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2354 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.

o 103 — 4-5-1999

Artigo 11.o traponto com as palavras «LIBERDADE» e «DEMO-


Entrada em vigor
CRACIA» do anverso.

1 — Com excepção do disposto nos n.os 2 e 3 do Artigo 3.o


artigo 5.o e do número seguinte, o presente diploma
entra em vigor na data da publicação da portaria. O limite de emissão desta moeda comemorativa é
2 — A portaria mencionada no número anterior deve fixado em 515 000 000$.
ser publicada no prazo de 60 dias contado da data da
publicação do presente diploma. Artigo 4.o
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 11 de 1 — Dentro do limite estabelecido no número ante-
Março de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter- rior, a INCM é autorizada a cunhar até 15 000 espécimes
res — José Eduardo Vera Cruz Jardim — José Sócrates numismáticos de prata com acabamento «prova numis-
Carvalho Pinto de Sousa. mática» (proof), destinados à comercialização, nos ter-
mos do Decreto-Lei n.o 178/88, de 19 de Maio.
Promulgado em 15 de Abril de 1999. 2 — Os espécimes numismáticos cunhados em liga de
Publique-se. prata de toque 925/1000 têm o diâmetro de 40 mm, peso
de 27 g e o bordo serrilhado, sendo as tolerâncias no
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. peso e no toque de mais ou menos 1/100.

Referendado em 21 de Abril de 1999. Artigo 5.o


O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira As moedas destinadas a distribuição pública pelo res-
Guterres. pectivo valor facial são postas em circulação por inter-
médio e sob requisição do Banco de Portugal.

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Artigo 6.o

Decreto-Lei n.o 147/99 Os lucros da amoedação destinada à distribuição


pública pelo respectivo valor facial serão postos pelo
de 4 de Maio Ministério das Finanças à disposição da entidade pro-
motora — Comissão Executiva das Comemorações Ofi-
Comemora-se em 1999 o 25.o Aniversário da Revo-
ciais do 25 de Abril.
lução do 25 de Abril.
Julga-se da maior oportunidade assinalar este evento Artigo 7.o
com a emissão de uma moeda comemorativa cunhada As moedas cunhadas ao abrigo deste diploma têm
em metal precioso e com elevado valor facial, adequado curso legal, mas ninguém poderá ser obrigado a receber
à projecção deste acontecimento. em qualquer pagamento mais de 25 000$ nestas moedas.
Foi ouvido o Banco de Portugal.
Assim: Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da de Abril de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-
Constituição, o Governo decreta o seguinte: res — António Luciano Pacheco de Sousa Franco.

Promulgado em 22 de Abril de 1999.


Artigo 1.o
Publique-se.
1 — É autorizada a cunhagem, pela Imprensa Nacio-
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
nal-Casa da Moeda, E. P. (INCM), de uma moeda come-
morativa alusiva ao 25.o Aniversário do 25 de Abril.
Referendado em 26 de Abril de 1999.
2 — A moeda referida no número anterior será
cunhada em liga de prata de toque 500/1000 com 40 mm O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
de diâmetro e 27 g de peso, com uma tolerância de Guterres.
mais ou menos 1/100 no peso e toque, e terá bordo
serrilhado.
Artigo 2.o MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
1 — Na gravura do anverso inscrevem-se no rebordo
as palavras «LIBERDADE» e «DEMOCRACIA»; no
campo abrem-se as palavras «25 de Abril» e «25 Anos», Decreto-Lei n.o 148/99
num jogo gráfico em que os cincos se unem, provocando de 4 de Maio
uma dupla leitura na rotação da moeda.
Estas palavras, polidas e brilhantes, aparecem com O Decreto-Lei n.o 62/91, de 1 de Fevereiro, que, além
grande força, contrastando com o campo e o rebordo, de outras disposições, transpôs para a ordem jurídica
que se apresentam foscos. interna os princípios constantes das Directivas
2 — Na gravura do reverso, o tratamento é idêntico, n.os 85/358/CEE e 86/469/CEE, do Conselho, de 16 de
destacando-se os cinco escudos da nacionalidade, o valor Julho e 16 de Setembro, respectivamente, respeitantes
facial e o ano da emissão. As palavras «REPÚBLICA à pesquisa de resíduos de certas substâncias nos animais
PORTUGUESA» estão inscritas no rebordo em con- e nas carnes frescas.
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Surge agora a necessidade de transpor para a ordem à análise de uma amostra oficial a fim de detec-
jurídica interna a Directiva n.o 96/23/CE, do Conselho, tar a presença de resíduos;
de 29 de Abril, e a Decisão da Comissão n.o 97/747/CE, g) Animal — as espécies previstas no anexo A do
de 27 de Outubro, relativas a medidas de controlo a Regulamento aprovado pela Portaria n.o 575/93,
aplicar a certas substâncias e aos seus resíduos nos ani- de 4 de Junho;
mais vivos e respectivos produtos, sendo tal necessidade h) Lote de animais — um grupo de animais da
acentuada pelo facto da citada directiva revogar as
mesma espécie, da mesma faixa etária, criados
Directivas n.os 85/358/CEE e 86/469/CEE, além de
outras disposições comunitárias. na mesma exploração e ao mesmo tempo, em
Além daqueles diplomas comunitários, impõe-se condições uniformes;
transpor para a ordem jurídica interna a Decisão da i) Substância beta-agonista — uma substância beta-
Comissão n.o 98/179/CE, de 23 de Fevereiro, que esta- -adrenorreceptor agonista;
belece regras para a colheita de amostras oficiais a uti- j) Animais de exploração — os animais domésti-
lizar na pesquisa de determinadas substâncias e seus cos das espécies bovina, suína, ovina e caprina,
resíduos nos animais vivos e seus produtos. os solípedes, as aves de capoeira e os coelhos
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das domésticos, bem como os animais selvagens das
Regiões Autónomas. espécies acima referidas e os ruminantes sel-
Assim: vagens, desde que tenham sido criados numa
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da exploração;
Constituição, o Governo decreta, para valer como lei l) Tratamento terapêutico — a administração, a
geral da República, o seguinte: título individual, a um animal de exploração,
de uma das substâncias autorizadas no trata-
CAPÍTULO I mento de um problema de fecundidade detec-
tado durante um exame desse animal efectuado
Âmbito de aplicação e definições por um médico veterinário, incluindo a inter-
rupção de uma gestação não desejada e, no que
Artigo 1.o se refere a beta-agonistas, a indução da tocólise
Âmbito de aplicação nas vacas parturientes, bem como o tratamento
das perturbações respiratórias e a indução da
O presente diploma estabelece as medidas de controlo
relativas às substâncias e aos grupos de resíduos refe- tocólise nos equídeos criados para fins diferen-
ridos no anexo I. tes da produção de carne;
m) Tratamento zootécnico:
Artigo 2.o
Definições i) A administração a título individual a um
Para efeitos do presente diploma, entende-se por: animal de exploração de uma das subs-
tâncias autorizadas a título de derrogação
a) Substâncias ou produtos não autorizados — as pela DGV, tendo em vista a sincroniza-
substâncias ou produtos cuja administração aos ção do ciclo éstrico e a preparação das
animais é proibida; dadoras e das receptoras para a implan-
b) Tratamento ilegal — a utilização de substâncias
tação de embriões, após exame do animal
ou produtos não autorizados ou a utilização de
substâncias ou produtos autorizados pela legis- efectuado por um médico veterinário ou
lação comunitária em vigor para fins ou em con- sob a sua responsabilidade;
dições não previstos nessa legislação ou, even- ii) A administração aos animais de aquicul-
tualmente, na legislação nacional; tura, a um grupo de reprodutores, tendo
c) Resíduo — o resíduo de substâncias com uma em vista a sua inversão sexual, por pres-
acção farmacológica, dos seus produtos de trans- crição de um médico veterinário ou sob
formação ou de outras substâncias que se trans- sua responsabilidade.
mitam aos produtos animais e que possam ser
prejudiciais para a saúde humana;
d) Autoridade competente — a Direcção-Geral de CAPÍTULO II
Veterinária (DGV), enquanto autoridade sani-
tária veterinária nacional, que poderá delegar Planos de vigilância da pesquisa de resíduos
as competências que lhe são atribuídas pelo pre- ou de substâncias
sente diploma nas direcções regionais de agri-
cultura (DRA), sem prejuízo das competências Artigo 3.o
atribuídas por lei a outras entidades; Âmbito da vigilância
e) Amostra oficial — uma amostra colhida pela
autoridade competente e que ostente, para a A vigilância da cadeia de produção de animais e de
análise dos resíduos ou das substâncias referidos produtos primários de origem animal, tendo em vista
no anexo I, por um lado, a indicação da espécie, a pesquisa dos resíduos e das substâncias referidos no
natureza, quantidade e método de colheita e, anexo I nos animais vivos, seus excrementos e líquidos
por outro, a identificação do sexo e da origem biológicos, bem como nos tecidos, nos produtos animais,
do animal ou do produto animal; nos alimentos para animais e na água para abebera-
f) Laboratório aprovado — um laboratório apro- mento, deve ser efectuada nos termos do disposto no
vado pela autoridade competente para proceder presente capítulo.
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Artigo 4.o 2 — A pedido da DGV, a Comissão da União Euro-


