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6.2. Guião para hiperdocumento educativo
(Inter)actividades filosóficas
“Interpréter un texte, ce n'est pas lui donner un sens (plus ou moins fondé, plus ou
moins libre); c'est au contraire apprécier de quel pluriel il est fait.”
Roland Barthes
Edgar Morin
“The same content material is covered in different ways, at diferent times, in order to
demonstrate the potencial flexibility of use inherent in that content.”
Rand Spiro
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6.2.1. Justificação pedagógico-didáctica
Este facto poderá ser encarado como algo vantajoso para a aprendizagem, já
que existe, à partida, uma familiaridade com muitos dos termos utilizados nas aulas de
filosofia. Com efeito, não existirá aqui, eventualmente, a sensação de total estranheza
que poderá existir quando pensamos em matérias muito mais herméticas de certas
disciplinas, onde é usual a existência de termos completamente desconhecidos pelos
alunos. A aprendizagem significativa (à maneira de Ausubel) estará em boas condições
de suceder.
Todavia, convém colocar a questão sob outra perspectiva. O facto dos termos
usados na aula de filosofia serem já, de algum modo, significativos para os alunos
poderá fazer com que eles se agarrem à acepção mais conhecida e vulgar desses termos
e, assim, revelem dificuldades na deslocação para o terreno filosófico. Nessa medida, de
modo a vencer esse obstáculo epistemológico, importa que os alunos ultrapassem o
significado comum dos conceitos leccionados no âmbito da disciplina de filosofia e os
encarem a partir de perspectivas mais rigorosas. Exige-se, aqui, então, um esforço que
vai no sentido de recontextualizar filosoficamente os conceitos: de um contexto vulgar
dever-se-á passar para um contexto filosófico.
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sempre que necessário e de acordo com as novas condições, os significados
anteriormente apreendidos.
De facto:
1
Sobre a artificialidade das nossas construções intelectuais elucida-nos Pierre Lévy: «Construir uma
classe equivale a estabelecer limites. Ora, nenhuma fronteira surge espontaneamente. Há sem dúvida
gradações e descontinuidades no mundo, mas o corte estrito de um conjunto implica a selecção de um ou
mais critérios para separar o exterior do interior. A escolha desses critérios é forçosamente convencional,
histórica, circunstancial» (Lévy, 1994: 183).
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b) (re)contextualizar/problematizar/ilustrar o conhecimento produzido em a) e
b).
1
A imagem também poderia ser a de um processo fabril. A matéria-prima (as concepções espontâneas)
entraria numa cadeia de produção, com sucessivas transformações, e daí resultaria um produto final (a
animação-resumo).
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contextualizações, auferidas através das múltiplas associações que é possível estabelecer
com outros conteúdos.
4. Animação-resumo do conteúdo em causa. A animação não está fixada à
partida; ela poderá apresentar diferentes configurações (pré-programadas) de acordo
com as opções do utilizador que o utilizador vai tomando.
Nota 1:
O trajecto destes conteúdos concretiza-se através de uma série de actividades.
Todavia não existe nenhuma obrigatoriedade à partida de esgotar todas as possibilidades
do hiperdocumento. Pelo contrário, será pedagogicamente útil fazer uma escolha das
actividades tendo em consideração os objectivos pedagógicos pretendidos nos diversos
casos concretos. O Professor poderá, assim, configurar o hiperdocumento de modo a
que só se tornem visíveis e operacionais as actividades que deseja para os seus alunos.
Nota 2:
Off-line / on-line
A aplicação funcionará melhor online (dado que os trabalhos feitos pelos
alunos poderão ser enviados directamente para o professor e, além disso, eles terão
acesso directo ao trabalho feito pelos colegas (cf. figura 32); mas tal não impede que se
possa trabalhar também off-line.
Na modalidade on-line o professor será, de facto, administrador: ele escolherá
os exercícios que ficam acessíveis; escolherá os alunos, grupos, turmas, terá acesso ao
'histórico' de cada aluno, etc. A aplicação assumirá, neste caso, contornos de plataforma.
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(Inter)Actividades filosóficas – uma perspectiva esquemática
Escolha do
conteúdo Conteúdo
inicial inicial
Intervenções
Simplificado do Pensador
Incompleto Observação
crítica Reformulação
Superficial
círculo hermenêutico
Conteúdo
em processo de
Aluno: aprofundamento
(trabalho individual ou
em grupo)
Ensaio de
reformulação Reformulação Observação
crítica
I
n Principais autores de
t Glossário referência:
e • Heidegger / Gadamer
r • Piaget
v • Vygotsky
e Conteúdo
em reestruturação • Ausubel
n • Novak
ç
• Rand Spiro
õ e
e s
s c
r
i Deslocações
t
a
s Nova disposição
Intervenções
Aluno: surpresa do
(trabalho individual ou Pensador Nível de pormenor
em grupo)
Acrescentar
substituições Substituições
A acção do
utilizador interfere
Enquadramentos
Aluno: na animação
do conteúdo
(trabalho individual ou Animação-resumo
e
em grupo)
Elaborar
prolongamentos
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6.2.3. Modelo de aprendizagem
1
Essa seria a perspectiva empirista, contra a qual se bate a teoria construtivista da aprendizagem.
