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Protecção Diferencial (Longitudinal) dos Transformadores de Potência

Protection Différentielle (Longitudinelle) pour Transformateurs de Puissance

Power Transformers (Longitudinal) Differential Protection

Descritores Descripteurs Descriptors

Carga de um Condensador Charge d’un Condensateur Charge of a Capacitor

Corrente Eléctrica Courant Électrique Electric Current

Curto Circuitos Court Circuits Short Circuits

Diferença de fase Différence de Phase Phase Difference

Fluxo Magnético Flux magnétique Magnetic Flux

Força Electromotriz Force Électromotrice Electromotive Force

Grandezas Complexas Grandeurs Complexes Complex Quantities

Grandezas sinusoidais Grandeurs Sinusoïdales Sinusoidal Quantities

Grupos de Ligação Groupes de Couplage Groups Connection

Índices Horários Indices Horaires Clock Hour Figures

Indutância Mútua Inductance Mutuelle Mutual Inductance

Polaridades das Tensões Polarités des Tensions Voltage Polarities

Potência Puissance Power

Protecção Diferencial Protection Différentielle Differential Protection

Símbolos de Ligações Symboles des Couplages Connection Symbols

Tensão Tension Voltage (Tension)

Transformadores de Corrente Transformateurs de Courant Current Transformers

Transformadores de Potência Transformateurs de Puissance Power Transformers

A. A. A. C. Barrias
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1. Introdução
Em www.scribd.com, tive o ensejo de publicar, entre outros, os documentos seguintes:

A) http://www.scribd.com/doc/18233410/índice horário dos transformadores de potência.

B) http://www.scribd.com/doc/19734160/grupo-de-liga-es.

C) http://www.scribd.com/doc/20369231/enrolamentos.

Um dos contributos mais importante destes documentos é permitir aos leitores compreender as ligações
que devem efectuar na “Protecção Diferencial dos Transformadores de Potência”.

Todavia, não é minha intenção abordar, neste artigo, todos os assuntos que se prendem com a
“Protecção Diferencial dos Transformadores de Potência”.

No documento http://www.scribd.com/doc/18233410/índice horário dos transformadores de potência,


tomámos, como referência das tensões, o “fasor” da tensão aplicada entre o ponto neutro “N” (real ou
fictício) e o terminal de linha “A” do enrolamento de Alta Tensão dos Transformadores de Potência,
U NA = U ∠0º , de acordo com a Publicação 76, 2ª edição, 1993, da CEI.

Neste documento, adoptámos, como referência das tensões, o “fasor” da tensão aplicada entre o
terminal de linha “A” do enrolamento de Alta Tensão dos Transformadores de Potência, U AN = U ∠0º ,
e o ponto neutro “N” (real ou fictício).

Com efeito, na prática corrente, utilizamos, mais frequentemente, U AN = U ∠0º , do que U NA = U ∠0º e,
também, utilizamos, com mais frequência, u an = u ∠0º , do que u na = u ∠0º .

Face ao exposto, decidi apresentar (de novo) os “Diagramas Fasoriais das Altas e Baixas Tensões”
tomando como referências, respectivamente, U AN = U ∠0º e u an = u ∠0º (“Fasores” fixos).

Também (e em particular) no estudo da “Protecção Diferencial dos Transformadores de Potência”, é


necessário “dominar” os sentidos das correntes.

Daí, decidir apresentar os “Diagramas Fasoriais das correntes nas Altas e Baixas Tensões” tomando como
referências, respectivamente, I AN = I ∠0º e i an = i ∠0º .

Constatei que há pessoas que têm dificuldade em relacionar os sentidos das correntes, tensões e potências.

Sobretudo nos enrolamentos em ziguezague.

Em qualquer uma das fases de um enrolamento em ziguezague, um enrolamento parcial, é um “gerador


de energia” e, o outro enrolamento parcial, é um “receptor de energia”.

A potência aparente (VA) por fase, que designei por S , é a diferença entre a potência aparente (VA)
fornecida pelo “enrolamento parcial gerador de energia” e a potência aparente (VA) absorvida pelo
“enrolamento parcial receptor de energia”.

Para estas pessoas, decidi incluir neste artigo, algumas Convenções constantes da Publicação 375, 1ª
edição, 1972, da CEI, com as adaptações que fiz e que constam dos “Meus (infindáveis) Apontamentos)”:

- Convenções Relativas à Corrente Eléctrica.

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- Convenções Relativas à Força Electromotriz.

- Indicação da Correspondência entre as Polaridades das Tensões de Circuitos Eléctricos Ligados.

- Convenções Relativas à Potência.

- Convenções Relativas à Tensão.

- Convenções Relativas à Carga de um Condensador.

- Convenções Relativas ao Fluxo Magnético.

- Convenção Relativa à Representação Geométrica de Grandezas Complexas.

- Convenção Relativa à Representação Complexa de Grandezas Sinusoidais.

Também, tomo a liberdade de incluir, neste artigo, o (artigo) sobre o “Operador Rotação Positiva α ” (que
publiquei em http://www.scribd.com/doc/10738254/Operador-Rotacao-Positiva) por o considerar muito
útil no estudo a que me proponho, agora, submeter à Vossa consideração.

Decidi incluir uma “adaptação” da Norma CEI 185, 2ª Edição, 1987, sobre Transformadores de Corrente.

Faço notar que optei, sempre, por ligar os enrolamentos secundários dos “Transformadores de Corrente
Principais” em estrela com o neutro ligado directa e efectivamente à terra e utilizar, sempre,
“Transformadores de Corrente Auxiliares” (ou “Intermédios”, ou de “Adaptação” ou de “Ajustamento”),
tanto do lado da Alta Tensão como do lado da Baixa Tensão.

A seu tempo dar-vos-ei a conhecer as razões que, fruto da minha experiência profissional, me levaram a
esta opção.

Na “Protecção Diferencial dos Transformadores de Potência Dd”, sempre que forem desnecessários um
ou os dois “Transformadores de Corrente de Adaptação”, os enrolamentos secundários dos
“Transformadores de Corrente Principais” devem ser ligados em estrela com o (s) neutro (s) ligado (s)
directa e efectivamente à terra em um só ponto.

Na “Protecção Diferencial dos Transformadores de Potência Dd”, sempre que forem necessários um ou
os dois “Transformadores de Corrente de Adaptação”, tanto o (s) enrolamento (s) secundário (s) do (s)
“Transformador (es) de Corrente de Adaptação” como o (s) enrolamento (s) secundário (s) do (s)
“Transformadores de Corrente Principais” devem ser ligados em estrela com o (s) neutro (s) ligado (s)
directa e efectivamente à terra em um só ponto.

No documento http://www.scribd.com/doc/19734160/grupo-de-liga-es., explico como obter:

a) A ligação YNyn2 dos “Transformadores de Corrente de Adaptação”, na “Protecção Diferencial dos


Transformadores de Potência Dd2”, nas páginas 19 (SL Yy6) e 101 (SL Yy2).

b) A ligação YNyn4 dos “Transformadores de Corrente de Adaptação”, na “Protecção Diferencial dos


Transformadores de Potência Dd4”, nas páginas 6 (SL Yy0) e 37 (SL Yy4).

c) A ligação YNyn8 dos “Transformadores de Corrente de Adaptação”, na “Protecção Diferencial dos


Transformadores de Potência Dd8”, nas páginas 6 (SL Yy0) e 56 (SL Yy8).

d) A ligação YNyn10 dos “Transformadores de Corrente de Adaptação”, na “Protecção Diferencial dos


Transformadores de Potência Dd10”, nas páginas 19 (SL Yy6) e 82 (SL Yy10).
A. A. A. C. Barrias
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As “Regras da Arte” recomendam, sem excepção, que os TPs YNyn0 e YNyn6 sejam dotados de um
“Enrolamento de Compensação em Triângulo Fechado”.

Aproveito a oportunidade para mostrar como utilizei, na prática, os meus conhecimentos para “Criar um
Neutro Artificial” em “Redes de Neutro Isolado”.

Apresento os esquemas da “Protecção Diferencial dos Transformadores de Potência” simulando:

1º Para todos os transformadores, um curto-circuito bifásico num ponto exterior á zona compreendida
entre os Transformadores de Corrente das Alta e Baixa Tensões.

2º Para alguns transformadores, um curto-circuito monofásico num ponto interior á zona compreendida
entre os Transformadores de Corrente das Alta e Baixa Tensões.

Todos os esquemas da “Protecção Diferencial dos Transformadores de Potência” foram elaborados


admitindo que as “Relação de Transformação Estipulada” de todos os Transformadores de Potência e
de todos os Transformadores de Corrente é igual a 1.

Recordo as “Relações de Transformação, em Módulo” dos Transformadores de Potência:

Transformador Relação de Transformação

Dd ND
m Dd =
nd

Dy 1 ND
m Dy = •
3 ny

Dz 2 ND
m Dz = •
3 nz

Yy NY
m Yy =
ny

Yd NY
m Yd = 3 •
nd

Yz 2 NY
m Yz = •
3 nz

Faço votos para que este documento seja útil e agradeço, antecipadamente, os vossos comentários.

A. A. A. C. Barrias
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2. Diagrama Fasorial das Altas Tensões


Na fig. 1, apresento o “Diagrama Fasorial” das tensões induzidas nos “Enrolamentos de Alta Tensão dos
Transformadores de Potência” e as tensões da Rede de Alta Tensão.

U BA U CA

U D11 U NA U D1

U BN U CN
2
αU αU

U BC U CB

U NC U Y6 U U NB

U D7 U D5

U AN

U AC U AB

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3. Diagrama Fasorial das Correntes na Alta Tensão


Na fig. 2, apresento o “Diagrama Fasorial” das correntes nos “Enrolamentos de Alta Tensão dos
Transformadores de Potência” e as correntes nas linhas da Rede de Alta Tensão.

-
0h

11h
180º 1h
-150º +150º
3º Quadrante 2º Quadrante
(-, -) A (-, +)

10 h
-120º +120º 2h
I BA I NA
I CA
I BN ICN

α 2I I D11 I D1 αI

P
9h -90º +90º 3h
-j I BC I CB +j

I NC I D7 I D5 I NB

C I AC B
-60º I AB +60º
I Y6 I

8h 4h

I AN
-30º +30º
4º Quadrante 1º Quadrante
(+, -) 0º (+, +)
7h 5h
6h

+
fig. 2

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4. Diagrama Fasorial das Baixas Tensões


Na fig. 3, apresento o “Diagrama Fasorial” das tensões induzidas nos “Enrolamentos de Baixa Tensão dos
Transformadores de Potência” e as tensões da Rede de Baixa Tensão.

-
0h

11h 180º 1h

3º Quadrante -150º +150º 2º Quadrante


(-, -) a (-, +)
uba uca

10 h u na 2h
-120º +120º
ud11 u d1

ubn u y0 ucn

α 2u u z11 u z1 αu
p
uuuu b

9h -90º 3 u ∠- 90º +90º 3h


c

-j ucb +j

u z7 u z5

u nc u y6 u u nb

c ud7 ud5 b
-60º +60º

uan
8h 4h
uac uab

4º Quadrante -30º +30º 1º Quadrante


(+, -) (+, +)

7h 5h

6h

+
fig. 3

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5. Diagrama Fasorial das Correntes na Baixa Tensão


Na fig. 4, apresento o “Diagrama Fasorial” das correntes nos “Enrolamentos de Baixa Tensão dos
Transformadores de Potência” e as correntes nas linhas da Rede de Baixa Tensão.

i y0 i na
i ba i z11 i z1 i ca
i bn i cn

α 2i id11 i d1 αi

i bc i cb

i nc i d7 i d5 i nb

i ac i y6 i i ab
i z7 i z5

i an

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6. O OPERADOR ROTAÇÃO POSITIVA α

1. Por definição, o “Operador Rotação Positiva α” é um número complexo de módulo igual à unidade e
argumento igual a +120º:

1 3
α =− +j = 1 ∠ + 120º
2 2

2. Multiplicar a expressão analítica de um vector qualquer v = v∠ξ pelo “Operador Rotação Positiva α”
equivale a fazer rodar esse vector, sem alterar o seu módulo, no sentido trigonométrico (sentido directo,
positivo) de um ângulo de 120º:

α ⋅ v = v ∠ξ + 120º

3. Dividir a expressão analítica de um vector qualquer v = v ∠ξ pelo “Operador Rotação Positiva α”


equivale a fazer rodar esse vector, sem alterar o seu módulo, no sentido horário (sentido anti-
trigonométrico, negativo) de um ângulo de 120º:

v
= v ∠ξ − 120º
α

4. Vejamos algumas propriedades e expressões importantes do “Operador Rotação Positiva α” (não


esquecendo que 1h ⇔ −30º ):

α = e + j120º = cos 120º + j sen120º = 1 ∠ + 120º = − + j


1 3
(1ª)
2 2

α 2 = e + j240º = cos240º + j sen240º = 1 ∠ + 240º = − − j


1 3
(2ª)
2 2

(3ª) α 3 = +1 + j 0

(4ª) α 3n = +1 + j 0, com n ∈ N

(5ª) α 3n + x = α 3n ⋅ α + x = α + x

(6ª) 1+α +α 2 = 0 + j 0

(7ª) α −1 =α 2

(8ª) α − 2 =α

A. A. A. C. Barrias
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(9ª) α − 3 = +1 + j 0

1
j
0
(10ª) α − 3n = + + , com n ∈ N

(11ª) α − 3n + x = α − 3n ⋅ α + x = α + x

(12ª) 1 + α = −α 2

(13ª) 1 + α 2 = −α

(14ª) α + α 2 = −1

(15ª) 1 − α = 3 ∠ − 30º ⇔ 1 − α = 3 ∠ + 1h ⇔ 1 − α = 3 ∠ − 11h

(16ª) 1 − α 2 = 3 ∠ + 30º ⇔ 1 − α 2 = 3 ∠ − 1h ⇔ 1 − α 2 = 3 ∠ + 11h

(17ª) α − 1 = 3 ∠ + 150º ⇔ α − 1 = 3 ∠ − 5h ⇔ α − 1 = 3 ∠ + 7 h

(18ª) α − α 2 = + j 3 ⇔ α − α 2 = 3 ∠ + 90º ⇔ α − α 2 = 3 ∠ − 3h ⇔ α − α 2 = 3 ∠ + 9h

(19ª) α 2 − 1 = 3 ∠ − 150º ⇔ α 2 − 1 = 3 ∠ + 5h ⇔ α 2 − 1 = 3 ∠ − 7 h

(20ª) α 2 − α = − j 3 ⇔ α 2 − α = 3 ∠ − 90º ⇔ α 2 − α = 3 ∠ + 3h ⇔ α 2 − α = 3 ∠ − 9h

(21ª) α 1 / 2 = +1 ∠ + 60º ⇔ α 1 / 2 = +1 ∠ − 2h ⇔ α 1 / 2 = +1 ∠ + 10h

(22ª) α − 1 / 2 = +1 ∠ − 60º ⇔ α − 1 / 2 = +1 ∠ + 2h ⇔ α − 1 / 2 = +1 ∠ − 10h

1 1 1 1 1 1
(23ª) = ∠ + 30º ⇔ = ∠ − 1h ⇔ = ∠ + 11h
1−α 3 1 −α 3 1 −α 3

1 1 1 1 1 1
(24ª) = ∠ − 30º ⇔ = ∠ + 1h ⇔ = ∠ − 11h
1−α 2 3 1 −α 2 3 1 −α 2 3

1 1 1 1 1 1
(25ª) = ∠ − 90º ⇔ = ∠ + 3h ⇔ = ∠ − 9h
α −α 2 3 α −α 2 3 α −α 2 3

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1 1 1 1 1 1
(26ª) = ∠ + 90º ⇔ = ∠ − 3h ⇔ = ∠ + 9h
α 2 −α 3 α 2 −α 3 α 2 −α 3

1 1 1 1 1 1
(27ª) = ∠ − 150º ⇔ = ∠ + 5h ⇔ = ∠ − 7h
α −1 3 α −1 3 α −1 3

1 1 1 1 1 1
(28ª) = ∠ + 150º ⇔ = ∠ − 5h ⇔ = ∠ + 7h
2 3 2 3 2 3
α −1 α −1 α −1

α2 −1
(29ª) =α
α − α2

1− α

2
(30ª)
α−α 2

(31ª) α* = α 2

*
(32ª) α2 = α

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Julgamos útil apresentar a tabela seguinte:

Função do Operador Operador Forma Forma Algébrica Forma


Equivalente Exponencial Equivalente Trigonométrica
Equivalente Equivalente

α α +j

1 3 ∠ + 120º
e 3
- +j
2 2

α2 α2 -j

1 3 ∠ − 120º
e 3
- −j
2 2

α3 1 e0 1 ∠ 0º

α4 α +j

1 3 ∠ + 120º
e 3
- +j
2 2

1 α2 -j

1 3 ∠ − 120º
e 3
- −j
α 2 2

1 α +j

1 3 ∠ + 120º
e 3
- +j
α2 2 2

1 1 e0 1 ∠ 0º
α3

1+α - α2 +j
π
1 3 ∠ + 60º
e 3
+ +j
2 2

1 + α2 -α -j
π
1 3 ∠ − 60º
e 3
+ −j
2 2

1 + α + α2 0

α - α2 +j
π
1 3 ∠ + 60º
e 3
+ +j
2 2

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Função do Operador Operador Forma Forma Algébrica Forma


Equivalente Exponencial Equivalente Trigonométrica
Equivalente Equivalente

1 -α -j
π
1 3 ∠ − 60º
e 3
+ −j
α 2 2

π
1-α 3 -j 3 3 3 ∠ − 30º
3 ⋅e 6
+ −j
α 2 2

π
1 - α2 3⋅ α +j 3 3 3 ∠ + 30º
3 ⋅e 6
+ +j
2 2

π
α - α2 +
3
+j + j⋅ 3 3 ∠ + 90º
3 ⋅α 4
e 2

α2 − α −
3
−j
π
− j⋅ 3 3 ∠ − 90º
3 ⋅α 4
e 2

α2 + α -1 - e j⋅π -1 ∠ + 180º

α2 + 1 -α -j
π
1 3 ∠ − 60º
e 3
+ −j
2 2

α +1 - α2 +j
π
1 3 ∠ + 60º
e 3
+ +j
2 2

α −1 −
1
+ j⋅

1 3 3 ∠ + 150º
− 3 ⋅α 4
3 ⋅e 6
− +j
2 2

α2 −1 +
1
−j ⋅

1 3 3 ∠ - 150º
− 3 ⋅α 4
3 ⋅e 6
− −j
2 2

1 1 −
3
1 − j⋅
π 1 1
⋅α 4
⋅e 2 − j⋅ ∠ − 90º
α - α2 3 3 3 3

A. A. A. C. Barrias
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Função do Operador Operador Forma Forma Algébrica Forma


Equivalente Exponencial Equivalente Trigonométrica
Equivalente Equivalente

1 1 +
3
1 + j⋅
π 1 1
⋅α 4
⋅e 2 + j⋅ ∠ + 90º
α −α
2
3 3 3 3

1 -1 - e j⋅π -1 ∠ + 180º
α + α2

1 π 1 1 1
1 1 + j⋅
− ⋅α2 ⋅e 6 + +j ∠ + 30º
1−α 3 3 2⋅ 3 2 3

1 π 1 1 1
1 1 − j⋅
− ⋅α ⋅e 6 + −j ∠ − 30º
1 - α2 3 3 2⋅ 3 2 3

1 5π 1 1 1
1 1 + 1 − j⋅
− ⋅α 4
⋅e 6 − −j ∠ − 150º
α -1 3 3 2⋅ 3 2 3

1 5π 1 1 1
1 1 − 1 + j⋅
− ⋅α 4
⋅e 6 − +j ∠ + 150º
α −1
2
3 3 2⋅ 3 2 3

α2 - 1 α +j

1 3 ∠ + 120º
e 3
- +j
α - α2 2 2

1-α α2 -j

1 3 ∠ − 120º
e 3
- −j
α - α2 2 2

A. A. A. C. Barrias
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Na figura seguinte apresentamos, graficamente, algumas das propriedades do “Operador Rotação Positiva
α”

1º Quadrante +X+ 4º Quadrante

0h <> 12h

11h 1h
+√3

1−α
1−α2 1−α
1−α

10h 2h
+1
−j α +j α2
1
+
3
1 1

−α2 2 −α
1− α 1− α

1 1
+ α−α2
2 2 -
9h +j α − α α − α −j α2 −α 3h
Y Y'
+ -

1 1
+α 2 α2

α −1 α −1
1

3

−j α2 +j α
8h −1 4h

α−1 α2 −1

7h −√3 5h

6h

2º Quadrante - X' - 3º Quadrante

A. A. A. C. Barrias
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7. Convenções Relativas à Corrente Eléctrica


(Adaptação da Publicação 375, 1ª edição, 1972, da CEI)

1ª: Sentido de referência da corrente

O sentido de referência da corrente num ramo ou numa malha é um sentido fixado arbitrariamente ao
longo do ramo ou da malha.

Uma corrente é positiva quando o seu sentido corresponde ao “sentido de referência”.

Observação: Podemos utilizar “sentido positivo” em vez de “sentido de referência”.

Nota 1: Na segunda frase da presente convenção fala-se do “sentido de uma corrente” e do “sinal de uma
corrente”.

A palavra "corrente" nestas duas expressões tem significados diferentes.

O fenómeno físico "corrente eléctrica" (termo 05-20-035 da segunda edição do Vocabulário


Electrotécnico Internacional) num condutor tem um sentido.

A grandeza física "corrente, intensidade da corrente" (termo 05-20-040 da segunda edição do


Vocabulário Electrotécnico Internacional) é um escalar afectado de um sinal.

Podemos fazer observações análogas para a tensão, força electromotriz, carga de um condensador, fluxo
magnético e potência: os fenómenos físicos têm um sentido ou uma polaridade, as grandezas físicas são
afectadas de um sinal.

Não consideramos necessário exprimir explicitamente, nas convenções, a distinção entre fenómeno físico
e grandeza física.

Nota 2: Os parágrafos das convenções que tratam dos sentidos de referência e das polaridades de
referência contêm dois enunciados, uma definição e uma convenção.

Nesta convenção por exemplo, o sentido de referência de uma corrente é imediatamente definido e em
seguida enunciamos uma convenção relativa ao seu sinal.

Os dois enunciados poderiam ser combinados utilizando a expressão "sentido positivo" em lugar de
"sentido de referência".

Mas esta forma de procedimento não demonstraria tão claramente o facto desta convenção conter,
sucessivamente, uma definição e uma convenção.

Para a corrente, que beneficia de um acordo universal quanto à indicação da convenção de sinal, tal facto
não teria importância, mas noutros casos, para os quais não há acordo universal, a distinção entre
definição e convenção aumenta a clareza.

Todavia, por uma questão de uniformidade e coerência, o duplo enunciado: definição e convenção, é feito
não só para a corrente como também para as outras grandezas.

2ª: Indicação do sentido de referência da corrente num ramo

Para indicar num esquema o sentido de referência de uma corrente num ramo, há duas formas
recomendadas:

A. A. A. C. Barrias
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1ª Forma recomendada:

Colocamos uma seta cujo sentido corresponde ao sentido de referência sobre a linha ou ao lado da linha
que representa o condutor do ramo, ou ao lado do ramo, como mostra a figura 1.

FIG. 1. – Indicação do sentido de referência de uma corrente por uma seta.

2ª Forma recomendada:

Afectamos o símbolo literal da corrente com um duplo índice, ficando convencionado que a sucessão de
índices corresponde ao sentido de referência, como mostra a figura 2.

FIG. 2. – Indicação do sentido de referência de uma corrente de a para b por um duplo índice.

Os símbolos com um duplo índice para as correntes nos ramos em paralelo devem utilizar-se de tal forma
que toda a ambiguidade seja evitada, como mostra a figura 3.

FIG. 3. – Indicação do sentido de referência da corrente por um duplo índice no caso de dois ramos em
paralelo.

Em geral, não é necessário escrever os símbolos com um duplo índice no esquema de um circuito: quando
os "nós do circuito" estão referenciados no esquema por letras ou números, o significado de um símbolo
com um duplo índice é perfeitamente claro, tal como ilustra o exemplo da figura 4.

A. A. A. C. Barrias
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a b

iad+ibd+icd=0

c
FIG. 4. – Indicação do sentido de referência da corrente por um duplo índice no caso de uma estrela.

3ª:Indicação do sentido de referência da corrente numa malha

Para indicar num esquema o sentido de referência da corrente numa malha, colocamos na malha uma seta
encurvada cujo sentido corresponde ao sentido de referência e que segue o contorno da malha.

FIG. 5. – Indicação do sentido de referência de correntes em malhas.

Observação: Se num mesmo esquema figurarem simultaneamente correntes nas malhas e correntes nos
ramos, o sentido de referência das correntes nos ramos deve ser indicado por uma seta sobre a linha que
representa o condutor.
A. A. A. C. Barrias
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Observação Geral: Os ramos indicados nas figuras anteriores podem representar quaisquer dipólos,
incluindo fontes de corrente e fontes de tensão.

Nota: Um circuito eléctrico pode ser considerado como uma interligação entre multipólos. Com a noção
de multipólo apenas nos interessa considerar as propriedades susceptíveis de serem observadas do seu
exterior; não nos preocupa o que se passa no seu interior.

Admitimos que o campo eléctrico, no exterior dos multipólos, é irrotacional, pelo que há tensão nos "nós
dos circuitos" e podem ser aplicadas as equações das malhas de Kirchhoff.

As únicas grandezas observáveis do exterior dos multipólos são as correntes que passam pelos terminais e
as diferenças de potencial ou tensões entre pares de terminais.

Um tal multipólo permite estabelecer relações, determináveis por medidas, entre as correntes e as tensões.
As convenções não dizem respeito a estas relações, ainda que algumas delas apareçam nos exemplos.

Dois multipólos ideais, cada um bipolar, devem ser mencionados. São eles:

a) A fonte (ideal) de corrente, cuja corrente é independente da tensão aos seus terminais.

b) A fonte (ideal) de tensão, cuja tensão aos seus terminais é independente da corrente que a percorre.

8. Convenções Relativas à Força Electromotriz


(Adaptação da Publicação 375, 1ª edição, 1972, da CEI)

1ª: Polaridade e sentido de uma força electromotriz

A polaridade de uma força electromotriz é a polaridade da tensão que dela resulta em circuito aberto.
O sentido de uma força electromotriz é o sentido da corrente que dela resulta num circuito fechado sobre
uma resistência pura.

2ª: Polaridade de referência e sentido de referência de uma força electromotriz

A polaridade de referência de uma força electromotriz é uma polaridade fixada arbitrariamente.

Uma força electromotriz é positiva quando a sua polaridade corresponde à polaridade de referência.

Observação 1: Podemos utilizar “polaridade positiva” em lugar de “polaridade de referência”.

O sentido de referência de uma força electromotriz é um sentido fixado arbitrariamente.

Uma força electromotriz é positiva quando o seu sentido corresponde ao sentido de referência.

Observação 2: Podemos utilizar “sentido positivo” em vez de “sentido de referência”.

3ª: Indicação da convenção de sinal de uma força electromotriz

Para indicar num esquema a convenção de sinal de uma força electromotriz entre dois pontos, as três
maneiras a seguir especificadas são recomendadas.

A. A. A. C. Barrias
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1ª Forma recomendada:

Indicamos a sua polaridade de referência pelos sinais de referência + e – colocados próximos dos dois
pontos. O sinal + corresponde ao potencial mais elevado. Podemos omitir o sinal – se não houver risco de
confusão, como mostra a figura 1.

+ +

e e

1a 1b

FIG. 1. Indicação da polaridade de referência de uma força electromotriz pelos sinais + e – .

2ª Forma recomendada:

Indicamos o seu sentido de referência através de uma seta colocada ao lado do símbolo ou no interior do
símbolo e cujo sentido corresponde ao sentido de referência.

Nota: Como consequência da definição do sentido de uma força electromotriz dada em 1ª, a origem da
seta corresponde ao potencial mais baixo, como mostra a figura 2.

e e

2a 2b

FIG. 2. – Indicação do sentido de referência de uma força electromotriz por uma seta.

A. A. A. C. Barrias
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3ª Forma recomendada:

Utilizamos um duplo índice afectado ao símbolo literal da força electromotriz, sendo convencionado que
o primeiro índice corresponde ao sinal de referência – ou à origem da seta, como mostra figura 3.

FIG. 3. – Indicação da polaridade de referência duma força electromotriz ou do seu sentido de referência
(correspondente ao sinal – ou à origem da seta em b) por um duplo índice.

Observação geral: As três formas descritas para a indicação da convenção de sinal de uma força
electromotriz em vazio entre dois pontos conduzem às relações equivalentes seguintes:

e = v+ - v- = vextremidade – vorigem

Ou

eba = va - vb

No caso em que se aplica a noção de potencial.

Nota 1: A CEI não fixou um símbolo gráfico para a fonte de tensão.

Nota 2: As convenções mantêm a noção de força electromotriz não obstante o facto de algumas escolas já
não a utilizarem.

A relação entre a forma de indicar o sentido de referência duma força electromotriz por uma seta e de
indicar a polaridade de referência pelos sinais + e – é oposta à recomendada para a tensão.

Considerando os potenciais, se uma força electromotriz e uma tensão forem positivas, a seta da força
electromotriz aponta no sentido dos potenciais mais altos enquanto que a seta da tensão aponta no sentido
dos potenciais mais baixos.

A relação entre a tensão u e a força electromotriz e de uma fonte de tensão está representada nos
exemplos das figuras 4.

A. A. A. C. Barrias
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a
+ +

e, u e u e u

- -
b
e=u e=u e=u eba=uab

4b 4c 4d
FIG. 4. – Relação das indicações de referência duma força electromotriz e de uma tensão de uma fonte de
tensão

9. Indicação da correspondência entre as polaridades das tensões de circuitos


eléctricos ligados
(Adaptação da Publicação 375, 1ª edição, 1972, da CEI)

1ª: Indicação da correspondência entre as polaridades das tensões de vários enrolamentos dispostos
sobre um mesmo ramo de um circuito magnético

Para indicar num esquema a correspondência entre as polaridades instantâneas das tensões de vários
enrolamentos colocados sobre um mesmo ramo de um circuito magnético, coloca-se um "ponto preto"
junto a uma das extremidades dum enrolamento e para cada um dos outros enrolamentos coloca-se um
"ponto preto" junto da extremidade que, aquando da variação do fluxo magnético comum, apresenta a
mesma polaridade instantânea que a extremidade do enrolamento escolhida inicialmente.

Exemplos:

+ + + +
u1 1 2 u2 u1 1 2 u2
- - - -

u2 N
u2 N 2
≈ ≈− 2
u1 N 1 u1 N1

1a 1b
FIG. 1. – Indicação da correspondência entre as polaridades das tensões de dois enrolamentos ligados
magneticamente. As equações apenas são válidas para fugas reduzidas e perdas desprezáveis.

A correspondência entre as polaridades das tensões, quando o fluxo magnético comum varia, pode
determinar-se alimentando apenas um dos enrolamentos ficando, os outros, em circuito aberto.

Podem, assim, ser utilizados "pontos pretos" para indicar o sinal da indutância mútua, como está
representado nas figuras 2.
A. A. A. C. Barrias
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Φ1 Φ2

M >0 Φ'
M >0
Φ = fluxo comum

Φ' = fluxo por espira

FIG. 2. – Indicação do sinal da indução mútua de dois enrolamentos magneticamente ligados.

Observação: Da mesma forma que podemos utilizar setas para indicar o sentido de uma corrente contínua
e também para indicar o sentido de referência de uma corrente variável, podemos utilizar "pontos pretos"
para indicar a correspondência entre as polaridades das tensões de um transformador real (ou de
enrolamentos ligados rigidamente) e também para indicar a correspondência de referência entre as
polaridades das tensões de um qualquer transformador (ou de enrolamentos com ligação variável). As
convenções relativas aos "pontos pretos" apenas dizem respeito ao primeiro caso.

10. Convenções Relativas à Potência


(Adaptação da Publicação 375, 1ª edição, 1972, da CEI)

1ª: Sentido de uma potência

O sentido de uma potência coincide com o sentido da transmissão da energia correspondente.

2ª: Sentido de referência da potência

O sentido de referência da potência que sai ou entra numa região delimitada, ou que está associada a uma
linha de transmissão de energia, é para cada um destes casos um sentido fixado arbitrariamente.

Uma potência é positiva quando o seu sentido corresponde ao sentido de referência.

Observação: Podemos utilizar “sentido positivo” em vez de “sentido de referência”.

3ª: Indicação do sentido de referência de uma potência

O sentido de referência de uma potência é indicado num esquema por uma seta cujo sentido corresponde
ao sentido de referência.

No caso de uma região, a seta é aplicada à região, a qual pode ser delimitada por um contorno a tracejado.

No caso de uma linha de transmissão de energia, a seta é colocado junto dos condutores da linha.

A. A. A. C. Barrias
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Exemplos:

1a 1b

FIG. 1. - Indicação do sentido de referência de uma potência.

4ª: Sentidos de referência das potências (instantânea, activa e reactiva)

Nos circuitos em regime sinusoidal, o sentido de referência da potência é fixado de maneira tal que a
potência instantânea seja igual ao produto da tensão instantânea pela corrente instantânea.

