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EM RIMAS TOANTES
Versificação
de
Cacildo Marques
E ministros da palavra
Tornaram-se desde então,
3Depois de investigar tudo,
2
Além de que ambos tinham
Idade já avançada.
8Eis que estando Zacarias
3
16Edos filhos de Israel
Reconduzirá milhares
De volta para o Senhor,
Seu Deus. 17E o precederá
Com o poder e o espírito
De Elias, para levar"
Esperava Zacarias;
E se admirava muito
De ele se demorar tanto.
22E ao sair estava mudo,
4
23Assim que viu terminados
Seus dias de ministério,
Retirou-se para casa.
24Dias depois, Isabel
Concebeu e ocultou-se
Por cinco meses. Disse ela:
Perturbada se mostrou.
5
33"Sobre a casa de Jacó
Reinará eternamente,
Seu reino não terá fim,
Será para todo o sempre."
34Maria então dirigiu-se
"Repousará sobre ti
De Deus o Espírito Santo,
A virtude do Altíssimo"
6
"Bendita és entre as mulheres
E bendito é do teu ventre
O fruto. 43E donde esta dita,
Que a mãe do Senhor me venha
Visitar em minha casa,
Tanta alegria trazendo?"
54"'Socorreu a Israel,
Seu servo, não se esquecendo
De sua misericórdia,
55Conforme aquilo que sempre
7
56Por cerca de mais três meses
Esteve Maria lá
Morando com Isabel,
Depois voltou para casa.
57E para Isabel então
O nome de Zacarias,
O mesmo nome do pai,
É o que queriam lhe dar,
60Mas a mãe disse, ao contrário:
Consultaram Zacarias,
Que respondeu escrevendo.
8
67E Zacarias, seu pai,
No Espírito Santo imerso,
Profetizou nestes termos:
68"Bendito o Deus de Israel,
73"Lembrou-se do juramento
Feito a Abraão, nosso pai,
De concedermos que, estando
74De inimigos libertados,
Um profeta do Altíssimo
É como serás chamado
Por aqueles que te virem;"
"'Precederás o Senhor
Preparando os seus caminhos',
77Ensinando ao povo a senda
Da salvação e do fim
De todos os seus pecados;
E tudo será assim"
9
78"Graças à misericórdia
Eterna de nosso Deus,
Que trará o Astro nascente
79Para iluminar os seres
80Alicrescia o menino,
Robustecido no espírito;
Depois morou no deserto
Até ver chegar o dia
De vir a manifestar-se
A Israel, como devia.
2. NASCIMENTO DE JESUS
Nascimento de Jesus (1); Pastores no presépio (8);
Circuncisão e apresentação no templo (21); 'Nunc dimittis'
(29); A profetisa (36); Jesus entre os doutores (41)
10
8Havia na região
Uns pastores que de noite
Montavam guarda aos rebanhos.
9Eis que um anjo do Senhor
Apareceu-lhes e a glória
De Deus os iluminou.
E lá chegando encontraram
José, Maria e o menino
Na manjedoura deitado.
11
17Depois que viram, contaram
Sobre o que ouviram antes,
18Deixando maravilhados
20Ospastores retornaram
Glorificando e louvando
A Deus pelo que foi visto
E ouvido, conforme o anjo
Tinha-lhes anunciado
Durante a aparição.
22Ecompletados os dias
Para a purificação
Levou-se a Jerusalém
O menino, como manda
A Lei de Moisés, e deu-se
A sua apresentação
12
25Havia em Jerusalém
Por nome de Simeão
Um homem justo e piedoso
Que, junto ao Espírito Santo,
Para Israel esperava
A plena consolação.
Agradecido o embalou
Nos braços, e foi dizendo:
29"Agorapodes deixar,
Senhor, o teu servo ir-se
Em paz, segundo a promessa
Que antes veio de ti;
30Porque 'a tua salvação'
13
"E a outros reaparecerem
Em Israel, e será
Alvo de contradições.
35E a ti mesma uma espada,
A desvelar corações,
Virá transpassar a alma."
levaram-no até lá
14
43Mas o Menino Jesus
Não voltou na comitiva
44E os pais, julgando-o presente,
Mostraram-se estupefatos.
Compreender as palavras
Que o menino lhes dissera,
E os três dali se afastaram.
15
II) PREPARAÇÃO PARA O MINISTÉRIO
3. BATISMO DE JESUS
Pregação de João Batista (1); Batismo
de Jesus (21); Genealogia de Jesus (23)
O filho de Zacarias,
João, recebeu no deserto
A palavra do Senhor,
3E então foi por toda a terra
16
8"Produzi, pois, frutos dignos
De uma real conversão
Em vez de apenas dizer:
Temos por pai Abraão!
Filhos de Abraão Deus pode
Fazer das pedras do chão."
A batizar-se também.
15Estando na expectativa
O povo, em seu coração,
Perguntava-se a si próprio
Se não seria João
O próprio Cristo de Deus,
16Mas João respondeu então:
17
"Eu batizo-vos com água,
Mas em breve vos virá
Um mais forte do que eu,
E desse de quem vos falo
Não sou digno de afrouxar
As correias das sandálias."
18
E ele, segundo julgavam,
De José era um dos filhos,
E tinha por ascendentes
Heli, Matat, 24de Levi
E Melqui, filho de Jane,
De José, 25de Matatias,
De Zorobabel e mais
De Salatiel, Neri,
28De Melqui, filho de Adi,
De Cosan, Elmadan, Her,
29De Jesus, Eliezer, filho
30DeSimeão, De Judá,
De José, de Joanan
De Eliaquim, 31de Meléa,
Mena, Matata, Natan,
Davi, 32filho de Jessé,
Obed, Booz, da geração
De Salmon, de Naasson,
33De Aminadab, de Arão,
De Esron, de Farés, Judá,
34Jacó, Isaac, Abraão,
19
4. JESUS É TENTADO NO DESERTO
Jesus é tentado no deserto (1); Jesus na
Galileia (14); Curas em Cafarnaum (31)
20
"'Ele ordenará aos anjos
Para virem te guardar'."
11E ainda: "'Com as próprias mãos
As formas de tentação,
De perto dele afastou-se.
21
20Tendo enrolado o volume,
Deu-o ao ministro e sentou-se,
E na sinagoga os olhos
Fixos nele estavam todos.
21Ele a todos contemplando,
24Ele,
porém, prosseguiu:
"Eu em verdade vos digo:
Nenhum profeta é aceito
Em sua terra. 25E afirmo
Que havia muitas viúvas
Em Israel, junto a Elias,"
22
28Ao ouvir estas palavras,
Todos se encheram de ira;
29Expulsaram-no, levando-o
Da cidade ao precipício.
30Mas, passando em meio a eles,
Autoridade incomum.
33Estava na sinagoga
Um homem que, possuído
Do demônio, exclamava:
34"Que temos a ver contigo,
Ó Jesus de Nazaré?
Vieste nos destruir?"
23
Pediram-lhe em favor dela.
39Elesobre ela inclinou-se
E mandou, com autoridade,
Que aquela febre se fosse.
Logo a mulher os servia:
A febre se dissipou.
5. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS
Pesca milagrosa (1); Os primeiros discípulos (8);
Cura dos leprosos (12); O paralítico (18);
Vocação de Levi (27); O jejum (33)
24
Eles tinham-se afastado
Para lavar suas redes.
3Entrando numa das barcas,
Dirigindo-se a Simão,
Disse-lhe: "Faze-te ao largo
E lança as redes então."
25
10Pois o mesmo sucedera
Também a Tiago e João,
Os filhos de Zebedeu,
Que eram sócios de Simão.
Mas a Simão Jesus disse:
"Não temas, de hoje em diante"
26
17Aconteceu certo dia
Que, enquanto Jesus falava,
Mestres da lei e fariseus
Achavam-se ali sentados,
Vindos das povoações
De todos aqueles lados,
Da Galileia, Judeia,
Jerusalém e outros mais.
E o poder divino estava
Em Jesus para curar.
18Então, carregando um leito,
Discutindo, perguntavam-se:
"Quem é este que blasfema?
Só Deus perdoa pecados!"
27
"Ou - levanta-te e caminha -?
24Poisbem, para que saibais
Que o Filho do homem tem
Na terra o poder de fato
Para perdoar pecados,
Digo (disse ao acamado):
Saiu a glorificar
Ao Senhor, 26e então os outros
Ficaram estupefatos.
Glorificaram a Deus
E disseram temerosos
Sem esconder seu assombro:
"O que aqui vimos nós
Acontecer nesta casa
Foram coisas prodigiosas."
Levantou-se e o seguiu.
Passaram a murmurar.
28
32Não vim por causa dos justos,
Mas, bem diferentemente,
Vim chamar os pecadores
Para que enfim se arrependam
Dos erros que praticaram,
Aceitando a penitência."
33Elesdisseram, porém:
"Os discípulos de João
Jejuam freqüentemente
E entregam-se à oração,
Como os fariseus; os teus
Comem e bebem, no entanto."
No recipiente certo."
29
"Vinho novo em odres novos,
E assim ambas essas coisas
Poderão ser conservadas;
E quem bebe vinho novo
Diz logo: - O velho é melhor! -
Preferindo o velho, pois."
6. O SERMÃO DA MONTANHA
Jesus é senhor do sábado (1); O homem da mão seca
(6); A escolha dos doze (12); Sermão da montanha: as
bem-aventuranças (20)
A Jesus observavam.
30
Queriam saber se ele
Faria curas aos sábados
Para assim terem motivo
Com que depois acusá-lo.
8Mas ele sabendo disso,
"Põe-te de pé aí no meio."
Logo o homem levantou-se.
9Então perguntou Jesus,
Os discípulos e fez
31
E Judas Iscariotes,
Que veio a ser traidor.
17Desceu com eles e logo
21"Bem-aventurados vós,
Os que tendes fome agora,
Porque sereis saciados.
Bem-aventurados vós,
Os que agora chorais
Porque rireis, sem remorsos."
22"Bem-aventurados vós
Quando outros vos odiarem
E quando vos repelirem,
Proscreverem, insultarem,
Por causa do Filho do homem.
23Nesse dia, alegrai-vos."
32
"E exultai, porque é grande
No céu vossa recompensa.
Assim os pais aos profetas
Tratavam antigamente.
