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Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado
ao pescoço,
consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa. Considera-se que
tenha o poder de
afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc. Pode ser
medalha, figura,
inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para
defesa, de
qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.
Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados.
No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê;
Babalaô; Babalossain; etc. Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de
Orixá nos candomblés.
Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou
imagem de santo. Usado como proteção.
Carregado: Pessoa que está com má vibrações espirituais, o que é demonstrado por
mal-estar, medo sem causa, etc.
Caruruto: Charuto.
Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes. Alguns templos colocam a imagem
de Obaluaiê.
Cera dos Três Reinos: 1: Carnaúba; 2: Abelha; 3: Parafina. São empregadas para
trabalhos de umbanda.
1: Reino Vegetal; 2: Reino Animal; 3 Reino Mineral.
Coité: Fruto do coitezeiro – seco ou partido com o meio pintado por dentro e por
fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.
Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar
pontos, etc. São feitas antes de uma sessão,
para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.
Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se
incorpore.
Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que
anulem as más influências sofridas pelos clientes,
através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.
Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e
sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.
Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos
orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja
perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o
mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada. Oferenda a exu com
finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Colocação no mato, nos rios, etc. das
oferendas votivas trocadas no templo por outras novas.
Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e
que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito.
Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas,
ruas, etc.
Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado ainda à matéria.
Falange: O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de
uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas
funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior.
Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação
de corrente vibratória.
Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de
defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o
culto.
Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que
vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.
Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que
enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.
Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser
manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.
Fundanga: Pólvora.
Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada única e
exclusivamente para a linha de caboclo.
H
Homem das Encruzilhadas: Exu.
Linha de Cura: Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto,
do que com o culto às divindades.
M
Macaia: Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.
Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa. Termo
utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi
escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.
Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade.
É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades
espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir.
Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais
durante determinadas cerimônias.
Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para virem aos templos.
Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado
com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium
incorporado identifica a entidade.
Porteira: Entrada do templo.
Quartinha: Vasilha de barro. Com alças é para feminino, sem abas orixá masculino.
Quimbanda: Linha ritual da umbanda que pratica a magia negra. Essa linha é assim
chamada pelos umbandistas da “Linha Branca” pois os praticantes se dizem apenas
umbandistas. A Quimbanda, influenciada mais diretamente pelos negros Bantus,
Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e
entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são
considerados espíritos desencarnados. Havendo entre eles os exus em evolução e os
quiumbas, mediante encomenda, realizam ou desmancham feitiços. Visando favorecer
ou prejudicar determinadas pessoas, geralmente os terreiros de quimbanda chamada
macumba para os leigos tem as mesmas características dos da linha de umbanda. Há
congas com imagens de santos católicos representativos de orixás, imagens de
caboclos e de pretos velhos tendo os exus (ou o exu chefe do terreiro) altar à
parte, dentro do salão. As giras de exu são freqüentes na linha da umbanda são
raras. Realizadas a partir da meia noite de 6a. feira. Exus e pombas giras
danças, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem gentilezas ou
palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais. A
cortina do conga fica fechada. A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a
terra e à morte. No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos
quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar algumas horas sobre um túmulo entre
velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e
depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda,
havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu. São muitos
usados em trabalho com pólvora, pós e ervas mágicas, galos e galinhas pretas. Os
despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com
velas, flores e fitas vermelhas em alguidares. Não sendo negativos todos os
despachos de rua. Há caboclos e pretos velhos que incorporam na quimbanda, dando
consultas em giras separadas dos Exus.
Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus. Receber: Dar
informação a entidade espiritual, entrar em transe.
Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as
quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas,
provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc. Tuia: Pólvora.