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Jesus realizou seu ministério com excelência: curando doentes, pregando o Evangelho,

ensinando e expulsando demônios, fez tudo isso, sem esquecer a sua posição de servo. Apesar de
todo esse trabalho, Ele se preocupou em fazer discípulos – pessoas que aprendessem dele e lhe
seguissem os passos – pois Ele sabia que seu ministério não seria eterno. Após sua morte e
ressurreição, antes de subir ao céu, Ele entregou uma missão aos seus seguidores: “Ide e fazei
discípulos de todas as nações”. A grande comissão não apresentava nada de novo, era apenas a
continuação do método que o próprio Jesus praticava. Com isso, podemos perceber que fazer
discípulos não é só para quem tem um dom especial; é uma ordem de Jesus, e todos os que crêem
em Cristo não tem outra opção a não ser obedecer.

Porém, existe apenas um requisito para se fazer discípulos que é ser um discípulo. Discípulo
é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu mestre, com a finalidade de
ensinar a outros. A marca registrada do discípulo é o amor, por isso é fácil reconhecê-lo em
qualquer lugar. Mas, não se engane: nem todo cristão é um discípulo porque seguir a Cristo implica
em aceitá-lo como Senhor e servi-lo como um escravo. O preço de ser um discípulo é muito alto e
nem todos estão dispostos a pagar. O discípulo precisa estar aberto a mudanças, ter o desejo de
crescer, avançar, passar do estágio infantil que se prolonga tanto.

O processo de discipulado possui duas etapas: A morte de si mesmo (Gálatas 2:19,20) e a


reprodução (João 15:2,8). Qualquer pessoa que não tenha experimentado a morte do eu não pode
se qualificar como elo legítimo no processo de discipulado porque é incapaz de reproduzir (João
12:24). Sem a morte da semente não haverá reprodução; sem reprodução não haverá discipulado.

Que Deus no ajude a sermos bons discípulos, refletindo a vida do Mestre!

Edilene Oliveira

Ed. Religiosa
A Bíblia nos mostra apenas quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João, mas hoje em
dia podemos contar com o quinto: o Evangelho dos Evangélicos. Nele, só é possível achar textos
agradáveis, que prometem alguma coisa, como João 3:16 ou Romanos 8:37. As ordenanças de Jesus
ficam esquecidas nos outros quatro evangelhos. Outro exemplo é o texto de Lucas 12:32-33, o
verso 32 consta no quinto evangelho, mas o 33 não. O Evangelho que encontramos na Bíblia é o
Evangelho do Reino e este possui algumas características distintas.

1. O Evangelho do Reino é Cristocêntrico


O evangelho que tem sido pregado traz o homem como o centro. Os apelos feitos aos não-
crentes mostram um Jesus que está implorando para ser aceito, quando na verdade é Ele quem nos
aceita. Nossas reuniões são centralizadas no homem, desde o mobiliário até as ordens de culto,
tudo aponta para o homem. Nossos hinos e orações são egocêntricos, como se fossem uma
“lâmpada de Aladim”: É só esfregar e obter tudo que quisermos. Parece que tudo gira a nosso redor
e estão à nossa disposição. Até mesmo na evangelização, somos impelidos mais por causa das
almas perdidas do que por amor a Jesus. Leia Atos 4:24-31 e veja como seria uma oração centrada
em Deus. Deus é o centro de tudo, e não o homem!

2. O Evangelho do Reino Apresenta Jesus na Íntegra


O Evangelho apresentado atualmente faz um recorte de Jesus para ensinar apenas o que
agrada. É como uma criança que recebe uma fatia de pão com geléia, ela lambe a geléia e devolve o
pão. Neste exemplo, podemos dizer que Jesus é o Pão da Vida e talvez o céu possa ser comparado
com a geléia. Não dá para comer só a geléia. Mas tem muita gente freqüentando a Igreja só por
causa da “geléia”. Imagine se um dia alguém descobrisse que não existe céu nem inferno, será que
estas pessoas continuaram na Igreja?

3. O Evangelho do Reino Apresenta Jesus como Senhor


A palavra SENHOR não tem hoje o mesmo significado de quando Jesus estava na terra.
Devido às variações da linguagem, falar Sr. João e Senhor Jesus é quase que a mesma coisa.
Naquela época, a palavra senhor (Kirios, em grego) significava autoridade máxima, o número 1, o
homem que estava acima de todos os outros, o dono da criação. A Bíblia deixa bem clara esta
verdade em Atos 2:36-38 e Romanos 10:9. Jesus não é apenas o Salvador, mas principalmente o
Senhor.
4. O Evangelho do Reino diz a Verdade sobre a Salvação
A salvação não significa apenas a libertação dos nossos fardos e dificuldades, mas substituí-
lo pelo jugo de Jesus, ou seja, a partir de então viveremos para o Rei e não para nós mesmos.
Analise os seguintes textos: Lucas 19:1-10; Mateus 9:9-13; Lucas 18:18-23 e Lucas 9:59-62. A partir
destes é possível perceber que:
4.1 A Salvação é uma ordenança – Em nenhum dos casos, Jesus fez um convite. Ele
ordena a todos que se arrependam. É por isso que as pessoas que não se arrependem
são castigadas. Se se tratasse apenas de um convite, não poderia haver castigo. Tudo
que Jesus diz é: “Segue-me!” e Ele espera obediência imediata.
4.2 A Salvação é uma submissão – Salvar-se significa colocar-se sob o domínio de Cristo. É
abandonar o trono de nossa vida que estamos ocupando, e permitir que Jesus tome
lugar nele. Cristo não pode ser o Senhor da minha vida se eu for o senhor dela.

No caso do jovem rico, embora Jesus o amasse, deixou que ele se fosse. Se Jesus tivesse
abaixado o padrão de suas exigências, o moço nunca teria realmente sido salvo de si mesmo. Jesus
nunca diminuiu seu padrão para ganhar mais um. Enquanto que o evangelho pregado hoje procura
sempre dar um jeitinho para agregar mais um, mesmo que para isso tenha de abrir mão de alguns
princípios bíblicos.

