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o 103 — 4-5-1999
Surge agora a necessidade de transpor para a ordem à análise de uma amostra oficial a fim de detec-
jurídica interna a Directiva n.o 96/23/CE, do Conselho, tar a presença de resíduos;
de 29 de Abril, e a Decisão da Comissão n.o 97/747/CE, g) Animal — as espécies previstas no anexo A do
de 27 de Outubro, relativas a medidas de controlo a Regulamento aprovado pela Portaria n.o 575/93,
aplicar a certas substâncias e aos seus resíduos nos ani- de 4 de Junho;
mais vivos e respectivos produtos, sendo tal necessidade h) Lote de animais — um grupo de animais da
acentuada pelo facto da citada directiva revogar as
mesma espécie, da mesma faixa etária, criados
Directivas n.os 85/358/CEE e 86/469/CEE, além de
outras disposições comunitárias. na mesma exploração e ao mesmo tempo, em
Além daqueles diplomas comunitários, impõe-se condições uniformes;
transpor para a ordem jurídica interna a Decisão da i) Substância beta-agonista — uma substância beta-
Comissão n.o 98/179/CE, de 23 de Fevereiro, que esta- -adrenorreceptor agonista;
belece regras para a colheita de amostras oficiais a uti- j) Animais de exploração — os animais domésti-
lizar na pesquisa de determinadas substâncias e seus cos das espécies bovina, suína, ovina e caprina,
resíduos nos animais vivos e seus produtos. os solípedes, as aves de capoeira e os coelhos
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das domésticos, bem como os animais selvagens das
Regiões Autónomas. espécies acima referidas e os ruminantes sel-
Assim: vagens, desde que tenham sido criados numa
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da exploração;
Constituição, o Governo decreta, para valer como lei l) Tratamento terapêutico — a administração, a
geral da República, o seguinte: título individual, a um animal de exploração,
de uma das substâncias autorizadas no trata-
CAPÍTULO I mento de um problema de fecundidade detec-
tado durante um exame desse animal efectuado
Âmbito de aplicação e definições por um médico veterinário, incluindo a inter-
rupção de uma gestação não desejada e, no que
Artigo 1.o se refere a beta-agonistas, a indução da tocólise
Âmbito de aplicação nas vacas parturientes, bem como o tratamento
das perturbações respiratórias e a indução da
O presente diploma estabelece as medidas de controlo
relativas às substâncias e aos grupos de resíduos refe- tocólise nos equídeos criados para fins diferen-
ridos no anexo I. tes da produção de carne;
m) Tratamento zootécnico:
Artigo 2.o
Definições i) A administração a título individual a um
Para efeitos do presente diploma, entende-se por: animal de exploração de uma das subs-
tâncias autorizadas a título de derrogação
a) Substâncias ou produtos não autorizados — as pela DGV, tendo em vista a sincroniza-
substâncias ou produtos cuja administração aos ção do ciclo éstrico e a preparação das
animais é proibida; dadoras e das receptoras para a implan-
b) Tratamento ilegal — a utilização de substâncias
tação de embriões, após exame do animal
ou produtos não autorizados ou a utilização de
substâncias ou produtos autorizados pela legis- efectuado por um médico veterinário ou
lação comunitária em vigor para fins ou em con- sob a sua responsabilidade;
dições não previstos nessa legislação ou, even- ii) A administração aos animais de aquicul-
tualmente, na legislação nacional; tura, a um grupo de reprodutores, tendo
c) Resíduo — o resíduo de substâncias com uma em vista a sua inversão sexual, por pres-
acção farmacológica, dos seus produtos de trans- crição de um médico veterinário ou sob
formação ou de outras substâncias que se trans- sua responsabilidade.
mitam aos produtos animais e que possam ser
prejudiciais para a saúde humana;
d) Autoridade competente — a Direcção-Geral de CAPÍTULO II
Veterinária (DGV), enquanto autoridade sani-
tária veterinária nacional, que poderá delegar Planos de vigilância da pesquisa de resíduos
as competências que lhe são atribuídas pelo pre- ou de substâncias
sente diploma nas direcções regionais de agri-
cultura (DRA), sem prejuízo das competências Artigo 3.o
atribuídas por lei a outras entidades; Âmbito da vigilância
e) Amostra oficial — uma amostra colhida pela
autoridade competente e que ostente, para a A vigilância da cadeia de produção de animais e de
análise dos resíduos ou das substâncias referidos produtos primários de origem animal, tendo em vista
no anexo I, por um lado, a indicação da espécie, a pesquisa dos resíduos e das substâncias referidos no
natureza, quantidade e método de colheita e, anexo I nos animais vivos, seus excrementos e líquidos
por outro, a identificação do sexo e da origem biológicos, bem como nos tecidos, nos produtos animais,
do animal ou do produto animal; nos alimentos para animais e na água para abebera-
f) Laboratório aprovado — um laboratório apro- mento, deve ser efectuada nos termos do disposto no
vado pela autoridade competente para proceder presente capítulo.
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3 — A DGV deve comunicar anualmente à Comissão tenha sido respeitado o intervalo de segurança
da União Europeia, o mais tardar até 31 de Março, prescrito para esses produtos ou substâncias;
os resultados do plano de pesquisa de resíduos e subs- c) Produtos provenientes dos animais referidos nas
tâncias, e das suas acções de controlo. alíneas a) e b).
4 — A DGV deverá tornar público o resultado da
execução dos planos. 4 — Se um animal for apresentado a um estabele-
cimento de primeira transformação por uma pessoa sin-
gular ou colectiva que não o produtor, as obrigações
CAPÍTULO III referidas no n.o 1 incumbem a essa pessoa.
