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Radiação corpuscular 1

Radiação corpuscular
Radiação corpuscular é a radiação constituída de um feixe de partículas elementares ou de núcleos atômicos, tais
como elétrons, prótons, nêutrons, mésons π (pi), dêuterons e partículas alfa.
Esse tipo de radiação é originada a partir da dissociação de núcleos instáveis, que bombardeiam seu redor com 2
tipos básicos de partículas radiotivas corpusculares:
alfa: constituída por 2 prótons e 2 nêutrons, é uma partícula grande e, portanto, com baixíssimo poder de penetração
e baixa velocidade, 1/10 da velocidade da luz. Uma folha de papel grosso é suficiente para impedir seu avanço.
beta: constituída por 1 elétron, é uma partícula pequena com velocidade equivalente a 9/10 da velocidade da luz.
Possui um poder moderado de penetração. Uma parede fina de concreto consegue impedir seu deslocamento.
Além disso, partículas radiotivas emitem raios gama, que são um tipo de emissão puramente energética. Possuem
velocidade igual à da luz e altíssimo poder de penetração, tendo sua trajetória desfalcada apenas por paredes de
concreto muito espessas ou placas de materiais resistentes à radiação, como o chumbo.
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Radiação corpuscular  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=18881036  Contribuidores: E2m, N&n's, Slasher, 8 edições anónimas

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Radiação cósmica de fundo 1

Radiação cósmica de fundo


Em Cosmologia, a radiação cósmica
de fundo é uma forma de radiação
eletromagnética prevista por George
Gamov, Ralph Alpher e Robert
Herman em 1948 e descoberta em
1965 por Arno Penzias e Robert
Woodrow Wilson, do Bell Telephone
Laboratories. Ela tem um espectro
térmico de corpo negro com
intensidade máxima na faixa de
microondas. A radiação cósmica de
fundo é, ao lado do afastamento das
galáxias e da abundância de elementos Imagem WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) da anisotropia da radiação
cósmica de fundo. (Março de 2006)
leves, uma das mais fortes evidências
observacionais do modelo do Big Bang
de criação do universo.[1]

Penzias e Wilson receberam o Nobel de Física em 1978 por essa descoberta.

Características
A radiação cósmica de fundo é uma radiação eletromagnética que preenche todo o universo, cujo espectro é o de um
corpo negro a uma temperatura de 2,725 kelvin. Ela tem uma freqüência de pico de 160,4 GHz, o que corresponde a
um comprimento de onda de 1,9 mm. Ela é isotrópica até uma parte em 100 000: as variações de seu valor eficaz são
de somente 18 µK.[2] O Far-Infrared Absolute Spectrophotometer (FIRAS), um instrumento no satélite COsmic
Background Explorer (COBE) da NASA, mediu cuidadosamente o espectro da radiação cósmica de fundo, o que o
tornou a medida mais precisa de um espectro de corpo negro de todos os tempos.[3]
A radiação cósmica de fundo é uma predição do da teoria do Big Bang. Segundo essa teoria, o universo inicial era
composto de um plasma quente de fótons, elétrons e bárions. Os fótons interagiam constantemente com o plasma
através do Efeito Compton. À medida que o universo se expandia, o desvio para o vermelho cosmológico fazia com
que o plasma esfriasse até que fosse possível aos elétrons combinarem-se com os núcleos atômicos de hidrogênio e
hélio para formarem átomos. Isso aconteceu por volta de 3000 K, ou quando o universo tinha aproximadamente
380 000 anos de idade (z=1088). Nesse momento, os fótons puderam começar a viajar livremente pelo espaço. Esse
processo é chamado "recombinação".
Os fótons continuaram a esfriar desde então, atingindo a temperatura de 2,7 K, e essa temperatura continuará a
diminuir enquanto o universo continuar a se expandir. Assim, a radiação do espaço que se mede hoje é oriunda de
uma superfície esférica, chamada superfície de última difusão, que representa a coleção de pontos no espaço (a cerca
de 46 bilhões de anos-luz da Terra, ver universo observável) na qual ocorreu o processo de recombinação descrito
acima, há 13,7 bilhões de anos, e cujos fótons chegam agora na Terra.
A teoria do Big Bang sugere que a radiação cósmica de fundo preenche todo o espaço observável, e que a maior
parte da energia do universo está na radiação cósmica de fundo, que constitui uma fração de aproximadamente
5×10−5 da densidade total do universo.[4]
Dois dos maiores sucessos da teoria do Big Bang são suas predições do seu espectro de corpo negro praticamente
perfeito e sua detalhada predição das anisotropias na radiação cósmica de fundo. A recente sonda Wilkinson
Microwave Anisotropy Probe (WMAP) mediu com precisão essas anisotropias através de todo o céu até escalas
Radiação cósmica de fundo 2

angulares de 0,2 graus.[5] Elas podem ser utilizadas para estimar os parâmetros do modelo padrão Lambda-CDM do
Big Bang. Algumas informações, como a forma do universo, podem ser obtidas diretamente da radiação cósmica de
fundo, enquanto outras, como a constante de Hubble, não são óbvias e precisam ser inferidas de outras medidas.[6]

História
A radiação cósmica de fundo foi predita por George Gamov, Ralph Alpher e Robert Herman em 1948. Além disso,
Alpher e Herman foram capazes de estimar a temperatura da radiação cósmica de fundo como sendo de 5 K.[7]
Apesar de que existissem diversas estimativas anteriores da temperatura do espaço, essas sofriam de diversos
inconvenientes. Primeiramente, elas eram medidas da temperatura efetiva do espaço, e não sugeriam que o espaço
fosse repleto com um espectro de Planck térmico; segundo, elas eram dependentes da nossa posição específica na
beira da Via Láctea e não sugeriam que a radiação fosse isotrópica. Além disso, elas levariam a predições
completamente diferentes se a Terra estivesse localizada em um outro lugar do Universo.[8]
Os resultados de Gamov não foram amplamente discutidos. No entanto, eles foram redescobertos por Robert Dicke e
Yakov Zel'dovich no início da década de 1960. Em 1964, isso incentivou David Todd Wilkinson e Peter Roll,
colegas de Dicke na Universidade de Princeton, a começar a construção de um radiômetro Dicke a fim de medir a
radiação cósmica de fundo.[9] Em 1965, Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson, do Bell Telephone Laboratories
perto de Holmdel, New Jersey, construíram um radiômetro Dicke que pretendiam utilizar para experiências de
radioastronomia e comunicação via satélite. O instrumento deles tinha um ruído térmico excessivo de 3,5 K que eles
não podiam explicar, e após diversos testes Penzias se deu finalmente conta que aquele ruído nada mais era do que a
radiação cósmica de fundo predita por Gamov, Alpher e Herman e mais tarde por Dicke. Após receber um
telefonema de Penzias, Dicke disse a famosa frase: "Gente, nos passaram para trás (Boys, we've been scooped)".[10]
Uma reunião entre as equipes de Princeton e Holmdel determinou que o ruído da antena era devido efetivamente à
radiação cósmica de fundo. Penzias e Wilson receberam o Prêmio Nobel de Física de 1978 pela descoberta.
A interpretação da radiação cósmica de
fundo foi um assunto controverso nos
anos 1960, com alguns defensores da
teoria do estado estacionário
argumentando que a radiação de fundo
era o resultado da difusão de luz estelar
de outras galáxias. Usando esse
modelo, e baseando-se no estudo de
características da linha de absorção no
espectro de estrelas, o astrônomo
Andrew McKellar escreveu em 1941:
"Pode-se calcular que a temperatura
rotacional do espaço interestelar é de
2 K."[11] No entanto, durante a década
de 1970, o consenso foi estabelecido
que a radiação cósmica de fundo é um
Melhoramentos sucessivos das observações das anisotropias (ou flutuações) da radiação
resquício do Big Bang. Isso ocorreu cósmica de fundo
principalmente porque novas medidas
em uma gama de freqüências mostraram que o espectro era um espectro térmico, de corpo negro, um resultado que o
modelo de estado estacionário foi incapaz de reproduzir.

Harrison, Peebles e Yu, e Zel'dovich deram-se conta que o universo primordial deveria ter heterogeneidades a nível
de 10−4 ou 10−5.[12] Rashid Sunyaev mais tarde calculou a marca observável que essas heterogeneidades teriam na
radiação cósmica de fundo.[13] Limites crescentes na anisotropia da radiação cósmica de fundo foram colocados
Radiação cósmica de fundo 3

através de experiências, mas a anisotropia foi detectada pela primeira vez pelo Differential Microwave Radiometer
(Radiômetro de microondas diferencial) do satélite COBE.[14]
Inspiradas pelos resultados obtidos pelo COBE, uma série de experiências de solo e baseadas em balões mediram as
anisotropias da radiação cósmica de fundo em escalas angulares inferiores ao longo da década seguinte. O objetivo
principal dessas experiências era medir a escala do primeiro pico acústico, que COBE não tinha resolução suficiente
para resolver. O primeiro pico na anisotropia foi detectado por tentativas pela experiência Toco e o resultado foi
confirmado pelos experimentos BOOMERanG e MAXIMA.[15] Essas medidas demonstraram que o universo é plano
e foram capazes de indicar a teoria de string cósmico como uma teoria de formação da estrutura cósmica, e
sugeriram que a Inflação cósmica é a teoria correta de formação estrutural.
O segundo pico foi detectado por tentativas por diversas experiências antes de ser definitivamente detectado pelo
WMAP, que também detectou por tentativas o terceiro pico. A polarização da radiação cósmica de fundo foi
primeiramente descoberta pelo Degree Angular Scale Interferometer (DASI).[16] Várias experiências para melhorar
as medidas da polarização da radiação cósmica de fundo em pequenas escalas angulares estão em andamento. Estas
incluem DASI, WMAP, BOOMERanG e o Cosmic Background Imager. Outras experiências incluem a sonda
Planck, o Telescópio cosmológico de Atacama e o Telescópio do Polo Sul.
[1] Kolb, E.W.; Turner, M.S. The Early Universe. Westview Press, 1993.
[2] Isso ignora a anisotropia dipolar, que é devida ao efeito Doppler da radiação de fundo causado pela nossa velocidade relativa ao resto do
cosmos. Essa característica é consistente com o movimento da Terra a 380 km/s em direção da constelação de Virgo.
[3] D. J. Fixen et al., "The Cosmic Microwave Background Spectrum from the full COBE FIRAS data set", Astrophysical Journal 473, 576–587
(1996).
[4] A densidade de energia de um espectro de corpo negro é , onde T é a temperatura, 'kB é a constante de Boltzmann,
é a constante de Planck e c a velocidade da luz no vácuo. Isso pode ser relacionado à densidade crítica do universo através dos
parâmetros do modelo Lambda-CDM.
[5] Astrophysical Journal Supplement, 148 (2003). Em particular, G. Hinshaw et al. "First-year Wilkinson Microwave Anisotropy Probe
(WMAP) observations: the angular power spectrum", 135–159.
[6] D. N. Spergel et al., "First-year Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) observations: determination of cosmological parameters",
Astrophysical Journal Supplement 148, 175–194 (2003).
[7] G. Gamow, "The Origin of Elements and the Separation of Galaxies," Physical Review 74 (1948), 505. G. Gamow, "The evolution of the
universe", Nature 162 (1948), 680. R. A. Alpher and R. Herman, "On the Relative Abundance of the Elements," Physical Review 74 (1948),
1577.
[8] A. K. T. Assis, M. C. D. Neves, "History of the 2.7 K Temperature Prior to Penzias and Wilson," (1995, PDF (http:/ / redshift. vif. com/
JournalFiles/ Pre2001/ V02NO3PDF/ V02N3ASS. PDF) | HTML (http:/ / www. dfi. uem. br/ ~macedane/ history_of_2. 7k. html)) mas veja
também N. Wright, "Eddington did not predict the CMB", (http:/ / www. astro. ucla. edu/ ~wright/ Eddington-T0. html).
[9] R. H. Dicke, "The measurement of thermal radiation at microwave frequencies", Rev. Sci. Instrum. 17, 268 (1946). Esse projeto básico para
um radiômetro foi utilizado na maioria das experiências posteriores implicando a radiação cósmica de fundo.
[10] A. A. Penzias and R. W. Wilson, "A Measurement of Excess Antenna Temperature at 4080 Mc/s," Astrophysical Journal 142 (1965), 419.
R. H. Dicke, P. J. E. Peebles, P. G. Roll and D. T. Wilkinson, "Cosmic Black-Body Radiation," Astrophysical Journal 142 (1965), 414. A
história é contada em P. J. E. Peebles, Principles of physical cosmology (Princeton Univ. Pr., Princeton 1993)
[11] A. McKellar, Publ. Dominion Astrophys. Obs. 7, 251.
[12] E. R. Harrison, "Fluctuations at the threshold of classical cosmology," Phys. Rev. D1 (1970), 2726. P. J. E. Peebles and J. T. Yu, "Primeval
adiabatic perturbation in an expanding universe," Astrophysical Journal 162 (1970), 815. Ya. B. Zel'dovich, "A hypothesis, unifying the
structure and entropy of the universe," Monthly Notices of the Royal Astronomical Society 160 (1972).
[13] R. A. Sunyaev, "Fluctuations of the microwave background radiation," in Large Scale Structure of the Universe ed. M. S. Longair and J.
Einasto, 393. Dordrecht: Reidel 1978. Enquanto esta é a primeira publicação a discutir a marca observável das heterogeneidades de densidade
como anisotropias na radiação cósmica de fundo, parte do trabalho de base baseava-se em Peebles e Yu, acima.
[14] G. F. Smoot et al. "Stucture in the COBE DMR first year maps", Astrophysical Journal 396 L1–L5 (1992). C. L. Bennett et al. "Four year
COBE DMR cosmic microwave background observations: maps and basic results.", Astrophysical Journal 464 L1–L4 (1996).
[15] A. D. Miller et al., "A measurement of the angular power spectrum of the cosmic microwave background from l = 100 to 400",
Astrophysical Journal 524, L1–L4 (1999). A. E. Lange et al., "Cosmological parameters from the first results of Boomerang". P. de Bernardis
et al., "A flat universe from high-resolution maps of the cosmic microwave background", Nature 404, 955 (2000). S. Hanany et al.
"MAXIMA-1: A measurement of the cosmic microwave background anisotropy on angular scales of 10'-5°", Astrophysical Journal 545
L5–L9 (2000).
[16] J. Kovac et al., "Detection of polarization in the cosmic microwave background using DASI", Nature 420, 772-787 (2002).
Radiação cósmica de fundo 4

