You are on page 1of 17
{© 1991 Bra bl Tins Ena “Tl organs No eps Hs Wiig 190 abso ea to Edad UNESP AFE og, 08 (0100 380 Sto Pa SP “Tae Dect) BRIT oe (Oe) 32827072 serum be ‘eateeesurspbt Datos eerste de Cope a Floto IP) (Gamars Brando Lo, St, Bt ‘A Esc do str rose perpen / Roer Burke Gre) «ride de Mash los - Sho hls Etre UNESP 1992. aes Base Ispy sst1s902r4 1, Hist Bry PL Séie ous cepp-305552 Tres pr ag wen 1. tse don Antes Hote 907 2 Histone 9072 5S ceoaltis Hig 9022 SUMARIO, 87). Akemum:a nova hist6ra, seu passido e seu futuro Peter Burke 39) A ristoria vista de baixo Ji Sharpe 63) Histiria das mulheres Joon Scat 97 Historia de além-mar Henk Wessing CBE) Sobre a microhissora Given Lei 163) Hisssis orl Guy Prins 199 Hiseiia da leeora Reb Darnton 27 273 349 Hisesia das imagens Ina Gaskell Hiseéria do pensamento politico Richard Tus Historia do corpo Roy Poer A historia dos acontesimentos f€0 renascimento da narrative Par Burke indice remissivo ABERTURA: A NOVA HISTORIA, ‘SEU PASSADO E SEU FUTURO! Peter Burke * Mais ou menos naditima geragio, o universe dos historindores e expanclia 2 uma velockiade vertiginosa? A histria nacional, |dominante no século derenove, atualmente tem de competir com 4 a historia mundial e « historia regional (anes deixada a exrpo sle"antiquirios'? amadores) para conseguiratengio. Ha muitos QO Dyce Hina Cdn de Unie cde Cade Meo do Er wel Cae Ci efeack3 nomend ties net volun, dei sperr met ‘mscincnto Pt Res ig Pa ¢ Mata Hales Capt, dete de Hiri da Univer de Sp Pal, piste wlio na rs dos ‘eam pein que aos non apse lope J ignge ‘Sun, Scotus 8 Osama rn ln doco NT) Tecnu deve muito sie som Raha Sou arn ur ano 8 (Gps ince ie ros J ear do Fel Colle am Cae ‘ons reenemenen WnOdive yaeyenealncnemsinhaconncs ‘univer Eada de Sho Tal, Ararat 1989. Nisa dese, vit elon» pment Sams de qs” cuir) cng aca docamen ip ne spe it Vina Apa nse" rqunems! ~via oto ‘ok, por en ar per a dame, wi pov at Fee) “ho ss de Cute Canmore honinkr de ge ‘on srt ef inten nt a nsonse TD campos now, freqdentemente pattocinados por publicasdes es peclizabs. A histéra socal, porexemplo, tomou-seindependen tea hosia econdmica apenas para se fragmenta, como alguna how nao, cm demografahistriea, historia do tabalho, historia | unbon, hseria rurale asim por diane, Mais ma ve, histiviaecondmica divide em angie no “nova stra combmica dos anos 9060 (agora de mein ida, serio maievlha) é sufcentementeconhesida pre necesstaraqul «de uma discuss Tem havido ambsém uma mudanea, ent os pstoridores ssondmicn, ce uma preocupacio com a presse, ora sna preocupacio com 0 consumo, muda est que tia, dlficuldade rescente na separagao entrea historia econémiea caltural A historia do gerenetamento € umn ‘ners recente, mas fea obscura se nfo se disolvem as igs enti ahistria conémicne a aminstativa. Outen especiaicaio, ‘hist da publcdade, abarea a histvia ezondimicae a histria ‘ds comunicogto, Arlen, a verdadeza idenddade da hisiia “condinica etd ameagada por uma proposta de controle de ura tempreenidimentsjover, mas ambicloso: a historia do meio a Utes vetes conhecda como ecohistii "A historia polvea tsmbém esth divide, no apenas nas cas escolas degra superior eelementa, mas também entre |, oshistradores preocupados eam os eentros de governa eaqueles | imeressaios ma politics m sug mazes. © seritrio da poli | expanuluse; no semido de que os historian (segundo rbicos Coto Michel Foueaull esto cada vez mas inelinaos a disci a ytd par abc oe oo meso a fi 0 prego de al expansio & uma espicie de crise de 5 [ski Sea olen cm toda parece hans hist polis?