Este sentido é igualmente o sentido de referência das potências activa e reactiva.

Exemplos:

FIG. 2. – Sentidos de referência das potências em regime sinusoidal.

Nota 1: Esta convenção conduz à expressão da potência activa seguinte:

P = Re (U I*) = Re (U* I) = U.I cos ϕ,

Na qual ϕ representa a diferença de fase de u em relação a i, isto é, é o ângulo da rotação do fasor


representativo de i para o levar à coincidência com a direcção do fasor representativo de u.

Nota 2: Face a esta convenção, um valor positivo de P indica que o sentido da potência activa
corresponde ao sentido de referência das potências.

5ª: Sinal da potência reactiva

O sinal positivo é afectado à potência reactiva absorvida por uma bobina de reactância.

Nota: Esta convenção conduz à expressão da potência reactiva seguinte:


A. A. A. C. Barrias
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Q = Im (U I*) = - Im (U* I) = U.I sen ϕ,

Na qual ϕ representa a diferença de fase de u em relação a i, isto é, é o ângulo da rotação do fasor


representativo de i para o levar à coincidência com a direcção do fasor representativo de u.

6ª: Sentido da potência reactiva

O sentido da potência reactiva resulta da convenção de que um condensador é um produtor e uma bobina
de reactância é um consumidor (de energia reactiva).

Nota: Em resultado desta convenção, um valor positivo de Q indica que o sentido da potência reactiva
corresponde ao sentido de referência das potências.

7ª: Potência complexa, potência aparente complexa

A expressão:

S = P + j Q = U I*

É denominada potência complexa (ou potência aparente complexa).

Observação: A representação geométrica desta potência deve ser feita em conformidade com a
“convenção respeitante à representação geométrica das grandezas complexas”.

Nota: No caso em que, ao estudarmos um funcionamento a uma dada tensão, tomarmos a direcção e o
sentido do “fasor” representativo da tensão segundo o semi-eixo positivo da potência activa, podemos
utilizar

S* = P - j Q = U* I

De forma que os “fasores” representativos da corrente I e da potência complexa conjugada S* tenham a


mesma direcção e o mesmo sentido.

Exemplos:

ϕ ϕ
ϕ ϕ

FIG. 3. – Grandezas complexas (potência, corrente, tensão, impedância) relativas a uma impedância
para a qual os sentidos de referência estão indicados na figura 4.

O ângulo ϕ é o mesmo para as três figuras.

A. A. A. C. Barrias
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P, Q
Z U

FIG. 4. – Sentidos de referência relativos a uma impedância (corrente, tensão, potências activa e
reactiva), aos quais correspondem as figuras 3.

Na figura 5, são dados exemplos de associação, para uma linha de transmissão de energia, do sentido de
referência da potência, do sentido de referência da corrente e da polaridade de referência ou do sentido de
referência da tensão.

FIG. 5. – Associação das indicações de referência da potência, da tensão e da corrente de uma linha.

A potência complexa (ou potência aparente complexa) foi definida pela equação:

S = P + j Q = U I*

Isto é, como sendo a soma da sua parte real (P) com a sua parte imaginária (Q), como é geralmente o caso
para os números complexos em matemáticas.

Como resultado desta definição, o argumento ϕ da potência complexa S, é igual ao argumento da


impedância complexa Z correspondente, como mostram as figuras 3a e 3c.

Sob o número 05-41-175 da segunda edição do Vocabulário Electrotécnico Internacional, encontramos o


termo "Potência Complexa" cuja definição se traduz pela expressão P - j Q.

Na nota anterior, chamamos a atenção para o facto de a utilização da grandeza S* = P - j Q poder


apresentar vantagens em certos casos.

As expressões da potência activa P e da potência reactiva Q determinam-se como a seguir se indica.

A. A. A. C. Barrias
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Segundo o número 05-41-150 da segunda edição do Vocabulário Electrotécnico Internacional, "potência


activa" é sinónimo de "potência média", o que se traduz por:

P = p.

Segundo a convenção 4ª, o sinal de p é o de ui, logo

p = u i.

Podemos deduzir de:

u = √2 Re (U ejωt)

i = √2 Re (I ejωt)

Que:

u i = Re (U I*)

Estas relações conduzem a:

P = Re (U I*)

Segundo a primeira frase do número 05-41-155 da segunda edição do Vocabulário Electrotécnico


Internacional, a potência reactiva é o produto da tensão pela corrente reactiva, então podemos deduzir:

| Q | = | Im ( U I*) |.

De acordo com a convenção 5ª, a potência reactiva absorvida por um receptor é positiva quando este
(receptor) é indutivo.

A situação está ilustrada na figura 6 cujas convenções de sinal satisfazem á convenção 1ª; o sentido da
seta de p, dirigida para o receptor, indica que consideramos a potência absorvida pelo receptor.

Da figura deduzimos:

Im ( U I*) = Im [(R + j X) I I*] = XI2.

O que demonstra que, para um receptor indutivo, isto é para um X positivo, Im (U.I*) é positivo.

Estas relações conduzem a:

Q = Im (U.I*)

A. A. A. C. Barrias
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FIG. 6. – Associação das indicações de referência das potências, da tensão e da corrente num receptor.

11. Convenções Relativas à Tensão


(Adaptação da Publicação 375, 1ª edição, 1972, da CEI)

1ª: Polaridade de uma tensão

A polaridade de uma tensão entre dois pontos é uma “designação” utilizada para exprimir qual dos pontos
está ao potencial mais alto.

2ª: Polaridade de referência de uma tensão

A polaridade de referência duma tensão entre dois pontos é uma polaridade fixada arbitrariamente para os
dois pontos.

Uma tensão é positiva quando a sua polaridade corresponde à polaridade de referência.

Observação: Podemos utilizar “polaridade positiva” em lugar de “polaridade de referência”.

3ª: Sentido de referência da tensão

O sentido de referência de uma tensão entre dois pontos é um sentido fixado arbitrariamente dum ponto
para o outro.

Uma tensão é positiva quando o integral de linha do campo eléctrico correspondente, tomado entre os
dois pontos no sentido de referência, é positivo.

Observação: Podemos utilizar “sentido positivo” em lugar de “sentido de referência”.

4ª: Indicação da convenção de sinal duma tensão

Para indicar num esquema a convenção de sinal duma tensão entre dois pontos, as três formas
especificadas a seguir são recomendadas:

1ª Forma recomendada:

Indicamos a sua polaridade de referência pelos símbolos de referência + e – colocados próximos dos dois
pontos.
O sinal + corresponde ao potencial mais elevado. Podemos omitir o sinal – se não houver risco de
confusão.
A. A. A. C. Barrias
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Exemplos:

FIG. 1. – Indicação da polaridade de referência duma tensão pelos sinais + e –.

Observação 1: No caso de um esquema com um ou mais nós onde vários ramos se encontram, é
recomendado desenhar os sinais de referência + e – de tal forma que um dos traços seja paralelo ao ramo
ao qual se refere.
+
-

+ + -
-
+

+
-

FIG. 2. – Indicação das polaridades de referência de tensões no caso de um nó.

Observação 2: Caso haja risco de confusão no caso onde estejam em jogo tensões contínuas, utilizaremos
os símbolos (+) e (-), os símbolos de referência entre parênteses, para indicar a polaridade de referência.

2ª Forma recomendada:

Indicamos o sentido de referência de uma tensão através de uma seta colocada entre os dois pontos e cujo
sentido corresponde ao sentido de referência, como mostra a figura 3.

Nota: Como consequência da definição do sentido de referência da tensão dada em 3ª, a origem da seta
corresponde ao potencial mais elevado.

A. A. A. C. Barrias
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u u
u

3a 3b 3c

FIG. 3. – Indicação do sentido de referência de uma tensão por uma seta.

Observação 3: A utilização de uma seta com a origem no ponto de potencial mais baixo e a extremidade
no ponto de potencial mais alto não é recomendado.

Contudo, este método é muitas vezes utilizado.

Se um autor pensar em o utilizar, deve explicitá-lo no texto.

3ª Forma recomendada

Utilizamos um duplo índice afectando o símbolo literal da tensão, estando convencionado que o primeiro
índice corresponde ao sinal de referência + ou à origem da seta.

FIG. 4. – Indicação da polaridade de referência duma tensão ou do seu sentido de referência


(correspondente ao sinal + ou à origem da seta em a) por um duplo índice.

Observação geral 1: As três formas descritas para a indicação da convenção de sinal duma tensão entre
dois pontos conduzem, seguindo um determinado caminho, às relações equivalentes seguintes:
− extremidad e
u = ∫ E.ds = ∫ E.ds
+ origem

Ou

A. A. A. C. Barrias
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b
u ab = ∫ E.ds
a

Estas expressões reduzem-se respectivamente a:

u = v+ - v- = vorigem – vextremidade

Ou

uab = va - vb

No caso em que se aplica a noção de potencial.

Observação geral 2: Os ramos indicados nas figuras 1, 2, 3 e 4 podem representar quaisquer dipólos,
incluindo fontes de corrente e fontes de tensão.

É de uso geral falar da polaridade de uma bateria.

A polaridade é designada especificando o pólo da bateria que se encontra ao potencial mais alto.
Este pólo é marcado com o sinal + (mais) e o outro com o sinal – (menos).

Se nos limitarmos a campos eléctricos irrotacionais, o que se verifica nas presentes convenções, é
possível estender a utilização da palavra "polaridade" e dos sinais + e – a um qualquer ramo de um
circuito e ainda a quaisquer um par de nós sejam ou não terminais do ramo.

A polaridade exprime sempre qual dos dois pontos, entre os quais existe uma tensão, tem o potencial mais
alto; este ponto é marcado + e o outro –.

Tal como é usual para a corrente num condutor utilizar uma seta não apenas para indicar o sentido da
corrente contínua mas também para indicar o sentido de referência de uma corrente alternada, é possível
para a tensão entre dois pontos utilizar os sinais + e – não apenas para indicar a polaridade duma tensão
contínua mas também para indicar a polaridade de referência de uma tensão alternada.

Se existirem dúvidas sobre os dois pontos a que se refere a tensão, colocamos entre eles uma seta com
duas extremidades e mantemos os sinais de referência + e –, como se mostra na figura 5.

FIG. 5. – Indicação dos pontos aos quais se refere a tensão por uma flecha com duas extremidades.

Utilizamos também uma seta para indicar a convenção de sinal; dizemos então que a seta indica o sentido
de referência.

A. A. A. C. Barrias
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Consideramos uma tensão entre dois pontos como positiva quando o potencial do ponto mais próximo da
origem da seta é mais alto do que o potencial do ponto mais próximo da extremidade (da seta), o que é
traduzido pela fórmula:

u > 0 quando vorigem > vextremidade

E que conduz a:

u = vorigem - vextremidade

Justificamos esta convenção pela correspondência do sentido de referência da tensão com o sentido
segundo o qual tomamos o integral de linha do campo eléctrico.

Observação: Para indicar a convenção de sinal de uma tensão, certos autores utilizam uma seta que
aponta no sentido oposto àquele que é recomendado.

Teremos então:

u = vextremidade - vorigem

Estes autores justificam este método de associação da extremidade da seta e da polaridade positiva pela
uniformização que dela resulta tanto para a tensão como para a força electromotriz, e também porque o
traçado de uma seta no sentido do aumento de potencial está de acordo com o hábito normal de desenhar
uma seta ao longo de um eixo de coordenadas no sentido do crescimento da coordenada.

Esta forma de traçar a seta não é recomendada em consequência de uma votação no seio da CEI.
A figura 6 mostra um exemplo, para os símbolos com um duplo índice, que não escrevemos sobre o
esquema do circuito.

FIG. 6. – Indicação da convenção de sinal da tensão por um duplo índice no caso de um triângulo.

Na figura 7 são dados exemplos de associação do sentido de referência da corrente e da polaridade de


referência ou do sentido de referência da tensão num ramo.

A. A. A. C. Barrias
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FIG. 7. – Associação das indicações de referência da corrente e da tensão numa resistência.

12. Convenções Relativas à Carga de um Condensador


1ª: Polaridade de referência da carga de um condensador

A polaridade de referência da carga de um condensador é uma polaridade fixada arbitrariamente para as


duas armaduras do condensador.

A carga de um condensador é positiva quando a sua polaridade corresponde à polaridade de referência.

Observação: Podemos utilizar “polaridade positiva” em lugar de “polaridade de referência”.

2ª: Indicação da polaridade de referência da carga de um condensador

Para indicar num esquema a polaridade de referência da carga de um condensador, colocamos os sinais de
referência + e – junto das armaduras, o sinal + corresponde à carga positiva.

Podemos omitir o sinal – se não houver risco de confusão, como mostra a figura 1.

+ +
q q
-

1a 1b

FIG. 1. – Indicação da polaridade de referência da carga de um condensador.

A. A. A. C. Barrias
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Exemplos de associação, para um condensador, do sentido de referência da corrente, da polaridade de


referência da carga e da polaridade de referência ou do sentido de referência da tensão, são dados nas
figuras 2.

As polaridades de referência, para a carga e para a tensão, serão de preferência as mesmas, tal como
representadas nas figuras 2a e 2b.

i=
dq q = Cu i=−
dq q = Cu i=
dq q = −Cu
dt dt dt

FIG. 2. – Associação das indicações de referência da carga, da corrente e da tensão de um Condensador.

13. Convenções relativas ao fluxo magnético


1ª: Sentido de referência do fluxo magnético

O sentido de referência do fluxo magnético num circuito magnético é um sentido fixado arbitrariamente
ao longo do circuito.

Um fluxo magnético é positivo quando o seu sentido corresponde ao sentido de referência.

Observação: Podemos utilizar “sentido positivo” em vez de “sentido de referência”.

2ª: Indicação do sentido de referência de um fluxo magnético

Para indicar num esquema o sentido de referência de um fluxo magnético num circuito magnético,
colocamos uma seta com um sentido tal que corresponda ao sentido de referência ao longo do circuito.

FIG. 1. – Indicação do sentido de referência de um fluxo magnético num circuito magnético.

A. A. A. C. Barrias
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Para indicar num esquema o sentido de referência de um fluxo magnético num circuito magnético
abraçado por um circuito eléctrico, colocamos, sobre a linha ou ao lado da linha que representa o
condutor do circuito eléctrico, uma seta indicando o sentido da corrente que geraria um fluxo magnético
positivo.
Φ

FIG. 2. – Indicação do sentido de referência de um fluxo magnético num circuito magnético abraçado por
um circuito eléctrico.

Observação: No caso de circuitos magnéticos com vários ramos, as regras relativas à indicação dos
sentidos de referência das correntes eléctricas podem igualmente ser utilizadas para os fluxos magnéticos.

As figuras 3 seguintes fornecem exemplos de associação, para uma indutância sem perdas, do sentido de
referência do fluxo magnético, do sentido de referência da corrente e da polaridade de referência ou do
sentido de referência da tensão. De preferência deve haver correspondência entre os sentidos de referência
da corrente e do fluxo magnético, tal como existe entre o sentido da rotação e o sentido do avanço da
ponta de um saca rolhas que roda da esquerda para a direita, no sentido horário, como se mostra na figura
3a e, implicitamente, nas figuras 3b e 3c.

Φ' Φ Φ Φ

dΦ' dΦ dΦ dΦ
u=N u= u=− u=
dt dt dt dt
N Φ =Li
'
Φ=Li Φ=Li Φ = −L i
N = Número de espiras Φ = Fluxo por espira
'
Φ = Fluxo abraçado L = Coeficiente de autoindução

FIG. 3. – Associação das indicações de referência do fluxo magnético, da corrente e da tensão numa
indutância.

14. Convenção relativa à representação geométrica de grandezas complexas

As grandezas complexas tais como:

X = Xe jϕ Ou x = xˆ e j(ω t + ϕ ) ,

A. A. A. C. Barrias
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Com X, xˆ e ω positivos, devem ser representados no plano complexo por um “fasor” fixo para X e por
um “fasor” girante para x. O sentido positivo dos ângulos é o sentido anti-horário.

Os ângulos que difiram entre si de múltiplos inteiros de 2π rad são equivalentes.


1
Nota 1 – Em consequência, o semi-eixo imaginário positivo está colocado a π no sentido anti-horário
2
em relação ao semi-eixo real positivo.

Nota 2 – O termo “fasor” foi escolhido dada a ausência de uma designação normalizada.

Exemplos:

Im ( x )
Im ( X )
x
x^
X
ωt
X

ϕ
ϕ ϕ

R e( X ) R e( x )

" fasor" fixo X = X e jφ " fasor" girante x = x^ e j( ωt + ϕ)


1a 1b

FIG. 1. – Representação geométrica de grandezas complexas.