Coordenação da pesquisa
peia pode adaptar as exigências de controlo mínimo
fixadas no anexo referido no número anterior, desde
1 — À DGV compete a coordenação da realização que seja claramente estabelecido que essa adaptação
das pesquisas previstas no presente capítulo efectuadas aumenta a eficácia geral do plano e em nada diminui
no território nacional. as possibilidades de identificação dos resíduos ou dos
2 — A DGV é responsável pela: casos de tratamento ilegal com substâncias indicadas
no anexo I.
a) Elaboração do plano a que se refere o artigo 5.o,
destinado a permitir que os diferentes serviços Artigo 7.o
efectuem as pesquisas previstas;
b) Coordenação das actividades dos serviços cen- Especificidade do plano
trais e regionais responsáveis pela vigilância dos O plano inicial deve ter em conta as situações espe-
diferentes resíduos, sendo essa coordenação cíficas do território nacional e, nomeadamente, precisar:
extensiva a todos os serviços que participam na
luta contra a utilização fraudulenta de substân- a) A legislação relativa à utilização das substâncias
cias ou produtos nas explorações de criação; referidas no anexo I, especialmente a que se
c) Recolha de todas as informações necessárias refere à sua proibição ou autorização, distri-
para avaliar os meios utilizados e os resultados buição, colocação no mercado e regras de admi-
obtidos na aplicação das medidas previstas no nistração, na medida em que essa legislação não
presente capítulo; esteja harmonizada;
d) Transmissão anual à Comissão da União Euro- b) A infra-estrutura dos serviços, em especial a
peia, o mais tardar até 31 de Março de cada natureza e importância dos serviços que par-
ano, das informações e resultados referidos na ticipam na execução dos planos;
alínea c), incluindo os resultados dos inquéritos c) A lista dos laboratórios aprovados, com indi-
efectuados. cação da sua capacidade de tratamento das
amostras;
3 — O presente artigo não afecta as regras mais espe- d) Os limites máximos de resíduos são estabele-
cíficas aplicáveis em matéria de controlo da nutrição cidos no Regulamento (CEE) n.o 2377/90, de
animal. 26 de Junho, e suas alterações;
e) Os limites das tolerâncias nacionais de substân-
Artigo 5.o cias autorizadas, quando não existam limites
Plano anual de pesquisa
máximos comunitários de resíduos estabelecidos
nos termos do Regulamento (CEE) n.o 2377/90,
1 — A DGV submeterá à Comissão da União Euro- de 26 de Junho, e suas alterações, e da Portaria
peia um plano anual que especifique as medidas nacio- n.o 188/97, de 18 de Março;
nais a aplicar e, posteriormente, qualquer actualização f) A lista das substâncias pesquisadas, os métodos
dos planos anteriormente aprovados nos termos do de análise, as regras de interpretação dos resul-
artigo 8.o, com base na experiência do ano ou dos anos tados e, para as substâncias referidas no anexo I,
anteriores, o mais tardar até 31 de Março do ano da o número de colheitas a efectuar acompanhado
actualização. da respectiva justificação;
2 — O plano referido no n.o 1 deve: g) O número de amostras oficiais a colher em rela-
ção com o número de animais das espécies em
a) Prever a pesquisa dos grupos de resíduos ou
questão abatidos durante os anos anteriores,
substâncias, consoante o tipo de animais, nos
segundo os níveis e as frequências previstos no
termos do anexo II;
anexo IV;
b) Especificar, em especial, as medidas de pesquisa
h) As regras aplicadas na colheita das amostras
da presença:
oficiais e, em especial, as relativas às indicações
i) Das substâncias referidas na alínea a) nos que devem constar dessas amostras oficiais;
animais e nas águas para abeberamento, i) A natureza das medidas previstas pela DGV
bem como em todos os locais em que em relação aos animais ou produtos em que
são criados ou mantidos os animais; foi verificada a presença de resíduos.
ii) Dos resíduos das substâncias acima refe-
ridas nos animais vivos, respectivos excre-
mentos, líquidos biológicos, bem como Artigo 8.o
nos tecidos e produtos primários de ori- Alteração ao plano
gem animal, como a carne, o leite, os
ovos e o mel; 1 — A DGV, a solicitação da Comissão da União
Europeia, pode alterar ou completar o plano anual refe-
c) Respeitar as regras, os níveis e as frequências rido no n.o 1 do artigo 5.o, de forma a torná-lo conforme
de amostragem previstos nos anexos III e IV. com o presente diploma.
2 — A fim de ter em conta a evolução da situação
no território nacional ou numa das suas regiões, os resul-
Artigo 6.o tados dos inquéritos nacionais ou as verificações efec-
Níveis e frequências da colheita
tuadas no âmbito dos artigos 16.o e 17.o, a Comissão
da União Europeia, a pedido da DGV ou por sua própria
1 — O plano deve respeitar os níveis e as frequências iniciativa, pode autorizar uma alteração ou um com-
da colheita de amostras previstos no anexo IV. plemento a um plano anteriormente aprovado.
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3 — A DGV deve comunicar anualmente à Comissão tenha sido respeitado o intervalo de segurança
da União Europeia, o mais tardar até 31 de Março, prescrito para esses produtos ou substâncias;
os resultados do plano de pesquisa de resíduos e subs- c) Produtos provenientes dos animais referidos nas
tâncias, e das suas acções de controlo. alíneas a) e b).
4 — A DGV deverá tornar público o resultado da
execução dos planos. 4 — Se um animal for apresentado a um estabele-
cimento de primeira transformação por uma pessoa sin-
gular ou colectiva que não o produtor, as obrigações
CAPÍTULO III referidas no n.o 1 incumbem a essa pessoa.
5 — Para efeitos do disposto nos números anteriores:
Autocontrolo e co-responsabilidade dos operadores
a) É obrigatória a vigilância da qualidade da cadeia
o pelos produtores que coloquem no mercado ani-
Artigo 9. mais de exploração ou qualquer outra pessoa
Medidas de autocontrolo singular ou colectiva que comercialize animais,
pelos proprietários e responsáveis pelos esta-
1 — A DGV deve garantir que: belecimentos de primeira transformação dos
produtos de origem animal;
a) Todas as explorações que coloquem no mercado b) O reforço das medidas de autovigilância a intro-
animais de exploração, e qualquer pessoa sin- duzir no caderno de encargos das marcas ou
gular ou colectiva que comercialize esses ani- rótulos.
mais, sejam objecto de um registo prévio e se
comprometem a cumprir as regulamentações Artigo 10.o
comunitárias e nacionais aplicáveis, muito es-
pecialmente as disposições previstas nos ar- Responsabilidade dos médicos veterinários e criadores
tigos 5.o e 12.o do Regulamento anexo à Portaria
1 — Os médicos veterinários responsáveis pelo acom-
n.o 575/93, de 4 de Junho;
panhamento das explorações são competentes e respon-
b) O registo prévio acima referido deverá efec-
sáveis pela aplicação das disposições do presente
tuar-se no prazo de 30 dias após a entrada em
diploma relativas às condições de criação e dos tra-
vigor do presente diploma ou data do início da
tamentos.
actividade respectiva;
2 — O médico veterinário referido no número ante-
c) Este registo deverá ser feito mediante a apre-
rior mencionará num registo arquivado na exploração
sentação pelo interessado de um requerimento
a natureza e a data dos tratamentos prescritos ou admi-
na respectiva DRA, no qual consiste a iden-
nistrados, a identificação dos animais tratados e os inter-
tificação, denominação social, domicílio ou sede
valos de segurança correspondentes.
e respectivos responsáveis para o caso das
3 — O criador, por sua vez, assinalará nesse registo,
explorações;
que pode ser o previsto no Decreto-Lei n.o 184/97, de
d) A autoridade competente emitirá e entregará
26 de Julho, a natureza e a data dos tratamentos admi-
ao interessado documento comprovativo do
nistrados, devendo garantir o respeito pelos intervalos
registo efectuado;
de segurança e conservar as prescrições justificativas
e) As DRA informarão a DGV dos registos efec-
durante cinco anos.
tuados ou das suas eventuais alterações.
4 — Tanto os criadores como os médicos veterinários
devem fornecer à autoridade competente, a pedido
2 — Os proprietários ou responsáveis pelos estabe- desta, todas as informações e, em especial ao médico
lecimentos de primeira transformação de produtos pri- veterinário oficial do matadouro, relativas ao cumpri-
mários de origem animal devem tomar todas as medidas mento das exigências do presente diploma por uma dada
necessárias, nomeadamente através de medidas de auto- exploração.
controlo, para:
a) Só aceitarem, quer em entregas directas, quer CAPÍTULO IV
através de intermediários, animais em relação
aos quais o seu produtor possa garantir que Controlos oficiais
foram respeitados os intervalos de segurança;
b) Se assegurarem que os animais de exploração Artigo 11.o
ou produtos introduzidos no estabelecimento
não apresentam níveis de resíduos que ultra- Controlos por sondagem
passem os limites máximos autorizados, nem 1 — Sem prejuízo dos controlos efectuados no âmbito
vestígios de substâncias ou produtos proibidos. da execução dos planos de vigilância referidos no
artigo 5.o e dos controlos previstos em legislação espe-
3 — Os produtores ou os responsáveis referidos nos cífica, poderão ser efectuados controlos oficiais por
n.os 1 e 2 só podem colocar no mercado: sondagem:
a) Animais aos quais não tenham sido adminis- a) Na fase de fabrico das substâncias referidas no
trados substâncias ou produtos não autorizados grupo A do anexo I, bem como nas fases da
ou que não tenham sido objecto de um trata- sua movimentação, armazenagem, transporte,
mento ilegal na acepção do presente diploma; distribuição e venda ou compra;
b) Animais em relação aos quais, em caso de admi- b) Na fase da cadeia de produção e da distribuição
nistração de substâncias ou produtos autorizados, dos alimentos para animais;
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c) Ao longo de toda a cadeia de criação dos ani- d) Os controlos previstos no n.o 1, alínea a), do
mais e de produtos primários de origem animal artigo 11.o;
abrangidos pelo presente diploma. e) Todos os controlos necessários para esclarecer
a origem das substâncias ou dos produtos não
2 — Os controlos referidos no n.o 1 são efectuados autorizados ou a dos animais tratados.