-8-
Professor (Administrador de plataforma):
- Pode acrescentar novos conteúdos (desenhando também o seu percurso
e modo de interacção dos alunos com esses novos conteúdos);
- Configura o hiperdocumento de modo rentabilizar da melhor forma a
interacção dos seus alunos com o hiperdocumento (pode, por exemplo, tornar
inacessíveis e invisíveis conteúdos que não se enquadrem dentro dos objectivos que
pretende ver alcançados pelos estudantes);
- Selecciona e configura os instrumentos de avaliação;
- Construirá – em ambiente de plataforma – turmas e grupos de alunos;
- Corrige e avalia as actividades produzidas pelos alunos (a partir daquilo
que era solicitado);
Aluno:
- Utilizador central e final do hiperdocumento;
- Responde ao que é requerido pelos instrumentos de avaliação;
- Pode enriquecer o hiperdocumento (dentro das solicitações previstas).
6.2.5. Público-alvo
6.2.6. Objectivos
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• Construa de forma pertinente ligações entre informações de índole
diversa
• Compreenda a importância do contexto para a determinação do
significado
• Seja competente a lidar com o carácter multidimensional da realidade
• Transfira de forma adequada os conhecimentos
6.2.7. Desenvolvimento
1ª Parte – CONCEPTUALIZAR
Objectivo principal:
1
Atenção: concepção rigorosa não quer dizer concepção verdadeira.
- 10 -
Esta escolha poderá ser feita pelo professor, tendo em vista os objectivos
pedagógicos que no momento se propõe alcançar. Poderá também ser facultada ao aluno
a possibilidade de escolher, dentro de um determinado leque, a concepção superficial
que gostaria de ver trabalhada. Aqui, o critério de escolha poderia ser a identificação do
aluno com uma dessas concepções. Deste modo, os procedimentos posteriores seriam,
muito provavelmente, mais eficazes dado que se partiria de um nível cognitivo próximo
daquele em que se encontra o aluno1.
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Mundo
Filosofia Acç
Acção humana Valores contemporâneo
Acrescentar Acrescentar
1
O ideal, em termos de aprendizagem, seria que a concepção superficial coincidisse realmente com uma
concepção prévia do estudante.
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das concepções superficiais deverá ter um título sugestivo que deverá surgir no
respectivo rectângulo.
Passamos então para uma outra fase. Este processo será conduzido através de
um sucessivo confronto com uma entidade – o Pensador – que interpela a nossa
inteligência (a do aluno) a propósito da ‘concepção superficial’ (lembremos que essa
figura será representada pela estátua do pensador de Rodin).
Visualizemos:
1
O hiperdocumento assentará na ideia construtivista de Rand Spiro segundo a qual a aprendizagem da
complexidade é potenciada pela prática de se revisitar o mesmo material didáctico com propósitos
diferentes. Repare-se que neste modelo há um centro ou um pólo de instrução — o pequeno texto — que
os alunos revisitarão vezes sem conta, mas sempre com propósitos renovados.
2
Relembremos a importância dos desequilíbrios cognitivos para a aprendizagem: o aluno obriga-se a uma
reestruturação conceptual de modo a ajustar-se às novas situações.
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(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
0/5
Situa o
Permite saltar utilizador na
para a 2ª e 3ª aplicação
partes Glossário
Texto central
Mapa conceptual
(‘concepção superficial’)
i) ver em cima ao centro (figura 6): navegação que permite saltos nas
fases principais do programa. Estamos agora na fase ‘Conceptualizar’ e poderíamos
passar para a fase ‘Reestruturar’ [R] ou para a fase ‘Enquadrar’ [E].
- 13 -
ii) em cima, à direita (figura 6): navegação que permitirá avançar e recuar
de forma sequencial. Este nível de navegação será sobretudo útil para que o utilizador
recapitule os vários passos percorridos.
i) A figura do Pensador
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
0/5
Texto central
Mapa conceptual
(‘concepção superficial’)
- 14 -
Aqui (figura 7), o programa chama a atenção do utilizador para uma possível
interpelação do Pensador relativamente à ‘concepção superficial’ (texto central).
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
0/5
Objecção do Pensador
fundamentada Texto central
Mapa conceptual
(‘concepção superficial’)
- 15 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
0/5
Texto central
Mapa conceptual
(‘concepção superficial’)
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
0/5
- 16 -
Pressionando novamente no Pensador (ou no botão ‘Avançar’) surgirá a sua
proposta de alteração (figura 11) que o aluno poderá, então, confrontar a sua própria1.
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
0/5
Sugestão (justificada) do
Pensador para alteração Texto central
Mapa conceptual
do texto (‘concepção superficial’)
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
1/5
EXEMPLO
1
É valorizado neste hiperdocumento o confronto de opiniões (com o Pensador) e, posteriormente, com os
colegas (fase ‘Enquadrar’), dado que esse confronto com a alteridade é cognitivamente profícuo.
- 17 -
Repare-se que estamos na sugestão 1 em 5 (ver em cima e ao centro – fig. 12).
Tal significa que este processo repetir-se-á mais quatro vezes. De acordo com os
diferentes casos e com o que for pedagogicamente útil poderão acontecer mais ou
menos interpelações do Pensador.
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
R
Conceptualizar
Menu de controlo E
G
5/5
CONCEITO
PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
Texto aprofundado
EXEMPLO
REMATE
1
Evita-se assim a sobrecarga cognitiva. Como todo o processo é centrado no mesmo conteúdo também se
evita a desorientação cognitiva (teoria da flexibilidade cognitiva).