* Os historadores eulturis esto dive de um /- prokleasnila, na mesic em que se afta cle uma definisso 4 “fous esomps fsa ee RV Fos S Enza, Tne oe he ns Bsn, 1974 (sn ae erin dh posto sald isi tconnsn sn DC. Calon, ky and he emo Pe On 187 5 Vat, The min eB el Bary Loci 1986. ct ABSCRTADA HISTORIA ’ ‘stot mas precisa de cultura, em rermos deare teratara, misen «te, para ima definigio mais anttopolégica do campo. [Neste universe. que se expande e se fragment, hi uma _necesscade crescente de orientacto. O que & a chamada now historia? Quanto ela ¢ nova’ E.um modismo temporirio ov uma “endéncia de longo praze? Hla it~ ou deveri - substituira hist tradicional, ov as rivais podem coexistir pacficamente? (© presente volume & destinado a responder a ess quests ‘Um exame sbrangente das vaiedades da histéria eontemporinen rio deixar espago pars mals do que ume discussio superficial. Por isso, comouse a decisio de concentrar a atengio em. alguns rmewimentos relativamente recentes Os ensnios sobre esses movi menos estio preocupaclos, pelo menos implicitaments, com mui tos dos mesmos problemas fundamentais. Pode seri eongrontar de inicio esse problems e situtlos no contexto de mudangas de longo praso na esrita da hiss © que € a nova historia? ‘Aexpressio"a nova hist é mais hem conhesida na Franea, La nowuelle histoire € 6 titulo de uma colegio de ensaios editala pelo renomado medicals frnstsJaoques Le Goff. Le Goff também auxiliou na ecligdo dle una maciga colerio de ensaios de tres volumes acerca de “novos problemas”, “novas abordagens” el! ‘novos objets"? Nests casos esti claro @ que é « nova histiria: ‘uma historia made in France,o pais da nowellewgguee do noweate roman, sem mencionar fa nouwelle eusine. Mais exatamente, & a Inistéria associada A chamada Bcoledes Avnees, agrupadaem torn. cla revista Annales: éonomies, soc, civilisations. a 6, Outs vara sipexaminadas em What Hr Tala: Gane, Lon, 17. le ol) La tin, Pa 1975. OF Nora a ate de The Pr 1904 3 Alp sree dst sl en om ine) Ce hi P Nora ns, Conc dhe Pa Ca 195, AY, .svie 6 essa nowsellehistoin? Uma definigio eategbrica nto & fill mevimeno eats ido apenas nage m gue © oP, ¢ 98 paginas que se seguem into demonstrar a variedade das nos abordagens. E por iso dill apresentar mais que uma descrigio ‘vag, catacterisando a nova histria como histéra total (hisoire total) ow bistbra estunural. Por iso pode sero caso de se iitae os teélogos medievats, dante do problema dedefinie Deus, cope por uma via nepziva; em outras palavens, def snows hisiria cestudiosos, ‘Angvahistira €a hist contr 6ffparadigma" cra Drei, post ees ia sera como uma rag deliberada jonalyaceletermo ii, erabora i pelo istriadordeciénia ameriano "Ths Kap! Se connate dere ri a petal comm bistsa ankeanay/conforme o grande histoiador 17 seni Leopold won Ranke (17951886), embora ae estoese {2 rpenos liitado por ele que seus seuidores, (Assim como Mare erm marist, Ranke no era um rankeano_) Pokerames, (A owressio *histrin visa de baixo" parece ofeecer uma yn escepatiia a estas difeuldade, mas gera problemas propris. Ela sre musa seu signifado em contexts diferentes. Una histria pot tia vista de baixo deverla dsc os pons de vist eas ages de tos ust ecto do poder, cv ia oma polis ev um nivel local ou popula: Uma histia da grejavisadebaixo deveria encarar a teligtio do ponto de vista do leigo, seja qual for a sua condo soil? Una histri da medina vita de bao dlveria se preocupar com os ctrandetes em oposio aos medics, coucom asexperigneiasds pacentese as diagnostcos de doenei?