Professional Documents
Culture Documents
2012-2013
A nostalgia da infncia Frequentemente, para Fernando Pessoa o passado um sonho intil, pois nada se concretizou, antes se traduziu numa desiluso. Da o constante ceticismo perante a vida real e de sonho. O tempo, na poesia pessoana, um fator de degradao, porque tudo efmero. Isso leva-o a desejar ser criana novamente. Pessoa sente a nostalgia da criana que passou ao lado das alegrias e da ternura. Chora, por isso, uma felicidade passada, para l da infncia. H uma nostalgia do bem perdido, do mundo fantstico da infncia, nico momento possvel de felicidade.
Alberto Caeiro
Na obra de Caeiro, h um objetivismo absoluto. No lhe interessa o que se encontra por trs das coisas. Recusa o pensamento, sobretudo o pensamento metafsico, afirmando que pensar estar doente dos olhos. Caeiro, poeta de olhar, procura ver as coisas como elas so , sem lhes atribuir significados ou sentimentos humanos. Considera que as coisas so como so. Constri uma poesia das sensaes, apreciando-as como boas por serem naturais. Para ele, o pensamento apenas falsifica as coisas. Em Caeiro, a poesia das sensaes , tambm, uma poesia da natureza. Ao procurar ver as coisas como elas realmente so, sublima o real, numa atitude pantesta (de divinizao das coisas da natureza).
2012-2013