com a finalidade de se detectar a posse ou a presença
de substâncias ou produtos proibidos que se destinem 3 — Se se ultrapassarem os limites dos níveis fixados
a ser administrados a animais para fins de engorda ou pela regulamentação comunitária ou, enquanto se
tratamento ilegal. aguarda essa regulamentação, os limites fixados pela
3 — Em caso de suspeita de fraude e em caso de legislação nacional, a DGV realizará todas as acções
resultados positivos na sequência de um dos controlos e inquéritos que considerar úteis em função da veri-
previstos no n.o 1, serão aplicáveis as disposições dos ficação efectuada.
artigos 16.o a 19.o, bem como as medidas previstas no
capítulo VI. Artigo 14.o
4 — Os controlos previstos durante o abate ou por
Laboratórios de referência
ocasião da primeira venda de animais de aquicultura
ou de produtos da pesca poderão ser reduzidos sempre 1 — A DGV deve designar, pelo menos, um labo-
que haja a adesão da exploração de origem ou de pro- ratório nacional de referência, devendo atribuir cada
veniência a uma rede de epidemiovigilância ou a um resíduo ou grupo de resíduos a um único laboratório
sistema de vigilância de qualidade, referido na alínea a) nacional aprovado.
do n.o 5 do artigo 9.o 2 — Aos laboratórios nacionais de referência cons-
tantes da lista aprovada pela Comunidade compete:
Artigo 12.o
Controlo sem aviso prévio a) Coordenar as actividades dos laboratórios nacio-
nais de rotina responsáveis pelas análises dos
1 — Os controlos referidos no presente diploma resíduos e, em especial, as normas e métodos
devem ser efectuados pela autoridade nacional com- de análise para cada resíduo ou grupo de resí-
petente sem aviso prévio. duos em causa;
2 — O proprietário, a pessoa habilitada a dispor dos b) Prestar assistência à autoridade competente na
animais ou o seu representante deve facilitar as ins- organização do plano de vigilância dos resíduos;
pecções antes do abate e, nomeadamente, assistir o vete- c) Organizar periodicamente testes comparativos
rinário oficial ou o pessoal auxiliar em todas as ope- para cada resíduo ou grupo de resíduos para
rações consideradas úteis. os quais foram designados;
d) Garantir a observância dos limites estabelecidos
pelos laboratórios nacionais;
Artigo 13.o e) Assegurar a difusão das informações fornecidas
Tratamento ilegal pelos laboratórios comunitários de referência;
f) Garantir ao seu pessoal a possibilidade de par-
1 — Em caso de suspeita de tratamento ilegal, a DGV ticipar nos estágios de aperfeiçoamento orga-
solicita ao proprietário, ao detentor dos animais ou ao nizados pela Comissão da União Europeia ou
médico veterinário da exploração que apresentem todos pelos laboratórios comunitários de referência.
os elementos que justifiquem a natureza do tratamento.
2 — Se se confirmar o tratamento ilegal ou em caso 3 — Os laboratórios comunitários de referência são
de utilização ou suspeita fundamentada de utilização os designados no capítulo 1 do anexo VI, sendo os seus
de substâncias ou produtos não autorizados, a DGV poderes e as suas condições de actividade definidos no
realiza ou manda realizar: capitulo 2 do mesmo anexo.
a) Controlos por amostragem dos animais nas suas
explorações de origem ou de proveniência,
nomeadamente para detectar a referida utili- Artigo 15.o
zação e, especialmente, eventuais vestígios de Colheita de amostras
implantes, podendo esses controlos incluir uma
colheita oficial de amostras; 1 — As colheitas de amostras oficiais devem ser efec-
b) Controlos destinados a detectar a presença de tuadas nos termos dos anexos III e IV, para serem ana-
substâncias cuja utilização seja proibida ou de lisadas em laboratórios aprovados, sendo as regras a
substâncias ou produtos não autorizados nas aplicar na colheita dessas amostras e seu tratamento
explorações agrícolas onde os animais são cria- efectuadas nos termos do anexo V.
dos, mantidos ou engordados, incluindo as 2 — Ao emitir uma autorização de colocação no mer-
explorações ligadas administrativamente a essas cado (ACM) para um medicamento veterinário a admi-
empresas, ou nas explorações de origem ou de nistrar a uma espécie cuja carne ou produto se destine
proveniência desses animais, devendo, para o ao consumo humano, as autoridades competentes trans-
efeito, fazer colheitas oficiais de águas de abe- mitirão aos laboratórios comunitários de referência e
beramento e de alimentos; aos laboratórios nacionais de referência para a pesquisa
c) Controlos por amostragem nos alimentos para de resíduos os métodos de análise de rotina previstos
animais na respectiva exploração de origem, ou na Portaria n.o 562/89, de 20 de Julho, e no artigo 7.o
de proveniência, bem como na água de abe- do Regulamento (CEE) n.o 2377/90.
beramento ou, em relação aos animais de aqui- 3 — Para as substâncias do grupo A do anexo I, todos
cultura, nas águas de captura; os resultados positivos verificados em caso de aplicação
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de um método de rotina em vez de um método de refe- 3 — Os animais em que foram efectuadas colheitas
rência devem ser confirmados através de métodos de são claramente identificados e não podem de forma
referência estabelecidos nos termos do procedimento alguma deixar a exploração enquanto os resultados dos
previsto nos n.os 1 e 2. controlos não forem conhecidos.
4 — Para todas as substâncias, em caso de contestação
com base numa análise contraditória, esses resultados
Artigo 17.o
devem ser confirmados pelo laboratório nacional de
referência designado nos termos do n.o 1 do artigo 14.o Explorações sob controlo
para a substância ou resíduo em causa, devendo a última
1 — Em caso de verificação da existência de um tra-
confirmação ser efectuada a expensas do queixoso em
tamento ilegal, a ou as explorações de criação postas
caso de confirmação.
em causa durante os controlos referidos no n.o 2 do
5 — Quando a análise de uma amostra oficial revelar artigo 13.o são imediatamente colocadas sob controlo
um tratamento ilegal, é aplicável o disposto nos arti- oficial.
gos 16.o a 19.o, bem como as medidas previstas no 2 — Todos os animais em questão devem ostentar
capítulo V. uma marca ou uma identificação oficial e, numa 1.a fase,
6 — Quando essa análise revelar a presença de resí- é efectuada uma colheita de amostras oficiais sobre uma
duos de substâncias autorizadas ou de contaminantes amostragem estatisticamente representativa, que
que ultrapassem os níveis fixados na regulamentação assente em bases científicas reconhecidas a nível inter-
comunitária ou, enquanto se aguarda essa legislação, nacional.
os níveis fixados na legislação nacional, será aplicável
o disposto nos artigos 18.o e 19.o Artigo 18.o
7 — Quando a análise referida nos n.os 5 e 6 tiver Excesso do limite máximo de resíduos
incidido em animais ou produtos de origem animal pro-
venientes de outro Estado membro, a DGV informará 1 — Se se detectarem resíduos de substâncias ou pro-
a autoridade competente do Estado membro de origem dutos autorizados a um nível que exceda o limite máximo
a fim de que possam ser aplicados à exploração ou esta- de resíduos, a DGV deve mandar efectuar um inquérito
belecimento de origem ou de proveniência o disposto na exploração de origem ou de proveniência, a fim de
no n.o 3 do artigo 16.o e nos artigos 17.o, 18.o e 19.o determinar as razões que levaram a exceder o referido
e as medidas previstas no capítulo V. limite.
8 — Quando essa análise incidir sobre produtos ou 2 — Consoante os resultados daquele inquérito, serão
animais importados de um país terceiro, a DGV apre- tomadas as medidas necessárias para a manutenção da
sentará o caso à Comissão, que tomará as medidas pre- saúde pública, que podem ir até à proibição de saída
vistas no artigo 30.o dos animais ou dos produtos da exploração ou do esta-
belecimento em causa durante um período determinado.
Artigo 16.o 3 — Em caso de infracções reiteradas em relação aos
limites máximos de resíduos quando da colocação de
Resultados analíticos positivos animais ou de produtos no mercado por um criador
ou por um estabelecimento de transformação deverá
1 — Quando se detectem resultados positivos tal proceder-se a um controlo reforçado dos animais e pro-
como referido no artigo 15.o, a DGV obterá, logo que dutos da exploração e ou do estabelecimento em causa
possível: durante um período mínimo de seis meses, com apreen-
são dos produtos ou carcaças enquanto se aguardam
a) Todos os elementos necessários à identificação os resultados da análise das amostras colhidas.
do animal e da exploração de origem ou de 4 — Todos os resultados que evidenciem um excesso
proveniência; do limite máximo de resíduos devem implicar a retirada
b) As especificações necessárias à análise e ao seu das carcaças ou produtos em causa para consumo
resultado. humano.
Artigo 19.o
2 — Se os resultados dos controlos efectuados apon-
tarem para a necessidade de um inquérito ou de uma Despesas
acção num ou vários Estados membros ou num ou vários
1 — As despesas dos inquéritos e controlos previstos
países terceiros, informar-se-á do facto os restantes Esta-
no artigo 16.o e sempre que o inquérito confirmar a
dos membros e a Comissão da União Europeia.
suspeita, os custos das análises efectuadas por força dos
3 — A DGV efectuará ainda: artigos 17.o e 18.o ficarão a cargo do proprietário ou
a) Um inquérito na exploração de origem ou de do detentor dos animais.
proveniência, a fim de determinar as razões da 2 — A destruição dos animais positivos ou dos seus
presença de resíduos; produtos, quando autorizada pela autoridade compe-
tente, será da responsabilidade do proprietário dos ani-
b) Em caso de substâncias ou produtos não auto-
mais, que não receberá qualquer indemnização ou com-
rizados ou de substâncias autorizadas utilizadas
pensação de outra natureza.
ilegalmente (tratamento ilegal), um inquérito
sobre a origem ou origens das substâncias ou
produtos em causa, a nível do fabrico, movi- Artigo 20.o
mentação, armazenagem, transporte, adminis- Assistência mútua
tração, distribuição ou venda;
c) Todos os outros inquéritos suplementares que 1 — Para efeitos do presente diploma, é aplicável o
considerar necessários. disposto no Decreto-Lei n.o 206/92, de 2 de Outubro,
2360 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999