®™ ‘Uma bisa muita wsta de baino devera lidar com o Agincourt ‘ou 0 Waterloo do sokdalo comm, como er John Keegan tio tmemorvelmente, ou deveiaconcentrarse na experincia cil da ‘err! Una istriadaeuacio vista de bio deveriadslocar se dos minitmos « teicos da educagio para os profesores comuns, como fe eques Oro, por explo, ot devera apre sentar as escolas do ponto de wists dos slunos™ Uma histiia _ economic visa de bao deveia ocala o pequeno comeciante «0 pequeno consider? (tcwn” (Uma rato para. a difcuklade de deine a hisiria da cura 1 jp Bobular € que a nosto de “ultra € algo anda mals dill de “0 brecisar que a nocto de “popular”. A chamada definicio “opera: house" de culturt (como ante ena, leratara eruia,msica erudiaex-)era rest, mas pelo menos ers prea. Umna nogio BE, Des, 193 ce dee, Sto Prd 1981, 30. CF ope, The Paes View Doing Mil Hi fa Bow”, Taryn Sey 17598198, 231 Soe os tise, ve) Keeps The eof ae, Ld, 1976 32, Onn fll, Nu by natn tae, Fy TT, examina» ent ds AESCHUTA DA HISTORIA » ampla de cultura & cen & nova hina? estado, o8 gros Sinise até meno o exo. a socedade rm a 0 considerados como cultramenteconsmaes. Conti se iisamos 0 erm> fem um sentido anplo,remos, plo menos, que Nos pergNEAF © tie na deve er considera come cult [Gut exemple de uma nove sbordagem ae grou problemas de defnigio & a histria c vida cosdiana, lleaaichicht, como ar chamam cs slemes.A expresso em si no € nova la vie dwotlenneer oc de uma serielangadaplosecltores ences, Finchete nor snos 30. O oro € a amportncia dada vida cotidinna nos estos hstrcoscontemporanens, especialmente desde a publcaio do famoso etudo de Brel do “cilagao travrl” em 1967. Onto metata cme trv istia da wa cordina € encarada ago, por alin historindons, somo “inka historia verdaeia © cent « que tude o main deve ser, ‘elaconado, © cotdinno est ambm nas encrsthadas de abo dlyens reentes na socologia (Je Michel de Cenexu a ving Goffman na oso (ea ela marisa o fenomenolosca) (0 sue ess abodasens tm em comum é sun propio, vis aperenci com as do que sccde Dor sa como soponto de par unent com na Eenatva desma vida coin come probs, ost de mowra qucocomporamentn oor alts, uso am “ase enum sxedade, ond como nace hurd ertau, Os histor asim como ox soploge tes, te agra pa a srs nee a cou Crpows do dedi, co eres o sets ur Ton) emostra es lore cm sr un pt a ba, FEE Nowe) The Now Cara Hy Bey, 198 54. Bull, Cason mats cepa, Pai [367 wend ssc: [srr Pi 191 The Snel Euan Lif ede. Kath Lane, TDSt" C2}. Kool, Gochehie desloge cen Vl, Ber, 1802 A 35. Nae Cer enn dk gsi, Py S803, Cofian The resin of Si in Buy Life Nove Yr, 19 Hak, Cope de oe gue Foy HGS), 3 Cl Mss, Th a of Eeya ie a 85 um juizou um santo, em ums ceterminsda culms. Neste pont, A hsv sexi e ales parece et edo uv ma fcr. Alguns profissionaisdefinem econo “nocor historindores {culturas, outros como historiadores “secioelcurais" Sn como for, 0 impac do elavio cultural sobre escrito histrico * parece inevtvel) niretnto, como observou o soclogo Norber lias en. um inmportante enseio, a nogio do coxdiano ¢ menos precisa mais complicada do que parece. Ela dstingue oto significaosatais dlotermo desde a via privada até o mundo da pessoas comuns = © catia incu ages ~ Braudel o deine como oseino da ro na ~ e também astudes, 0 que poxeriamos chamar de habits mens, Pode até ineluiro ial Eo ital, nicador de ccasioes «specials avila dos inividuos eds comunidades, € com regan cia fino em oposiio ao cosidiano Por outro lado, vsantes estrangeros mitas vezes observa rituatseotdianos na vida de toda soxiedade ~ mods de comer, formas de saudasso et, ~ gue os habitants locas nao encarars de forma alguna como stuais Iualmentedifeil de descreverou analisar €a relagao entre as esqruturas do coxidiano e a mudanga. Visto de seu interior, 0 toitkliano parece eterne. © desafio para o historiador socal & mostrar como ele de fato fix parte da historia, relacionar a vida

You might also like