CONCLUSÃO

Ninguém tem autorização para criar o quinto evangelho, afinal, quem somos nós para
decidir quais os mandamentos de Deus que são obrigatórios e quais são optativos? Ao invés disso,
devemos estender o Reino de Deus (Mt 28:18-19). Sendo assim, você precisa modificar o seu
conceito de valores: Você não estuda na faculdade para obter um diploma, mas para estender o
Reino de Deus e, de passagem obtém o diploma. Você trabalha na empresa tal não para ganhar a
vida, mas porque Deus precisa conquistar aquele pedacinho de terreno, e o seu patrão ainda te
paga para fazer isso.

Se assim não for, é melhor que você pare de chamá-lo de Senhor, já que Jesus diz: “Por que
me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lc 6:46)

LEMBRE-SE: A geléia (céu) pode até ser melhor do que o pão (Jesus), mas sem o pão você não
receberá a geléia!
Em todo reino há apenas duas classes sociais: o senhor e o servo, sendo apenas um senhor e
vários servos. Para saber sua posição no reino é muito fácil: se você não é senhor, então é servo.

Quando Jesus chamou os seus seguidores de servos era exatamente dentro do contexto da
época. O servo do primeiro século era um escravo – uma pessoa que fora destituída de tudo que
possuía neste mundo: a liberdade, a autonomia pessoal, a vontade própria e até o nome. Era
vendido no mercado como um animal. Depois sua orelha era furada para colocar uma argola que
trazia inscrito o nome do seu dono. Não se chamava mais João ou Pedro, mas sim o escravo do Sr.
Fulano de tal. Como escravo, ele não recebia nenhum tipo de pagamento e não tinha direito de
escolha, simplesmente tinha que acatar todas as ordens do seu amo (senhor).

Nós somos escravos de Jesus. Foi para isso que ele morreu e ressuscitou (Rm 14:7-9). A
salvação nos remete à idéia de liberdade, mas não foi bem essa proposta de Jesus (Leia Rm 6:18).
Devemos sempre lembrar que existem dois reinos. Nós nascemos no reino das trevas, sendo
escravos de Satanás. Jesus pagou o preço, Ele nos comprou para sermos seus escravos (Cl 1:13).
Portanto, não estamos totalmente livres, apenas mudamos de senhorio.

Como alguém pode passar do reino das trevas para o Reino de Deus?

Não é muito fácil, pois não há passaportes, nem vistos e o Reino de Deus não aceita
cidadãos naturalizados. É necessário nascer neste reino. O único modo de mudar de reino é pela
morte. Como assim? Ao olhar para a cruz, o escravo considera a morte de Jesus como sua morte e
através da ressurreição somos transportados para o novo reino. Assim, morremos para um
soberano e renascemos sob o domínio de outro. É exatamente isso que significa o batismo!

O que há de tão diferente entre esses dois reinos?

Enquanto no reino das trevas poderíamos fazer o que quiséssemos, neste novo reino, o
Reino de Deus, não podemos fazer tudo o que quisermos. Aqui, é Ele quem manda. Nós só fazemos
o que Ele quer. Não há meio termo: ou nós estamos no reino das trevas fazendo a nossa vontade,
ou estamos no Reino de Deus fazendo a vontade dele. E então? De que lado você está? A única
condição que Jesus impõe para você fazer parte do seu reino é morrer para si mesmo. Em Lucas
9:23,24 Jesus é honesto e direto: para compartilhar de sua glória, primeiro a pessoa terá de
compartilhar de sua morte. Jesus nunca implorou que ninguém o seguisse. Ele era excessivamente
direto. Ninguém pode interpretar Mateus 4:17 como uma súplica e sim como uma ordem.
CONCLUSÃO

Precisamos reconhecer nossa posição de servos e agir como tal. O servo faz de tudo para
agradar ao seu senhor e não se preocupa em ter de ficar em segundo plano. Sendo assim, quando
você escolhe descansar ao invés de ir ao culto, você está com as posições invertidas. Lembre-se que
o escravo não tem direto de escolhas. Você não pode tratar a Jesus como se Ele fosse seu escravo,
tendo que aguardar a sua boa vontade de servi-lo, ou pior, tendo que obedecer todas as suas
vontades. Quer um exemplo? Os verdadeiros servos não dizem: “Senhor, faça isto e aquilo”. Os
verdadeiros servos dizem: “Senhor, que queres que eu faça?” A alegria do escravo é ver seu senhor
satisfeito.

Para terminar, leia Lucas 17:10 e pense se você tem feito tudo o que o Senhor te ordenou.
Se assim for, você pode ter sua cerimônia de colação de grau. Ele te conferirá um diploma com os
dizeres: “Servos Inúteis”. Mas nós estamos tão errados hoje que damos a estes servos inúteis um
diploma com os dizeres: “Reverendo”.

Que Deus nos ajude a cumprir alegremente a tarefa de servos do seu Reino.

Independente de sua posição na sociedade e na igreja, lembre-se que você é apenas um servo e
nada mais.
Na lição passada, vimos que para fazer parte do Reino você precisa assumir sua posição de
servo (escravo). Mas antes que você desista desta nova caminhada, quero lhe dizer que viver neste
Reino é muito agradável, pois o seu oxigênio é o amor. O que isto significa? Pense na função do
oxigênio em sua vida. Vivendo neste Reino você perceberá que tudo gira em volta do amor, tudo é
movido pelo amor, enfim, o amor é a vida cristã.

Jesus nos oferece a vida eterna nos dando do seu amor, o seu oxigênio. O amor é o único
elemento eterno (I Co 13); o amor é a luz do novo Reino (I Jo 2:10-11); o amor é a prova da salvação
(I Jo 4:7-8 e 3:14).

Pode-se dizer que o amor resume todos os mandamentos da Bíblia (Rm 13:10). O amor não
é um dos elementos da vida cristã – é o seu elemento vital. Muitas pessoas se preocupam muito
em buscar os dons do Espírito e se esquecem de buscar o seu fruto. Jesus não disse: “Pelos seus
dons os conhecereis”, mas “pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:20). Jesus deixa claro que os
frutos são mais importantes que os dons, é claro que se tiver os dois é melhor ainda, mas se não for
possível, que se tenha os frutos.

A Bíblia diz que o fruto do Espírito é o amor, então não tem desculpas para a ausência do
amor em nossa vida. Se estivermos cheios do Espírito Santo, a coisa mais natural do mundo, para
nós, será amar. Qualquer dom sem amor perde o seu valor.