Nota 3 – Nas figuras anteriores, os ângulos são marcados por arcos munidos de uma seta que serve para
atribuir um sinal a um ângulo.

Por isso introduzimos a noção de ângulo de um "fasor" a em relação a um outro b, definido pela rotação
que leva b à posição de a.

O arco indica a zona percorrida na rotação.

A ponta da seta indica o sentido da rotação.


Quando o sentido da rotação for o sentido anti-horário, o ângulo é positivo.
Na figura 2 o ângulo ϕ é positivo e o ângulo ϕ – 2π rad é negativo.

Na figura 1a o argumento ϕ é representado pelo ângulo do "vector" X em relação ao semi-eixo real


positivo.

A. A. A. C. Barrias
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ϕ
ϕ − 2π b

FIG. 2. – Representação geométrica de um ângulo com vista à indicação do seu sinal.

15. Convenção relativa à indutância mútua

A indutância mútua de dois circuitos eléctricos ligados magneticamente (para cada um dos quais os
sentidos de referência da corrente eléctrica e do fluxo magnético associado são fixados de tal forma que
uma corrente positiva gera um fluxo magnético positivo) é positiva se um acréscimo da corrente num dos
circuitos produz um acréscimo do fluxo magnético associado ao outro circuito.

i1 Φ1 i2 Φ2

∂Φ1 ∂Φ 2
M= =
∂i 2 ∂i 1

FIG. 1. – Indução mútua de dois circuitos eléctricos ligados magneticamente.

A condição segundo a qual: para cada um dos dois circuitos eléctricos os sentidos de referência da
corrente eléctrica e do fluxo magnético associado são fixados de tal forma que uma corrente positiva gera
um fluxo magnético positivo, equivale a dizer que a energia fornecida aos dois circuitos é dada pela
expressão:

dW = i 1 dφ1 + i 2 dφ2

O sinal da indutância mútua fica indeterminado até que os sentidos de referência da corrente eléctrica e do
fluxo magnético associado sejam fixados para os dois circuitos.

Se os sentidos de referência de i 1 e de φ1 , ou os de i 2 e φ2 , forem invertidos, o sinal da indução mútua


também o será.

A. A. A. C. Barrias
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Poderíamos também considerar M como sendo sempre positivo e escrever as equações do circuito com
∂φ
– M quando 1 é negativo, mas esta convenção não foi a escolhida.
∂i
2

A convenção escolhida apresenta a vantagem de conduzir ao mesmo sistema de equações qualquer que
∂φ ∂φ
seja o sinal de 1 , de tal modo que estas equações não serão modificadas no caso em que 1 venha a
∂i ∂i
2 2
variar continuamente até mudar de sinal.

Um exemplo das relações entre tensões e correntes em dois circuitos eléctricos sem perdas ligados
magneticamente está ilustrado na figura 2, e as respectivas equações associadas.

O exemplo mostra que, para determinar o sinal da indutância mútua, em vez de fixarmos para cada
circuito os sentidos de referência da corrente e do fluxo magnético associado, é igualmente possível fixar
para cada circuito os sentidos de referência da corrente e da polaridade de referência ou o sentido de
referência da tensão; se os fixarmos de tal forma que a potência fornecida aos circuitos se escreva:

P = i1 u1 + i2 u2
As relações são:

di 1 di
u1 = L1 +M 2
dt dt

di 1 di
u2 = M + L2 2
dt dt

Exemplo:

FIG. 2. – Indutância mútua de dois circuitos eléctricos ligados magneticamente.

A. A. A. C. Barrias
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16. Convenção relativa à representação complexa de operadores

O operador que transforma a grandeza sinusoidal

a = â cos (ω t + α)

= A 2 cos (ω t + α)

Na grandeza sinusoidal do mesmo período

b = b̂ cos (ω t + β)

= B 2 cos (ω t + β)

Com â, b̂ e ω positivos, pode ser representado pela grandeza complexa:

b̂ j (β-α)
C= e

B j (β -α)
= e
A

Nota: As relações:

b̂ B b
C= = =
â A a

Ligam a representação complexa do operador à representação complexa das grandezas sinusoidais.

17. Convenção relativa à representação complexa de grandezas sinusoidais

A grandeza sinusoidal

a = â cos (ω t + α)
= A 2 cos (ω t + α)

Com â e ω positivos, pode ser representada:

a) Quando não há interesse em pôr em evidência a dependência do tempo, por:


1) A amplitude complexa â = â e ;


2) O valor eficaz complexo A = A e .
A. A. A. C. Barrias
40 / 163

b) Quando há interesse em por em evidência a dependência do tempo, por:

j (ω t +α)
3) O valor instantâneo complexo a = â e .

Observação: Utilizaremos de preferência as grandezas complexas 1) ou 2) quando se tratarem de


grandezas sinusoidais tendo todas o mesmo período, e a grandeza complexa 3) quando se tratarem de
grandezas sinusoidais com períodos diferentes.

Nota1. Podemos passar das grandezas complexas para as grandezas sinusoidais através das relações:

jω t jωt
a = Re (â e )= 2 Re ( A e ) = Re (a ).

Nota2. A condição ω positivo tem por finalidade obter uma amplitude complexa unívoca.

Esta condição exprime que só é possível aplicar a regra anterior para obter a amplitude complexa se o
coeficiente de t no argumento do co-seno for positivo.

Demonstramos, seguidamente, que se esta condição não for respeitada subsiste uma ambiguidade.

Dada a igualdade:

â cos (ω t + α) = â cos{(- ω ) t − α}

Sem a condição mencionada, seria possível aplicar a regra anterior a cada um dos membros da igualdade.

jα - jα
O 1º membro conduziria à amplitude complexa: â e e o 2º membro a: â e .

A condição â positivo é necessária a fim de que â seja o módulo e α o argumento da amplitude


complexa.

A condição respeitante a â não serve para obter uma amplitude complexa unívoca.

Sendo dada a igualdade:

â cos (ω t + α) = ( − â) cos { ω t + (α + π) }

Sem a condição da amplitude complexa podemos escrever:

jα j (α + π)
â e e também ( − â) e

Estas duas expressões são identicamente iguais e representam então a amplitude complexa de uma forma
unívoca.

A. A. A. C. Barrias
41 / 163

18. Correntes, Tensões e Potência dos Enrolamentos de Alta Tensão dos TPs
18.1 Enrolamento D5

D5
U D5
I I D5
0 B
A 1
A

α 2 U D5
α2 I α 2 I D5 C
4
B 2
B

αU
D5
αI αI
8 D5 A
C 3
C

U D5 = 3 • U ∠+ 30º

1
I D5 = ⋅ I ∠ + 30º
3

1
I*D 5 = I D 7 = • I ∠- 30º
3

1
S = U D5 • I*D 5 ⇔ S = ( 3 • U ∠+ 30º ) • ( • I ∠- 30º ) ⇔ S = U • I
3

18.2 Enrolamento Y6

U Y6

α 2 U Y6

α2 I

αU
Y6

αI

A. A. A. C. Barrias
42 / 163

U Y6 = U ∠0º

I Y6 = I ∠0º

I*Y 6 = I Y6 = I ∠0º

S = U Y 6 • I*Y 6 ⇔ S = ( U ∠0º ) • (I ∠0º ) ⇔ S = U • I

18.3. Enrolamento D7

U D7
I I D7

α 2 U D7
α2 I α 2 I D7

αU
D7
αI αI
D7

U D7 = 3 • U ∠- 30º

1
I D7 = I ∠- 30º
3

1
I*D 7 = I D 5 = • I ∠+ 30º
3

1
S = U D 7 • I*D 7 ⇔ S = ( 3 • U ∠- 30º ) • ( • I ∠+ 30º ) ⇔ S = U • I
3

Para clarificar o exposto no nº 19. seguinte, importa ter bem presente:

U = m • u , i = m • I , S = U • I, e S = u • i.

S : Potência Aparente por fase (VA).

m : Relação de Transformação Complexa do Transformador de Potência (-).

A. A. A. C. Barrias
43 / 163

19. Correntes, Tensões e Potência dos Enrolamentos de Baixa Tensão dos TPs

19.1 Enrolamento d1

u d1
i d1 i

α 2 u d1
α 2 id1 α2 i

α u d1
α i d1 αi

u d1 = 3 • u ∠+ 150º

1
i d1 = ⋅ i ∠ + 150º
3

1
i*d1 = i d11 = • i ∠- 150º
3

1
S = u d1 • i*d1 ⇔ S = ( 3 • u ∠+ 150º ) • ( • i ∠- 150º ) ⇔ S = u • i
3

19. 2 Enrolamento d5

d5
u d5
i d5 i
b
1 a
a

α 2 u d5
α 2 i d5 α2 i
c
2 b
b

α u d5
a α i d5 αi
3 c
c

A. A. A. C. Barrias
44 / 163

u d5 = 3 • u ∠+ 30º

1
i d5 = ⋅ i ∠ + 30º
3

1
i*d 5 = i d 7 = • i ∠- 30 º
3

1
S = u d 5 • i*d 5 ⇔ S = ( 3 • u ∠+ 30º ) • ( • i ∠- 30 º ) ⇔ S = u • i
3

19.3 Enrolamento d7

d7

u d7
i d7 i
a
1 a
c

α 2 u d7
α 2 i d7 α2i
b
2 b
a

α u d7
α i d7 αi
c
3 c
b

u d7 = 3 • u ∠- 30º

1
i d7 = i ∠- 30º
3

1
i*d 7 = i d 5 = • i ∠+ 30 º
3

1
S = u d 7 • i*d 7 ⇔ S = ( 3 • u ∠- 30º ) • ( • i ∠+ 30º ) ⇔ S = u • i
3

A. A. A. C. Barrias
45 / 163

19.4. Enrolamento d11

d11
u d11
i d11 i
b
1 a
a

α 2 u d11
2 α2i
c α i d11
2 b
b

α u d11
a α i d11 αi

3 c
c

u d11 = 3 • u ∠- 150º

1
i d11 = i ∠- 150º
3

1
i*d11 = i d1 = • i ∠+ 150º
3

1
S = u d11 • i*d11 ⇔ S = ( 3 • u ∠- 150º ) • ( • i ∠+ 150º ) ⇔ S = u • i
3

19.5. Enrolamento y0

u y0
i

α 2 u y0
α2 i

α u y0
αi

A. A. A. C. Barrias
46 / 163

u y0 = u ∠180º

i y0 = i ∠180º

i*y 0 = i y0 = i ∠180º

S = u y 0 • i*y 0 ⇔ S = (u ∠180º ) • (i ∠180º ) ⇔ S = u • i

19.6. Enrolamento y6

u y6

α 2 u y6

α2 i

α u y6

αi

u y6 = u ∠0º

i y6 = i ∠0º

i*y 6 = i y6 = i ∠0º

S = u y 6 • i*y 6 ⇔ S = (u ∠0º ) • (i ∠0º ) ⇔ S = u • i

A. A. A. C. Barrias
47 / 163

19.7 Enrolamento z1

z1

u z1 u z1
αi i
n 1 z x 1 a

α 2 u z1 α 2 u z1
i α2 i
n 2 x y 2 b

α u z1 α u z1
α2 i αi

n 3 y z 3 c

1
u z1 = • u ∠+ 150º
3

1
α 2 u z1 = • u ∠+ 30º
3

i z1 = i ∠180º

i*z1 = i z11 = i ∠180º

1
S = u z1 • i*z1 - α 2 u z1 • i*z1 ⇔ S = (1 - α 2 ) • u z1 • i*z1 ⇔ S = ( 3 ∠+ 30º ) • ( • u ∠+ 150º ) • (-i ) ⇔ S = u • i
3

19.8 Enrolamento z5

z5

u z5 u z5
α2 i i
n 1 y x 1 a

α 2 u z5 α 2 u z5
αi α2 i
n 2 z y 2 b

α u z5 α u z5
i αi
n 3 x z 3 c

A. A. A. C. Barrias
48 / 163

1
u z5 = • u ∠+ 30º
3

1
α u z5 = • u ∠+ 150 º
3

i z5 = i ∠0º

i*z 5 = i z7 = i ∠0º

1
S = u z5 • i*z5 - α u z5 • i*z5 ⇔ S = (1 - α) • u z5 • i*z5 ⇔ S = ( 3 ∠- 30º ) • ( • u ∠+ 30º ) • (i ) ⇔ S = u • i
3

19.9 Enrolamento z7

z7

u z7 u z7
αi i
n 1 z x 1 a

α 2 u z7 α 2 u z7
i α2 i
n 2 x y 2 b

α u z7 α u z7
α2 i αi
n 3 y z 3 c

1
u z7 = • u ∠- 30 º
3

1
α 2 u z7 = • u ∠- 150º
3

i z7 = i ∠0º

i*z 7 = i z5 = i ∠0º

1
S = u z7 • i*z7 - α 2 u z7 • i*z7 ⇔ S = (1 - α 2 ) • u z7 • i*z7 ⇔ S = ( 3 ∠+ 30º ) • ( • u ∠- 30º ) • (i ) ⇔ S = u • i
3

A. A. A. C. Barrias
49 / 163

19.10 Enrolamento z11

z11

u z11 u z11
α2 i i
n 1 y x 1 a

α 2 u z11 α 2 u z11
αi α2 i
n 2 z y 2 b

α u z11 α u z11
i αi

n 3 x z 3 c

1
u z11 = • u ∠- 150º
3

1
α u z11 = • u ∠- 30º
3

i z11 = i ∠180º

i*z11 = i z1 = i ∠180º

1
S = u z11 • i*z11 - α u z11 • i*z11 ⇔ S = (1 - α) • u z11 • i*z11 ⇔ S = ( 3 ∠- 30º ) • ( • u ∠- 150º ) • (-i ) ⇔ S = u • i
3

20. Curto-Circuito Trifásico Simétrico (Corrente em Serviço Normal Equilibrado)


20.1 Transformadores Dd

U D5 u d5
I I D5 i d5 i

α 2 U D5 α 2 u d5
α2 I α2 I α 2 id5 α2 i
D5

αU α u d5
D5
αI αI α i d5 αi
D5

A. A. A. C. Barrias
50 / 163

U D7 u d5
I I D7 id5 i

α 2 U D7 α 2 u d5
α2 I α 2 I D7 α 2 id5 α2 i

αU α u d5
D7
αI αI α i d5 αi
D7

U D5 u d1
I I D5 i d1 i

α 2 U D5 α 2 u d1
α2 I α 2 I D5 α 2 i d1 α2 i

αU α u d1
D5
αI αI α i d1 αi
D5

U D5 u d11
I I D5 i d11 i

α 2 U D5 α 2 u d11
α2 I α 2 I D5 α 2 i d11 α2 i

αU α u d11
D5
αI αI αi αi
D5 d11

A. A. A. C. Barrias
51 / 163

Dd8 D7 – d11
Sentido de Referência

D7 d11
U D7 u d11
0 I I D7 i d11 i
A b 8
A 1 1 a
C a

α 2 U D7 α 2 u d11
α2 I α 2 I D7 2 α2i
4 B c α i d11 0
B 2 2 b
A b

αU α u d11
D7
8 αI αI αi αi 4
C D7 a d11
C 3 3 c
B c

Dd10 D5 – d7
Sentido de Referência
D5 d7
U D5 u d7
0 I I D5 i d7 i 10
B a
A 1 1 a
A c

α 2 U D5 α 2 u d7
4 α2 I α 2 I D5 α 2 i d7 α2i 2
C b
B 2 2 b
B a

αU α u d7
D5
8 αI αI α i d7 αi 6
D5 A c
C 3 3 c
C b

20.2 Transformadores Dy

U D7 u y6
I I D7 i

α 2 U D7 α 2 u y6
α2 I α 2 I D7 α2 i

αU α u y6
D7
αI αI αi
D7

A. A. A. C. Barrias
52 / 163

U D5 u y0
I I D5 i

α 2 u y0
α 2 U D5
α2 I α2 I D5 α2 i

αU α u y0
D5
αI αI αi
D5

U D7 u y0
I I D7
i

α 2 U D7 α 2 u y0
α2 I α 2 I D7 α2 i

αU α u y0
D7
αI αI
D7 αi

Dy11 D5 – y6
Sentido de Referência

D5 y6
U D5 u y6

0 I I D5 B i 11
A 1 n 1 a
A
α 2 u y6
α 2 U D5
4 α2 I α2 I D5 C α2 i 3
B 2 n 2 b
B
αU α u y6
D5
8 αI αI A αi 7
D5
C 3 n 3 c
C