5 — Para efeitos do disposto nos números anteriores:
Autocontrolo e co-responsabilidade dos operadores
a) É obrigatória a vigilância da qualidade da cadeia
o pelos produtores que coloquem no mercado ani-
Artigo 9. mais de exploração ou qualquer outra pessoa
Medidas de autocontrolo singular ou colectiva que comercialize animais,
pelos proprietários e responsáveis pelos esta-
1 — A DGV deve garantir que: belecimentos de primeira transformação dos
produtos de origem animal;
a) Todas as explorações que coloquem no mercado b) O reforço das medidas de autovigilância a intro-
animais de exploração, e qualquer pessoa sin- duzir no caderno de encargos das marcas ou
gular ou colectiva que comercialize esses ani- rótulos.
mais, sejam objecto de um registo prévio e se
comprometem a cumprir as regulamentações Artigo 10.o
comunitárias e nacionais aplicáveis, muito es-
pecialmente as disposições previstas nos ar- Responsabilidade dos médicos veterinários e criadores
tigos 5.o e 12.o do Regulamento anexo à Portaria
1 — Os médicos veterinários responsáveis pelo acom-
n.o 575/93, de 4 de Junho;
panhamento das explorações são competentes e respon-
b) O registo prévio acima referido deverá efec-
sáveis pela aplicação das disposições do presente
tuar-se no prazo de 30 dias após a entrada em
diploma relativas às condições de criação e dos tra-
vigor do presente diploma ou data do início da
tamentos.
actividade respectiva;
2 — O médico veterinário referido no número ante-
c) Este registo deverá ser feito mediante a apre-
rior mencionará num registo arquivado na exploração
sentação pelo interessado de um requerimento
a natureza e a data dos tratamentos prescritos ou admi-
na respectiva DRA, no qual consiste a iden-
nistrados, a identificação dos animais tratados e os inter-
tificação, denominação social, domicílio ou sede
valos de segurança correspondentes.
e respectivos responsáveis para o caso das
3 — O criador, por sua vez, assinalará nesse registo,
explorações;
que pode ser o previsto no Decreto-Lei n.o 184/97, de
d) A autoridade competente emitirá e entregará
26 de Julho, a natureza e a data dos tratamentos admi-
ao interessado documento comprovativo do
nistrados, devendo garantir o respeito pelos intervalos
registo efectuado;
de segurança e conservar as prescrições justificativas
e) As DRA informarão a DGV dos registos efec-
durante cinco anos.
tuados ou das suas eventuais alterações.
4 — Tanto os criadores como os médicos veterinários
devem fornecer à autoridade competente, a pedido
2 — Os proprietários ou responsáveis pelos estabe- desta, todas as informações e, em especial ao médico
lecimentos de primeira transformação de produtos pri- veterinário oficial do matadouro, relativas ao cumpri-
mários de origem animal devem tomar todas as medidas mento das exigências do presente diploma por uma dada
necessárias, nomeadamente através de medidas de auto- exploração.
controlo, para:
a) Só aceitarem, quer em entregas directas, quer CAPÍTULO IV
através de intermediários, animais em relação
aos quais o seu produtor possa garantir que Controlos oficiais
foram respeitados os intervalos de segurança;
b) Se assegurarem que os animais de exploração Artigo 11.o
ou produtos introduzidos no estabelecimento
não apresentam níveis de resíduos que ultra- Controlos por sondagem
passem os limites máximos autorizados, nem 1 — Sem prejuízo dos controlos efectuados no âmbito
vestígios de substâncias ou produtos proibidos. da execução dos planos de vigilância referidos no
artigo 5.o e dos controlos previstos em legislação espe-
3 — Os produtores ou os responsáveis referidos nos cífica, poderão ser efectuados controlos oficiais por
n.os 1 e 2 só podem colocar no mercado: sondagem:
a) Animais aos quais não tenham sido adminis- a) Na fase de fabrico das substâncias referidas no
trados substâncias ou produtos não autorizados grupo A do anexo I, bem como nas fases da
ou que não tenham sido objecto de um trata- sua movimentação, armazenagem, transporte,
mento ilegal na acepção do presente diploma; distribuição e venda ou compra;
b) Animais em relação aos quais, em caso de admi- b) Na fase da cadeia de produção e da distribuição
nistração de substâncias ou produtos autorizados, dos alimentos para animais;
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c) Ao longo de toda a cadeia de criação dos ani- d) Os controlos previstos no n.o 1, alínea a), do
mais e de produtos primários de origem animal artigo 11.o;
abrangidos pelo presente diploma. e) Todos os controlos necessários para esclarecer
a origem das substâncias ou dos produtos não
2 — Os controlos referidos no n.o 1 são efectuados autorizados ou a dos animais tratados.
com a finalidade de se detectar a posse ou a presença
de substâncias ou produtos proibidos que se destinem 3 — Se se ultrapassarem os limites dos níveis fixados
a ser administrados a animais para fins de engorda ou pela regulamentação comunitária ou, enquanto se
tratamento ilegal. aguarda essa regulamentação, os limites fixados pela
3 — Em caso de suspeita de fraude e em caso de legislação nacional, a DGV realizará todas as acções
resultados positivos na sequência de um dos controlos e inquéritos que considerar úteis em função da veri-
previstos no n.o 1, serão aplicáveis as disposições dos ficação efectuada.
artigos 16.o a 19.o, bem como as medidas previstas no
capítulo VI. Artigo 14.o
4 — Os controlos previstos durante o abate ou por
Laboratórios de referência
ocasião da primeira venda de animais de aquicultura
ou de produtos da pesca poderão ser reduzidos sempre 1 — A DGV deve designar, pelo menos, um labo-
que haja a adesão da exploração de origem ou de pro- ratório nacional de referência, devendo atribuir cada
veniência a uma rede de epidemiovigilância ou a um resíduo ou grupo de resíduos a um único laboratório
sistema de vigilância de qualidade, referido na alínea a) nacional aprovado.
