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O Museu Marítimo de Ílhavo nasceu em

1937. Ainda hoje é um lugar da memória.

Foi e é testemunho da forte ligação dos


ílhavos ao mar e à Ria de Aveiro. A “faina
maior” (a pesca do bacalhau à linha com dóris de
um só homem) nos mares da Terra Nova e da
Gronelândia e as fainas agro-marítimas da Ria
O Ecomuseu Marinha da Troncalhada são as referências do Museu. Nele residem três
é constituído por uma salina localizada belas exposições permanentes: Sala Capitão
à entrada de Aveiro denominada, como Francisco Marques, dedicada à pesca do baca- O navio-museu Santo André é um polo do
o próprio nome indica, por Troncalha- lhau à linha; Sala da Ria, testemunho das fainas Museu Marítimo de Ílhavo. É um antigo arrastão
da. Nele se podem observar os ances- agro-marítimas da laguna de Aveiro; Sala dos bacalhoeiro que nasceu para a pesca em 1948 e
trais métodos de salinicultura da Mares, onde se exibe um rico conjunto de embar- foi desmantelado em 1997. Convertido em museu
região, uma actividade que remonta ao cações antigas em miniatura, instrumentos de inaugurado em 2001, o Santo André iniciou um
século X. pesca e outros artefactos. Uma colecção de novo ciclo da sua vida: É hoje um museu que mos-
milhares de conchas, recolhidas por todo o mun- tra como se vivia e trabalhava a bordo dos barcos
Entre outras finalidades, este espaço do, completa as exposições do museu. A cada que iam ao bacalhau nos mares gelados do Atlânti-
procura fazer renascer e reviver o quo- um dos temas corresponde uma exposição per- co Norte, honrando a memória dos seus tripulantes
tidiano de uma das actividades tradi- manente que oferece ao visitante a possibilidade durante meio século de actividade.
cionais que suportavam a economia de reencontrar inúmeros vestígios de um passa-
local, a produção de sal, preservando o do ainda recente. Além da riqueza das suas Remodelado nos finais de 2006, reabriu ao
método tradicional e dando a conhecer colecções e exposições, o moderno edifício do público em Janeiro de 2007. Considerando o enor-
o que é o sal marinho. Museu Marítimo de Ílhavo, é só por si uma obra me exito dos primeiros 5 anos de vida do Santo
de arte pública. Visitar o Museu Marítimo de Ílha- André como navio-museu (mais de 100000 visitan-
De Março até Junho, os visitantes não vo é embarcar numa aventura dos sentidos, tes), após o cumprimento deste plano de recupera-
vêm produzir o sal, mas acompanham conhecimento e lazer. ção, iniciou um novo ciclo da sua existência, sus-
o processo de limpeza das marinhas e tentável e dinâmico. Tal como os homens do mar
da reconstrução dos muros. No entan- www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt/inwebjunior/ sentem e acreditam, também nós cremos que os
to, explica-se como se faz o sal e con- navios têm vida e merecem preservá-la porquanto
vidam-se as pessoas a observarem a arquivam estórias e histórias, memórias e identida-
fauna e a flora do local, únicos e a des.
valerem, por si só, a visita. A partir de
Junho, já se pode ver a cristalização www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt/templates/navio/
do sal – esta é uma das fases que index/.html
mais atraem os visitantes, especial-
mente os mais novos, pois adoram
tocar no sal!
Agrupamento de Escolas de Lajeosa
Departamento 1º CEB

Informações Úteis
♦ No dia da visita de estudo tens
de ser pontual.
♦ Veste roupa leve e fresca, mas
também um agasalho (casaco),
um calçado confortável e não te
esqueças de um boné.
Percorrer a Ria de Aveiro é uma experiên-
cia enriquecedora. Dos canais citadinos, a ♦ Leva as refeições necessárias
tocar as casas, passamos rapidamente para o dia todo (pequeno-
para horizontes quase a perder de vista, almoço, almoço e lanche).
onde a paisagem apela à contemplação da
natureza. Do cais, avista-se a beleza dos ♦ Evita levar alimentos açucara-
moliceiros e dos seus painéis coloridos, tes- dos e bebidas com gás.
temunho das gentes da Ria. Ao longe, na
♦ Se enjoas toma um comprimido.
laguna, as velas brancas reflectem-se nas
águas. A Ria vai-se renovando em tons de Vem prevenido com uma toalha
azul, violeta, laranja e salpicos de prata e e saco plástico.
ouro, num convite ao sonho. Encantos úni-
cos desta paisagem são, também, os mon- ♦ Não te afastes do teu grupo.
tes de sal. A Ria é, ainda, extraordinário
palco para variadas actividades desportivas
e de lazer. É este divertimento que propo-
mos, algo que fique na memória – durante
algum tempo, seremos todos marinheiros! Organização:
Fátima Lopes - Miguel Sousa

2009/ 2010

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