Ver também
• Big Bang
• COBE
• WMAP

Ligações externas

Missões
• Site da missão COBE (http://aether.lbl.gov/www/projects/cobe/) (em inglês).
• Site da missão Archeops (http://www.archeops.org/) (em inglês).
• Site da missão BOOMERANG (http://cmb.phys.cwru.edu/boomerang/) (em inglês).
• Site da missão WMAP (http://map.gsfc.nasa.gov/) (em inglês).

Resultados
• The Cosmic Microwave Background Spectrum (http://fr.arxiv.org/pdf/astro-ph/9705101) (em inglês)., por
George F. Smoot
• The CMB Dipole: The Most Recent Measurement And Some History (http://fr.arxiv.org/pdf/astro-ph/
9609034) (em inglês)., por Charles H. Lineweaver
• A catalog of galaxies behind the Southern Milky Way (http://www.edpsciences.org/journal/index.
cfm?v_url=aas/full/2000/01/h1636/h1636.html) (em inglês)., por R.C. Kraan-Korteweg
• The Cosmic Microwave Background Anisotropy Experiments (http://fr.arxiv.org/pdf/astro-ph/9705135) (em
inglês). (pre BOOMERANG) por George F. Smoot

Aspectos cosmológicos
• A física das anisotropias da radiação cósmica de fundo (http://background.uchicago.edu/) (em inglês).
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Radiação cósmica de fundo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=17193236  Contribuidores: ChristianH, Mschlindwein, Py4nf, Thiago Guimarães, 3 edições anónimas

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Radiação eletromagnética 1

Radiação eletromagnética
As ondas eletromagnéticas são uma combinação de um campo elétrico e de um campo magnético que se propagam
simultaneamente através do espaço transportando energia. A luz visível cobre apenas uma pequena parte do espectro
de radiação eletromagnética possível. O conceito de ondas eletromagnéticas foi postulado por James Clerk Maxwell
e confirmado experimentalmente por Heinrich Hertz. Uma de suas principais aplicações é a radiotransmissão.

Radiação eletromagnética
A radiação eletromagnética são ondas que se auto-propagam pelo espaço, algumas das quais são percebidas pelo
olho humano como luz. A radiação eletromagnética compõe-se de um campo elétrico e um magnético, que oscilam
perpendicularmente um ao outro e à direção da propagação de energia. A radiação eletromagnética é classificada de
acordo com a freqüência da onda, que em ordem crescente da duração da onda são: ondas de rádios, microondas,
radiação terahertz (Raios T), radiação infravermelha, luz visível, radiação ultravioleta, Raios-X e Radiação Gama.

Ondas Electromagnéticas
As ondas electromagnéticas primeiramente foram “vistas” por James Clerk Maxwell e depois confirmadas por
Heinrich Hertz. Maxwell notou as ondas a partir de equações de electricidade e magnetismo, revelando sua natureza
e sua simetria. Faraday mostrou que um campo magnético variável no tempo gera um campo eléctrico, Maxwell
mostrou que um campo eléctrico variável com o tempo gera um campo magnético, com isso há uma
auto-sustentação entre os campos eléctricos e magnéticos. Em seu trabalho de 1862 Maxwell escreveu: " A
velocidade das ondas transversais em nosso meio hipotético, calculada a partir dos experimentos electromagnéticos
dos Srs. Kohrausch e Weber, concorda tão exactamente com a velocidade da luz, calculada pelos experimentos
óticos do Sr. Fizeau, que é difícil evitar a inferência de que a luz consiste nas ondulações transversais do mesmo
meio que é a causa dos fenómenos eléctricos e magnéticos". Ou seja, a luz é uma onda electromagnética.
De acordo com as equações de Maxwell, a variação de um campo eléctrico gera um campo magnético e vice-versa.
Então, como uma oscilação no campo eléctrico gera uma oscilação no campo magnético, o campo magnético
também gera uma oscilação no campo eléctrico, essa forma de oscilação de campos gera a onda electromagnética.

Propriedades
Os campos eléctrico e magnético obedecem aos princípios da superposição, sendo assim, seus vectores se cruzam e
criam os fenómenos da refracção e da difracção. Uma onda electromagnética pode interagir com a matéria e, em
particular, perturbar átomos e moléculas que as absorvem, podendo os mesmos emitir ondas em outra parte do
espectro. Também, como qualquer fenómeno ondulatório, as ondas electromagnéticas podem interferir entre si.
Sendo a luz uma oscilação, ela não é afectada pela estática eléctrica ou campos magnéticos de uma outra onda
electromagnética no vácuo. Em um meio não linear como um cristal, por exemplo, interferências podem acontecer e
causar o efeito Faraday, em que a onda pode ser dividida em duas partes com velocidades diferentes. Na refracção,
uma onda transitando de um meio para outro de densidade diferente, tem alteradas sua velocidade e direcção (caso
essa não seja perpendicular à superfície) ao entrar no novo meio. A relação entre os índices de refracção dos dois
meios determina a escala de refração medida pela lei de Snell (n1.sen i = n2.sen r , i = incidência, r = refração). A luz
se dispersa em um espectro visível porque a luz é reflectida por um prisma por causa da refração. As características
das ondas electromagnéticas demonstram as propriedades de partículas e da onda ao mesmo tempo, e se destacam
mais quando a onda é mais prolongada.
Radiação eletromagnética 2

Modelo de onda
Um importante aspecto da natureza da luz é a frequência. A frequência de uma onda é sua taxa de oscilação e é
medida em hertz, a unidade SI (Sistema Internacional) de frequência, onde um hertz é igual a uma oscilação por
segundo. A Luz normalmente tem um espectro de frequências que somados juntos formam a onda resultante.
Diferentes frequências formam diferentes ângulos de refração. Uma onda consiste nos sucessivos baixos e altos e a
distância entre dois pontos altos ou baixos é chamado de comprimento de onda. Ondas electromagnéticas variam de
acordo com o tamanho, de ondas de tamanhos de prédios a ondas gama pequenas menores que um núcleo de um
átomo. A frequência é inversamente proporcional ao comprimento da onda, de acordo com a equação:

onde v é a velocidade da onda, f é a frequência e λ (lambda) é o comprimento da onda. Na passagem de um meio


material para o outro, a velocidade da onda muda mas a frequência permanece constante. A interferência acontece
quando duas ou mais ondas resultam em um novo padrão de ondas. Se os campos tiverem os componentes nas
mesmas direcções, uma onda “coopera” com a outra, porém se estiverem em posições opostas há uma grande
interferência.

Modelo de partículas
Um feixe luminoso é composto por pacotes discretos de energia, caracterizados por serem consistidos em partículas
denominadas fótons. A frequência da onda é proporcional à magnitude da energia da partícula. Como os fótons são
emitidos e absorvidos por partículas, eles actuam como transportadores de energia. A energia contida em um fóton é
calculada pelo equação de Planck:

onde E é a energia, h é a constante de Planck, e f é a frequência. Se um fóton for absorvido por um átomo, ele excita
um elétron, elevando-o a um alto nível de energia. Se o nível de energia é suficiente, ele pula para outro nível maior
de energia, ele pode escapar da atração do núcleo e ser liberado em um processo conhecido como fotoionização. Um
elétron que descer ao nível de energia menor emite um fóton de luz igual a diferença de energia, como os níveis de
energia em um átomo são discretos, cada elemento tem suas próprias características de emissão e absorção.

Espectro Eletromagnético
Espectro Eletromagnético é classificado normalmente pelo comprimento da onda, como as ondas de rádio, as
microondas, a radiação infravermelha, a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X, até a radiação gama. O
comportamento da onda eletromagnética depende do seu comprimento de onda. Freqüências altas são curtas, e
freqüências baixas são longas. Quando uma onda interage com uma única partícula ou molécula, seu comportamento
depende da quantidade de fótons por ela carregada. Através da técnica denominada Espectroscopia óptica, é possível
obter-se informações sobre uma faixa visível mais larga do que a visão normal. Um laboratório comum possui um
espectroscópio pode detectar comprimentos de onde de 2 nm a 2500 nm. Essas informações detalhadas podem
informar propriedades físicas dos objetos, gases e até mesmo estrelas. Por exemplo, um átomo de hidrogênio emite
ondas em comprimentos de 21,12 cm. A luz propriamente dita corresponde à faixa que é detectada pelo olho
humano, entre 400 nm a 700 nm (um nanômetro vale 1,0×10−9 metros). [[As ondas de rádio]] são formadas de uma
combinação de amplitude, freqüência e fase da onda com a banda da freqüência.
Radiação eletromagnética 3

Interação da radiação
com a matéria

Efeitos biológicos
O efeito biológico mais óbvio das
ondas eletromagnéticas se dá em
nossos olhos: a luz visível impressiona
as células do fundo de nossa retina,
causando a sensação visual. Porém,
existem outros efeitos mais sutis.
Espectro eletromagnético com o espectro de luz visível indicado
Sabe-se que em determinadas
frequências, as ondas eletromagnéticas
podem interagir com moléculas presentes em organismos vivos, por ressonância. Isto é, as moléculas cuja frequencia
fundamental seja a mesma da onda em questão "captam" esta oscilação, como uma antena de TV. O efeito sobre a
molécula depende da intensidade (amplitude) da onda, podendo ir o simples aquecimento à modificação da estrutura
molecular. O exemplo mais fácil de ser observado no dia-a-dia é o de um forno de micro-ondas: as micro-ondas do
aparelho, capazes de aquecer a água presente nos alimentos, têm exatamente o mesmo efeito sobre um tecido vivo.
Os efeitos da exposição de um animal a uma fonte potente de microondas podem ser catastróficos. Por isso se exige
o isolamento físico de equipamentos de telecomunicações que trabalham na faixa de microondas, como as estações
rádio-base de telefonia celular.