do n.o 5 do artigo 9.o 2 — Aos laboratórios nacionais de referência cons-
tantes da lista aprovada pela Comunidade compete:
Artigo 12.o
Controlo sem aviso prévio a) Coordenar as actividades dos laboratórios nacio-
nais de rotina responsáveis pelas análises dos
1 — Os controlos referidos no presente diploma resíduos e, em especial, as normas e métodos
devem ser efectuados pela autoridade nacional com- de análise para cada resíduo ou grupo de resí-
petente sem aviso prévio. duos em causa;
2 — O proprietário, a pessoa habilitada a dispor dos b) Prestar assistência à autoridade competente na
animais ou o seu representante deve facilitar as ins- organização do plano de vigilância dos resíduos;
pecções antes do abate e, nomeadamente, assistir o vete- c) Organizar periodicamente testes comparativos
rinário oficial ou o pessoal auxiliar em todas as ope- para cada resíduo ou grupo de resíduos para
rações consideradas úteis. os quais foram designados;
d) Garantir a observância dos limites estabelecidos
pelos laboratórios nacionais;
Artigo 13.o e) Assegurar a difusão das informações fornecidas
Tratamento ilegal pelos laboratórios comunitários de referência;
f) Garantir ao seu pessoal a possibilidade de par-
1 — Em caso de suspeita de tratamento ilegal, a DGV ticipar nos estágios de aperfeiçoamento orga-
solicita ao proprietário, ao detentor dos animais ou ao nizados pela Comissão da União Europeia ou
médico veterinário da exploração que apresentem todos pelos laboratórios comunitários de referência.
os elementos que justifiquem a natureza do tratamento.
2 — Se se confirmar o tratamento ilegal ou em caso 3 — Os laboratórios comunitários de referência são
de utilização ou suspeita fundamentada de utilização os designados no capítulo 1 do anexo VI, sendo os seus
de substâncias ou produtos não autorizados, a DGV poderes e as suas condições de actividade definidos no
realiza ou manda realizar: capitulo 2 do mesmo anexo.
a) Controlos por amostragem dos animais nas suas
explorações de origem ou de proveniência,
nomeadamente para detectar a referida utili- Artigo 15.o
zação e, especialmente, eventuais vestígios de Colheita de amostras
implantes, podendo esses controlos incluir uma
colheita oficial de amostras; 1 — As colheitas de amostras oficiais devem ser efec-
b) Controlos destinados a detectar a presença de tuadas nos termos dos anexos III e IV, para serem ana-
substâncias cuja utilização seja proibida ou de lisadas em laboratórios aprovados, sendo as regras a
substâncias ou produtos não autorizados nas aplicar na colheita dessas amostras e seu tratamento
explorações agrícolas onde os animais são cria- efectuadas nos termos do anexo V.
dos, mantidos ou engordados, incluindo as 2 — Ao emitir uma autorização de colocação no mer-
explorações ligadas administrativamente a essas cado (ACM) para um medicamento veterinário a admi-
empresas, ou nas explorações de origem ou de nistrar a uma espécie cuja carne ou produto se destine
proveniência desses animais, devendo, para o ao consumo humano, as autoridades competentes trans-
efeito, fazer colheitas oficiais de águas de abe- mitirão aos laboratórios comunitários de referência e
beramento e de alimentos; aos laboratórios nacionais de referência para a pesquisa
c) Controlos por amostragem nos alimentos para de resíduos os métodos de análise de rotina previstos
animais na respectiva exploração de origem, ou na Portaria n.o 562/89, de 20 de Julho, e no artigo 7.o
de proveniência, bem como na água de abe- do Regulamento (CEE) n.o 2377/90.
beramento ou, em relação aos animais de aqui- 3 — Para as substâncias do grupo A do anexo I, todos
cultura, nas águas de captura; os resultados positivos verificados em caso de aplicação
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de um método de rotina em vez de um método de refe- 3 — Os animais em que foram efectuadas colheitas
rência devem ser confirmados através de métodos de são claramente identificados e não podem de forma
referência estabelecidos nos termos do procedimento alguma deixar a exploração enquanto os resultados dos
previsto nos n.os 1 e 2. controlos não forem conhecidos.
4 — Para todas as substâncias, em caso de contestação
com base numa análise contraditória, esses resultados
Artigo 17.o
devem ser confirmados pelo laboratório nacional de
referência designado nos termos do n.o 1 do artigo 14.o Explorações sob controlo
para a substância ou resíduo em causa, devendo a última
1 — Em caso de verificação da existência de um tra-
confirmação ser efectuada a expensas do queixoso em
tamento ilegal, a ou as explorações de criação postas
caso de confirmação.
em causa durante os controlos referidos no n.o 2 do
5 — Quando a análise de uma amostra oficial revelar artigo 13.o são imediatamente colocadas sob controlo
um tratamento ilegal, é aplicável o disposto nos arti- oficial.
gos 16.o a 19.o, bem como as medidas previstas no 2 — Todos os animais em questão devem ostentar
capítulo V. uma marca ou uma identificação oficial e, numa 1.a fase,
6 — Quando essa análise revelar a presença de resí- é efectuada uma colheita de amostras oficiais sobre uma
duos de substâncias autorizadas ou de contaminantes amostragem estatisticamente representativa, que
que ultrapassem os níveis fixados na regulamentação assente em bases científicas reconhecidas a nível inter-
comunitária ou, enquanto se aguarda essa legislação, nacional.
os níveis fixados na legislação nacional, será aplicável
o disposto nos artigos 18.o e 19.o Artigo 18.o
7 — Quando a análise referida nos n.os 5 e 6 tiver Excesso do limite máximo de resíduos
incidido em animais ou produtos de origem animal pro-
venientes de outro Estado membro, a DGV informará 1 — Se se detectarem resíduos de substâncias ou pro-
a autoridade competente do Estado membro de origem dutos autorizados a um nível que exceda o limite máximo
a fim de que possam ser aplicados à exploração ou esta- de resíduos, a DGV deve mandar efectuar um inquérito
belecimento de origem ou de proveniência o disposto na exploração de origem ou de proveniência, a fim de
no n.o 3 do artigo 16.o e nos artigos 17.o, 18.o e 19.o determinar as razões que levaram a exceder o referido
e as medidas previstas no capítulo V. limite.
