1) O documento discute as diferenças entre instalações elétricas críticas e instalações consideradas críticas. Instalações críticas possuem alimentação redundante, componentes confiáveis e monitoramento da qualidade da energia, enquanto instalações consideradas críticas são menos confiáveis e monitoradas.
2) Instalações críticas são projetadas para atender normas internacionais e nacionais, com coordenação de proteção e fontes sofisticadas. Já instalações consideradas críticas apresentam problemas de projeto e manutenção
Original Description:
Utilização de UPS para instalações críticas.
Original Title
Instalações elétricas críticas e as de missão crítica
1) O documento discute as diferenças entre instalações elétricas críticas e instalações consideradas críticas. Instalações críticas possuem alimentação redundante, componentes confiáveis e monitoramento da qualidade da energia, enquanto instalações consideradas críticas são menos confiáveis e monitoradas.
2) Instalações críticas são projetadas para atender normas internacionais e nacionais, com coordenação de proteção e fontes sofisticadas. Já instalações consideradas críticas apresentam problemas de projeto e manutenção
1) O documento discute as diferenças entre instalações elétricas críticas e instalações consideradas críticas. Instalações críticas possuem alimentação redundante, componentes confiáveis e monitoramento da qualidade da energia, enquanto instalações consideradas críticas são menos confiáveis e monitoradas.
2) Instalações críticas são projetadas para atender normas internacionais e nacionais, com coordenação de proteção e fontes sofisticadas. Já instalações consideradas críticas apresentam problemas de projeto e manutenção
Instalaes eltricas crticas e as de (atendimento s cargas
de) misso critica.
Por: Eng. Jos Starosta Diretor de Engenharia da Ao Engenharia e Instalaes Ltda.
bastante perceptvel no mercado que o avano tecnolgico das
ltimas dcadas tambm verificado nos componentes e materiais aplicados em nossas instalaes eltricas. Tambm foram desenvolvidos componentes eltricos com custos industriais de produo mais baixos que o das solues clssicas, o caso de eletrodutos e outros materiais construdos a base de matrias primas plsticas e assemelhadas, que merecem uma pr-analise sob o ponto de vista de onde e como instalar. De uma forma geral os projetos atuais aplicam sistemas e componentes compactos tanto em mdia tenso como em baixa tenso; os tradicionais instrumentos de medies eltricas de painis deram lugar a outros com mltiplas possibilidades de informao e recursos de automao e comunicao, os requisitos de segurana tanto de construo, como de projetos garantem aos operadores e mantenedores, situaes bem mais adequadas de trabalho, a qualidade dos materiais e equipamentos aumentam a confiabilidade de operao, alm naturalmente da possibilidade de operao de sistemas (incluindo fontes) em regimes de redundncia e contingncia. As equipes de operao e manuteno, j h muito tambm focadas nos processos de qualidade total, so treinadas e seus recursos e cartilhas de consulta incluem no s os diagramas unifilares e outros esquemas atualizados das instalaes, mas complexas instrues de atuao da equipe de profissionais nas mais diversas situaes; como se fosse uma operao de guerra com detalhados procedimentos e estratgias descritos, e o inimigo a falta de suprimento de energia s cargas, sejam elas quais forem. A classificao TIER aplicadas nas instalaes dos centro de processamento de dados, ou data centers, envolve sobretudo, a anlise de redundncia e contingncia de fontes e sistemas de distribuio de energia e ar condicionado, alem dos aspectos de arquitetura e segurana. O tema confiabilidade no novo, assim como no o so a literatura disponvel e o ensino da matria em bons cursos de graduao e ps graduao.
Por um lado, observam-se empresas que buscam e investem em
solues tcnicas para que suas instalaes (em geral industriais e grandes prdios comerciais/data centers) no engrossem as estatsticas daquelas que por sofrerem falhas de fornecimento de energia pela concessionria apresentam altos impactos e custos associados. No raro uma falha de suprimento de energia ter um prejuzo associado (dependendo do setor de atividade) de dezenas a centenas de milhares de dlares por evento, por instalao. De outro lado se colocam outros consumidores que qualificam e entendem suas instalaes eltricas como algo esttico que algum dia foi implantado e simplesmente deve operar adequadamente sem causar interrupes, acidentes e prejuzos de operao e caso isso ocorra ser invariavelmente por culpa de quem implantou aquela instalao anos ou talvez dcadas atrs; outro culpado de planto so as concessionrias de energia. O que nos chama ateno, sendo o foco desta discusso o contraste entre as possveis abordagens de importncia das instalaes eltricas. Para uma analise mais amide, elegemos alguns pontos que julgamos importantes. 1-Ponto de entrega e relao com a concessionria. interpretao da interface e responsabilidades.
Clara
As instalaes eltricas de misso crtica possuem em sua
maioria sistemas contingentes de suprimento de energia pela concessionria, algumas ainda com circuitos de alimentao com origem em subestaes distintas. Devido aos considerveis volumes de carga, a alimentao efetuada normalmente em mdia ou alta tenso, com indicadores de qualidade de energia bem superiores aos das instalaes supridas em baixa tenso. Nem sempre esta alimentao pode ser mantida na condio espelhada, pois, por enquanto nem todas as concessionrias possuem padres e permitem que se executem sistemas de medio tambm em dois pontos distintos. Esta restrio , portanto, uma condio de comprometimento da redundncia plena, um gargalo. J as instalaes, tratadas aqui como criticas, so concebidas e montadas da forma mais econmica possvel (leia-se neste caso econmica, como o menor custo inicial de implantao possvel), sem nenhuma considerao de aspectos de confiabilidade,
manuteno, operao e segurana. No so raros os casos que as
subestaes so somente abertas para a atividade de leitura pela concessionria, sendo seus equipamentos somente lembrados da existncia quando apresentam algum defeito, normalmente por falta de manuteno. bom lembrar que estas subestaes so tambm utilizadas, via de regra, como depsitos de expurgos!
2-Tecnologia e confiabilidade de componentes de fontes e cargas
Alm do suprimento de energia pela concessionria, as instalaes de misso critica so tambm alimentadas por sofisticados sistemas de fontes interligadas que aumentam os indicadores de confiabilidade, tornando-os expressivos a ponto de manter a indisponibilidade de suprimento de energia a alguns minutos por ano com uso de equipamentos com elevadssimos indicadores de confiabilidade (MTBF) Estas instalaes possibilitam ainda que os seus componentes sejam mantidos sem interrupo de operao das cargas alimentadas, inclusive nas atividades de manuteno. A tecnologia destes componentes so evidentemente muito superiores quelas aplicadas nas outras instalaes aqui tratadas; as crticas, que aplicam componentes no certificados e normalizadas, muitas vezes recuperados, montados e reformados em oficinas de competncia duvidosa. A flagrante falta de cuidados na concepo e construo destas instalaes so caracterizadas por painis e quadros eltricos empenados, construo e grau de proteo inadequados, aterramentos inexistentes ou sem clara concepo, circuitos instalados sem organizao com derivaes (sangramento) aleatrias e outras barbaridades j clssicas e velhas conhecidas. Certamente existem algumas outras citaes importantes nesta abordagem de gambiarras em geral. Estes tipos de instalaes so em geral sujeitas dezenas de horas de interrupo por ano por conseqncia direta das instalaes eltricas sofrveis.
3-Aspectos de projeto das instalaes, coordenao de proteo,
atendimento as normas usuais e especificas. As instalaes eltricas de misso crtica so projetadas aps complexas discusses da concepo da futura instalao, isto , o projeto s se inicia em sua fase executiva aps definies que consideram a arquitetura de fontes, cargas e demais componentes, alem de detalhes de instalaes confiveis como coordenao e especificao do sistema de proteo, controle e monitorao. Estas instalaes so normalmente concebidas com modelos que no s atendem as normas brasileiras clssicas de instalaes como as NBR5410, NBR14039, NBR 5419, e outras, mas tambm as recomendaes internacionais como o conjunto de normas IEC, ANSI e IEEE, como as teis IEEE 519 e IEEE1100, a famlia IEC 61000, alm da srie IEC 60364 de onde a NBR 5410 baseada. J, as instalaes crticas so em geral dotadas de entrada de energia e sistema de medio da concessionria, chave geral em baixa tenso e a partir da, verifica-se um apanhado de irresponsabilidades constituindo-se em verdadeiro circo de horrores. Qualquer curto circuito em algum ponto da instalao acaba por desligar a proteo geral da concessionria, geralmente presente com um fusvel do tipo........... matheus. Algumas vezes pode existir um quadro geral de baixa tenso com alguns fusveis instalados, mas com uma srie de vcios de construo e manuteno comprometedores. Para o diagnstico dos problemas que ocorrem nestes casos, apresentam-se uma criatividade mpar das equipes que se ocupam da tentativa de manter a instalao operando. Em geral so atribudas s concessionria as responsabilidades pelo defeito, pois foi naquele ponto que o defeito haveria ocorrido; quando no, um curto circuito na rede de alta tenso teria invadido a rede de baixa tenso, s vezes at pelo aterramento. E durma-se com um barulho destes. 4-gesto de energia, medies eltricas e medies de qualidade de energia eltrica; a eletricidade tratada como insumo do processo. O tratamento da energia eltrica como insumo do processo insere nas instalaes eltricas de misso critica modernas tcnicas de monitorao de qualidade de energia, possibilitando aos gestores identificarem se eventual ocorrncia com as cargas teriam como
origem o fornecimento de energia. Como estas cargas possuem
restritas tolerncias qualidade da energia fornecida, estes instrumentos devem ser adequados a estas necessidades, com taxa de aquisio de dados de pelo menos 256 amostras por ciclo (ideal 512 ou 1024) e memria autnoma adequada para gravar e acessar todas as informaes para o diagnstico com software adequado. Esta situao um pouco diferente nas instalaes aqui chamadas de criticas onde a existncia de um instrumento analgico de painel com leituras confiveis de tenso e corrente nem sempre disponvel. Enquanto no primeiro grupo de instalaes, as situaes de moperao so diagnosticveis e a recorrncia evitada, as situaes das instalaes do segundo grupo, quando acometida por alguma interrupo ou outro fenmeno, chovem inmeras possibilidades do que poderia ter ocorrido para causar o problema enfrentado, com soluo absolutamente aleatria e sem nenhuma garantia que a situao volte a ocorrer. 5-operao e manuteno de instalaes considerando aspectos de operao com procedimento e segurana da equipe. Os procedimentos de operao e manuteno de instalaes de atendimento a cargas de misso crtica assemelham-se aos aplicados em usinas e subestaes de concessionrias. As equipes so treinadas e os procedimentos documentados, sendo estes ainda discutidos e revisados a cada nova oportunidade. Toda a instalao documentada, assim como as ocorrncias e solues tomadas. As instalaes criticas dificilmente possuem um tcnico preparado para atender as demandas de operao em situao anormal. Em geral so chamados profissionais de mercado que lutam para religar a planta sem o prvio conhecimento adequado, podendo comprometer o patrimnio da planta e por em risco vidas humanas, quase nunca toda a verdade apresentada, pois colocaria em risco alguns empregos. 6-Aspectos de Eficincia energtica e sustentabilidade
As instalaes de misso critica buscam atravs de anlise e
quantificao da energia agregada aos processos como o caso do indicador PUE (j abordado em matria anterior), melhores formas e praticas de concepo e operao das instalaes. Disso depende aes de retrofit de instalaes com cuidados adicionais sobre os novos componentes que so inseridos nas instalaes. A reduo da energia gasta nos processos um trabalho de busca continua de potenciais de reduo. Cada kWh reduzido colecionado em uma busca incessante pelo resultado de eficincia. Outras aes de sustentabilidade, no relacionadas somente a energia so tambm tomadas pela equipe de operao e manuteno. O uso da PDUs como as da figura 1, impede que as harmnicas mltiplas de 3 circulem ate as fontes da instalao, reduzindo alm das perdas, a tenso terra-neutro na alimentao das cargas e garantindo uma eficiente blindagem eletrosttica entre outras vantagens .Considerando que as instalaes de PDUs geralmente so desenvolvidas com redundncia, recomendvel que os PDUs usem transformadores adequados para operao com baixa carga (20 a 50%) e que mesmo assim proporcionem alta eficincia, superior a 98%.
Nas instalaes criticas o que se
observam so transformadores e componentes sobrecarregados, ou sem carga alguma, banco de capacitores em situao de ressonncia e ocorrncias de exploses intempestivas, ou ainda situaes em que simplesmente os capacitores ficam ligados o tempo todo aumentando as perdas significativamente.
Figura 1 PDU com trafo isolador
Fonte: EATON
A figura2 apresenta um condutor
descolorido por conta da constante sobrecarga a que tem sido submetido em sua operao normal.
Figura 2 condutores operando em regime de sobrecarga
Por fim, propomos um convite para que
todos enriqueam esta abordagem, com um s intuito; o de fomentar o desenvolvimento tcnico e a melhoria das instalaes e treinamento das equipes em quais forem suas reas de atuao. As escolas tcnicas, os cursos profissionalizantes, os cursos de engenharia, de extenso, de psgraduao e os de atualizao esto a para o competente auxlio com suas abordagens atualizadas. Estaremos progredindo quando estivermos mudando os tipos de erros que cometemos em nossas carreiras.