Mas assim como as microondas afetam a água, ondas em outra frequência de ressonância podem afetar uma
infinidade de outras moléculas. Já foi sugerido que a proximidade a linhas de transmissão teria relações com casos de
câncer em crianças, por via de supostas alterações no DNA das células, provocadas pela prolongada exposição ao
campo eletromagnético gerado pelos condutores. Também já se especulou se o uso excessivo do telefone celular
teria relação com casos de câncer no cérebro, pelo mesmo motivo. Até hoje, nada disso foi provado.
Também já foram feitas experiências para analisar o efeito de campos magnéticos sobre o crescimento de plantas,
sem nenhum resultado conclusivo.
Existem equipamentos para a esterilização de lâminas baseados na exposição do instrumento a determinada radiação
ultravioleta, produzida artificialmente por uma lâmpada de luz negra.

Aplicações tecnológicas
Entre inúmeras aplicações destacam-se o rádio, a televisão, radares, os sistemas de comunicação sem fio (telefonia
celular e comunicação wi-fi), os sistemas de comunicação baseados em fibras ópticas e fornos de microondas.

Bibliografia
• John David Jackson,
"Classical Electrodynamics" (1998)
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Radiação eletromagnética  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=19224064  Contribuidores: Alexsandra riber, Angeloleithold, Arges, Beria, Bisbis, Cdang, Copat, Crespus2006,
Cvalente, Danilo jorge, Darwinius, Dpc01, E2m, Frajolex, Fredxavier, Joao, Joaopaulopontes, JosueJ, Juntas, Kim richard, Kleiner, Lgoncalv, Manuel Anastácio, Marcelo Reis, Marciowb, NH,
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Radiação gama 1

Radiação gama
Radiação Gama (γ)

Ciclos por segundo: ~ 60 EHz a 300 ZHz/300


YHz
Comprimento de onda: ~ 5 nm a 1 fm/1 am

Radiação gama ou raio gama (γ) é um tipo de radiação eletromagnética produzida geralmente por elementos
radioativos, processos subatômicos como a aniquilação de um par pósitron-elétron. Este tipo de radiação tão
energética também é produzido em fenômenos astrofísicos de grande violência. Possui comprimento de onda de
alguns picometros até comprimentos mais ínfimos como 10-15/10-18 metros.
Por causa das altas energias que possuem, os raios gama constituem um tipo de radiação ionizante capaz de penetrar
na matéria mais profundamente que a radiação alfa ou beta. Devido à sua elevada energia, podem causar danos no
núcleo das células, por isso usados para esterilizar equipamentos médicos e alimentos.
A energia deste tipo de radiação é medida em Megaelétron-volts (MeV). Um Mev corresponde a fótons gama de
comprimentos de onda inferiores a metros ou frequências superiores a Hz.
Os raios gama são produzidos na passagem de um nucleon de um nível excitado para outro de menor energia e, na
desintegração de isótopos radioativos. Estão geralmente associados com a energia nuclear e aos reatores nucleares. A
radioatividade se encontra no nosso meio natural, desde os raios cósmicos que bombardeiam a Terra provenientes do
Sol e das Galáxias de fora do nosso sistema solar, até alguns isótopos radioativos que fazem parte do nosso meio
natural.
Os raios gama produzidos no espaço não chegam à superfície da Terra, pois são absorvidos na parte mais alta da
atmosfera. Para observar o universo nestas frequências, é necessária a utilização de balões de grande altitude ou
observatórios espaciais.[1] Em ambos os casos se utiliza o efeito Compton para detectar os raios gama. Estes raios
são produzidos em fenômenos astrofísicos de alta energia como em explosões de supernovas ou núcleos de galáxias
ativas.
Em astrofísica se denominam erupções de raios gama (Gamma Ray Bursts) as fontes de raios gama que duram
alguns segundos ou algumas poucas horas, sendo sucedidas por um brilho decrescente da fonte em raios X. Ocorrem
em posições aleatórias do céu e sua origem permanece ainda sob discussão científica. Em todo caso parecem
constituir os fenômenos mais energéticos do universo.
A radiação gama é amplamente utilizada na medicina nuclear no tratamento de enfermidades como o câncer em um
processo denominado teleterapia, onde o paciente é exposto a uma fonte radioativa emissora gama sem que haja
contato físico com a tal fonte por um tempo pré determinado. É utilizado também em cirugias sem corte para
eliminação de tumores intracraniânos que é feita por um aparelho denominado faca gama. Sua aplicação mais
conhecida é a Tomografia por Emissão de Pósitrons (ou positrões em Português de Portugal) (PET), onde a a
emissão gama é direcionada em vários feixes gama em direção a detectores que posteriormente remontam fatia a
fatia toda a estrutura corpórea a ser analisada.
Radiação gama 2

Na ficção
A radiação gama ficou mais conhecida depois que Stan Lee criou o personagem das histórias em quadrinhos Marvel,
o Hulk; representado por um homem chamado Bruce Banner que foi atingido por raios gama e que toda vez que fica
com raiva vira um monstro denominado Hulk.

Ver também
• Fótons
• GRB
• Radioisótopos
• Radioatividade
[1] Abdalla, M.C.B.; Villela, T. Novas Janelas para o Universo .São Paulo: Editora UNESP, 2005. pp. 23-26. ISBN 85-7139-573-X
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Radiação gama  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=18242817  Contribuidores: AkcronSapiens, Albmont, AnibalSolon, E2m, Fernando (impacta.edu.br), Gunnex, Hugomaia,
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Radiação gravitacional 1

Radiação gravitacional
Onda gravitacional é a onda que transmite energia por meio de deformações no espaço-tempo, ou seja, por meio do
campo gravitacional. A teoria geral da relatividade prediz que massas aceleradas podem causar este fenômeno, que
se propaga com a velocidade da luz. Até 2005 nenhuma radiação gravitacional foi satisfatóriamente observada.
Bons candidatos para geradores destas ondas são corpos com grande massa acelerados: por exemplo, um sistema
binário. O pacote de onda da gravidade seria o gráviton, também não observado.
Existem diversos experimentos ao redor do mundo que buscam evidências de ondas gravitacionais. Eles se baseiam
em tentar detectar alterações da energia interna de corpos massivos a baixíssimas temperaturas confinados em
sistemas amortecidos em laboratório. Essas alterações da energia interna seriam supostamente causadas por ondas
gravitacionais oriundas de megaeventos no espaço, como o choque de estrelas.
Na Universidade de São Paulo, existe um detector de ondas gravitacionais, o Detector Mario Schenberg, que busca
tais evidências.
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Radiação gravitacional  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=16515576  Contribuidores: E2m, Prof.Maque, 8 edições anónimas

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Radiação ionizante 1

Radiação ionizante
Radiação ionizante é a radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas.
Pode danificar nossas células e afetar o material genético (DNA), causando doenças graves (por exemplo: câncer),
levando até a morte. A radiação eletromagnética ultravioleta (excluindo a faixa inicial da radiação ultravioleta) ou
mais energética é ionizante. Partículas como os elétrons e os prótons que possuam altas energias também são
ionizantes. São exemplos de radiação ionizante as partículas alfa, partículas beta (elétrons e protons), os raios gama,
raios-x e neutrons.

Radiação de fundo
Os níveis naturais de radiação constituem a chamada radiação de fundo. Sua existência se deve à presença de
radionúclideos, tais como 40K, 238U e 232Th, na atmosfera, hidrosfera e litosfera, e às ondas cósmicas, que atingem
a Terra vindas do espaço. Uma porção menos importante da radiação de fundo é devida a radionuclídeos de
meia-vida curta formados nas camadas superiores da atmosfera na interação de gases atmosféricos com ondas
cósmicas. (Pivovarov & Mikhalev 2004). Diferentes tipos de rocha emitem diferentes intensidades de radiação, e
alguns radionuclídeos, em especial o 40K, são encontrados em organismos vivos. Segundo Pivovarov & Mikhalev
(2004), a ação antrópica pode modificar essa radiação de três maneiras principais: redistribuindo radionuclídeos
artificiais; liberando no ambiente radionuclídeos artificais recentes, resultantes da produção de energia por fissão
nuclear; e pela produção, uso e descarte de radionuclídeos, artificais e naturais, na ciência, medicina e indústria.

Uso da radiação na medicina


Radiações podem ser usadas para pesquisa, diagnóstico e tratamento na medicina estando todos esses usos sujeitos às
regulações governamentais. Nos EUA, esses usos constituem a principal fonte de exposição humana a radiação
(US-EPA 2007). Na pesquisa, normalmente usam-se pequenas doses de radiação, na busca de novas formas de
diagnosticar e tratar doenças (Health Physics Society 2001). Um dos usos mais comuns, para diagnóstico, são os
raios-X; na Rússia 50% da população está sujeita a eles (Pivovarov & Mikhalev 2004), e nos EUA raios-X são
utilizados em mais de metade dos diagnósticos de ferimentos físicos (US-EPA 2007). Também se destacam a
tomografia computadorizada (CT scan) e o uso de radionuclídeos para formação de imagens na medicina nuclear
(Health Physics Society 2001). Quando usada para tratamento, o principal destaque é o uso da radioterapia para
combate ao câncer; neste caso, os radionuclídeos mais usados são: 131I, 32P, 89Sr e 153Sm; 60Co é usado
externamente, como um potente emissor Gamma (Health Physics Society 2001). Caso medidas adequadas de
segurança sejam adotadas, a contaminação por radionuclídeos em hospitais deve ser mínima. No entanto, Ho &
Shearer (1992), ao analisarem a contaminação em sanitários próximos aos laboratórios que utilizam radiação,
recomendaram que sejam designados sanitários especiais a pacientes realizando tratamento radioativo,
presumivelmente para evitar contaminação dos outros pacientes.

Referências
Health Physics Society. “What are some specific radiosotopes used to cure various cancers? What are other ways
radiation is used in medicine?”. 2001. Disponível em: <http://www.hps.org/publicinformation/ate/q1378.html>.
Acesso em 27 nov de 2008.
Ho S.-Y. & Shearer D. R. Radioactive contamination in hospitals from nuclear medicine patients. Health physics 62:
462-466. 1992.
US-EPA (United States Environmental Protection Agency). Radiation: risks and realities. 2007. Disponível em
<http://www.epa.gov/radiation/docs/402-k-07-006.pdf>. Acesso em 28 nov de 2008.
Radiação ionizante 2

Ver também
• Radiação não ionizante
• Röntgen - unidade não-SI de radiação
ionizante

Ligações Externas
http:/ / www. saudeetrabalho. com. br/ - Clique
em: Textos => Riscos Físicos => Radiações
Ionizantes

Referências
Pivovarev U. P. & Mikhalev V. P.
Radiatsionnaja ekologija. Moscou: Academia,
2004.

Radiação Alfa consiste em um núcleo de hélio e é detida por uma folha de


papel. Radiação Beta são elétrons, e é detida por uma folha de alumínio.
Radiação Gama são ondas eletromagnéticas e é parcialmente absorvida ao
penetrar em um material denso.
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Radiação não ionizante 1

Radiação não ionizante


As radiações de freqüência igual ou menor que a da luz (abaixo, portanto, de ~8x1014Hz (luz violeta)) são chamadas
de radiações não ionizantes. Geralmente a faixa de freqüência mais baixa do UV (UV-A ou UV próximo) também
é considerada não ionizante ainda que ela e até mesmo a luz pode ionizar alguns átomos.
Elas não alteram o átomo mas ainda assim, algumas, podem causar problemas de saúde. Está demonstrado, por
exemplo, que as microondas podem causar, além de queimaduras, danos ao sistema reprodutor. Existem também
estudos sobre danos causados pelas radiações dos monitores de computador CRT (Cathode Ray Tube, Tubo de Raios
Catódicos) por radiações emitidas além da radiação X, celulares, radiofreqüências, e até da rede de distribuição de
60Hz[1] .

Mecanismo de ação no corpo humano


Um longo período sobre o efeito de uma radiação pode causar problemas. A radiação não ionizante é absorvida por
várias partes celulares, mas o maior dano ocorre nos ácidos nucléicos, que sofrem alteração de suas pirimidas.
Formam-se dímeros de pirimida e se estes permanecem (não ocorre reativação), a réplica do DNA pode ser inibida
ou podem ocorrer mutações.
[1] http:/ / www. saudeetrabalho. com. br/ t-riscos-fisicos_radiacoes_nao_ionizantes. php

Ligações externas
• http://www.saudeetrabalho.com.br/
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Radiação solar 1

Radiação solar
Radiação solar é a designação dada à
energia radiante emitida pelo Sol, em
particular aquela que é transmitida sob a
forma de radiação electromagnética. Cerca
de metade desta energia é emitida como luz
visível na parte de frequência mais alta do
espectro electromagnético e o restante na do
infravermelho próximo e como radiação
ultravioleta. A radiação solar fornece
anualmente para a atmosfera terrestre 1,5 x
1018 kWh de energia, a qual, para além de
suportar a vasta maioria das cadeias tróficas,
sendo assim o verdadeiro sustentáculo da
vida na Terra, é a principal responsável pela
dinâmica da atmosfera terrestre e pelas
características climáticas do planeta.