relativo à assistência mútua entre as autoridades admi- Artigo 23.o


nistrativas dos Estados membros e à colaboração entre
Medidas aplicáveis aos animais
estas e a Comissão da União Europeia, tendo em vista
assegurar a boa aplicação das legislações veterinária e 1 — Durante o período de duração das medidas pre-
zootécnica. vistas no artigo 17.o, os animais da exploração posta
2 — Quando se tomar conhecimento que, noutro em causa não a podem deixar nem ser cedidos a qualquer
Estado membro, os controlos previstos no presente outra pessoa, a não ser sob controlo oficial, tomando
diploma não são ou deixaram de ser efectuados, infor- a autoridade competente as medidas cautelares adequa-
mar-se-á do facto a autoridade central competente desse das em função da natureza das substâncias identificadas.
Estado membro. 2 — Na sequência da colheita de amostras efectuada
3 — Se se tiver conhecimento que essas medidas não nos termos do artigo 17.o, e se se confirmar um tra-
foram tomadas ou não foram suficientes, procurar-se-á tamento ilegal, os animais considerados positivos serão
encontrar, com o Estado membro posto em causa, as imediatamente abatidos no local ou conduzidos direc-
vias e meios para resolver a situação, se necessário atra- tamente ao matadouro ou ao esquartejadouro desig-
vés de uma visita in loco. nados ao abrigo de uma guia sanitária veterinária, a
4 — A DGV informará a Comissão da União Euro- fim de aí serem abatidos, sendo estes animais entregues
peia dos litígios e das soluções adoptadas e, na impos- a um estabelecimento de transformação de subprodutos
sibilidade de acordo, comunicará o caso à Comissão de alto risco na acepção do Regulamento aprovado pela
para parecer posterior. Portaria n.o 965/92, de 10 de Outubro.
5 — Enquanto se aguarda o referido parecer, devem 3 — No caso referido no número anterior deve efec-
controlar-se os produtos provenientes dos estabeleci- tuar-se uma colheita de amostras, a expensas do pro-
mentos ou das explorações em causa no litígio e, se prietário da exploração, na totalidade dos lotes de ani-
os resultados forem positivos, a DGV pode tomar medi- mais que pertençam à exploração controlada e suscep-
das semelhantes às previstas no n.o 5, alínea b), do tíveis de serem suspeitos.
artigo 7.o do Regulamento aprovado pela Portaria 4 — Se metade ou mais das colheitas efectuadas na
n.o 576/93, de 4 de Junho. amostra representativa prevista no artigo 17.o for posi-
6 — Tendo em conta o parecer da Comissão da União tiva, o criador poderá escolher entre o controlo de todos
Europeia, podem ser adoptadas medidas adequadas nos os animais presentes na exploração susceptíveis de serem
termos do procedimento previsto pela Comunidade, suspeitos ou o abate desses animais.
podendo essas medidas ser revistas segundo o mesmo 5 — Durante um período posterior de, pelo menos,
procedimento, tendo em conta um novo parecer de peri- 12 meses, as explorações pertencentes ao mesmo pro-
tos no prazo de 15 dias. prietário serão objecto de um controlo reforçado a fim
de se pesquisarem os resíduos em causa e se existir
um sistema organizado de autocontrolos, o criador dei-
Artigo 21.o xará de poder beneficiar desse sistema durante o refe-
rido período.
Peritagem comunitária
6 — As explorações ou os estabelecimentos de abas-
tecimento da exploração em causa serão sujeitos, aten-
1 — Em colaboração com a DGV, podem ser efec- dendo à infracção verificada, a um controlo suplementar
tuadas verificações no território nacional por peritos ao previsto no n.o 1 no artigo 11.o, a fim de se detectar
veterinários da Comissão da União Europeia para con- a origem da substância em causa, o mesmo se aplicando
firmar a aplicação uniforme do plano e o respectivo a todas as explorações e estabelecimentos pertencentes
sistema de controlo, devendo a Direcção-Geral prestar à mesma cadeia de abastecimento de animais e de ali-
todo o auxílio necessário para que aqueles peritos cum- mentos para animais.
pram a sua missão.
2 — As disposições gerais de aplicação do presente Artigo 24.o
artigo, nomeadamente no que diz respeito à frequência
e às regras de execução das verificações referidas no Procedimento do médico veterinário oficial
n.o 1, serão definidas nos termos do procedimento pre- O médico veterinário oficial de um matadouro deve:
visto pela legislação comunitária. 1) Suspeitando ou se dispuser de elementos que lhe
permitam concluir que os animais apresentados foram
objecto de um tratamento ilegal, ou que lhes foram
CAPÍTULO V administrados substâncias ou produtos não autorizados:
Medidas a tomar em caso de infracção a) Proceder de modo que os animais sejam aba-
tidos separadamente dos outros lotes entregues
Artigo 22.o no matadouro;
b) Apreender as carcaças e miudezas e proceder
Posse de substâncias não autorizadas a todas as colheitas de amostras necessárias para
detectar as referidas substâncias;
Se se descobrirem substâncias ou produtos não auto- c) Em caso de resultados positivos, mandar entre-
rizados ou substâncias referidas no anexo I, grupos A gar a carne e as miudezas a um estabelecimento
e B, n.os 1 e 2, na posse de pessoas não autorizadas, de transformação de subprodutos de alto risco
essas substâncias ou produtos não autorizados devem na acepção do Regulamento aprovado pela Por-
ser colocados sob controlo oficial até serem tomadas taria n.o 965/92, de 10 de Outubro, sem indem-
disposições adequadas pela autoridade competente, sem nização ou qualquer compensação, sendo ainda
prejuízo de possíveis sanções contra os infractores. aplicável o disposto nos artigos 20.o a 23.o
N.o 103 — 4-5-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2361

2) Suspeitando ou se dispuser de elementos que lhe local por peritos veterinários da DGV e da Comissão,
permitam concluir que os animais apresentados foram nos termos previstos nos regulamentos anexos às Por-
objecto de um tratamento autorizado, mas que os inter- tarias n.os 574/93, de 24 de Junho, e 774/93, de 3 de
valos de segurança não foram respeitados: Setembro.
6 — A DGV informará anualmente a Comissão da
a) Adiar o abate dos animais até poder estar seguro União Europeia dos resultados dos controlos de resíduos
de que a quantidade de resíduos já não excede realizados em animais e produtos importados a partir
os níveis admissíveis; de países terceiros, nos termos dos regulamentos ante-
b) Esse período não pode, em caso algum, ser infe- riores.
rior ao intervalo de segurança previsto para os Artigo 26.o
medicamentos veterinários que contenham sub-
stâncias beta-agonistas, superior a 28 dias após Controlo de animais apreendidos
o fim do tratamento, ou aos intervalos de segu- 1 — Quando os controlos previstos nos Regulamentos
rança previstos nas autorizações de colocação anexos às Portarias n.os 574/93, de 24 de Junho, e 774/93,
no mercado; de 3 de Setembro, revelarem que foram utilizados pro-
c) Em caso de urgência, se as condições de bem- dutos ou substâncias não autorizados no tratamento dos
-estar animal o exigirem ou se as infra-estruturas animais de um lote determinado, na acepção da alínea e)
ou equipamentos do matadouro não permitirem do n.o 1 do artigo 2.o do Regulamento anexo à Portaria
o adiamento do abate dos animais, estes podem n.o 774/93, de 3 de Setembro, ou que esses produtos
ser abatidos antes do fim do período de proi- ou substâncias estão presentes no todo ou em parte
bição ou de adiamento, sendo: de um lote originário do mesmo estabelecimento, a
i) As carnes e miudezas apreendidas, en- DGV tomará as seguintes medidas em relação aos ani-
mais abrangidos por essa utilização:
quanto se aguardam os resultados dos
controlos oficiais efectuados pelo vete- a) Informará a Comissão da União Europeia da
rinário oficial do matadouro; natureza dos produtos utilizados e do lote posto
ii) Apenas aprovadas para consumo humano em causa que por sua vez informará todos os
as carnes e miudezas cuja quantidade de postos fronteiriços;
resíduos não exceda os níveis admissíveis; b) Reforçará os controlos de todos os lotes de ani-
mais ou de produtos da mesma origem, em espe-
3) Retirar do consumo humano as carcaças e produtos cial os 10 lotes sucessivos, que devem ser apreen-
cujo nível de resíduos exceda os níveis autorizados pela didos no posto fronteiriço, a fim de aí serem
legislação em vigor. submetidos a um controlo de pesquisa de resí-
duos mediante colheita de uma amostra repre-
CAPÍTULO VI sentativa do referido lote ou de parte do mesmo
com depósito de uma provisão para despesas
Importações provenientes de países terceiros de controlo.
Artigo 25.o 2 — Sempre que esses novos controlos revelarem a
Listas de países terceiros presença de substâncias ou de produtos não autorizados
ou de resíduos dessas substâncias ou produtos:
1 — A admissão ou manutenção nas listas dos países
terceiros, previstas na legislação nacional ou comunitária a) O lote ou a parte do lote aferidos deve ser reex-
e a partir das quais se fica autorizado a importar animais pedido para o país de origem a expensas do
e produtos de origem animal abrangidos pelo presente expedidor ou do seu mandatário, sendo clara-
diploma depende da apresentação, pelo país terceiro mente mencionados num certificado os motivos
em questão, de um plano que especifique as garantias da rejeição do lote;
b) Em função da natureza da infracção verificada
dadas por esse país em matéria de vigilância dos grupos
e dos riscos a ela associados, pode dar-se a esco-
de resíduos e substâncias referidos no anexo I. lher ao expedidor entre a reexpedição do lote
2 — O disposto no artigo 8.o sobre prazos de apre- ou da parte de lote e a sua destruição para outros
sentação e de actualização dos planos é aplicável aos fins autorizados pela legislação em vigor, sem
planos a apresentar por países terceiros. indemnização nem compensação.
3 — As garantias devem ter um efeito pelo menos
equivalente ao resultante das garantias previstas no pre- 3 — Sempre que os controlos previstos no Regula-
sente diploma e, em especial, satisfazer as exigências mento anexo à Portaria n.o 774/93, de 3 de Setembro,
do artigo 4.o e especificar os elementos previstos no revelarem que os limites máximos de resíduos foram
artigo 7.o do presente diploma, bem como preencher ultrapassados, recorrer-se-á aos controlos referidos na
os requisitos do n.o 2 do artigo 11.o da Directiva da alínea b) do n.o 1.
n.o 96/22/CE.
4 — A inscrição de um país nas listas dos países ter-
ceiros previstas na legislação comunitária ou o benefício CAPÍTULO VII
de uma lista provisória pode, se não forem respeitadas Disposições penais
as exigências previstas no n.o 1, ser suspensa, nos termos
do procedimento comunitariamente previsto, a pedido Artigo 27.o
da DGV ou por iniciativa da Comissão da União
Competências
Europeia.
5 — O cumprimento das exigências e garantias cons- 1 — Compete à DGV o controlo das acções a desen-
tantes dos planos apresentados pelos países terceiros volver para a execução e cumprimento uniforme e inte-
será verificado por ocasião dos controlos efectuados no gral das disposições constantes deste diploma.
2362 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999

2 — Compete à DGV e às DRA, no âmbito das suas f) Encerramento do estabelecimento cujo funcio-
competências, assegurar a fiscalização do cumprimento namento esteja sujeito a autorização ou licença
do disposto no presente diploma, sem prejuízo das atri- de autoridade administrativa;
buídas por lei a outras entidades. g) Suspensão de autorização, licenças e alvarás.
3 — Nas Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira, a execução administrativa do presente diploma 2 — As sanções acessórias referidas nas alíneas b) e
cabe aos serviços competentes das respectivas adminis- seguintes do número anterior terão a duração máxima
trações regionais, sem prejuízo das competências atri- de dois anos, contados a partir do trânsito em julgado
buídas à DGV, na qualidade de autoridade sanitária da decisão condenatória.
veterinária regional. 3 — Confirmando-se a detenção, utilização ou fabrico
Artigo 28.o de substâncias ou produtos não autorizados num esta-
belecimento em causa, serão suspensas as suas auto-
Contra-ordenações
rizações ou aprovações por um determinado período,
1 — Sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei n.o durante o qual esse estabelecimento será objecto de
28/84, de 20 de Janeiro, constitui contra-ordenação puní- controlos reforçados, sendo essas autorizações ou apro-
vel com coima, cujo montante mínimo é de 50 000$ e vações definitivamente retiradas em caso de reinci-
o máximo de 750 000$ ou 9 000 000$, consoante o agente dência.
seja pessoa singular ou colectiva: 4 — Se o proprietário ou o responsável do matadouro
contribuir para dissimular a utilização ilegal de substân-
a) A posse em pessoas não autorizadas das subs- cias proibidas, deve ser excluído da possibilidade de rece-
tâncias ou produtos referidos no anexo I, gru- ber e solicitar ajudas comunitárias durante um período
pos A e B, n.os 1 e 2; de 12 meses.
b) A saída da exploração de origem de animais
ou a sua cedência durante o período de apreen- Artigo 30.o
são sem autorização;
c) A saída de animais da exploração onde foram Instrução, aplicação e destino das coimas
efectuadas colheitas de amostras sem a respec- 1 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com-
tiva autorização; pete ao director-geral de Veterinária.
d) A não destruição dos animais positivos e dos 2 — A entidade que levantar o auto de notícia reme-
seus produtos pelo proprietário quando orde- terá o mesmo à DRA da área em que foi praticada
nada pela autoridade competente; a infracção para instrução do competente processo.
e) A detenção, utilização ou fabrico de substâncias 3 — A afectação do produto das coimas cobradas em
ou produtos não autorizados; aplicação do artigo 28.o far-se-á da seguinte forma:
f) A cedência ou administração de substâncias ou
produtos proibidos; a) 10 % para a entidade que levantou o auto;
g) A administração de substâncias ou produtos b) 10 % para a entidade que instruiu o processo;
autorizados para fins não previstos na legislação c) 20 % para a entidade que aplicou a coima;
vigente; d) 60 % para os cofres do Estado.
h) A aceitação de animais em relação aos quais
o seu produtor não garanta o respeito pelos
intervalos de segurança nem a ausência de ves- CAPÍTULO VIII
tígios de substâncias ou produtos proibidos.
Disposições finais
2 — Nas contra-ordenações previstas no número
anterior são puníveis a negligência e a tentativa. Artigo 31.o
Entrada em vigor
Artigo 29.o
Sanções acessórias
O presente diploma entra em vigor no 1.o dia útil
do 2.o mês posterior à sua publicação.
1 — Consoante a gravidade da contra-ordenação e
a culpa do agente, poderão ser aplicadas, simultanea-
mente com a coima, as seguintes sanções acessórias: Artigo 32.o
a) Perda de objectos pertencentes ao agente; Norma revogatória
b) Interdição do exercício de uma profissão ou acti- São revogados:
vidade cujo exercício depende de título público
ou de autorização ou homologação de autori- a) Os capítulos I, III, IV, com excepção do n.o 3
dade pública; do artigo 7.o, e V, os artigos 16.o, 17.o, 20.o e
c) Privação do direito a subsídio ou benefício 21.o do capítulo VI e o anexo do Decreto-Lei
outorgado por entidades ou serviços públicos; n.o 62/91, de 1 de Fevereiro, e o Decreto-Lei
d) Privação do direito de participar em feiras ou n.o 290/93, de 24 de Agosto;
mercados; b) A Portaria n.o 94/91, de 1 de Fevereiro;
e) Privação do direito de participar em arrema- c) A Portaria n.o 370/95, de 29 de Abril;
tações ou concursos públicos que tenham por d) O n.o 7 do artigo 4.o do Regulamento constante
objecto a empreitada ou a concessão de obras do anexo A do Decreto-Lei n.o 167/96, de 7 de
públicas, o fornecimento de bens e serviços, a Setembro;
concessão de serviços públicos e a atribuição e) Os n.os 8.o e 9.o da Portaria n.o 1009/93, de 12 de
de licenças e alvarás; Outubro;
N.o 103 — 4-5-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2363

f) O n.o 2 do ponto B da parte II do capitulo VI 6 — Substâncias constantes do anexo IV do Regula-


do anexo do Regulamento aprovado pela Por- mento (CEE) n.o 2377/90, do Conselho, de 26 de Junho
taria n.o 553/95, de 8 de Junho. (substâncias farmacologicamente activas para as quais
não pode ser fixado qualquer limite máximo — LMR).
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25
de Março de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter- Grupo B
res — Luís Manuel Capoulas Santos.
Medicamentos veterinários e contaminantes
Promulgado em 16 de Abril de 1999.
Publique-se. 1 — Substâncias antibacterianas, incluindo sulfamidas
e quinolones.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. 2 — Outros medicamentos veterinários:

Referendado em 21 de Abril de 1999. a) Anti-helmínticos;


b) Anticoccídeos, incluindo os nitroimidazóis;
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira c) Carbamatos e piretróides;
Guterres. d) Tranquilizantes;
e) Anti-inflamatórios não esteroidianos (AINE);
ANEXO I
f) Outras substâncias que exerçam actividade far-
Grupo A macológica.
Substâncias com efeito e substâncias não autorizadas
3 — Outras substâncias e contaminantes ambientais:
1 — Estilbenos, derivados dos estilbenos, seus sais e
ésteres. a) Compostos organoclorados, incluindo os PCB;
2 — Agentes antitiroidianos. b) Compostos organofosforados;
3 — Esteróides. c) Elementos químicos;
4 — Lactonas do ácido resorcíclico (incluindo o d) Micotoxinas;
zeranol). e) Corantes;
5 — Beta-agonistas. f) Outros.

ANEXO II
Grupo de resíduos ou substâncias a pesquisar por tipos de animais, alimentos e águas de abeberamento
e por tipo de produtos animais de origem primária

Carne de coelho
Bovinos, ovinos,
Aves Animais e carne de caça
Tipos de animais. Produtos animais. Grupo de substâncias caprinos, suínos Leite Ovos Mel
de capoeira de aquicultura de criação,
e equídeos
caça selvagem (*)

A1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × ×
2 ......................................................... × × ×
3 ......................................................... × × × ×
4 ......................................................... × × ×
5 ......................................................... × × ×
6 ......................................................... × × × × × ×

B1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × × × × ×

B2 a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × × ×
b ......................................................... × × × ×
c ......................................................... × × × ×

d ......................................................... ×
e ......................................................... × × × ×
f .........................................................

B3 a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × × × × ×
b ......................................................... × × ×
c ......................................................... × × × × × ×
d ......................................................... × × × ×
e ......................................................... ×
f .........................................................

(*) A caça selvagem só é analisada do ponto de vista dos elementos químicos.

ANEXO III indústrias de lacticínios, dos estabelecimentos de trans-


Estratégia da amostragem formação de peixe e dos centros de recolha e embalagem
de ovos.
1 — O plano de controlo de resíduos tem por objec- 2 — As amostras oficiais devem ser colhidas nos ter-
tivo analisar e pôr em evidência os motivos dos riscos mos do capítulo adequado do anexo IV.
de resíduos nos géneros alimentícios de origem animal 3 — Seja qual for o local de colheita de amostras
a nível das explorações pecuárias, dos matadouros, das oficiais, a amostragem deve ser imprevista e inesperada
2364 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999

e não deverá ser efectuada em alturas fixas e em dias acordo com a experiência e as informa-
da semana determinados, devendo tomar-se todas as ções disponíveis;
precauções de modo que o elemento surpresa dos con-
trolos seja constantemente mantido. b) Grupo B: 0,15 %, dividido da seguinte forma:
4 — Em relação às substâncias do grupo A, os con-
trolos devem visar respectivamente a detecção da admi- i) 30 % das amostras devem verificar as
nistração ilegal de substâncias proibidas e a detecção substâncias do grupo B1;
da administração abusiva de substâncias autorizadas, ii) 30 % das amostras devem verificar as
devendo a acção de uma amostragem desse tipo ser substâncias do grupo B2;
concentrada de acordo com o disposto no capítulo cor- iii) 10 % das amostras devem verificar as
respondente do anexo IV. substâncias do grupo B3;
5 — As amostras devem ser escolhidas atendendo aos
critérios mínimos seguintes: sexo, idade, espécie, sistema
de engorda, informações de que se disponham e todas c) O saldo será atribuído de acordo com a situação
as provas de má utilização ou abuso de substâncias desse existente.
grupo.
6 — Os pormenores dos critérios de escolha serão 2 — Suínos. — O número mínimo de animais a con-
estabelecidos de acordo com o previsto no n.o 1 do trolar anualmente para todos os tipos de resíduos ou
artigo 15.o substâncias deve ser pelo menos igual a 0,05 % dos suínos
7 — Em relação às substâncias do grupo B, os con- abatidos no ano anterior, com a seguinte divisão:
trolos devem visar em particular a conformidade dos
resíduos de medicamentos veterinários com os limites a) Grupo A: 0,02 %:
máximos de resíduos fixados nos anexos I e III do Regu-
lamento (CEE) n.o 2377/90 e dos resíduos de pesticidas i) Quando as amostras forem colhidas no
com os limites máximos fixados no anexo I da Portaria matadouro devem efectuar-se nas explo-
n.o 188/97, de 18 de Março, e o controlo da concentração rações análises complementares de água
dos contaminantes ambientais. potável, de alimentos para animais, de
8 — A não ser que se possa justificar a amostragem fezes ou de qualquer outro parâmetro
aleatória quando da apresentação do plano nacional de adequado, devendo, nesse caso, o
controlo de resíduos à Comissão, todas as amostras número mínimo de explorações de cria-
devem ser escolhidas de acordo com critérios estabe- ção de suínos a visitar anualmente repre-
lecidos conforme o disposto no n.o 1 do artigo 15.o sentar pelo menos uma exploração por
cada 100 000 suínos abatidos no ano
ANEXO IV anterior;
ii) Cada subgrupo do grupo A deve ser veri-
Níveis e frequência de amostragem ficado anualmente através de um mínimo
de 5 % do número total de amostras a
O objectivo do presente anexo é definir o número colher para o grupo A, atribuindo-se o
mínimo de animais e produtos de que devem ser colhidas saldo de acordo com a experiência e as
amostras, podendo cada uma das amostras ser analisada informações disponíveis;
para se detectar a presença de uma ou mais substâncias.
b) Grupo B: 0,03 % — deverá respeitar-se para os
subgrupos a mesma divisão que para os bovinos,
CAPÍTULO 1 sendo o saldo atribuído de acordo com a situa-
ção existente.
Bovinos, suínos, ovinos, caprinos e equídeos

