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Vereação do Partido

Socialista

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTA DE GERÊNCIA DA CÂMARA

MUNICIPAL DO ANO DE 2009

DECLARAÇÃO DE VOTO

Analisadas a conta de gerência de 2009 e o respectivo relatório de gestão da


CMC os Vereadores do Partido Socialista reiteram a sua enorme preocupação com a
situação financeira do município e a sustentabilidade das contas a médio e longo
prazo.
Sem necessidade de aqui nos alongarmos com os exaustivos pormenores
técnicos que constam dos documentos financeiros em análise, salientamos aquilo que
em síntese e de uma forma clara espelha a situação financeira do município, a qual
nos deixa profundamente preocupados. E tais factos, porque de factos incontroversos
se tratam, são os seguintes:

1º - Houve uma substancial diminuição das receitas relativamente ao ano de 2008, elas
desceram de 48 milhões de euros para 38 milhões de euros, ou seja, menos 10
milhões de euros;

2º - A receita executada em 2009 foi de 38,87%, quando no ano de 2008 tinha sido
de 55,9%;

3º - A despesa executada no ano de 2009 foi de 31,90%, quando no ano anterior


tinha atingido os 49,8%;
Vereação do Partido
Socialista

4º - A taxa de execução das Grandes Opções do Plano é uma das mais baixas dos
últimos anos, apenas chegou aos 19,18%, ou seja, foram executados 15, 5 milhões
de euros quando é certo que se propunha executar 81 milhões de euros, sendo que
em 2008 se tinha proposto executar 57 milhões de euros e conseguiu-se executar 20,5
milhões de euros, apresentado esse ano a taxa de execução de 35,7%;

5º - A despesa com pessoal face às despesas totais aumentou exponencialmente,


tendo passado de 14,05% em 2008 para 21,28% em 2009, quando é certo que em
2007 havia sido de 8,92%;

6º - A Câmara da Covilhã atingiu no ano de 2009 a dívida mais elevada de sempre


– 95 milhões de euros, sendo que em 2008 ela ascendeu a 87 milhões de euros,
tendo-se verificado um aumento de 8,1%;

7º - O valor da dívida a instituições financeiras é também a mais elevada de


sempre, tendo atingido a verba de 64 milhões de euros, quando em 2008 era de 61
milhões de euros, aumentando assim 3 milhões de euros, ou seja, 8,1% face ao ano
de 2008;

8º - Também o montante da dívida a fornecedores registou em 2009 o pico


máximo de 14,6 milhões de euros, quando em 2008 tinha sido de 12 milhões de
euros, tendo sofrido um acréscimo de 2,6 milhões de euros.

Os valores e taxas que acabamos de referir são os sintomas inequívocos da


grave doença financeira de que padece a Câmara Municipal da Covilhã.
Não está em causa a seriedade e o rigor do tratamento dos dados que constam
dos documentos financeiros em apreço, mas antes a leitura financeira e política que
deles extraímos
Vereação do Partido
Socialista

Os indicadores financeiros que salientámos não nos regozijam e, como já


salientámos diversas vezes, não rendem votos, mas é nosso dever enquanto oposição
responsável e construtiva, transmitir à maioria e aos covilhanenses a nossa fundada
preocupação com o futuro da sustentabilidade financeira do município.
Pelo que, devemos aqui deixar bem claro que governar desta forma o município
é governar mal, é gerir o presente, o ciclo político eleitoral, sem preocupações com o
futuro. E não estamos a falar de um futuro longínquo, estamos a falar de um futuro bem
próximo.
É por tudo o que deixamos dito que não votamos favoravelmente os documentos
em apreço.

Covilhã, 16 de Abril de 2010

Os Vereadores do Partido Socialista,

Vitor Pereira,

Graça Sardinha,

João Correia,

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