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E se o latifundirio
Ojeferson Santos
Cida Dias
Se matarem um daqui,
Dez de l vamos.
5. ORAO LATINA
Csar Teixeira
La la la la lai la la la la lai la
Esta nova orao,
Que no cicatrizar
Nem tampouco deixar de abrir
E diga sim...
A quem nos quer abraar,
4. O RISCO
Diga no...
Corre o machado,
No h o que temer
O lado de l j decretou
Eu j tenho machado
Falta s botar a cunha,
E diga sim...
a nossa proposta,
bandeira vai
Nossa terra conseguir e a reforma agrria no
pas
7. Canto da Terra Sagrada
(Paulo Amorim)
Contam que por essa terra
Quem trabalha a terra
S vive a penar
Abatido sem direito a terra
Vive em p de guerra
Sem puder sonhar
A vida que nasce da terra
E ao p da terra a vida voltar
A terra ela sagrada
Nas mos de quem trabalha a terra
Suor, vida, trabalho e terra
O direito a terra
de quem trabalha
8. RESISTA
Paulo Paixo
Resista!
Um pouco mais, mesmo que as feridas latejem
e que sua coragem esteja cochilando.
Resista!
Mais um minuto e ser fcil resistir aos
demais.
Resista!
Mais um instante, mesmo que a derrota seja
um ima, mesmo que a desiluso caminhe na
sua direo.
Resista!
Mais um momento, mesmo que voc no
possa avistar ainda a linha de chegada.
Resista!
soterrados na lama,
sem nome
soterrados no silncio
Eles rondam o arame
das cercas
alumiados pela fogueira
dos acampamentos.
in-justia
Espremeremos as pedras.
E comeremos terra
Quando estivermos famintos.
Temos um passado.
Aqui
E na Luta
Est o nosso futuro,
A guerra continua
S se permitido descansar
Aqui
Persistimos
Provocadores,
Declamando poemas,
no passam mais!
de priso adicionada
em nome de tantos gnios
e de outros camponeses
no deixaremos passar
Em nome da unidade
em nome da liberdade
ns passamos a palavra:
Passaremos adiante
16. MARIGHELLA
Buitrago Negro
no ameaam
quem negocia
no negociam
com quem denuncia
no denunciam quem se submete
NO NOS SUBMETEMOS.
No torturam quem no transgride a ordem
de se entender e se MULTIPLICAR.
Mas ns os enfrentaremos.
Todas temos origem humilde.
E duzentas vezes.
Preocupao social.
Sabem da fome?
Sabem do choro de nossas crianas, frente s
ameaas de violncia?
Sabem da dor de ver os nossos filhos
pisoteados, feridos bala, mortos, como as
mes de nossos companheiros de Eldorado de
Carajs?
Sabem os senhores o que dor?
Devem saber. Devem saber do riso e da
fartura.
Devem saber do dormir sem choro de criana
com fome.
21. CORO: