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ELEMENTOS DE MAQUINAS III CAP.1- TRANSMISSAO DE MOVIMENTOS CORREIAS 4 ~ Definig&o de polia e relagao de transmissao. 2 - Correia plana. 3 - Tensionador e esticador. 4 - Materiais para correia plana. 5 - Correia em V. 6 - Correia dentada. 7 - Manutengao em coréia e polias. 8 - Esforgos em correias. 9 - Dimensionamento da correia em V. Transmissao por polias @ correias Para transmitir poténcia de uma arvore @ outra, alguns dos elementos mais antigos e mais usados sdo as correias @ as polias. As transmissdes por correias e polias apresentam as seguintes vantagens: + possuem baixo custo inicial, alto coeficiente de atrito, elevada resisténcia ao desgaste funcionamento silencioso; + so fexiveis, eldsticas e adequadas para grandes distancias entre centros. pola motore Relagao de transmissao (i) E a relacdo entre 0 nimero de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus diametros. A velocidade periférica (V) 6. mesma para as duas rodas. Vi = Ve x. Din) = Dane | Onde: 0, = @ dapolia menor Dz = @ da polia maior nuimero de voltas por minuto (rpm) da polia menor my rte = rpmda polia maior Logo: Mo= V2 Din, = mDon2 Din, = Dany Be us Be me” Dy Transmissao por correia plana Essa maneira de transmisséo de poténcia se dé por meio do atrito que pode ser simples, quando existe somente uma polia motora ¢ uma polia movida (como na figura abaixo), ou mittiplo, ‘quando existem polias intermediarias com diametros diferentes. ‘A correia plana, quando em servigo, desliza e portanto nao transmite integraimente a poténcia. A velocidade periférica da polia movida ¢, na pratica, sempre menor que @ da polia motora. O deslizamento depende da carga, da velocidade periférica, do tamanho da superficie de atrito e do matenal da correia e das polias. © tamanho da superficie de atrito € determinado pela largura da correia © pelo angulo de abragamento ou contato (a) (figura ‘acima) que deve ser o maior possivel e calcula-se pela seguinte formula: © para a polia menor 60. (Dy - Ds) Jar» 1007 - 2 =O, = Od Para obter um bom Angulo de abragamento 6 necessério que: + a distancia entre eixos nao seja menor que 1,2 (D; + Dz) No acionamento simples, a polia motora e a movida giram no mesmo sentido. No acionamento cruzado as polias giram em sentidos contraries e permitem Angulo de abracamento maiores, porém o desgaste da correia ¢ maior. ‘A correia plana permite ainda a transmissao entre arvores nao paralelas. Formato da polia plana Segundo norma DIN 111, a superficie de contato da polia plana pode ser plana ou abaulada. A polia com superficie plana conserva melhor as correias e a polia com superficie abaulada guia melhor as correias. © acabamento superficial deve ficar entre quatro e dez milésimos de milimetro (4~104m). Quando a velocidade da correia supera 25m/s 6 necessario ‘equilibrar estatica e dinamicamente as polias (balanceamento). plane sbeuteda Tensionador ou esticador Quando a relacéio de transmissdo supera 6:1, 6 necessario aumentar 0 angulo de abragamento da polia menor. Para isso, lusa-se 0 rolo tensionador ou esticador, acionado por mola ou por peso. Angulo de contato sen 2 tens Lonador rolo tensionacar ou esticador Angulo de contato con 9 tensionador A tensdo “da correia pode ser controlada também pelo deslocamento do motor sobre guias ou por sistema basculante. Materiais para correia plana + Couro de boi Recebe emendas, suporta bem os esforgos e € bastante elasticas. + Material fibroso e sintéticos Nao recebe emendas (correia sem-fim), propria para forcas sem oscilagées, para polia de pequeno diametro. Tem por material base 0 algodo, 0 pélo de camelo, o viscose, o perion e 0 rylon. ‘+ Material combinado, couro e sintéticos Essa correia possui a face intema feita de couro curtido a0 cromo e a extema de material sintético (perion). Essa combinacao produz uma correia com excelente flexibilidade, capas de transmitir grandes poténcias. Transmissao por correia em V ‘A correia em V é inteiriga (sem-fim) fabricada com seccdo transversal em forma de trapézio. E feita de borracha revestida por lona e é formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para absorver as forcas. ‘Secodo de Tensao- Candmae enbulos Cobertra em Borracha oo | Seogio de Compress8o Borracha © emprego da correla em V é preferivel ao da correla piana e possui as seguintes caracteristicas: + Praticamente ndo tem desiizamento. + Relagdo de transmissao até 10:1 + Permite uma boa proximidade entre eixos. O limite é dado por p = D + 3/2h (0 = diémetro da polia maior eh = altura da correia). + A presso nos flancos, em consequéncia do efeito de cunha, triplica em relacao a correia plana. ‘+ Partida com menor tensao prévia que a correia plana. + Menor carga sobre os mancais que a correia plana. + Elimina os ruidos ¢ 0s chaques, tipicos da correia emendada com grampos. ‘+ Emprego de até doze correias numa mesma polia. Perfil e designacao das correias em V A designagao 6 feita por uma letra que representa o formato & por um numero que 6 0 perimetro medio da correia em polegada. Os perfis séo normalizados e denominam-se formato A, B,C, D © E, suas dimensdes sao mostradas na figura a seguir. -— Hk Para especificagao de correias, aproximacao, 0 numero que vai ao lado da letra, medindo o comprimento exteo da correia, diminuindo um dos valores abaixo e transtormando 0 resultado em poiegadas. TasaeTaelelale | Medias | 25| 32] 42/60] 72 Perfil dos canais das polias = Zz, ZA Z pode-se encontrar, por As polias em V tém suas dimensdes normalizadas e sdo feitas ‘com angulos diferentes conforme o tamanho. Dimensoes normalizadas para polias em V Ella Lid 3. Perfl | Diametro | Angulo padrao da | extemnada | do Medidas em milimetros convis | polia(mm) | canal | T | S |W | Y|z|H|K |X a Lem [a tes) a] mts) 2te]sis [oma de 170 | 38" I | i a | wee | se Tans! a9 | a7 | 3 | 2 | a7 | os | 625 Tima ae 280 | Feet | c | Meese | ae | 4525) 255] 225/ 4 | 3 | 22 | 95 | 025 some ae 350] 99° | | wo | ae | | pb [wesw [oe | 22 | ass | se | 4s | 28 [tas] 41 (one ce 0] 96° | | Eee) eases | se? fo7a5) as} sas) 8 | 6 | a9 | 1 | 13 | | [acinaae sno] 96 © peril dos canais das polias em V deve ter as medidas corretas para que haja um alojamento adequado da correia no Dm = ‘Onde: g A correia néo deve ultrapassar a linha do diametro externo da polia e nem tocar no fundo do canal, 0 que anularia o efeito de cunha. Relagéo de transmissao (i) para correias e polias em V Uma vez que a velocidade (V) da correia € constante, a relagao de transmissdo esta em fungao dos diémetros das polias. 1, (20m) n, (rp) Para as correias em V, deve-se tomar 0 diémetro nominal medio da polia (Dm) para os célculos. 0 didmetro nominal calcula-se pela formula: De - 2x diametro da polia altura efetiva da correia attetro altura da correia Transmissao por correia dentada ‘A correia dentada em unio com a roda dentada correspondent permitem uma transmissdo de fora sem deslizamento. As coreias de qualidade tm no seu interior varios cordoneis helicoidais de ago ou de fibra de vidro que suportam a carga e impedem o alongamento. A forca se transmite através dos flancos dos dentes e pode chegar a 400N/cm*," consondt © perfil dos dentes pode ser trapezoidal ou semicircular, geralmente, sao feitos com médulos 6 ou 10. As polias so fabricadas de metal sinterizado, metal leve ou ferro fundido em areia especial para precisdo nas medidas em bom acabamento superficial Para a especificagdo das polias e correias dentadas, deve-se mencionar o comprimento da correia ou o numero de sulcos da polia, o passo dos dentes e a largura. {A relagao de transmisséo (i) € dada por: numero de sulcos | = da polia maior ‘numero de sulcos da polia menor Procedimentos em manutencao com correias @ polias A correia é importante para a mquina. Quando mal ay frouxa, provoca a perda de velocidade e de efi maquina: quando esticada demais, hd quebra dos eixos ou desgaste rapido dos mancais. ‘As polias devem ter uma construgdo rigorosa quanto & concentricidade