de luz polarizada, dos grãos em diferentes tonalidades de coloração (tons cinza).
Esta variação de tonalidade é decorrência das diferentes direções de crescimento
dos grãos no interior da zona fundida.
Haste condutora
Agitador
Fonte de tensão
Cátodo
+ -
Voltímetro
Solução
eletrolítica
+ -
Ânodo Suporte
(corpo de prova) Amperímetro
(a) (b)
Figura 4.16 – (a) Visão geral da célula eletrolítica e (b) recipiente para eletrólise.
a = 2 n −1 (Eq. 4.9)
Onde:
a → número de grãos contidos no quadrado sob um aumento de 100x;
n → número ASTM.
Portanto, para um aumento de 100x, o diâmetro médio poderá ser expresso
por:
área 645,16
4 4
π π.a 1
dm = = mm = 0,286 mm (Eq. 4.10)
100 100 a
d m−pt + dm−bt
dm = (Eq. 4.11)
2
Onde:
dm-pt → diâmetro médio dos grãos na região do pulso térmico;
dira-bt → diâmetro médio dos grãos na região da base térmica.
110
Observação:
Como o objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da pulsação térmica sobre
o tamanho médio do grão, não foi levado em consideração, como resposta, o
número ASTM (n), mas sim o diâmetro médio do grão (dm) apresentado pela zona
fundida, na região compreendida por um período térmico (Tt).
O número ASTM (n) não apresenta uma boa sensibilidade quando o foco da
análise é avaliar como o tamanho do grão se comporta em função de variações no
procedimento de soldagem, vide tabela 4.26. Uma mudança no valor de n
dependerá que o número de grãos por unidade de área ou o diâmetro médio (dm)
dobre ou caia pela metade em relação ao número inicial (por exemplo, duas
regiões contendo 128 e 256 grãos/mm2, respectivamente, terão o mesmo número
ASTM (n = 4), mas terão as mesmas características mecânicas?).
1/4
½ 9
8 3/4
5
2,54 cm
2 3
1/4 ½
1
3 10
6 4 11
1/4
2,54 cm
100X
Figura 4.17 – Representação esquemática da técnica utilizada para determinação
do diâmetro dos grãos. Onde: a = 12,25 grãos e dm = 0,081 mm.
Onde:
dira-pt → número de grãos interceptados na região do pulso térmico,
perpendicularmente à direção de crescimento;
dira-bt → número de grãos interceptados na região da base térmica,
perpendicularmente à direção de crescimento;
dirbb-pt → número de grãos interceptados na região do pulso térmico,
paralelamente à direção de crescimento;
dirb-bt → número de grãos interceptados na região da base térmica,
paralelamente à direção de crescimento.
Direção de crescimento
to
en
m
im
2m
sc
dir
re
ec
a
od
dira
çã
re
Di
2m
m
rb
Di
Dirb
62X 62X
(a) (b)
Figura 4.18 – Representação da técnica utilizada para determinação do parâmetro
do modo de crescimento (PMC). Onde: Em (a) dira = 11 grãos, dirb = 8 grãos e
PMC = 1,4 e em (b) dira = 6 grãos, dirb = 6 grãos e PMC = 1,0.
LC + LD
L zf = (Eq. 4.13)
2
Onde:
LC → largura média dos grãos no ponto região C do pulso térmico,
perpendicularmente à direção de crescimento;
LD → largura média dos grãos no ponto região D da base térmica,
perpendicularmente à direção de crescimento.
FP(G)
128X
PC + PD
PZF (%) = (Eq. 4.14)
2
Onde:
PZF (%) → volume médio do microconstituinte de interesse na zona fundida;
PC e Pd → percentuais do microconstituinte de interesse nas regiões C e D.
Fase A Fase B
Figura 4.20 – Representação esquemática do processo de quantificação das
percentagens volumétricas. Onde: PA (%) = 11,4 e PB (%) = 8,5.
115
Observação:
A determinação experimental da densidade é necessária em virtude do valor
teórico, além de apresentar arredondamento em suas casas decimais, considerar
que o material não apresenta porosidade, o que poderá inserir erros nos
experimentos.
Onde:
g → aceleração da gravidade (9,8 m/s2).
(a) (b)
Figura 4.21 – Método utilizado para a determinação das massas e dos volumes
dos corpos-de-prova. Onde: (a) posicionamento do corpo-de-prova no interior da
balança (b) detalhe da região de imersão.
m obs
ρ CP = (Eq. 4.16)
Vol CP
ρ pond − ρ CP
Vol VZ = (Eq. 4.17)
ρ pond
%MB.ρ MB + %ar .ρ ar
ρ pond = (Eq. 4.18)
% MB + % ar
Onde:
VolVZ → volume de vazios apresentado pelo corpo-de-prova;
ρpond → densidade média ponderada da zona fundida gerada pela variação
no valor da diluição do cordão (valor esperado);
%MB → percentagem de metal de base estimado na zona fundida através
da dilm;
%ar → percentagem de arame estimado na zona fundida através da dilm.
Observação:
ρpond), como valor representativo da
O uso da densidade média ponderada (ρ
densidade na zona fundida (ZF), deve-se ao fato da pulsação térmica provocar
diferentes níveis de diluição entre o pulso e a base térmica. Portanto, é necessário
que se conheça o perfil de penetração (combinação das vistas longitudinal e
transversal do cordão) para que seja determinada a melhor maneira de levantar o
valor da ρpond.