1 — Bovinos. — O número mínimo de animais a con- 3 — Ovinos e caprinos. — O número mínimo de ani-
trolar anualmente para todos os tipos de resíduos ou mais a controlar para todos os tipos de resíduos ou
substâncias deve ser pelo menos igual a 0,4 % dos bovi- substâncias deve ser pelo menos igual a 0,05 % dos ovi-
nos abatidos no ano anterior, com a seguinte divisão: nos e caprinos de mais de 3 meses abatidos no ano
anterior, com a seguinte divisão:
a) Grupo A: 0,25 %, dividido da seguinte forma:
a) Grupo A: 0,01 %:
i) Metade das amostras deve ser colhida em
animais vivos na exploração (a título de i) Cada subgrupo do grupo A deve ser veri-
derrogação 25 % das amostras analisa- ficado anualmente através de um mínimo
das para a pesquisa de substâncias do de 5 % do número total de amostras a
grupo A5 podem ser obtidas a partir de colher para o grupo A;
materiais adequados — alimentos para ii) O saldo será atribuído de acordo com
animais, água de abeberamento, etc.); a experiência e as informações de que
ii) Metade das amostras deve ser colhida no se dispuser;
matadouro;
iii) Cada subgrupo do grupo A deve ser veri- b) Grupo B: 0,04 % — deverá respeitar-se para os
ficado anualmente através de um mínimo subgrupos a mesma divisão que para os bovinos,
de 5 % do total de amostras a colher para sendo o saldo atribuído de acordo com a expe-
o grupo A5, sendo o saldo atribuído de riência adquirida.
N.o 103 — 4-5-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2365

4 — Equídeos. — O número de amostras deverá ser ser difíceis, a colheita de amostras pode ser efec-
determinado em função dos problemas detectados. tuada nos alimentos dos peixes;
ii) Grupo B: dois terços da totalidade das amostras,
devendo a colheita de amostras ser feita:
CAPÍTULO 2 De preferência no viveiro, nos peixes prontos
Frangos de carne, galinhas de reforma, perus a ser colocados no mercado para consumo;
e outras aves de capoeira No estabelecimento de transformação ou a
nível da venda por grosso, no peixe fresco
1 — Uma amostra consta de um ou vários animais, desde que se possa, caso o resultado seja
conforme as exigências dos métodos analíticos. positivo, detectar o viveiro de origem dos
2 — Em relação a cada uma das categorias de aves peixes;
em questão (frangos de carne, galinhas de reforma, Em qualquer circunstância as amostras obti-
perus e outras aves de capoeira), o número mínimo das a nível do viveiro devem ser colhidas
de amostras anuais deve ser pelo menos igual a uma a partir de um mínimo de 10% dos locais
por 200 t da produção anual (peso morto) com um de produção registados.
mínimo de 100 amostras para cada grupo de substâncias
se a produção anual da categoria de aves considerada 2 — Outros produtos de aquicultura. — Sempre que
for superior a 5000 t. houver razões para crer que são utilizados produtos vete-
3 — Deve ser respeitada a seguinte divisão: rinários ou produtos químicos noutras espécies ou pro-
a) Grupo A: 50 % da totalidade das amostras: dutos de aquicultura, ou quando se suspeite de con-
i) Um quinto das amostras deverá ser colhido taminação do ambiente, essas espécies ou produtos
a nível da exploração agrícola, devendo devem ser incluídos no plano de colheita de amostras
cada subgrupo do grupo A ser verificado proporcionalmente à sua produção, como amostras
anualmente através de um mínimo de 5 % suplementares das colhidas nos peixes de aquicultura.
do número total de amostras a colher
para o grupo A;
ii) O saldo será atribuído de acordo com CAPÍTULO 4
a experiência e as informações de que Leite
se dispuser;
1 — Leite de vaca:
b) Grupo B: 50 % da totalidade das amostras: 1.1 — Requisitos da amostragem:
i) 30 % devem verificar as substâncias do a) Todas as amostras oficiais devem obrigatoria-
grupo B1; mente ser recolhidas de um modo que permita
ii) 30 % devem verificar as substâncias do sempre relacioná-las com a exploração de ori-
grupo B2; gem do leite, podendo essa recolha ser efec-
iii) 10 % devem verificar as substâncias do tuada:
grupo B3; i) No depósito de recolha da exploração;
ii) Na unidade industrial, antes da descarga
c) O saldo será atribuído de acordo com a situação da cisterna de transporte do leite;
existente.
b) Admite-se uma derrogação ao princípio da ras-
CAPÍTULO 3 treabilidade da exploração de origem acima
Produtos de aquicultura enunciado no caso das substâncias ou resíduos
referidos nas alíneas a), b) e c) do subgrupo B3
1 — Peixes de viveiro: do anexo I deste diploma;
a) Uma amostra compõe-se de um ou vários peixes, c) As amostras serão obrigatoriamente recolhidas
segundo a dimensão do peixe em questão e de acordo de leite cru, sendo a dimensão da amostra esta-
com as exigências do método analítico; belecida em função das necessidades dos méto-
b) Devem, pelo menos, ser respeitados os níveis e dos analíticos.
frequência de amostragem a seguir indicados em função
da produção anual de peixes de viveiro (expressa em 1.2 — Nível e frequência da amostragem. — O
toneladas); número de amostras a recolher anualmente é de uma
c) O número mínimo de amostras colhidas anual- por cada 15 000 t de produção anual de leite, com um
mente deve ser pelo menos igual a uma por 100 t da mínimo de 300 amostras, sendo obrigatoriamente res-
produção anual; peitada a seguinte repartição:
d) As substâncias pesquisadas e as amostras selec-
a) 70 % das amostras serão pesquisadas quanto à
cionadas para análise deverão ser escolhidas atendendo
presença de resíduos de medicamentos veteri-
à utilização prevista dessas substâncias;
nários, sendo obrigatoriamente pesquisadas em
e) Deve ser respeitada a seguinte divisão:
cada amostra pelo menos quatro compostos
i) Grupo A: um terço da totalidade das amos- diferentes de pelo menos três dos subgrupos
tras — todas as amostras devem ser colhidas A6, B1, B2, alínea a), e B2, alínea e), do anexo I
num viveiro, em peixes em todas as fases da deste diploma;
criação, incluindo peixes prontos a ser colocados b) 15 % das amostras serão pesquisadas quanto à
no mercado para consumo. No caso de criação presença dos resíduos referidos no subgrupo B3
no mar, onde as condições de colheita podem do anexo I deste diploma;
2366 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999

c) As pesquisas a efectuar nas restantes amostras CAPÍTULO 6


(15 %) serão decididas em função da situação
existente. Carne de coelho, de caça de criação e de caça selvagem
1 — Carne de coelho:
2 — Leite de fêmeas de outras espécies (ovinos, capri- 1.1 — Requisitos da amostragem — cada amostra
nos e equídeos). — O número de amostras a recolher será constituída por um ou mais animais do mesmo pro-
no caso destas espécies será estabelecido em função dutor, em função das necessidades dos métodos ana-
do quantitativo da produção e dos problemas detec- líticos:
tados, sendo estas amostras obrigatoriamente incluídas a) As amostras oficiais devem obrigatoriamente ser
no plano de amostragem adicionadas às amostras de recolhidas de um modo que permita sempre
leite de vaca colhidas. relacioná-las com a exploração de origem dos
coelhos;
CAPÍTULO 5 b) Em função da estrutura da produção de coelhos
as amostras podem ser recolhidas:
Ovos i) Na exploração;
ii) Nos matadouros aprovados, nos termos
1 — Ovos de galinha: da Portaria n.o 1001/93, de 11 de Novem-
1.1 — Requisitos da amostragem: bro, podendo ser recolhidas nas explo-
rações algumas amostras suplementares
a) As amostras oficiais devem obrigatoriamente ser de água de abeberamento e de alimentos
recolhidas de um modo que permita sempre para animais para pesquisa de substân-
relacioná-las com a exploração de origem dos cias ilegais.
ovos, devendo as amostras ser recolhidas na
exploração ou no centro de classificação e 1.2 — Nível e frequência da amostragem. — O nú-
acondicionamento; mero mínimo de amostras a recolher anualmente é de
b) A dimensão das amostras será de pelo menos 10 por cada 300 t de produção anual (peso morto) para
12 ovos, em função dos métodos analíticos. as primeiras 3000 t de produção e mais uma por cada
300 t suplementares, sendo obrigatoriamente respeitada
a seguinte repartição (ver o anexo I):
1.2 — Nível e frequência da amostragem:
a) Grupo A: 30 % do total de amostras:
a) O número mínimo de amostras a recolher anual-
mente é de uma por cada 1000 t de produção 70 % serão pesquisadas quanto à presença de
anual de ovos de consumo, com um mínimo substâncias do subgrupo A6;
de 200 amostras, podendo a repartição das 30 % serão pesquisadas quanto à presença de
substâncias de outros subgrupos do
amostras ser decidida em função da estrutura grupo A;
do sector em causa, nomeadamente no que se
refere ao nível de integração do mesmo; b) Grupo B: 70 % do total de amostras:
b) Um mínimo de 30 % das amostras será obri-
gatoriamente recolhido nos centros de classi- 30 % serão pesquisadas quanto à presença de
ficação e acondicionamento, que representam substâncias do subgrupo B1;
a parcela mais elevada dos ovos destinados ao 30 % serão pesquisadas quanto à presença de
consumo humano; substâncias do subgrupo B2;
c) Será obrigatoriamente respeitada a seguinte 10 % serão pesquisadas quanto à presença de
repartição: substâncias do subgrupo B3;

i) 70 % das amostras serão pesquisadas c) As pesquisas a efectuar nas restantes amostras


quanto à presença de pelo menos um serão decididas em função da situação existente;
composto de cada um dos subgrupos A6, d) Estes números serão revistos no prazo de dois
anos a contar da data de adopção do presente
B1 e B2, alínea b), do anexo II do presente
diploma.
diploma;
ii) As pesquisas a efectuar em 30 % das
2 — Carne de caça de criação:
amostras serão decididas em função da 2.1 — Requisitos da amostragem:
situação existente, mas incluirão obriga-
toriamente algumas análises de substân- a) A dimensão das amostras será estabelecida em
cias do subgrupo B3, alínea a), do anexo I função das necessidades dos métodos analíticos;
do presente diploma. b) As amostras serão obrigatoriamente recolhidas
na unidade de tratamento e de modo a ser pos-
sível relacionar os animais ou a carne com a
2 — Ovos de outras espécies de aves domésticas. — O exploração de origem;
número de amostras a recolher no caso destas espécies c) Sem prejuízo do disposto neste diploma, podem
será estabelecido em função do quantitativo da produção ser recolhidas nas explorações algumas amostras
e dos problemas detectados, sendo obrigatoriamente suplementares de água de abeberamento e de
incluídas no plano de amostragem adicionadas às amos- alimentos para animais para pesquisa de subs-
tras de ovos de galinha. tâncias ilegais.
N.o 103 — 4-5-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2367