24Mas, ó ricos, ai de vós:
Os homens a bendizer-vos,"
33
33"Sevós fizerdes o bem
Só aos que vos fazem bem,
Que mérito tereis vós?
Os pecadores também
Sempre agiram desse modo;
É o que eles fizeram sempre."
34"Seemprestardes só àqueles
De quem ireis receber,
Que merecimentos tendes?
Os pecadores o mesmo
Fazem, para mais à frente
O equivalente reverem."
Dai-lhes, e dar-se-vos-á."
"Então, deitar-se-vos-á
No seio boa medida,
Bem cheia, bem transbordante,
Recalcada e sacudida.
Com a medida que usardes
Medir-se-vos-á em seguida."
34
39Disse-lhesJesus ainda
Esta pequena parábola:
"Pode porventura um cego
A outro cego guiar?
Eles assim procedendo
Não cairão no buraco?"
40"Odiscípulo não é
Mais que seu mestre; porém,
Se ele se aperfeiçoar
Logo poderá também
Ficar tal como seu mestre,
Com igual conhecimento."
35
"Pois do que há no coração,
É disso que fala a boca.
46Pergunto-vos: por que vós
"Escavou profundamente
E assentou os alicerces
Encravados sobre a rocha.
Veio a enchente sobre ela,
Mas não a abalou, porque
Foi feita do modo certo."
7. A PECADORA PERDOADA
A fé do centurião (1); Ressuscitado o filho
da viúva de Naim (11); Os enviados de João
Batista (18); A pecadora perdoada (24)
36
Pediram-lhe com instância:
"Ele merece o favor,
5Pois ama o nosso país
37
11À cidade de Naim
Jesus dirigiu-se então,
Seguido de seus discípulos
E de grande multidão,
12Já à porta da cidade
E glorificando a Deus,
Diziam: "Há entre nós
Um grande profeta, e Deus
Visitou seu povo." Logo,
17Essa opinião corria
A Judeia e arredores.
38
"És tu mesmo o que há de vir,
Ou temos de esperar outro?"
20Vindo, portanto, a Jesus,
39
26"Então, que fostes vós ver?
Um profeta? Sim, eu digo-vos;
Antes, bem mais que um profeta.
27É aquele de quem foi dito:
40
"E vós, no entanto, dizeis:
- É possesso do demônio. -
34Mas veio o Filho do homem
41
"Saberia, com certeza,
Que ela é uma pecadora."
40Jesus, em resposta a isso,
O credor os perdoou."
44E,voltando-se à mulher,
Continuou a falar:
"Vês esta mulher aqui?
Eu entrei em tua casa
E não me deste, Simão,
Água para os pés lavar;"
42
"Ao que pouco se perdoa
Esse vai bem pouco amar.
48Disse em seguida à mulher:
A tua fé te salvou."
8. PARÁBOLA DO SEMEADOR
As piedosas mulheres (1); Parábola do semeador (4);
A tempestade acalmada (22); O possesso geraseno (26);
A hemorroíssa e ressurreição da filha de Jairo (40)
1Aconteceu em seguida
Que de cidade em cidade
Ia Jesus caminhando,
A pregar e anunciar
A boa-nova do reino
De Deus, e com ele andavam
Procurador de Herodes,
E outras mulheres, que a ele
Serviam com suas posses.
43
5"Saiu o semeador
A espalhar sua semente;
Ao semeá-la, uma parte
Caiu ao longo das sendas,
Foi calcada e então as aves
Comeram-na avidamente;"
44
12"Osque ao longo do caminho
Estão são os que a ouviram,
Mas o demônio a palavra
Do coração vem e tira-lhes
Para que, crendo, não venham
A se salvar em seguida."
45
17"Porque não há coisa oculta
Que não se deva tornar
Para todos manifesta,
Nem coisa secreta há
Que não deva conhecer-se
Para enfim ser posta em claro."
46
24Despertaram-no, dizendo:
"Ó Mestre, estamos perdidos!"
Acordando, ele increpou
O vento e as ondas, e nisso
A tempestade acalmou-se,
Vindo a bonança em seguida.
47
Mas, quebrando essas cadeias,
Ele era depois levado
Pelo demônio ao deserto.
30Jesus pôs-se a indagar:
Suplicaram-lhe os demônios
Que lhes fosse permitido
A entrada naqueles porcos.
Ele acedeu e, em seguida,
33Os espíritos imundos
48
E estes então lhes contaram
Como se tinha livrado
Dos demônios o possesso.
37Todo o povo do lugar
Aproximou-se então.
Enquanto ia caminhando
A multidão comprimia-o.
43Ora, vindo uma mulher,
49
Todos os seus bens com médicos,
Sem conseguir se curar,
44Acercou-se de Jesus
Estancou-se-lhe o fluxo
De sangue no mesmo instante.
45Disse Ele: "Quem me tocou?"
Ao chefe da sinagoga
Veio um da casa contar:
50
Da sinagoga, e lá estando
Jesus não deixou entrar
Mais ninguém com ele, além
De Pedro, João e Tiago
E o pai e a mãe da menina.
52Lá dentro todos choravam.
"Levanta-te, ó menina!"
55Voltou-lhe o espírito e ela
Levantou-se. E ele pediu
Que algo que comer lhe dessem.
56E ordenou aos pais surpresos
51
"Nem tenhais vós duas túnicas.