Observação:
A definição pura e simplesmente do volume de vazios é uma informação que
requer o conhecimento adicional da forma, distribuição e localização destes vazios
(poros e/ou falta de fusão) no cordão de solda, para que se tenha uma
caracterização mais palpável sobre o fenômeno.
(a) (b)
Figura 4.22 – Equipamentos utilizados na caracterização dos corpos-de-prova
(imagem e perfil de dureza). Onde: (a) Microscópio ótico e (b) microdurômetro.
120
Observação:
Na liga AlMg, em decorrência da formação de uma fina e transparente
camada anodizante, produzida durante o ataque eletrolítico, é necessário reavaliar
o procedimento normalmente adotado no levantamento do perfil de dureza da
região atacada. A endentação (penetração da pirâmide de diamante) sob a
superfície atacada acarreta o trincamento da camada anodizante e a deformação
nas bordas da impressão. Esta anomalia, por sua vez, mascara as medições em
decorrência da dificuldade na determinação dos vértices da impressão (Fig. 4.23).
O problema criado é que a seleção das regiões a serem levantadas a
dureza normalmente utiliza os grãos como referência e, portanto, dependerá que a
estrutura esteja revelada (presença da camada anodizante), mas, em
contrapartida, a presença da camada dificultará a leitura pela anomalia.
(a) (b)
Figura 4.23 – Efeito do tipo de ataque sobre o aspecto da endentação (AlMg).
Onde: (a) ataque eletrolítico (HBF4) com a formação de trincas e deformações na
camada anodizante, próxima as bordas, e (b) ataque por imersão (reagente de
Keller) sem a ocorrência de defeitos na endentação.
122
RESULTADOS E
CAPÍTULO V
DISCUSSÕES
5.1 Introdução
Este capítulo analisa os resultados experimentais (respostas) decorrentes
da adoção de duas diferentes formas de onda de pulsação térmica (onda I e onda
II). Primeiramente, debate-se as possíveis influências do emprego da variante
MIG/MAG Térmico sobre a estabilidade na região do arco. Num segundo
momento, avalia-se como esta variante, através de modificações no procedimento
de soldagem, atua sobre o aspecto superficial e as características geométricas do
cordão e sobre a microestrutura apresentada pela zona fundida. Finalmente,
conhecidas as reais vantagens e desvantagens da pulsação térmica, tenta-se gerar
um elo entre as características de deposição (processo) e as respostas
apresentadas pela zona fundida (metalurgia).
Assim, para a fase de base térmica, como Txf < Txa , o valor de l0 diminuirá,
300 250
D E F
D E F
250 200
A B C A B C
200
Corrente (A)
150
Corrente (A)
150
100
100
50
50
0
300 600 900 1200 1500 200 300 400 500 600 700 800 900
40 40
30 30
Tensão (V)
Tensão (V)
20 20
10 10
0 0
300 600 900 1200 1500 200 300 400 500 600 700 800
10 10
Velocidade do arame (m/min)
Velocidade do arame (m/min)
5 5
0 0
300 600 900 1200 1500 200 300 400 500 600 700 800
Tempo (ms) Tempo (ms)
400
D E F
400 A B C
300 350
D E F
A B C
300
300
250
Corrente (A)
Corrente (A)
200
200
150
100
100 100
50
0 0
400 600 800 1000 1200 1400 1600 300 450 600 750 900 1050
Tempo (ms) Tempo (ms)
40 40
30 30
Tensão (V)
Tensão (V)
20 20
10 10
0 0
400 600 800 1000 1200 1400 1600 300 450 600 750 900 1050
10 10
Velocidade do arame (m/min)
6
5
0
400 600 800 1000 1200 1400 1600 300 450 600 750 900 1050
Tempo (ms) Tempo (ms)
Onde:
I → corrente de soldagem;
l → projeção do arame em relação ao bico de contato (stickout);
127
350 250
Final do Final do
Primeiro pulso
pulso térmico pulso térmico
da base térmica
300
P rimeiro p ulso
200
da base térm ica
250
200 150
Sinal
da câmera
150
100 2160 2170 2180 2190 2200
50
50
Figura 5.3 – Efeito da forma de onda I sobre UGPP. Onde: (a) ocorrência do
destacamento de mais de uma gota por pulso (maior resistividade) e (b)
manutenção de UGPP (menor resistividade).
250 400
D E F
350
D E F
200 A B C
A B C 300
250
Corrente (A)
150
Corrente (A)
200
100
150
100
50
50
0 0
200 300 400 500 600 700 800 900 300 450 600 750 900 1050
40 40
30 30
Tensão (V)
Tensão (V)
20 20
10 10
0 0
200 300 400 500 600 700 800 300 450 600 750 900 1050
10 10
Velocidade do arame (m/min)
5 5
0 0
200 300 400 500 600 700 800 300 450 600 750 900 1050
Tempo (ms) Tempo (ms)
Aço carbono
Perda de UGPP na fase de pulso térmico (Onda II)
Fim primeiro pulso Início segundo pulso Fim segundo pulso Destacamento final base
Ondulação
na poça
AlMg
Formação salpico na fase de pulso térmico (Onda II)
Formação Salpico
salpico
AlMg
Ocorrência de explosão durante o destacamento da gota (Onda II)
A B C D
250 35
A B C D
200
30
C
Corrente (A)
Tensão (V)
150 D
25
A B
100
3310 3320 3330 3340
20
50
15
1.656 1.666 1.656 1.666
Região 1 (Ft = 1 Hz) Região 2 (Ft = 2,5 Hz) Região 3 (Ft = 10 Hz)
Base térmica
Corrente (A)
100 100 100
0 0 0
0 500 1000 1500 0 500 1000 1500 0 500 1000 1500
Tempo (ms) Tempo (ms) Tempo (ms)
Figura 5.9 – Efeito da freqüência térmica sobre a dinâmica de va. Onde: (a) região
1, (b) região 2 e (c) região 3.
