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IMPUTABILIDADE
Mesmo a psiquiatria e a psicologia tratando esse problema como uma
possvel doena mental, o pedfilo, ao cometer atos de pedofilia, no
se torna um sujeito inimputvel por se tratar de doenas da
personalidade antissocial e da vontade.
Guilherme Nucci, ao se reportar questo da imputabilidade penal do
agente, sustenta que se deve dar particular enfoque as denominadas
doenas da vontade e personalidade antissociais, que no so
consideradas doenas mentais, razo pela qual, no excluem a
culpabilidade, pois no afetam a inteligncia e a vontade do agente.
As doenas da vontade so apenas personalidades instveis, que se
expem de maneira particularizada, desviando-se do padro mdio,
considerado normal. Por exemplo: o desejo de aparecer, os defeitos
tico-sexuais, a resistncia a dor, entre outros (2011, p. 309).
Entendemos, por sua vez, o individuo que comete atos de pedofilia,
possui total conscincia do ilcito praticado, no cabendo, portanto, a
aplicao do artigo 26 do Cdigo Penal. Voltemos lei:
Artigo 26 isento de pena o agente que, por doena mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da
ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter
ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.