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SESSÃO 3 – 2ª Tarefa (1ª parte)

INTRODUÇÃO

Inicio a minha reflexão com o que é dito na apresentação da proposta de


trabalho desta sessão 3 – TAREFA 2:

“A integração do processo de auto-avaliação no contexto de escola é


crucial” e que a prática de avaliação tem estado ausente da escola.

realidade da minha
Assim passo a apresentar a
escola/agrupamento.
O Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira pertence à DREN, situa-se
numa região do interior do distrito de Viseu, com uma população
maioritariamente rural/ vive da actividade agrícola, com pouca escolaridade
e ainda com muita emigração.

O Agrupamento é constituído por todas as escolas do concelho. Ao todo são


cerca de 1700 alunos, que vão desde o pré-escolar até ao 12º ano.

Tem ainda, o Centro de Novas Oportunidades o que faz com que um grande
número de adultos frequente a escola.

A escola sede está dividida em dois edifícios, fruto da fusão em 2006/07 da


EB2+EB3/ Secundário que originou a Escola Básica e Secundária de
Moimenta da Beira.

Só esta escola tem cerca de 1080 alunos.

Esta realidade, só por si, já acarreta alguns constrangimentos que se


verificam desde o início e que apesar dos esforços desenvolvidos ainda não
se conseguiram ultrapassar, continua-se a trabalhar com duas realidades
diferentes.

É um Agrupamento bastante activo, estando a maioria dos docentes


envolvidos em vários projectos , clubes e outras actividades.

A situação da biblioteca escolar é um pouco peculiar porque antes de haver


agrupamento havia duas bibliotecas escolares, cada uma com sua
coordenadora, depois do agrupamento deixou de haver duas bibliotecas e
passou a haver UMA , mas com duas salas (uma em cada edifício) e apenas
uma coordenadora.

A agravar esta situação é o facto de não existir mais nenhuma escola


(1ºciclo) com biblioteca escolar e assim a coordenadora ter que dar resposta
às solicitações de todas as escolas do concelho.
Como até agora, para além de coordenadora da BE tinha uma carga horária
lectiva, era impossível realizar um trabalho contínuo, de pesquisa e reflexão
e baseado na prática e recolha de evidências.

Apesar destes constrangimentos que considero mais de ordem física e


geográfica, saliento que desde o início o trabalho desenvolvido pela BE
(coordenadora e equipa) teve sempre o apoio e reconhecimento do órgão
de gestão. A coordenadora teve sempre autonomia para realizar o seu
trabalho.

A comunidade escolar sempre encarou a BE como uma mais valia e apoiou-


a.

A BE procurou o apoio dos coordenadores de departamento em vários


aspectos, por exemplo:

• Na criação da colecção, esta foi e é feita tendo em conta as


indicações dos departamentos, professores e alunos;
• Na realização de várias actividades que promovem a leitura, a
escrita.
Neste domínio saliento os professores do departamento de Línguas,
dos directores de turma, dos departamentos do pré-escolar e 1º ciclo
e conselhos de turma.