4E em qualquer casa em que entrardes
Lá ficai até a partida.
5E, em deixando uma cidade
Eu mandei decapitar,"
52
11Mas a multidão, sabendo,
Logo correu atrás dele.
Ele os acolheu a todos,
Falou do reino de Deus
E ainda curou àqueles
Que se encontravam enfermos.
"Procurar alojamento
E comprar o que comer,
Pois estamos no deserto."
13Jesus então respondeu-lhes:
53
Para que os fossem servindo
À multidão que esperava.
17E todos ali comeram
54
24"Porquequem quiser salvar
A vida perdê-la-á,
Mas quem vier a perder
A vida por minha causa
Não a estará perdendo,
Estará, sim, a salvá-la."
28Oitodias transcorridos
Depois daquelas palavras,
Subiu para orar no monte
Com Pedro, João e Tiago.
29E aconteceu algo estranho
55
Do seu trânsito, que ia dar-se
Em Jerusalém, em breve.
32Ora, Pedro e os companheiros
56
"Mestre, peço-te que olhes
Para o meu filho, que é único.
39Um espírito o domina.
57
45Elesporém não podiam
Entender essa palavra,
Cujo sentido lhes era
Dado de forma velada;
E sobre isso tinham medo
De a Jesus interrogar.
Um menino a si tomou,
58
51Como já estivesse próximo
O tempo de sua ida
Deste mundo, quis Jesus
Para Jerusalém ir.
52Mandou antes mensageiros
Negaram-se a recebê-lo.
59
"Senhor, permite-me antes
Que eu vá sepultar meu pai."
60Mas Jesus lhe respondeu:
Afirmou-lhe em seguida:
2Dizia-lhes:"Ébem grande
A colheita, mas são poucos
Os trabalhadores dela.
Rogai a seu dono, pois,
Que envie logo para a messe
Os novos trabalhadores."
60
3Ide!Eu vos envio como
Cordeiros em meio aos lobos.
4Não deveis levar alforje,
Um discípulo da paz,
Esta paz que vai convosco
Sobre ele repousará."
61
"Que sorte mais tolerável
Terá por aqueles dias
Sodoma que essa cidade.
13Ó Corazim, ai de ti!
Imaginas porventura
Que, entre as cidades do mundo,"
62
"Toda a força do inimigo
E nada vos trará dano.
20Porém, não vos alegreis
Entregou-mas; e ninguém"
Disse, em particular:
"Ditosos olhos aqueles
Que veem o que vós vedes,
24Pois, digo-vos, muitos reis
E profetas desejaram
O que vedes poder ver"
63
Levantou-se e perguntou:
"Mestre, que hei de fazer
Para obter a vida eterna?"
26Jesus disse: "O que na lei
Um sacerdote descia"
64
"Encheu-se de compaixão
34E,aproximando-se dele,
Logo pensou-lhe as feridas,
Deitando vinho e azeite;
Na própria cavalgadura,
A um albergue o recolheu."
Ao contrário, atarefava-se.
Deteve-se então e disse:
"Senhor, não te importarás"
Tu te afliges e inquietas-te
Com muitas coisas que fazes;"
65
42"Entretanto, uma só coisa
É, de fato, necessária.
Maria, pois, escolheu
Realmente a melhor parte,
E esta, mesmo que se queira,
Não mais lhe será tirada."
66
"Em nome da amizade,
Ao menos levantar-se-á
E dar-lhe-á quanto precisa
Por ter sido importunado.
9Por isso é que eu digo a vós:
Pedi e dar-se-vos-á;"
"Procurai e achareis,
Batei e abrir-se-vos-á;
10Na verdade, todo aquele
14Jesusestava a expulsar
Um demônio que era mudo.
E o mudo pôde falar
Quando o demônio foi expulso,
E o povo se admirava
Presenciando isso tudo.
67
17Mas Jesus, vendo essas coisas,
Disse a eles: "Todo o reino
Logo estará arruinado
Se dividir-se em si mesmo,
Caindo casa por casa.
18Ora, pois, se vós sabeis"
19"Ora,
se expulso os demônios
Em nome de Belzebu,
Então em nome de quem
Vossos filhos os expulsam?
Assim, serão eles mesmos
Vossos juízes mais justos."
68
"Vaga por lugares áridos
À procura de um repouso
E, não o encontrando, diz:
- Volto a habitar de novo
A casa donde expulsaram-me; -
25Mas, voltando, vê que é outra"
Do meio da multidão
Ergueu-se de uma mulher
A voz, e ela disse então:
"Bem-aventurado seja
O ventre que a nós te trouxe
E ditoso seja o seio
Em que amamentado foste!"
28Disse ele: "Quem a palavra
29Aumentando a multidão,
Disse ele: "Esta geração
É uma geração perversa.
Pede-me um sinal, mas não
Mandarei sinal algum,
Senão o de Jonas; 30porquanto"
69
"Do Sul no dia do juízo
Com os desta geração
E então condená-los-á,
Pois veio de um outro canto
Da Terra para inteirar-se
Do saber de Salomão,"
Os ninivitas irão
Ressuscitar, juntamente
Com a vossa geração,"
70
37Enquanto ainda falava,
Convidou-o um fariseu
Para consigo almoçar.
Ele entrou e pôs-se à mesa.