8 — Quando essa análise incidir sobre produtos ou 2 — Consoante os resultados daquele inquérito, serão
animais importados de um país terceiro, a DGV apre- tomadas as medidas necessárias para a manutenção da
sentará o caso à Comissão, que tomará as medidas pre- saúde pública, que podem ir até à proibição de saída
vistas no artigo 30.o dos animais ou dos produtos da exploração ou do esta-
belecimento em causa durante um período determinado.
Artigo 16.o 3 — Em caso de infracções reiteradas em relação aos
limites máximos de resíduos quando da colocação de
Resultados analíticos positivos animais ou de produtos no mercado por um criador
ou por um estabelecimento de transformação deverá
1 — Quando se detectem resultados positivos tal proceder-se a um controlo reforçado dos animais e pro-
como referido no artigo 15.o, a DGV obterá, logo que dutos da exploração e ou do estabelecimento em causa
possível: durante um período mínimo de seis meses, com apreen-
são dos produtos ou carcaças enquanto se aguardam
a) Todos os elementos necessários à identificação os resultados da análise das amostras colhidas.
do animal e da exploração de origem ou de 4 — Todos os resultados que evidenciem um excesso
proveniência; do limite máximo de resíduos devem implicar a retirada
b) As especificações necessárias à análise e ao seu das carcaças ou produtos em causa para consumo
resultado. humano.
Artigo 19.o
2 — Se os resultados dos controlos efectuados apon-
tarem para a necessidade de um inquérito ou de uma Despesas
acção num ou vários Estados membros ou num ou vários
1 — As despesas dos inquéritos e controlos previstos
países terceiros, informar-se-á do facto os restantes Esta-
no artigo 16.o e sempre que o inquérito confirmar a
dos membros e a Comissão da União Europeia.
suspeita, os custos das análises efectuadas por força dos
3 — A DGV efectuará ainda: artigos 17.o e 18.o ficarão a cargo do proprietário ou
a) Um inquérito na exploração de origem ou de do detentor dos animais.
proveniência, a fim de determinar as razões da 2 — A destruição dos animais positivos ou dos seus
presença de resíduos; produtos, quando autorizada pela autoridade compe-
tente, será da responsabilidade do proprietário dos ani-
b) Em caso de substâncias ou produtos não auto-
mais, que não receberá qualquer indemnização ou com-
rizados ou de substâncias autorizadas utilizadas
pensação de outra natureza.
ilegalmente (tratamento ilegal), um inquérito
sobre a origem ou origens das substâncias ou
produtos em causa, a nível do fabrico, movi- Artigo 20.o
mentação, armazenagem, transporte, adminis- Assistência mútua
tração, distribuição ou venda;
c) Todos os outros inquéritos suplementares que 1 — Para efeitos do presente diploma, é aplicável o
considerar necessários. disposto no Decreto-Lei n.o 206/92, de 2 de Outubro,
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2) Suspeitando ou se dispuser de elementos que lhe local por peritos veterinários da DGV e da Comissão,
permitam concluir que os animais apresentados foram nos termos previstos nos regulamentos anexos às Por-
objecto de um tratamento autorizado, mas que os inter- tarias n.os 574/93, de 24 de Junho, e 774/93, de 3 de
valos de segurança não foram respeitados: Setembro.
6 — A DGV informará anualmente a Comissão da
a) Adiar o abate dos animais até poder estar seguro União Europeia dos resultados dos controlos de resíduos
de que a quantidade de resíduos já não excede realizados em animais e produtos importados a partir
os níveis admissíveis; de países terceiros, nos termos dos regulamentos ante-
b) Esse período não pode, em caso algum, ser infe- riores.
rior ao intervalo de segurança previsto para os Artigo 26.o
medicamentos veterinários que contenham sub-
stâncias beta-agonistas, superior a 28 dias após Controlo de animais apreendidos
o fim do tratamento, ou aos intervalos de segu- 1 — Quando os controlos previstos nos Regulamentos
rança previstos nas autorizações de colocação anexos às Portarias n.os 574/93, de 24 de Junho, e 774/93,
no mercado; de 3 de Setembro, revelarem que foram utilizados pro-
c) Em caso de urgência, se as condições de bem- dutos ou substâncias não autorizados no tratamento dos
-estar animal o exigirem ou se as infra-estruturas animais de um lote determinado, na acepção da alínea e)
ou equipamentos do matadouro não permitirem do n.o 1 do artigo 2.o do Regulamento anexo à Portaria
o adiamento do abate dos animais, estes podem n.o 774/93, de 3 de Setembro, ou que esses produtos
ser abatidos antes do fim do período de proi- ou substâncias estão presentes no todo ou em parte
bição ou de adiamento, sendo: de um lote originário do mesmo estabelecimento, a
i) As carnes e miudezas apreendidas, en- DGV tomará as seguintes medidas em relação aos ani-
mais abrangidos por essa utilização:
quanto se aguardam os resultados dos
controlos oficiais efectuados pelo vete- a) Informará a Comissão da União Europeia da
rinário oficial do matadouro; natureza dos produtos utilizados e do lote posto
ii) Apenas aprovadas para consumo humano em causa que por sua vez informará todos os
as carnes e miudezas cuja quantidade de postos fronteiriços;
resíduos não exceda os níveis admissíveis; b) Reforçará os controlos de todos os lotes de ani-
mais ou de produtos da mesma origem, em espe-
3) Retirar do consumo humano as carcaças e produtos cial os 10 lotes sucessivos, que devem ser apreen-
cujo nível de resíduos exceda os níveis autorizados pela didos no posto fronteiriço, a fim de aí serem
legislação em vigor. submetidos a um controlo de pesquisa de resí-
duos mediante colheita de uma amostra repre-
CAPÍTULO VI sentativa do referido lote ou de parte do mesmo
com depósito de uma provisão para despesas
Importações provenientes de países terceiros de controlo.
