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ECOSSISTEMA FITAL Phyton = PLANTA

Remane Propôs o termo em 1933.


“Um habitat marinho dominado por plantas macroscópicas,
onde coexistem animais e plantas epífitas.”
McRoy & Helfeerich em 1977 e Masunari & Forneris em 1981:
Elevaram esta associação de plantas e animais ao nível de Ecossistema.
COMPOSIÇÃO:
O Ecossistema Fital é composto pela fauna associada às macrófitas marinhas.
FUNÇÕES:
1) Moradia para os organismos Epibiontes (Algas Epífitas, Hidrozoários e Briozoários) e
para a Fauna Fital associada.
A Fauna Fital Pode ser temporária ou permanente. Pode ser Vágil ou Séssil.
2) Abrigo contra predadores da fauna e para organismos pelágicos em fases larval ou
juvenil.
3) Fonte de Alimentação para organismos dos diversos níveis tróficos.

IMPORTÂNCIA:
1) São fundamentais para o equilíbrio do Ecossistema Marinho.
2) Apresentam alta Produtividade Primária.
Desencadeando alta transferência de Energia na orla oceânica.
Fornecem nutrientes para organismos nectônicos ou de costão (Sésseis ou Vágeis), dos mais
distintos níveis tróficos.
PLANTA SUBSTRATO:
1) LÍQUEN: Protocooperação (antiga Simbiose), entre alga unicelular e fungo.
Syn = união ose = Estado de
(Mutualismo= dependentes / Protocooperação = não são dependentes)
2) ALGAS SUPERIORES:
Divisões Chlorophyta (verdes), Rhodophyta (vermelhas) e Phaeophyta (pardas).
Fixam-se aos substratos por meio de apressórios.
3) GRAMAS MARINHAS (Sea Grasses): Traqueófitas Plantas vasculares
Apresentam rizomas, que se enterram no substrato móvel dos estuários.
São incapazes de viver fora do ambiente marinho.
No Brasil, a Espécie Rúpia marítima e o Gênero Halodule são os principais representantes.
Rúpia marítima: ocorrência restrita ao Rio Grande do Sul (Lagoa dos Patos)
Halodule: Ocorre ao longo da costa brasileira.

OBS: Não confundir com Plantas de Marismas (Salt Marsh Plants): Tolerantes a alta salinidade.
São gramas verdadeiras Gramíneas Halófitas.
Marismas: Brejos do Mar
FAUNA FITAL:
1) FAUNA SÉSSIL: 2) FAUNA VÁGIL:
Ascídias Equinodermos
 

Briozoários 

Moluscos
Cirripédias Nemertinos
 

Cnidários Coloniais Peixes


 

Esponjas 

Picnogonídeos
Hidrozoários Poliquetas
 

Turbelários


3) CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TAMANHO DOS ORGANISMOS:


I) MACROFAUNA II) MEIOFAUNA III) MICROFAUNA
>500µm ou 0,5mm >45µm <500µm ou >0,045mm <0,5mm <45µm ou < 0,045mm

Macrofauna vágil Meiofauna vágil Microfauna vágil


Tubelários Nematódeos Protozoários
Nemertinos Copépodes Harpacticóides Rotíferos
Poliquetas Ostracódios
Moluscos Acarinos
Anfípodes
Isópodes
Tanaidáceos
Picnogonídeos
Equinodermos
MOLUSCOS E ANFÍPODES: Grupos mais abundantes na macrofauna.
4) FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPOSIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E DENSIDADE DA
FAUNA ASSOCIADA AO FITAL:
I. FATORES ABIÓTICOS:
1) TEMPERATURA
2) TAXA DE O2 Atuam diretamente sobre a homeostase dos organismos.
3) SALINIDADE
4) HIDRODINÂMICA
5) SEDIMENTO
(Quantidade retida; Qualidade do sedimento Muita matéria orgânica pH).
6) LUMINOSIDADE
(Influencia na Taxa Fotossintética Cadeia trófica).
7) FATORES METEOROLÓGICOS
(A presença de nuvens e partículas de suspensão no ar, reduzem a incidência e a
absorção de luz sobre a superfície dos oceanos).
Nas latitudes do globo e ao longo das estações do ano, há:


1) Diferentes comprimentos de onda incididos.


2) Diferente reflexão e absorção de luz pela superfície da água ou por partículas em
suspensão.
II. FATORES BIÓTICOS:
1) FORMA, SUPERFÍCIE E TEXTURA DO TALO


ALGAS FILAMENTOSAS:
Chaetomorpha, Porphyra e Ulva, oferecem pouca proteção abrigam um pequeno
número de organismos.
2) ESPAÇO ENTRE OS RAMOS
3) ÍNDICE DE SEDIMENTAÇÃO
Quantidade de sedimentos aprisionados entre os ramos Alta densidade de espécies


detritívoras.
4) COEFICIENTE DE ADSORÇÃO
Capacidade de retenção de água. Disponibilidade de O2. Evita o ressecamento no


período de vazante da maré.


5) ELIMINAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS: Pode impedir a colonização.
6) PRESENÇA DE EPÍFITAS
Afetam o Índice de Sedimentação e o Coeficiente de Adsorção.


O Índice de Sedimentação e o Coeficiente de Adsorção, dependem diretamente da


forma, superfície e textura do talo.
III. ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICAS DA FAUNA FITAL:
1) FORMA DO CORPO (longilíneo, em forma de bastão...)
2) PRESENÇA DE ÓRGÃOS PREÊNSEIS (Ex: Cavalo-marinho)
3) POLICROMATISMO
4) CAMUFLAGEM
5) CURTO PERÍODO REPRODUTIVO (ou prolongado, em condições favoráveis)

IV. ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DA FAUNA FITAL:




Resistência às variações de:


1) SALINIDADE
2) OXIGÊNIO
3) LUMINOSIDADE
4) TEMPERATURA

V. COMPORTAMENTO DOS ANIMAIS DO FITAL:


DIA Restritos às regiões mais sombrias.
INTENSIDADE LUMINOSA MAIS ATIVOS
IRRADIAÇÃO DE CALOR EVITA O RESSECAMENTO
NOITE MIGRAM PARA ZONAS SUPERIORES
Tubícolas: Machos móveis e Fêmeas Sedentárias

RELAÇÕES TRÓFICAS NO ECOSSISTEMA FITAL:


Gramas Marinhas são pouco predadas Ouriço


Grande pastagem sobre as algas.


PREDADORES: Peixes e Crustáceos Decapodas.


DETRITÍVOROS: Nematódeos e Anfípodes.




SUSPENSÍVOROS: Esponjas, Briozoários, Cracas, Poliquetas e Gastrópodes.




PASTADORES: Ouriços e Poliquetas.


NECRÓFAGOS: Copépodas, Anfípodas e Isópodes.


HERBÍVOROS: Ostracodios e Peixes.


CARNÍVOROS: Estrelas-do-mar e Poliquetas.


SUGADORES Nematódeos.


RASPADORES: Gastrópodes.

FLUTUAÇÕES TEMPORAIS:
MUDANÇA DE DENSIDADE DAS ALGAS.


TAMANHO DAS ALGAS.




CONHECIMENTO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL


(Causas naturais das flutuações temporais)


ABUNDÂNCIA DAS ALGAS ABUNDÂNCIA DA FAUNA

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