20 4 20 4
Largura Escamas
Escamas Largura
Reforço
15
Reforço (mm)
Reforço (mm)
10
10 3
0 1
0 2 0,5
1 1,0
2 1,6
3 2,5
4 5,0
5 7,0
6 10,0
7
0,5
1 1,0
2 1,6
3 2,5
4 5,0
5 7,0
6 10,0
7
Freqüência térmica (Hz)
Freqüência térmica (Hz)
(a) (b)
Figura 5.10 – Efeito da freqüência térmica sobre a geometria e o aspecto
superficial do cordão. Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
AlMg
Aço
Figura 5.12 – Efeito da pulsação térmica sobre a direção de crescimento dos grãos
na zona fundida (liga AlMg), seção transversal do cordão de solda.
138
110 60 300
1,9 FA
FP(G)
50
Dureza 250
FA ou FP(G) (%)
Largura
Diâmetro
PMC
85
Dureza 1,4
PMC 40 200
60 0,9 30 150
0,5 1,0 1,6 2,5 5,0 7,0 10,0 0,5 1,0 1,6 2,5 5,0 7,0
1 2 3 4 5
Freqüência térmica (Hz) 6 7 1
10,0 2 3 4 5
Freqüência térmica (Hz) 6 7
(a) (b)
Figura 5.14 – Influência da freqüência térmica sobre a microestrutura da zona
fundida. Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
Ft = 0,5 Hz Ft = 5 Hz
Base térmica Pulso térmico Base térmica Pulso térmico
(b) 0,5 Hz
100%
75%
50%
FS(SP)
FS(A) (c) 10 Hz
25% FP(G)
FA
0%
0,5
1 1,0
2 1,6
3 2,5
4 5,0
5 7,0
6 10,0
7
Freqüência térmica (Hz)
(a)
7 18 16 4
Escam as
E scamas
R eforço
L arg ura
Largura
Re fo rço
Largura (mm ) ou E scamas por cm
R eforço (mm) ou Escamas por cm
12
12 3
R eforço (mm )
Largura (mm)
3,5 8
2
6
4
0 1
0 0 1,5
1 3,0
2 5,0
3 7,0
4 10,0
5
1,5
1 3,0
2 5,0
3 7,0
4 10,0
5
D istância entre pulsos (m m)
Distância entre pulsos (mm)
(a) (b)
Figura 5.18 – Efeito da distância entre pulsos sobre a geometria e o aspecto
superficial do cordão. Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
AlMg
Aço
Figura 5.19 – Efeito da distância entre pulsos sobre o aspecto superficial e o perfil de
penetração. Onde: Linha superior (aspecto do AlMg), linha intermediária (aspecto aço
carbono) e linha inferior (perfil de penetração do aço carbono).
Dureza
250
PMC 2,5 40
FA ou FP(G) (%)
PMC
95 200
1,5 30
FA
150
FP(G)
Dureza
65 0,5 Largura grão
20 100
1,5 3,0 5,0 7,0 10,0 1,5 3,0 5,0 7,0 10,0
1 2 3 4
Distância entre pulsos (mm) 5 1 2 3 4
Distância entre pulsos (mm) 5
(a) (b)
Figura 5.20 – Influência da distância entre pulsos sobre a microestrutura da zona fundida.
Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
147
(b) 1,5 mm
100%
80%
60% FS(SP)
FS(A)
40%
(c) 10 mm
FP(G)
20% FA
0%
1,5
1 3,0
2 5,0
3 7,0
4 10,0
5
Distância entre pulsos (mm)
(a)
Figura 5.22 – Efeito da distância entre pulsos sobre a variação do volume de
microconstituintes da zona fundida. Onde: (a) representação gráfica da variação
volumétrica, (b) microestrutura na região colunar para Dpt = 1,5 Hz e (c)
microestrutura na região colunar para Dpt = 10 mm.
4 15 3 15
E s camas Es camas
R eforço Re fo rço
Largura Larg ura
R eforço (m m) ou E scamas por cm
R eforço (mm ) o u E scamas por cm
Largura do cordão (m m)
3
Largu ra (m m)
10 2 10
1 5 1 5
10
1 30
2 50
3 70
4 90
5 110 230 350 470 90
5
(a) (b)
Figura 5.24 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre a geometria e o aspecto superficial
do cordão. Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
AlMg
Aço
Figura 5.25 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre o aspecto superficial e o perfil de
penetração. Onde: Linha superior (aspecto do AlMg), linha intermediária (aspecto
aço carbono) e linha inferior (perfil de penetração do aço carbono).