Densidade média do Fluxo Espectro da irradiância solar no topo da atmosfera terrestre.


Energético
A densidade média do fluxo energético proveniente da radiação solar é de 1367 W/m2, quando medida num plano
perpendicular à direcção da propagação raios solares sito no topo da atmosfera terrestre. Aquele valor médio,
designado por constante solar, foi adoptado como padrão pela Organização Meteorológica Mundial, isto apesar de
flutuar umas tantas partes por mil de dia para dia e de variar com a constante alteração da distância da Terra ao Sol
que resulta da elipticidade da órbita terrestre.do Sol (cromosfera e coroa solar), as quais apresentam pontos quentes e
frios em constante mutação, para além das erupções cromosféricas e todos os outros fenómenos se traduzem na
formação das manchas solares e na complexa dinâmica dos ciclos solares.

A quantidade total de energia recebida pela Terra é determinada pela projecção da sua superfície sobre um plano
perpendicular à propagação da radiação (π R2, onde R é o raio da Terra). Como o planeta roda em torno do seu eixo,
esta energia é distribuída, embora de forma desigual, sobre toda a sua superfície (4 π R2). Daí que a radiação solar
média recebida sobre a terra, designada por insolação seja 342 W/m 2, valor correspondente a 1/4 da constante solar.
O valor real recebido à superfície do planeta depende, para além dos factores astronómicos ditados pela latitude e
pela época do ano (em função da posição da Terra ao longo da eclíptica), do estado de transparência da atmosfera
sobre o lugar, em particular da nebulosidade.
A radiação solar é geralmente medida com um piranómetro ou com um piréliometro, ou mais recentemente com
recurso a radiómetros capazes de registar a composição espectral e a energia recebida.
Radiação solar 2

Composição espectral
A radiação solar que atinge o topo da
atmosfera terrestre provém da região da
fotosfera solar, uma camada ténue de
plasma com aproximadamente 300 km de
espessura e com uma temperatura
superficial da ordem de 5800 K.

Dada a dependência entre a composição


espectral e a temperatura, traduzida na
chamada lei de Planck, a composição
espectral da luz solar corresponde
aproximadamente àquela que seria de
esperar na radiação de um corpo negro Espectro da irradiância solar acima da atmosfera (azul) e à superfície terrestre
(amarelo).
aquecido a cerca de 6000°C, embora
apresentando uma clara assimetria resultante
da maior absorção da radiação de comprimento de onda mais curto pelas camadas exteriores do Sol (veja figura à
direita).

Em termos de comprimentos de onda, a radiação solar ocupa a faixa espectral de 100 nm a 3000 nm (3 μm), tendo
uma máxima densidade espectral em torno dos 550 nm, comprimento de onda que corresponde sensivelmente à luz
verde-amarelada.
A parte mais alongada do espectro (para a direita na imagem ao lado), tem a sua máxima intensidade na banda dos
infravermelhos próximos, decaindo lentamente com a diminuição da frequência.
No que respeita à radiação mais energética, isto é de comprimento de onde mais curto, apesar da maior parte ser
absorvida pela atmosfera, a radiação ultravioleta que atinge a superfície da Terra é ainda suficiente para provocar o
bronzeado da pele (e as queimaduras solares a quem se exponha excessivamente).

Interacção com a Terra


A energia solar incidente sobre a atmosfera e a superfície terrestre segue um de três destinos: ser reflectida,
absorvida ou transmitida.

A energia refletida e o albedo


Parte substancial da energia recebida sobre a superfície terrestre é reenviada para o espaço sob a forma de energia
reflectida. As nuvens, as massas de gelo e neve e a própria superfície terrestre são razoáveis reflectores, reenviando
para o espaço entre 30 e 40% da radiação recebida (enquanto a Lua reflecte sob a forma de luar apenas 7 a 12% da
radiação incidente). A esta razão entre a radiação reflectida e incidente chama-se albedo.
Radiação solar 3

Absorção atmosférica
Conforme pode ser observado na imagem ao lado, entre a irradiância do Sol medida fora da atmosfera (linha azul) e
a energia que atinge a superfície da Terra (linha amarela) existem diferenças substanciais resultantes da absorção
atmosférica. Esta é selectiva, atingindo o seu máximo em torno dos pontos centrais dos espectros de absorção dos
gases atmosféricos (indicados na imagem).
Repare-se a elevada absorção do ozónio (O3) atmosférica na banda dos ultravioletas e no efeito do vapor de água
(H2O) e do dióxido de carbono (CO2), estes actuando essencialmente sobre os comprimentos de onda maiores.
Esta absorção selectiva está na origem do efeito de estufa, devido ao facto da radiação terrestre, resultante do retorno
para o espaço da radiação solar por via do aquecimento da Terra, ser feita essencialmente na banda dos
infravermelhos longos, radiação para a qual o CO2 tem grande capacidade de absorção.
A parcela absorvida dá origem, conforme o meio, aos processos de fotoconversão e termoconversão. Na
fotoconversão, a energia absorvida é remetida, embora em geral com frequência diferente, sendo os novos fotões em
geral sujeitos a novas absorções, num efeito em cascata que em geral termina numa termoconversão, a qual consiste
na captura da energia e a sua conversão em calor, passando o material aquecido a emitir radiação com um espectro
correspondente à sua temperatura, o que, no caso da Terra, corresponde à radiação infravermelha que forma o grosso
da radiação terrestre.

Transmissão
De toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fracção atinge a superfície
terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera. Esta fracção que atinge o solo é constituída
por uma componente directa (ou de feixe) e por uma componente difusa.
Para além das duas componentes atrás referidas, se a superfície receptora estiver inclinada com relação à horizontal,
haverá uma terceira componente reflectida pelo ambiente circundante (nuvens, solo, vegetação, obstáculos, terreno).
Antes de atingir o solo, as características da radiação solar (intensidade, distribuição espectral e angular) são
afectadas por interacções com a atmosfera devido aos efeitos de absorção e espalhamento. Essas modificações são
dependentes da espessura da camada atmosférica atravessada (a qual depende do ângulo de incidência do Sol, sendo
maior ao nascer e pôr-do-sol, daí a diferente coloração do céu nesses momentos). Este efeito é em geral medido por
um coeficiente designado por Coeficiente de Massa de Ar (AM), o qual é complementado por um factor que reflete
as condições atmosféricas e meteorológicas existente no momento.
Radiação solar 4

O equilíbrio energético no planeta


Em média, da radiação solar incidente
(sobre o sistema Terra/atmosfera):
* 19 % é perdida por absorção
pelas moléculas de oxigénio e
ozónio da radiação ultravioleta
(de alta energia) na estratosfera
(onde a temperatura cresce com
a altitude);
* 6% é perdida por difusão da
luz solar de menor
comprimento de onda - azuis e
violetas - (o que faz com que o
céu seja azul);
* 24% é perdida por reflexão -
20% nas nuvens e 4% na
superfície. (O albedo do planeta
é de 30% (6% difusão+24%
reflexão).
* 51% é absorvida pela
superfície. (Note que os valores apresentados são valores médios. Por exemplo, nos pólos a reflexão da
radiação solar incidente é geralmente maior do que 24% e nos oceanos menor do que 24%.)

A energia radiada pela superfície da Terra, na gama dos infravermelhos, corresponde a cerca de 117% do total de
radiação solar incidente (sobre o sistema Terra/atmosfera). Dessa energia, apenas 6% é emitida directamente para o
espaço (emissão terrestre) e 111% é absorvida pelos gases de estufa da atmosfera, que reemite depois, de volta para
a superfície, uma energia correspondendo a 96% da radiação solar incidente. Finalmente, uma energia
correspondendo a 64% da radiação solar incidente é emitida pela atmosfera para o espaço (emissão atmosférica).
Note que estes números traduzem um equilíbrio no sistema Terra/atmosfera: a radiação emitida para o espaço é igual
à radiação solar incidente [24% (reflexão) + 6% (difusão) + 64% (emissão atmosférica) + 6% (emissão terrestre) =
100%].
No entanto, em média, a superfície absorve mais radiação da que emite e a atmosfera radia mais energia do que a que
absorve. Em ambos os casos, o excedente de energia é de cerca de 30% da energia da radiação solar incidente no
sistema Terra/atmosfera:
superfície - energia absorvida: 147% (51% do Sol + 96% da atmosfera); energia emitida: 117%
atmosfera - energia absorvida: 130% (19% ultravioletas. + 111% emissão terrestre); emitida: 160%
(64% para o espaço + 96% para a superfície)
A partir desta constatação pareceria que a superfície deveria ir aquecendo e a atmosfera arrefecendo. Isso não
acontece porque existem outros meios de transferência de energia da superfície para a atmosfera que representam, no
seu conjunto, uma transferência líquida de 30% do total de radiação solar incidente que equilibra o orçamento de
energia no planeta.
O ar quente que se eleva na atmosfera a partir da superfície transfere calor para a atmosfera. Essa transferência de
calor (o fluxo de calor sensível) corresponde a um valor de energia que é 7% do total de radiação solar incidente.
A evaporação da água na superfície do planeta corresponde a uma extracção de calor que acaba por ser libertado
durante o processo de condensação na atmosfera (que dá origem à formação das nuvens). Essa transferência de calor
(o fluxo de calor latente) corresponde a um valor de energia que é 23% do total de radiação solar incidente.
Radiação solar 5

Veja também
• Neutrinos solares
• Ciclo solar
• Vento solar
• Ejecção coronal do Sol
• Aurora polar
• Erupção solar
• Emissão de protões solares
• Piranómetro
• Ciclo de Milankovitch
• Bronzeamento solar

Ligações externas
• A Comparison of Methods for Providing Solar Radiation Data to Crop Models and Decision Support Systems -
artigo científico sobre radiação solar [1].
• Espectro solar de alta resolução [2] elaborado pelo (Observatoire de Paris).
• Measuring Solar Radiation - informação do National Science Digital Library [3].
• Informação astronómica e ferramentas informáticas para calcular o nascer e pôr-do-Sol [4].

Referências
[1] http:/ / www. macaulay. ac. uk/ ladss/ papers2002. shtml
[2] http:/ / bass2000. obspm. fr/ solar_spect. php
[3] http:/ / avc. comm. nsdlib. org/ cgi-bin/ wiki_grade_interface. pl?Measuring_Solar_Radiation
[4] http:/ / websurf. nao. rl. ac. uk/ surfbin/ first. cgi
Fontes e Editores da Página 6

Fontes e Editores da Página


Radiação solar  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=18118318  Contribuidores: Angrense, Beria, Bisbis, Dcolli, DyMyTRhy, Eduardoferreira, Heitor C. Jorge, Leonardo.stabile,
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Imagem:Solar irradiance spectrum 1992.gif  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Solar_irradiance_spectrum_1992.gif  Licença: Public Domain  Contribuidores:
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Imagem:MODIS ATM solar irradiance.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:MODIS_ATM_solar_irradiance.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores:
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Imagem:Equilibrio energetico.svg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Equilibrio_energetico.svg  Licença: Public Domain  Contribuidores: António Miguel de Campos -

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Radiação 1

Radiação
Em física, radiação é a propagação da energia por meio de
partículas ou ondas. Todos os corpos emitem radiação, basta
estarem a uma determinada temperatura.
As radiaçãos podem ser identificadas:
• Pelo elemento condutor de energia:
• Radiação eletromagnética - fótons.
• Radiação corpuscular - partículas (prótons, nêutrons, etc.)
• Radiação gravitacional - grávitons.
• Pela fonte de radiação.
• Radiação solar - causada pelo Sol.
• Radiação de Cerenkov - causada por partículas com a O internacionalmente reconhecido símbolo da
velocidade superior a da luz no meio. radiação, trifólio.