Existe, ainda, uma boa cooperação entre a biblioteca escolar e a biblioteca


municipal e Câmara Municipal. Esta cooperação tem sido fundamental, quer
no apoio à gestão / catalogação da colecção, quer no desenvolvimento de
actividades e no apoio logístico dado pela câmara.
A BE conta como apoio de uma equipa pluridisciplinar, tendo na equipa três
“funcionárias” a tempo inteiro.
As actividades da BE estão contempladas no Plano Anual de Actividades do
Agrupamento e procura-se que estas sejam realizadas em parceria com
outros departamentos, clubes, etc. Vão também ao encontro ao Projecto
Curricular de Escola e alguns projectos da BE fazem parte do Projecto
Curricular de Turma.
Fazendo uma breve reflexão considero que a BE já tem algum impacto na
escola. Esta, em alguns aspectos já é vista como parceira. Frequentemente
é procurada para apoiar iniciativas ou projectos. Sempre que foi possível a
BE deu resposta a essas solicitações e o inverso também acontece quando a
BE pede apoio ou cooperação a resposta é positiva.
Este relativo sucesso deve-se em parte ao modo como a BE é encarada pela
maioria dos elementos da comunidade educativa, mas também ao papel
que o professor bibliotecário, que como diz a literatura (textos da sessão) se
quer interventivo, colaborativo e a trabalhar com.. .
Quanto ao processo de auto-avaliação da BE, considero que este é
fundamental e como está demonstrado pode ajudar aquando da avaliação
externa da escola, apesar de a auto-avaliação apontar mais para o
desenvolvimento do que para a responsabilização.
Neste processo de auto-avaliação adivinham-se alguns factores que podem
ser inibidores, a saber:
• O clima actual que se vive nas escolas e entre a classe docente;
• O excesso de trabalho, reuniões, que faz com que o docente encare a
auto-avaliação como mais uma carga de trabalhos;
• A desconfiança com que é olhado qualquer processo de avaliação;
• A ausência da prática de auto-avaliação;
• O desconhecimento do Modelo de Auto-Avaliação promovido pela
RBE;
• No planeamento das actividades curriculares, os professores ainda
não encaram a BE como um parceiro que os pode ajudar a atingir os
objectivos delineados e levar ao sucesso do aluno;
• A falta de formação na área das literacias da informação;
• A ausência de uma política da escola na área da literacia;
• As TIC ainda estarem pouco desenvolvidas;
• A pouca aptência que grande parte dos docentes tem em utilizar as
TIC nas suas actividades lectivas;

COMO ULTRAPASSAR ESSES CONSTRANGIMENTOS?

Em primeiro lugar deve o Director envolver-se no processo e ajudar a que


este seja aceite e compreendido.
O professor bibliotecário deve demonstrar a sua utilidade junto da equipa e
outros agentes. Deve, sobretudo, fazer entender que o processo de auto-
avaliação não é apenas da sua responsabilidade, mas de toda a escola e
que é um processo qualitativo/ formativo que visa a melhoria da BE, e
acima de tudo da aprendizagem do aluno

PLANO DE ACÇÃO:

1. Informar a equipa e restante comunidade escolar que a BE está em


processo de auto-avaliação.
2. Apresentar o Modelo de AUTO-AVALIAÇÃO da RBE a todos os órgãos
da escola: Conselho Geral, Conselho Pedagógico, Departamentos,
Associação de Pais, Conselhos de Turma e alunos.
3. Escolher, professor bibliotecário e equipa o ou os domínios a
avaliar.
4. Traçar um PLANO DE ACÇÃO, tendo em conta os domínios que o
MODELO contempla.
5. Levar aos órgãos competentes o plano de acção, para estes
aprovarem.
6. Divulgar o plano através dos vários canais de comunicação da BE.
7. Criar instrumentos de avaliação: inquéritos, entrevistas, relatórios,
etc, que nos levem à recolha de evidências.
8. Passar à fase de recolha de evidências e de seguida, interpretar a
informação recolhida e transformá-la em conhecimento para daí se
tirar conclusões e linhas orientadoras que nos levem à melhoria de
resultados.
9. Comunicar os resultados da avaliação.
10.Apresentar o relatório da auto-avaliação para discussão e aprovação
ao Conselho Pedagógico e também o plano de melhoria que deve ser
delineado após a auto-avaliação.
11.O relatório da auto-avaliação da BE deve ser referido ou integrado no
relatório da Escola, para assim interna e externamente se avaliar o
impacto da BE no processo de ensino - aprendizagem da Escola.
NOTA: Não apresento o PLANO DE ACÇÃO da BE porque estamos na fase de
reflexão e este ainda não foi elaborado e não me pareceu oportuno elaborá-
lo à pressa.

A formanda: Estela Almeida

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