PMC
45 200
FA ou FP(G) (%)
PMC
85 1,5
FA
35 150
FP(G)
Dureza
Largura
60 0,5 25 100
10 30 50 70 90 10 30 50 70
1 2Ciclo ativo3térmico (%)4 5 90 1 2Ciclo ativo3térmico (%)4 5
(a) (b)
Figura 5.26 – Influência da distância entre pulsos sobre a microestrutura da zona
fundida. Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
152
Ct = 10% Ct = 90%
Base térmica Pulso térmico Base térmica Pulso térmico
Figura 5.27 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre a granulometria apresentada pela
zona fundida (AlMg).
Por fim, o estudo realizado sobre uma possível relação entre a variação em
Ct e a ocorrência de porosidade na zona fundida demonstra não haver um elo
entre a porosidade observada e o valor de Ct aplicado (vide tabela 5.3).
(b) 10%
100%
80%
60% FS(SP)
FS(A)
40%
FP(G)
FA (c) 90%
20%
0%
1
10 2
30 3
50 4
70 5
90
Ciclo ativo térmico (%)
(a)
Tabela 5.3 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre a presença de porosidade na ZF.
4 15 4 12
Escam as Escam as
R eforço R eforço
Largura Larg ura
R eforço (mm) ou E scamas por cm
R efo rço (mm) ou E scamas po r cm
12 9
2
2
1 6
1 9 1
165,5 2
186,5 3
196 4
217
94
1 106
2 111
3 125
4
C orrente média total (A)
C orren te média total (A)
(a) (b)
4 15 4 12
Es cam as Escam as
R eforç o Reforço
Largura Largura
R eforço (mm) ou E scamas por cm
R efo rço (mm) o u E scamas por cm
3 3
L arg ura (mm)
12 9
2
2
1 6
1 9 0,4
1 0,5
2 0,6
3 0,7
4
0,4
1 0,5
2 0,6
3 0,7
4
D esnível térmico (Imbt/Impt)
D esn ível térmico (Imbt/Impt)
(c) (d)
Figura 5.29 – Efeito do corrente média total e do desnível térmico sobre a
geometria e o aspecto superficial. Onde: (a) e (c) AlMg e (b) e (d) aço carbono.
155
Figura 5.30 – Efeito do ciclo ativo térmico sobre o aspecto superficial e o perfil de
penetração. Onde: Linha superior (aspecto) e linha inferior (penetração).
Figura 5.31 – Efeito da corrente média total e do desnível térmico sobre o aspecto
superficial do cordão (AlMg).
156
110 2,5 60
Diâmetro FA 230
Dureza (HV0,5) ou Diâmetro (µm)
FP(G)
Dureza
50 Largura
180
PMC
85 1,5
40 130
60 0,5 30 80
94 106 111 125 165,5 186,5 196 217
1 2 3
Corrente média total (A) 4 1 2 3
Corrente média total (A) 4
(a) (b)
Figura 5.32 – Influência da corrente média total sobre a microestrutura da zona fundida.
Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
Figura 5.33 – Efeito da corrente média total e do desnível térmico sobre a granulometria
apresentada pela zona fundida (AlMg).
157
110 2,5 60
Diâmetro FA 230
FP(G)
Dureza (HV0,5) ou Diâmetro (µm)
Dureza
FA ou FP(G) (%)
50
PMC 180
85 1,5
40 130
60 0,5 30 80
0,4 0,5 0,6 0,7 0,4 0,5 0,6 0,7
1 2 3
Desnível térmico (Imbt/Impt) 4 1 2 3
Desnível térmico - Imbt/Impt 4
(a) (b)
Figura 5.34 – Influência do desnível térmico sobre a microestrutura da zona fundida. Onde:
(a) AlMg e (b) aço carbono.
100%
80%
60% FS(SP)
FS(A)
40%
FP(G)
20% FA
0%
0,4
1 0,5
2 0,6
3 0,7
4
Desnível térmico (Imbt/Impt)
80%
60% FS(SP)
FS(A)
40%
FP(G)
20% FA
0%
1
165,5 2
186,5 3
196 4
217
Corrente média total (A)
(a)
Figura 5.35 – Efeito da Imt e do Dt sobre a variação dos microconstituintes na ZF.
Onde: (a) representação gráfica da variação volumétrica, (b) microestrutura na
região colunar para Imt = 165,5 A / Dt = 0,5 e (c) microestrutura na região colunar
para Imt = 217 A / Dt = 0,6.
a1
edp = Eq. 5.1
4 G 2R s
a2
ed s = Eq. 5.2
(G.R s )n
Q
ed s = a 3 Eq. 5.3
Vu
Onde:
edp → espaçamento dos braços dendríticos primários;
eds → espaçamento dos braços dendríticos secundários;
a1, a2 e a3 → constantes que dependem da composição química da liga;
G → gradiente térmico;
Rs → velocidade da frente de solidificação;
Q → aporte de calor;
160
Figura 5.36 – Detalhe do efeito da pulsação térmica (onda I) sobre o aspecto dos ramos
dendríticos e a presença de porosidade interdendrítica, entre as fases de pulso e base
térmica (vista longitudinal do cordão A25, liga AlMg).