• Radioatividade - núcleos instáveis.


• Pelos seus efeitos:
• Radiação ionizante - capaz de ionizar moléculas.
• Radiação não ionizante - incapaz de ionizar moléculas.
• Tipos de radiação:
• Radiação alfa
• Radiação beta
• Radiação gama
Fontes e Editores da Página 2

Fontes e Editores da Página


Radiação  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=19158446  Contribuidores: Al Lemos, CAPTCHA, Danilo.mac, E2m, Fernando S. Aldado, GoEThe, João Carvalho, LeonardoG,
Leonhart, Lépton, Mschlindwein, NH, OS2Warp, Prof.Maque, Rodrigoedp, Teixant, ThiagoRuiz, Tprocheira, 27 edições anónimas

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Radioatividade 1

Radioatividade
(português brasileiro)
A radioatividade, radiatividade ou
radioactividade (português europeu) é um fenômeno natural ou artificial,
pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos, chamados
radioativos, são capazes de emitir radiações, as quais têm a
propriedade de impressionar placas fotográficas, ionizar gases,
produzir fluorescência, atravessar corpos opacos à luz ordinária, etc.
As radiações emitidas pelas substâncias radioativas são principalmente
partículas alfa, partículas beta e raios gama. A radioatividade é uma
forma de energia nuclear, usada em medicina (radioterapia), e consiste
no fato de alguns átomos como os do urânio, rádio e tório serem
“instáveis”, perdendo constantemente partículas alfa, beta e gama
(raios-X). O urânio, por exemplo, tem 92 prótons, porém através dos Alerta de produto radioactivo
séculos vai perdendo-os na forma de radiações, até terminar em
chumbo, com 82 prótons estáveis.

A radioatividade pode ser:


• Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se
encontram na natureza e poluem o meio ambiente.
• Radioatividade artificial ou induzida: É aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais.

Radioatividade artificial
Produz-se a radioatividade induzida quando se bombardeiam certos núcleos com partículas apropriadas. Se a energia
destas partículas tem um valor adequado, elas penetram no núcleo bombardeado formando um novo núcleo que, no
caso de ser instável, se desintegra posteriormente. Foi descoberta pelo casal “Joliot-Curie” (Frédéric Joliot e Irène
Joliot-Curie), bombardeando núcleos de boro e alumínio com partículas alfa. Observaram que as substâncias
bombardeadas emitiam radiações após retirar o corpo radioativo emissor das partículas alfa. O estudo da
radioatividade permitiu um maior conhecimento da estrutura dos núcleos atômicos e das partículas subatômicas.
Abriu-se a possibilidade da transmutação dos elementos, ou seja, a transformação de elementos em elementos
diferentes. Inclusive o sonho dos alquimistas de transformar outros elementos em ouro se tornou realidade, mesmo
que o processo economicamente não seja rentável.

Classes de radiação
Comprovou-se que a radiação pode ser de três classes diferentes:

Radiação alfa
São fluxos de partículas carregadas positivamente, compostas por 2 nêutrons e 2 prótons (núcleo de hélio). São
desviadas por campos elétricos e magnéticos. São muito ionizantes porém pouco penetrantes. Quando um
radioisótopo (que possui núcleo instável) emite uma partícula alfa, seu número de massa (A) diminui 4 unidades e o
seu nº atômico diminui 2 unidades.
Foi observada pela primeira vez por Ernest Rutheford em 1898.
Radioatividade 2

Radiação beta
São fluxos de partículas originárias do núcleo, fato este que as distingue dos elétrons. Estas partículas tem a mesma
natureza dos eletrons orbitais, e são resultantes da desintegração de nêutrons do núcleo (ver "Leis de Soddy e Fajans"
abaixo para uma melhor interpretação de "desintegração"). É desviada por campos elétricos e magnéticos. É mais
penetrante porém menos ionizante que a radiação alfa. Quando um radioisótopo emite uma partícula beta, o valor de
sua massa não muda, e seu nº atômico aumenta em 1 unidade.

Radiação gama
São ondas eletromagnéticas. É o tipo mais penetrante de radiação. Não apresenta carga elétrica e não é afetada pelos
campos elétricos e magnéticos. É uma radiação muito perigosa aos organismos vivos. Com o recebimento da
Radiação Gama, pode-se alterar o material genético da pessoa, fazendo com que seus filhos tenham alta
possibilidade de nascerem cegos, surdos, mudos ou com algum outro tipo de deficiência.

Leis de Soddy e Fajans


As leis da desintegração radioactiva, descritas por Soddy e Fajans, são:
Quando um átomo radioactivo emite uma partícula alfa, o número de massa do átomo resultante diminui em 4
unidades e o número atômico em 2 unidades.
Quando o átomo radioactivo emite uma partícula beta, o número de massa do átomo resultante não varia e o
seu número atômico aumenta em 1 unidade.
Quando um núcleo "excitado" emite uma radiação gama não ocorre variação no seu número de massa e
número atômico, porém ocorre uma perda de uma quantidade de energia "hν".
As duas primeiras leis indicam-nos que, quando um átomo emite uma radiação alfa ou beta, transforma-se em outro
átomo de elemento químico diferente. Este novo elemento pode ser radioactivo, transformando-se noutro, e assim
sucessivamente, dando lugar às chamadas "séries radioactivas".
Desse modo, a emissão de partículas alfa e beta pelos átomos instáveis muda seu número atómico, transformando-os
em outros elementos. O processo de desintegração nuclear só termina com a formação de átomos estáveis. O
urânio-238, por exemplo, vai sofrendo decaimento até formar o elemento chumbo-206.

Leis da Radioatividade
1ª Lei- quando um átomo emite uma partícula alfa, seu numero atômico diminui de duas unidades e sua massa
atômica de quatro unidades.
2ª Lei- quando um átomo emite uma partícula beta, seu número atômico aumenta de uma unidade. As radiações
gama não alteram o número atômico nem o número de massa do átomo. Quando um átomo emite uma partícula
radioativa dizemos que ele sofreu uma desintegração.
Radioatividade 3

Ver também
• Radiação
• Isótopo
• Meia-vida
• Vida-média
• Contador Geiger
• Datação radiométrica
• Reactor nuclear
• Energia nuclear
• Central nuclear
• Bomba atómica
• Transmutação
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Raio de Schwarzschild 1

Raio de Schwarzschild
O Raio de Schwarzschild é um raio característico associado a todo corpo material. Este raio está associado à
extensão do horizonte de eventos que haveria caso a massa de tal corpo fosse concentrada em um único ponto de
dimensões infinitesimais (semelhante ao que ocorre em um buraco negro). O termo é usado em Física e Astronomia,
especialmente na Teoria de Gravitação, na Relatividade geral. Ele foi descoberto em 1916 por Karl Schwarzschild[1]
[2]
e resulta da sua descoberta da solução exata para o campo gravitacional de uma estrela estática e simétrica
esfericamente (veja Geometria de Schwarzschild), que é uma solução das equações de campo de Einstein. O raio de
Schwarzschild é proporcional à massa do corpo; assim, o Sol tem um raio de Schwarzschild de aproximadamente 3
km, e a Terra de aproximadamente 9 mm.
Um objeto menor que seu raio de Schwarzschild é chamado de buraco negro. A superfície da esfera definida pelo
raio de Schwarzschild age como um horizonte de eventos em um corpo estático. (Um buraco negro rotativo opera de
maneira ligeiramente diferente). Nem a luz nem partículas podem escapar do interior do raio de Schwarzschild, daí o
nome "buraco negro". O raio de Schwarzschild do buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia é de
aproximadamente 7,8 milhões de quilômetros.
O raio de Schwarzschild de uma esfera com uma densidade uniforme igual à densidade crítica é igual ao raio do
universo visível.[3]

Fórmula para o raio de Schwarzschild


O raio de Schwarzschild é proporcional à massa, com uma constante de proporcionalidade envolvendo a Constante
gravitacional e a velocidade da luz. A fórmula para o raio de Schwarzschild pode ser encontrada colocando-se a
velocidade de escape igual à velocidade da luz, e é

onde
é o raio de Schwarzschild
é a constante gravitacional, que é 6,67 × 10-11 N m2 / kg2;
m é a massa do objeto; e
c² é a velocidade da luz ao quadrado, ou seja (299 792 458 m/s)² = 8.98755 × 1016 m²/s².
A constante de proporcionalidade, , pode ser aproximada a 1,48 × 10-27 m / kg.
Isso significa que a equação pode ser escrita de maneira aproximada como

com em metros e em quilogramas.


Note que, apesar de o resultado ser correto, a Relatividade geral precisa ser usada para derivar corretamente o raio de
Schwarzchild. O fato de a Física Newtoniana produzir o mesmo resultado é somente uma coincidência.
Raio de Schwarzschild 2

Ver também
• Métrica de Schwarzschild
• Buraco negro
• Buraco branco

Referências
[1] K. Schwarzschild, "Uber das Gravitationsfeld eines Massenpunktes nach der Einsteinschen Theorie", Sitzungsberichte der Deutschen
Akademie der Wissenschaften zu Berlin, Klasse fur Mathematik, Physik, und Technik (1916) pp 189.
[2] K. Schwarzschild, "Uber das Gravitationsfeld einer Kugel aus inkompressibler Flussigkeit nach der Einsteinschen Theorie", Sitzungsberichte
der Deutschen Akademie der Wissenschaften zu Berlin, Klasse fur Mathematik, Physik, und Technik (1916) pp 424.
[3] F. Melia, "The Edge of Infinity: Supermassive Black Holes in the Universe," Cambridge University Press (2003) pp 124.
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Raio de Schwarzschild  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=17589802  Contribuidores: Andretaff, Mschlindwein, Quiumen, Xilaca, 3 edições anónimas

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Desvio para o vermelho 1

Redshift
Em termos muito simples o desvio para o vermelho (também
conhecido pelo termo inglês redshift) corresponde a uma alteração
na forma como a freqüência das ondas de luz é observada no
espectroscópio em função da velocidade relativa entre a fonte
emissora e o receptor observador.
Devido à invariância da velocidade da luz no vácuo e admitindo
um emissor e um receptor em repouso relativo, um raio de luz é
captado como uma cor padrão em função de sua frequência. Na
descrição ondulatória, o período (inverso da frequência da luz) é
definido pelo intervalo de tempo medido entre duas cristas Figura ilustrando o desvio para o vermelho
consecutivas da onda. Quando o emissor e o observador estão em
repouso relativo, ambos medem a mesma frequência.

Se o emissor (fonte de luz) se move na direcção do receptor, o intervalo de tempo que o receptor mede entre duas
cristas consecutivas será inferior ao medido pelo emissor, logo o receptor observa um desvio para a gama de cores de
mais elevada freqüência (desvio para o azul no espectro). Se o emissor (fonte) se afasta do receptor observador, o
intervalo de tempo que este mede entre duas cristas consecutivas aumenta, observando um desvio para a gama de
cores de mais baixa freqüência (desvio para o vermelho no espectro).
O mesmo fenômeno ocorre quando o receptor se move em direção ou em fuga da fonte, pois o que importa é a
velocidade relativa entre a fonte e o receptor.
O desvio para o vermelho pode ter três causas distintas: o Efeito Doppler descrito acima, o campo gravitacional da
fonte (a luz perde energia ao subir no campo gravitacional da estrela) e a expansão do Universo ("redshift"
cosmológico).[1]
No "redshift" cosmológico o desvio ocorre devido à expansão do espaço em si, isto é, o comprimento de onda
aumenta diretamente como resultado da expansão do espaço.

Desvio para o vermelho e quasares


O fato mais estranho a respeito dos quasares é seu desvio da luz para o vermelho (ou redshift), que é muito elevado.
Altos redshifts são indicativos da grande distância deles até a Terra.
O redshift dos quasares mede a velocidade com que o universo se expande. Ele é um indicador de distâncias
cósmicas. Quanto mais para o vermelho do espectro, mais o objeto parece mover-se para longe de nós. Alguns
quasares estão afastando-se a uma velocidade de aproximadamente , caso o desvio se deva inteiramente ao
Efeito Doppler, que causa mudança da luz para o vermelho do espectro.
Isto os tornaria os objetos mais distantes conhecidos, da ordem de 10 bilhões de anos-luz da Terra. Quasares com
alto redshift são de vital importância para os cientistas. Eles são vistos a grandes distâncias por serem muito
luminosos, vê-se o universo com 10% da idade atual.
O redshift é definido em termos do parâmetro .