O amor deste Reino é tão grandioso que possui alguns estágios:

1. Amor ao Próximo
A lei descrita em Levítico 19:18 é muito conhecida por todos, mas poucos entendem a
profundidade que ela expressa. Este mandamento significa que você deve desejar para o seu
próximo aquilo que deseja para si mesmo; que deve empregar, em favor do seu próximo o mesmo
esforço que emprega para a obtenção de bens para você. Na prática, isso quer dizer que: se você
tem um prato de comida e seu próximo não tem, você deve se empenhar em conseguir outro para
ele ou dar a metade do seu. A verdade é que a maioria dos crentes está muito longe desta prática.
Prova disto é a existência de pessoas que têm demais e pessoas que não têm nada numa mesma
congregação.
Para explicar quem era o próximo, Jesus contou a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10:25-
37). Não adianta espiritualizar a história, Jesus quis dizer simplesmente que se virmos uma pessoa
necessitada, devemos ajudar. O samaritano era uma pessoa comum (nós é que o chamamos de
bom), apenas cumpriu o velho mandamento.

Leia Mateus 5:16 e responda: O que é esta luz? O que é que produz boas obras? O amor, é
claro. Sendo assim, o seu amor demonstrado através das boas obras, falará mais alto que suas
palavras e esta é a melhor maneira de evangelizar. As boas obras evidenciam a existência do amor,
então não adianta você dizer que ama o seu irmão e só demonstra isso com abraços e sorrisos.
Obras significam trabalho, ação, é a parte prática do amor. Então, mãos às obras!

Chega de palavras! Parta para a prática!


Na lição anterior, vimos a necessidade de amar ao próximo, porém esse amor tinha um
limite: o amor que sentimos por nós mesmos. Se você chegou à conclusão que isto é muito difícil
ou até impossível, saiba que este é apenas o mínimo que será neste Reino. Há um segundo e
terceiro níveis que serão estudados hoje.

2. Amor aos Irmãos


A Igreja representa a Família de Deus, sendo assim, as pessoas que fazem parte desta família
é muito mais que próximos, são irmãos. Para esse tipo de relacionamento, veja a ordem de Jesus
em João 13:34 e compare com a lei anterior de Levítico 19:18. Jesus não nos amou como a si
mesmo; Ele nos amou mais do que a si mesmo. Ele deu a sua vida por nós. Neste grau de amor, o
eu desaparece. Na prática, isso não significa dar a metade de nosso prato de comida, mas dar o
prato todo.

Você se lembra que para ser um verdadeiro discípulo você precisa morrer para si mesmo? Já
que não é mais você quem vive, mas Jesus, então é fácil amar como Ele. Para tanto, você precisa
abandonar o seu ego. O nosso egoísmo faz com que não tenhamos tempo para amar os outros.

Com certeza você sabe de cor o versículo de João 3:16, mas já decorou I João 3:16? Para
saber se você conhece o amor, é só responder à pergunta: “Você estaria disposto a dar a vida por
um irmão?

3. Amor Unificador
Acima do velho e do novo mandamento, está o amor da Trindade. Um amor eterno, sólido e
que nunca admite um desacordo. Primeiro o Pai realizou prodígios e milagres, depois o Filho fez as
mesmas coisas e depois o Espírito Santo começou a operar as mesmas coisas. Um não tinha inveja
do outro e viviam em perfeita unidade. Leia João 17:26 e veja que Jesus orou a Deus pedindo que
este mesmo grau de amor esteja em nós. Porém, o que temos visto hoje é que estamos divididos
em grupos: metodistas, presbiterianos, pentecostais, batistas e muitos outros. Mas, para Jesus,
existem apenas dois grupos: os que amam uns aos outros e os que não amam.

É interessante perceber que na igreja todos são tratados como irmão fulano, irmã fulana.
Em sua casa, como você se direciona ao seu irmão(â)? Geralmente pelo nome ou apelido, não é
mesmo? Não se usa a palavra irmão(ã) antes do nome. Parece que na igreja se usa assim porque na
realidade não temos um relacionamento fraterno, mas queremos dar a impressão de que temos e,
por isso, temos que ficar lembrando que o outro é nosso irmão.
CONCLUSÃO

Vimos então que o amor exigido por Deus possui três níveis: o 1º nível é o amor ao próximo
que é medido pelo sentimento que você sente por si mesmo; o 2º nível é o amor aos irmãos que é a
disposição de dar a sua vida pelo outro; e o 3º nível é o amor unificador que é o amor eterno que
une as três pessoas da Trindade. A cada nível tende-se a ficar mais difícil e não será possível
alcançar o 3º nível se você não consegue cumprir o 1º e o 2º. E então, em que nível você se
encontra?

[Rodapé] O amor é a marca registrada do discípulo e não há meio termo: ou você é ou você não é!
De todos os personagens bíblicos, Davi é o que melhor nos fala acerca do louvor e da
adoração. Os salmos de Davi são uma verdadeira sinfonia, tendo como seu “grand finale” o salmo
150. Vale a pena reler este texto e imaginar o barulho que Davi estava propondo. Para quê? Para
louvar a Deus pelos seus feitos poderosos.

O louvor hoje ocupa um lugar de grande importância no culto. Mas a verdade é que poucos
entendem claramente o que é louvar. Segundo o dicionário, louvar é reconhecer as virtudes de
alguém, não é apenas repetir a palavra louvor. Por exemplo: Se eu me aproximar de um pintor e
disser: “Oh!Eu o louvo!” ele não entenderá nada. Eu deveria dizer: “Eu estava observando seus
quadros e gostei muito da maneira como você pintou aquela mão segurando a xícara – é
simplesmente maravilhoso! Parece até que ela está saindo da moldura e nos convidando a sentar e
jantar.”

Uma grande parte do nosso louvor consiste somente em repetir a palavra louvor e isso não
significa nada. Davi deixou claro: “Louvai-o pelos seus feitos poderosos” (v.2). Cada palavra de
louvor deve ter um motivo. Você tem que saber porque está louvando o Senhor. Quando você
entender que o louvor não é apenas palavras pronunciadas durante o culto ou músicas cantadas da
boca pra fora, você estará falando a linguagem do Reino.