161
(a) (b)
Canal de
metal líquido
Tocha
Acúmulo de
metal líquido
Penetração
R1
Pc
Película de Pa Ph
metal líquido
(a)
Velocidade de Soldagem (m/min)
E
1,2
D
Cordão com
mordedura
0,8
Cordão normal
C
A F
0,4
B
0
0
I (A)
0 2 4 6 8 10
Aporte de calor (kW)
(c)
(b)
Figura 5.38 – Mecanismo de formação de porosidade tipo “túnel”. Onde: (a) representação
proposta por Mendez et al (1999), (b) mapa indicando a influência da relação entre a
velocidade de soldagem (I) e o calor aportado (Q) sobre a forma da poça (Yamamoto et al,
1975) e (c) porosidade observada na interface pt/bt, para um valor alto de Dpt (10 mm).
Tabela 5.4 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o aspecto superficial
do cordão (liga AlMg).
Efeito da pulsação térmica sobre o aspecto superficial – AlMg
Tabela 5.5 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o aspecto superficial
do cordão. Aço carbono.
Efeito da pulsação térmica sobre o aspecto superficial – Aço carbono
AlMg, deve ter relação com a diferença nas propriedades termofísicas das
referidas ligas (diferença na molhabilidade). Além disso, para o aço, é notado que o
efeito de Impt também poderá ser controlado por tbt.
Escore normal
0 A: Dpt
B: Impt 0
C: Imbt
D: tpt
-1 E: tbt
-1 A: Dpt
B: Impt
A C: Imbt
-2 A D: tpt
-2 B E: tbt
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
Efeito padronizado -5 0 5
Efeito padronizado
(a) (b)
Figura 5.41 – Gráfico dos efeitos normalizados comparando a relativa magnitude e a
significância dos efeitos principais e suas interações sobre o aspecto superficial. Onde: (a)
liga AlMg e (b) aço carbono.
7 6
3 5 11 15 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7
7 0 9 3
3 5 25 31 11 19 0,3 0,7 0,3 0,7
5,2
5,80
4,9
5,55
Aspecto
Aspecto
4,6
5,30
4,3
5,05
4,0 4,80
Dpt Impt Imbt tpt tbt Dpt Impt Imbt tpt tbt
(a) (b)
Figura 5.42 – Evolução apresentada pelo aspecto superficial durante a mudança de nível
dos fatores. Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
170
117 156 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7 257 310 119 193 0,3 0,7 0,3 0,7
18 6,5
Dpt Dpt
5 13 5 5,5
3 3
8 4,5
18 6,5
Impt Impt
156 13 310 5,5
117 257
8 4,5
18 6,5
Imbt Imbt
92 13 193 5,5
67 119
8 4,5
18 6,5
tpt tpt
0,7 13 0,7 5,5
0,3 0,3
8 4,5
tbt tbt
(a) (b)
a
Figura 5.43 – Evolução das interações de 2 ordem em relação ao aspecto
superficial do cordão, durante a mudança de nível dos fatores. Onde: (a) AlMg e (b)
aço carbono.
Al Mg Aço carbono
Tabela 5.6 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre a largura média do
cordão (liga AlMg).
Efeito da pulsação térmica sobre a largura média – AlMg
Tabela 5.7 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre a largura média do
cordão. Aço carbono.
Efeito da pulsação térmica sobre a largura média – Aço carbono
0 5 10 0 10 20 30
(a) (b)
B E
E C
1 1 B
CE
Escore normal
Escore normal
BD
CD A: Dpt
B: Impt
0 A: Dpt 0 C: Imbt
B: Impt D: tpt
C: Imbt E: tbt
D: tpt
E: tbt DE
-1 -1 AE
AC
AD
-2 A -2 A
(a) (b)
7 6 7 0 9 3
3 5 11 15 67 92 0,3 0,7 0,3 0 ,7 3 5 25 31 11 19 0,3 0,7 0,3 0,7
14,8
16
13,6
Largura (mm)
15
Largura (mm)
12,4 14
11,2 13
12
10,0
Dpt Impt Imbt tpt tbt Dpt Impt Imbt tpt tbt
(a) (b)
117 156 67 92 0,3 0 ,7 0,3 0,7 257 310 119 193 0,3 0,7 0,3 0,7
18 20
Dpt Dpt
5 13 5 15
3 3
8 10
18 20
Impt Impt
156 13 310 15
117 257
8 10
18 20
Imbt Imbt
92 13 193 15
67 119
8 10
18 20
tpt tpt
0,7 13 0,7 15
0,3 0,3
8 10
tbt tbt
(a) (b)
Tabela 5.8 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o reforço médio do
cordão (liga AlMg).
Efeito da pulsação térmica sobre a largura média – AlMg
Tabela 5.9 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o reforço médio do
cordão (aço carbono).
Efeito da pulsação térmica sobre a largura média – Aço carbono
0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
(a) (b)
D B
E
1 1 ABD
A: Dpt
Escore normal
Escore normal
A: Dpt
B: Impt B: Impt
C: Imbt C: Imbt
0 D: tpt
E: tbt
0 D: tpt
E: tbt
-1 -1
ABC
B CD
-2 A -2 A
-5 0 5 -5 0 5
Efeito padronizado Efeito padronizado
(a) (b)
7 6
4,1
3 5 11 15 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7 3 5 25
7
31
0
11
9
19
3
0,3 0,7 0,3 0,7
3,3
3,9
Reforço (mm)
Reforço (mm)
3,2
3,7 3,1
3,0
3,5
2,9
3,3
Dpt Impt Imbt tpt tbt Dpt Impt Imbt tpt tbt
(a) (b)
Figura 5.51 – Evolução apresentada pelo reforço médio do cordão durante a
mudança de nível dos fatores. Onde: (a) AlMg e (b) aço carbono.