A. A. A. C. Barrias
53 / 163

20.3 Transformadores Dz

U D5 u z5 u z5
I I D5
α2i i

α 2 U D5 α 2 u z5 α 2 u z5
α2 I α 2 I D5 αi α2i

αU α u z5 α u z5
D5
αI αI
D5 i αi

Dz2 D7 - z5
Sentido de Referência

D7 z5
U D7 u z5 u z5
0 I A I D7 α2i i 2
A 1 n 1 y x 1 a
C

α 2 U D7 α 2 u z5 α 2 u z5
α2 I B α 2 I D7 αi α2i 6
4
B 2 n 2 z y 2 b
A

αU α u z5 α u z5
D7
8 αI C αI i α i 10
D7
C 3 n 3 x z 3 c
B

U D5 u z1 u z1
I I D5
αi i

α 2 U D5 α 2 u z1 α 2 u z1
α2 I α 2 I D5 i α2 i

αU α u z1 α u z1
αI D5
αI D5 α2i αi

A. A. A. C. Barrias
54 / 163

U D5
I I D5 u z11 u z11
α2i i

α 2 U D5 α 2 u z11 α 2 u z11
α2 I α 2 I D5
αi α2i

αU
αI D5 α u z11 α u z11
αI D5 i αi

Dz8 D7 – z11
Sentido de Referência

D7 z11

U D7 u z11 u z11
I I D7
0 A α2i i 8
A 1 n 1 y x 1 a
C

α 2 U D7 α 2 u z11 α 2 u z11
α2 I α 2 I D7
4 B αi α2i 0
B 2 n 2 z y 2 b
A

αU α u z11 α u z11
αI αI D7
8 C D7 i αi 4
C 3 n 3 x z 3 c
B

Dz10 D5 – z7
Sentido de Referência

D5 z7
U D5 u z7 u z7
I I D5
0 B αi i 10
A 1 n 1 z x 1 a
A

α 2 U D5 α 2 u z7 α 2 u z7
α2 I α 2 I D5
4 C i α2i 2
B 2 n 2 x y 2 b
B

αU α u z7 α u z7
αI D5
αI A
8 D5 α2i αi 6
C 3 n 3 y z 3 c
C

A. A. A. C. Barrias
55 / 163

20.4 Transformadores Yy

Yy0 Y6 – y6
Sentido de Referência

Y6 y6
U Y6 u y6

0 I i 0
A 1 2 n 1 a

α 2 U Y6 α 2 u y6

4 α2 I α2 i 4
B 2 2 n 2 b

αU α u y6
Y6

8 αI αi 8
C 3 2 n 3 c

U Y6 u y0
I i

α 2 U Y6 α 2 u y0
α2 I α2 i

αU α u y0
Y6
αI αi

20.5 Transformadores Yd

U Y6
u d5
I id5 i

α 2 U Y6
α 2 u d5
α2 I α 2 i d5 α2 i

αU
Y6
α u d5
αI α i d5 αi

A. A. A. C. Barrias
56 / 163

U Y6
u d1
I i d1 i

α 2 U Y6
α 2 u d1
α2 I α 2 i d1 α2 i

αU
Y6
α u d1
αI α i d1 αi

U Y6
u d11
I i d11 i

α 2 U Y6
α 2 u d11
α2 I α 2 i d11 α2 i

αU
Y6
α u d11
αI αi αi
d11

U Y6
u d7
I i d7 i

α 2 U Y6
α 2 u d7
α2 I α 2 i d7 α2 i

αU
Y6
α u d7
αI α i d7 αi

A. A. A. C. Barrias
57 / 163

20.6 Transformadores Yz

U Y6
u z5 u z5
I α2 i i

α 2 U Y6
α 2 u z5 α 2 u z5
α2 I αi α2 i

αU
Y6 α u z5 α u z5
αI i αi

Yz5 Y6 – z1
Sentido de Referência

Y6 z1
U Y6
u z1 u z1
0 I αi i 5
A 1 2 n 1 z x 1 a

α 2 U Y6
α 2 u z1 α 2 u z1
4 α2 I i α2 i 9
B 2 2 n 2 x y 2 b

αU
Y6
α u z1 α u z1
8 αI α2 i αi 1
C 3 2 n 3 y z 3 c

U Y6
u z11 u z11
I α2 i i

α 2 U Y6
α 2 u z11 α 2 u z11
α2 I αi α2 i

αU
Y6
α u z11 α u z11
αI i αi

A. A. A. C. Barrias
58 / 163

Yz11 Y6 – z7
Sentido de Referência

Y6 z7
U Y6
u z7 u z7
0 I αi i 11
A 1 2 n 1 z x 1 a

α 2 U Y6 α 2 u z7 α 2 u z7
4 α2 I i α2 i 3
B 2 2 n 2 x y 2 b

αU
Y6 α u z7 α u z7
8 αI α2 i αi 7
C 3 2 n 3 y z 3 c

21. Curto-Circuito Bifásico


21.1 Transformadores Dd

ND
m Dd0 = ∠ 0h ∧i = m Dd0 • I
nd

3I 2I 2 m Dd0 I 3m Dd0 I

3I I m Dd0 I 3m Dd0 I

I m Dd0 I

Dd2 D7 - d5
ND
D7 m Dd2 = ∠- 2h ∧i = m Dd2 • I d5
nd

A 3I A 2I b 2 m Dd2 I 3m Dd2 I a
1 1
C a

B B I c m Dd2 I 3m Dd2 I b
2 2
A b

C 3I C I a m Dd2 I c
3 3
B c

A. A. A. C. Barrias
59 / 163

ND
m Dd4 = ∠- 4h ∧i = m Dd4 • I
nd

I m Dd4 I 3m Dd4 I

3I 2I 2m Dd4 I 3m Dd4 I

3I I m Dd4 I

ND
m Dd6 = ∠- 6h ∧i = m Dd6 • I
nd

3I 2I 2 m Dd6 I 3m Dd6 I

3I I m Dd6 I 3m Dd6 I

I m Dd6 I

ND
m Dd8 = ∠- 8h ∧i = m Dd8 • I
nd

3I 2I 2m Dd8 I 3m Dd8 I

m Dd8 I 3m Dd8 I
I

3I I m Dd8 I

A. A. A. C. Barrias
60 / 163

ND
m Dd10 = ∠- 10h ∧i = m Dd10 • I
nd

I m Dd10 I 3m Dd10 I

3I 2I 2m Dd10 I 3m Dd10 I

3I I m Dd10 I

A. A. A. C. Barrias
3I 3I
2I 2I

3I I I 3I

I I

3I
3I 3I 3I 3I

3I
3I 3I 3I 3I
61 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 3I
2I 2I

I I 3I

3I
I I

3I
3I 3I 3I 3I

3I
3I 3I

3I 3I
62 / 163

A. A. A. C. Barrias
I I 3I

3I 2I 2I 3I

3I I I

3I
3I 3I

3I
3I 3I 3I 3I

3I 3I
63 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 3I
2I 2I

3I I I 3I

I I

3I
3I 3I 3I 3I

3I
3I 3I 3I 3I
64 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 2I 2I 3I

I I 3I

3I I I

3I
3I 3I 3I 3I

3I
3I 3I

3I 3I
65 / 163

A. A. A. C. Barrias
I I 3I

3I 2I 2I 3I

3I I I

3I
3I 3I

3I
3I 3I 3I 3I

3I 3I
66 / 163

A. A. A. C. Barrias
67 / 163

21.2 Transformadores Dy

1 ND
m = • ∠- 1h ∧i = 3 • m •I
Dy1 3 ny Dy1

2I I 3 m Dy1 I

I I 3 m Dy1 I

Dy5 D5 – y0
1 ND
D5 m
Dy5
= • ∠- 5h ∧i = 3 • m
Dy5
•I y0
3 ny

A I I B 3 m Dy5 I a
1 1
A

B 2I I C 3 m Dy5 I b
2 n 2
B

C I A c
3 3
C

Dy7 D7 – y0
1 ND
D7 m
Dy7
= •
ny
∠- 7h ∧i = 3 • m
Dy7
•I y0
3

A 2I A I 3 m Dy7 I a
1 1
C

B I B I 3 m Dy7 I b
2 n 2
A

C I C c
3 3
B

A. A. A. C. Barrias
68 / 163

1 ND
m = • ∠- 11h ∧i = 3 • m •I
Dy11 3 ny Dy11

3 m Dy11I
I I

3 m Dy11I
2I I

A. A. A. C. Barrias
2I I 3I

I I 3I

2I
2I 2I I 3I

I
I I I 3I

I
I I
69 / 163

A. A. A. C. Barrias
I 3I
I

2I I 3I

I
I I 3I
I

2I
2I 2I I 3I

I
I I
70 / 163

A. A. A. C. Barrias
2I I 3I

I I 3I

2I
2I 2I I 3I

I
I I I 3I

I
I I
71 / 163

A. A. A. C. Barrias
I 3I
I

2I I 3I

I
I I
I 3I

2I
2I 2I I 3I

I
I I
72 / 163

A. A. A. C. Barrias
73 / 163
21.3 Transformadores Dz

Dz0 D5 - z5
2 ND
mDz0 = ⋅ ∠ 0h ∧ i = 3 ⋅ m Dz0 ⋅ I
D5 3 nz z5

A 3I 2I B 3m Dz0 I y 3m Dz0 I
1 1 1
A x a

B 3I I C z 3m Dz0 I
2 n 2 2
B y b

C I A 3m Dz0 I x
3 3 3
z c
C

2 ND
m = • ∠- 2h ∧i = 3 • m •I
Dz2 3 nz Dz2

3I 2I 3m Dz2 I 3m Dz2 I

I 3m Dz2 I

3I I 3m Dz2 I

2 ND
m = • ∠- 4h ∧i = 3 • m •I
Dz4 3 nz Dz4

I 3m Dz4 I

3I 2I 3m Dz4 I 3m Dz4 I

I 3m Dz4 I
3I

A. A. A. C. Barrias
74 / 163

Dz6 D5 – z11
2 ND
m = • ∠- 6h ∧i = 3 • m •I
Dz6 3 nz Dz6
D5 z11

A 3I 2I B 3m Dz6 I y 3m Dz6 I
1 1 1
A x a

B 3I I C 3m Dz6 I
z
2 n 2 2
B y b

C A 3m Dz6 I
I x
3 3 3
C z c

2 ND
m = • ∠- 8h ∧i = 3 • m •I
Dz8 3 nz Dz8

3I 2I 3m Dz8 I 3m Dz8 I

I 3m Dz8 I

3I I 3m Dz8 I

2 ND
m = • ∠- 10h ∧i = 3 • m •I
Dz10 3 nz Dz10

I 3m Dz10 I

3I 3m Dz10 I 3m Dz10 I
2I

3m Dz10 I
3I I

A. A. A. C. Barrias
3I 2I 3I 3I

3I 3I
I

I 3I

3I
3I 3I 3I
3I

2 3I
3I 3I 3I
3I

3I
75 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 2I 3I 3I

I 3I

3I I 3I

2 3I
3I 3I 3I 3I

3I
3I 3I

3I
3I 3I
76 / 163

A. A. A. C. Barrias
Dz4 D5 –z1
D5 z1
0 I 3I 4

4 3I 2I 3I 3I 8

8 3I I 3I 0

Y2d5 Y2d1
Y26 d1 d5 Y26
3I
0 5 5 3I 3I 4

2 3I
4 3I 3I 9 9 3I 3I 8

3I
8 3I 3I 1 1 0
77 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 2I 3I 3I

3I I 3I

I 3I

2 3I
3I 3I 3I 3I

3I
3I 3I 3I 3I

3I
78 / 163

A. A. A. C. Barrias
Dz8 D7 – z11
D7 z11
0 3I 2I 3I 3I 8

4 I 3I 0

8 3I I 3I 4

Y2d1 Y2d5
Y26 d5 d1 Y26
2 3I
0 3I
3I 1 1 3I 3I 8

5 3I 5 0
4 3I
3I

9 3I 9 4
8 3I
3I
79 / 163

A. A. A. C. Barrias
Dz10 D5 –z7
D5 z7
0 3I 10
I

4 3I 3I 3I 2
2I

8 3I I 3I 6

Y2d11 Y2d1
Y26 d7 d5 Y26
3I
0 11 11 3I 10
3I

2 3I
4 3I 3I 3 3 3I 2
3I

3I
8 3I 3I 7 7 6
80 / 163

A. A. A. C. Barrias
81 / 163

21.4 Transformadores Yy

NY
m Yy0 = ∠ 0h ∧ i = m Yy0 ⋅ I
ny
I m Yy0 I

I m Yy0 I

NY
m = ∠- 6h ∧i = m •I
Yy6 ny Yy6

I m Yy6 I

I m Yy6 I

A. A. A. C. Barrias
3I 3I

3I 3I

3I
3I 3I 3I 3I

2 3I
3I 3I 3I 3I

3I
82 / 163

A. A. A. C. Barrias
Yy6 Y6-y0
Y6 y0
0 3I 3I 6

4 3I 3I 10

8 2

Y2d1 Y2d7
Y26 d5 d11 Y26
3I
0 3I 3I 1 1 3I 3I 6

2 3I
4 3I 3I 5 5 3I 3I 10

3I
8 9 9 2
83 / 163

A. A. A. C. Barrias
84 / 163

21.5 Transformadores Yd

Yd1 Y6 – d5
NY
Y6 m = 3• ∠- 1h ∧i = 3 • m •I d5
Yd1 nd Yd1

2 3I 2m Yd1 I 3m Yd1I
A b a
1 1
a

B 3I c m Yd1 I 3m Yd1I b
2 2 2
b

3I a m Yd1 I c
C
3 3
c

Yd5 Y6 – d1
Y6 m = 3 •
NY
∠- 5h ∧i = 3 • m •I
d1
Yd5 nd Yd5
A 3I m Yd5 I a 3m Yd5 I a
1 1
c