Assim como o Português é a língua falada no Brasil, o louvor é a linguagem do Reino de


Deus. Para Deus, só existem duas línguas: a do seu Reino e a do reino das trevas. A primeira é a
linguagem do louvor, que exalta as virtudes; a outra é a da queixa, que critica a virtude. Todo ser
humano fala uma língua ou outra. O problema é que tem muitos crentes usando a linguagem
errada, usam a linguagem do louvor durante o culto e quando saem da igreja começam a usar a
linguagem da queixa. Faça como Davi no Salmo 34:1, use a linguagem do Reino em qualquer
situação, em qualquer lugar e em todos os momentos.

Pode até parecer difícil louvar ao Senhor em todo o tempo porque nos falta palavras ou
porque não conseguimos ver os seus feitos poderosos em todo o tempo. Então experimente o
seguinte:
1. Abra os seus Olhos
Se você costuma louvar ao Senhor com os olhos fechados, dificilmente poderá ver os seus
feitos. Até mesmo num momento de oração ficaria mais fácil se você abrisse os olhos. Aliás, não há
nenhum verso na Bíblia que diz para fecharmos os olhos para orar; pelo contrário, leia os textos de
Salmo 121:1 e João 17:1. Muitos crentes quando oram, assumem maneiras diferentes de falar;
usam modos rebuscados e dramáticos. Parece que quando fecham os olhos, pensam que entraram
em outro mundo. É verdade que, às vezes, precisamos fechar os olhos e contemplar o nosso
interior. Mas quando louvamos a Deus, estamos entrando em contato com o mundo que nos cerca.
Era assim que Davi agia: olhava algumas cenas do cotidiano e via a beleza de Deus naquilo (como
no Salmo 23, por exemplo).

2. Cante um Cântico Novo


Davi também nos aconselhou a cantar um cântico novo (Sl 98:1), ou seja, ele queria que
cada pessoa escrevesse seus próprios salmos. Os salmos são uma resposta espontânea de um
homem espiritual à uma determinada circunstância. Paulo também disse que as pessoas cheias do
Espírito Santo falam entre si “com salmos” (Ef 5:19) e ele não estava se referindo necessariamente
aos salmos de Davi. Precisamos criar nossas próprias expressões de louvor. Não estamos proibidos
de cantar alguns hinos emprestados, mas seria melhor cantar ao Senhor um cântico novo, algo
original.

CONCLUSÃO

O servo do Reino precisa falar a linguagem do Reino e isto significa louvá-lo todos os dias, o
ano inteiro e, entendendo plenamente o que se está dizendo. A melhor forma de louvá-lo é
cantando um cântico novo e isto não é tão difícil quanto parece, basta abrir os olhos, olhar ao seu
redor e começar a cantar, expressando em palavras ou cânticos novos o que vai em seu coração.
Então, está esperando o quê?Louve-o pelos seus feitos poderosos.

Se você é um servo do Reino, o louvor deve ser a sua língua vernácula!


O homem é um ser em constante desenvolvimento. Desde o seu nascimento até a morte
ocorrem mudanças em toda a sua estrutura física e mental. Se você comparar uma criança com um
adulto, perceberá grandes diferenças e dirá que o adulto atingiu sua maturidade. Espiritualmente
falando, este desenvolvimento também deve ocorrer com o Cristão, porém, independe da idade. O
nascimento se dá através da conversão e, a partir daí, segue-se o desenvolvimento em busca da
maturidade cristã.

O texto de Hebreus 5:11-6:3 trata exatamente deste desenvolvimento. Ao analisar nossa


realidade à luz deste texto, perceberemos que grande parte de nossos irmãos estão estacionados
no primeiro estágio, ou seja, não passam de bebês espirituais. Veja porque dizemos isso:

1. As orações são sempre as mesmas – Quanto temos intimidade com alguém, falamos de
maneira diferente do primeiro encontro. Sendo assim, se uma pessoa está se desenvolvendo
espiritualmente, ela deve ter um vocabulário bem diferente de quando ela foi salva.

2. A Igreja está dividida – Sabemos que Jesus instituiu a Igreja e não as igrejas. Os crentes de
Corinto foram chamados de imaturos pelo seu partidarismo (divisões) e hoje o que temos são
diversos grupos que se reúnem em templos separados e falam mal uns dos outros.

3. Estamos mais interessados em receber do que em dar – A principal característica das


crianças é o egocentrismo. Nunca param de pedir: “Papai, me dê dinheiro; me dá isso; me dá
aquilo”. As pessoas maduras sabem dar. Um outro exemplo é que muitos crentes se interessam
mais pelos dons do Espírito (receber) do que no seu fruto (dar).

4. Não sabemos dar o valor certo às coisas certas – Uma criança prefere uma barra de
chocolate a uma nota de cem reais. Assim também muitos crentes preferem uma bela casa ou um
carro novo a quaisquer bênçãos espirituais. Isto porque seu conceito de valores não é amadurecido.

5. O lento crescimento da Igreja – Há pessoas que já são crentes há mais de 10 anos e a inda
não conseguiram levar outras a Cristo. O máximo que fazem é convidá-los para irem à igreja e
acham que o resto é com o pastor.

Agora você se convenceu que nossas igrejas parecem mais um orfanato? Como um pastor
pode realizar um projeto contando apenas com crianças?
Leia agora o texto de Efésios 4:11-15. Deus quer que TODOS cresçam até alcançar a estatura
de Cristo. Sendo assim, isso não é privilégio apenas dos pastores e seminaristas, mas de qualquer
crente que busque o seu próprio amadurecimento. Desta maneira, também ocorrerá o crescimento
do Reino, porque depois da maturidade vem a reprodução. Pastores podem treinar novos pastores
e as ovelhas podem gerar outras ovelhas e, como uma mãe alimenta seus filhotes, elas poderão
alimentar seus cordeirinhos com seu próprio leite. Este é o processo natural do crescimento. Como
acontece nas escolas, um aluno da 3ª série pode ensinar o conteúdo aprendido para alguém da 2ª
série que, por sua vez, pode ensinar para alguém da 1ª e assim por diante, assim acontece a
reprodução neste Reino. Paulo discipulou homens como Timóteo, Filemon, Epafras, e outros mais e
partiu. Jesus voltou ao céu tranqüilo e satisfeito porque deixava aqui 11 réplicas de sua pessoa. O
desenvolvimento espiritual é gradativo. Se você reparar, I Coríntios 12:28 apresenta uma pirâmide:

Paulo, por exemplo, não foi apóstolo desde o início; era apenas um discípulo que
testemunhava nas igrejas, depois foi crescendo até que foi enviado como apóstolo (At 13:2).
Perceba que Deus escolheu os dois principais líderes da Igreja, Ele não escolheu aqueles que
acabaram de chegar ou aqueles que não fariam falta à Igreja de Antioquia. Deus só usa crentes
maduros.

