Professional Documents
Culture Documents
(5 X 2 valores = 10 valores)
II
André promete comprar a Basílio, que lhe promete vender, um lote de terreno no qual
pretende vir a encarregar César de lhe construir uma moradia.
Porém, na data definida para celebração do contrato, por outorga da respectiva escritura
pública, André alega que não há possibilidade de, entre ambos, formalizar a promessa
de forma tão onerosa. Assim, decidem consagrá-la em 2 guardanapos de papel de uma
pastelaria onde se deslocam.
Neste momento a intenção de André já é outra uma vez que viu uma moradia por preço,
e em local, que lhe agradaram. Vem, pois, a celebrar contrato de compra e venda sobre
esta com o proprietário David, acordando desde logo, que o imóvel apenas será entregue
dentro de um mês, altura em que o vendedor assegura que este estará desocupado.
Entretanto, André descobre que o imóvel pertence a uma terceira pessoa, que não a
David, a qual por sua vez não mandatou este para vender e nem o pretende fazer.
Questões:
4) André considera melindrado o seu bom nome. Como sugeria que actuasse
juridicamente?
RESOLUÇÃO:
Princípio aplicável em todos os casos em que a lei não preveja uma forma rígida para
celebração válida de contratos. A não observância desta exigência legal é sancionada
com a nulidade das declarações negociais, cfr. art. 220º C.C..
- liberdade de estipulação;
- liberdade de celebração;
Desenvolver.
As garantias especiais conferem ao credor o direito a ver satisfeito o seu crédito com
recurso a um outro património, diverso e a acrescer ao do próprio devedor, ou com uma
preferência sobre um determinado bem e relativamente a outros devedores.
II
1) O vínculo estabelecido entre A e B é um contrato-promessa de compra e venda de
um imóvel. Exige a lei, no art. 410º nº 2 do C.C. que tal contrato conste de documento
escrito assinado pelas partes que se vinculam. Não obstante ter sido consagrado em
guardanapos de papel, é respeitada a forma escrita, sem que seja infringida qualquer
outra estipulação legal, que para o caso inexiste. É válida a promessa e produz os
pretendidos efeitos jurídicos.
3) Contrato de compra e venda - art. 874º do C.C.. Forma deste contrato: escritura
pública - art. 875º do C.C..
De acordo com o art. 892º do C.C. o contrato de compra e venda é nulo porque se trata
de venda de bem alheio.
4) Acção judicial exigindo indemnização por ofensa do seu bom nome - art. 484º e 562º
do C.C..
5) Embora seja admissível a introdução de cláusula penal. cfr. art. 810º C.C., terá que
ser sempre por acordo entre as partes / contratantes, não produzindo quaisquer efeitos a
sua fixação de modo unilateral. Não é, portanto, exigivel ao devedor.