38Ora, ele não se lavou
E o fariseu estranhou.
39Mas disse-lhe o Senhor:
"Agora vós fariseus
Limpais o exterior
Do copo e também do prato,
Mas o vosso interior"
71
45Então um doutor da lei
Tomou a palavra e disse:
"Mestre, a nós também ofendes
Quando estás a dizer isso."
46Disse ele: "Ai de vós também,
Sepulcros edificais,"
49"Porisso a sabedoria
De Deus disse sobre o mundo:
- Enviar-lhes-ei profetas
E apóstolos; a alguns
Matarão e aos demais
Perseguirão; 50e um por um"
72
52"Ai
de vós, mestres da lei,
Que da ciência usurpastes
A chave, sempre impedindo
Os outros de nela entrar,
Sem que vós mesmos tivestes
Entrado nela jamais."
Às escuras proferido"
73
"Temei, sim, aquele a quem
Depois de matar, compete
O poder de enviar
A alma para o inferno.
Deste, sim, deveis ter medo,
É o que vos digo em alerta."
74
"Virá o Espírito Santo,
Que ali ensinar-vos-á,
Da maneira mais correta
E na hora apropriada,
Como haveis de proceder
E o que haveis de falar."
"Alguém me constituiu
Árbitro de vossas causas?"
15E à multidão ele disse:
"Guardai-vos e acautelai-vos
Da avareza, pois a vida
Da pessoa não se faz"
75
"Seguros por longos anos;
Descansa, pois; come, bebe
E aproveita tua vida. -
20Mas Deus então disse: - Néscio!
76
27"Agora,olhai os lírios,
Como não tecem, nem fiam;
E eu vos digo, no entanto:
Nem Salomão, que vivia
Em pujante glória, pôde
Como um deles se vestir."
77
34"Onde está vosso tesouro,
Lá está vosso coração.
35Cingi, pois, os vossos rins
"Encontre-os vigilantes.
Eu em verdade vos digo
Que ele irá cingir-se e pô-los
À mesa para os servir.
38E se vier na segunda
Ou na terceira vigília,"
78
"E fiel que será posto
Pelo seu senhor à frente
De todos os servidores
Para dar-lhes, a seu tempo,
A sua ração de trigo?
43Feliz desse servo a quem"
Em momento inesperado
E em hora desconhecida,
E então castigá-lo-á,"
"Destinando-lhe um lugar
No meio dos infiéis.
47O servo que do senhor
79
49"Eu vim lançar fogo à terra,
E que mais desejo eu,
Se já está ateado?
50Num banho imerso serei,
80
58Quando com teu adversário
Tu fores ao magistrado,
Cuida para que, na ida,
Venhas dele te livrar,
Para que não aconteça
De ele ao juiz te levar,"
"Perecereis igualmente.
4E os dezoito sobre os quais
A torre de Siloé
Desabou, vindo a matá-los,
Entre os de Jerusalém
Eram eles mais culpados?"
81
6Disse então esta parábola:
"Tinha um homem plantada
Uma figueira na vinha.
Certo dia indo buscar
Frutos não os encontrou,
7E disse: - Vamos cortá-la!"
82
Ao chefe da sinagoga,
Que então tomou a palavra
E, indignado por Jesus
Curar em dia de sábado,
Foi dizendo à multidão:
"Seis dias há de trabalho;"
83
"Cresce e torna-se uma árvore
E as aves do céu lhe vêm
Para alojar-se nos ramos."
20E continuou dizendo:
84
"Ensinaste em nossas praças. -
27Mas ele dirá assim:
- Não, eu não sei donde sois.
Logo, 'afastai-vos de mim,
obreiros da iniqüidade!' -
28Ali haverá, porfim,"
33"Hoje,amanhã e depois
Eu devo seguir, porém,
O meu caminho de ida;
Pois, de fato, não convém
Que um profeta encontre a morte
Fora de Jerusalém."
85
34"Ógrande Jerusalém,
Que dás a morte aos profetas
E apedrejas os que vêm
Como enviados dos céus,
Quantas vezes quis juntar
Teus filhos, tal qual procede"
2Aliachava-se um homem
Doente de hidropisia.
3Jesus, tomando a palavra,
86
"Quem de entre vós, se um filho
Ou um boi lhe cair num poço,
Não o tiraria logo,
Sábado, ou em que dia fosse?"
6E eles não achavam meios
Vierem a convidar-te,"
Atender a um convite,"
87
12Edisse ainda Jesus
Ao que o tinha convidado:
"Quando tu ofereceres
Algum almoço ou jantar,
Não chames irmãos, amigos
Ou vizinhos abastados;"
Serás bem-aventurado:
Na ressurreição dos mortos
Estarás recompensado."
"Oferecer um banquete,
Tendo a muitos convidado.
17Chegando a hora da festa,
88
"Preciso experimentar
As cinco juntas de bois
Que comprei; tenho de ir-me
E peço que me perdoes. -
20Disse outro: - Casei e vou-me;
89
28"Poisquem de vós, decidindo
Uma torre edificar,
Não vai calcular primeiro
A despesa necessária
Para saber se tem meios
Para acabar o trabalho?"