CONCLUSÃO: Nós temos a obrigação de crescer neste Reino. Temos que abandonar nossa
infância permanente e ingerir alimento sólido, até que estejamos preparados para preparar outros
para disseminar o Reino de Deus. Sabendo que você só pode oferecer aquilo que tem, você precisa
começar buscando para si mesmo a maturidade e, só assim, poderá levar outros a experimentar o
mesmo.
A Igreja de hoje parece mais uma pilha de tijolos soltos do que uma casa espiritual. Cada
membro é um tijolo que trabalha para conseguir mais tijolos. O problema é que estes tijolos,
estando soltos, podem ser roubados. Para que isso não aconteça, todos ficam atentos vigiando os
tijolos e esquecem de construir o edifício, e mais: esquecem também dos perdidos que se
encontram lá fora.

Se estes tijolos não forem assentados em seu devido lugar, fica difícil saber quais os tijolos
que estão acima dele e quais estão abaixo. Mas quando o pastor tenta colocá-los no lugar, encontra
resistência. Ainda tem aqueles que enchem a boca para dizer: “Não sigo homem algum, só sigo a
Cristo”, mas na verdade ele nem sabe o que significa seguir a Cristo. Em contrapartida, também
tem aqueles pastores que dizem: “Não olhe para mim, irmão. Siga a Bíblia.” Não tem coragem de
repetir os dizeres de Paulo em I Coríntios 11:1. Paulo não tinha medo de colocar-se como modelo a
ser imitado (Fp 4:9). Esse é o segredo de se construir um prédio forte.

O Método do discipulado

Imagine uma senhora que tenha 6 filhos e 36 netos. Se continuar nesta proporção, ela terá
216 bisnetos e 1.296 trinetos. Como ela construiu uma família tão numerosa? Cuidando apenas de
6 pessoas. Se este princípio for aplicado na igreja, o pastor não precisará cuidar de 230 ovelhas. Foi
assim que Jesus agiu: Ele cuidou apenas de 12 homens e colocou-os no edifício. Quando partiu, eles
já sabiam o que fazer: sair para formar outros discípulos, assim como Jesus fizera com eles. Se
quisermos crescer e assentar os tijolos para construir o edifício, temos de mudar de estratégia.
Temos de fazer discípulos para que estes possam fazer outros discípulos e assim sucessivamente.

Com uma criança, por exemplo, temos de colocá-la no colo e colocar o bico da mamadeira
em sua boca. Depois que cresce um pouco mais, já começa alimentar-se sozinha e, por fim, poderá
até ajudar-nos a preparar a mamadeira para um irmão mais novo. Ela já ocupa sua própria posição
de desenvolvimento dentro da família. E então, o que você está esperando para dar a sua
contribuição no Reino? Ou você ainda está na mamadeira...
Membros ou Discípulos?

Paulo nos conclama a trabalhar em prol da edificação do “Corpo de Cristo” (Ef 4:12) e Cristo
tem apenas um corpo que é a Igreja. Mas temos a pretensão de pensar que o Corpo de Cristo se
resume à nossa igreja e, desta forma, estamos edificando nosso próprio reino. Veja o que Paulo diz
em Efésios 4:16. Se os membros não estão ajustados e consolidados, eles não formam um corpo.
São apenas um conjunto de vários membros.

Ser membro de uma igreja hoje é como ser sócio de um clube:

MEMBRO DE UMA IGREJA MEMBRO DE UM CLUBE

Deve freqüentar as reuniões Deve freqüentar a sede

Deve contribuir Deve pagar as mensalidades

Deve ter uma boa conduta Deve procurar não envergonhar sua agremiação

Em nenhuma passagem bíblica vemos o termo “membro de igreja” e sim a palavra discípulo.
Um discípulo é uma pessoa que aprende a viver do mesmo modo que seu mestre. E depois, ele
próprio comunica a outros a vida que tem. Portanto, o discipulado não consiste em uma
transmissão de conhecimentos ou de informações; é, antes de tudo, uma transmissão de vida.

CONCLUSÃO

Ser um discípulo do Reino é muito melhor do que ser membro de uma igreja e da mesma
maneira também é muito mais difícil. Ter o nome arrolado no rol de membros de uma igreja não
significa nada em comparação ao Reino. Neste, não há livro de rol de membros, mas a relação dos
discípulos que assumiram o compromisso de ser como seu mestre.

Seja mais do que membro da igreja; seja discípulo do Reino!


Vimos na lição passada que ser discípulo não é apenas aprender o que o mestre sabe, mas é
chegar a ser como ele é. É por isso que a Bíblia diz que temos que fazer discípulos. Isto implica em
algo mais do que apenas falar com eles, ganhá-los ou instruí-los. Fazer um discípulo significa formar
uma duplicata de si mesmo e, para isso, o mestre tem de ser também um discípulo.

Já que o discipulado é uma transmissão de vida, então discipular não é tanto falar; é mais
viver. O discípulo deve conviver com seu mestre. E, assim como Jesus, o mestre não deve se
preocupar em informá-lo, mas formá-lo. Ao invés de ensinar-lhes fórmulas para decorarem, Jesus
lhes dava tarefas concretas para realizarem e eles obedeciam. Veja um pouco dos métodos de Jesus
no discipulado: Lucas 10:17-20; Lucas 9:51-55 e Mateus 16:21-23. Parece que Jesus era bem duro
com seus alunos, não acha? Mas a repreensão é parte do processo de formação do discípulo. Sabe
por quê?

Sem Submissão Não Há Formação

Membros de igreja que são do tipo sócio de clube não se submetem e ainda acham que o
pastor é que deve se submeter a eles, pois eles estão contribuindo financeiramente. A Bíblia é bem
enfática quanto à submissão: Efésios 5:21 e Hebreus 13:17. Mas o que acontece na igreja é que o
pastor não pode formar vidas porque se ele endurecer um pouco mais com uma das ovelhas, a
criança foge para outro orfanato.