Para os mais de 100 quasares observados está entre 0,16 e 3,53. O cálculo de é dado por:

[1] Bedran, M.L. (2002) http:/ / www. df. uba. ar/ users/ sgil/ physics_paper_doc/ papers_phys/ cosmo/ doppler_redshift. pdf "A comparison
between the Doppler and cosmological redshifts"; American J. Physics 70(4),406-408.
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Desvio para o vermelho  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=16577837  Contribuidores: Bisbis, Dantadd, Lflorindo, Lijealso, Mateus Hidalgo, Mschlindwein, Teles, Wilson
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Relatividade geral 1

Relatividade geral
Em Física, a relatividade geral é a generalização da Teoria
da gravitação de Newton, publicada em 1915 por Albert
Einstein e cuja base matemática foi desenvolvida pelo
cientista francês Henri Poincaré. A nova teoria leva em
consideração as ideias descobertas na Relatividade restrita
sobre o espaço e o tempo e propõe a generalização do
princípio da relatividade do movimento de referenciais em
movimento uniforme para a relatividade do movimento
mesmo entre referenciais em movimento acelerado. Esta
generalização tem implicações profundas no nosso
conhecimento do espaço-tempo, levando, entre outras
conclusões, à de que a matéria (energia) curva o espaço e o
tempo à sua volta. Isto é, a gravitação é um efeito da
geometria do espaço-tempo.

Muitas previsões da relatividade geral diferem


significativamente das da física clássica, especialmente no que
respeita à passagem do tempo, a geometria do espaço, o
movimento dos corpos em queda livre, e a propagação da luz. Einstein, autor da teoria da relatividade, em 11 de fevereiro
Exemplos de tais diferenças incluem dilatação gravitacional de 1948

do tempo, o desvio gravitacional para o vermelho da luz, e o


tempo de atraso gravitacional. Previsões da relatividade geral foram confirmadas em todas as observações e
experimentos até o presente. Embora a relatividade geral não é única teoria relativística da gravidade, é a mais
simples das teorias que são consistentes com dados experimentais. No entanto, há questões ainda sem resposta,
sendo a mais fundamental delas explicar como a relatividade geral pode ser conciliada com as leis da física quântica
para produzir uma teoria completa e auto-consistente da gravitação quântica.

A teoria de Einstein tem importantes implicações astrofísicas. Ela aponta para a existência de buracos negros -
regiões no espaço onde o espaço e o tempo são distorcidos de tal forma que nada, nem mesmo a luz, pode escapar -
como um estado final para as estrelas maciças . Há evidências de que esses buracos negros estelares, bem como
outras variedades maciças de buracos negros são responsáveis pela intensa radiação emitida por certos tipos de
objetos astronômicos, tais como núcleos ativos de galáxias ou microquasares. O desvio da luz pela gravidade pode
levar ao fenômeno de lente gravitacional, onde várias imagens do mesmo objeto astronômico distante são visíveis no
céu. A relatividade geral também prevê a existência de ondas gravitacionais, que já foram medidas indiretamente;
uma medida direta é o objetivo dos projetos, tais como o LIGO. Além disso, a relatividade geral é a base dos atuais
modelos cosmológicos de um universo sempre em expansão.
Relatividade geral 2

Preliminares conceituais
Uma das descobertas mais importantes do século XX, feita por Einstein, é a de que podemos apresentar as leis da
Física na forma de uma geometria quadridimensional, em que o tempo é uma dimensão adicional às três dimensões
espaciais a que estamos habituados (como as coordenadas x,y e z).
Das ideias que levaram à Relatividade restrita, sem dúvida a mais importante para se entender o papel da gravitação
na Física é a ideia, chamada de princípio da relatividade, de que as leis da física devem ser escritas da mesma
forma em qualquer referencial inercial. Este princípio deve ser obedecido por qualquer lei da Física que venha a ser
expressa nesse contexto.
Einstein supôs que a gravidade, devido ao princípio da equivalência entre massa inercial e gravitacional, seria um
tipo de força inercial, isto é, do tipo que aparece em sistemas não inerciais (em movimento acelerado), como, por
exemplo, a força centrífuga em um carrossel, ou a força que o empurra para trás durante a aceleração de um trem.
Com esta ideia em mente, e generalizando a ideia da Relatividade restrita, Einstein propôs que:
As leis da física devem ser escritas da mesma forma em qualquer sistema de coordenadas, em movimento
uniforme ou não.
É por esta via da covariância sob mudança de coordenadas generalizadas que a gravitação se acopla ao
eletromagnetismo e à mecânica clássica, para os quais foi direcionado o desenvolvimento inicial da Relatividade
restrita.
Laboratórios em órbita ou em queda livre são o que temos na Terra de mais próximo de um referencial localmente
inercial. Portanto, se for necessário realizar um experimento em um local livre de forças externas, há duas opções na
Terra: entrar em um avião, subir até algumas dezenas de quilômetros de altura e deixar-se cair em queda livre (dentro
de um avião, num voo parabólico), ou usar qualquer uma estação espacial em órbita.

O Princípio da Relatividade Geral


O postulado base da Teoria da Relatividade Geral, chamado de Princípio da Equivalência, especifica que sistemas
acelerados e sistemas submetidos a campos gravitacionais são fisicamente equivalentes. Nas próprias palavras de
Einstein em seu trabalho de 1915:
Nós iremos portanto assumir a completa equivalência física entre um campo gravitacional e a correspondente
aceleração de um sistema de referência. Esta hipótese estende o princípio da relatividade especial para
sistemas de referência uniformemente acelerados.
Por esse princípio, uma pessoa numa sala fechada, acelerada por um foguete com a mesma aceleração que a da
gravidade na Terra ( ), não poderia descobrir se a força que a prende ao chão tem origem no campo
gravitacional terrestre ou se é devida à aceleração da própria sala através do espaço e vice-versa. Uma pessoa em
uma sala em órbita ou queda livre em direção a um planeta não saberá dizer por observação local se encontra em
órbita ao redor de um planeta ou no espaço profundo, longe de qualquer corpo celeste. Esse experimento mental é
conhecido na literatura como o elevador de Einstein.
Esse princípio é válido apenas para vizinhanças pequenas do ponto considerado, e determina o chamado referencial
localmente inercial através de uma lei de transformação entre o referencial do observador (genérico) e um em que a
Física se assemelha àquela da Relatividade restrita.
Uma consequência importante do Princípio da Equivalência é a identificação entre os conceitos de massa inercial e
massa gravitacional. Embora isso pareça óbvio, conceitualmente elas são distintas. A massa inercial é aquela
expressa na segunda lei de Newton, , e corresponde à resistência dos corpos em mudar seu estado de
movimento relativo. A massa gravitacional é aquela da lei da gravitação universal de Newton, e corresponde à
capacidade que um corpo tem de atrair outro. Identificando um referencial acelerado a uma força gravitacional, esses
conceitos se confundem, e as massas se tornam a mesma entidade. A diferença medida experimentalmente entre elas
Relatividade geral 3

é inferior, em proporção, a .
O Princípio da Equivalência tem, portanto, como principal consequência, a equivalência entre massa gravitacional e
inercial.

A ligação com a geometria


O Princípio da Equivalência põe em pé de igualdade todos os referenciais. Uma consequência disso é que um
observador movendo-se livremente em seu referencial pode ver-se em um estado de movimento diferente do visto
por um observador em outro ponto do espaço. Voltando ao exemplo do elevador: um observador dentro de uma nave
espacial em órbita se vê completamente livre de forças inerciais, o que para ele significa que o seu referencial é
localmente inercial (em repouso, ou movendo-se uniformemente, segundo a primeira lei de Newton). Um observador
na Terra constata que a nave não está em movimento retilíneo, mas em órbita ao redor da Terra.
A maneira de se lidar com essas diferenças é escrever em um referencial genérico a equação de movimento
observada no referencial localmente inercial, através da equação que determina a transformação de referenciais.
No referencial localmente inercial, não há acelerações nas trajetórias das partículas, o que significa:

onde é um índice que varia de 0 a 3, sendo a coordenada do tempo, e , e as coordenadas espaciais,


e é o tempo próprio do referencial.
A equação que rege a mudança de referenciais é genericamente escrita como:

que corresponde ao jacobiano associado à mudança de coordenadas.


Aplicando essa lei de transformação na equação de movimento, resulta:

Essa é a equação da geodésica, que nada mais é do que a equação de movimento de um corpo em um referencial
genérico. Ou seja, se em um referencial localmente inercial um corpo executa movimento retilíneo uniforme, em um
referencial genérico o mesmo corpo percorrerá ao longo do espaço-tempo uma curva chamada de geodésica, que não
necessariamente é uma linha reta nesse referencial.

O objeto que aparece na equação da geodésica é chamado de conexão (um dos símbolos de Christoffel), e
representa uma medida de quanto um dado referencial não é inercial. Nos referenciais inerciais as conexões são
sempre iguais a zero.
Assim, uma vez que as geodésicas são diferentes, as geometrias do espaço-tempo nos dois casos são diferentes. Isso
é uma característica puramente geométrica do espaço-tempo, que deve ser expressa em função apenas das suas
propriedades.
Relatividade geral 4

Geometria do espaço-tempo
A ideia importante para se entender a fundo os conceitos básicos da
Relatividade geral é entender o que significa o movimento de um corpo
neste espaço-tempo de 4 dimensões. Não existe movimento espacial
sem movimento temporal. Isto é, no espaço-tempo não é possível a
um corpo se mover nas dimensões espaciais sem se deslocar no
tempo. Mas mesmo quando não nos movemos espacialmente, estamos
nos movendo na dimensão temporal (no tempo). Mesmo sentados em
nossa cadeira lendo este artigo, estamos nos movendo no tempo, para o
futuro. Este movimento é tão válido na geometria do espaço-tempo
quanto os que estamos habituados a ver em nosso dia a dia. Portanto,
no espaço-tempo estamos sempre em movimento, e a nossa ideia de
estar parado significa apenas que encontramos uma forma de não nos
deslocarmos nas direções espaciais mas apenas no tempo (veja o
exemplo deste tipo de geodésica na figura ao lado).

Essa afirmação é importantíssima, e merece esclarecimentos. O motivo Geodésica no espaço-tempo de uma partícula
parada em um ponto do plano x-y
é simples: no plano espacial, se um objeto se desloca de um ponto ao
outro sem se deslocar na direção temporal, a velocidade deste
deslocamento será infinita, já que a velocidade inclui um deslocamento pelo intervalo de tempo, que neste caso seria
zero. E da Teoria da Relatividade especial sabe-se que a maior velocidade possível para algo material, no nosso
universo, é a velocidade da luz. Portanto este resultado da Relatividade especial cria imediatamente no nosso
espaço-tempo duas regiões distintas: uma região a que podemos ter acesso (chamada de tipo tempo), e regiões às
quais não podemos ter acesso imediato (chamadas de tipo espaço). Isto é uma característica diferente da de um
espaço de 4 dimensões qualquer, por exemplo, onde não temos restrição alguma entre as regiões do espaço, nem uma
direção especial.

A relatividade restrita, portanto, impõe sobre a geometria do espaço-tempo uma restrição fundamental e diversa do
que esperaríamos de um espaço euclidiano de quatro dimensões, por exemplo. Esta diferença se reflete na estrutura
básica da geometria.
Podemos mostrar como estas diferenças se refletem na noção de distância, que na Relatividade Especial é chamada
de intervalo, para não invocar a mesma ideia de distância euclidiana. Se quisermos medir a distância entre dois
pontos em um espaço de 3 dimensões, usamos a fórmula de Pitágoras:

Incluindo o tempo para termos o espaço-tempo, poderíamos imaginar uma fórmula equivalente para a distância entre
dois pontos:

Note que tivemos o cuidado de multiplicar o termo temporal por c, a velocidade da luz no vácuo, para termos um
comprimento, uma vez que não faz sentido somar tempo com distância. Para pontos muito próximos (lembre-se que
temos que manter nossa análise local para podermos garantir que estamos em um referencial inercial), podemos
escrever.