Artigo 25.o 2 — Sempre que esses novos controlos revelarem a
Listas de países terceiros presença de substâncias ou de produtos não autorizados
ou de resíduos dessas substâncias ou produtos:
1 — A admissão ou manutenção nas listas dos países
terceiros, previstas na legislação nacional ou comunitária a) O lote ou a parte do lote aferidos deve ser reex-
e a partir das quais se fica autorizado a importar animais pedido para o país de origem a expensas do
e produtos de origem animal abrangidos pelo presente expedidor ou do seu mandatário, sendo clara-
diploma depende da apresentação, pelo país terceiro mente mencionados num certificado os motivos
em questão, de um plano que especifique as garantias da rejeição do lote;
b) Em função da natureza da infracção verificada
dadas por esse país em matéria de vigilância dos grupos
e dos riscos a ela associados, pode dar-se a esco-
de resíduos e substâncias referidos no anexo I. lher ao expedidor entre a reexpedição do lote
2 — O disposto no artigo 8.o sobre prazos de apre- ou da parte de lote e a sua destruição para outros
sentação e de actualização dos planos é aplicável aos fins autorizados pela legislação em vigor, sem
planos a apresentar por países terceiros. indemnização nem compensação.
3 — As garantias devem ter um efeito pelo menos
equivalente ao resultante das garantias previstas no pre- 3 — Sempre que os controlos previstos no Regula-
sente diploma e, em especial, satisfazer as exigências mento anexo à Portaria n.o 774/93, de 3 de Setembro,
do artigo 4.o e especificar os elementos previstos no revelarem que os limites máximos de resíduos foram
artigo 7.o do presente diploma, bem como preencher ultrapassados, recorrer-se-á aos controlos referidos na
os requisitos do n.o 2 do artigo 11.o da Directiva da alínea b) do n.o 1.
n.o 96/22/CE.
4 — A inscrição de um país nas listas dos países ter-
ceiros previstas na legislação comunitária ou o benefício CAPÍTULO VII
de uma lista provisória pode, se não forem respeitadas Disposições penais
as exigências previstas no n.o 1, ser suspensa, nos termos
do procedimento comunitariamente previsto, a pedido Artigo 27.o
da DGV ou por iniciativa da Comissão da União
Competências
Europeia.
5 — O cumprimento das exigências e garantias cons- 1 — Compete à DGV o controlo das acções a desen-
tantes dos planos apresentados pelos países terceiros volver para a execução e cumprimento uniforme e inte-
será verificado por ocasião dos controlos efectuados no gral das disposições constantes deste diploma.
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2 — Compete à DGV e às DRA, no âmbito das suas f) Encerramento do estabelecimento cujo funcio-
competências, assegurar a fiscalização do cumprimento namento esteja sujeito a autorização ou licença
do disposto no presente diploma, sem prejuízo das atri- de autoridade administrativa;
buídas por lei a outras entidades. g) Suspensão de autorização, licenças e alvarás.
3 — Nas Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira, a execução administrativa do presente diploma 2 — As sanções acessórias referidas nas alíneas b) e
cabe aos serviços competentes das respectivas adminis- seguintes do número anterior terão a duração máxima
trações regionais, sem prejuízo das competências atri- de dois anos, contados a partir do trânsito em julgado
buídas à DGV, na qualidade de autoridade sanitária da decisão condenatória.
veterinária regional. 3 — Confirmando-se a detenção, utilização ou fabrico
Artigo 28.o de substâncias ou produtos não autorizados num esta-
belecimento em causa, serão suspensas as suas auto-
Contra-ordenações
rizações ou aprovações por um determinado período,
1 — Sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei n.o durante o qual esse estabelecimento será objecto de
28/84, de 20 de Janeiro, constitui contra-ordenação puní- controlos reforçados, sendo essas autorizações ou apro-
vel com coima, cujo montante mínimo é de 50 000$ e vações definitivamente retiradas em caso de reinci-
o máximo de 750 000$ ou 9 000 000$, consoante o agente dência.
seja pessoa singular ou colectiva: 4 — Se o proprietário ou o responsável do matadouro
contribuir para dissimular a utilização ilegal de substân-
a) A posse em pessoas não autorizadas das subs- cias proibidas, deve ser excluído da possibilidade de rece-
tâncias ou produtos referidos no anexo I, gru- ber e solicitar ajudas comunitárias durante um período
pos A e B, n.os 1 e 2; de 12 meses.
b) A saída da exploração de origem de animais
ou a sua cedência durante o período de apreen- Artigo 30.o
são sem autorização;
c) A saída de animais da exploração onde foram Instrução, aplicação e destino das coimas
efectuadas colheitas de amostras sem a respec- 1 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com-
tiva autorização; pete ao director-geral de Veterinária.
d) A não destruição dos animais positivos e dos 2 — A entidade que levantar o auto de notícia reme-
seus produtos pelo proprietário quando orde- terá o mesmo à DRA da área em que foi praticada
nada pela autoridade competente; a infracção para instrução do competente processo.
e) A detenção, utilização ou fabrico de substâncias 3 — A afectação do produto das coimas cobradas em
ou produtos não autorizados; aplicação do artigo 28.o far-se-á da seguinte forma:
f) A cedência ou administração de substâncias ou
produtos proibidos; a) 10 % para a entidade que levantou o auto;
g) A administração de substâncias ou produtos b) 10 % para a entidade que instruiu o processo;
autorizados para fins não previstos na legislação c) 20 % para a entidade que aplicou a coima;
vigente; d) 60 % para os cofres do Estado.
h) A aceitação de animais em relação aos quais
o seu produtor não garanta o respeito pelos
intervalos de segurança nem a ausência de ves- CAPÍTULO VIII
tígios de substâncias ou produtos proibidos.
Disposições finais
2 — Nas contra-ordenações previstas no número
anterior são puníveis a negligência e a tentativa. Artigo 31.o
Entrada em vigor
Artigo 29.o
Sanções acessórias
O presente diploma entra em vigor no 1.o dia útil
do 2.o mês posterior à sua publicação.