Sem Submissão Não Existe Autoridade

A pessoa que dá ordens para seus discípulos deve estar, ela própria, sob o comando de
outrem. Se não houver submissão em todos os degraus da cadeia de comando, não há autoridade
alguma. Como exemplo, temos o episódio de Centurião Romano em Mateus 8:5-9. Ele compreendia
que ter autoridade significava estar sob autoridade. O grande problema nosso, na igreja, é que
desejamos ter autoridade e ainda ser independentes e isto é impossível. Se alguém deseja possuir o
direito de comandar outros, ele próprio precisa estar sob o controle de outrem.

A submissão é muito mais que obediência; é uma atitude interior de confiança no Deus
soberano, amoroso e onisciente. Sendo assim, quando estipulamos como e quando obedeceremos
a Deus, estamos negando completamente nossa confiança nele.
Parece que os crentes hoje não têm seguido o exemplo de Jesus e a igreja funciona como
uma caverna onde os crentes se escondem do mundo. Jesus nunca disse: “Pecadores, venham para
a igreja!” O que Ele disse foi: “Crentes, saiam pelo mundo e façam discípulos”. Como resposta a
isso, os crentes sentam nos bancos e cantam: “Vem já! Vem já! Alma cansada, vem já!” Quando
deveriam cantar: “Vão já! Vão já! Ó assentados vão já!”

CONCLUSÃO

Sabemos que todas as igrejas chamam seus integrantes de membros e isso não precisará
mudar a menos que se dê um novo sentido ao termo: membros do corpo.

Então, lembre-se que o membro do corpo é...

... Dependente uma das outras. Ex. Ninguém vê um nariz andando pela rua sozinho;

... Uma parte do corpo que faz a ligação entre duas outras partes. Ex. o antebraço liga a mão ao
braço;

... Uma parte que conduz alimentos. Ela recebe a nutrição para si mesma e para as outras que se
situam abaixo dela.

... Um elemento que sustenta, que está fixo. Um membro do corpo não pode ser atirado para fora
do corpo.

... Um elemento que transmite ordens. Ex. A cabeça emite uma ordem para a mão, mas esta ordem
tem de atravessar os membros que se acham entre uma e outra.

... Elástico. O corpo é flexível e aberto à mudanças.

Quando a igreja é um corpo de discípulos e não apenas um arrolado de membros, ela está
seguindo o exemplo de Jesus. Os membros de um clube fazem o que bem entendem; os membros
do corpo entendem que quando há uma autoridade delegada por Deus sobre sua vida, deve se
submeter a ela assim como se submeteria a Cristo.

Submissão é um requisito para TODOS os discípulos, independente de sua posição no corpo.


Se você compra uma roupa para uma criança, provavelmente, depois de 6 meses ela não
servirá mais porque a criança cresce e a roupa não. Assim também acontece com qualquer tipo de
estrutura. Ela serve muito bem enquanto as pessoas permanecem como estão. Depois que elas
crescem, as estruturas não servem mais. Assim também acontece numa igreja que está crescendo,
muitas vezes, as estruturas antigas podem até prejudicar o processo de crescimento. Não que
vamos exterminá-las de uma vez por todas, mas precisamos reconhecer que elas foram criadas
para um outro tempo, em outras circunstâncias. Por conseguinte, se conseguirmos viver anos e
anos acomodados dentro das mesmas estruturas, isso demonstra que não estamos crescendo.

A Bíblia diz que vinho novo precisa de odres novos (Mt 9:17). Podemos dizer que os odres
velhos são as estruturas tradicionais antigas, mas alguns crentes acham mais fácil anular um verso
das Escrituras, que abandonar uma tradição. Muitas vezes entramos em conflito com a Bíblia a fim
de obedecermos à nossa estrutura. Veja alguns exemplos de nossas santas tradições: Fechar os
olhos para orar, quando a Bíblia ensina o contrário; se referir à igreja (templo) como “Casa do
Senhor”, quando Jesus afirma que Deus não está restrito a templos e Paulo ensina que a casa de
Deus somos nós, onde o Espírito Santo habita; acreditar que para Deus não existe “pecadinho” nem
“pecadão”, como se um pedófilo estivesse equiparado a quem contou uma mentirinha, quando
Jesus diz em João 19:11 que quem o entregou cometera maior pecado; Usar a frase: “Muita oração,
muito poder; pouca oração, pouco poder”, quando não é possível encontrar nada disso na Bíblia,
pelo contrário, Jesus criticou a repetição de orações (Mt 6:7).

Às vezes, a tradição tem um peso maior que a Palavra de Deus. Pedro, por exemplo, estava
presente quando Jesus deu as ordens de Mateus 28:19 e Atos 1:8, mas quando chegou o momento
dele testemunhar para Cornélio, a tradição falou mais alto (At 10). Entretanto, Deus abalou suas
estruturas (preconceitos) e ele teve que ir. É a tradição que nos faz dizer: “Não, Senhor”.
Afirmamos que a Bíblia é a nossa regra de fé e prática – a menos que entre em conflito com nossa
tradição. Desta maneira, Deus fica impedido de realizar muitas coisas que deseja devido à
supervalorização das tradições.

Outra tradição que é muito forte em nossa denominação é a democracia (e temos orgulho
disso!). A igreja primitiva era teocrática: Deus dava ordens aos apóstolos e estes transmitiam ao
povo. Era uma igreja comandada pela cabeça e não pelos pés. O poder fluía do alto, passando pelo
meio até chegar à base.
Numa democracia funciona ao contrário: o poder está na base (o povo). A cabeça tem que
obedecer às ordens dos pés. Com o voto da maioria o povo continua sem saber ao certo qual é a
vontade de Deus, pois a idéia de obter mais da metade dos votos constitui-se a vontade de Deus. O
problema é que nem sempre a maioria está certa. Lembre-se que foi a maioria que construiu o
bezerro de ouro no deserto e também foi a maioria que deu as costas para Jesus após suas palavras
registradas em João 6:60-71.

Modificando as Tradições

Resolver a questão do governo eclesiástico não é nada fácil porque uma forma de governo
estritamente bíblica não dará certo numa igreja não bíblica. Cada igreja local tem características
específicas de acordo com suas necessidades, mas o que não pode ser esquecido é que todas as
igrejas se acham sob o senhorio de Cristo.

Para conhecer e realizar toda a vontade de Deus, Paulo nos dá uma fórmula em Romanos
12:1-2. Primeiro, precisamos apresentar nossos corpos como sacrifício vivo e santo. O sacrifício vivo
tem um futuro, e Deus pode fazer com ele o que desejar. Em segundo lugar, temos de ser
transformados pela renovação de nossa mente, isso significa estar preparados para mudanças.

