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Michelyne de Oliveira Fernandes Alina de Engenharia civ Francisco Chagas da Silva Filho Professor Orientador de Barragens ANALISE DE ESTABILIDADE DE TALUDES PELOS METODOS DE FELENIUS, BISHOP E JAMBU RE 0 Para observar a estabitidade de taludes em barragens de terra, quanto a variagao de suas caracteristicas fisieas e mecdnicas, foi ela- borado um programa na planilha do Excel, capac de calcular 0 fator de seguranca para taludes, segundo os métodos de Fellenius, Bishop e Jambu ABSTRACT This work presents a program performed in excel worsheet to calculate slope factor of safe based in three methods described below: Fellenius, Bishop and Jambu. 1. INTRODUGAG A analise da estabilidade de taludes naturais ou artiticiais € de grande importancia para de- terminar se um talude é seguro ou no. Aanélise ¢ feita conside- rando que um talude se apresen- ta como uma massa de solo sub- metida a trés campos de forga devido 20 peso, ao escoamento de agua e a resisténcia ao cisalhamento. Com a presenga da gue, © saturagéo aumenta o peso especitico do material, © 0 excesso de umidade reduz a re- visléncia ao cisallramento pelo aumento de pressao neutra, pro- vocando 0 escorregamento dos taludes. No caso de barragens de terra os acidentes causados por escorregamentos correspondem a 15% dos acidentes ocorridos. Portanto é necesséio ve- rificar a estabilidade do macigo de terra, utilizando os métodos de venificagao de taludes, onde no caso de barragens a presenca da gua faz com que as condicoes de presséo neutra, torca de percolagao e peso especifico fi- ‘quem ainda mais desfavoraveis & estabilidade, 2. RESISTENCIA AO CISALHAMENTO DO. SOLO Segundo a equagéo de Columb: Szc+T1g@ a resisténcia ao cisalhamento de um solo se compée, basicamente de dois componentes: a coesdo € 0 attito entre as panticulas Levando em conta que somente as presses efetivas mobilizam resisténcia ao clsalnamemo, a equagao de Lolumb passa a se escrever: Sze's(r -u)tgg que é a sua forma modificada. com u_a pres- 0 neutra na agua. 3. ESTABILIDADE DE IALUDES DE BARRAGENS Na verificago da estabilidade de barra- gens ha situages onde o talude fica mais vul- nerdvel ao deslizamento. Para talude de montante deverdo ser consideradas duas situagées criticas : com 0 reservatério cheio, onde u material fiva submerso; ¢ apés um répido esvaziamento, pois, neste caso 0 peso da égua que contribuia para sustentagao do talude desaparecera 0 solo ainda estaré saturado, com uma menor resisténcia ao cisalhamento. NA. EF Para taludes de jusante deve-se contro- lar os efeitos das pressdes de percolagao. A fi- qura abaixo mostra varias composicdes de for- ga de percolacao peso especifico submerso, demonstrando que essas pressdes séo Projudiciaie a0 oquillbrio do talude do jueanto. 92 4. METODO DE ESTABILIDADE DE TALUDES Existem varios métodos para a verifica- 0 da estabilidade de taludes, mas os procedi- mentos tedricos sfio basicamente parecidos. ‘A maioria deles baseia-se no equilibriv de forgas que atua na base de uma superticie de escorregamento predeterminada, onde a re- lago das forgas solicitantes com as forcas de resisténcia ao cisaihamento, definido pelo fator de seguranca F, deve ser maior que um. A determinagao da superficie de escorregamento vai depender das formas dos macigos terrosos, que nem sempre se apresenta bem caracterizadas e definidas. Por exampla, am harragem de terra, ‘onde 0 macigo de terra e a fundagdo possuem © mesmo material, a superficie de escorregamento provavelmente serd circular (figura A), porém no caso de uma barragem com fundagéo em rocha a superficie de escorregamento ja terd outra forma nao circular (figura B). Barragem homogénea Figur Revista Tecnoloaia/Fortaleza/N? 19/P. 91-98/De2.1998 Figura B \ LLL bork / | Portanto para chegar a um fator de se- guranga seguro, além de ter as caracteristicas mecdnicas do solo ¢ necessario, testar varias superficies provaveis de escorregamento. Neste trabalho foram estudados os mé- todos de Fellenius, Bishop e Jambu, de onde foi feita uma rotina de calculo na planilha do Excel. Estes métodos se baseiam na predeterminagao de uma superficie de ruptura, ‘onde a massa de terra passivel de deslizamonto é dividida em fatias e 0 somatério das forgas resultantes de cada fatia determinaré o fator de seguranga do talude. 4.1. FELENIUS © método baseia-se no equilibrio de momento em relagdo ao centro O, ¢ admite que a resultante das forcas entre fatia e paralela & base de cada fata * Para cada fatia na base: tensao normal r , ten- so cisalhante 6, poro pressao u. *Critério de ruptura: S=c’+(r -u)tgg + Resisténcia ao cisalhamento §=5/F onde F 6 o fator de seguranca Revista Tacnologia/Foriala7aiN? 18/2 91-98Ma7 1998 P=txe T=5xt 1 F 6+(P-ultrgo) * Resolvendo P normal na base da fatia P-Weosd * Equilibrio total de momentos com relago ao centro O: Y{WRsen B= \TR (@s forcas Entre as fatlds sao Internas @ 0 momento destas forgas tem resultante zero) Lwsing = Dele £+(P-ul)igd) Llores (p—uthtge) Lwsens Obs. U erry neste niétody pul: Leyar @ 00%. 4.2, BISHOP Este método admite que as forgas entre fatias esto na horizontal. considera também que a forga normal age no centro da base da fatia e 6 calculado a partir do somatério das forgas na vertical desprezanda a samatirin das forcas horizontais. ° + Para cada fatia na base: tensao normal , ten- so cisalhante § , poro pressdo u. * Critério de ruptura: S=c'+(r -u)tad + Resisténcia ao cisalhamento §=S/F onde Fan fator de saguiranca P=txe T-Sx6 Leee(P-utiiigo) ple e+(P—uttige) 93

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