90
15. PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO RECUPERADO
Parábolas da ovelha perdida e da dracma perdida (1);
Parábola do filho pródigo recuperado (11)
1Publicanos, pecadores
E outros que estavam ali
Aproximaram-se dele
Com intenção de ouvi-lo.
2E ficaram murmurando
Os fariseus e escribas:
7"Sendoassim, digo-vos eu
Que haverá mais alegria
No céu por um pecador
Que se tenha arrependido
Do que por noventa e nove
Que disso não necessitem."
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9"E tendo-a encontrado diz
Às amigas e às vizinhas:
- congratulai-vos comigo,
Pois uma dracma eu tinha
Perdido, mas encontrei-a,
E então convido-vos; vinde! -"
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"Mas sequer isso lhe davam.
17Caindo em si, ele disse:
- Lá na casa de meu pai
São tantos os diaristas
Que têm pão em abundância,
E eu passando fome aqui!"
93
"Ele tinha-se perdido
E agora foi encontrado. -
E começaram a festa.
25O filho mais velho achava-se
E recusou-se a entrar."
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32"Porém, era necessário
Que em banquete festejássemos,
Porque este teu irmão
Vivo está, mas morto estava;
Antes estava perdido
E agora foi encontrado! -"
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"E escreve nela cinqüenta. -
7Depois foi dizer a outro:
- E tu, que dívida tens
Para com o meu senhor? -
Disse este: - Eu devo cem sacas
De trigo. - E então o feitor"
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13"Não pode um servo servir
Igualmente a dois senhores,
Pois odiará a um
E se afeiçoará a outro;
Ou se apegará a um,
Desprezando o outro, pois."
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"E chagas, ficava ali,
Jogado junto ao portão.
21Desejava saciar-se
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"Nem os que estão aí podem
Vir para o lado de cá. -
27Retorquiu então o rico:
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"Cuidai, portanto, de vós!
3Digo-te: se teu irmão
Ofender-te, repreende-o;
Mas dá-lhe o teu perdão,
Se ele se arrepender.
4Se ele te ofender, portanto,"
E disseram ao Senhor:
"Aumenta-nos nossa fé."
6O Senhor lhes respondeu:
"Digo-vos, se fé tivésseis
Como um grão de mostarda,
Então diríeis a esta"
O senhor na obrigação
De dizer-lhe um obrigado,"
100
"Só porque o servo cumpriu
O que lhe foi ordenado?
10Assim, também vós, depois
101
"Homem, levanta-te e vai;
A tua fé te salvou."
20E como lhe interrogassem
Do relâmpago, de um lado
Ao outro do céu rebrilha,"
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"Até o dia em que Noé
Entrou na arca, e surgiu
O dilúvio, que a todos,
Sem demora, destruiu.
28E como os dias de Lot
De Sodoma abandonou,
Viu do céu precipitar-se"
Havendo, tomar-se-á"
103
"Uma das duas e a outra
Lá mesmo será deixada."
36Indagando, eles disseram:
Estarão aí as águias."
104
"Porém, o Filho do homem,
Em sua vinda, achará,
Acaso, a fé sobre a terra?"
9E disse uma outra parábola
Conservava-se à distância,"
14"Digo-vos:justificado
Voltou este para casa,
Bem ao contrário do outro;
Pois quem se exalta será
Humilhado, e o que se humilha,
Este será exaltado."
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15Traziam-lhe as crianças
Para ele acariciar
E, vendo isso, os discípulos
Com a multidão ralhavam,
16Mas Jesus a si tomou-as
"Venham-me a criancinhas!
E não as embaraceis,
Pois aos que se lhe assemelham
Pertence o reino de Deus.
17Eu em verdade vos digo:
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23Ouvindo isso, entristeceu,
Pois era ele muito rico.
24Vendo-o assim, Jesus disse:
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"Pelos antigos profetas.
32Será entregue aos gentios,
Escarnecido, ultrajado
E, sob açoites, cuspido;
33E, depois de flagelado,
37Disseram-lhe:"É Jesus
Nazareno que está vindo."
38Ele então pôs-se a gritar:
40Jesus,parando, ordenou
Que esse homem lhe trouxessem,
E, quando ele aproximou-se,
Perguntou-lhe: 41"Que tu queres
Que eu te faça?" 42E ele disse:
"Senhor, faz com que eu enxergue."
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E Jesus disse-lhe: "Vê!
A tua fé te salvou."
43Logo ele viu, e seguiu-o,
Glorificando ao Senhor.
E todo o povo, ao ver isso,
Rendeu a Deus seus louvores.
V) EM JERUSALÉM
3Através da multidão,
Procurava ver Jesus;
Porém, não o conseguia,
Por ser de baixa estatura.
4Então subiu a um sicômoro,
6Eledepressa desceu,
Recebendo-o alegremente.
7Todos estranharam isso
E murmuravam, dizendo:
"Em casa de um pecador
Hospedar-se ele pretende!"
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8Mas Zaqueu, apresentando-se,
Disse, perante Jesus:
"Eis, Senhor, que dou aos pobres
Metade do que possuo
E se defraudei alguém,
Vou restituir-lhe tudo"
"Enviaram deputados
Atrás dele, a protestar:
- Não queremos que ele reine! -
15Ora, tendo ele voltado
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"Com quem deixara o dinheiro,
Para ver com cada um deles
O quanto tinham lucrado.
