TRIBUNAL

I
DE CONTAS DO ESTADO
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PRO eESSO Te -00.352/05

Denúncia formulada por vereador do Município de
MARI, acerca de possíveis irregularidades na
admissão de servidores, pelo Poder Executivo.
Procedêncía da denúncia; assinação de prazo ao
Prefeito para regularização da situação irregular de
servidores; remessa de cópia dos autos à
Procuradoria Geral de Justiça do Estado para
apuração de cometimento penal previsto no Art.
297, por parte de servidores que ingressaram no
serviço público de Mari à margem da legalidade.
DECLARACÃOdo não cumprimento da decisão
consubstanciada no Acórdão APL-TC- 124/2007 e,
assinação do prazo de 60 (sessenta) dias ao atual
Prefeito do Município de Mar;' sob pena de aplicação
multa, para fiel cumprimento daquela decisão,
observando que, com relação à servidora Simone
Maria Alves Cabral, considerando que a mesma é
detentora de diploma autêntico expedido pela
Escola Normal Estadual Cassiano Ribeiro Coutinho,
apenas é cabível a apuração de sua responsabilidade
pela apresentação do diploma falso referente ao
Projeto Logus IL

RELATÓRIO
o Tribunal, na sessão de 14 de março de 2007, ao examinar os autos do Processo TC-
00.352/05, e por meio do Acórdão APL-TC- 124/2007:

./ tomou conhecimento de denúncia formulada por vereador do Município de

Mari, julgando-a procedente quanto à admissão de professores que
ingressaram no serviço público por meio de concurso ocorrido na Prefeitura
daquele município, sendo portadores de diplomas falsos .

./ assinou o prazo de 60 (sessenta) dias ao Prefeito, Sr. Marcos Aurélio Martins

Paiva, para que instaurasse procedimento administrativo objetivando demitir
os servidores que ingressaram no serviço público mediante fraude, sob pena
de aplicação de multa, sem prejuízo da imputação dos débitos decorrentes da
permanência daqueles servidores em suas atividades;

./ determinou remessa de cópia dos autos à Procuradoria Geral de Justiça do

Estado para fins de apuração de cometimento penal previsto no Art. 297, por
parte das Sras. Luciana da Silva Soares, Maria Juberlita Honório de Brito e
Simone Maria Alves Cabral que ingressaram no serviço público de Mari à
margem da legalidade.
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O Prefeito Sr. Marcos Aurélio M. Paiva apresentou documentação (fls. 313 a 317), analisada
pela Auditoria, que verificou: a) ter sido a comissão de inquérito constituída dentro do prazo
estipulado no acórdão, todavia ao invés de notificar as servidores para apresentar defesa
acerca dos diplomas falsos, notificou-as para apresentarem os títulos de professora; b) ser a
servidora Simone Maria Alves Cabral detentora de diploma autêntico expedido pela Escola
Normal Estadual Cassiano Ribeiro Coutinho, sendo falso apenas o relativo ao Projeto Logus
Il, não sendo a servidora passível de demissão, mas de responsabilidade pela apresentação
deste último diploma e, c) concluiu pelo não cumprido do Acórdão APL - TC- 124/2007.

O Ministério Público junto ao Tribunal na cota às fls. 332, opinou pela assinação de prazo
aos responsáveis para carrear os documentos reclamados pela Auditoria, sob pena de
cominação de multa pessoal.

VOTO DO RELATOR

O Relator vota pela declaração do não cumprimento da decisão consubstanciada no Acórdão

APL-TC- 124/2007 e, assinação do prazo de 60 (sessenta) dias ao atual Prefeito do Município
de Mari, sob pena de aplicação multa, para fiel cumprimento daquela decisão, observando
que, com relação à servidora Simone Maria Alves Cabral, apenas é cabível a apuração de sua
responsabilidade pela apresentação do diploma falso referente ao Projeto Logus lI,
considerando que a mesma é detentora de diploma autêntico expedido pela Escola Normal
Estadual Cassiano Ribeiro Coutinho.

DECISÃO DO TRIBUNAL
Os MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAiBA, à
unanimidade, na sessão realizada nesta data, ACORDAM em declarar o não
cumprimento da decisão consubstanciada no Acórdão APL-TC- 124/2007
e, assinação do prazo de 60 (sessenta) dias ao atual Prefeito do Município
de Mari, sob pena de aplicação multa, para fiel cumprimento daquela
decisão, observando que, com relação à servidora Simone Maria Alves
Cabral, considerando que a mesma é detentora de diploma autêntico
expedido pela Escola Normal Estadual Cassiano Ribeiro Coutinho, apenas é
cabível a apuração de sua responsabilidade pela apresentação do diploma
falso referente ao Projeto Logus
Publique, se,· me s e registre-se.
Sala das Sessões do rCE- - ten 'rio Ministro João Agripino.
João Pessoa, 1 e j ho de 2008.

Ana Terêsa Nóbrega

Procuradora Geral do Ministério Público junto o TCEPb