2.2 — Nível e frequência da amostragem. — O nú- ANEXO V


mero mínimo de amostras a recolher anualmente é de
100, sendo obrigatoriamente respeitada a seguinte Regras a aplicar na colheita de amostras oficiais
e no tratamento dessas amostras
repartição:
a) Grupo A: 20 % do total de amostras, sendo a Competências
maioria das amostras pesquisada quanto à pre-
sença de compostos dos subgrupos A5 e A6; 1.1 — Inspector. — A autoridade competente desig-
b) Grupo B: 70 % do total de amostras, com a nará inspectores oficiais, que procederão à colheita,
seguinte repartição: registo, preparação e organização do transporte em con-
dições apropriadas das amostras oficiais destinadas à
30 % serão pesquisadas quanto à presença de pesquisa de resíduos.
substâncias do subgrupo B1; 1.2 — Laboratórios aprovados:
30 % serão pesquisadas quanto à presença de
substâncias do subgrupo B2, alíneas a) e b); a) A análise das amostras será obrigatoriamente
10 % serão pesquisadas quanto à presença de efectuada por laboratórios aprovados pela auto-
substâncias do subgrupo B2, alíneas c) e e); ridade competente para a pesquisa oficial de
30 % serão pesquisadas quanto à presença de resíduos;
substâncias do subgrupo B3; b) Os laboratórios autorizados terão de participar
num programa externo internacionalmente
c) As pesquisas a efectuar nas restantes amostras reconhecido de avaliação e acreditação do con-
(10 %) serão decididas de acordo com a expe- trolo de qualidade, devendo a acreditação ser
riência. obtida antes de 1 de Janeiro de 2002;
c) Os laboratórios em questão devem provar a res-
3 — Carne de caça selvagem: pectiva competência, participando regular-
3.1 — Requisitos da amostragem: mente com sucesso em programas de compro-
a) A dimensão das amostras será estabelecida em vação de proficiência reconhecidos ou organi-
função das necessidades dos métodos analíticos; zados pelos laboratórios de referência nacionais
b) As amostras serão obrigatoriamente recolhidas ou comunitários.
no estabelecimento de preparação ou no local
de caça; 2 — Colheita de amostras:
c) Devem relacionar-se as carcaças com a região 2.1 — Aspectos fundamentais:
em que o animal foi caçado.
a) Sempre que se proceda à colheita de amostras
3.2 — Nível e frequência da amostragem. — O nú- oficiais, esta deve decorrer sem aviso prévio,
mero mínimo de amostras a recolher anualmente é de de surpresa e a horas não fixas do dia e em
100, destinando-se à análise de resíduos de elementos qualquer dos dias da semana, devendo ser toma-
químicos. das todas as precauções necessárias para garan-
tir que o elemento surpresa das inspecções é
CAPÍTULO 7 sempre salvaguardado;
b) A colheita de amostras deve ser efectuada a
Mel intervalos variáveis ao longo de todo o ano nos
estabelecimentos referidos na alínea a) do n.o 1
1 — Requisitos da amostragem: do anexo III deste diploma, tendo em atenção
a) A dimensão das amostras será estabelecida em que algumas substâncias são ministradas apenas
função das necessidades dos métodos analíticos; em determinadas épocas do ano;
b) As amostras podem ser recolhidas em qualquer c) Sem prejuízo das disposições do plano de vigi-
ponto da cadeia de produção, desde que seja lância dos resíduos, a selecção das amostras terá
possível relacioná-las com o produtor de origem em conta outras informações disponíveis, desig-
do mel. nadamente relativas à utilização de substâncias
ainda desconhecidas ou a doenças surgidas subi-
2 — Nível e frequência da amostragem: tamente em determinadas regiões, indícios de
actividades fraudulentas, etc.
a) O número mínimo de amostras a recolher anual-
mente é de 10 por cada 300 t de produção anual
para as primeiras 3000 t de produção e mais 2.2 — Estratégia de amostragem. — O plano de vigi-
uma por cada 300 t suplementares; lância dos resíduos tem por objectivo:
b) Será obrigatoriamente respeitada a seguinte
repartição: a) Detectar todos os tratamentos ilegais, na acep-
ção da alínea b) do artigo 2.o deste diploma;
i) Subgrupo B1 e subgrupo B2, alínea c): b) Verificar o cumprimento dos teores máximos
50 % do total de amostras; de resíduos de medicamentos veterinários fixa-
ii) Subgrupo B3, alíneas a), b) e c): 40 % dos nos anexos I e III do Regulamento (CEE)
do total de amostras; n.o 2377/90, do Conselho, e dos teores máximos
de pesticidas fixados na parte A do anexo I da
c) Nas restantes amostras (10 %) serão decididas Portaria n.o 188/97, de 18 de Março, ou nas
de acordo com a experiência, podendo as mico- regulamentações nacionais no domínio dos con-
toxinas ser objecto de uma atenção especial. taminantes ambientais;
2368 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999

c) Examinar e elucidar as razões da presença de b) Ao proceder-se à colheita de amostras, deve ser


resíduos nos géneros alimentícios de origem evitada a multiplicação de amostras do mesmo
animal. produtor.

2.3 — Colheita de amostras: 2.3.3.2 — Tipo de amostras colhido. — As amostras


2.3.1 — Definições: apropriadas destinadas à detecção de substâncias far-
2.3.1.1 — «Amostra-alvo». — Entende-se por «amos- macologicamente activas são colhidas de acordo com
tra-alvo» uma amostra colhida por aplicação da estra- as disposições do plano de vigilância dos resíduos.
tégia de amostragem definida no n.o 2.2. 2.4 — Quantidade de amostra. — A quantidade
2.3.1.2 — «Amostra suspeita». — Entende-se por mínima das amostras será definida no plano nacional
«amostra suspeita» uma amostra colhida: de vigilância dos resíduos, devendo ser suficiente para
que os laboratórios aprovados possam efectuar os pro-
Na sequência da obtenção de resultados positivos cedimentos analíticos necessários para completar as aná-
em amostras colhidas de acordo com o disposto lises de despistagem e de confirmação.
no artigo 5.o deste diploma; 2.5 — Divisão em subamostras. — Excepto se tal não
Por aplicação do artigo 11.o; for tecnicamente possível ou não for exigido pela legis-
Por aplicação do artigo 24.o lação nacional, cada amostra será dividida em pelo
menos duas subamostras equivalentes, de forma que
2.3.1.3 — «Amostra aleatória». — Entende-se por cada uma delas possa ser submetida ao procedimento
«amostra aleatória» uma amostra colhida com base em analítico completo, podendo a subdivisão das amostras
critérios estatísticos por forma a constituir um dado ter lugar no ponto de colheita ou no laboratório.
representativo. 2.6 — Acondicionamento das amostras. — As amos-
2.3.2 — Colheita de amostras-alvo nas explorações: tras serão acondicionadas de modo a permitir manter
2.3.2.1 — Critérios de selecção das amostras-alvo: a sua integridade e identificar a sua origem, devendo
esse acondicionamento ser concebido de forma a não
a) As explorações onde terão lugar as colheitas poder haver substituições, contaminações cruzadas ou
de amostras podem ser escolhidas com base no degradação e deve poder ser-lhes aposto um selo oficial.
conhecimento dos locais ou em outras infor- 2.7 — Relatório da colheita de amostras:
mações pertinentes, como o tipo de sistema de
engorda, a raça ou o sexo do animal; a) Será elaborado um relatório de todas as colhei-
b) O inspector procederá em seguida a uma ava- tas de amostras;
liação da totalidade dos efectivos da exploração b) O inspector inserirá nesse relatório pelo menos
e seleccionará os animais que serão objecto da os seguintes elementos:
colheita de amostras, sendo nessa avaliação pon- O endereço da autoridade competente;
derados os seguintes critérios: O nome do inspector ou o código de iden-
A existência de indícios da utilização de subs- tificação;
tâncias farmacologicamente activas; O número de código oficial da amostra;
Características sexuais secundárias; A data da colheita das amostras;
Alterações comportamentais; O nome e o endereço do proprietário ou da
O mesmo nível de desenvolvimento num pessoa responsável pelos animais ou pelos
grupo de animais de raça/categoria dife- produtos de origem animal;
rentes; O nome e o endereço da exploração de ori-
A existência de animais bem constituídos mas gem dos animais (quando se tratar de uma
com pouca gordura. colheita de amostras na exploração);
O número de registo ou do controlo vete-
rinário do estabelecimento/exploração;
2.3.2.2 — Tipo de amostra-alvo a colher. — As amos- A identificação dos animais ou dos produtos;
tras apropriadas destinadas à detecção de substâncias A espécie animal;
farmacologicamente activas são colhidas de acordo com A natureza ou matriz das amostras;
as disposições do plano de vigilância dos resíduos. Os medicamentos administrados nas quatro
2.3.3 — Colheita de amostras-alvo em estabelecimen- semanas anteriores à colheita das amostras
tos de primeira transformação: (quando se tratar de uma colheita de amos-
2.3.3.1 — Critérios de selecção: tras na exploração);
a) Ao determinar as carcaças e ou os produtos A substância ou os grupos de substâncias a
animais que serão objecto da colheita de amos- submeter a pesquisa analítica;
tras, o inspector terá designadamente em conta Observações;
os seguintes critérios:
c) Em função do procedimento concreto da colheita
O sexo, a idade, a espécie e o sistema de das amostras, será previsto um determinado
criação; número de cópias do relatório, devendo esse rela-
As informações disponíveis sobre o produtor; tório e respectivas cópias serem assinados, pelo
A existência de indícios da utilização de subs- menos, pelo inspector sanitário, podendo, no caso
tâncias farmacologicamente activas; da colheita de amostras ter lugar numa explo-
As práticas tradicionais no que respeita à ração, o criador ou o seu representante ser con-
administração de determinadas substâncias vidados a assinar o original do relatório;
farmacologicamente activas no contexto do d) O original do relatório da colheita de amostras
sistema de criação em causa; fica na posse da autoridade competente ou do
N.o 103 — 4-5-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2369