1 — Consoante a gravidade da contra-ordenação e
a culpa do agente, poderão ser aplicadas, simultanea-
mente com a coima, as seguintes sanções acessórias: Artigo 32.o
a) Perda de objectos pertencentes ao agente; Norma revogatória
b) Interdição do exercício de uma profissão ou acti- São revogados:
vidade cujo exercício depende de título público
ou de autorização ou homologação de autori- a) Os capítulos I, III, IV, com excepção do n.o 3
dade pública; do artigo 7.o, e V, os artigos 16.o, 17.o, 20.o e
c) Privação do direito a subsídio ou benefício 21.o do capítulo VI e o anexo do Decreto-Lei
outorgado por entidades ou serviços públicos; n.o 62/91, de 1 de Fevereiro, e o Decreto-Lei
d) Privação do direito de participar em feiras ou n.o 290/93, de 24 de Agosto;
mercados; b) A Portaria n.o 94/91, de 1 de Fevereiro;
e) Privação do direito de participar em arrema- c) A Portaria n.o 370/95, de 29 de Abril;
tações ou concursos públicos que tenham por d) O n.o 7 do artigo 4.o do Regulamento constante
objecto a empreitada ou a concessão de obras do anexo A do Decreto-Lei n.o 167/96, de 7 de
públicas, o fornecimento de bens e serviços, a Setembro;
concessão de serviços públicos e a atribuição e) Os n.os 8.o e 9.o da Portaria n.o 1009/93, de 12 de
de licenças e alvarás; Outubro;
N.o 103 — 4-5-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2363
ANEXO II
Grupo de resíduos ou substâncias a pesquisar por tipos de animais, alimentos e águas de abeberamento
e por tipo de produtos animais de origem primária
Carne de coelho
Bovinos, ovinos,
Aves Animais e carne de caça
Tipos de animais. Produtos animais. Grupo de substâncias caprinos, suínos Leite Ovos Mel
de capoeira de aquicultura de criação,
e equídeos
caça selvagem (*)
A1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × ×
2 ......................................................... × × ×
3 ......................................................... × × × ×
4 ......................................................... × × ×
5 ......................................................... × × ×
6 ......................................................... × × × × × ×
B1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × × × × ×
B2 a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × × ×
b ......................................................... × × × ×
c ......................................................... × × × ×
d ......................................................... ×
e ......................................................... × × × ×
f .........................................................
B3 a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . × × × × × × ×
b ......................................................... × × ×
c ......................................................... × × × × × ×
d ......................................................... × × × ×
e ......................................................... ×
f .........................................................
e não deverá ser efectuada em alturas fixas e em dias acordo com a experiência e as informa-
da semana determinados, devendo tomar-se todas as ções disponíveis;
precauções de modo que o elemento surpresa dos con-
trolos seja constantemente mantido. b) Grupo B: 0,15 %, dividido da seguinte forma:
4 — Em relação às substâncias do grupo A, os con-
trolos devem visar respectivamente a detecção da admi- i) 30 % das amostras devem verificar as
nistração ilegal de substâncias proibidas e a detecção substâncias do grupo B1;
da administração abusiva de substâncias autorizadas, ii) 30 % das amostras devem verificar as
devendo a acção de uma amostragem desse tipo ser substâncias do grupo B2;
concentrada de acordo com o disposto no capítulo cor- iii) 10 % das amostras devem verificar as
respondente do anexo IV. substâncias do grupo B3;
5 — As amostras devem ser escolhidas atendendo aos
critérios mínimos seguintes: sexo, idade, espécie, sistema
de engorda, informações de que se disponham e todas c) O saldo será atribuído de acordo com a situação
as provas de má utilização ou abuso de substâncias desse existente.
grupo.
6 — Os pormenores dos critérios de escolha serão 2 — Suínos. — O número mínimo de animais a con-
estabelecidos de acordo com o previsto no n.o 1 do trolar anualmente para todos os tipos de resíduos ou
artigo 15.o substâncias deve ser pelo menos igual a 0,05 % dos suínos
7 — Em relação às substâncias do grupo B, os con- abatidos no ano anterior, com a seguinte divisão:
trolos devem visar em particular a conformidade dos
resíduos de medicamentos veterinários com os limites a) Grupo A: 0,02 %:
máximos de resíduos fixados nos anexos I e III do Regu-
lamento (CEE) n.o 2377/90 e dos resíduos de pesticidas i) Quando as amostras forem colhidas no
com os limites máximos fixados no anexo I da Portaria matadouro devem efectuar-se nas explo-
n.o 188/97, de 18 de Março, e o controlo da concentração rações análises complementares de água
dos contaminantes ambientais. potável, de alimentos para animais, de
8 — A não ser que se possa justificar a amostragem fezes ou de qualquer outro parâmetro
aleatória quando da apresentação do plano nacional de adequado, devendo, nesse caso, o
controlo de resíduos à Comissão, todas as amostras número mínimo de explorações de cria-
devem ser escolhidas de acordo com critérios estabe- ção de suínos a visitar anualmente repre-
lecidos conforme o disposto no n.o 1 do artigo 15.o sentar pelo menos uma exploração por
cada 100 000 suínos abatidos no ano
ANEXO IV anterior;
ii) Cada subgrupo do grupo A deve ser veri-
Níveis e frequência de amostragem ficado anualmente através de um mínimo
de 5 % do número total de amostras a
O objectivo do presente anexo é definir o número colher para o grupo A, atribuindo-se o
mínimo de animais e produtos de que devem ser colhidas saldo de acordo com a experiência e as
amostras, podendo cada uma das amostras ser analisada informações disponíveis;
para se detectar a presença de uma ou mais substâncias.
b) Grupo B: 0,03 % — deverá respeitar-se para os
subgrupos a mesma divisão que para os bovinos,
CAPÍTULO 1 sendo o saldo atribuído de acordo com a situa-
ção existente.