Mas isto não reflete a característica essencial do espaço-tempo que estamos discutindo. A distância acima é
simplesmente a distância em espaço euclidiano de 4 dimensões. O que sabemos é que as velocidades espaciais
possíveis são sempre menores que a velocidade da luz:
Relatividade geral 5

E isto, de certa forma, deve ser refletido pela geometria que estamos procurando. E está, como iremos demonstrar.
Elevando ao quadrado para eliminar o módulo acima, e reorganizando os termos, podemos escrever nossa restrição
como:

Repare que a expressão acima é o equivalente matemático do que acabamos de dizer: deslocamentos espaciais
válidos devem ser menores que c dt para que a velocidade do deslocamento seja menor que a da luz. Comparando
esta expressão com a da distância em um espaço euclidiano, dada acima, vemos uma semelhança. Podemos entender
agora que o termo ds :

pode ser utilizado como definição para o cálculo de intervalos no espaço-tempo.


Para completar, precisamos agora entender como esta medida de intervalos pode ser generalizada para um sistema de
coordenadas qualquer.
Em quatro dimensões, usando a notação de Einstein para somas de vetores, podemos escrever o intervalo como
sendo o seguinte:

que nada mais é do que o teorema de Pitágoras generalizado a quatro dimensões. No caso da Relatividade restrita, o
tensor métrico é dado pela seguinte matriz:

Na Relatividade geral, a presença de matéria e energia altera os termos dessa matriz, alterando a métrica do
espaço-tempo. É importante notar que a métrica é uma característica do espaço-tempo e não do referencial; o que
muda ao se passar de um sistema de coordenadas para outro é a expressão da métrica no sistema de coordenadas.
Assim, ela é invariante para todos os referenciais.
Podemos assim determinar uma expressão para as conexões que depende unicamente da métrica em cada ponto.
No entanto, para todo ponto no espaço-tempo podemos definir um referencial localmente inercial, que tem a conexão
igual a zero. Para medir precisamente a diferença entre a geometria de um ponto a outro, é necessário que sejam
analisadas as derivadas das conexões.
Relatividade geral 6

Curvatura do espaço-tempo
Imaginemos agora um observador no espaço profundo. Suponha que
ele esteja parado, isto é, em um movimento geodésico que é uma linha
reta diretamente para o futuro. Se agora colocarmos instantaneamente
ao seu lado uma massa suficientemente grande, a deformação que esta
massa causará no espaço-tempo em sua vizinhança irá curvar e alterar
as coordenadas originais do espaço-tempo no local. O efeito é que
aquele movimento que era apenas uma linha reta na direção temporal
agora passará a ocorrer também nas novas coordenadas espaciais. A
linha se curva e se enrola em torno do corpo enquanto ele se move na
direção do tempo futuro. E nosso observador começa a se mover
espacialmente devido à distorção da geometria causada pela massa,
não devido à presença de uma força. Isto era o efeito que se costuma
chamar de gravidade mas que, à luz desta teoria, é uma distorção da
geometria do espaço-tempo devido à presença de uma massa.
Geódesica no espaço-tempo de uma partícula
próxima a um corpo material

Para ajudar a entender intuitivamente o conceito de curvatura do espaço-tempo por um objeto massivo é comum
usar-se uma analogia com a deformação causada por uma bola pesada numa membrana elástica. (É evidentemente
uma representação um tanto «fantasiosa», pois mostra apenas a curvatura espacial de um espaço de duas dimensões,
sem levar em consideração o efeito do tempo.)
Quanto maior for a massa do objeto, maior será a curvatura da
membrana. Se colocarmos perto da cova criada um objeto mais
leve, como uma bola de ping-pong, ela cairá em direção à bola
maior. Se, em vez disso, atirarmos a bola de ping-pong a uma
velocidade adequada em direção ao poço, ela ficará a "orbitar" em
torno da bola pesada, desde que o atrito seja pequeno. E isto é, de
algum modo, análogo ao que acontece quando a Lua orbita em
torno da Terra, por exemplo.
Na relatividade geral, os fenômenos que na mecânica clássica se
Uma analogia para a curvatura do espaço-tempo
causada por uma massa considerava serem o resultado da ação da força da gravidade, são
entendidos como representando um movimento inercial num
espaço-tempo curvo. A massa da Terra encurva o espaço-tempo e isso faz com que tenhamos tendência para cair em
direção ao seu centro.
O ponto essencial é entender que não existe nenhuma «força da gravidade» atuando à distância. Na relatividade
geral, não existe ação à distância e a gravidade não é uma força mas sim uma deformação geométria do espaço
encurvado pela presença nele de massa, energia ou momento. E uma geodésica é o caminho mais curto entre dois
pontos, numa determinada geometria. É a trajetória que segue no espaço-tempo um objeto em queda livre, ou seja,
livre da ação de forças externas. Por isso, a trajetória orbital de um planeta em volta de uma estrela é a projeção num
espaço 3D de uma geodésica da geometria 4D do espaço-tempo em torno da estrela.
Se os objetos tendem a cair em direção ao solo é apenas devido à curvatura do espaço-tempo causada pela Terra.
Quando um objeto foi lançado no ar, ele sobe e depois cai. Mas não é porque haja uma força a puxá-lo para baixo.
Segundo Einstein, o objeto segue apenas uma geodésica num espaço-tempo curvo. Quando está no ar, não há
nenhuma força a agir sobre ele, exceto a da resistência do ar. Se o vemos a acelerar, é porque, quando estamos
Relatividade geral 7

parados em cima do solo, a nossa trajetória não segue uma «linha reta» (uma geodésica), porque há uma força que
age sobre nós: a força do solo a puxar-nos para cima. Aquilo a que chamamos «força da gravidade» resulta apenas do
fato de a superfície da Terra nos impedir de cair em queda-livre segundo a linha geodésica que a curvatura do
espaço-tempo nos impõe. Aquilo a que chamamos «força da gravidade» é apenas o resultado de estarmos submetidos
a uma aceleração física contínua causada pela resistência mecânica da superfície da Terra. A sensação de peso que
temos resulta do fato de a superfície da Terra nos «empurrar para cima».
Uma pessoa que cai de um telhado de uma casa não sente, durante a queda, nenhuma força gravitacional. Sente-se
«sem peso». Se largar um objeto, ele flutuará a seu lado, exatamente com a mesma aceleração constante (na ausência
da resistência do ar).

Mas, como já se explicou, a analogia apresentada dificilmente se pode considerar uma boa representação do que
realmente acontece. O exemplo que apresentamos anteriormente permite elucidar de um modo mais correto a
curvatura do espaço-tempo, através de efeitos sobre as linhas geodésicas. Em cada ponto do espaço disparamos ou
apenas soltamos uma pequena massa de prova e observamos a sua trajetória. De um ponto de seu referencial inercial
dispare uma massa em cada um dos seus eixos de coordenadas espaciais e observe: obviamente, se elas continuarem
indefinidamente em linha reta, você estará em um espaço-tempo plano (espaço de Minkowski). Caso contrário, as
trajetórias poderão lhe dar informações sobre a curvatura na região. Esta é a melhor maneira pela qual podemos
esperar descrever um objeto que possui 4 dimensões para seres que vivem em apenas 3 dimensões.

Matemática da Relatividade Geral


Para estender as leis da física para o contexto de sistemas de coordenadas gerais, um extenso arsenal de ferramentas
matemáticas deve ser dominado. Mesmo antes do advento da Relatividade Geral, na mecânica clássica, por exemplo,
uma quantidade enorme de trabalhos foram desenvolvidos para se trabalharem os sistemas físicos em diversos
sistemas de coordenadas: sistemas de coordenadas cartesianos, esféricas, cilíndricas, etc. Apesar dos nomes, nenhum
destes sistemas de coordenadas utilizados na Física Matemática é geral o bastante para causar alteração na
geometria. Eles são formas de se aproveitarem as simetrias do problema e ajudam, portanto, a simplificar a solução.
Na Relatividade Geral precisamos estender este conhecimento para transformações de coordenadas que alterem a
geometria do espaço-tempo. Para isto são necessárias uma síntese e uma generalização deste conhecimento
matemático em um novo cálculo, o Cálculo Tensorial. Por sorte, esta síntese estava sendo criada pelo matemático
Tullio Levi-Civita, baseando-se nos trabalhos anteriores de Hamilton e Gregorio Ricci-Curbastro, na mesma época
em que Einstein iniciou seu trabalho na Relatividade Geral. De fato, Einstein aprendeu os conceitos diretamente de
Levi-Civitta.
Com esta ferramenta nova, podemos generalizar o conceito de cálculo de intervalos do espaço-tempo, introduzindo o
tensor métrico para o espaço-tempo:

A notação com índices, chamada notação clássica do cálculo tensorial, possui a convenção de que índices repetidos,
um superior e outro inferior, representam uma soma no conjunto de índices. No nosso caso estes índices variam de 0
até 3 para representar o tempo (índice 0), e as coordenadas espaciais. Esta é a mesma expressão que obtivemos
anteriormente se escrevermos o tensor da Relatividade Restrita de forma matricial como:

O ponto importante a se entender aqui é que, no espaço-tempo curvo, o tensor métrico não possui mais seus
elementos constantes como acima. Eles passam a ser funções das coordenadas espaço-temporais que contêm
informações sobre a geometria local. Mesmo assim, a expressão para o cálculo de intervalos ainda continua sendo
Relatividade geral 8

escrita da mesma forma. E isto reflete a ideia básica do cálculo tensorial: permitir escrever quaisquer equações
independentemente do sistema de coordenadas utilizado.
O Tensor métrico é a peça fundamental da teoria da Relatividade Geral e é um tensor simétrico, isto é .
Isto significa que em vez de termos 16 componentes , temos apenas 10 componentes independentes.
O tensor métrico possui informações não só sobre como se calculam as distâncias, mas como se realizam outras
operações geométricas em espaços curvos, como o transporte paralelo de vetores e outros objetos matemáticos. É
através dele que se obtém a expressão para a curvatura do espaço-tempo e se obtém o Tensor de Einstein, utilizado
na equação da Relatividade Geral, que sumariza a interação da geometria com a matéria:

onde é o tensor de Einstein, são as componentes do Tensor de curvatura de Ricci, é a Curvatura


escalar, são as componentes do tensor métrico, é a Constante cosmológica, são as componentes do
Tensor de tensão-energia que descreve a matéria e energia em um dado ponto do espaço-tempo e é a Constante
de gravitação, a mesma da lei de Newton da gravidade. O Tensor de Ricci e a Curvatura Escalar são derivados do
tensor métrico, como dito acima.

Soluções da Equação de Einstein


A primeira solução exata para a equação de Einstein foi proposta por Karl Schwarzschild na chamada Métrica de
Schwarzschild, e é a solução para o caso de uma massa esférica estacionária, isto é, sem rotação da massa. Esta foi
também a primeira solução que descreve um buraco negro.
Soluções da equação de Einstein são obtidas a partir de uma determinada métrica. Propor uma métrica correta é uma
parte importante e difícil do problema. Estas são algumas das soluções conhecidas da Equação de Einstein:
1. Métrica de Schwarzschild.
2. Métrica de Kerr, que descreve o caso de uma massa girante esférica.
3. Métrica de Reissner-Nordstrom, para o caso de uma métrica esférica com carga elétrica.
4. Métrica de Kerr-Newman, para o caso de um massa girante com carga elétrica.
5. Métrica de Friedmann-Robertson-Walker (FRW), usada em cosmologia como modelo de um universo em
expansão.
6. Métrica de Gödel (FRW), usada em cosmologia como modelo de um universo em rotação.
7. Métrica de ondas-pp que descreve vários tipos de ondas gravitacionais.
As soluções (1), (2), (3) e (4) descrevem buracos negros.