176
117 156 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7 257 310 119 193 0,3 0,7 0,3 0,7
3,6
Dpt Dpt
4,0
5 5 3,1
3,5
3 3
3,0 2,6
3,6
Impt Impt
4,0
156 310 3,1
3,5
117 257
3,0 2,6
3,6
Imbt Imbt
4,0
92 193 3,1
3,5
67 119
3,0 2,6
3,6
tpt tpt
4,0
0,7 0,7 3,1
3,5
0,3 0,3
3,0 2,6
tbt tbt
(a) (b)
a
Figura 5.52 – Evolução das interações de 2 ordem em relação ao reforço médio
do cordão, durante a mudança de nível dos fatores. Onde: (a) AlMg e (b) aço
carbono.
tbt (-0,46 mm), que apresenta o dobro de influência em relação aos demais
parâmetros.
Tabela 5.10 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre a diferença na largura da
ZTA (aço carbono).
Efeito da pulsação térmica sobre a diferença na largura da ZTA – Aço carbono
Ordem Fator ou interação Efeito no valor
de influente Valor de P da resposta Variação
influência devido à provocada
mudança
de (-) para (+)
10 tbt 0,000 0,46 mm ↑
20 Impt x Imbt 0,006 0,27 mm ↑
30 Impt 0,006 0,27 mm ↑
40 Dpt 0,011 0,24 mm ↑
50 Dpt x tpt x tbt 0,011 0,24 mm ↑
60 Dpt x Impt x tpt 0,029 -0,19 mm ↓
70 Dpt x Impt x Imbt 0,034 0,18 mm ↑
80 tpt 0,035 -0,18 mm ↓
Onde:
P → valor que determina quais os efeitos no modelo são estatisticamente significantes, ou seja, se P ≤ α há influência do
fator (o valor de P é estabelecido através do teste F);
↑ → a mudança de nível (- para +) aumenta o valor da resposta;
↓ → a mudança de nível (- para +) reduz o valor da resposta.
0 1 2 3 4 5 6 7
Probabilidade normal
2 E
BC
B
1 A
ADE
ABE
Escore normal
A: Dpt
B: Impt
C: Imbt
0 D: tpt
E: tbt
-1
-2 ABD
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
Efeito padronizado
mudança produzida pelo efeito apresenta a mesma direção da sua interação para,
finalmente, discutir a real influência.
7 0 9 3
3 5 25 31 11 19 0,3 0,7 0,3 0,7
1,1
Diferença na largura da ZTA
1,0
0,9
0,8
0,7
Por sua vez, a figura 5.56 demonstra que a única interação de 2a ordem
significativa ocorrerá quando houver mudança conjunta de nível entre Impt e Imbt,
ou seja, se a interação Impt x Imbt ocorrer no sentido de (-) para (+) a diferença na
180
largura da ZTA tenderá a aumentar e para a passagem (+) para (-) o efeito será
inverso.
Uma vez que, o principal fator influente é o tbt, uma consideração pertinente
quanto à redução do seu efeito seria um aumento na freqüência térmica (o que
minimizaria também o efeito de Dpt) e/ou no ciclo ativo térmico (maior tempo sobre
o efeito do pt).
Tabela 5.11 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o volume de vazios
na zona fundida (liga AlMg).
Efeito da pulsação térmica sobre o volume de vazios – AlMg
0 1 2 3 4 5
Probabilidade normal
2 AC
1
Escore normal
A: Dpt
0 B: Impt
C: Imbt
D: tpt
E: tbt
-1
-2 A
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
Efeito padronizado
dos efeitos durante a mudança de nível, como exposto nas figuras 5.58 e 5.59.
Novamente é notado que, em termos de magnitude e significância, o fator Dpt é o
que desponta como o mais influente.
7 6
3 5 11 15 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7
0,47
0,39
Vol vazio (%)
0,31
0,23
0,15
Dpt Impt Imbt tpt tbt
Impt 0,6
156 0,4
117 0,2
Imbt 0,6
92 0,4
67 0,2
tpt 0,6
0,7 0,4
0,3 0,2
tbt
passagem da interação Impt x Imbt no sentido de (-) para (+) tende a minimizar a
quantidade de vazios presentes na ZF.
Já que os fatores influentes são Dpt e Imbt e estes, normalmente, deveriam
atuar de forma contrária ao que foi detectado pela análise fatorial em relação ao
volume de vazios, é necessária uma análise a respeito do mecanismo envolvido
nesta redução.
Como na pulsação térmica um aumento no valor da Dpt reduz o calor
aportado e, por conseqüência, diminui o tempo disponível para o escape dos gases
na ZF, seria esperado que a quantidade de vazios tendesse a aumentar como
incremento da Dpt.
Com relação à elevação em Imbt, o efeito esperado é mínimo, uma vez que,
por um lado, haverá um acréscimo no calor aportado (maior tempo para escape) e,
por outro, uma redução no desnível térmico (diminuição no grau de agitação da
poça).
Somando-se a isso, Silva (2003) cita que, na soldagem do alumínio, o
emprego da pulsação térmica não aumenta a susceptibilidade à geração de
porosidade, quando comparado com o modo pulsado convencional.