B 2 3I 2m Yd5 I b 3m Yd5 I b
2 2 2
a

C 3I m Yd5 I c c
3 3
b

NY
m = 3 • ∠- 7h ∧i = 3 • m •I
Yd7 nd Yd7

2 3I 2m Yd7 I 3m Yd7 I

3I m Yd7 I 3m Yd7 I

3I m Yd7 I

A. A. A. C. Barrias
85 / 163

NY
m = 3 • ∠- 11h ∧i = 3 • m •I
Yd11 nd Yd11

3I m Yd11I 3m Yd11I

2 3I 2m Yd11I 3m Yd11I

3I m Yd11I

A. A. A. C. Barrias
2 3I 2I 3I

3I I 3I

3I I

3I
2 3I 2I 3I 3I

3I
3I I 3I 3I

3I I
86 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I I 3I

2 3I 2I 3I

3I I

3I
3I I 3I 3I

3I
2 3I 2I 3I 3I

3I I
87 / 163

A. A. A. C. Barrias
2 3I 2I 3I

3I I 3I

3I I

3I
2 3I 2I 3I 3I
3I
3I I 3I 3I

3I I
88 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I I 3I

2 3I 3I
2I

3I I

3I
3I I 3I 3I

3I
2 3I 3I 3I
2I

3I I
89 / 163

A. A. A. C. Barrias
90 / 163

21.6 Transformadores Yz

2 NY
m = • ∠- 1h ∧i = 3 • m •I
Yz1 3 nz Yz1

2 3I 3m Yz1I 3m Yz1I

3I 3m Yz1I

3I 3m Yz1I

2 NY
m = • ∠- 5h ∧i = 3 • m •I
Yz5 3 nz Yz5

3I 3m I
Yz5

2 3I 3m
Yz5
I 3m I
Yz5

3I
3m I
Yz5

2 NY
m = • ∠- 7h ∧i = 3 • m •I
Yz7 3 nz Yz7

2 3I 3m Yz7 I 3m Yz7 I

3m Yz7 I
3I

3I 3m Yz7 I

A. A. A. C. Barrias
91 / 163

2 NY
m = • ∠- 11h ∧i = 3 • m •I
Yz11 3 nz Yz11

3I 3m Yz11I

3m Yz11I 3m Yz11I
2 3I

3I 3m Yz11I

A. A. A. C. Barrias
2 3I 3I
3I

3I 3I

3I 3I

3I
2 3I 2I 3I 3I

3I
3I I 3I 3I

3I I
92 / 163

A. A. A. C. Barrias
Yz5 Y6-z1

Y6 z1
0 3I 3I 5

4 2 3I 3I 3I 9

8 3I 3I 1

Y2d5
Y26 d1 Y2(d)y0

3I y6 d Y26
0 3I I 5 5 3I 3I
5
3I
4 9 9
2 3I 2I 3I 3I 9

8 3I 1 1
I 1
93 / 163

A. A. A. C. Barrias
2 3I 3I 3I

3I 3I

3I 3I

3I
2 3I 2I 3I 3I

3I
3I I 3I 3I

3I I
94 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 3I

2 3I 3I 3I

3I 3I

3I
3I I 3I 3I

3I
2 3I 2I 3I 3I

3I I
95 / 163

A. A. A. C. Barrias
96 / 163

22. Curto-Circuito Monofásico


22.1 Transformadores Dy

1 ND
m = • ∠- 1h ∧i = 3 • m •I
Dy1 3 ny Dy1

I I 3 m Dy1I

3 m Dy1I

1 ND
m = • ∠- 5h ∧i = 3 • m •I
Dy5 3 ny Dy5

I I 3 m Dy5 I

3 m Dy5 I

1 ND
m = • ∠- 7h ∧i = 3 • m •I
Dy7 3 ny Dy7

I I 3 m Dy7 I

3 m Dy7 I

A. A. A. C. Barrias
97 / 163

Dyn11 D5 – yn6
1 ND
D5 m = • ∠- 11h ∧i = 3 • m •I yn6
Dy11 3 ny Dy11

A I B a
1 1
A

B C n b
2 2
B

C I I A 3 m Dy11I c
3 3
C
3 m Dy11I

A. A. A. C. Barrias
98 / 163

3I
3I
3I

I
I
I
I

I
I

I
I

A. A. A. C. Barrias
99 / 163

3I
3I

I
I

I
3I

I
I

I
I
I

I
I

A. A. A. C. Barrias
100 / 163

3I
3I

I
I

I
3I

I
I

I
I
I

A. A. A. C. Barrias
101 / 163

3I
3I
3I

I
I

I
I

I
I

I
I

A. A. A. C. Barrias
102 / 163

22.2 Transformadores Dz

2 ND
m Dz0 = ⋅ ∠ 0h ∧ i = 3 ⋅ m Dz0 ⋅ I
3 nz

3m Dzn0 I
I I

2I I 3m Dzn0 I

3m Dzn0 I

2 ND
m = • ∠- 2h ∧i = 3 • m •I
Dz2 3 nz Dz2

2I I 3m Dzn2 I

I I 3m Dzn2 I

3m Dzn2 I

2 ND
m = • ∠- 4h ∧i = 3 • m •I
Dz4 3 nz Dz4

2I I 3m Dzn4 I

I I 3m Dzn4 I

3m Dzn4 I

A. A. A. C. Barrias
103 / 163

2 ND
m = • ∠- 6h ∧i = 3 • m •I
Dz6 3 nz Dz6

I I 3m Dzn6 I

2I I 3m Dzn6 I

3m Dzn6 I

2 ND
m = • ∠- 8h ∧i = 3 • m •I
Dz8 3 nz Dz8

2I I 3m Dzn8 I

I I 3m Dzn8 I

3m Dzn8 I

2 ND
m = • ∠- 10h ∧i = 3 • m •I
Dz10 3 nz Dz10

2I I
3m Dzn10 I

I I
3m Dzn10 I

3m Dzn10 I

A. A. A. C. Barrias
I

I I 3I

2I 3I
I

3I

3
Id = ⋅I
3

3 3I
2I d = 2 ⋅ ⋅I
I Id 3

I Id

3I
2I 3I
2I d 3I
104 / 163

A. A. A. C. Barrias
I

2I I 3I

I I 3I

3I

3
Id = ⋅I
3

3
2I d = 2 ⋅ ⋅I
I Id 3

3I
2I 2I d

3I
I Id 3I 3I
105 / 163

A. A. A. C. Barrias
2I I 3I

I I 3I

3I
3
Id = ⋅I
3

3 3I
2I d = 2 ⋅ ⋅I
2I 2I d 3

I Id

3I
I Id 3I 3I
106 / 163

A. A. A. C. Barrias
I

I I 3I

2I I 3I

3I
3
Id = ⋅I
3

3
2I d = 2 ⋅ ⋅I
I Id 3

3I
I Id

3I
2I 2I d 3I 3I
107 / 163

A. A. A. C. Barrias
I

2I I 3I

I
I 3I

3I

3
Id = ⋅I
3

3
2I d = 2 ⋅ ⋅I
I Id 3

3I
2I 2I d

3I
I Id 3I 3I
108 / 163

A. A. A. C. Barrias
2I
I 3I

I I 3I

3I
3
Id = ⋅I
3

3 3I
2I d = 2 ⋅ ⋅I
2I 2I d 3

I Id

3I
I Id 3I 3I
109 / 163

A. A. A. C. Barrias
110 / 163

22.3 Transformadores Yy

NY 1
m Yyn0 = ∠ 0h ∧i = 3 • m Yyn0 • I ∧i d = • i
ny 3

I I id

I id
I

3m Yyn0 I
2I 2I id

3m Yyn0 I

Y(d)yn6 Y6 (d)– yn0

NY 1
m = ∠- 6h ∧i = 3 • m • I ∧i = •i
Yyn6 ny Yyn6 d 3

Y6 d yn0

I A A I id a

I B B I id b
21 22 n3

3m Yyn6 I
2I C C 2I id c

3m Yyn6 I

A. A. A. C. Barrias
Y(d)yn0 Y6(d)-yn6
d
Y6 yn6
0 I I 0

4 I I 4

8 2I I 3I 8 3I
3I

3I
Y2d1
Y2d1
Y26 d5 d5 Y26
3I
0 I I 1 1 0

4 I I 5 5 4

3I
8 2I 2I 9 9 3I 3I 8
111 / 163

A. A. A. C. Barrias
Y(d)yn6 Y6(d)-yn0
d
Y6 yn0
0 I I 6

4 I I 10

8 2I I 3I 2 3I
3I

3I
Y2d1
Y2d7
Y26 d5 d11 Y26
3I
0 I I 1 1 6

4 I I 5 5 10

3I
8 2I 2I 9 9 3I 2
3I
112 / 163

A. A. A. C. Barrias
NY 1
m = 3• ∠- 1h ∧i = •m •I
YNd1 nd d 3 YNd1

I I
id

IT I I 3I
id

IT + 2I
I
id
3I
22.4 Transformadores Yd

IT

IT + 3I

IT 3I
113 / 163

A. A. A. C. Barrias
NY 1
m = 3• ∠- 5h ∧i = •m •I
YNd5 nd d 3 YNd5

I I id

IT I I 3I id

I T + 2I
I id
IT 3I

IT + 3I

IT 3I
114 / 163

A. A. A. C. Barrias
Y2d7 Y26 – d11

NY 1
m = 3• ∠- 7h ∧i = •m •I
YNd7 nd d 3 YNd7

Y26 d11

I I
A A b id a
NY nd

IT 2 I I 22 3I
1 B B c id b
NY nd

I T + 2I
C C I
a id c
IT NY 3I nd

IT + 3I

IT
3I
115 / 163

A. A. A. C. Barrias
NY 1
m = 3 • ∠- 11h ∧i = •m •I
YNd11 nd d 3 YNd11

I I
id

IT I I 3I id

IT + 2 I
I id
IT 3I

I T + 3I

IT 3I
116 / 163

A. A. A. C. Barrias
I I j

IT I I j
IT
IT + 2I I j
IT

I T + 3I
IT 3I

I I I T + 3I

I IT I

IT + 2I I T + 3I

IT IT + 2I

IT

IT
117 / 163

A. A. A. C. Barrias
Y2d5 Y26-d1

I
Y26 j
d1
I 0 5

IT I 4 I j 9
IT
IT + 2I 8 I j 1
IT

I T + 3I
IT 3I

Y26 Y2d5 d1 yn6 Y2yn0 Y26


0 I I 5 5 5

4 I IT
I I T + 3I 9 9 9

8 IT + 2I IT + 2I I T + 3I 1 1 1
IT

IT

IT
118 / 163

A. A. A. C. Barrias
Y2d7 Y26-d11

Y26 d11
I 0 I j 7

IT I 4 I j 11
IT
IT + 2I
8 I j 3
IT

I T + 3I
IT 3I

Y2d7 Y2yn0
Y26 d11 yn6 Y26
0 I I I T + 3I 7 7 7

4 I IT 11 11 11
I

8 IT + 2I I T + 3I 3 3 3
IT IT + 2I

IT

IT
119 / 163

A. A. A. C. Barrias
Y2d11 Y26-d7

Y26 d7 j
I 0 I 11

IT I 4 I j 3
IT
IT + 2I
8 I j 7
IT
I T + 3I
IT 3I

Y2d11 Y2yn0
Y26 d7 yn6 Y26
0 I I 11 11 11

4 IT I T + 3I 3 3 3
I I

8 IT + 2I IT + 2 I I T + 3I 7 7 7
IT

IT

IT
120 / 163

A. A. A. C. Barrias
121 / 163

22.5. Transformadores Yd: Criação de um Neutro Artificial

Yd1 Y6 – d5
NY
m = 3• ∠- 1h ∧i = I
Yd1 nd

Y6 d5

A b I
NY nd
a
3
I
m Yd1
B c I I
NY 2 nd
b
3
I
m Yd1 2I 3I
C a I
NY nd
c
3I

I I I

z7

I I I

3I

3I

A. A. A. C. Barrias
122 / 163

Yd5 Y6 – d1

NY
m = 3• ∠- 5h ∧i = I
Yd5 nd

Y6 d1
3
I
A m Yd5 c I a I
NY nd

B b I
NY 2 nd
a
3
I
m Yd5 2I 3I
C I c
NY nd
b
3I

I I I

z7

I I I

3I

3I

A. A. A. C. Barrias
123 / 163

NY
m = 3 • ∠- 7h ∧i = I
Yd7 nd

3
I
m Yd7 I I

3
I
m Yd7 2I 3I
I

3I

I I I

I I I

3I

3I

A. A. A. C. Barrias
124 / 163

NY
m = 3 • ∠- 11h ∧i = I
Yd11 nd

3
I
m Yd11 I I

3
I
m Yd11 2I 3I
I

3I

I I I

I I I

3I

3I

A. A. A. C. Barrias
Yd1 Y6 – d5

Y6 d5
0 I 1

3 I I I
4 5
2

3 I I 2I 3I
8 9

I I I

3I
z7

I I I

Y2d1 Y2(d)yn0
Y26 d5 I
yn6 d Y26
0 1 1 I I 1

I
4 3 I I 5 5 I I 5

2I
I 9 2I I 3I 9
8 3 I 9
125 / 163

A. A. A. C. Barrias
Yd5 Y6 – d1

Y6 d1
0 3 I I I 5

4 I 9
2

8 3 I I 3I 1
2I

I I I

3I

z7
I I I

Y2d5 Y2(d)yn0

Y26 d1 yn6 d Y26


I
0 3 I I
5 5 I I
5

I
4 9 9 I I 9

2I
8 3 I I 1 1 2I I 3I 1
126 / 163

A. A. A. C. Barrias
Yd7 Y6 – d11

Y6 d11
0 I 7

4 3 I I I 11
2

8 3 I I 2I 3I 3

I I I

3I

z7
I I I

Y2d7 Y2(d)yn0
Y26 d11
I
yn6 d Y26
0 7 7 I I 7

I
4 3 I I 11 11 I I 11

2I
8 3 I I 3 3 2I I 3I 3
127 / 163

A. A. A. C. Barrias
3 I I I

3 I I 2I 3I

I I I

3I

I I I

I
3 I I I I

I
I I

2I
3 I I 2I I 3I
128 / 163

A. A. A. C. Barrias
129 / 163

22.6. Transformadores Yd: Criação de um Neutro Artificial

Também é possível criar um neutro artificial utilizando um transformador YN(d) como se mostra nas
figuras seguintes. A Protecção Diferencial é igual à que utilizámos quando o neutro artificial é criado por
uma reactância em ziguezague que, também, limita, usualmente, a corrente de curto-circuito monofásico à
terra a 300 A ou a 1000 A.
Não necessito, portanto, repetir os esquemas desta Protecção Diferencial.

Yd1 Y6 – d5

NY WY
m = 3• ∠- 1h ∧i = I ∧k = 3• ∠- 5h
Yd1 nd Yd5 wd

Y6 d5

A b I
NY nd
a
3
I
m Yd1 I
B c I
NY 2 nd
b
3
I
m Yd1 2I 3I
C a I
NY nd
c

3I

Yd5 Y6 – d1
I I I

W
Y
W
Y
W
Y
Y6

3I 3I

w
d
w
d
w
d
d1
1 1 1
I I I
3 3 3

A. A. A. C. Barrias
130 / 163

Yd5 Y6 – d1

NY WY
m = 3• ∠- 5h ∧i = I ∧k = 3• ∠- 5h
Yd5 nd Yd5 wd

Y6 d1
3
I
A m Yd5 c I a I
NY nd

B b I
NY 2 nd
a
3
I
m Yd5 2I 3I
C I c
NY nd
b

3I

Yd5 Y6 – d1
I I I

W
Y
W
Y
W
Y
Y6

3I
3I

w
d
w
d
w
d
d1
1 1 1
I I I
3 3 3

A. A. A. C. Barrias
131 / 163

Yd7 Y6 – d11

NY WY
m = 3• ∠- 7h ∧i = I ∧k = 3 • ∠- 5h
Yd7 nd Yd5 wd

Y6 d11

A b I
NY nd
a
3
I
B m Yd7 c I I
NY 2 nd
b
3
I
m Yd7 2I 3I
C a I
NY nd
c

3I

Yd5 Y6 – d1

I I I

W
Y
W
Y
W
Y
Y6

3I 3I

w
d
w
d
w
d
d1
1 1 1
I I I
3 3 3

A. A. A. C. Barrias
132 / 163

Yd11 Y6 – d7

NY WY
m = 3 • ∠- 11h ∧i = I ∧k = 3 • ∠- 5h
Yd11 nd Yd5 wd

Y6 d7
3
I
A m Yd11 c I a I
NY nd

B b I
NY 2 nd
a
3
I
m Yd11 2I 3I
C I c
NY nd
b

3I

Yd5 Y6 – d1
I I I

W
Y
W
Y
W
Y
Y6

3I 3I

w
d
w
d
w
d
d1
1 1 1
I I I
3 3 3

A. A. A. C. Barrias
133 / 163

22.7 Transformadores Yz

2 NY
m = • ∠- 1h ∧i = 3 • m •I
Yz1 3 nz Yz1

3 m Yz1 I
3I

3 m Yz1 I
3I

3 m Yz1 I

2 NY
m = • ∠- 5h ∧i = 3 • m •I
Yz5 3 nz Yz5

3I 3 m Yz5 I

3I 3 m Yz5 I

3 m Yz5 I

A. A. A. C. Barrias
134 / 163

2 NY
m = • ∠- 7h ∧i = 3 • m •I
Yz7 3 nz Yz7

3I 3 m Yz7 I

3 m Yz7 I
3I

3 m Yz7 I

2 NY
m = • ∠- 11h ∧i = 3 • m •I
Yz11 3 nz Yz11

3I 3 m Yz11 I

3 m Yz11 I
3I

3 m Yz11 I

A. A. A. C. Barrias
3I 3I

3I 3I

3I

I
I I

I
3I I I I

2I
3I I 2I I 3I
135 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 3I

3I 3I

3I

I
I
3I I I

I
I
I

2I
3I I 2I I 3I
136 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 3I

3I 3I

3I

I
I I

I
3I I I I

2I
3I I 2I I 3I
137 / 163

A. A. A. C. Barrias
3I 3I

3I 3I

3I

I
3I I I I

I
I I

2I
3I I 2I I 3I
138 / 163

A. A. A. C. Barrias
139 / 163

23. TRANSFORMADORES DE CORRENTE

Classe de Precisão de um Transformador de Corrente

Designação aplicada a um Transformador de Corrente cujos erros estão compreendidos entre os limites
especificados para as condições de utilização especificadas.

Classe de Precisão de um Transformador de Corrente para Medida: Índice de Classe

É caracterizada por um número (Índice de Classe) igual ao “Limite Superior do Erro de Corrente”, ε i ,
expresso, em percentagem, para a “Corrente Primária Estipulada”, I pn , e para a “Impedância da Carga de
Precisão”, ZB .

Nota: As “Classes de Precisão” normalizadas, para os “Transformadores de Corrente para Medida”, são:

0,1 - 0,2 - 0,5 - 1 - 3 e 5

Classe de Precisão de um Transformador de Corrente para Protecção: Índice de Classe

É caracterizada por um número (Índice de Classe) igual ao “Limite Superior do Erro Composto, ε c , para
a “Corrente Limite de Precisão Estipulada”, I pL , e para a “Impedância da Carga de Precisão”, ZB , e pela
letra P (inicial da palavra Protecção).

Nota: As “Classes de Precisão” normalizadas para os “Transformadores de Corrente para Protecção” são:

5P e 10P.

Dimensionamento dos Condutores de Ligação das Saídas dos Secundários dos Transformadores de
Corrente à Aparelhagem de Medida e de Protecção

1 L
Como sabemos, R c = • .
σ S

Com:

R c : Resistência de um condutor de ligação (Ω).

σ : Condutibilidade do material do condutor (S.m-1).