- 18 -
Mesmo um conhecimento aprofundado perderá a sua energia e pertinência
cognitivas se não for constantemente alimentado. Em termos de hipermédia, tal
significará estabelecer ligações com o exterior (a ideia alimenta-se das ideias com as
quais pode manter algum tipo de relação); poderá também significar assumir novas
configurações: o hipermédia possibilita que se molde de diversas formas um dado
conteúdo. Considera-se que sempre que se estabelece uma nova ligação (uma nova
recontextualização) ou se reformula o conhecimento é renovada a sua força cognitiva;
pelo contrário, se uma ideia é fixada e desligada dos contactos com o exterior poderá
tornar-se letra morta e entrar em entropia.
- 19 -
c) Há um espaço para o próprio aluno enriquecer o conteúdo seja nas
possibilidades de reestruturação (exercício 4 – figura 23), seja nas possibilidades de
hiperligação (figura 29).
Há ainda a considerar:
1. Animação-resumo
2ª Parte - REESTRUTURAR
Esta fase está dividida em quatro exercícios (ver figura 14), simbolizados, cada
um deles, pelos ícones presentes no Menu de Controlo:
1
Como nos dita a perspectiva do círculo hermenêutico de Heidegger e Gadamer.
- 20 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
G
CONCEITO
PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
Texto aprofundado
EXEMPLO
REMATE
Exercício nº 1 – “Deslocações”
- 21 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
CONCEITO ANALOGIA
E
G
Deslocações
CONCEITO
PRESSUPOSTO
1
Relembremos que a figura do Autor simboliza uma equipa interdisciplinar.
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(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
CONCEITO E
G
Deslocações
PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
Texto aprofundado (alterado)
EXEMPLO
CONCEITO
ANALOGIA
REMATE
Este exercício pretende mostrar que nalguns casos será possível mudar a
estrutura interna do texto1, mantendo a sua qualidade de texto com sentido.
Visualizemos:
1
Tal exercício também contribuirá para flexibilizar a perspectiva que os alunos têm do texto.
2
No exemplo ilustrativo que apresentamos no anexo 1 acrescentamos a “linha representativa do
desenvolvimento linear do texto” que poderá ajudar a que os utilizadores tenham uma percepção muito
intuitiva da estrutura do texto.
- 23 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
G
Nova disposição
CONCEITO
PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
Texto aprofundado
EXEMPLO
REMATE
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
G
Nova disposição
CONCEITO
PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
Texto aprofundado
EXEMPLO
REMATE
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O conceito central (a azul) troca de lugar com o pressuposto (a vermelho). De
forma correspondente e à imagem do mapa conceptual, no texto o que era conceito
central passa a fazer o papel de pressuposto e vice-versa (figura 19):
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
G
Nova disposição
CONCEITO
PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
Texto aprofundado (com nova ordem)
EXEMPLO
REMATE
Elementos trocam de
Figura 19 – Reestruturar – Nova disposição C posição e provocam
respectivas
alterações no texto.
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(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
1 G
Nível de pormenor
CONCEITO
Texto texto texto texto texto texto texto texto
PRESSUPOSTO texto texto texto texto texto.
REMATE
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
2
Nível de pormenor
CONCEITO
Texto texto texto texto texto texto texto texto
PRESSUPOSTO texto texto texto texto texto pormenor
pormenor.
CONCEITO CONCEITO
Texto texto texto Texto texto texto texto texto
EXEMPLO
texto texto texto texto texto texto texto texto
pormenor pormenor pormenor.
- 26 -
A figura 20 mostra o nível de pormenor 1 (ver pequeno quadrado do lado
direito da ‘Barra de pormenor’). As figuras 21 e 22 mostram os níveis de pormenor 2 e
3.
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
3 G
Nível de pormenor
CONCEITO
Texto texto texto pormenor texto texto texto
PRESSUPOSTO texto texto texto texto texto texto texto
pormenor pormenor pormenor pormenor.
Texto texto texto Texto texto texto texto texto
CONCEITO CONCEITO
texto texto texto texto texto texto texto texto
EXEMPLO
pormenor pormenor pormenor pormenor
pormenor pormenor.
Texto texto texto texto texto texto pormenor
pormenor pormenor.
REMATE
Exercício 4 – “Substituições”
Este exercício consiste em fazer substituir certos elementos por outros com
função idêntica. Assim, um exemplo poderá ser substituído por outro exemplo; um
remate de texto poderá ser alterado por outro remate.
- 27 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
Reestruturar
E
G
Botões A S Substituições
‘Aleatório’ e 2
‘Sequencial’. PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
Texto aprofundado
EXEMPLO
10 Número de vezes
CONCEITO
2 que o elemento
ANALOGIA
poderá ser
2
REMATE substituído
3ª Parte - ENQUADRAR
1
Relembremos que denominámos ‘texto aprofundado’ por contraposição a ‘concepção superficial’.
2
Pretende-se, mais uma vez, flexibilizar e confrontar – de forma criativa – as perspectivas.
- 28 -
próximas actividades. Aqui, haverá três modos de contextualização: ‘Tópicos’,
‘Autores’ e ‘Enfoques’1 (ver menu de controlo, figura 24):
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
R
G
Modos de
contextualização Texto texto texto texto texto texto texto
PRESSUPOSTO texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto.
Texto texto texto texto texto texto texto texto
CONCEITO CONCEITO
texto texto texto texto texto texto texto texto
EXEMPLO
texto texto texto texto.