16Apresentou-se o primeiro
17"Elerespondeu então:
- Bravo, meu bom servidor!
Por teres sido fiel,
Ainda que em coisa pouca,
Agora, de dez cidades
Tu serás governador. -"
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"E dai-a a quem tem dez. -
25Disseram-lhe então: - Senhor,
Ele já possui dez minas! -
26Disse: - Eu digo-vos que a todo
32Partiram os enviados
E lá tudo eles acharam
Como o Senhor tinha dito.
33No momento em que soltavam
O jumentinho, disseram
Os donos: "Por que o soltais?"
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34Eles então responderam:
"O Senhor precisa dele."
35Trouxeram-no a Jesus.
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"Em que os teus inimigos
Te cercarão de trincheiras,
E te assediarão
E te trarão o aperto,
Que virá de todo lado.
44E vão então te abater"
114
Por escribas e anciãos,
2E a Jesus se dirigiram,
Dizendo: "Que autoridade
Tens tu para fazer isso,
Ou quem foi que concedeu
Tal autoridade a ti?"
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"Retornar de mãos vazias.
11Enviou outro criado,
E eles, depois de o vexarem
E lhe baterem, mandaram-no
Também com as mãos vazias.
12Enfim, voltou a mandar"
116
19Grão-sacerdotes e escribas
Entenderam que a parábola
Fora dirigida a eles;
Tentavam as mãos lançar-lhe
Ali mesmo, mas o povo
Fez com que se amedrontassem.
20Passaram a espiá-lo.
Mandaram-lhe subornados
Fingindo-se zeladores
Da justiça, para olhá-lo
E apanhá-lo em um deslize
Qualquer de suas palavras,
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27Depois, alguns saduceus,
Que sustentam não haver
A ressurreição dos mortos,
Aproximaram-se dele
E, querendo interrogá-lo,
28Começaram a dizer-lhe:
33"Depois da ressurreição,
De quem será a mulher?
Pois que antes, por esposa,
Todos os sete a tiveram."
34Jesus então respondeu-lhes:
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36"Pois não poderão morrer;
Serão, sim, iguais aos anjos
E filhos de Deus e filhos
Também da ressurreição.
37De que os mortos ressuscitam
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"Nos bancos das sinagogas
E dos primeiros lugares
Quando acorrem aos banquetes;
47Eles devoram as casas
120
"Em que pedra sobre pedra
Não restará por aqui
Sem que seja derrubada.
7Perguntaram-lhe, em seguida:
"Acontecerá primeiro,
Mas não será logo o fim."
10Disse mais: "Erguer-se-á
Perseguir-vos-ão, porém;"
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"Ocasião para dardes
De mim vosso testemunho.
14Ponde em vosso coração,
Jerusalém sitiada,
Sabei que a devastação"
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"Pois haverá nesses dias
Enormes calamidades
Sobre o país, e o castigo
Sobre o povo descerá.
24Uns sob a espada cairão,
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"Vede a figueira e outras árvores:
30Quando passam a brotar,
Vós percebeis que o verão
Está perto de chegar.
31Assim também, quando virdes
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Para o monte conhecido
Por monte das Oliveiras.
38E o povo, todos os dias,
1Aproximava-se a festa
Dos ázimos, que era a Páscoa;
2Grão-sacerdotes e escribas
Tentavam eliminar
Jesus, porém tinham medo
Que o povo se revoltasse.
E com os grão-sacerdotes
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11"Dizeiao dono da casa:
- O mestre manda dizer-te:
Onde está o aposento
Em que haverei de comer
A Páscoa com meus discípulos? -
12Mostrar-vos-á então ele"
"Desejei ardentemente
Esta páscoa comer"
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20Terminada a ceia, fez
Ele o mesmo com o cálice,
Dizendo: "Este cálice é
A Aliança renovada
No meu sangue, que por vós
Logo será derramado."
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"Não é o que está à mesa?
No meio de vós, porém,
Eu estou como quem serve;
28Vós sois aqueles que tendes
Permanecido comigo
Nas provações que eu enfrento."
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36Elesdisseram-lhe: "Nada."
Disse Jesus: "Mas agora,
Quem tem uma bolsa, tome-a,
E assim também o alforje;
E espada, quem não tiver
Venda o manto e compre-a fora;"
Acostumado a fazer.
Foram com ele os discípulos.
40Ali chegando, voltou-se
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Eram gotas de seu sangue,
Que caíam pelo chão.
45Levantou-se depois disso
E, encerrando a oração,
Veio ter com seus discípulos,
Que encontrou já dormitando,
Do que ia acontecer,
Disseram: "Senhor, convém"
Oficiais e anciãos:
"Viestes com paus e espadas
Como a buscar um ladrão!"
130
52"Estando em todos os dias
No templo, e vós ali perto,
Não me pusestes as mãos.
Mas a vossa hora é esta;
É o desencadeamento
De todo o império das trevas."
E sentando-se ao redor,
Sentou-se ali também Pedro.
56Uma criada o viu
Dizendo insistentemente:
"Este também, com certeza,
É um que com ele estava,
Pois até é galileu!"
60Pedro respondeu: "Ó homem,
Ali, imediatamente,
Quando ele ainda falava,
Eis que o galo cantou.
