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A origem do profeta

Deus nomeou Jeremias como profeta antes de seu nascimento. A


nomeação foi no sentido de ter um plano e um propósito para a vida
dele. Alguns pensam que o ser humano não tem condições de
rejeitar o plano divino. Buscam apoio nas palavras de Paulo
(Romanos 9.18) Outros, pensam que mesmo Deus tendo um plano
para a vida de todos nós, existe a liberdade de escolha para aceitar
este plano ou rejeitá-lo.

Jeremias era contemporâneo dos reis Josias, Jeoaquim e Zedequias


(Jeremias 1.3). Exerceu seu ministério entre 626 a 586 a.C.

Nasceu numa pequena aldeia sacerdotal chamada Anatote, que


distava uns seis quilômetros a nordeste de Micmás e sudeste de
Jerusalém. Anatote estava situada na terra de Benjamim, que foi
dada aos filhos de Arão. Era a terra de Abiatar, de quem o profeta
foi descendente Por revelação divina, neste lugar Jeremias comprou
um lote que tinha pertencido aos seus antepassados (1º Reis 2.26;
Jeremias 1.1; 32.7).

Pela sua linhagem, Jeremias poderia ter exercido o ofício levítico,


que lhe teria proporcionado prestígio e segurança. Flavio Josefo
afirmou que em Israel os sacerdotes eram honrados como se
pertencessem à nobreza.

A vida de Jeremias é uma da mais bem retratada no Antigo


Testamento, mais do que a de outros profetas, como Isaías, Ezequiel
e Profetas Menores.

A personalidade do profeta

O nome Jeremias significa Jeová exalta e Jeová derruba, que


poderia simbolizar as orações de seus pais a favor da desconsolada
nação, como também todas as aspirações do profeta.

Jeremias foi considerado o mais introspectivo dos profetas. Sua


personalidade é a mais claramente descrita no Antigo Testamento.
Não é nenhum exagero dizer que para entender o vocábulo profeta é
necessário estudar a vida de Jeremias.

Ele sempre buscou agradar, em tudo, aquEle que o salvou e o


convocou para a peleja. Por causa disso não foi nada popular entre
seus contemporâneos, pois exortou Judá a se submeter à
denominação do inimigo; mostrou ao povo que o ataque da nação
estrangeira era um castigo vindo do Senhor; e afirmou que Deus
precisava disciplinar a nação, uma vez que ela abandonou os
preceitos divinos.

Sendo profeta de severos juízos, tinha poucas amizades. Entre seus


amigos, havia Aicam, Gadalias, filho de Aicam, Ebede Meleque, e
Baruque (Jeremias 26.24; 39.14; 38.7-13; 39.15-18; 36.4-32).

A chamada do profeta

“E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que


sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós
mesmos; mas nossa capacidade vem de Deus” – 2ª Coríntios
3.4,5.

A chamada do profeta ocorreu no reinado de Josias (638-606 a.C.),


durou até a queda de Jerusalém.

Quando Jeremias foi chamado para o ofício profético identificou-se


como “uma criança” (na’ar, Jeremias 1.6). Este vocábulo é
ambíguo em hebraico, descreve infância (Êxodo 2.6) e adolescência
em seus últimos anos (1º Samuel 30.17). Então não sabemos com
certeza a idade de Jeremias, quando Deus o chamou para o
ministério profético. Vinte e um anos, talvez. A nossa certeza é que
o profeta foi vocacionado por Deus ainda na flor de seus dias.

Três coisas o Senhor fez em relação a Jeremias: conheceu-o,


santificou-o e o deu às nações. Quando o profeta ainda não existia,
já era conhecido de Deus; quando ainda não era ciente de sua
missão, já se achava separado para o ministério; ainda não sabia
falar, todavia, o Senhor já o tinha dado aos povos como arauto.
Quando ele recebeu sua chamada, assustou-se; quis recuar. Diante
da recusa de Jeremias, respondeu Jeová: “Não digas: Eu sou uma
criança; porque aonde quer eu te enviar, irás; e tudo quanto te
mandar, dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para
te livrar, diz o SENHOR. Após tocar seus lábios, diz: “Eis que
ponho as minhas palavras na tua boca” (Jeremias 1.7-9). Assim
Deus o comissionou e o capacitou.

Sobre a reação de recuo do profeta, escreveu F.B. Meyer: “Jeremias


era muito jovem e tentou esquivar-se da grande missão a ele
confiada. Os mais nobres sempre agem assim (Êxodo 4.10). Mais
adiante, disse Meyer: “Sempre que Deus nos dá uma comissão,
assume a responsabilidade da sua execução em nós, conosco ou
através de nós”.

Ele foi apontado como o profeta chorão e profeta solitário. Chorou


porque sofreu muito ao ver a apostasia da sua geração. Sua solidão
ocorreu porque recebeu a orientação de Deus para não se casar
(Jeremias 9.1; 13.17; 16.2).

A história do profeta cobriu um período quarenta anos. Depois da


queda de Jerusalém, ele foi forçado a fugir para o Egito, supõe-se
que ali tenha morrido por volta do ano 580 a.C.. A tradição judaica
afirma que foi apedrejado.
E.A.G.

O presente artigo é uma compilação de estudos em O Novo Dicionário da Bíblia


(Edições Vida Nova); Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); Bíblia de Estudo
NVI (Editora Vida); A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB); Bíblia de
Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB); Bíblia de Estudo Vida (Editora
Vida); Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010
(CPAD).

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