CONCLUSÃO

Estar no centro da vontade de Deus é estar continuamente pronto para sofrer mudanças, é
estar maleável. Mas ao contrário disso, somos como um trem de ferro e os trilhos são nossas
tradições. Nós oramos assim: “Senhor, ajuda-nos a fazer tua vontade”, mas os trilhos que seguimos
já estão pregados no chão.

As santas tradições não podem servir de barreira para o nosso crescimento.

O vinho novo precisa de odres novos.


Jesus exigiu excelência em tudo o que seus discípulos faziam. Sua ênfase principal no
sermão do monte, como em todas as suas instruções, estava sobre a justiça e retidão – aquela
característica interior que fornece a base para toda a conduta exterior. Ele queria que seus
discípulos fossem perfeitos como o Pai (Mt 5:48). Este padrão está muito acima do que possas
alcançar? Não se preocupe, pois se Cristo está em você, a santidade é atingível. Sua graça e poder
acompanham as suas exigências.

Paulo demarcou para Timóteo as cinco áreas que revelam se o discípulo está refletindo
acertadamente o seu Deus e Pai (I Tm 4:12). São elas:

1. Palavra – A maneira como você fala é um instrumento preciso para medir sua saúde
espiritual porque reflete o seu caráter (Tg 1:26). Lucas 6:45 nos ensina que “da boca sai
o que está cheio o coração”. Um coração puro produz pensamentos corretos que nos
capacitam a falar de modo que agrada a Deus. O discípulo deve controlar sua língua.

2. Conduta – O seu comportamento deve produzir respeito ao Cristo que habita em você (I
Pe 2:11-12). Seu amor interessado nas pessoas e sua sensibilidade pelos outros atrairá
as pessoas a Cristo (I Co 9:19-23). Mas isso só pode acontecer à medida que você se
reveste do seu novo ser. Sua conduta aqui no mundo deve refletir corretamente o seu
Senhor, pois se o seu comportamento for modelado no de Cristo, você é sal (Mt 5:13) e
o “cristão salgado” faz com que os homens tenham sede de Deus.

3. Amor – Como vimos, o amor é o resumo total da lei de Cristo (Mc 12:30-31). Jesus é a
encarnação do perfeito amor. Sendo assim, o discípulo já está capacitado a amar e a
estender as mãos para um mundo necessitado. Na verdade, o cuidado que você tem
pelos outros é a medida da sua grandeza.

4. Fé – Você precisa ser uma pessoa de fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb
11:6). Sem fé você terá dificuldade em crer que Cristo o usará para fazer discípulos. A fé
é imprescindível para uma vida de excelência porque só ela capacita o discípulo a andar
em confiança e maturidade. A fé permanece em oposição completa a uma vida
controlada por emoções. A fé olha além das circunstâncias para um Deus que não muda.

5. Pureza – Como Deus é puro, Ele insiste em que seus filhos sejam puros (I Pe 1:15-16).
Santidade é sinônimo de pureza. Pureza é a separação da poluição e do pecado pelo
poder purificador do sangue de Cristo. Deus odeia o pecado e não pode se relacionar
com seres impuros sem comprometer o seu caráter. Ser puro não é fácil, mas para
ajudar sugerimos estes três elementos:
5.1 Você precisa conciliar sua mente com a mente de Deus (Fp 2:5). A mente é de suma
importância na sua luta pela pureza, pois seus pensamentos determinam em grande parte o seu
comportamento.

5.2 Você precisa fazer parte de um corpo cristão saudável e que funciona. Nenhum discípulo
pode manter a pureza sozinho. Você deve conviver com crentes maduros e receber a proteção que
somente o corpo de Cristo pode providenciar.

5.3 Você precisa confessar voluntariamente sua impureza e aceitar o perdão de Deus (I Jo 1:9).
Alcançar a pureza é impossível sem receber a purificação e o perdão de Deus mediante a confissão.
Porém, este texto não é permissão para se continuar pecando. Em contrapartida, leia Provérbios
28:13.

CONCLUSÃO

Você deve lutar por atingir o padrão de excelência de Deus na fala, na conduta, no amor, na
fé e na pureza. Embora este ideal só se atinge perfeitamente no futuro Reino de Cristo, a graça e o
poder de Deus nos capacitam a realizar uma nova medida de retidão e santidade agora.

O padrão de Deus é alto; porém atingível!


Antes de qualquer mudança, temos que conhecer e compreender a promessa do Pai. Em
Lucas 24:49 Jesus não diz que envia uma das promessas e sim a promessa.A Bíblia deixa bem claro a
respeito dessa promessa e para compreendê-la é preciso retroceder até Adão e Eva. Não podemos
culpá-los por o mundo estar assim; se não fosse eles que pecassem seria qualquer outro porque o
homem foi feito com a possibilidade de errar e Deus já sabia disso, porém Ele tinha um propósito
em tudo isso.

Antes de Adão e Eva pecarem, Deus lhes deu uma ordem: não comer do fruto de uma
determinada árvore. Ao comerem, ficaram conhecendo o bem e o mal, e daí em diante foram
obrigados a fazer suas próprias escolhas. Mas o homem é muito fraco e por mais que quisessem,
não conseguiam fazer o bem e abandonar o mal. Então Deus enviou a Lei através de Moisés com
aqueles mandamentos e proibições para direcionar o povo. Eles realmente desejavam cumprir as
exigências divinas e viver em santidade, mas não conseguiam. Por mais que se esforçassem não
conseguiam levar uma vida agradável a Deus. Então Deus prometeu ao seu povo fazer alguma coisa
para ajudá-los. Veja o que o Senhor prometeu em Jeremias 31:31-34.

Deus disse que a nova aliança seria diferente da primeira. Não seria mais um mandamento
que lhes vinha de fora, mas sim um impulso interior. Qual é a diferença entre receber uma ordem
que nos vem de outrem e sentir um impulso interior? Talvez a seguinte ilustração o ajude a
compreender isto: Quando uma mãe diz às suas filhas para fazerem algum serviço na casa, elas
objetam; não querem ser forçadas a fazer nada. Mas quando elas trazem o namorado em casa pela
primeira vez, ficam dispostas a fazer tudo o que a mãe pedir. Agora existe um impulso de dentro.