61Então, tendo-se voltado,
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Predita: "Não cantará
Hoje o galo, sem que, Pedro,
Tu mesmo venhas negar,
Por três vezes, conhecer-me."
62Pedro, saindo então fora,
Depois de o confundir:
"Adivinha quem bateu?"
65E mais desfeitas faziam-lhe.
Necessitamos de outros?
Pois nós mesmos o ouvimos
E de sua própria boca."
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23. A CRUCIFICAÇÃO
Jesus perante Pilatos e Herodes (1); A caminho do
Calvário (26); A crucificação (33); O bom ladrão
(39); O sepultamento de Jesus (50)
1Levantando-se a assembleia,
Levaram-no a Pilatos.
2Fizeram-lhe acusações,
À jurisdição de Herodes,
Mandou-o rapidamente
A este, que nestes dias
Estava em Jerusalém.
8Herodes, ao ver Jesus,
Alegrou-se imensamente,
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9Das muitas perguntas feitas,
Jesus nada respondeu.
10Porém, os grão-sacerdotes
"Como um sublevador"
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E também por homicídio.
20E mais uma vez, Pilatos
Dirigiu-se à multidão
Tentando Jesus livrar,
21Porém esta o rebateu
E começou a gritar:
"Crucifica-o! Crucifica-o!"
22Disse,na terceira vez:
"Que mal ele fez, enfim?
Nele crime não achei
Que valha a morte. Um castigo
Dar-lhe-ei e o soltarei."
Acompanhando Jesus.
27Uma grande multidão
De homens e de mulheres
Ia atrás dele andando.
Essas mulheres, batendo
No peito, iam lamentando.
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28Jesus, porém, disse a elas:
"Não choreis por minha causa,
Filhas de Jerusalém;
Antes, digo-vos, chorai
Por vós e por vossos filhos;
29Pois, eis que dia virá"
33E,chegando ao local
Denominado Calvário,
Crucificaram-no ali
Com os dois ladrões ao lado,
Um à direita, outro à esquerda.
34Jesus então disse: "Pai,"
Mantinha-se a observar.
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Mas os altos dirigentes
Ficavam dele a zombar:
"Salvou aos outros; a si
Ele deverá salvar-se;
Isto, se ele é mesmo o Cristo,
Se de Deus é o enviado."
A ti procuras salvar-te."
A palavra e respondeu:
"Estás no mesmo suplício;
Nem assim temes a Deus?"
"Comigo no paraíso
Hoje tu estarás ainda."
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44Era quase a hora sexta
E toda a terra cobriu-se
De trevas até a hora nona,
Ficando o sol em eclipse;
45O véu do Templo rasgou-se
Espetáculo assistira
Vinha com as mãos no peito,
Por ter visto o sucedido.
49Láestavam à distância
Também os seus conhecidos,
Bem como aquelas mulheres
Que o tinham sempre seguido
Desde a sua Galileia,
E viam lá o ocorrido.
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52Indo falar com Pilatos,
De Jesus pediu o corpo;
53E então trouxe-o para baixo,
2Encontraram revolvida
A pedra sobre o sepulcro
3E, entrando, não encontraram
Lá o corpo de Jesus.
4Estando ainda perplexas
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"Os mortos quem está vivo?"
6Ele aqui não mais está,
Porque já ressuscitou.
Lembrai-vos de sua fala
Ainda na Galileia,
Quando disse estas palavras:
Pareciam desvario.
Nelas não acreditaram.
12Pedro, porém, levantou-se
E correu a visitar
O sepulcro, e debruçando-se
Viu os lençóis e mais nada.
Em seguida, retirou-se,
Voltando maravilhado
Com o que, na sepultura,
Tinha a ele sido dado
Constatar do sucedido,
De tudo o que se passava.
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13Eisque, nesse mesmo dia,
Dois discípulos andavam
Em direção a uma aldeia
Chamada Emaús, que estava
De Jerusalém distante
Cerca de sessenta estádios.
14Discutiam entre si
Sobre os acontecimentos.
15Ora, enquanto eles iam
Discutindo e discorrendo,
Jesus acercou-se deles
E com eles ia em frente.
Grão-sacerdotes e outros,"
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"Condenaram-no à morte
E depois, crucificaram-no.
21E bem que nós esperávamos
E tratando um por um
Falou dos profetas todos,
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Explicando-lhes em todas
As Escrituras aquilo
Que lhe dizia respeito.
28Aproximaram-se, nisso,
À povoação à qual
Aqueles dois dirigiam-se;
Abriram-se e perceberam
Com quem vinham, finalmente.
Lá reunidos os onze,
Com os demais companheiros,
34Que diziam entre si:
"Realmente aconteceu.
O Senhor ressuscitou
E a Simão apareceu."
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35Elesnarraram então
O que ocorrera com eles
No caminho que tomaram
E como lhes sucedera
De, vendo-o partir o pão,
Eles o reconhecerem.
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"Quando ainda estava entre vós,
Que teria de cumprir-se
Tudo o que de mim estava
Na Lei de Moisés escrito,
E nos profetas e Salmos."
45E o entendimento abriu-lhes,
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- - - *** - - -
Temos usado a Bíblia como um mero manual do guarda, dose de ópio para manter mansas as
bestas de carga (não como o livro de libertação que ela é). Charles Kingsley.
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