Situação atual
A relatividade geral tem emergido como um modelo altamente bem-sucedido de gravitação e cosmologia, que até
agora tem subsistido a cada prova inequívoca de observação e experimentação. Mesmo assim, há fortes indícios de
que a teoria é incompleta.[1] O problema da gravitação quântica e a questão da realidade da singularidade
gravitacional permanecem abertas. Dados de observação que são tomados como prova de energia escura e matéria
escura poderiam indicar a necessidade de uma nova física e, enquanto a chamada Anomalia das Pioneers ainda
poderia admitir uma explicação convencional, ela também poderia ser um prenúncio de uma nova física.[2] Mesmo
considerando essas questões, a relatividade geral é rica em possibilidades de exploração adicional. Matemáticos
relativistas procuram entender a natureza das singularidades e das propriedades fundamentais das equações de
Einstein,[3] e simulações de computador cada vez mais poderosas (como aquelas que descrevem fusão de buracos
negros) são executadas.[4] A corrida para a primeira detecção direta de ondas gravitacionais continua em ritmo
acelerado,[5] , na esperança de criar oportunidades para testar a validade da teoria para campos gravitacionais muito
mais fortes do que foi possível até o momento. [6] Mais de noventa anos após a sua publicação, a relatividade geral
Relatividade geral 9

continua a ser uma área muito ativa de investigação.[7]


[1] Cf. Maddox 1998, pp. 52–59 and 98–122; Penrose 2004, seção 34.1 e capítulo 30.
[2] Nieto 2006.
[3] Friedrich 2005
[4] Para uma análise dos diversos problemas e as técnicas desenvolvidas para superá-los, consulte Lehner 2002.
[5] Veja Bartusiak 2000 para um relato até 2000; notícias atualizadas podem ser encontradas nos sites que investigam as colaborações mais
importantes tais como GEO 600 (http:/ / geo600. aei. mpg. de) e LIGO (http:/ / www. ligo. caltech. edu/ ).
[6] Para estudos científicos mais recentes sobre as polarizações das ondas gravitacionais de binários compactos, consulte Blanchet et al. 2008, e
Arun et al. 2007; para uma revisão do trabalho em binários compactos, consulte Blanchet 2006 e Futamase & Itoh 2006; para uma revisão
geral dos testes experimentais da relatividade geral, consulte Will 2006.
[7] Um bom ponto de partida para uma rápida visão sobre a pesquisa atual em relatividade é a revista eletrônica Living Reviews in Relativity
(http:/ / relativity. livingreviews. org).

Museu de Sobral no Ceará (http://www.sobral.ce.gov.br/sec/cultura/eclipse/).


Brasileiros de Sobral no Local da comprovação do desvio da luz pela massa do sol (como previsto nos calculos
matematicos de Einstein) fizeram um museu que é visitado anualmente por milhares de turistas.
Buracos Negros (http://www.damtp.cam.ac.uk/user/gr/public/bh_home.html) página em inglês.
• Laurent Baulieu ; Introdução à relatividade geral (http://parthe.lpthe.jussieu.fr/DEA/baulieu.html), curso de
introdução ministrado na Escola Politécnica por um pesquisador do Laboratário de Física Teórica de Energias
"Hautes" da Universidade de Paris VI, especialista na teoria quântica do campo. (Fichier PostScript - 53 pages.)
• Luc Blanchet ; Introdução à relatividade geral (I) (http://cdfinfo.in2p3.fr/Transp_GIF/Blanchet/Blanchet1.
html), curso de introdução ministrado na École de Gif-sur-Yvette em 2000 por um pesquisador do Instituto de
Astrofísica de Paris (Meudon), especialista na teoria de Einstein. (15 transparências no format jpeg).
• Luc Blanchet ; à relatividade geral (II) (http://cdfinfo.in2p3.fr/Transp_GIF/Blanchet/Blanchet2.
html''Introdução), continuação do precedente. (75 transparents au format jpeg).
• Ruth Durrer ; Relatividade Geral", aprofundado por estudantes do segundo ciclo da Universidade de Genebra
([[Suíça (http://mpej.unige.ch/~durrer/courses/rela.ps.gz)]) por uma professora do Departemento de Física
Teórica. (Fichier Postscript - 159 pages).
• Gerard 't Hooft ; Introdução geral da relatividade (http://www.fys.ruu.nl/~wwwthe/lectures/genrel.ps), com
introduções do Colégio Caput em 1998 por prix Nobel 1999, 'chercheur' à Instituição para Física Teórica,
Universidade Utrecht(Pays-Bas) (Fichier Postscript - 68 pages).
• Sean M. Carroll ; Leitura de notas sobre a relatividade geral", com aprofundamento em 1997 por um membro do
Instituto para Física Teórica, [[Universidade da Califórnia (http://fr.arxiv.org/abs/gr-qc/9712019)] em Santa
Barbara (EUA) (Fichiers Postscript et pdf - 238 pages)
• Theodore A. Jacobson ; Um espaço-tempo primário, notas de cursantes de um professor do Departamento de
Física, Universidade de Maryland (EUA) (Fichier Postscript - 42 pages).[[John Maddox |Maddox, John (http://
www.glue.umd.edu/~tajac/spacetimeprimer.ps)] (1998), What Remains To Be Discovered, Macmillan, ISBN
0-684-82292-X
• Penrose, Roger (1965), "Gravitational collapse and spacetime singularities", Physical Review Letters 14: 57–59,
doi: 10.1103/PhysRevLett.14.57 (http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevLett.14.57)
• Penrose, Roger (1969), "Gravitational collapse: the role of general relativity", Rivista del Nuovo Cimento 1:
252–276
• Penrose, Roger (2004), The Road to Reality, A. A. Knopf, ISBN 0679454438
• Nieto, Michael Martin (2006), "The quest to understand the Pioneer anomaly" (http://www.europhysicsnews.
com/full/42/article4.pdf) (PDF), EurophysicsNews 37(6): 30–34
• Friedrich, Helmut (2005), "Is general relativity `essentially understood'?" (http://www.arxiv.org/abs/gr-qc/
0508016), Annalen Phys. 15: 84–108, doi: 10.1002/andp.200510173 (http://dx.doi.org/10.1002/andp.
200510173)
Relatividade geral 10

• Lehner, Luis (2001), "Numerical Relativity: A review", Class. Quant. Grav. 18: R25–R86, doi:
10.1088/0264-9381/18/17/202 (http://dx.doi.org/10.1088/0264-9381/18/17/202), Arxiv (http://arxiv.org/
abs/{{{archive}}}/{{{id}}})
• Lehner, Luis (2002), Numerical Relativity: Status and Prospects, Arxiv (http://arxiv.org/abs/{{{archive}}}/
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• Bartusiak, Marcia (2000), Einstein's Unfinished Symphony: Listening to the Sounds of Space-Time, Berkley,
ISBN 978-0-425-18620-6
• Blanchet, L.; Faye, G.; Iyer, B. R.; Sinha, S. (2008), The third post-Newtonian gravitational wave polarisations
and associated spherical harmonic modes for inspiralling compact binaries in quasi-circular orbits, Arxiv (http:/
/arxiv.org/abs/{{{archive}}}/{{{id}}})
• Blanchet, Luc (2006), "Gravitational Radiation from Post-Newtonian Sources and Inspiralling Compact Binaries"
(http://www.livingreviews.org/lrr-2006-4), Living Rev. Relativity 9, visitado em 2007-08-07
• Arun, K.G.; Blanchet, L.; Iyer, B. R.; Qusailah, M. S. S. (2007), Inspiralling compact binaries in quasi-elliptical
orbits: The complete 3PN energy flux, Arxiv (http://arxiv.org/abs/{{{archive}}}/{{{id}}})
• Futamase, T.; Itoh, Y. (2006), "The Post-Newtonian Approximation for Relativistic Compact Binaries" (http://
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• Will, Clifford M. (1993), Theory and experiment in gravitational physics, Cambridge University Press, ISBN
0-521-43973-6
• Will, Clifford M. (2006), "The Confrontation between General Relativity and Experiment" (http://www.
livingreviews.org/lrr-2006-3), Living Rev. Relativity, visitado em 2007-06-12
Ruído térmico 1

Ruído térmico
Ruído Johnson–Nyquist (ruído térmico, Johnson noise, or Nyquist noise) é o ruído gerado pela agitação térmica
de cargas no interior de um conductor eléctrico em equlibrio. Este é independente da corrente aplicada.
O ruído térmico é aproximadamente branco, ou seja a sua densidade espectral de potência é aproximadamente
constante ao longo do espectro de frequências. Adicionalmente o sinal é praticamente gaussiano.[1]

História
Este tipo de ruído foi originalmente medido por John B. Johnson dos Bell Labs em 1928[2] . Ele descreveu suas
descobertas para Harry Nyquist, também dos Bell Labs, que foi capaz de explicar os resultados.[3]

Tensão de ruído e potência


O ruído térmico deve ser destinguido do ruído de disparo, que consiste em flutuações de corrente adicionais que
ocorrem quando uma corrente percorre um dispositivo electrónico. O ruído térmico pode ser modelado por uma
fonte de tensão em série com a resistência geradora de ruído. A densidade espectral de potência da tensão ou a
variancia da tensão (valor quadrático médio) por Hertz de largura de banda é dada por,

onde kB é a constante de Boltzmann em joules por kelvin, T é a temperatura absoluta da resistência em kelvins, e R é
o valor da resistência em ohms.
Por exemplo uma resistência de a uma temperatura de (16.7 C) tem um ruído (rms) de

.
Este valor é muitas vezes conhecido de cor por desenhadores de circuitos.
Para uma dada largura de banda, a raiz do valor quadrático médio (rms) da tensão, , é dado por

onde é a largura de banda em hertz sobre a qual o ruído é medido. Para uma resistência de à temperatura
ambiente o valor RMS da tensão de ruído é de 400 nV ou .[4]
O ruído gerado pela resistência pode ser transferido para o restante circuito. A máxima transferência de potência
acontece com adaptação de impedâncias, quando o equivalente de Thévenin do restante circuito for igual a
resistência geradora de ruído. Neste caso a potência de ruído transferida para o circuito é dada por,

onde P é o ruído térmico em Watts. Note que este valor é independente da resistência geradora de ruído.

Corrente de ruído
A fonte de ruído também pode ser modelado por uma fonte de corrente em paralelo com a resistência, se
calcular-mos o equivalente de Norton que corresponde simplesmente a dividir por R. Daqui resulta que a raiz do
valor quadrático médio da fonte de corrente será dada por,
Ruído térmico 2

Ruído em frequências muito altas


As equações apresentadas são boa aproximações nas baixas frequências. Em geral, a densidade espectral de potência
da tensão através de uma resistência R em é dada por:

onde f é a frequência, h é a constante de Planck, kB é a constante de Boltzmann e T é a temperatura em Kelvins.

Ver também
• Harry Nyquist
• John B. Johnson

Ligações externas
• Amplifier noise in RF systems [5]
• Thermal noise (undergraduate) with detailed math [6]
• Johnson-Nyquist noise or thermal noise calculator — volts and dB [7]
• Thoughts about Image Calibration for low dark current and Amateur CCD Cameras to increase Signal-To-Noise
Ratio [8]
• Derivation of the Nyquist relation using a random electric field, H. Sonoda [9]

Referências
[1] Mancini, Ron; others (August 2002). Op Amps For Everyone (http:/ / focus. ti. com/ lit/ an/ slod006b/ slod006b. pdf) (PDF). Application
Notes pp. p. 148 (http:/ / focus. ti. com/ lit/ an/ slod006b/ slod006b. pdf#page=148). Texas Instruments. Página visitada em 2006-12-06.
"Thermal noise and shot noise (see below) have Gaussian probability density functions. The other forms of noise do not."
[2] J. Johnson, "Thermal Agitation of Electricity in Conductors" (http:/ / link. aps. org/ abstract/ PR/ v32/ p97), Phys. Rev. 32, 97 (1928) – the
experiment
[3] H. Nyquist, "Thermal Agitation of Electric Charge in Conductors" (http:/ / link. aps. org/ abstract/ PR/ v32/ p110), Phys. Rev. 32, 110 (1928)
– the theory
[4] http:/ / www. google. com/ search?q=sqrt%284*k*295+ K*1+ kiloohm*%2810+ kHz%29%29+ in+ microvolt
[5] http:/ / www4. tpgi. com. au/ users/ ldbutler/ AmpNoise. htm
[6] http:/ / www. physics. utoronto. ca/ ~phy225h/ experiments/ thermal-noise/ Thermal-Noise. pdf
[7] http:/ / www. sengpielaudio. com/ calculator-noise. htm
[8] http:/ / www. licha. de/ astro_article_ccd_bias_dark. php
[9] http:/ / www. phys. sci. kobe-u. ac. jp/ ~sonoda/ notes/ nyquist_random. ps
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