É deste modo que Deus deseja que nós o sirvamos – de boa vontade. Os Dez Mandamentos
são apenas uma pequena sombra da vontade total de Deus, ela vai muito além disso. Veja um
exemplo em Mateus 5:43-44. Aqueles que servem a Deus simplesmente porque a letra da Lei os
obriga, ainda estão sob o regime da velha aliança.

É bom deixar claro que a velha aliança não é o Antigo Testamento, da mesma forma que a
nova aliança não é o Novo Testamento. A velha aliança é a Lei escrita e a nova aliança é um coração
novo (Ez 36:26-27). Deus não disse: “Eu lhes darei um novo código de ética, uma nova lista de
mandamentos”. Não. O que Ele disse foi que nos daria um coração novo – um modelo moderno,
bem feito, que já vem equipado com a vontade dele.
Memorizar os mandamentos de Deus não significa que o tenhamos no coração. Sob o
regime da velha aliança, o homem aprendeu os mandamentos de Deus, mas mesmo assim não
conseguiu obedecê-los. Mas com o coração novo que traz impressa a vontade de Deus, o homem
finalmente pode obedecer as exigências divinas. O problema é que algumas pessoas hoje em dia
ainda usam o coração velho embora contem com um novo, que receberam por ocasião da
conversão.

Precisamos compreender que a velha aliança é baseada nas leis escritas que tinham que ser
obedecidas; a nova aliança é baseada no dom do Espírito Santo que tem que ser seguido. Sob o
regime da velha aliança, as pessoas estavam sempre ouvindo as advertências: Não matarás, não
roubarás, etc. Mas no dia de Pentecostes, os discípulos receberam o Espírito da promessa do Pai,
que Jesus havia prometido em João 14:26.

Após receberem o Espírito Santo, os discípulos passaram a levar uma vida que ia muito além
das exigências da Lei. Passaram a dividir seus pertences, a amar uns aos outros e a regozijar-se
quando perseguidos. Leia II Coríntios 3:3-6 e veja o que significava para a igreja primitiva a inserção
de um novo coração.

CONCLUSÃO

Todo crente deve indagar a si mesmo: “O que estou eu dispensando aos outros? A letra que
mata ou o Espírito que vivifica?” Se dermos aos outros a letra da Lei, estaremos matando ou
condenando; se lhe dispensarmos o Espírito Santo, então estaremos dando-lhes vida. Estaremos
dando a capacidade de realizar a vontade de Deus. É este o desafio que nos é apresentado pela
promessa do Pai.

O discípulo do Reino vive sob o regime da nova aliança.


Quantos versículos você já memorizou? Isso não importa! Costumamos pensar que aquele
que conhece o maior número de versículos é o crente mais espiritual. Mas não é bem assim. A
Bíblia deve ser colocada no lugar certo e deve ser usada da maneira certa. O Livro Santo é um meio
para se alcançar um fim e não um fim em si mesmo. Algumas pessoas fazem das Escrituras um ídolo
ou um elemento místico. Se os magos do oriente tivessem adorado a estrela em vez de adorarem a
Jesus, teriam criado um ídolo. A estrela foi apenas um veículo que os conduziu até Cristo, era
apenas a sombra da pessoa de Cristo.

Algumas bíblias trazem uma lista de textos selecionados: “Se estiver triste, leia o Salmo 23;
Se estiver em dificuldades, leia o Salmo 40”. Estes são os ensinos da velha aliança, mostram apenas
a sombra de uma realidade. Temos que mostrar as realidades. Por exemplo: Se falarmos de um
verso que discorre a respeito da paz, estaremos dando apenas a sombra da paz. Mas se dermos
paz, aí então estaremos dando a coisa real. Os discípulos não diziam versículos a respeito da paz,
eles davam a própria paz (Lc 10:5-6).

A nova aliança também coloca o amor na prática, ao invés de falar do amor. O fruto do
Espírito ultrapassa a Lei. Na verdade, o amor é o cumprimento da Lei (Gl 5:14). Se tivermos o amor,
teremos o restante do fruto também. O fruto do Espírito é o fruto produzido pela nova aliança. É
nisto que consiste a diferença entre a velha aliança e a nova. A letra é somente a sombra do
verdadeiro elemento. O Espírito é este elemento.

A Lei é boa, mas ela não consegue impedir-nos de fazer aquilo que não devemos. Por
exemplo: “É proibido jogar lixo neste local” ou “É proibido fumar em local fechado” são leis que,
geralmente, não são cumpridas. O Espírito Santo, porém, nos capacita para cumprirmos a nova
aliança (Rm 8:1-4). Isto é a nova aliança. Agora, cabe a nós a decisão de continuar ou não com a
velha aliança.

As pessoas que são guiadas pelo Espírito Santo não falam heresias. As heresias são criadas
por gente que estuda as Escrituras e as torce. Precisamos falar a palavra do Espírito e vida, e não
simplesmente repetir a palavra escrita. O cumprimento da Palavra ocorre por meio da vida que o
Espírito coloca em nós (Jo 7:38-39). Esta é a promessa do Pai: a fonte da vida que vem de dentro e
não da leitura das Escrituras ou de nosso esforço pessoal para cumpri-la.
CONCLUSÃO

Na Bíblia existe apenas uma promessa – a promessa do Pai que é o Espírito Santo. Todas as
outras promessas são afluentes desta. A velha aliança é a teoria, enquanto que a nova aliança é a
prática. Portanto viva a nova aliança!

Conheça a velha aliança e pratique a nova aliança!


Livros:

O Discípulo – Juan Carlos Ortiz. Ed. Betânia

A Formação de um Discípulo – Keith Phillips. Ed. Vida

É Proibido – Ricardo Gondim. Ed. Mundo Cristão

Sites:

www.odiscipulo.com

www.revistaenfoque.com.br (artigo: Bíblia contra “idéia dos crentes” – Luiz Sayão)


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Primeira Igreja Batista em Cosmorama

Nossas atividades:

• Domingo

 Pais que oram: 8h


 Escola Bíblica: 9h
 Celebração da Manhã: 10h
 Celebração da Noite: 19h30min
 Desperta Débora: primeiro domingo de cada mês às 18h

• Terça-feira

 Oração: 9h

• Quarta-feira

 Oração: 19h30min

• Quinta-feira

 Oração: 9h

• Site: www.pibemcosmorama.com

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