CONCEITO
Texto texto texto texto texto texto texto
ANALOGIA
texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto.
REMATE
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
Todos Pessoas História R G
Aleatório Noções Geografia
A S T Acrescentar Fixar
1
O exemplo ilustrativo (anexo 1) segue com algumas alterações o desenho instrucional aqui apresentado.
Recordemos que, aqui, só lançamos a bases abstractas que terão de ser adaptadas a cada caso concreto.
- 29 -
Neste caso, teremos uma série de botões (a verde, no menu de controlo) que
activarão as hiperligações previstas. Por exemplo, se pressionarmos em ‘Pessoas’
(Figura 26) surgirão as hiperligações referentes a personalidades (aqui, filósofos):
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
Todos Pessoas
Pessoas História R G
Aleatório Noções Geografia
A S T Acrescentar Fixar
- 30 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
Todos Pessoas História R G
Aleatório Noções Geografia
A S T Acrescentar Fixar
Botões
‘Aleatório’ e
‘Sequencial’. Área de comunicação Aplicação → Utilizador
Passando o cursor (figura 27) por cima de texto sensível (hiperligação), surge
um pequeno número (neste caso, o número 7) indicando a quantidade de unidades de
informação que se encontram associados a essa hiperligação (prolongamentos do texto).
- 31 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
Todos Pessoas História R G
Aleatório Noções Geografia
A S T Acrescentar Fixar
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques C
Enquadrar
Todos Pessoas História R G
Aleatório Noções Geografia
A S T Acrescentar Fixar
JUSTIFICAÇÃO
Área de comunicação Aplicação
GRAVAR
→ Utilizador
- 32 -
O aluno, depois de elaborar o prolongamento, deverá – ser for essa a estratégia
do professor – justificar a sua escolha. Deverá, então, em primeiro lugar gravar o
prolongamento que elaborou e depois de pressionar em ‘Justificação’ (figura 29) deverá
preencher a ficha de justificação, onde explicará as razões das opções que tomou na
elaboração do prolongamento (figura 30). Estas informações serão coligidas e enviadas
para o Professor.
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
Todos Pessoas História R G
Aleatório Noções Geografia
A S T Acrescentar Fixar
GRAVAR
- 33 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
Todos Pessoas História R G
Aleatório Noções Geografia
A S T Acrescentar Fixar
Cada aluno fará, então, as suas escolhas e deverá justificar as suas opções à
semelhança do passo anterior (ver figura 30). Os prolongamentos escolhidos e
respectivas justificações ficarão disponíveis para a turma (pressupõe-se que haja aqui
um sistema em rede). Qualquer aluno poderá depois confrontar as suas opções com as
dos colegas (confronto de perspectivas). Para tal bastará pressionar o botão ‘Turma’
(figura 32) e acederá a um quadro com os restantes colegas. Poderá, então, seleccionar o
colega pretendido e pressionando de seguida as várias hiperligações acederá às opções
desse colega.
- 34 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enfoques
C
Enquadrar
Todos Pessoas História
10ºJ Filosofia R G
Aleatório Noções
João Geografia
A S T Acrescentar Fixar
Gonçalo Botão
Inês
Texto texto texto texto texto texto texto ‘Turma’.
PRESSUPOSTO
Pedro
texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto.
Joana
Texto texto texto texto texto texto texto texto
CONCEITO Tânia CONCEITO
texto texto texto texto texto texto texto texto
Miguel
EXEMPLO
texto texto texto texto.
Tatiana
CONCEITO
Texto texto texto texto texto texto texto
ANALOGIA
texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto.
REMATE
- 35 -
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enforques
C
Enquadrar
Platão Freud R G
Marx Sartre
A S Acrescentar
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
Tópicos Autores Enforques
C
Enquadrar
Cientí
Científico Religioso R
Jurí
G
Jurídico Filosó
Filosófico
A S Acrescentar
- 36 -
mesmo modo, o prolongamento será diferente consoante o enfoque seja científico,
religioso, jurídico ou filosófico (figura 34).
(Inter)Actividades Filosó
Filosóficas
C
R
G
E
PRESSUPOSTO
CONCEITO CONCEITO
CONCEITO
Revisão animada
Revisão animada
(em esquema)
EXEMPLO
CONCEITO
ANALOGIA
REMATE
Três hipóteses:
1. Revisão tradicional: uma animação narrada de cinco a dez minutos que aborde
os pontos pedagogicamente fundamentais, de modo a que o aluno adquira uma
visão panorâmica do assunto tratado. Ao desenvolvimento da narração
corresponderá um desenvolvimento analógico nos dois espaços destinados para
- 37 -
o efeito (figura 35). Neste caso, não se pressupõe a interacção do aluno com a
animação.
Nota final:
- 38 -
ANEXO 1
Objectivos específicos:
Perceber a importância do contexto para a compreensão dos conceitos;
Agilizar a mudança de um jogo de linguagem para outro jogo de linguagem;
Inserir o termo ‘acção’ numa rede conceptual;
Para chegar a essa concepção mais vulgar, partimos, por um lado, da análise de
uma série de respostas de alunos do 7º, 8º e 9º anos de escolaridade3 (isto é, antes de
praticarem a análise filosófica do conceito de acção) sobre o significado de acção e, por
1
O objectivo final de todo o trabalho da equipa criadora dos conteúdos, do design e dos informáticos
deverá ser o de tornar invisível a tecnologia, tornando o produto final extremamente intuitivo e amigável.