inspector, que zelará que pessoas não autori- (BGW), Diedersdorfer Weg, 1 D — 12277
zadas não lhe tenham acesso, podendo, se Berlin;
necessário, o criador ou o proprietário do esta-
belecimento ser informados da colheita de d) Para os resíduos referidos no grupo B, n.o 2,
amostras efectuada. alínea c), e no grupo B, n.o 3, alíneas a), b)
e c), do anexo I:
2.8 — Relatório ao laboratório (folha de requisição
Istituto Superiore di Sanitá Viale Regina
de análises):
Elena, 299 I — 00161 Roma.
a) O relatório destinado ao laboratório conterá
pelo menos os seguintes elementos: As substâncias dos grupos A, n.o 6, e B, n.os 2, alínea f),
e 3, alínea f), são atribuídas aos laboratórios comuni-
O endereço da autoridade competente;
tários de referência designados de acordo com a sua
O nome do inspector ou o código de iden-
acção farmacológica.
tificação;
O número de código oficial da amostra;
A data da colheita das amostras; CAPÍTULO 2
A espécie animal;
A natureza ou matriz das amostras; Funções e requisitos dos laboratórios comunitários
A substância ou os grupos de substâncias a de referência
submeter a pesquisa analítica; Os poderes e as condições de actividade dos labo-
Observações; ratórios comunitários de referência relativamente à
detecção de resíduos nos animais vivos, seus excremen-
b) Este relatório é entregue ao laboratório de aná- tos, líquidos biológicos e tecidos nos produtos de origem
lises de rotina juntamente com as amostras. animal na alimentação dos animais e na água de abe-
beramento são os seguintes:
2.9 — Transporte e conservação: 1) As funções que cabem aos laboratórios comuni-
a) Os planos de vigilância dos resíduos devem tários de referência são:
especificar as condições de transporte e con- a) Promover e coordenar o estudo de novos méto-
servação adequadas a cada combinação ana- dos de análise e informar os laboratórios nacio-
lito/matriz, de modo a garantir a estabilidade nais de referência dos progressos alcançados no
dos analitos e a integridade das amostras, domínio dos métodos e dos materiais de análise;
devendo ser dada uma atenção especial ao acon- b) Ajudar os laboratórios nacionais de referência
dicionamento, às caixas de transporte, à tem- para os resíduos a pôr em prática um sistema
peratura e ao prazo de entrega no laboratório adequado de segurança de qualidade baseado
responsável; nos princípios de uma boa prática laboratorial
b) Em caso de não conformidade com as prescri- e nos critérios EN 45 000;
ções do plano de vigilância, o laboratório infor- c) Aprovar os métodos validados como métodos
mará de imediato a autoridade competente. de referência a integrar numa colectânea de
métodos;
ANEXO VI d) Fornecer aos laboratórios nacionais de referên-
cia os métodos analíticos de rotina reconhecidos
Laboratórios de referência
durante o processo de fixação de limites máxi-
CAPÍTULO 1 mos de resíduos;
e) Fornecer aos laboratórios nacionais de referên-
Os laboratórios a seguir indicados são designados cia os pormenores dos métodos de análise e
como laboratórios de referência para a pesquisa dos os ensaios comparativos a efectuar e comuni-
resíduos de certas substâncias: car-lhes os resultados destes últimos;
a) Para os resíduos referidos no grupo A, n.os 1, f) Fornecer aos laboratórios nacionais que o soli-
2, 3 e 4, e no grupo B, n.os 2, alínea d), e 3, citem um parecer técnico sobre a análise das
alínea d), do anexo I: substâncias para as quais foram designados
como laboratórios comunitários de referência;
Rijksinstituut voor de Volksgezondheid en g) Organizar ensaios comparativos em benefício
Milieuhygiene (RIVM) A, van Leeuwe- dos laboratórios nacionais de referência com
nhoeklaan, 9 NIL 3720 BA Bilthoven; uma frequência a determinar de acordo com
a Comissão, devendo para efeitos desses ensaios
b) Para os resíduos referidos no grupo B, n.os 1 os laboratórios comunitários de referência dis-
e 3, alínea e), do anexo I e os resíduos de car- tribuir amostras brancas e amostras contendo
badox e olaquindox: quantidades conhecidas da análise a analisar;
h) Identificar e quantificar os resíduos quando o
Laboratoires des médicaments vétérinaires
resultado de uma análise der lugar a contestação
(CNEVA-LMV), La Haute Marché,
entre Estados membros;
Javene F — 35133 Fougeres;
i) Organizar cursos de formação e de aperfeiçoa-
mento abertos aos peritos dos laboratórios
c) Para os resíduos referidos no grupo A, n.o 5,
nacionais;
e no grupo B, n.o 2, alíneas a), b) e e), do anexo I:
j) Prestar assistência técnica e científica à Comis-
Bundesinstitut fur Gesundheitlichen Ver- são, incluindo ao programa das normas, medidas
braucherschutz und Veterinarmedizin e ensaios;
2370 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999

l) Elaborar e enviar à Comissão um relatório anual Foram ouvidas as associações sindicais representa-
de actividades; tivas do pessoal docente.
m) Colaborar no domínio dos métodos e materiais Assim, nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o
de análise, com os laboratórios nacionais de da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
referência designados por países terceiros no
âmbito dos planos de controlo a apresentar em
conformidade com o artigo 11.o do presente Artigo 1.o
diploma. Novos índices remuneratórios

Os índices remuneratórios dos 1.o, 3.o e 10.o escalões


2) Para poder efectuar as tarefas referidas no n.o 1) da carreira do pessoal docente da educação pré-escolar
cada laboratório comunitário de referência deve satis- e dos ensinos básico e secundário passam a ser o 108,
fazer os seguintes requisitos mínimos: 151 e 340, respectivamente, nos termos previstos no qua-
dro anexo ao presente diploma, que substitui o anexo I
a) Ter sido designado laboratório nacional de refe- ao Decreto-Lei n.o 409/89, de 18 de Novembro, sem
rência num Estado membro; prejuízo do disposto nos artigos seguintes.
b) Dispor de pessoal qualificado com conhecimen-
tos suficientes das técnicas aplicadas à análise
Artigo 2.o
dos resíduos para os quais tenha sido designado
como laboratório comunitário de referência; Novo índice do 9.o escalão
c) Dispor do equipamento e das substâncias neces-
sárias para efectuar as análises de que é encar- O índice remuneratório do 9.o escalão da carreira
regado; do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensi-
nos básico e secundário passa a ser, a partir de 1 de
d) Dispor de uma infra-estrutura administrativa
Janeiro de 1998, o 299, sem prejuízo do disposto no
adequada; n.o 2 do artigo seguinte.
e) Dispor de uma capacidade informática sufi-
ciente para realizar os cálculos estatísticos
decorrentes do tratamento dos resultados e Artigo 3.o
poder comunicar rapidamente esses dados e
Processamento de vencimentos
outras informações aos laboratórios nacionais
de referência e à Comissão; 1 — Da aplicação dos novos índices remuneratórios
f) Fazer respeitar, pelo seu pessoal, o carácter con- a que se refere o artigo 1.o não pode resultar em 1998
fidencial de certos assuntos, resultados ou um impulso salarial superior a 15 pontos indiciários das
comunicações; carreiras técnica e técnica superior da Administração
g) Ter um conhecimento suficiente das normas e Pública.
práticas internacionais; 2 — Da aplicação do novo índice remuneratório a
h) Dispor de uma lista actualizada dos materiais que se refere o artigo anterior não pode resultar, no
de referência certificados existentes no labora- período de 1 de Janeiro de 1998 a 30 de Novembro
tório para os materiais e para as medidas, bem de 1999, um impulso salarial superior ao valor corres-
como de uma lista actualizada dos fabricantes pondente ao índice 297.
e vendedores desses materiais. 3 — O direito à totalidade da remuneração resultante
da aplicação do n.o 1 só se adquire em 1 de Janeiro
de 1999.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Artigo 4.o
Pensões
Decreto-Lei n.o 149/99
As pensões dos docentes que se aposentem no 9.o
de 4 de Maio e 10.o escalões da carreira serão calculadas pelos índices
299 e 340, respectivamente, a partir de 1 de Janeiro
O cumprimento do princípio da paridade entre a car- de 1998.
reira docente do ensino não superior e as carreiras téc- Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4
nica e técnica superior da função pública tem sido um de Março de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-
dos compromissos assumidos pelo Governo. res — João Carlos da Costa Ferreira da Silva — Jorge
Considerando a revalorização das carreiras gerais da Paulo Sacadura Almeida Coelho — Eduardo Carrega
função pública operada em 1998, revela-se imperativo Marçal Grilo.
proceder à alteração do Decreto-Lei n.o 409/89, de 18
de Novembro, nos termos previstos no presente diploma. Promulgado em 21 de Abril de 1999.
Reconhece-se, ainda, a necessidade de uma especial
consideração do 9.o escalão, pelo qual se aposentam, Publique-se.
designadamente, os educadores de infância e os pro- O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
fessores do 1.o ciclo do ensino básico portadores do
grau de bacharelato, distinguindo-se, pela primeira vez, Referendado em 27 de Abril de 1999.
em nome de um princípio de equidade, as situações
de topo de carreira no referido escalão, respeitando O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
assim o espírito do princípio da paridade. Guterres.

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