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Nossos dias nos levam, cada vez mais, a uma inquietante indagação sobre o que é
mais importante em nossas vidas: o Ser ou o Ter?
Se perguntarmos a qualquer pessoa o que mais vale para ela: a aprovação dos
estranhos ou a afeição daqueles que lhe são mais queridos? Esta pessoa reagirá de
forma a expressar o não entendimento da pergunta, visto que, é óbvio que nada
significa mais para ela que a família e os amigos mais chegados.
Pergunte a qualquer pessoa o que ela quer da vida e a resposta provavelmente será:
“Tudo o que mais quero é ser feliz, viver bem, estar em paz e ter tranqüilidade!”.
Você perceberá que não vive realmente de acordo com aquilo em que diz acreditar.
O ritmo ditado por nosso tempo nos convenceu de que, saindo de casa para o trabalho
mais cedo e voltando mais cansado à noite, provaremos à nossa devoção à família.
Acreditamos que esforçando-nos e enfadigando-nos proporcionaremos a posse, o Ter
todas as coisas que a mídia leva-nos a crer serem necessárias, para dar-nos mais
prazer, conforto ou status.
É óbvio que nada significa mais para cada um de nós que nossa família e os amigos
mais chegados. No entanto, quantas vezes nos pegamos abafando nossa
espontaneidade, para não damos margem aos outros de nos criticarem, pois não
suportaríamos ter que conviver com “o que vão pensar ou estão pensando de mim”.
O que mais ouvimos nos últimos anos é um discurso enfadonho sobre “qualidade de
vida”, com fórmulas mil, que vão desde uma alimentação saudável e exercícios físicos,
até leituras que propõem roteiros para mudar nosso estilo de vida. Tudo isso num
esforço permanente para encontrar aquele estado tão sonhado da chamada
Felicidade.
Desse modo, hoje observamos de forma contundente que, em seu Planejamento
Pessoal, as pessoas querem “Ter” (o que não deixa de ser saudável e necessário).
Contudo, há uma necessidade gritante que esse “Ter” venha acompanhado do “Ser”.
Nossas empresas carecem fortemente de profissionais que revejam sua postura, onde
o Ser esteja em evidência e o Ter seja conseqüência.