L : Comprimento de um condutor de ligação (m).

s : Secção dos condutores de ligação (m2).

Também sabemos que, Z c = R c + j X c .

Com:

Zc : Impedância de um condutor de ligação (Ω).

R c : Resistência de um condutor de ligação (Ω).

A. A. A. C. Barrias
140 / 163

X c : Reactância de um condutor de ligação (Ω).

Em geral, X c ≅ 0.

Pelo que: Zc = R c .

Recordamos ainda que, as impedâncias das cargas secundárias dos Transformadores de Corrente são,
geralmente, caracterizadas pela “Potência Aparente Absorvida” (VA), para um dado “Factor de
Potência”, ( cos φ ).

Nesta aproximação, cos φ = 1 e para a “Corrente Secundária Estipulada”, Isn , dos Transformadores de
Corrente.

A “Potência Aparente Absorvida”, Sc , pelos dois condutores de ligação (ver figura na página seguinte),
admitindo que o material condutor é o cobre ( σ = 56 S.mm-1), é:
2
Sc = 2 • R c • Isn .

Tomando (por referência) o comprimento de um condutor de ligação: L = 100m, obtemos a tabela


seguinte:

s (mm2) Isn (A) Sc (VA)

2,5 1 1,4

2,5 5 35

4 1 0,9

4 5 22

6 1 0,6

6 5 15

10 1 0,4

10 5 9

A. A. A. C. Barrias
141 / 163

I pn
RC

P1
Isn
S1
(1) Isn
S2

P2

RC I pn

(1): “Aparelhagem de Medida” ou “Aparelhagem de Protecção”.

Correcção de Espiras: CE

C E = N 's - N s

Com:

C E : Correcção de espiras.

N s' : Número de espiras que deveria ter o enrolamento secundário do Transformador de Corrente para que,
' I pn
' Ns
a “Relação do Enrolamento”, K E = , fosse igual à “Relação de Transformação Estipulada”, K n = .
Np Isn

N s : “Número de Espiras do Enrolamento Secundário” do Transformador de Corrente.

Nota:

' I pn I pn
' Ns '
KE = Kn ⇒ = ⇔N s = N p • .
Np Isn Isn

A “Correcção de Espiras”, expressa em percentagem, CE (%) , é definida pela relação:

A. A. A. C. Barrias
142 / 163

N' N
s s
-
C '
N -N N N K -K
E s s p p n E
C (%) = • 100% ⇔ C = • 100% ⇔ C (%) = • 100% ⇔ C (% ) = • 100% .
E N' E N ' E N ' E K
n
s s s
N
p

Ns
Sendo, K E = , a “Relação do Enrolamento” do Transformador de Corrente.
Np

Corrente de Aquecimento ou Corrente Térmica Contínua Estipulada, I pAQ

Valor eficaz da corrente primária que pode passar indefinidamente no Transformador de Corrente, com o
enrolamento secundário a debitar sobre a “Impedância da Carga de Precisão”, ZB , sem que o
aquecimento ultrapasse os valores limites especificados.

Nota: Salvo indicação em contrário, a “Corrente de Aquecimento”, I pAQ , é igual à “Corrente Primária
Estipulada”: I pAQ = I pn .

Corrente Dinâmica Estipulada: Idyn

Valor de pico (crista) da corrente primária que o Transformador de Corrente pode suportar, sem alteração
das suas características eléctricas e mecânicas, por acção dos esforços electromagnéticos resultantes, com
o secundário em curto-circuito.

Nota: O valor normal da “Corrente Dinâmica Estipulada” é: Idyn = 2,5 • I th .

Corrente de Curto-Circuito Térmica Estipulada: I th

Valor eficaz da corrente primária que o Transformador de Corrente pode suportar, durante 1s, sem
alteração das suas características dieléctricas e de precisão, com o secundário em curto-circuito.

Corrente de Excitação: Ie

Valor eficaz da corrente que percorre o enrolamento secundário do Transformador de Corrente, quando
aplicamos aos terminais secundários uma tensão sinusoidal à frequência estipulada, e os enrolamentos
primários e todos os outros eventualmente existentes estão em circuito aberto.

Corrente Limite Primária de Segurança Estipulada: I pLSe

Valor mínimo eficaz da corrente primária para o qual o “Erro Composto”, ε c , do Transformador de
Corrente para Medida, é igual ou superior a 10%, sendo a “Impedância Actual da Carga Secundária”,
Zsa , igual à “Impedância da Carga de Precisão”: Zsa = Z B .

Nota: O “Erro Composto”, ε c , deverá ser maior do que 10% para proteger os aparelhos de medida
alimentados pelo Transformador de Corrente contra as correntes de valores elevados que surjam no caso
de um curto-circuito na rede.

A. A. A. C. Barrias
143 / 163

Corrente Limite Primária de Precisão Estipulada: I pLPe

Valor máximo eficaz da corrente primária para o qual o Transformador de Corrente para Protecção,
satisfaz às prescrições respeitantes ao “Erro Composto”, ε c .

Corrente Primária Estipulada: I pn

Valor eficaz da corrente primária que figura na designação do Transformador de Corrente e em função da
qual são determinadas as suas condições de funcionamento.

Nota: Os valores normais das correntes primárias estipuladas, em amperes, são:

10 - 12,5 - 15 - 20 - 25 - 30 - 40 - 50 - 60 - 75, e os seus múltiplos ou submúltiplos decimais.

Os valores preferenciais das correntes primárias estipuladas estão sublinhados.

Corrente Secundária Estipulada: Isn

Valor eficaz da corrente secundária que figura na designação do Transformador de Corrente e em função
da qual são determinadas as suas condições de funcionamento.

Nota: Os valores normais das correntes secundárias estipuladas em amperes são:

1 - 2 - 5, sendo, este último, o valor preferencial.

Para os Transformadores de Corrente cujos secundários sejam ligados em triângulo, os valores


precedentes divididos por √3 são também valores normais.

Erro Composto: ε c

Em regime permanente, é o valor eficaz da diferença entre os valores instantâneos da corrente primária,
i p , e o produto da “Relação de Transformação Estipulada”, K n , pelos valores instantâneos da corrente
secundária, i s .

Os sentidos positivos da corrente primária e da corrente secundária, correspondem às convenções


utilizadas na identificação dos terminais.

O “Erro Composto” é, geralmente, expresso em percentagem do valor eficaz da corrente primária, Ip:

1T

T0
( K ⋅i −i
n s p
) 2
dt
ε c (%) = ⋅ 100%
I
p

Com:

ε c (%) : Erro composto expresso em %.

T: Período das correntes (s).

K n : Relação de transformação estipulada (-).

A. A. A. C. Barrias
144 / 163

i s : Valor instantâneo da corrente secundária (A).

i p : Valor instantâneo da corrente primária (A).

I p : Valor eficaz da corrente primária (A).

Erro de Corrente (de Relação): ε i

Erro que o Transformador de Corrente introduz na medida de uma corrente e que resulta do facto da
“Relação de Transformação Actual”, K a , não ser igual à “Relação de Transformação Estipulada”, K n .

O “Erro de Corrente”, expresso em percentagem, é dado pela fórmula:

K n • Is - I p
ε i (%) = • 100%
Ip

Ou seja:

Kn - Ka
ε i (%) = • 100%
Ka

Com:

ε i (%) : Erro de corrente (de relação) expresso em %.

K n : Relação de transformação estipulada (-).

Is : Corrente secundária correspondente à corrente primária, Ip, nas condições de medida (A).

I p : Valor eficaz da corrente primária (A).

K a : Relação de transformação actual (-).

Erro de Fase: δ

É a “Diferença de Fase”, expressa em minutos ou em centiradianos, entre as correntes primária e


secundária, supostas sinusoidais, e convencionando que, para um “Transformador de Corrente Ideal”, os
sentidos dos “fasores” representativos das correntes primária e secundária são tais que é nula a sua
“Diferença de Fase”.

Nota: Por convenção, o “Erro de Fase”, δ , é positivo sempre que o “fasor” representativo da corrente
secundária estiver em avanço sobre o “fasor” representativo da corrente primária.

Factor Limite de Precisão Estipulado, FPn

I pL
FPn = .
I pn

Com:

A. A. A. C. Barrias
145 / 163

FPn : Factor limite de precisão estipulado (-).

I LpSe : Corrente limite primária de precisão estipulada (A).

I pn : Corrente primária estipulada (A).

Nota: Os valores normais, do “Factor Limite de Precisão Estipulado”, FPn , são:

5 - 10 - 15 - 20 e 30.

A noção de “Factor Limite de Precisão Estipulado”, FPn , é apenas aplicável aos “Transformadores de
Corrente para Protecção”.

A protecção dos aparelhos alimentados pelo Transformador de Corrente é tanto maior, no caso de ocorrer
um curto-circuito na rede onde o enrolamento primário está intercalado, em série, quanto maior for o
“Factor Limite de Protecção Estipulado”, FPn.

Factor Limite de Precisão Actual, FPa

Z B + Zs
FPa = • FP .
n
Zsa + Zs

Com:

FPa : Factor limite de precisão actual (-).

ZB : Impedância da carga de precisão (Ω).

Zs : Impedância do enrolamento secundário (Ω).

Zsa : Impedância actual da carga secundária (Ω).

FPn : Factor limite de precisão estipulado (-).


2 2 2
Z B + Zs Isn Z B • Isn + Zs • Isn SB + Ss
Nota: •
2 = 2 2 =
Zsa + Zs Isn Zsa • Isn + Zs • Isn Ssa + Ss

Pelo que:

SB + Ss
FPa = • FP .
n
Ssa + Ss

Com:

SB : Potência de precisão (VA).

Ss : Potência aparente consumida na impedância do enrolamento secundário do Transformador de


Corrente (VA).

Ssa : Potência aparente consumida na impedância actual da carga secundária (VA).

A. A. A. C. Barrias
146 / 163

Factor de Segurança Estipulado, FSn .

I LpSe
FSn =
I pn

Com:

FSn : Factor de segurança estipulado (-).

ILpSe: Corrente limite primária de segurança estipulada (A).

I pn : Corrente primária estipulada (A).

Nota: A noção de “Factor de Segurança Estipulado”, FSn , é apenas aplicável aos “Transformadores de
Corrente para Medida”.

A segurança dos aparelhos alimentados pelo Transformador de Corrente é tanto maior, no caso de ocorrer
um curto-circuito na rede onde o enrolamento primário está intercalado, em série, quanto menor for o
“Factor de Segurança Estipulado”, FSn .

Factor de Segurança Actual, FSa .

Z B + Zs
FSa = • FS
n
Zsa + Zs

Com:

FSa : Factor de segurança actual (-).

ZB : Impedância da carga de precisão (Ω).

Zs : Impedância do enrolamento secundário (Ω).

Zsa : Impedância actual da carga secundária (Ω).

FSn : Factor de segurança estipulado (-).

2 2 2
Z B + Zs Isn Z B • Isn + Zs • Isn SB + Ss
Nota: •
2 = 2 2 = .
Zsa + Zs Isn Zsa • Isn + Zs • Isn Ssa + Ss

Pelo que:

SB + Ss
FSa = • FS .
n
Ssa + Ss

Com:

A. A. A. C. Barrias
147 / 163

FSa : Factor de segurança actual (-).

SB : Potência de precisão (VA).

Ss : Potência aparente consumida na impedância do enrolamento secundário do Transformador de


Corrente (VA).

Ssa : Potência aparente consumida na impedância actual da carga secundária (VA).

Factor de Sobreintensidade, Fcc

I th
Fcc =
I pn

Com:

Fcc : Factor de sobre intensidade (-).

I th : Corrente de curto-circuito térmica estipulada (A).

I pn : Corrente primária estipulada (A).

Força Electromotriz Limite Secundária de Transformadores de Corrente para Medida, E sL

E sL = FSn • Isn • ( ZB + Zs ) .

Com:

E sL : Força electromotriz limite secundária (V).

FSn : Factor de segurança estipulado (-).

Isn : Corrente secundária estipulada (A).

ZB : Impedância da carga de precisão (Ω).

Zs : Impedância do enrolamento secundário (Ω).

Força Electromotriz Limite Secundária de Transformadores de Corrente para Protecção, E sL

E sL = FPn • Isn • ( ZB + Zs ) .

Com:

E sL : Força electromotriz limite secundária (V).

FPn : Factor limite de precisão estipulado (-).

A. A. A. C. Barrias
148 / 163

Isn : Corrente secundária estipulada (A).

ZB : Impedância da carga de precisão (Ω).

Zs : Impedância do enrolamento secundário (Ω).

Força Electromotriz Máxima Secundária na Ausência de Saturação, E sM

E sM = 4,44 • f • Ns • A u • BM .

Com:

E sM : Força electromotriz máxima secundária, em valor eficaz, na ausência de saturação (V).

f : Frequência da rede (Hz).

N s : Número de espiras do enrolamento secundário (-).

A u : Área útil do ferro do núcleo do circuito magnético (m2).

BM : Indução magnética máxima na ausência de saturação (T).

Nota:

Φ
M
Φ (t) = • cos ω t .
2

Como: Φ M = A u • BM .

A • BM
u
Φ (t) = • cos ω t .
2

Pela aplicação das leis de Faraday e de Lenz:

d Φ (t)
e s (t) = - N • .
s dt

A • B
u M
es (t) = -Ns • • ( - ω) • sen ωt .
2

ω
e (t) = • N • A • B • sen ω t .
s 2 s u M

2 π
e (t) = • f •N • A • B • sen ω t .
s 2 s u M


Como: = 4,44 .
2

A. A. A. C. Barrias
149 / 163

Vem:

e (t) = 4,44 • f • N • A • B • sen ω t .


s s u M

Pelo que:

E sM = 4,44 • f • Ns • A u • BM .

É o valor eficaz de e (t) .


s

Impedância da Carga de Precisão, ZB .

Valor da impedância do circuito secundário do Transformador de Corrente na qual se baseiam as


condições de precisão (Ω).

Impedância Actual da Carga Secundária, Zsa .

Valor da impedância do circuito secundário do TC com indicação do factor de potência (Ω).


Nota: A impedância actual da carga secundária é geralmente caracterizada pela potência aparente absorvida (VA),
para um factor de potência indicado e para a corrente secundária estipulada.

Impedância Total do Secundário, ZsT .

ZsT = Zsa + Zs .

Com:

ZsT : Impedância total do secundário (Ω).

Zsa : Impedância actual da carga secundária (Ω).

Zs : Impedância do enrolamento secundário do TC (Ω).

Modos de Ligar os Enrolamentos Secundários dos Transformadores de Corrente Principais

Os modos de ligar os enrolamentos secundários dos “Transformadores de Corrente Principais” são:

1º. Ligação dos enrolamentos secundários dos três “TCs Principais” em estrela com o neutro isolado.

2º. Ligação dos enrolamentos secundários dos três “TCs Principais” em estrela com o neutro acessível e
distribuído.

3º. Ligação dos enrolamentos secundários dos dois “TCs” em estrela incompleta.

4º. Ligação dos enrolamentos secundários dos dois “TCs Principais” em oito (8).

5º. Ligação dos enrolamentos secundários dos três “TCs Principais” em triângulo direito.

6º. Ligação dos enrolamentos secundários dos três “TCs Principais” em triângulo esquerdo.

A. A. A. C. Barrias
150 / 163

Indicamos, também, as fórmulas de cálculo da “Impedância Actual da Carga Secundária”, Zsa , para
diversos tipos de defeitos (curto-circuitos) que podem ocorrer nas redes onde os primários dos
Transformadores de Corrente Principais estão inseridos em série.

Adoptamos a nomenclatura seguinte:

Zc: Impedância de um condutor de ligação (Ω).

Zrf: Impedância de um relé ligado num condutor de fase (Ω).

Zrn: Impedância de um relé ligado no condutor neutro (Ω).

Zsa : Impedância Actual da Carga Secundária (Ω).

1º.

Ligação dos enrolamentos secundários dos três “Transformadores de Corrente Principais” em estrela com
o neutro isolado.

a b c

A B C
ia P1 ib P1 ic P1
IA IB IC
ia ib ic
S1 S1 S1
ia ib ic
S2 S2 S2
IA IB IC
ia P2 ib P2 ic P2
ia ic
n

Curto-Circuito Trifásico Simétrico Zsa = Zc + Z rf

Curto-Circuito Bifásico Zsa = Zc + Z rf

A. A. A. C. Barrias
151 / 163

2º.

Ligação dos enrolamentos secundários dos três “Transformadores de Corrente Principais” em estrela com
o neutro acessível e distribuído.

a b c

A B C
ia P1 ib P1 ic P1
IA IB IC
ia ib ic
S1 S1 S1
ia ib ic
S2 S2 S2
IA IB IC
ia P2 ib P2 ic P2
ia ic
n in = ia + ib + ic n
T

Curto-Circuito Trifásico Simétrico Zsa = Zc + Z rf

Curto-Circuito Bifásico Zsa = Zc + Z rf

Curto-Circuito Monofásico à Terra Zsa = 2 Zc + Z rf + Z rn

A. A. A. C. Barrias
152 / 163

3º.