dos diametros externos e do furo, quanto @ perpendicularidade entre as faces de apoio os eixos dos flancos, e quanto ao balanceamento, para que nao provoquem danos nos mancais e eixos. Os defeitos construtivos das polias também _influem negativamente na posicgo de montagem do conjunto de transmissao. influéncia dos defeites das polias na posicao de montagem do conjunto de transmissa0 Tipo de defeito da polia TRepercussdo do defeito sobre |[Defello de funcionamento da 4 pasigdo de montagem transmiss4o por coreia Taro com excesso de Giametro | montagem desalinhada a entrada Bice | | Superiicie de conlalo abaulada | montagem desalinkada Tapers de conias abaulada | moniagem desatinhada (eb) losclagio da pola no seu lee superficie de ajuste do eixo|moniagem desalinhada com 0 eix0 oblique fro da pola com 0 eixo/ montagem desalinnada ‘oblique, Bea a Esforcos na Correia Em um sentido, © motor aciona a transmisséo com uma forca motora (F\). Porém, em sentido contrario, atua a carga, as vezes a sobrecarga ¢ a forca de atrito, representadas por (F;) que se opse ao movimento. A forea tangencial (F), resultante entre (F;) e (F,), € que movimenta a transmissao, Para determinarmos “F,” ¢ “F,", devemos utilizar as duas equacées a seguir: an F, =F el rh et fre 7 onde: e ~ base dos logaritmos neperiano, e = 2,71 (sempre); z Ey FL = coeficiente de atrto entre a correla e a pola, 11 = 0,25 (normaimente; BaD) L ct = angulo de abracamento da polia menor (rad) a BR Figura 15.124. won 2: My N ae 7 Fy =2M4) Iw, -71620-4 [ores = B06 Pati tte cf ri, =2-Mel ESRF] [M,, =71620.] a : Me onde: Ft = forga tangencial; F, = forea ativa; F forca resistiva: Mt, = momento torcor (kaf-em}; d, = didmetro da polia menor (cm); N= poténcia a transmitir (CV); ‘ny = rotagdo da polia menor (rpm); ‘2 = rotacao da polia maior (rpm); Mt, ~ momento torgor no'eixo da polia maior (kaf cm), JP aTPAD AF poral] onde: [cosa ~ cossen do‘anguo alfa em médul seme postin R = reacao no ponta do eixo onde se apola a pola. - Esquema de uma Transmissao conde: a ~ distancia entre centros; dy = diametro da polia menor, dy = diametro da pola maior: ay ~ sngulo de abragamente da pola menor; 7 (62= anqulo de abracamento da polia maior: {8 = Angulo de inclinacao. (aera ay =180°-2-B ay = 180° 42-8 Comprimento da Correia Plana Aberta = ** Demonstra-se facimente, através da matematica, que: D=2-8-cosp+ (hy do +2-s)e af ‘Adotar 0 “L" mais préximo e corrigira distancia entre centros ' = espessura da correia (s ~ 1,2.) T= comprimento de correia calculado; L = comprimento real da correia (catslogo); n= niimero de camadas. = distancia entre centros dada; distancia entre centros corrigida: Dimensionamento da Correia Escotha do tipo de correia: recomendapdes “ Goodyear” 1) Senvigo eve: + Servico intermitente, ndo mais de’6 horas de trabalho continuo por dia; + Potencia resstente (da cargal nunca excedente a capacidade do motor. 2) Servigo normal + Onde o arranque inical(inércia) ou as sobrecargas momentaneas nunca excedem 150% da carga normal: + Servigo continuo (6a 16 horas por dia). é : méquinas de padarias - compressores centrifugos ~ compressores rotativos -transportadores - ventiladores centrifugos - peneitas vibratorias -separadores -maquinério de lavanderia- oficinas mecdnicas ~borbas. 38) Servico pesado: Onde o arranque inicial (inércia do sistema) ou as sobrecargas momentaneas nunca excedem 200% da carga normal = Servigo continuo (16 a 24 horas por dia. ‘ceramico - cacamiba - bales elevadores - ventiladores de hélice -laminadores - esmers - etxos de transinissie - moinhos - fsbricas de papel -imprensa - serrarias - maquinas ferramentas em geval A) Servigo extrapesado: = Onde © arranque inicial ou as sobrecargas momentaneas excedem 200% da carga normal; + Serco continuo (16 a 24 horas por dia, sete dias por semana} parafuso sem fim -ventiladores de mina - preasas com volante - misturadores - micuanas de extrusio compressor de pisto i

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