Tal não significa que esse trabalho não seja complexo e extenso. Pelo contrário, um resultado final
simples poderá pressupor essas dimensões de complexidade e extensão ao nível do trabalho da equipa que
produz uma aplicação com fins educativos. Assim, este exemplo que aqui apresentamos poderia
complexificar-se indefinidamente e estender-se por um número sem fim de páginas. Como o nosso espaço
e tempo são limitados, complexificámos o nosso exemplo até aquilo que julgámos útil para ilustrar o
guião da aplicação “(Inter)Actividades Filosóficas”. Pensamos que se o destino fosse a concretização real
da aplicação, o nosso trabalho aqui teria de ter outro fôlego.
2
Outras versões correntes e superficiais de outros conceitos (ou concepções deles derivadas) poderiam ter
sido escolhidas. Como exemplos podemos apontar os seguintes: conceito de LIBERDADE: “liberdade é
fazer o que se quer”; SABEDORIA: “saber é conhecer muitas coisas”; PENSAMENTO AUTÓNOMO:
“pensar autonomamente é pensar sem ligar ao que os outros pensam ou dizem”; FILOSOFIA e
FILÓSOFOS: “filosofar é duvidar de tudo”; “os filósofos vivem isolados no seu mundo e não ligam às
coisas concretas”.
3
Relembremos que em nenhum destes anos de escolaridade é leccionada a disciplina de Filosofia.
- 39 -
outro, da análise de vários textos utilizados habitualmente como material didáctico para
a leccionação do referido conceito de acção.
7º ano
“É a noção de movimento e de perigo”; “Desporto radical”; “Movimento,
aventura”; “É o nome dado ao que se fez”.
8º ano
“Fazer algo”; “Algo com movimento”; “Quando uma pessoa pratica
algo”.“É uma coisa que se faz”; “Movimento, mexer-se”; “Acção é uma coisa que
acontece e está a acontecer”; “Movimento, adrenalina”.
9º ano
“Praticar boas acções”; “Aventura, ritmo”; “Algo que se faz com
determinado sentido”; “É um intenção”; “Movimento”; “Ajudar os outros”.
- 40 -
Versão corrente do termo acção:
Assim, partimos do seguinte texto que procura traduzir a versão ampla e
corrente do conceito de acção:
Uma acção é uma interferência na realidade, da qual resulta efeitos. Assim, falamos de acção
quando a chuva e o vento provocam tempestades e estragam as coisas, quando as abelhas fazem o mel,
quando as térmitas1 se sacrificam para proteger as termiteiras; quando as pessoas tropeçam numa casca
de banana, ou se mexem a dormir, ou decidem ir ao café comer um doce.
Figura 1
1ª Etapa: CONCEPTUALIZAÇÃO
1
Primeiro ciclo de conceptualização:
1
Térmitas são formigas brancas de África que constroem enormes formigueiros com vários metros de
altura e bastantes duros. Estes formigueiros, que servem de protecção, são, por vezes, derrubados por
algum evento natural ou por intervenção animal. Quando há necessidade de reconstruir a fortaleza
derrubada, certas térmitas sacrificam-se pelas restantes, lutando contra formigas inimigas e invasoras (cf.
Savater, 1995: 21-22).
- 41 -
O aluno é então convidado a reformular o texto, tendo em consideração a
observação do pensador. As prestações dos alunos serão gravadas, coligidas e enviadas
para o professor.
Figura 2
1
As modificações do texto serão reconhecidas pela cor vermelha.
- 42 -
2
Segundo ciclo de conceptualização:
- 43 -
Mapa conceptual (2ª modificação):
Figura 3
3
Terceiro ciclo de complexificação:
- 44 -
que seja praticada uma acção quando tropeçamos numa casca de banana (dado que não somos
responsáveis por isso) ou quando nos mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Não se
pode considerar ainda que a chuva ou o vento pratiquem acções, pois não tomam a iniciativa nem têm o
objectivo de fazer tempestades ou de provocar estragos. Já se considera acção quando as pessoas
decidem ir ao café comer um doce.
Figura 4
2ª Etapa: REESTRUTURAÇÃO
- 45 -
A fase de reestruturação é composta por quatro modalidades de intervenção:
1. ‘Deslocações’
2. ‘Nova disposição’
3. ‘Nível de pormenor’
4. ‘Substituições’
1. Deslocações
Surge no menu de controlo uma série de conceitos que poderão ser arrastados
para dentro do mapa conceptual, provocando, desse modo, alterações no mapa e, em
consonância, no texto.
Assim, dados o texto inicial desta fase e respectivo mapa, o aluno poderá
arrastar os conceitos do menu de controlo para o mapa e, em sentido inverso, deste para
o menu de controlo, provocando alterações quer no mapa conceptual, quer no texto.
Figura 5
E o seguinte texto:
Texto inicial:
Uma acção é uma interferência na realidade, da qual resulta efeitos, realizada, de forma
consciente e responsável, por seres humanos. Assim, não se considera que seja praticada uma acção
quando tropeçamos numa casca de banana (dado que não somos responsáveis por isso) ou quando nos
mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Já se considera acção quando as pessoas
decidem ir ao café comer um doce.