Bovinos, suínos, ovinos, caprinos e equídeos
1 — Bovinos. — O número mínimo de animais a con- 3 — Ovinos e caprinos. — O número mínimo de ani-
trolar anualmente para todos os tipos de resíduos ou mais a controlar para todos os tipos de resíduos ou
substâncias deve ser pelo menos igual a 0,4 % dos bovi- substâncias deve ser pelo menos igual a 0,05 % dos ovi-
nos abatidos no ano anterior, com a seguinte divisão: nos e caprinos de mais de 3 meses abatidos no ano
anterior, com a seguinte divisão:
a) Grupo A: 0,25 %, dividido da seguinte forma:
a) Grupo A: 0,01 %:
i) Metade das amostras deve ser colhida em
animais vivos na exploração (a título de i) Cada subgrupo do grupo A deve ser veri-
derrogação 25 % das amostras analisa- ficado anualmente através de um mínimo
das para a pesquisa de substâncias do de 5 % do número total de amostras a
grupo A5 podem ser obtidas a partir de colher para o grupo A;
materiais adequados — alimentos para ii) O saldo será atribuído de acordo com
animais, água de abeberamento, etc.); a experiência e as informações de que
ii) Metade das amostras deve ser colhida no se dispuser;
matadouro;
iii) Cada subgrupo do grupo A deve ser veri- b) Grupo B: 0,04 % — deverá respeitar-se para os
ficado anualmente através de um mínimo subgrupos a mesma divisão que para os bovinos,
de 5 % do total de amostras a colher para sendo o saldo atribuído de acordo com a expe-
o grupo A5, sendo o saldo atribuído de riência adquirida.
N.o 103 — 4-5-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2365
4 — Equídeos. — O número de amostras deverá ser ser difíceis, a colheita de amostras pode ser efec-
determinado em função dos problemas detectados. tuada nos alimentos dos peixes;
ii) Grupo B: dois terços da totalidade das amostras,
devendo a colheita de amostras ser feita:
CAPÍTULO 2 De preferência no viveiro, nos peixes prontos
Frangos de carne, galinhas de reforma, perus a ser colocados no mercado para consumo;
e outras aves de capoeira No estabelecimento de transformação ou a
nível da venda por grosso, no peixe fresco
1 — Uma amostra consta de um ou vários animais, desde que se possa, caso o resultado seja
conforme as exigências dos métodos analíticos. positivo, detectar o viveiro de origem dos
2 — Em relação a cada uma das categorias de aves peixes;
em questão (frangos de carne, galinhas de reforma, Em qualquer circunstância as amostras obti-
perus e outras aves de capoeira), o número mínimo das a nível do viveiro devem ser colhidas
de amostras anuais deve ser pelo menos igual a uma a partir de um mínimo de 10% dos locais
por 200 t da produção anual (peso morto) com um de produção registados.
mínimo de 100 amostras para cada grupo de substâncias
se a produção anual da categoria de aves considerada 2 — Outros produtos de aquicultura. — Sempre que
for superior a 5000 t. houver razões para crer que são utilizados produtos vete-
3 — Deve ser respeitada a seguinte divisão: rinários ou produtos químicos noutras espécies ou pro-
a) Grupo A: 50 % da totalidade das amostras: dutos de aquicultura, ou quando se suspeite de con-
i) Um quinto das amostras deverá ser colhido taminação do ambiente, essas espécies ou produtos
a nível da exploração agrícola, devendo devem ser incluídos no plano de colheita de amostras
cada subgrupo do grupo A ser verificado proporcionalmente à sua produção, como amostras
anualmente através de um mínimo de 5 % suplementares das colhidas nos peixes de aquicultura.
do número total de amostras a colher
para o grupo A;
ii) O saldo será atribuído de acordo com CAPÍTULO 4
a experiência e as informações de que Leite
se dispuser;
1 — Leite de vaca:
b) Grupo B: 50 % da totalidade das amostras: 1.1 — Requisitos da amostragem:
i) 30 % devem verificar as substâncias do a) Todas as amostras oficiais devem obrigatoria-
grupo B1; mente ser recolhidas de um modo que permita
ii) 30 % devem verificar as substâncias do sempre relacioná-las com a exploração de ori-
grupo B2; gem do leite, podendo essa recolha ser efec-
iii) 10 % devem verificar as substâncias do tuada:
grupo B3; i) No depósito de recolha da exploração;
ii) Na unidade industrial, antes da descarga
c) O saldo será atribuído de acordo com a situação da cisterna de transporte do leite;
existente.
b) Admite-se uma derrogação ao princípio da ras-
CAPÍTULO 3 treabilidade da exploração de origem acima
Produtos de aquicultura enunciado no caso das substâncias ou resíduos
referidos nas alíneas a), b) e c) do subgrupo B3
1 — Peixes de viveiro: do anexo I deste diploma;
a) Uma amostra compõe-se de um ou vários peixes, c) As amostras serão obrigatoriamente recolhidas
segundo a dimensão do peixe em questão e de acordo de leite cru, sendo a dimensão da amostra esta-
com as exigências do método analítico; belecida em função das necessidades dos méto-
b) Devem, pelo menos, ser respeitados os níveis e dos analíticos.
