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A força da racionalidade comunicativa num diálogo fecundo mesmo nos rituais das
salas de aula não importa em que gênero de escola vai permitir aos participantes
c ompreender a tapeçaria da cultura entrelaçada no mundo da vida e entender que a
produção do saber germina no barro das relações humanas permeadas de fraquezas,
desejos de sobrevivência e transcendência. Que o saber prolifera conjunturalmente a
partir das me diações culturais e políticas que moldam os contornos de grupos e
instituições, por isso não pode ser acessível somente a alguns.
Assim, ao invés de pensar em conclusões para este debate, optei por deixar pistas de
reflexão que possam abrir horizontes de pesquisa e de novas idéias para fazer face aos
complexos problemas da atualidade educativa e social que oscilam e se contraem nos
antagonismos e desafios desta nova ordem social.
E para isto, é preciso conectar os fios da rede. Construir pontes entre teorias e práticas
que permitam o avanço da teoria da educação. O Diálogo entre Freire e Habermas
abre uma via teórica que contribui, sem dúvida, para resgatar a importância das
possibilidades imanentes da educação popular como uma articuladora do processo de
construção de competências argumentativas e de situações ideais do uso da palavra
que venham potencializar ações voltadas ao diálogo e ao entendimento tendo em vista
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Se pode parecer utópico e idealista vislumbrar o fortalecimento de uma teoria da
educação que tenha como horizonte uma prática educativa democrática fundada no
princípio da liberdade, da igualdade e do respeito à pessoa humana, então, será
utópico pensar na relação entre ciência e ética ou entre ciência e seu valor para a
sociedade.
Referências Bibliográficas