Ligação dos enrolamentos secundários dos dois “Transformadores de Corrente Principais” em estrela
incompleta.

a c

A B C
ia P1 ic P1
IA IC
ia ic
S1 S1
IB
ia ic
S2 S2
IA IC
ia P2 ic P2
ia ic
n
in = ia + ic n
T

Curto-Circuito Trifásico Simétrico Zsa = 3 • Zc + Zrf

Curto-Circuito Bifásico (Fases A e C) Zsa = Zc + Z rf

Curto-Circuito Bifásico (Fases A e B ou B e C) Zsa = 2 Zc + Z rf

Curto-Circuito Monofásico à Terra Zsa = 2 Zc + Z rf

A. A. A. C. Barrias
153 / 163

4º.

Ligação dos enrolamentos secundários dos dois “Transformadores de Corrente Principais” em oito.

(Apenas um relé de fase. Zrf )

a c

A B C
ia - ic P1 ia - ic P1
IA IC
ic ia ia ic
S1 ia IB S1 ic
S2 S2
IA ia IC
ic ia P2 P2
ia ic

ic

Curto-Circuito Trifásico Simétrico Zsa = 3 • (2Zc + Zrf )

Curto-Circuito Bifásico (Fases A e C) Zsa = 2 • (2 Zc + Z rf )

Curto-Circuito Bifásico (Fases A e B ou B e C) Zsa = 2 Zc + Z rf

Curto-Circuito Monofásico à Terra Zsa = 2 Zc + Z rf

A. A. A. C. Barrias
154 / 163

5º.

Ligação dos enrolamentos secundários dos três “Transformadores de Corrente Principais” em triângulo
direito.

a b c

A B C
ia - ib P1 ib - ic P1 ic - ia P1
IA IB IC
ib ia ic ib ia ic
S1 S1 S1
ia ib ic
S2 S2 S2
ib
IA ic IB IC
P2 ib P2 P2
ia ic
ib
ia
ic

ia

Curto-Circuito Trifásico Simétrico Zsa = 3 • ( Zc + Zrf )

Curto-Circuito Bifásico Zsa = 3 • ( Zc + Zrf )

Curto-Circuito Monofásico à Terra Zsa = 2 • ( Zc + Zrf )

A. A. A. C. Barrias
155 / 163

6º.

Ligação dos enrolamentos secundários dos três Transformadores de Corrente Principais” em triângulo
esquerdo.

a b c

A B C
ia - ic P1 ib - ia P1 ic - ib P1
IA IB ib IC
ic ia ia ib ic
S1 S1 S1
ia ib ic
S2 S2 S2
ia ib IC
IA IB
ic ia ib
P2 P2 P2
ia ib ic

ic

Curto-Circuito Trifásico Simétrico Zsa = 3 • ( Zc + Zrf )

Curto-Circuito Bifásico Zsa = 3 • ( Zc + Zrf )

Curto-Circuito monofásico à Terra Zsa = 2 • ( Zc + Zrf )

Limites do Erro de Corrente e da Diferença de Fase de Transformadores de Corrente para Medida

Para os transformadores das "classes de precisão" 0,1 — 0,2 — 0,5 e 1, o “Erro de Corrente”, ε i , e a
“Diferença de Fase”, δ , à frequência estipulada, não devem ultrapassar os valores do quadro I seguinte,
sempre que a carga secundária está compreendida entre 25% e 100% da carga de precisão.

A. A. A. C. Barrias
156 / 163

QUADRO I

Limites do erro

Classe Erro de corrente (relação) Diferença de fase, ± , para os valores da corrente expressos
de em percentagem, ± , para os em percentagem da corrente estipulada
Precisão valores da corrente
expressos em percentagem
da corrente estipulada
minutos centiradianos
5 20 100 120 5 20 100 120 5 20 100 120
0,1 0,4 0,2 0,1 0,1 15 8 5 5 0,45 0,24 0,15 0,15
0,2 0,75 0,35 0,2 0,2 30 15 10 10 0,9 0,45 0,3 0,3
0,5 1,5 0,75 0,5 0,5 90 45 30 30 2,7 1,35 0,9 0,9
1,0 3,0 1,5 1,0 1,0 180 90 60 60 5,4 2,7 1,8 1,8

Nos transformadores de corrente para aplicações especiais (em particular em ligações a contadores de
energia eléctrica especiais que medem correctamente entre 50 mA e 6 A, isto é entre 1% e 120% da
corrente estipulada de 5A), das classes de precisão 0,2 S e 0,5 S, o “Erro de Corrente”, ε i , e a “Diferença
de Fase”, δ , à frequência estipulada, não devem ultrapassar os valores do quadro II seguinte quando a
carga secundária está compreendida entre 25% e 100% da carga de precisão.

Estas classes devem ser utilizadas principalmente para as relações 25/5, 50/5, e 100/5 e os seus múltiplos
decimais e somente para a “Corrente Secundária Estipulada” de 5A.

QUADRO II

Limites do erro dos transformadores de corrente para aplicações especiais

Este quadro é aplicado, unicamente, a transformadores cuja corrente secundária estipulada é 5 A

Classe Erro de corrente (relação) Diferença de fase, ± , para os valores da corrente expressos
de em percentagem, ± , para em percentagem da corrente estipulada
Precisão os valores da corrente
expressos em percentagem
da corrente estipulada
minutos centiradianos
1 5 20 100 120 1 5 20 100 120 1 5 20 100 120
0,2 S 0,75 0,35 0,2 0,2 0,2 30 15 10 10 10 0,9 0,45 0,3 0,3 0,3
0,5 S 1,5 0,75 0,5 0,5 0,5 90 45 30 30 30 2,7 1,35 0,9 0,9 0,9

A. A. A. C. Barrias
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Para os transformadores das classes 3 e 5, o “Erro de Corrente”, ε i , à frequência estipulada não deve
ultrapassar os valores do quadro III seguinte quando a carga secundária está compreendida entre 50% e
100% da “Carga de Precisão”, ZB .

QUADRO III

Limites do erro

Classe Erro de corrente (relação)


em percentagem, ±, para os
de
valores da corrente
Precisão expressos em percentagem
da corrente estipulada

50 120

3 3 3

5 5 5

Para as classes 3 e 5, não são impostos


quaisquer limites à diferença de fase.

Em todos os casos, a carga utilizada deve ser indutiva com um factor de potência igual a 0,8, salvo se (a
carga) absorver uma potência aparente inferior a 5 VA; neste caso, o seu factor de potência será a
unidade.

Em qualquer caso, a carga não deve ser inferior a 1 VA.

Limites do Erro de Corrente, da Diferença de fase e do Erro Composto dos Transformadores de


Corrente para Protecção

Para a “Potência de Precisão”, SB , e à frequência estipulada, o “Erro de Corrente”, ε i , a “Diferença de


Fase”, δ , e o “Erro Composto”, ε c (%) , não devem ultrapassar os valores do quadro IV seguinte.

A. A. A. C. Barrias
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QUADRO IV

Classe Erro de corrente para a Diferença de fase para a Erro composto para a
de corrente primária corrente primária corrente primária
Precisão estipulada em % estipulada limite de precisão em
%
minutos centiradianos

5P ±1 ± 60 ± 1,8 5

10 P ±3 - - 10

Para a determinação do “Erro de Corrente”, ε i , e da “Diferença de Fase”, δ , a impedância da carga deve


ser indutiva e igual à “Impedância da Carga de Precisão”, ZB , com um factor de potência igual a 0,8,
salvo se a potência correspondente for inferior a 5 VA; neste caso, a impedância da carga pode ser
resistiva (factor de potência unitário).

Para a determinação do “Erro Composto”, ε c (%) , o factor de potência da impedância da carga pode estar
compreendido entre 0,8 (circuito indutivo) e a unidade, à escolha do construtor.

Potência Aparente Consumida na Impedância do Enrolamento Secundário, Ss

Ss = Zs • Isn2

Com:

Ss : Potência aparente consumida na impedância do enrolamento secundário do TC (VA).

Zs : Impedância do enrolamento secundário do TC (Ω).

Isn : Corrente secundária estipulada (A).

Potência Aparente Consumida na Impedância Actual da Carga Secundária, Ssa


2
Ssa = Zsa • Isn

Com:

Ssa : Potência aparente consumida na impedância actual da carga secundária (VA).

Zsa : Impedância actual da carga secundária (Ω).

Isn : Corrente secundária estipulada (A).

A. A. A. C. Barrias
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Potência de Precisão, SB

SB = ZB • Isn2

Com:

SB : Potência de precisão (VA).

ZB : Impedância da carga de precisão (Ω).

Isn : Corrente secundária estipulada (A).

Nota: A potência de precisão, SB , é a potência aparente (expressa em VA, para um dado factor de
potência especificado) que o Transformador de Corrente pode fornecer ao circuito secundário, à corrente
secundária estipulada, Isn , e alimentando a impedância da carga de precisão, ZB .

Os valores normais da potência de precisão até 30 VA são:

2,5 - 5 - 10 - 15 e 30 VA.

Acima de 30 VA, as potências de precisão são escolhidas de harmonia com as necessidades.

Potência Aparente Total Consumida no Secundário, SsT

SsT = Ss + Ssa

SsT : Potência aparente total consumida no secundário (VA).

Ss : Potência aparente consumida na impedância do enrolamento secundário do TC (VA).

Ssa : Potência aparente consumida na impedância actual da carga secundária (VA).

Relação do Enrolamento, K E

N
s
KE =
N
p

Com:

K E : Relação do enrolamento (-).

N s : Número de espiras do enrolamento secundário (-).

N p : Número de espiras do enrolamento primário (-).

A. A. A. C. Barrias
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Relação de Transformação Actual, K a

I
p
Ka = A
I
s

Com:

K a : Relação de transformação actual (-).

I p : Corrente primária actual (A).

Is : Corrente secundária actual (A).

Relação de Transformação Estipulada, K n

I
pn
Kn = A
I
sn

Com:

K n : Relação de transformação estipulada (-).

I pn : Corrente primária estipulada (A).

Isn : Corrente secundária estipulada (A).

Identificação dos Terminais dos Transformadores de Corrente

1.: Identificação dos terminais – Regras gerais

A identificação dos terminais permite identificar:

a) Os enrolamentos primário e secundário;

b) As secções de cada enrolamento, sempre que ele está dividido em secções;

c) As polaridades relativas dos enrolamentos e das secções dos enrolamentos;

d) As saídas intermédias, caso existam.

1.1.: Modo de identificação

Os terminais devem ser identificados de uma forma clara e indelével, sobre a sua superfície ou na sua
vizinhança imediata.

As identificações devem ser feitas por letras maiúsculas seguidas ou, se necessário, precedidas de
números.

A. A. A. C. Barrias
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1.2.: Identificações a utilizar

As identificações dos terminais dos transformadores de corrente estão indicadas nas figuras 1 a 4 da
página seguinte.

1.3.: Indicações relativas à polaridade dos terminais

Os terminais identificados por P1, S1, C1 devem ter, a todo o instante, a mesma polaridade.

A. A. A. C. Barrias
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Transformadores de Corrente de Adaptação, Intermédios, Auxiliares ou de Ajustamento

1. Introdução

1.1: Admitimos, tal como acontece na maioria das instalações existentes em exploração que, os
Transformadores de Corrente Principais (de “Linha”), estão com os seus enrolamentos secundários
ligados em estrela e com o ponto neutro ligado directa e efectivamente à terra.

1.2: Os enrolamentos secundários dos Transformadores de Corrente de Adaptação, adstritos ao lado de


um enrolamento em estrela, devem ser ligados em triângulo.

1.3: Os enrolamentos secundários dos Transformadores de Corrente de Adaptação, adstritos ao lado de


um enrolamento em triângulo, devem ser ligados em estrela.

1.4: Os enrolamentos secundários dos Transformadores de Corrente de Adaptação, adstritos ao lado de


um enrolamento em ziguezague, devem ser ligados em estrela.

1.5: Os Transformadores de Corrente Principais e/ou os Transformadores de Corrente de Adaptação,


ligados a um “Relé Diferencial” devem ter o neutro ligado à terra num só ponto.

1.6: Se se incluírem mais do que um conjunto de Transformadores de Corrente de Adaptação ligados em


estrela, deverão ligar-se os neutros com um condutor isolado e ligá-los à terra num só ponto.

Com efeito, se as terras se fazem em dois ou mais pontos diferentes (ainda que numa barra colectora de
terra de pequena resistência) as correntes de defeito que fluem na terra ou na barra colectora de terra
podem produzir grandes diferenças de potencial entre as terras dos Transformadores de Corrente e
originar assim que a corrente flua no circuito da "Bobina Motora" do “Relé Diferencial”.

Tal corrente, pode originar a actuação (desnecessária) do “Relé Diferencial” ou causar danos nos
condutores do circuito.

1.7: Os Transformadores de Corrente de Adaptação têm, essencialmente, por finalidades:

1ª Compensar a diferença de fase existente entre as correntes dos lados de Alta e Baixa Tensão,
resultantes das ligações dos enrolamentos dos Transformadores de Potência a proteger.

2ª Igualizar essas correntes, para uma determinada carga do equipamento a proteger, e assegurar que a
corrente que percorre a "Bobina Antagonista" do “Relé Diferencial” (para o regime de funcionamento à
plena carga) seja igual a, pelo menos, 0,7 vezes a “Corrente Estipulada” do “Relé Diferencial”.

3ª Filtrar a “Componente Homopolar das Correntes”, no caso de Transformadores de Potência com o


neutro à terra ou de Auto Transformadores.

2. Sobre a Determinação das Relações de Transformação Estipuladas dos Transformadores de


Corrente de Adaptação, Auxiliares, Intermédios ou de Ajustamento

2.1 Como sabemos, a “Relação de Transformação Estipulada” de um Transformador de Corrente é


definida pela relação entre a “Corrente Primária Estipulada” e a “Corrente Secundária Estipulada”:

I pn
Kn = A.
Isn

2.2 A “Relação do Enrolamento” de um Transformador de Corrente é definida pela relação entre o


número de espiras do enrolamento secundário e o número de espiras do enrolamento primário:
A. A. A. C. Barrias
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Ns
KE= .
Np

2.3 Se não houver "Correcção de Espiras”, K n = K E , o que, fundamentalmente, garante a igualdade entre
as forças magneto motrizes (f.m.m.) primária e secundária:

I pn Ns
= ⇔N p I pn =N s Isn
Isn Np

2.4 No dimensionamento dos Transformadores de Corrente de Adaptação, a integrar na Protecção


Diferencial de um Transformador de Potência, é usual fixar:

2.4.1 A “Corrente Primária Estipulada” do “Transformador de Corrente de Ajustamento”, igual à


“Corrente Secundária Estipulada” dos Transformadores de Corrente Principais (de “Linha”).

2.4.2 A “Corrente Secundária Estipulada” dos Transformadores de Corrente de Adaptação, igual à


“Corrente Estipulada do Relé Diferencial”, se os Transformadores de Corrente Intermédios tiverem os
seus enrolamentos secundários ligados em estrela.

2.4.3 A “Corrente Secundária Estipulada” dos Transformadores de Corrente Auxiliares, igual à relação
entre a “Corrente Estipulada do Relé Diferencial” e o factor √3, se os Transformadores de Corrente
Intermédios tiverem os seus enrolamentos secundários ligados em triângulo.

Com efeito, as "Correntes nas Linhas" são √3 vezes maiores do que as "Correntes nas Fases" do triângulo
formado pelos secundários dos Transformadores de Correntes de Adaptação.

2.5 Caso os Transformadores de Corrente de Adaptação tenham um “Enrolamento Terciário” ligado em


“Triângulo Fechado” (de “Compensação das Correntes Homopolares”) é usual fixar-se a sua corrente
1
estipulada, Itn, em I tn = I , sendo, Ipn, a “Corrente Primária Estipulada” (dos Transformadores de
3 pn
Corrente de Adaptação).

Para finalizar, dou-lhes a conhecer (alguns) “Dados Pessoais”:

Nome Armando Augusto Alves de Carvalho Barrias

Data de Nascimento 1942-11-15

Licenciatura Engenharia Electrotécnica, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Ano da Licenciatura 1965

Empresas CEM-Companhia de Electricidade de Macau.


Por (Ordem Alfabética) EdP – Electricidade de Portugal.
Orplano (Grão Pará).
UEP Sul-União Eléctrica Portuguesa Sul.

Situação Profissional Reformado da EdP, em 2008-11-30.

A. A. A. C. Barrias

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