Então como explicar esta influência de Dpt e Imbt sobre a quantidade de
vazios na ZF?
A solução utilizada para tentar explicar o mecanismo atuante contou com a
realização de cortes nos cordões em diferentes regiões e seções, seguidos pela
análise micrográfica dos corpos-de-prova. Como resposta da análise foi detectado
que a fonte de vazios tinha origem na falta de molhabilidade (fusão) entre a zona
fundida e o metal de base, próximo à região das bordas, para valores altos de calor
aportado (níveis altos de Impt, tpt e baixos de Dpt), vide figura 5.61. Além disso,
como discutido previamente, em decorrência da formação de porosidade primária
nas interfaces térmicas ser contrabalançada pelo aumento na agitação da poça é
presumível, portanto, que a principal parcela de contribuição tenha ligação com a
falta de fusão.
Como conclusão final, para a liga AlMg, não foi possível relacionar uma
possível variação na quantidade de poros com o uso da pulsação térmica e, ainda,
que a alteração na quantidade de vazios observada tem sua origem na dificuldade
de molhabilidade do metal de base, para valores altos de metal transferido por
unidade de comprimento (grande reforço). Assim, em determinados limites, como a
184
(a) (b)
Figura 5.61 – Seções transversais dos cordões mostrando o efeito da pulsação
↑) e (b)
térmica sobre falta de fusão (formação de vazios). Onde: (a) Dpt x Imbt (↑
↑) e Imbt (↓
Dpt (↑ ↓).
(Impt ou tpt) atuam de forma benéfica somente sobre PMC, há uma indução em se
fazer o aumento conjunto destes efeitos. No entanto, esta opção acarretará no
aumento do diâmetro médio, exatamente o contrário do esperado (vide tabela
5.13).
Tabela 5.12 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o diâmetro médio
do grão (liga AlMg).
Efeito da pulsação térmica sobre o diâmetro médio do grão – AlMg
Tabela 5.13 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o valor de PMC.
(liga AlMg).
Efeito da pulsação térmica sobre o valor de PMC – AlMg
Das informações expostas nas tabelas 5.12 e 5.13, é possível avaliar que
um procedimento viável para minimizar conjuntamente os valores de PMC e do
diâmetro médio baseia-se na redução do valor de Dpt e na elevação de tpt.
186
0 1 2 3 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
(a) (b)
Figura 5.62 – Diagramas de Pareto mostrando os parâmetros influentes sobre o
diâmetro médio dos grãos (a) e sobre o valor de PMC (b). Liga AlMg.
Escore normal
A: Dpt
A: Dpt B: Impt
B: Impt C: Imbt
0 C: Imbt 0 D: tpt
D: tpt E: tbt
E: tbt
-1 -1
B
-2 -2 D
-2 -1 0 1 2 3 4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6
Efeito padronizado Efeito padronizado
(a) (b)
Figura 5.63 – Gráfico dos efeitos normalizados comparando a relativa magnitude e
a significância dos efeitos principais e suas interações sobre o diâmetro médio dos
grãos (a) e PMC (b). Liga AlMg.
7 6
3 5 11 15 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7 7 6
3 5 11 15 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7
92,0
Diâmetro médio dos grãos
2,1
PMC (admensional)
89,5
1,9
87,0
1,7
84,5
1,5
82,0
1,3
Dpt Impt Imbt tpt tbt Dpt Impt Imbt tpt tbt
(a) (b)
Figura 5.64 – Evolução apresentada pelo diâmetro médio do grão (a) e por PMC
(b), durante a mudança de nível dos fatores. Liga AlMg.
117 156 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7 117 156 67 92 0,3 0,7 0,3 0,7
100
Dpt Dpt 2,5
5 90 5 2,0
3 80 3 1,5
100
Impt Impt 2,5
156 90 156 2,0
117 80 117 1,5
100
Imbt Imbt 2,5
92 90 92 2,0
67 80 67 1,5
100
tpt tpt 2,5
0,7 90 0,7 2,0
0,3 80 0,3 1,5
tbt tbt
(a) (b)
a
Figura 5.65 – Evolução das interações de 2 ordem em relação ao diâmetro médio
do grão (a) e PMC (b), durante a mudança de nível dos fatores. Liga AlMg.
Tabela 5.14 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre a largura do grão
austenítico primário (aço carbono).
Efeito da pulsação térmica sobre a largura do grão – Aço carbono
0 1 2 3 4 5 6
Probabilidade normal
2 E
1
A: Dpt
Escore normal
B: Impt
C: Imbt
0 D: tpt
E: tbt
-1
-2
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6
Efeito padronizado
7 0 9 3
3 5 25 31 11 19 0, 3 0,7 0,3 0,7
188
Largura do grão
176
164
152
140
Dpt Impt Imbt tpt tbt
200
Impt
175
310
257 150
200
Imbt
175
193
119 150
200
tpt
175
0,7
0,3 150
tbt
Tabela 5.16 – Efeito dos parâmetros de pulsação térmica sobre o volume de FP(G)
(aço carbono).
Efeito da pulsação térmica sobre o volume de FP(G) – Aço carbono
0 1 2 3 0 1 2 3 4
(a) (b)
Figura 5.70 – Diagramas de Pareto mostrando os parâmetros influentes sobre os
volumes de FA (a) e FP(G) (b) (aço carbono).
