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Introducdo Suponha-se que um dia, apés uma guerra nuclear, um histo- riador intergalactico pouse em um planeta entéo morto para in- quirir sobre as causas da pequena e remota catdstrofe registrada pelos sensores de sua galaxia. Ele, ou ela — poupo-me de especu- lar sobre o problema da reprodugao fisiolégica extraterrestre —, consulta as bibliotecas e arquivos que foram preservados porque a tecnologia desenvolvida do armamento nuclear foi dirigida mais para destruir pessoas do que a propriedade. Apés alguns estudos, nosso observador conclui que os tltimos dois séculos da histéria humana do planeta Terra sao incompreensiveis sem o entendi- mento do termo “nacaéo” e do vocabuldrio que dele deriva. O termo parece expressar algo importante nos assuntos humanos. Mas © que, exatamente? Aqui esta o mistério. Ele tera que ler Walter Bagehot, que apresentou a histéria do século XIX como a da “construgéo de nagGes”, embora também tenha observado, com seu habitual senso comum, que “sabemos o que é quando nao somos perguntados, mas nao podemos rapidamente defini-la ou explicé-la”.’ Isso pode ser verdade para Bagehot e para nos, mas nao para historiadores extragalacticos sem a experiéncia hu- Mana que parece fazer da idéia de “nacao” algo téo convincente. Gracas A literatura dos ultimos quinze ou vinte anos, penso que hoje seria possivel dotar tal historiador com uma pequena lista de leituras para ajuda-lo, ou ajuda-la, na busca de sua andlise, © também completar as referéncias contidas até aquela data em ll -

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