- 46 -
Dado o menu de controlo,
Intenção Motivos
Deliberação
Condicionantess
Decisão Figura 6
PROCEDIMENTO 1
O aluno arrasta o conceito ‘intenção’ do menu de controlo para o interior do
mapa conceptual (ver figura 8).
Altera-se o mapa conceptual (ver figura 9) e o texto:
PROCEDIMENTO 2
O aluno arrasta o conceito ‘motivo’ do menu de controlo para o interior do
mapa conceptual (ver figura 9).
Altera-se o mapa conceptual (ver figura 10) e o texto:
PROCEDIMENTO 3
O aluno arrasta o conceito duplo ‘Deliberação/Decisão’ do menu de controlo
para o interior do mapa conceptual (ver figura 10).
Altera-se o mapa conceptual (ver figura 11) e o texto:
- 47 -
acção quando tropeçamos numa casca de banana (dado que não somos responsáveis por isso) ou quando
nos mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Já se considera acção quando as pessoas
decidem ir ao café comer um doce, porque aí percebemos há uma intenção de alguém na prática de uma
determinada acção.
Compreenderemos melhor a finalidade da acção se soubermos qual ou quais os motivos que
levaram determinada pessoa a agir. O motivo responde à questão “por que razão é que alguém praticou
determinada acção?”. E podem ser múltiplos os motivos que nos levam a agir de determinada maneira.
Obviamente só existe verdadeiramente uma acção se houver alternativas. Dessas alternativas
há que eleger uma e deixar cair as demais. Este processo de escolha que conduzirá a uma decisão final e
que envolve um exame das várias alternativas denomina-se deliberação.
PROCEDIMENTO 4
O aluno arrasta o conceito ‘Condicionantes’ do menu de controlo para o
interior do mapa conceptual (ver figura 11).
Altera-se o mapa conceptual (ver figura 12) e o texto:
PROCEDIMENTO 5
O aluno resolve, agora em sentido inverso, arrastar o conceito duplo
‘Deliberação/Decisão’ do mapa conceptual para o menu de controlo (ver figura 12).
Obriga a um reajustamento do mapa conceptual (ver figura 13) e o texto altera-
se em conformidade:
Existem muitos eventos no mundo. Mas só uma pequena parte desses eventos pode ser
considerados acções: aqueles que são produzidos por uma pessoa com uma determinada intenção, isto é,
de forma voluntária.
Assim, uma acção é uma interferência na realidade, da qual resulta efeitos, realizada, de
forma consciente e responsável, por seres humanos. Assim, não se considera que seja praticada uma
acção quando tropeçamos numa casca de banana (dado que não somos responsáveis por isso) ou quando
nos mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Já se considera acção quando as pessoas
decidem ir ao café comer um doce, porque aí percebemos há uma intenção de alguém na prática de uma
determinada acção.
- 48 -
Compreenderemos melhor a finalidade da acção se soubermos qual ou quais os motivos que
levaram determinada pessoa a agir. O motivo responde à questão “por que razão é que alguém praticou
determinada acção?”. E podem ser múltiplos os motivos que nos levam a agir de determinada maneira.
Obviamente só existe verdadeiramente uma acção se houver alternativas. Dessas alternativas
há que eleger uma e deixar cair as demais. Este processo de escolha que conduzirá a uma decisão final e
que envolve um exame das várias alternativas denomina-se deliberação.
Mas as razões ou motivos não podem ser desligados daquilo que nos condiciona, seja a nível
físico-biológico, seja a nível histórico-sócio-cultural.
Obriga a um
Texto
reajustamento
retirado
do texto.
2. Nova disposição
Texto A
Existem muitos eventos no mundo. Mas só uma pequena parte desses eventos pode ser considerados acções: aqueles
que são produzidos por uma pessoa com uma determinada intenção, isto é, de forma voluntária.
Assim, uma acção é uma interferência na realidade, da qual resulta efeitos, realizada, de forma consciente e
responsável, por seres humanos. Assim, não se considera que seja praticada uma acção quando tropeçamos numa casca de banana
(dado que não somos responsáveis por isso) ou quando nos mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Já se
considera acção quando as pessoas decidem ir ao café comer um doce, porque aí percebemos há uma intenção de alguém na
prática de uma determinada acção.
Compreenderemos melhor a finalidade da acção se soubermos qual ou quais os motivos que levaram determinada
pessoa a agir. O motivo responde à questão “por que razão é que alguém praticou determinada acção?”. E podem ser múltiplos os
motivos que nos levam a agir de determinada maneira.
Obviamente só existe verdadeiramente uma acção se houver alternativas. Dessas alternativas há que eleger uma e
deixar cair as demais. Este processo de escolha que conduzirá a uma decisão final e que envolve um exame das várias alternativas
denomina-se deliberação.
Mas nunca deliberamos de forma inteiramente livre de qualquer constrangimento. As nossas decisões têm de ser
enquadradas por uma série de condicionantes, umas de ordem físico-biológica, outras de ordem histórico-sócio-cultural.
Texto B
- 49 -
Existem muitos eventos no mundo. Mas só uma pequena parte desses eventos pode ser
considerados acções: aqueles que são produzidos por uma pessoa com uma determinada intenção, isto é,
de forma voluntária.