192
1 1
Escore normal
Escore normal
A: Dpt A: Dpt
B: Impt B: Impt
0 C: Imbt 0
C: Imbt
D: tpt D: tpt
E: tbt E: tbt
-1 -1
C
E
D
-2 B -2
-3 -2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2 3 4
Efeito padronizado Efeito padronizado
(a) (b)
Figura 5.71 – Gráfico dos efeitos normalizados comparando a relativa magnitude e
a significância dos efeitos principais e suas interações sobre os volumes de FA (a)
e FP(G) (b) (aço carbono).
7 0 9 3 7 0 9 3
3 5 25 31 11 19 0,3 0,7 0,3 0,7 3 5 25 31 11 19 0,3 0,7 0,3 0,7
34,0
48
32,5
46
FA (%)
FP(G) (%)
31,0
44
29,5 42
28,0 40
Dpt Impt Imbt tpt tbt Dpt Impt Imbt tpt tbt
(a) (b)
Figura 5.72 – Evolução apresentada pelos volumes de FA (a) e FP(G) (b), durante
a mudança de nível dos fatores (aço carbono).
257 310 119 193 0,3 0,7 0,3 0,7 257 310 119 193 0,3 0,7 0,3 0,7
55
Dpt 35 Dpt
5 30 5 45
3 25 3
35
55
Impt 35 Impt
310 30 310 45
257 25 257
35
55
Imbt 35 Imbt
193 30 193 45
119 25 119
35
tpt 55
35 tpt
0,7 30 0,7 45
0,3 25 0,3
35
tbt tbt
(a) (b)
a
Figura 5.73 – Evolução das interações de 2 ordem em relação aos volumes de FA
(a) e FP(G) (b), durante a mudança de nível dos fatores (aço carbono).
Região de Tocha
impacto das gotas
Gota
Região
do Arco
Fpa Fpa
Fγ Fγ
Fgota
Fem Fem
Fb
Poça Metal de base
ZF Escamas
Dpt
ZTA
Metal
de base
(a) (b)
Figura 5.76 – Microscopia eletrônica mostrando o efeito da pulsação térmica sobre
a diferença na subestrutura e a região de ligação do metal de solda com o metal de
base (seção transversal; liga AlMg). Onde: (a) corpo-de-prova A14, soldado com
pulsação térmica e (b) corpo-de-prova PN6, soldado com pulso convencional.
CONCLUSÕES E
CAPÍTULO VI RECOMENDAÇÕES PARA
TRABALHOS FUTUROS
6.1 Conclusões
Dentro das condições experimentais adotados, os dados levantados sobre
os possíveis efeitos da variante MIG/MAG Térmico permitem inferir, alicerçados na
literatura técnica consultada, as seguintes conclusões:
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ANEXO
212
Efeito isolado dos parâmetros (Dpt, Ct, Ft, Imt e Dt) – aço carbono
Volume de Microconstituinte e Largura média do grão
Condição austenítico
Pulso térmico Base térmica
FA FP(G) FS(A) FS(SP) LG FA FP(G) FS(A) FS(SP) LG
% µm)
(µ % µm)
(µ
A1 1,8 83 1,7 85
A2 1,8 74 1,0 76
A3 2,9 85 2,3 90
A4 1,1 70 1,0 83
A5 1,0 75 1,3 86
A6 1,0 95 1,0 100
A7 1,2 93 1,6 83
A8 1,1 72 1,2 67
A9 4,8 97 2,3 90
A10 1,6 83 1,8 93
A11 3,5 97 3,2 85
A12 1,7 81 1,6 78
A13 2,2 62 1,4 65
A14 1,3 85 1,4 90
A15 1,2 88 1,9 85
A16 1,0 85 1,1 83
A17 3,4 75 2,5 81
A18 1,3 81 1,3 60
A19 2,3 108 1,9 85
A20 1,0 78 1,0 76
A21 1,6 85 1,5 90
A22 1,1 65 1,0 60
A23 1,4 95 1,3 95
A24 1,0 74 1,0 74
A25 4,5 121 3,0 111
A26 1,6 102 1,8 108
A27 2,5 95 2,5 114
A28 2,2 83 1,6 78
A29 1,7 75 3,6 88
A30 1,1 86 1,1 97
A31 2,3 108 1,7 105
A32 1,0 117 1,0 129
Onde:
PMC – parâmetro do modo de crescimento
215
Projeto fatorial (aço e AlMg) – Aspecto Superficial do Cordão (reforço, mordedura e escamas)
Nome: Nome: Nome:
Nota Nota Nota
Cordão Cordão Cordão
(1 a 10) (1 a 10) (1 a 10)
A1 A1 A1
A2 A2 A2
A3 A3 A3
A4 A4 A4
A5 A5 A5
A6 A6 A6
A7 A7 A7
A8 A8 A8
A9 A9 A9
A10 A10 A10
A11 A11 A11
A12 A12 A12
A13 A13 A13
A14 A14 A14
A15 A15 A15
A16 A16 A16
A17 A17 A17
A18 A18 A18
A19 A19 A19
A20 A20 A20
A21 A21 A21
A22 A22 A22
A23 A23 A23
A24 A24 A24
A25 A25 A25
A26 A26 A26
A27 A27 A27
A28 A28 A28
A29 A29 A29
A30 A30 A30
A31 A31 A31
A32 A32 A32
217