frequência de amostragem a seguir indicados em função
da produção anual de peixes de viveiro (expressa em 1.2 — Nível e frequência da amostragem. — O
toneladas); número de amostras a recolher anualmente é de uma
c) O número mínimo de amostras colhidas anual- por cada 15 000 t de produção anual de leite, com um
mente deve ser pelo menos igual a uma por 100 t da mínimo de 300 amostras, sendo obrigatoriamente res-
produção anual; peitada a seguinte repartição:
d) As substâncias pesquisadas e as amostras selec-
a) 70 % das amostras serão pesquisadas quanto à
cionadas para análise deverão ser escolhidas atendendo
presença de resíduos de medicamentos veteri-
à utilização prevista dessas substâncias;
nários, sendo obrigatoriamente pesquisadas em
e) Deve ser respeitada a seguinte divisão:
cada amostra pelo menos quatro compostos
i) Grupo A: um terço da totalidade das amos- diferentes de pelo menos três dos subgrupos
tras — todas as amostras devem ser colhidas A6, B1, B2, alínea a), e B2, alínea e), do anexo I
num viveiro, em peixes em todas as fases da deste diploma;
criação, incluindo peixes prontos a ser colocados b) 15 % das amostras serão pesquisadas quanto à
no mercado para consumo. No caso de criação presença dos resíduos referidos no subgrupo B3
no mar, onde as condições de colheita podem do anexo I deste diploma;
2366 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999
inspector, que zelará que pessoas não autori- (BGW), Diedersdorfer Weg, 1 D — 12277
zadas não lhe tenham acesso, podendo, se Berlin;
necessário, o criador ou o proprietário do esta-
belecimento ser informados da colheita de d) Para os resíduos referidos no grupo B, n.o 2,
amostras efectuada. alínea c), e no grupo B, n.o 3, alíneas a), b)
e c), do anexo I:
2.8 — Relatório ao laboratório (folha de requisição
Istituto Superiore di Sanitá Viale Regina
de análises):
Elena, 299 I — 00161 Roma.
a) O relatório destinado ao laboratório conterá
pelo menos os seguintes elementos: As substâncias dos grupos A, n.o 6, e B, n.os 2, alínea f),
e 3, alínea f), são atribuídas aos laboratórios comuni-
O endereço da autoridade competente;
tários de referência designados de acordo com a sua
O nome do inspector ou o código de iden-
acção farmacológica.
tificação;
O número de código oficial da amostra;
A data da colheita das amostras; CAPÍTULO 2
A espécie animal;
A natureza ou matriz das amostras; Funções e requisitos dos laboratórios comunitários
A substância ou os grupos de substâncias a de referência
submeter a pesquisa analítica; Os poderes e as condições de actividade dos labo-
Observações; ratórios comunitários de referência relativamente à
detecção de resíduos nos animais vivos, seus excremen-
b) Este relatório é entregue ao laboratório de aná- tos, líquidos biológicos e tecidos nos produtos de origem
lises de rotina juntamente com as amostras. animal na alimentação dos animais e na água de abe-
beramento são os seguintes:
2.9 — Transporte e conservação: 1) As funções que cabem aos laboratórios comuni-
a) Os planos de vigilância dos resíduos devem tários de referência são:
especificar as condições de transporte e con- a) Promover e coordenar o estudo de novos méto-
servação adequadas a cada combinação ana- dos de análise e informar os laboratórios nacio-
lito/matriz, de modo a garantir a estabilidade nais de referência dos progressos alcançados no
dos analitos e a integridade das amostras, domínio dos métodos e dos materiais de análise;
devendo ser dada uma atenção especial ao acon- b) Ajudar os laboratórios nacionais de referência
dicionamento, às caixas de transporte, à tem- para os resíduos a pôr em prática um sistema
peratura e ao prazo de entrega no laboratório adequado de segurança de qualidade baseado
responsável; nos princípios de uma boa prática laboratorial
b) Em caso de não conformidade com as prescri- e nos critérios EN 45 000;
ções do plano de vigilância, o laboratório infor- c) Aprovar os métodos validados como métodos
mará de imediato a autoridade competente. de referência a integrar numa colectânea de
métodos;
ANEXO VI d) Fornecer aos laboratórios nacionais de referên-
cia os métodos analíticos de rotina reconhecidos
Laboratórios de referência
durante o processo de fixação de limites máxi-
CAPÍTULO 1 mos de resíduos;
e) Fornecer aos laboratórios nacionais de referên-
Os laboratórios a seguir indicados são designados cia os pormenores dos métodos de análise e
como laboratórios de referência para a pesquisa dos os ensaios comparativos a efectuar e comuni-
resíduos de certas substâncias: car-lhes os resultados destes últimos;
a) Para os resíduos referidos no grupo A, n.os 1, f) Fornecer aos laboratórios nacionais que o soli-
2, 3 e 4, e no grupo B, n.os 2, alínea d), e 3, citem um parecer técnico sobre a análise das
alínea d), do anexo I: substâncias para as quais foram designados
como laboratórios comunitários de referência;
Rijksinstituut voor de Volksgezondheid en g) Organizar ensaios comparativos em benefício
Milieuhygiene (RIVM) A, van Leeuwe- dos laboratórios nacionais de referência com
nhoeklaan, 9 NIL 3720 BA Bilthoven; uma frequência a determinar de acordo com
a Comissão, devendo para efeitos desses ensaios
b) Para os resíduos referidos no grupo B, n.os 1 os laboratórios comunitários de referência dis-
e 3, alínea e), do anexo I e os resíduos de car- tribuir amostras brancas e amostras contendo
badox e olaquindox: quantidades conhecidas da análise a analisar;
h) Identificar e quantificar os resíduos quando o
Laboratoires des médicaments vétérinaires
resultado de uma análise der lugar a contestação
(CNEVA-LMV), La Haute Marché,
entre Estados membros;
Javene F — 35133 Fougeres;
i) Organizar cursos de formação e de aperfeiçoa-
mento abertos aos peritos dos laboratórios
c) Para os resíduos referidos no grupo A, n.o 5,
nacionais;
e no grupo B, n.o 2, alíneas a), b) e e), do anexo I:
j) Prestar assistência técnica e científica à Comis-
Bundesinstitut fur Gesundheitlichen Ver- são, incluindo ao programa das normas, medidas
braucherschutz und Veterinarmedizin e ensaios;
2370 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 103 — 4-5-1999
l) Elaborar e enviar à Comissão um relatório anual Foram ouvidas as associações sindicais representa-
de actividades; tivas do pessoal docente.
m) Colaborar no domínio dos métodos e materiais Assim, nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o
de análise, com os laboratórios nacionais de da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
referência designados por países terceiros no
âmbito dos planos de controlo a apresentar em
conformidade com o artigo 11.o do presente Artigo 1.o
diploma. Novos índices remuneratórios