Assim, uma acção é uma interferência na realidade, da qual resulta efeitos, realizada, de
forma consciente e responsável, por seres humanos. Assim, não se considera que seja praticada uma
acção quando tropeçamos numa casca de banana (dado que não somos responsáveis por isso) ou quando
nos mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Já se considera acção quando as pessoas
decidem ir ao café comer um doce, porque aí percebemos há uma intenção de alguém na prática de uma
determinada acção.
Compreenderemos melhor a finalidade da acção se soubermos qual ou quais os motivos que
levaram determinada pessoa a agir. O motivo responde à questão “por que razão é que alguém praticou
determinada acção?”. E podem ser múltiplos os motivos que nos levam a agir de determinada maneira.
Mas as razões ou motivos não podem ser desligados daquilo que nos condiciona, seja a nível
físico-biológico, seja a nível histórico-sócio-cultural.
Obviamente só existe verdadeiramente uma acção se as condicionantes não forem ao ponto de
não podermos recusar a fazer algo, isto é, para haver acção teremos de estar perante uma situação com
alternativas. Dessas alternativas há que eleger uma e deixar cair as demais. Este processo de escolha
que conduzirá a uma decisão final e que envolve um exame das várias alternativas denomina-se
deliberação.
Troca na ordem dos
parágrafos
3. Nível de pormenor
Condicionantes
podem ser
Físico-biológicas
Hitórico-sócio-culturais Figura 7
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Texto com ainda mais pormenor
Mas as razões ou motivos que nos levam a agir de uma determinada maneira não resultam de
uma vontade inteiramente livre. Com efeito, ela é condicionada por uma série de factores, uns de ordem
físico-biológica, outros de ordem histórico-sócio-cultural. Como todo o ser vivo, o homem é
condicionado pela sua condição biológica. Ele tem de obedecer a necessidades vitais ou primárias, que
fazem dele um ser finito e limitado. Por outro lado, a nossa experiência desenrola-se sempre na
participação de um mundo histórico-cultural, a que pertencemos, e que se foi criando ao longo do tempo,
pela convivência e pelo relacionamento dos homens com em sociedade.
4. Substituições
…
Assim, uma acção é uma interferência na realidade, da qual resulta efeitos, realizada, de
forma consciente e responsável, por seres humanos. Assim, não se considera que seja praticada uma
acção quando tropeçamos numa casca de banana (dado que não somos responsáveis por isso) ou quando
nos mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Já se considera acção quando as pessoas
decidem ir ao café comer um bolo, porque aí percebemos há uma intenção de alguém na prática de uma
determinada acção.
…
Texto substituído.
…
Assim, uma acção é uma interferência na realidade, da qual resulta efeitos, realizada, de
forma consciente e responsável, por seres humanos. Assim, não se considera que seja praticada uma
acção quando tropeçamos numa casca de banana (dado que não somos responsáveis por isso) ou quando
nos mexemos a dormir (pois, nem sequer estamos conscientes). Já se considera acção quando resolvemos
fazer uma viagem, porque aí percebemos há uma intenção de alguém na prática de uma determinada
acção.
…
…
Mas as razões ou motivos que nos levam a agir de uma determinada maneira não resultam de
uma vontade inteiramente livre. Com efeito, ela é condicionada por uma série de factores, uns de ordem
físico-biológica, outros de ordem histórico-sócio-cultural. Como todo o ser vivo, o homem é
condicionado pela sua condição biológica. Ele tem de obedecer a necessidades vitais ou primárias, que
fazem dele um ser finito e limitado. Por outro lado, a nossa experiência desenrola-se sempre na
- 51 -
participação de um mundo histórico-cultural, a que pertencemos, e que se foi criando ao longo do tempo,
pela convivência e pelo relacionamento dos homens com em sociedade.
Obviamente só existe verdadeiramente uma acção se as condicionantes não forem ao ponto de
não podermos recusar a fazer algo, isto é, para haver acção teremos de estar perante uma situação com
alternativas. Dessas alternativas há que eleger uma e deixar cair as demais. Este processo de escolha
que conduzirá a uma decisão final e que envolve um exame das várias alternativas denomina-se
deliberação.
Texto substituído.
…
Mas as razões ou motivos que nos levam a agir de uma determinada maneira não resultam de
uma vontade inteiramente livre. Com efeito, ela é condicionada por uma série de factores, uns de ordem
físico-biológica, outros de ordem histórico-sócio-cultural. Como todo o ser vivo, o homem é
condicionado pela sua condição biológica. Ele tem de obedecer a necessidades vitais ou primárias, que
fazem dele um ser finito e limitado. Por outro lado, a nossa experiência desenrola-se sempre na
participação de um mundo histórico-cultural, a que pertencemos, e que se foi criando ao longo do tempo,
pela convivência e pelo relacionamento dos homens com em sociedade.
E apesar de condicionado o homem cria arte, artefactos, cultura e valores: ele é um agente
criador. Os entraves à sua liberdade – as várias condicionantes – servem muitas vezes de estímulo para
que os seres humanos se reinventem e descubram novas formas de ser e de estar no mundo, incutindo,
desse modo, criatividade nas acções que realizam.
Nota:
O aluno poderá ainda ser convidado – de forma individual ou em grupo – a
acrescentar novas substituições ao sistema.
- 52 -
Deslocações
Mapa conceptual
MENU DE CONTROLO
Intenção Motivos
Deliberação
Condicionantes
Decisão
Figura 8
Mapa conceptual
MENU DE CONTROLO
Motivos
Deliberação
Decisão Condicionantes
Figura 9
Mapa conceptual
MENU DE CONTROLO
Deliberação Condicionantes
Decisão
Figura 10
- 53 -
Mapa conceptual
Deslocações
MENU DE CONTROLO
Condicionantes
Figura 11
Mapa conceptual
MENU DE CONTROLO
Deliberação
Decisão
Figura 12
Mapa conceptual
MENU DE CONTROLO
Deliberação
Decisão
Figura 13
Feita a deslocação,
o esquema ajusta-se
automaticamente.
- 54 -
Nova disposição
Mapa conceptual
Linha representativa do
desenvolvimento linear
do texto.
1
3
A inserção do
cursor no mapa
mostra a nova
disposição 2
possível: troca
directa do
momento 4 com o
momento 5.
4
5
Figura 14
Linha representativa do
desenvolvimento linear do
texto. Mapa conceptual
1
5
Figura 15
A deslocação efectuada obriga a um
reajustamento desta zona do mapa.
- 55 -
Substituições
Mapa conceptual
A S
1
Botão
‘Aleatório’ 3
Botão
‘Sequencial’
4
Exemplo
5 3
Remate
1
Figura 16
Texto passível de ser substituído e número
de hipóteses de substituição.
Mapa conceptual
4
Exemplo
5
3
Remate
Figura 17
Zonas alteradas.
- 56 -
3ª Etapa: ENQUADRAR
Exploração hipertextual
AUTORES ENFOQUES
ENFOQUES AUTORES TÓPICOS AUTORES ENFOQUES TÓPICOS
Platão Marx
Pressionando
‘Autores’ e Freud Sartre
seguidamente
‘Freud’
Existem muitos eventos no mundo. Mas só uma pequena parte desses eventos
pode ser considerados acções: aqueles que são produzidos por uma pessoa com uma
determinada intenção, isto é, de forma voluntária.
- 57 -
Assim, uma acção é uma 4
interferência na realidade, da qual resulta efeitos,
realizada, de forma consciente e responsável, por seres humanos. Assim, não se
considera que seja praticada uma acção quando tropeçamos numa casca de banana
(dado que não somos responsáveis por isso) ou quando nos mexemos a dormir (pois,
nem sequer estamos conscientes). Já se considera acção quando as pessoas decidem ir
ao café comer um doce, porque aí percebemos há uma intenção de alguém na prática
de uma determinada acção.
Compreenderemos melhor a finalidade da acção se soubermos qual ou quais
os motivos que levaram determinada pessoa a agir. O motivo responde à questão “por
que razão é que alguém praticou determinada acção?”. E podem ser múltiplos os
motivos que nos levam a agir de determinada maneira.
Obviamente só existe verdadeiramente uma acção se houver alternativas.
Dessas alternativas há que eleger uma e deixar cair as demais. Este processo de
escolha que conduzirá a uma decisão final e que envolve um exame das várias
alternativas denomina-se deliberação.
Mas as razões ou motivos não podem ser desligados daquilo que nos
condiciona, seja a nível físico-biológico, seja a nível histórico-sócio-cultural.
Figura 19
- 58 -
Repare-se que no canto superior esquerdo surge o ícone que simboliza a
animação final. Significa que, enquanto esta ficha está activa, a animação integrará, de
alguma forma, a informação aí contida (será influenciada por ela). O utilizador poderá
conferir isto mesmo pressionado no botão ‘Animação’ (cf. Guião).
Científico Religioso
Pressionando
‘Enfoques’ e Jurídico Ético
seguidamente
‘Científico’
Figura 20
surgirão zonas hipertextuais
sensíveis pertinentes para esta
perspectiva.
…
Assim, uma acção é uma 8 interferência na realidade, da qual resulta efeitos,
realizada, de forma consciente e responsável, por seres humanos. Assim, não se
considera que seja praticada uma acção quando tropeçamos numa casca de banana
(dado que não somos responsáveis por isso) ou quando nos mexemos a dormir (pois,
nem sequer estamos conscientes).
…
- 59 -
Enfoque científico – Consciência (3)
Figura 21
Repare-se que, também nesta ficha, no canto superior esquerdo surge o ícone
que simboliza a animação final. Significa, mais uma vez, que, enquanto esta ficha está
activa, a animação integrará, de alguma forma, a informação aí contida (será
influenciada por ela). O utilizador poderá conferir isto mesmo pressionado no botão
‘Animação’ (cf. Guião).
Todos Aleatório
Figura 22
- 60 -
Partimos da hipótese de que foi escolhido o botão ‘Todos’. Surgem assinaladas
todas as hiperligações presentes no texto no âmbito da opção ‘Tópicos’. Aqui
mostraremos apenas uma parte do texto:
… 12
Mas as razões ou motivos não podem ser desligados daquilo que nos
condiciona, seja a nível físico-biológico, seja a nível histórico-sócio-cultural.
Vemos que que a esta hiperligação estão associadas doze fichas que poderão
ser visionadas pelos alunos, mais uma vez de forma sequencial ou aleatória.
Repare-se que esta ficha não tem o ícone que assinala a animação final (o que
acontecia nas fichas acima exemplificadas). Tal significa que esta ficha, mesmo estando
activa, não trará alterações à animação final. Relembre-se que só alguns dos
procedimentos e escolhas possíveis provocarão alterações na animação (dento de um
equíbrio entre aquilo que é sensato fazer informaticamente e aquilo que será
pedagogicamente profícuo).
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